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p
Cf
u 2
2
Mas, por outro lado, para um fluido newtoniano (todos os que vamos lidar neste curso),
a tensão de cisalhamento na parede é:
u
p
y y 0
3
u 3 y 1 y
Usando o perfil de velocidades desenvolvido na aula 14, ou seja: ,
u 2 2
temos que a derivada junto à parede resulta em:
u 3 u
y y 0 2
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor112
3 u u Re x
p 0,323
2 x
C fx u Re x 0,323
0,323
2 u x 2
Re x
Por outro lado, da aula anterior, chegou-se à seguinte expressão para o número de
Nusselt, Nu x 0,332 Pr1/ 3 Re x
1/ 2
que, mediante algum rearranjo pode ser escrito como:
Nu x 1 / 2 hx
0,332 Pr 2 / 3 Re x , onde Stx é o número de Stanton. Então,
Re x Pr c p u
Stx
0,332
St x Pr 2 / 3
Re x
Comparando as duas equações anteriores em destaque, notamos que eles são iguais a
menos de uma diferença de cerca de 3% no valor da constante, então, esquecendo desta
pequena diferença podemos igualar as duas expressões para obter:
c fx
St x Pr 2 / 3
2
Cf
Sabe-se que S t Pr 2 / 3
2
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor113
hL 16,8
Por outro lado, S t 9,70 10 5
c p u 9,57 10 3016 0,06
2
F N
p L 3,07 10 2 6 0,184
Lp m
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turbulenta
y
Camada amortecedora
x Sub camada laminar
t
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor114
pressão: P
P P'
valor medio fluctuacào
ins tan táneo
Em todos os casos, uma barra sobre a grandeza indica um valor médio e uma apóstrofe,
valor de flutuação. Os termos de flutuação são responsáveis pelo surgimento de forças
aparentes que são chamadas de tensões aparentes de Reynolds, as quais devem ser
consideradas na análise.
Para se ter uma visão fenomenológica das tensões aparentes, considere a ilustração da
camada limite turbulenta abaixo. Diferentemente do caso laminar em que o fluido se
“desliza” sobre a superfície, no caso turbulento há misturas macroscópicas de “porções”
de fluido. No exemplo ilustrado, uma “porção” de fluido (1) está se movimentando para
cima levando consigo sua velocidade (quantidade de movimento) e energia interna
(transferência de calor). Evidentemente, uma “porção” correspondente (2) desce para
ocupar o lugar da outra. Isso é o que dá origem às flutuações. Do ponto de vista de
modelagem matemática, essas “simples” movimentações do fluido dentro da camada
limite dão origem às maiores dificuldades de modelagem.
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor115
u u 1 P u
u v v' u '
x y x y y
No processo de obtenção desta equação, admitiu-se que a média temporal das flutuações
e suas derivadas são nulas. Com isso surgiram termos que envolvem a média temporal
do produto das flutuações (últimos dois termos à direita). Aqui reside grande parte do
problema da turbulência que é justamente se estabelecer modelos para estimar estes
valores não desprezíveis. Estes termos dão origem às chamadas tensões aparentes de
Reynolds que têm um tratamento à parte e não vamos nos preocupar aqui.
Médio : Nu L 0,037 Re 0L,8 871 Pr1 3 Re L 108
0,37 Re x 0, 2 Re L 108
x
Nota: outras expressões ver livro-texto – ou tabela ao final desta aula.
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor116
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Exemplo resolvido (Holman 5-7)
Ar a 20oC e 1 atm escoa sobre uma placa plana a 35 m/s. A placa tem 75 cm de
comprimento e é mantida a 60ºC. Calcule o fluxo de calor transferido da placa.
20 60
Propriedades avaliadas à T 40C
2
kJ kg W
c p 1,007 1,128 3 Pr 0,7 k 0,02723
kgC m mC
kg
2,007 x10 5
ms
VL
Re L 1,475 x10 6
hL
Nu L Pr1 / 3 (0,037 Re L 871) 2055
0 ,8
k
k
h Nu L 74,6W / m 2 C
L
q hA(Ts T ) 74,6.0,75.1.(60 20) 2238 W
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor117
1
hD
Nu D C Re mD Pr 3
k
onde, D é o diâmetro do tubo. As constantes C e m são dadas na tabela abaixo como
função do número de Reynolds.
ReD C m
0,4 – 4 0,989 0,330
4 – 40 0,911 0,385
40 – 4.000 0,683 0,466
4.000 – 40000 0,193 0,618
40.000 – 400.000 0,027 0,805
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor118
Para o escoamento cruzado de outros fluidos sobre cilindros circulares, uma expressão
mais atual bastante usada é devida a Zhukauskas, dada por
1/ 4
Pr 0,7 Pr 500
Nu D C Re Pr
m
D
n
válida para 6
,
Prs 1 Re D 10
ReD C m
1 – 40 0,75 0,4
40 – 1.000 0,51 0,5
1.000 – 2105 0,26 0,6
2105 – 106 0,076 0,7
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor119
Existem várias expressões práticas para a transferência de calor sobre banco de tubos.
Para o ar, pode se usar a expressão de Grimison, que também pode ser modificada para
outros fluidos, como discutido em Incropera (Seção 7.6). Mais recentemente,
Zhukauskas apresentou a seguinte expressão:
1/ 4
Pr
Nu D C Re m
D , max Pr 0 , 36
Prs
N L 20
válida para 0,7 Pr 500
1000 Re 6
D , max 2.10
Se o número de fileiras de tubos for inferior a 20, isto é, NL < 20, então deve-se corrigir
a expressão acima, multiplicando o resultado obtido por uma constante C2, conforme
expressão abaixo e valores dados na segunda tabela abaixo.
Nu D C2 Nu D
N L 20 N L 20
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor120
ST
acontecer, então: Vmax V . Caso essa condição não seja satisfeita, então, a
2( S D D)
ST
velocidade máxima ocorre em A1 e, portanto, usa-se novamente Vmax V.
ST D
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor121
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Exercício de Aplicação
Verifica-se um escoamento de ar a uma velocidade de 4 m/s e temperatura de 30°C.
Neste escoamento de ar é colocada uma fina placa plana, paralelamente ao mesmo, de
25 cm de comprimento e 1 m de largura. A temperatura da placa é de 60°C.
Posteriormente, a placa é enrolada (no sentido do comprimento) formando um cilindro
sobre o qual o escoamento de ar vai se dar de forma cruzada. Todas as demais
condições são mantidas. Pede-se:
(a) Em qual caso a troca de calor é maior.
(b) Qual o fluxo de calor trocado em ambos os casos.
(c) Analisar se sempre há maior troca de calor numa dada configuração do que na
outra, independentemente do comprimento e velocidade do ar. Justifique sua
resposta através de um memorial de cálculo.
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor122
Solução
T T p
Propriedades do ar à T 45C
2
ν = 1,68 x 10-5 m2/s
k = 2,69 x 10-2 W/mK
Pr = 0,706
Placa
u 4m / s
T p 60C
T 30C L=0,25m
u L 4 0,25
Re L 5,95 x10 4 Re crit 5 10 5
1,68 10 5
Nu k 144,2 0,02697
Assim h L 15,56W / m 2 C
L 0,25
Cilindro
u , T
Ts 60C
D
πD = L D = 0,25/π = 0,0796 m
4 0,0796
Assim, Re D 5
1,895 10 4
1,68 10
Nu D C Re mD Pr1 / 3 p/ReD=1,895104
C = 0,193
m = 0,618
Assim, Nu D 0,193 (1,895 10 )
4 0, 618
(0,706) 75,63
1/ 3
Nu D k 75,63 0,02697
de forma que: h D 25,63W / m 2 K
D 0,0796
a) A transferência de calor é maior no caso do cilindro pois h D h L e a área de troca de
calor é a mesma.
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor123
b)
Placa Cilindro
0,664 k
hL
1/ 2
Re L Pr1 / 3 (A)
L
k 1/ 3 k Pr1 / 3
hD Pr C Re D
m
C Re mD (B)
D L
k Pr1 / 3 hL
Portanto de (A), , que, pode ser subst. em (B), para obter
L 0,664 Re1L/ 2
C Re mD h L
hD 2,669C Re mD0,5 h L
0,664 Re D
1/ 2
hD
Ou 2,669C Re mD0,5 para o caso laminar na placa
hL
hLL k Pr1 / 3 hL
De donde (0,037 Re 0L,8 871) Pr1 / 3 e (C)
k L 0,037 Re 0L,8 871
C Re mD h L
sub. em (B), vem h D
0,037 Re 0L,8 871
hD C Re mD
Subs. ReL = πReD, vem:
h L 0,037 Re L 871
0 ,8
hD C Re mD
h L 0,037 Re L 871
0 ,8
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Notas de aula de PME 2361 – Processos de Transferência de Calor124
3,00
hD 2,50
hL 2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 10 100 1000 10000 100000 1000000
ReD
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