Você está na página 1de 13

Fernando Pessoa

Ortónimo e seus heterónimos

Luciana Laranjeira
Índice

01 02 03
APRESENTAR O DESENVOLVER O REALIZAR
POETA E OS SEUS POEMA ALGUMAS
HETERÓNIMOS. AUTOPSICOGRAFIA QUESTÕES DE
E RESOLVER GRAMÁTICA_VALO
ALGUMAS R ASPETUAL.
QUESTÕES.
Fernando Pessoa (Ortónimos e Heterónimos)

Nascimento: 13 de Junho de 1888 em Lisboa


Contexto Histórico-Literário: Fernando Pessoa viveu num país conturbado,
Portugal passou pelo Ultimato Britânico*, o Regicídio de dois monarcas que
leva ascensão de D. Carlos. Apesar destes dois anos em regime monárquico,
01
Portugal em 5 de Outubro de 1910 acabamos ter a Implantação da República e
passados quatro anos participamos na 1º Guerra Mundial. Em 1917 Sidónio
Pais ascende mas acaba por morrer no ano seguinte e no ano de 28 de maio de
1926 dá-se um golpe de estado no qual passados quatro anos leva então a ida
de António de Oliveira Salazar para o governo e instala-se uma Ditadura no
país.
Vida do autor: Fernando Pessoa perde seu pai aos 5 anos de idade e acaba por
fazer uma ligação com a sua mãe e com apenas 8 anos viaja para fora do pais
devido ao casamento desta com um homem de fora. Este regressa a sua cidade
natal em 1905 e morre com apenas 47 anos em 1935.
Heterónimos: Tem 44 heterónimos mas apenas se dá enfâse a três.
* Ultimato Britânico- Inglaterra ordena a saída das tropas
portuguesas para fora de Angola.
Fernando Pessoa (Ortónimos e Heterónimos)

Fernando Pessoa durante a sua vida nunca escreveu para seu próprio
sustento pois este teve um emprego como correspondente comercial,
este apenas ia publicando obras em revistas como Orpheu e nunca se
importou de não obter sustento pela escrita.

Os textos de Fernando Pessoa são poético com estética e filosóficos e


isso é representado tanto no seu ortónimo como nos seus
heterónimos. Apesar de estes textos terem estas características em
ambos, os heterónimos de Fernando Pessoa tem uma biografia e uma
personalidade distintas do autor.

O contexto político conturbado e a era do industrialismo em que


Fernando Pessoa viveu deram lhe de certa forma uma inspiração para
as suas obras, assim como para outros autores da era do
modernismo.*
* Modernismo- ocorreu nos finais do século XIX e
inícios do século XX. Graças a utilização de
revistas como o Orpheu estes autores ganharam
relevo e acabavam por defender varias correntes
como por exemplo o futurismo e o cubismo…
O Modernismo
O Modernismo como esta destacado na nota anterior pertence aos finais de século XIX e inícios do século
XX, e teve impacto porque:
• Rejeitava a tradição artística
• Culto do novo e do moderno
• Rompe com o conservadorismo

As temáticas importantes são:


• Euforia do moderno
• Heteronímia
• Tédio
• Morte
• Crise existencial
• Exploração da mente humana
• Fingimento artístico
Autopsicografia 
Fernando pessoa 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega um dedo que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que leem o que pede, 
Na dor lida sente bem 
Não as duas que ele teve, 
Mas só as que eles não têm. 
E assim nas calhas de roda 
Gira, um entreter à razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama coração. 

(PESSOA, Fernando. Cancioneiro. In: Fernando Pessoa: obra


poética . Rio de Janeiro: José Aguilar, 1972. p 164-165.)
Consultar o Powerpoint da professora!

Para a explicação do poema.


QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO
1. Qual é o tema desse poema? 

2. Qual é o impasse vivenciado pelo poeta no processo de criação? 

3. Qual é alternativa que não se relaciona ao poema? Justifique sua


resposta. 
a) Uso de redondilhas menores, forma poética popular em Portugal. 
b) A primeira estrofe apresenta uma relação entre autor e obra. 
c) A segunda estrofe apresenta a relação entre leitor e obra. 
d A terceira estrofe mostra a consequência da relação entre autor, leitor,
obra, emoção e razão. 
e) O mundo fictício criado pelo poeta é percebido pelo leitor como
verdade. 
4. Que alternativa não está de acordo como o poema?
a) O poema expresso os sentimentos reais imediatos vivenciados pelo
poeta.
b) O poema é fruto da criação e do trabalho de linguagem elaborado pelo
poeta.
c) "Autopsicografia" é um poema metalinguístico, pois tematiza o processo
de criação. 
d) Há um diálogo entre o eu do escritor (ser criador, real) e o eu
poético (personalidade fictícia).
e) Cada leitor vivencia a dor fingida pelo poeta de acordo com a sua
experiência pessoal. 
Respostas:

 1. O tema é a criação do poema como resultado do fingimento


poético. Se trata de uma reflexão sobre o fazer poético por meio
da metalinguagem, que consiste em criar um poema por meio do
qual se discute o próprio processo de construção.

2. O impasse consiste em fingir que está sentindo o que sente de


verdade.

3. Auto: prefixo grego que significa a si mesmo. Psic (o): grego


radical que significa alma. Grafia: radical grego que significa
escrita / descrição. Assim, "Autopsicografia" significa escrita /
descrição sobre a própria alma, sobre si mesmo; análise
psicológica de si mesmo.

4. Alternativa a. Os versos têm sete sílabas: redondilhas maiores.


QUESTÕES DE INTERPRETAÇÃO

5. Qual é a função dos versos que aprender após o primeiro: "O


poeta é um fingidor"? 

6. A segunda estrofe faz referência à experiência dor. Explique-a. 

7. De acordo com a terceira estrofe, qual é o efeito do poema no


leitor? E não criador? 

8. A que se apresenta os termos a seguir, extraídos ao poema? 


a) "calhas de roda"
b) "comboio de corda"
Respostas:

5. Alternativa a. Reflita a respeito do fato de que o que constrói o poema é uma


linguagem poética e não a pura experiência vivenciada. O fingimento poético
consiste em representar tanto o vivido quanto o não vivido.

6. Eles têm a função de explicar e confirmar o tema do fingimento poético.

7. Resposta pessoal. Perceba que a estrofe refere-se à dor realmente sentida pelo


poeta, à dor fingida pela poeta, à dor real do leitor e à dor motivada pela ação
intelectual da leitura e da reflexão poética.

8. Ambos se abstraem da dor real e se entretêm com a dor fingida. Essa estrofe é


uma conclusão, que faz referência à função lúdica (entreter) e catártica (liberar
sentimentos) do poema ao prazer do criador e do leitor.


a) Refere-se à razão, ao intelecto, ao raciocínio; ao juízo. Na terceira estrofe, a
"razão" está relacionada ao trabalho intelectual, ao ato de pensar com lógica, à
criação do poema por meio da linguagem.
b) Refere-se ao coração, às sensações, aos sentimentos reais e inventados. Na
terceira estrofe, o coração simboliza a imaginação, as sensações (de dor, por
exemplo) que podem motivar o ato criativo. 
Links de mais exercícios:

https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/10/poema-autopsicografia-fernando-pessoa.html

https://portugues-fcr.blogspot.com/2010/09/ficha-de-leitura-de-autopsicografia.html
Valor Aspetual

De forma sucinta, o valor aspetual divide-se em quatro:

1. Valor Perfetivo (ação acabou).


2. Valor Imperfetivo (ação esta inacabada/não acabou).
3. Valor Genérico (A situação é verdadeira- provérbios ou verdades científicas)
4. Valor Habitual (Algo que se repete no tempo)
5. Valor Iterativo (Situação que mostra continuidade, num tempo limitado ou ilimitado)

Exercícios

https://www.escolamagica.pt/aprender/praticar/valor-aspetual-valor-gramatical/944

http://asas-da-fantasia.blogspot.com/2017/11/valor-aspetual-exercicio-3.html

https://portugues-fcr.blogspot.com/2013/05/aspeto-verbal-exercicios.html

https://quizizz.com/admin/quiz/6022ab7a53b783001ba31903/valor-aspetual

Você também pode gostar