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z
zy
zx
x dz
xy yz
yx xz y
z
y xz yx
yz xy
x zx
y zy dx
x z
dy
𝜏 =𝜏 (1.3)
𝜏 =𝜏
Transformações de Coordenadas
_
_ x
y
P y _
x
m1
1.0
0 x n1 1 x
z
_
z z
_
a) Coordenadas de um ponto em dois b) Cossenos diretores do eixo 0 x
sistemas de referência
𝑥 ℓ ℓ ℓ 𝑥̅
⎧ ⎡ ⎫ ⎤⎧ ⎫
⎪
𝑦 = ⎢𝑚
⎪ ⎥⎪ ⎪
⎢ 𝑚 𝑚 ⎥ 𝑦
⎨ ⎬ ⎢ ⎥⎨ ⎬
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
𝑧
⎩ ⎭ ⎣𝑛 𝑛 𝑛 ⎦ ⎩ 𝑧̅ ⎭
_
_ x
y
P y _
x
m1
1.0
0 x n1 1 x
z
_
z z
_
a) Coordenadas de um ponto em dois b) Cossenos diretores do eixo 0 x
sistemas de referência
dSm1
x x
𝑡 𝑑𝑆 𝜎 𝜏 𝜏 ℓ 𝑑𝑆
⎧ ⎡ ⎫ ⎤⎧ ⎫
⎪ ⎢ ⎪ ⎥ ⎪ ⎪
𝑡 𝑑𝑆 = ⎢𝜏 𝜎 𝜏
⎥ 𝑚 𝑑𝑆 (1)
⎨ ⎬ ⎢ ⎥⎨ ⎬
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎩𝑡 𝑑𝑆⎭ ⎣𝜏 𝜏 𝜎 ⎦ ⎩ 𝑛 𝑑𝑆 ⎭
com 𝑡 𝑑𝑆, 𝑡 𝑑𝑆 e 𝑡 𝑑𝑆 componentes, segundo 𝑂𝑥, 𝑂𝑦 e 𝑂𝑧, da força elementar que atua em tal
área.
𝜎 ℓ ̅ 𝑚 𝑛 𝜎 𝜏 𝜏 ℓ
⎧ ⎡ ⎫ ⎤ ⎡ ⎤ ⎧ ⎫
⎪ ⎢ ⎪ ⎥ ⎢ ⎪ ⎪
𝜏 = ⎢ℓ 𝑚 𝑛 ⎥ . ⎢𝜏 𝜎 𝜏 ⎥ . 𝑚 (3)
⎥
⎨ ⎬ ⎢
⎪ ⎪ ⎥ ⎢ ⎥ ⎨
⎪
⎬
⎪
⎩ 𝜏 ⎭ ⎣ℓ 𝑚 𝑛 ⎦ ⎣𝜏 𝜏 𝜎 ⎦ ⎩𝑛 ⎭
Procedendo-se de maneira análoga na procura das tensões atuantes nos planos normais aos
eixos 𝑂𝑦 e 𝑂𝑧̅ encontram-se expressões similares à (3). Reunindo-se tais expressões numa só
expressão matricial, tem-se:
ℓ 𝑚 𝑛 𝜎 𝜏 𝜏 ℓ ℓ ℓ
𝜎 ̅ 𝜏 𝜏 ⎡ ⎤ ⎡ ⎤ ⎡ ⎤
𝜏 𝜎 𝜏 ⎢ ⎥ ⎢ 𝜏 ⎥ ⎢ ⎥
= ⎢ℓ 𝑚 𝑛 ⎥ . ⎢𝜏 𝜎
⎥ . ⎢𝑚 𝑚 𝑚 ⎥ (1.25)
𝜏 𝜏 𝜎 ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
̅
⎣ℓ 𝑚 𝑛 ⎦ ⎣𝜏 𝜏 𝜎 ⎦ ⎣𝑛 𝑛 𝑛 ⎦
𝜎 ℓ ̅ 𝑚 𝑛 𝜎 𝜏 𝜏 ℓ
⎧ ⎡ ⎫ ⎤ ⎡ ⎤ ⎧ ⎫
⎪ ⎪ ⎢ ⎪ ⎪
⎢
0 = ⎢ℓ 𝑚 𝑛 ⎥ . ⎢𝜏 𝜎 𝜏 ⎥ . 𝑚 (1.26)
⎥ ⎥
⎨ ⎬ ⎢
⎪ ⎪ ℓ 𝑚 𝑛 ⎥ ⎢ ⎥ ⎨
⎪
⎬
⎪
⎩0⎭ ⎣ ⎦ ⎣𝜏 𝜏 𝜎 ⎦ ⎩𝑛 ⎭
𝜎 −𝜎 ̅ 𝜏 𝜏 ℓ 0
⎧ ⎫ ⎧ ⎫
⎡ ⎤⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎢ 𝜏 𝜎 −𝜎 ̅ 𝜏 ⎥ 𝑚 = 0 (1.27)
⎢ 𝜏 𝜏 𝜎 − 𝜎 ̅⎥⎨ ⎬ ⎨ ⎬
⎣ ⎦⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎩𝑛 ⎭ ⎩0⎭
𝜎 −𝜎 ̅ 𝜏 𝜏
⎡ ⎤
𝑑𝑒𝑡 ⎢ 𝜏 𝜎 −𝜎 ̅ 𝜏 ⎥ =0 (1.28)
⎢ 𝜏 𝜏 𝜎 −𝜎 ̅⎥
⎣ ⎦
⎡ 𝜀̅ 𝛾 𝛾 ⎤
ℓ 𝑚 𝑛 ⎡ 𝜀 𝛾 𝛾 ⎤
ℓ ℓ ℓ
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ 𝑚
⎢ 𝛾 𝜀 𝛾 ⎥= ℓ 𝑚 𝑛 .⎢ 𝛾 𝜀 𝛾 ⎥. 𝑚 𝑚 (1.60)
⎢ ⎥ ℓ 𝑚 𝑛 ⎢ ⎥ 𝑛 𝑛 𝑛
⎣ 𝛾 𝛾 𝜀̅ ⎦ ⎣ 𝛾 𝛾 𝜀 ⎦
1
E 0 0 0
E E
1
0 x
x E E
E
0 0
y
y
1
0 0 0
z E
0 z
E E
xy 0 0 0
1
0
0 xy
yz G yz
1
xz 0 0 0 0 0 xz
G
0 1
0 0 0 0
G
5
(1.64)
𝑥 + 𝑎𝑥 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0
𝑥 = 𝑦 − 𝑎/3
𝑥 = 𝑦 − 𝑎/3
𝑥 = 𝑦 − 𝑎/3
Por outro lado, sabendo-se que as três raízes são reais, têm-se:
𝑦 = 2 𝜌 𝑐𝑜𝑠(𝜃/3)
𝑦 = 2 𝜌 𝑐𝑜𝑠((2𝜋 − 𝜃)/3)
𝑦 = 2 𝜌 𝑐𝑜𝑠((2𝜋 + 𝜃)/3)
onde:
𝜌= 𝑅 +𝑄
sendo:
𝑅= −𝑐−
𝑄= −𝑏 −𝑅
Num dado ponto de uma estrutura são conhecidas as componentes do estado de tensão, ou seja:
Pedem-se, em primeiro lugar, as tensões principais e as direções onde ocorrem; em segundo lugar,
sabendo-se que se trata de material elástico, linear e isótropo, com 𝐸 = 2 𝑥 10 𝑡𝑓/𝑐𝑚 e 𝜈 = 0,3,
pedem-se as deformações principais.
Calculo das tensões principais:
ou seja:
𝑎 = −1,8
𝑏 = 0,56
𝑐 = 0,227
, ( , ) ( , )
𝑅= − 0,227 − = −0,0655
( , )
𝑄= − 0,56 − (−0,0655) = 0,0303
,
𝑡𝑔𝜃 = ,
∴ 𝜃 = 155,2 (−24,8 )
,
𝑦 = 2 √0,0722 𝑐𝑜𝑠 = 0,516
,
𝑦 = 2 √0,0722 𝑐𝑜𝑠 = 0,308
,
𝑦 = 2 √0,0722 𝑐𝑜𝑠 = −0,824
7
𝜎 = 1,116 𝑡𝑓/𝑐𝑚
𝜎 = 0,908 tf/cm
𝜎 = −0,224 𝑡𝑓/𝑐𝑚
Este sistema tem infinitas soluções diferentes de zero. Para encontrarmos uma solução fazemos
𝑛 = 1 e selecionamos um sistema de 2 equações a duas incógnitas para calcula l1 e m1
encontrando-se, pois:
ℓ = 0,713
𝑚 = −0,205
,
ℓ = = 0,573
, ,
,
𝑚 = = −0,165
, ,
𝑛 = = 0,803
, ,
2 - ELASTICIDADE BIDIMENSIONAL
Até agora somente estudamos o que acontece em um ponto da estrutura. Precisamos agora
estudar a estrutura como um todo.
Na figura mostramos uma estrutura antes e depois de deformar. Observamos que os
deslocamentos variam de ponto para ponto e também as tensões e deformações que agora são
funções nas variáveis x e y.
P P u
v
Q u P'
Q xy
dy dy dy+ dy
v
dx dx dx+ dx
Q'
y y
x x
Definição de deformações:
𝜀 = 𝜀 = 𝛾 = + (2.1)
espessura dz
xy
0 x
y
+ +𝑋 =0
(2.5)
+ +𝑌 =0
2 x xy X
2
0
x 2 xy x
2 y 2 xy Y
0
y 2
xy y
2 x y X Y 2 xy
2
2
x 2 y 2 x y xy
= = (2.6)
= + = +
+ = (2.7)
2 1 2 1 2
[ ( x y )] [ ( x y )] 2(1 ) xy
y E
2
x E
2
xy E
2 2 2
( x y ) ( y x ) 2(1 ) xy
y 2 x 2 xy
2 2 2 2 2
x y y x 2(1 ) xy
y 2 y 2 x 2 x 2 xy
11
2 xy
Substituindo das equações de equilíbrio obtemos:
xy
2 2 2
( x y ) ( y x ) 2(1 ) xy
y 2 x 2 xy
2 x y X Y
2
2 2 2 2 2
x y y x (1 )( )
y 2 y 2 x 2 x 2 xy x 2 y 2 x y
Simplificando obtemos:
+ + + = −(1 + 𝜈) + (2.8)
+ 𝜎 +𝜎 = −(1 + 𝜈) + (2.9)
+ 𝜎 +𝜎 =− + (2.10)
O inglês G.B. AIRY (1862) propôs uma solução para este sistema de equações diferenciais,
também chamada FUNÇÃO de AIRY
A função de AIRY, denominada de 𝜙, é definida a partir da suposição da existência de uma
função que possui as seguintes características
=𝜎 −Ω
=𝜎 −Ω (2.12)
12
= −𝜏
𝑋=−
(2.11)
𝑌=−
Verificação da solução: substituindo as tensões em dadas em função da função de Airy nas equações
da teoria da elasticidade temos:
2 2
( 2 ) ( ) X 0
x y y xy
3 3
X 0
xy 2 x xy 2
X 0 Definição de força volumétrica
x
2 2
( 2 ) ( ) Y 0
y x x xy
3 3
Y 0
x 2y y x 2y
Y 0 Definição de força volumétrica
y
Qualquer função que obedeça esta equação é solução de um problema do estado plano de tensões.
( )
+2 + =− + (2.14)
Assim sendo, o problema estrutural consiste na procura de uma função 𝜙 que obedece a equação
(2.13) ou (2.14), conforme o caso, e que no contorno é compatível com as ações aí aplicadas.
As forças volumétricas de origem gravitacional variam muito pouco no espaço ocupado pelas
estruturas, ou seja:
=− ≅0
(2.15)
=− ≅0
Assim, tanto no caso plano de tensão, como no de deformação, a equação a ser integrada consiste em:
+2 + =0 (2.16)
Simplificação adicional ocorre nos casos onde o peso próprio pode ser desprezado em face das
demais solicitações, pois, nesses casos, as expressões (2.12) simplificam, ou seja:
𝜎 =
𝜎 = (2.17)
𝜏 =−
Alguns problemas práticos podem ser resolvidos satisfatoriamente por meio de polinômios
(algébricos, por exemplo). É o caso da flexão de barras sob certas condições de carregamento. No que
se segue são expostos alguns casos, onde soluções polinomiais resolvem alguns problemas da prática.
𝜙 = 𝐴 𝑥 + 𝐴 𝑥𝑦 + 𝐴 𝑦 (2.18)
que consiste num polinômio, cujos termos são do segundo grau. Naturalmente, em face das relações
(2.17), verifica-se, facilmente, que a inclusão de termos de grau menor em nada altera o campo de
14
tensão. Pois bem, a função expressa em (2.18) corresponde às seguintes componentes de tensão (vide
(2.17)):
𝜎 = 2𝐴
𝜎 = 2𝐴 (2.19)
𝜏 = −𝐴
ou seja, um estado de tensão uniforme. Essa resposta parece trivial, porém deve-se atentar para o fato
de que tal solução garante a existência de estados uniformes de tensão mesmo em casos não a nível
elementar, onde a uniformidade é garantida pela continuidade das funções em jogo.
É interessante constatar que, no caso de se ter 𝐴 = 𝐴 = 0, o problema resolvido trata do
conhecido caso de solicitação de uma barra, ou chapa, por força normal, ou tração uniforme, com 𝐴
valendo, naturalmente, 𝑃/2𝑆, sendo 𝑃 a força axial e 𝑆 a área da seção transversal da barra. A
figura 2.3 ilustra o problema em questão.
x P
= 2A 3 = S
y
a) Configuração da solicitação
x
y
b) Barra vinculada
Com relação ao estado de deformação tem-se nesse caso de força normal o seguinte, com
(2.2):
𝜀 = =
𝜀 = −𝜈 =− (2.20)
𝛾 = 0,0
=𝜀 =
=𝜀 =− (2.21)
+ =𝛾 =0
15
𝑢= + 𝑓 (𝑦) + 𝐶
(2.22)
𝑣=− + 𝑓 (𝑥) + 𝐶
onde 𝑓 (𝑦) e 𝑓 (𝑥) são funções apenas nas variáveis 𝑦 e 𝑥, respectivamente, sendo 𝐶 e 𝐶
constantes de integração. Levando as (2.22) na terceira das (2.21) encontra-se:
( ) ( )
+ =0 (2.23)
Cabe, agora, analisar em que condições a (2.23) pode ser satisfeita, lembrando-se que esta relação
deve ser obedecida para todo 𝑥 e 𝑦, como, por exemplo, para o ponto de coordenadas 𝑥 = 1 e
𝑦 = 2 e também para o ponto de coordenadas 𝑥 = 2 e 𝑦 = 1. Ora, tal condição só pode se
verificar com:
( )
=𝐶
(2.24)
( )
= −𝐶
𝑢= +𝐶 𝑦+𝐶
(2.25)
𝑣= −𝐶 𝑥 + 𝐶
No caso da vinculação apontada na figura 2.3b, lembrando-se que o engaste indicado não
impede movimentos transversais, tem-se
𝑢(0,0) = 0 ∴ 𝐶 = 0
𝑣(0,0) = 0 ∴ 𝐶 = 0 (2.26)
𝑢(0, 𝑦) = 0 ∴ 𝐶 = 0
𝑢 = 𝑃𝑥⁄𝐸𝑆
(2.27)
𝑣 = −𝜈𝑃𝑦/𝐸𝑆
𝜙 = 𝐴𝑦 (2.28)
16
1.0
M M
c
x x
2c
y c y
seção
x v f
c) Configuração de deslocamentos
sendo 𝐴 uma constante. Com efeito, o estado de tensão correspondente (vide 2.17) é dado por
𝜎 = 6𝐴𝑦
𝜎 =0 (2.29)
𝜏 =0
e, por outro lado, a constante 𝐴 está relacionada com a magnitude do momento fletor aplicado;
porquanto, por considerações estáticas, tem-se:
∫ 𝜎 𝑑𝑆𝑦 = 𝑀 (2.30)
ou seja
6𝐴 ∫ 𝑦 𝑑𝑆 = 𝑀 (2.30a)
ou, ainda
𝐴= (2.31)
𝜎 = 𝑦
𝜎 =0 (2.32)
𝜏 =0
o que confirma os resultados já preconizados pela Resistência dos Materiais. No que respeita às
componentes do estado de deformação, supondo-se material obediente à lei de Hooke, têm-se
17
𝜀 = = 𝑦
𝜀 = = 𝑦 (2.33)
𝛾 =0
𝑢= 𝑦𝑥 + 𝑓 (𝑦) + 𝐶
(2.34)
𝑣= + 𝑓 (𝑥) + 𝐶
( ) ( )
+ + =0 (2.35)
( )
+ =𝐶
(2.36)
( )
= −𝐶
𝑓 (𝑥) = 𝐶 𝑥 −
(2.37)
𝑓 (𝑦) = −𝐶 𝑦
𝑢= 𝑦𝑥 − 𝐶 𝑦 + 𝐶
(2.38)
𝑣= 𝜈 + + 𝐶 𝑥+𝐶
𝑢(0,0) = 0
𝑣(0,0) = 0 (2.39)
( , )
=0
𝑢= 𝑥𝑦
(2.40)
𝑣= 𝜈 +
o que vem confirmar, mais uma vez, os resultados da Resistência dos Materiais com relação ao
movimento da linha de ordenada 𝑦 = 0. Cabe ressaltar, a propósito, que não deve causar estranheza
o fato de ser nulo na linha média o movimento 𝑢, porquanto, conforme reiteradas vezes mencionado,
aborda-se o assunto em teoria de pequenos deslocamentos (o movimento u dos pontos da linha media
é muito menor que o movimento 𝑣, e dessa forma é que deve ser entendido esse valor nulo).
A figura 2.5 mostra uma viga em balanço de largura unitária, altura 2𝑐 e comprimento ℓ,
engastada numa extremidade e submetida a uma solicitação de resultante 𝑃 na extremidade livre. O
engastamento da viga e o modo como a solicitação é aplicada será assunto para um comentário
posterior.
Em conformidade com a solicitação em pauta, as tensões no contorno devem obedecer às
seguintes condições (vide fig. 2.5).
∫ çã
𝜏 𝑑𝑆 = 𝑃 (2.41)
𝜙= 𝑥𝑦 − (2.42)
(é fácil constatar-se que o polinômio em questão constitui uma função de AIRY, pois na variável 𝑥 a
potência é unitária) e as tensões correspondentes por:
𝜎 = =− 𝑥𝑦
σ = =0 (2.43)
𝜏 =− =− 1−
Cabe ser notado que as expressões (2.43) coincidem com as preconizadas pela Resistência dos
Materiais, uma vez que
19
c x
0
c
b
P
y
( )
𝐽= = 𝑐
𝑉 = −𝑃
diagrama de
x
3 P
3 P 4 bc
4 bc c
x
3 P
y c 2 C2
diagrama de
xy diagrama de
xy
Princípio de Saint-Venant
Substituindo-se um grupo de forças por outro estaticamente equivalente -de mesma resultante- as
variações criadas no estado de tensão desaparecem, praticamente, numa extensão, cuja ordem de
grandeza é de ordem das da zona na qual foram aplicadas as forças.
20
tôrques
arame M
d
h
= NS
d = NS
d
d = NS
= NS
A posição do ponto P pode ser escrita de duas formas: em relação ao sistema de coordenadas
retangulares (x,y) e coordenadas polares (r , ) . A relação entre os dois sistema de coordenadas é
dada por:
x r cos
y rsen
Impondo o equilíbrio nas direções radial e tengencial obtemos o seguinte sistema de equaçõies de
equilíbrio:
r 1 r r t
R0
r r r
1 t r
2 r 0
r r r
1 1 2
r
r r r 2 2
1 2
t
r r 2
1
r ( )
r r
A figura indica um tubo de parede grossa com pressão interna P. O deslocamento ao logo de x não está
impedida e assim a tensão ao logo do eixo é nula.
Por simetria podemos concluir que a tensão de cisalhamento na direção radial é nula.
A figura mostra um elemento infinitesimal do tubo. As tensões t são constantes por simetria.
d r d
r rd dx ( r dr )(r dr )d dx 2 t drdx 0
dr 2
simplificando
d
r r t r
dr
as tensões principais são funções apenas de r
Deformações
r deformação radial
dv
(v dr ) v
r dr
dr
dv
r
dr
t deformação tangencial
(r v)d rd
t
rd
v
t
r
As deformações radial e tangencial então ficam:
dv
r
dr
v
t
r
Temos então duas expressões em função de uma única variável; Asso podemos então obter uma
relação ente elas:
24
v r t
d d
r (r t ) t r t
dr dr
d t
r r t
dr
Como a tensão longitudinal é nulas deformações na direção radial e tangencial são dadas por:
1
r ( r r )
E
1
t ( t r )
E
Substituindo as deformações na equação de compatibilidade temos:
d 1 1 1
r ( t r ) ( r r ) ( t r )
dr E E E
r d t d (1 )
( r ) ( r t )
E dr dr E
como
d
r r t r
dr
substituindo na equação anterior
r d t d r (1 ) d
( ) [r r ]
E dr dr E dr
d t d r
0
dr dr
integrando :
t r C (constante)
1
x [ x ( r t )]
E
como x 0 e r t C
C
x
E
A deformação é constante e portanto a seção do tubo
permanece plana
25
t C - r
como
d d
r r t r r r C 2 r
dr dr
Como não conhecemos o valor de C modificamos a equação diferencial derivando ambos os lados em
relação a r
d d r d
[r ] 2 r
dr dr dr
derivando :
d 2 r d
r 2
3 r 0
dr dr
r r
d r
r 1
dr
d 2 r
2
( 1)r 2
dr
C2
para r=a r pi C1 pi
a2
C
para r=b r pe C1 22 pe
b
Substituindo C1 e C2 e reorganizando:
2 2 2
b b b
1
r a r
r 2 pi 2 pe
b b
1 1
a a
2 2 2
b b b
1
t r
pi 2 pe
a r
2
b b
1 1
a a
1
i [( 1 2 ) 2 ( 2 3 ) 2 ( i ) 2
2
i r2 r t t2
Exemplo: Calcular o menor raio externo possível do tubo da figura. O material segui o C.E.D
Dados:
a 10cm
15kN / cm 2
a) pi 1, 2kN / cm 2 b=?
b) pi 12kN / cm 2
b=?
2
b
1
10
r 2 pi pi
b
1
10
2
b
1 b 2 100 b 2 100
t 2
10
pi 2 pi pi 2
b b 100 b 100
1
10
r pi t pi
i r2 r t t2 15
( pi ) 2 ( pi ) pit ( pi ) 2 15
pi 1 2 15
152
2 1 0
pi2
152
pi 1, 2 2 1 0
1, 22
2 155, 25 0
12,96 12
b2 100
2 12
b 100
b 2 100 12b 2 1200 0
11b2 1200 b 10, 44 ou b 10, 44
portanto b 10, 44cm
28
152
pi 12 2 1 0
122
2 0,5625 0
1, 4 0, 4
b2 100
0, 4 b2 100 0, 4b2 40 0
b 100
2
Discos em rotação
Um disco circular girando em torno de seu eixo fica submetido às forças de inercia que
que geram tensões consideráveis em alta velocidades
Equação de equilíbrio
As tensões são as mesmas do tubo de parede grossa. A força de inercia é dada por:
dF massa * aceleração
Ac w2 r
dM erd dr
g
w velocidade angular
peso específico
g aceleração da gravidade
d r
r t r w2 r 2
dr g
Procedendo da mesma forma que para tubo de parede grossa obtemos a equação do disco em termos
de tensões:
d 2 r d
r 2
3 r (3 ) w2 r
dr dr g
A solução desta equação diferencial é:
B
r A 2
(3 ) w2 r 2
r 8g
Condições de contorno:
B
para r=a r 0 A a2 0
a2
B
para r=b r 0 A 2 b 2 0
b
Resolvendo o sistema temos:
A= (a 2 b 2 )
B a 2b 2
Assim:
a 2b 2
r (a 2 b 2 ) 2
r2
r
a 2b 2
t (a 2 b 2 ) 2 r 2
r
30
a 2b 2 w2 a 2b 2
r [(a 2 b 2 ) 2
r 2
] r (3 )[(a 2
b 2
) 2
r2]
r 8g r
a 2b 2 2 w2 a 2b2 1 3 2
t [(a 2 b 2 ) r ] t (3 )[(a 2 b 2 ) 2 r ]
r2 8g r 3
Observações:
1 -A tensão radial é nula nas bordas e positiva para toda espessura do disco tornando-se máxima
para r ab cujo valor é:
2
b 2 w2 (3 ) b a
r max
g 8 b
b 2 w2 (3 )
t max
g 4
5 Para o outro extremo, quando a b a tensão máxima é dada por:
b 2 w2
t max
g
Para o caso de um disco cheio (eixo) a constante B deve ser igual a zero senão teríamos
tensões infinitas para r=0 para qualquer rotação.
para eixo B=0 r A r 2
t A r2
para r=b r 0 A b 2 0
portanto
A= b2 r (b 2 r 2 )
2
t (b 2 r )
Ambas tensões são sempre positivas e para r=0 são iguais:
w2b 2
t max r max (3 )
8g
Exemplo:
Para o conjunto da figura sabe-se que a 3000 rpm a pressão de assentamento térmico é 1kN/cm2
e que a tensão na periferia é +3kN/cm2
Dados: a=3cm e b=25cm
a) Calcular a máxima tensão ideal pelo critério de de Von Misses
b) Calcular a diferença de diâmetros para garantir o assentamento
7,85*105 kN / cm3
g 980cm / s 2
E 21000kN / cm 2
0,3
7,85*105 kN
= (100 ) 2 (3 0,3) 0,3261*102 4
8 *980 cm
5
7,85*10 kN
= (100 ) 2 (1 3* 0,3) 0,1878*102 4
8*980 cm
B
r A 0,3261*102 r 2
r2
B
t A 2 0,1878 *102 r 2
r
54,87
r 5,125 0,3261*102 r 2
r2
54,87
t 5,125 2 0,1874 *102 r 2
r
Calculo de r max
d r 2 *54,87
2 * 0,3261*10 2 r 0
dr r3
54,87
r4 r 11,39cm
0,3261*102
kN kN
para r=11,39 cm r 0, 427 2 t 0,530, 427 2
cm cm
kN
i 0, 427 2 0, 427 * 0,53 0,532 0, 486 2
cm
kN kN
r 3cm r 1 2
t 11, 20 2
cm cm
kN kN
r 25cm r 3 2 t 0, 403 2
cm cm
33
para r=3cm
kN
i 1 (1) *11, 20 1,1202 11, 73
cm 2
diferença de raios
vd ve
para r 3cm
disco
r 1 t =1,12 kN/cm 2
r 3
vd ( t r ) [11, 2 0,3(1)]
E 21000
vd 1,6428*103 cm
diferença de raios
vd ve 1, 6428*103 (0,982 *104 ) 0,001741cm
diferença de dametros 2 0, 003482cm