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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TUCURUÍ


FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA
TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA II
PROF. ENG. MSC. MACIEL DA COSTA FURTADO

TUCURUÍ-PA
2023
AULA 3: TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM
ESCOAMENTO EXTERNO
OBJETIVO: DETERMINAR OS COEFICIENTES CONVECTIVOS EM DIFERENTES
GEOMETRIAS DE ESCOAMENTO. EM PARTICULAR, OBTER AS FORMAS ESPECÍFICAS
PARA AS FUNÇÕES QUE REPRESENTAM ESSES COEFICIENTES.
O MÉTODO EMPÍRICO Correlação empírica:
A maneira pela qual uma correlação para a transferência de calor por (1)
convecção pode ser obtida experimentalmente está ilustrada na Fig. 7.1
O ℎത 𝐿 poderia ser
calculado pela lei
de Resfriamento de
Newton
Forma alternativa de avaliar a taxa
de transferência de calor: Usando a
Temperatura do filme:
T +T (2)
Tf = s 
2
Além disso, com o conhecimento do Ou multiplicando o lado direito
comprimento característico L e das da Eq. (1) por:
propriedades do fluido, os número de Nusselt, r r

Reynolds e Prandtl poderiam ser


 Pr    
  ou  
determinados:  s
Pr 
 s
____
hL VL 
Nu = = f (Re L , Pr) Re L = Re L , Pr =
kf  
O MÉTODO EMPÍRICO
✓ Transferência de Massa por Convecção
Finalmente, observamos que experimentos também podem ser executados para a obtenção de correlações
da transferência de massa por convecção. Contudo, em condições nas quais a analogia entre as
transferências de calor e de massa pode ser aplicada, a correlação de transferência de massa assume a
mesma forma da correlação da transferência de calor correspondente. Assim, temos que:

𝑆ℎ = 𝐶𝑅𝑒𝐿𝑚 𝑆𝑐 𝑛

Onde, para uma dada geometria e condições de escoamento, os valores de C, m e n são os mesmos que
aparecem na Eq. (1).
PLACA PLANA EM ESCOAMENTO PARALELO

✓ Tal como acontece com todos os fluxos externos, as


camadas limite desenvolvem-se livremente sem restrições.
✓ As condições da camada limite podem ser inteiramente
laminares, laminares e turbulentas, ou totalmente
turbulentas.
✓ Para determinar as condições, calcule:
u L u L
Re L =  = 
 v
e comparar com o número crítico de Reynolds para transição
para turbulência, 𝑅𝑒𝑥,𝑐 .

𝑅𝑒𝐿 < 𝑅𝑒𝑥,𝑐 → 𝐹𝑙𝑢𝑥𝑜 𝐿𝑎𝑚𝑖𝑛𝑎𝑟

𝑅𝑒𝐿 > 𝑅𝑒𝑥,𝑐 → Transição para o fluxo turbulento em 𝑥𝑐 /𝐿 ≡ 𝑅𝑒𝑥,𝑐 /𝑅𝑒𝐿


PLACA PLANA EM ESCOAMENTO PARALELO

✓ O valor de 𝑅𝑒𝑥,𝑐 depende da turbulência do fluxo livre e da


rugosidade da superfície. Nominalmente: 𝑅𝑒𝑥,𝑐 = 5 × 105
✓ As condições térmicas da superfície são comumente
idealizadas como sendo de temperatura uniforme Ts ou fluxo
de calor uniforme 𝑞𝑠′′ . É possível que uma superfície seja
simultaneamente caracterizada por temperatura uniforme e
fluxo de calor uniforme?
✓ O desenvolvimento da camada limite térmica pode ser
retardado por um comprimento inicial não aquecido.
✓ Temperaturas equivalentes de superfície e fluxo livre para
𝑥 < 𝜉 e uniforme 𝑇𝑠 (ou 𝑞𝑠′′ ) para 𝑥 < 𝜉.
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
Os principais parâmetros da convecção podem ser obtidos através da resolução de forma apropriadas das
equações da camada limite. Supondo escoamento laminar, incompressível e em regime estacionário, de um
fluido com propriedades constantes e dissipação viscosa desprezível, e reconhecendo ainda que dp/dx = 0,
as equações da camada-limite se reduzem a:
Continuidade
u v A solução dessas equações é simplificada pelo fato de que, para propriedades
+ =0 constantes, as condições na camada limite de velocidade são independentes da
x y
temperatura e da concentração das espécie.
Momento A solução fluidodinâmica segue o método de Blasius. Os componentes de velocidade
são definidos em termos de uma função corrente 𝜓(𝑥, 𝑦):
u v  2u
u + v = 2
x y y   (3)
u e v− =0
Energia y x
T T  2T
u +v = 2
x y y
Espécie (A)
 A  A 2A
u +v = DAB
x y y 2
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
As novas variáveis dependentes e independentes, 𝑓 𝑒 𝜂, respectivamente, são definidas de tal forma:

f ( ) = (4)
u vx / u
 = y u / vx (5)

A solução de Blasius é dita uma solução por similaridade, e 𝜂 é uma variável similar. Essa terminologia é usada
porque, apesar do crescimento da camada limite com a distância x da aresta frontal, o perfil de velocidade
𝑢/𝑢∞ permanece geometricamente similar. Essa similaridade possui a forma:
u  y
=  (6)
u  
Onde 𝛿 é a espessura da camada limite. Descobriremos pela solução de Blasius que 𝛿 varia com (𝑣𝑥/𝑢∞ )1/2 ;
assim, tem-se que:
u
=  ( ) (7)
u
Assim, o perfil de velocidade é unicamente determinado pela variável similar 𝜂, que depende de x e y
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
✓ Baseado na premissa de que o componente adimensional x de velocidade é, 𝑢/𝑢∞ , e que temperatura,
𝑇 ∗ = [(𝑇 − 𝑇𝑠 )/(𝑇∞ − 𝑇𝑠 )] , pode ser representado exclusivamente em termos de um parâmetro de
similaridade adimensional dado pela Eq. (5).
✓ A Similaridade permite a transformação das equações diferenciais parciais associadas à transferência de
energia x-momentum e térmica para equações diferenciais ordinárias da forma:
d3 f d2 f
2 3+f =0 (8)
d d 2
Onde (𝑢Τ𝑢∞ ) ≡ 𝑑𝑓/𝑑𝜂 e:
d 2T Pr dT *
+ f =0 (9)
d 2
2 d
Sujeito a condições de contorno prescritas, a soluções numéricas para as equações de momentum e energia
produzem os seguintes resultados para a distribuição de velocidade de componente x e a distribuição de
temperatura na camada limite:
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
✓ Sujeito a condições de contorno prescritas, a soluções numéricas para as equações de momentum e energia
produzem os seguintes resultados para a distribuição de velocidade de componente x e a distribuição de
temperatura na camada limite:

✓ Qual valor de 𝜂 corresponde à borda da camada limite de velocidade?


✓ Quão espessa é a camada limite térmica, relativa à camada limite de velocidade, para Pr = 1? Pr> 1? Pr
<1?
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
Com 𝑢Τ𝑢∞ = 0,99 para 𝜂 = 5,0 na borda da camada limite de velocidade,
5, 0 5x
= = (10)
u / vx Re x
u d2 f

Com s =  =  u u / vx e desde que d f d  =0 = 0,332   s = 0,332u  u x
2 2
y y =0
d 2  =0

 s,x
O coeficiente de atrito local é, então:  C f , x = = 0, 664 Re −x 1/2 (11)
u / 2
2

A partir do conhecimento das condições na camada-limite de velocidade, as equações de conservação da


energia e da espécie podem agora ser resolvida.

𝑞′′
E 𝑑𝑇 ∗ /𝑑𝜂ȁ𝜂=0 = 0,332𝑃𝑟1/3 para Pr ≥ 0,6, como ℎ𝑥 = 𝑇 −𝑇
𝑥
= 𝑘𝜕𝑇 ∗ /𝜕𝑦ȁ𝑦=0 = 𝑘(𝑢∞ /𝑣𝑥)1/2 𝑑𝑇 ∗ /𝑑𝜂ȁ𝜂=0
𝑠 ∞

O número de Nusselt local tem a forma: Nu x = hx x = 0,332 Re1/2 Pr1/3 , Pr  0, 6 e



= Pr1/3 (12)
k t
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
Para a transferência de massa, consequente a transferência de calor e de massa pode ser aplicada, pois a
equação diferencial e as condições de contorno para a concentração da espécie têm a mesma forma funcional
que para a temperatura. Assim como base para número de Nusselt, na Eq. (12), tem-se:

hm x
Shx = = 0,332 Re1/2 Sc1/3 , Sc  0, 6 (13)
DAB
Por analogia também, da mesma forma que para a transferência de calor, tem-se que a razão das espessuras
das camadas limites é:

 Sc1/3 (14)
C

CONCLUSÃO:
Esses resultados podem ser usados para calcular importantes parâmetros da camada-limite laminar para 0 < x <
xc, onde xc é a distância da aresta frontal na qual a transição inicia. As Eqs. (11), (12) e (13) implicam que
𝜏𝑠,𝑥 , ℎ𝑥 e ℎ𝑚,𝑥 , são a princípio, infinitos na aresta frontal e diminuem com x-1/2 no sentido do escoamento.
As Eqs. (12) e (14) também implicam que, para valores de Pr e Sc próximo à unidade, o que é o caso também
da maioria dos gases, as três camada-limite apresntam o crescimento praticamente idênticos.
SOLUÇÃO DE SIMILARIDADE PARA FLUXO LAMINAR E
CONSTANTE SOBRE UMA PLACA ISOTÉRMICA
✓ Como você caracterizaria a velocidade laminar relativa e o crescimento da camada limite térmica para um
gás? Um óleo? Um metal líquido?
✓ Como a tensão de cisalhamento local e o coeficiente de convecção variam com a distância da borda de
ataque?
✓ Parâmetros Médios da Camada Limite:
1 x
 s,x =
x 0
 s dx

C f , x = 1,328 Re −x 1/2 (15)

1 x
hx =
x 0
hx dx
(16)
Nu x = 0, 664 Re1/2 1/3
x Pr , Pr  0, 60

✓ O efeito das propriedades variáveis pode ser considerado pela avaliação de todas as propriedades na
temperatura do filme.
T +T
Tf = s 
2
ESCOAMENTO TURBULENTO SOBRE UMA PLACA
ISOTÉRMICA
✓ Da experimentação sabe-se que, para escoamento turbulentos com números de Reynolds de até
aproximadamente 108, o coeficiente de atrito local é correlacionado com 15% de precisão por uma
expressão na forma:
Além disso, sabe-se que, com uma aproximação razoável,
−1/5
C f , x = 0, 0592 Re x , Re x ,c  Re x  108
(17) a espessura da camada-limite de velocidade pode ser
representada por:
 = 0,37 x Re −x 1/5 (18)
Usando a Eq. (17) com analogia de Reynolds modificada, ou analogia de Chilton-Colburn, o número de
Nusselt local para o escoamento turbulento é:
Nu x = St Re x Pr = 0, 0296 Re 4/5 Pr1/3 , 0, 6  Pr  60 (19)

E o número de Sherwood local é:


Shx = Stm Re x Sc = 0, 0296 Re 4/5 Sc1/3 , 0, 6  Sc  3000 (20)
METODOLOGIA PARA UM CÁLCULO DE
CONVECÇÃO
1. Reconheça imediatamente a geometria do escoamento. O problema envolve o escoamento sobre uma placa
plana, uma esfera ou um cilindro? A forma específica da correlação da convecção depende, obviamente, da
geometria.
2. Especifique a temperatura de referencia apropriada e determine as propriedades do fluido pertinentes naquela
temperatura. Para diferenças de temperatura na camada-limite moderadas, a temperatura do filme, Eq. (2),
pode ser usada com esse propósito.
3. Nos problemas de transferência de massa, as propriedades do fluido são aquelas da espécie B. No nosso
tratamento da transferência de massa por convecção, lidaremos apenas com misturas binárias diluídas. Isto é,
problemas envolvendo o transporte de uma espécie A, para a qual 𝑥𝐴 ≪ 1. Com uma boa aproximação, as
propriedades da mistura podem, então, ser consideradas como propriedades do componentes B. O número de
Schmidt, por exemplo, seria Sc = vB/DAB, e o número de Reynolds seria ReL = (VL/vB).
4. Calcule o número de Reynolds. As condições na camada limite são fortemente influenciadas por esse
parâmetro. Se a geometria for a de uma placa plana em escoamento paralelo, determine se o escoamento é
laminar ou turbulento.
METODOLOGIA PARA UM CÁLCULO DE
CONVECÇÃO
5. Decida se um coeficiente local ou um coeficiente médio na superfície é necessário. Lembre-se de que para
temperatura ou massa especificada do vapor constante na superfície, o coeficiente local é usado para
determinar o fluxo em um ponto específico sobre a superfície, enquanto o coeficiente médio determina a taxa
de transferência em toda a superfície .
6. Selecione a correlação apropriada.
EXEMPLO
Exemplo 7.1: Ar, a uma pressão de 6 kN/m2 e a uma temperatura de 300°C,
escoa com uma velocidade de 10 m/s sobre um placa plana com 0,5 m de
comprimento. Determine a taxa de resfriamento, por unidade de largura da
placa, necessária para mantê-la com uma temperatura superficial de 27°C.

Ar

T = 300C
u = 10 m s
Ts = 27C
p = 6 N m 2

x L = 0,5 m
SOLUÇÃO
Dados: p∞ = 6 N/m2; T∞ = 300°C; u∞ = 10 m/s; L = 0,5 m; Ts = 27°C
Achar: q’ = ? (W/m)
➢ Diagrama esquemáticos e dados do problema Da lei dos gases ideias, tem-se que a razão entre a viscosidade
cinemática de um gás a uma mesma temperatura, porém a
Ar
pressões diferentes, p1 e p2, é:
T = 300C q ' = ?(W m)
Ts = 27C
u = 10 m s
v1 p2
=  p2 
v2 p1  v1 = v2 
p = 6 N m 2  p1 
x L = 0,5 m
2 1, 0133 10 ( N m ) 
5 2
−6
Modelo de engenharia: v1 = 30,84 10 (m s )   = 5, 21 10−4 m 2 s
 6 10 ( N m ) 
3 2
1. Condições de estado estacionário;
2. Efeitos radiante desprezíveis. Da lei de resfriamento de Newton: q ' = hL(T − Ts )
3. O ar se comporta como gás ideal
Para determinar a correlação apropriada para ℎ, ത Re deve ser
Avaliação das propriedades do fluido na temperatura determinado:
do filme: u L 10(m s )  0,5(m)
Tabela A4, ar (Tf = 437 K, p = 1atm): v = 30,84×10 - Re = = −4
= 9597 Escoamento Laminar!

L 2
6 m2/s, k = 36,4×10-3 W/m.K; Pr = 0,687.
v 5, 21 10 ( m s )
Para o escoamento laminar sobre toda a placa a correlação
OBS: Para um gás, a viscosidade cinemática v = µ/ρ apropriada é:
irá variar com a pressão através da dependência em
NuL = 0, 664 Re1/2
L Pr
1/3
relação à massa específica
NuL = 0, 664  (9597)1 2 (0, 687)1/3 = 57, 4
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)

➢ Diagrama esquemáticos e dados do problema


Ar
T = 300C q ' = ?(W m)
Ts = 27C
u = 10 m s
p = 6 N m 2
L = 0,5 m

O coeficiente convectivo médio é, então determinado, como:


NuL k 57, 4  0, 0364(W m  K )
h= = = 4,18 W ( m 2  K )
L 0,5(m)
q ' = 4,18 (W m 2 .K )  0,5(m)  (300 − 27)C

q ' = 570 W m
EXEMPLO
Problema 7.2: Óleo de motor a 100°C e a uma velocidade de 0,1 m/s escoa
sobre as duas superficie de uma placa plana com 1 m de comprimento mantida a
20°C. Determine: (a) as espessuras das camadas-limites de velocidade e térmica
na aresta de saída da placa; (b) O fluxo térmico local e a tensão de cisalhamento
local na superfície na aresta de saída da placa; (c) A transferência de calor total
por unidade de largua da placa; (d) represente graficamente as espessuras das
camadas-limites e os valores locais da tensão de cisalhamento na superfície, do
coerficiente convectivo e do fluxo térmico com uma função de x, para 0 ≤ x ≤1.
SOLUÇÃO
Dados: T∞ = 100°C; u∞ = 0,1 m/s; L = 1 m; Ts = 20°C
Achar: (a) δ = ? e δt = ? para L = 1 m; (b) 𝑞𝑥′′ = ? e τs,L = ?; (c) q’ = ?; (d) representar graficamente as
variáveis do problema.
➢ Diagrama esquemáticos e dados do problema ✓ Calculando Re e determinando o tipo de escoamento:
u L 0,1(m s ) 1(m)
Re L =  = −6
= 1161 Escoamento Laminar!
v 86,110 (m s) 2

Para o escoamento laminar sobre toda a placa a correlação


apropriada para as espessuras da camada limite é:
5x 5 1(m)
=  =   = 0,147 m
Re x 1161
  0,147(m)
Modelo de engenharia: = Pr1/3   t = 1/3 =   t = 0, 0143 m
1. Recrit= 5×105
t Pr 1081 13

Avaliação das propriedades do fluido na temperatura Da lei de resfriamento de Newton: qx'' = hL (Ts − T )
do filme: Nu x = 0,332 Re1/2 Pr1/3  Nu x = 0,332  (1161) (1081) = 116, 099
1/2 1/3

Tabela A5, óleo de motor (Tf = 333 K): ρ =864


NuL k 116, 099  0,140(W m  K )
kg/m3; v = 86,1×10-6 m2/s; k = 0,140 W/m.K; Pr = h= = = 16, 25 W ( m 2  K )
1081. L 1(m)

qx'' = 16, 25 (W m 2 .K )  (20 − 100)C  qx'' = −1300 W m 2


SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
➢ Diagrama esquemáticos e dados do problema ✓ Para o fluxo laminar, o valor médio ℎത 𝐿 para uma placa
plana de comprimento L é duas vezes o valor do
coeficiente local h, logo:
hL = 2hL = 32,5W m 2  K
q ' = 2 LhL (Ts − T ) = 2 1(m)  32,5(W m 2  K )  (20 − 100)C
q ' = −5200W m

A tensão de cisalhamento local é:


 s,x −1/2  u2
C f ,x = = 0, 664 Re   s,x = 0, 664 Re −L1/2
u / 2
2

x
2
864(kg m3 )  (0,1 m s ) 2
 s,x =  0, 664  (1161) −1 2 = 0, 0842 kg ( m  s 2 )
2
 s , x = 0, 0842 N m 2
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ As condições dependem de características especiais do desenvolvimento da camada limite, incluindo o início
em um ponto de estagnação e separação, bem como a transição para a turbulência.

✓ Ponto de estagnação: Localização da velocidade zero (𝑢∞ = 0) e pressão máxima.


✓ Seguido pelo desenvolvimento da camada limite sob um gradiente de pressão favorável (𝑑𝑝Τ𝑑𝑥 < 0) e
portanto, aceleração do fluxo de fluxo livre 𝑢∞ Τ𝑑𝑥 > 0 .
✓ Quando a parte traseira do cilindro é aproximada, a pressão deve começar a aumentar. Portanto, há uma
distribuição mínima de pressão, p(x), após o qual o desenvolvimento da camada limite ocorre sob a
influência de um gradiente de pressão adverso 𝑑𝑝Τ𝑑𝑥 > 0, 𝑑𝑢∞ Τ𝑑𝑥 < 0 .
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ A separação ocorre quando o gradiente de velocidade 𝑑𝑢/𝑑𝑦ȁ𝑦=0 reduz para zero e é acompanhado por
inversão de fluxo e uma esteira a jusante.

✓ A localização da separação depende da transição da camada limite

VD VD
Re = =
 
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ Quais características diferenciam o desenvolvimento de fronteira para a placa plana em fluxo paralelo
daquela para fluxo sobre um cilindro?
✓ A força imposta pelo fluxo é devido à combinação de atrito e forma de arrasto. A forma adimensional da
força de arrasto é:

FD
CD =
Af ( V 2 / 2)
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ Transferência de Calor e de Massa por Convecção
Resultados experimentais para a variação do número de Nusselt local com 𝜃 para um cilindro em escoamento
cruzado de ar são mostrado na figura abaixo.
▪ Os resultados são fortemente influenciados pela natureza do
desenvolvimento da camada limite sobre a superfície.
▪ Correlações podem ser obtidas para o número de Nusselt
local e no ponto de estagnação frontal, para 𝑃𝑟 ≥ 0,6, uma
análise da camada limite fornece uma expressão com a forma
a seguir, que é mais precisa em baixo número de Reynolds:
NuD ( = 0) = 1,15 Re1/2
D Pr
1/3

▪ Contudo, do ponto de vista dos cálculos de engenharia,


estamos mais interessado nas condições médias globais. A
correlação empírica proposta por Hilpert:
hD Eq. Válida também para escoamento
Nu D = = C Re mD Pr1/3
k sobre cilindros de seção transversal
C , m → Tabela 7.2 e 7.3 não circulares.
Amplamente utilizado para 𝑃𝑟 ≥ 0,7.
OBS: Ao trabalhar com essas relações todas as propriedades devem ser
avaliada na temperatura do filme.
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ Transferência de Calor e de Massa por Convecção
As constantes C e m estão listadas nas Tabelas 7.2 (cilindro circular em escoamento cruzado) e Tabela 7.3
(cilindros não circulares em escoamento cruzado).
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ Transferência de Calor e de Massa por Convecção
Outra correlação sugerida para o cilindro circular em
escoamento cruzado é proposta por Zukauskas tem a
forma: 1/4
 Pr 
Nu D = C Re mD Pr n  
 s
Pr
0, 7  Pr  500 
 6 
1  Re D  10 

Onde todas as propriedades são avaliadas a 𝑇∞ com


exceção de Prs, que é avaliado a Ts. Os valores de C e m
estão listados na Tabela 7.4. Se 𝑃𝑟 ≤ 10, n = 0,37; se
𝑃𝑟 ≥ 10, n=0,36.
CILINDRO EM ESCOAMENTO CRUZADO
✓ Considerações sobre transferência de calor
Número Nusselt Local:
▪ Como o número de Nusselt local varia com 𝜃 para 𝑅𝑒𝐷 < 2 × 105 ? Quais condições estão associadas as
máxima e mínima variação?
▪ Como o número de Nusselt local varia com 𝜃 para 𝑅𝑒𝐷 > 2 × 105 ? Quais condições estão associadas as
máxima e mínima variação?

Número de Nusselt Médio (𝑁𝑢 ≡ ℎ𝐷/𝑘):
▪ Churchill e Bernstein propuseram uma única equação que cobre toda a faixa de ReD na qual há dados
disponíveis, bem como ampla faixa de Pr. A equação é recomendada para 𝑅𝑒𝐷 𝑃𝑟 ≥ 0,2 e possui a forma:
4/5
1/2
0, 62 Re Pr 1/3   Re D 5/8 
Nu = 0,3 + D
2/3 1/4 
1+   
[1 + (0, 4 / Pr) ]   282000  
Onde todas as propriedades são avaliadas na temperatura do filme.
OBS: É importante alertar para não considerar qualquer uma das correlações anteriores como verdade absoluta.
Cada correlação é razoável dentro de uma certa faixa de condições, mas para a maioria dos cálculos de
engenharia não se deve esperar uma precisão melhor do que 20%.
Pelo uso da analogia das transferência de calor e de massa as Eq. Anteriores podem ser utilizadas em
problemas envolvendo a transferência de massa convectiva em um cilindro em escoamento cruzado.
Simplesmente deve-se substituir 𝑁𝑢𝐷 por 𝑆ℎ𝐷 e Pr por Sc.
EXEMPLO
Exemplo 7.4: Experimentos foram conduzidos com um cilindro metálico de 12,7 mm de diâmetro e 94 mm de
comprimento. O cilindro é aquecido internamente por um aquecedor elétrico e é submetido a um escoamento
cruzado de ar no interior de um túnel de vendo de baixa velocidade. Sob um conjunto específico de condições
operacionais, nas quais a velocidade e a temperatura do ar na corrente a montante do cilindro são mantidas
em V = 10 m/s e 26,2 °C, respectivamente, a dissipação de potência no aquecedor foi de P = 46 W,
enquanto a temperatura média na superfície do cilindro era de Ts = 128,4°C. Estima-se que 15% da
dissipação de potência seria perdido em função dos efeitos cumulativos da radiação na superfície e da
condução pelos terminais na extremidades do cilindro. (a) Determine o coeficiente de transferência de calor
por convecção a partir das observações experimentais. (b) Compare o resultado experimental com o
coeficiente de transferência de calor calculado por uma correlação apropriada.
SOLUÇÃO
Dados: D = 12,7 mm; L = 94 mm; V = 10 m/s; T∞ = 26,6°C; P = 46 W; Ts = 128,4°C; 15% da energia
dissipada é perdida em função dos efeitos cumulativos de radiação e condução.
Achar: (a) Coeficiente convectivo associado às condições operacionais e (b) coeficiente convectivo com uma
correlação apropriada. Avaliação das propriedades na temperatura de
referência:
Entrando na Tabela A.4 das propriedades do ar para T∞
= 26,6°C ≈ 300 K, para Tmédia = (128,4+26,2)/2 =
77,3°C ≈ 350 K e para Ts = 128,4°C ≈ 401K

Hipótese de Engenharia:
1. Condições de regime permanente.
2. Temperatura na superfície do cilindro uniforme
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
(a) A partir das análise dos dados experimentais e Assim, da Tabela 7.4, C = 0,26 e m = 0,6. Também,
usando a lei do resfriamento de Newton, o coeficiente como Pr < 10, n = 0,37, tem-se então:
de transferência de calor por convecção é: 0,25
 0, 707 
q NuD = 0, 26(7992)0,6 (0, 707) 0,37   = 50,5
h=  0, 690 
A(Ts − T ) k 0, 0263[W / (m  K )]
h = NuD = 50,5
Como q = 0,85P e A = πDL, logo: D 0, 0127(m)
0,85  46(W ) h = 105 W / (m 2  K )
h=
  0, 0127(m)  0, 094( m)  (128, 4 − 26,5)C Usando a relação de Churchill, podemos avaliar ℎത ,
 h = 102 W / (m 2 K ) como:
4/5
0, 62 Re Pr 1/2 1/3   Re D 5/8 
(b) Trabalhando com a relação de Zukauskas, tem-se que: Nu = 0,3 + D
1 +   
1/4 [1 + (0, 4 / Pr) 2/3 ]1/4   282000  
 Pr 
NuD = C Re mD Pr n   Como todas as propriedades avaliadas a Tf, Pr = 0,70
 Prs  e: VD 10(m / s )  0, 0127(m)
VD 10(m / s )  0, 0127(m)  Re D = = = 6071
Re D = = = 7992  −6
20,92 10 (m / s) 2

 −6
15,89 10 (m / s)
2
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Desse modo, o número de Nusselt e o coeficiente convectivo são: k 0, 030[W / (m  K )]
h = NuD = 37,3 = 88W
4/5 D 0, 0127(m)
1/2
0, 62(6071) (0, 70) 1/3   6071 5/8 
Nu = 0,3 + 1 +    = 40, 6
[1 + (0, 4 / 0, 70) 2/3 ]1/4   282000   h = 88 W / (m 2  K )

k 0, 030[W / (m  K )]
h = NuD = 40, 6 = 96, 0W Incertezas associadas à medição da velocidade do
D 0, 0127(m)
ar, à estimativa da perda de calor pelas
h = 96, 0 W / (m 2  K ) extremidades do cilindro e à consideração de
ത temperatura média na superfície do cilindro, que
Alternativamente, pela correlação de Hilpert, podemos avaliar ℎ,
varia axial e circunferencialmente, fazem com que o
como:
resultado experimental não apresente incerteza
NuD = C Re mD Pr1/3 inferior a 15%. Consequentemente, os cálculos
baseados em cada uma das três correlações
Como todas as propriedades avaliadas na temperatura do filme,
encontram-se dentro da incerteza experimental do
ReD = 6071 e Pr = 0,70. Assim, da Tabela 7.2, C = 0,193 e m =
resultado medido.
0,618. O número de Nusselt e o coeficiente convectivo são então:
NuD = 0,193(6071)0,618 (0, 700)0,333 = 37,3
EXEMPLO
Problema 7.46: Considere os fluidos a seguir, cada um com uma velocidade de V = 5 m/s e com
uma temperatura de T∞ = 20°C, em escoamento cruzado sobre um cilindro com 10 mm de diâmetro,
mantido a 50°C: ar atmosférico, água saturada e óleo de motor.
(a) Calcule a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento do cilindro, q’, usando a
correlação de Churchill-Bernstein.
(b) Gere um gráfico de q’ como uma função da velocidade do fluido parar 0,5 ≤ V ≤ 10 m/s.
SOLUÇÃO
Dados: ar atmosférico; água saturada; óleo de motor; V = 5 m/s; T∞ = 20°C; D = 10 mm; Ts = 50°C;
Achar: (a) q’ por unidade de comprimento do cilindro usando a correlação Churchill-Bernstein e (b) gerar um
gráfico de q’ como função da velocidade do fluido para 0,5 ≤ V ≤ 10 m/s.

▪ Desenho esquemático ▪ De acordo com a correlação Churchill-


Bernstein, o número de Nusselt, é:
4/5
0, 62 Re Pr1/2 1/3   Re D  5/8

Nu = 0,3 + D
1 +   
[1 + (0, 4 / Pr) 2/3 ]1/4   282000  

VD k
Re D =  h = Nu D  q ' = hA(Ts − T )
 D
Hipótese de Engenharia:
▪ Para cada fluido, será necessário calcular
1. Condições de regime permanente.
ReD e usar a correlação de Churchill-
2. Temperatura na superfície do cilindro uniforme
Bernstein, para se determinar q’
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
VD 5(m s ) 0, 01(m)
▪ Entrando com a Tmédia = (50+20)/2 = 35°C ≈ 308 K na  Re D = = = 2996
Tabela A.4 (para 1atm) das propriedades do ar: 𝜐 =  −6
16, 69 10 (m s)
2

16,69×10-6 m2/s; k = 26,9×10-3 W/(m.K); Pr = 0,706 0, 62 Re Pr1/2 1/3   Re D 5/8 


4/5

Nu = 0,3 + D
1 +   
[1 + (0, 4 / Pr) 2/3 ]1/4   282000  
Interpolação Linear

4/5
0, 62(2996)1 2 (0, 706)1/3   2996 5/8 
Nu = 0,3 + 1 +   
[1 + (0, 4 / 0, 706) 2/3 ]1/4   282000  
Nu = 28,1
k 0, 0269 (W m  K )
h = Nu D = 28,1 = 75,5W m 2  K
D 0, 01(m)
q ' = h ( D)(Ts − T )

q ' = 75,5(W m 2  K )  0, 01(m) ( 50 − 20 ) º C

q ' = 71,1W m
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
▪ Entrando com a Tmédia = (50+20)/2 = 35°C ≈ 308 K na Tabela A.6 (para 1atm) das propriedades da água
saturada: 𝜌 = 994 kg/m3; 𝜇 = 725×10-6 N.s/ m2; k = 0,625 W/(m.K); Pr = 4,85

VD 994 (kg m3 ) 5(m s) 0, 01(m) k 0, 625(W m  K )


Re D = = = 68552 h = NuD = 347 = 21687,5W m 2  K
 725 10−6 ( N  s m 2 ) D 0, 01(m)
q ' = 21687,50 (W m 2  K )  0, 01(m) ( 50 − 20 ) º C
4/5
12
0, 62(68552) (4,85) 1/3   68552 5/8 
Nu = 0,3 + 1 +   
[1 + (0, 4 / 4,85) 2/3 ]1/4   282000   q ' = 20440W m
Nu = 347
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
▪ Entrando com a Tmédia = (50+20)/2 = 35°C ≈ 308 K na Tabela A.5 (para 1atm) das propriedades do óleo
de motor: 𝜐 = 340×10-6 m2/s; k = 0,145×10-3 W/(m.K); Pr = 4000.

VD 5(m s ) 0, 01(m) k 0,145(W m  K )


Re D = = = 147 h = NuD = 120 = 1740W (m 2  K )
 340 10−6 (m 2 s) D 0, 01(m)
12
0, 62(147) (4000) 1/3   147  5/8

4/5
q ' = 1740 (W m 2  K )  0, 01(m) ( 50 − 20 ) º C
Nu = 0,3 + 1 +   
[1 + (0, 4 / 4000) 2/3 ]1/4   282000   q ' = 1639 W m
Nu = 120
SOLUÇÃO
▪ (b)
A ESFERA
Os efeitos da camada limite associados ao escoamento sobre uma esfera são muitos semelhantes àqueles
no cilindro circular, com a transição e a separação representado papéis importantes. Resultados para o
coeficiente de arrasto (que já foi definido como 𝐶𝐷 = [𝐹𝐷 Τ𝐴𝑓 (𝜌𝑉 2 Τ2)]), são representados na Figura 7.9.
No limite para número de Reynolds muito pequenos (escoamentos lentos), o coeficiente de arrasto é
inversamente proporcional ao número de Reynolds e a relação específica é conhecida por Lei de Stokes:

24
CD = , Re  0,5
Re D

Numerosas correlações da transferência de calor foram propostas e Whitaker recomenda expressão com a
forma:
1/4
0,4   
NuD = 2 + (0, 4 Re1/2 + 0, 06 Re 2/3
) Pr  
 s 
D D

0, 71  Pr  380 
 4
 3,5  Re D  7, 6  10 
1, 0  (   s )  3, 2 
 
A ESFERA
Todas as propriedades, exceto 𝜇𝑠 , são avaliadas a T∞ e o resultado pode ser aplicado para problemas de
transferência de massa simplesmente pela substituição de 𝑁𝑢𝐷 e 𝑃𝑟 por 𝑆ℎ𝐷 e 𝑆𝑐, respectivamente. Um
caso especial de transferência de calor e de massa por convecção em esferas está relacionado ao
transporte em gotas em queda livre, e a correlação de Ranz e Marshall é frequentemente usado:
NuD = 2 + 0, 6 Re1/2
D Pr
1/3

No limite quando 𝑅𝑒𝐷 → 0 as Equações propostas por Whitaker e a proposta por Ranz e Marshall se
reduzem a 𝑁𝑢𝐷 = 2, que corresponde à transferência de calor por condução de uma superfície esferérica
para um meio infinito e estacionário ao redor da superfície.
EXEMPLO
Problema 7.74: Ar a 25°C escoa sobre uma esfera, com 10 mm de diâmetro, com
uma velocidade de 25 m/s, enquanto a superfície da esfera é mantida a 75ºC. (a)
Qual é a força de arrasto na esfera? (b) Qual a taxa de transferência de calor
saindo da esfera?
SOLUÇÃO
Dados: T∞ = 25°C; D = 10 mm; V = 25 m/s; Ts = 75°C;
Achar: (a) Forças de arrasto, CD, (b) a taxa de transferência de calor, q.

▪ Desenho esquemático ▪ Para Ts = 75°C entrando com a Tf = 50°C ≈ 323 K na


Tabela A.4 (para 1atm) das propriedades do ar: 𝜐 =
18,2×10-6 m2/s;

Hipótese de Engenharia:
1. Condições de regime permanente.
2. Temperatura na superfície do cilindro uniforme
3. Efeitos da radiação térmica desprezível Interpolando
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
▪ (a) Para os dados da Tabela a Tf:

VD 25(m s ) 0, 01(m) FD
Re D = = = 1,37  10 4
CD =  FD = CD Af ( V 2 / 2)
 18, 2 10−6 (m 2 s) Af ( V 2 / 2)

 ( 0, 01 m ) 
2
(25 m / s) 2 
FD = (0, 4) 3
1, 085(kg / m ) 
4  2 
FD = 0, 011 N

CD  0, 4

Re D = 1,37 104
SOLUÇÃO
▪ (b) Para determinar q entramos com os dados da tabela ▪ Usando a correlação proposta por Whitaker:
A-4 para T∞ = 298 K (25ºC): 𝜇 = 184×10-7 N.s/m2; 𝜐 = 1/4

15,71×10-6 m2/s; k = 0,0261 W/(k.m); Pr = 0,71 0,4   


NuD = 2 + (0, 4 Re1/2 + 0, 06 Re 2/3
) Pr  
 s 
D D

1/4
 184 
NuD = 2 + [0, 4 (1,59 10 )
4 1/2
+ 0, 06(1,59 10 )
4 2/3
](0, 71) 0,4
 
 208 
NuD = 76, 7
k 0, 0261(W m  K )
h = Nu D = 76, 7 = 200W (m 2  K )
D 0, 01(m)
q = hA(Ts − T )

q = 200 (W m 2  K )  ( 0, 01 m ) ( 75 − 25 ) º C
2

VD 25(m s ) 0, 01(m)
Re D = = = 1,59 104 q = 3.14W
 −6
15, 7110 (m s)2
EXERCÍCIO
Problema 7.75: Seja uma esfera com diâmetro de 20 mm e uma temperatura
superficial de 60°C, que está imersa em um fluido a uma temperatura de 30°C e a
uma velocidade de 2,5 m/s. Calcule a força de arrasto e a taxa de transferência
de calor quando o fluido é: (a) água e (b) ar a pressão atmosférica. Explique por
que os resultados para os dois fluidos são tão diferentes?
EXEMPLO
Problema 7.80: Esferas de cobre com 20 mm de diâmetro são resfriadas pela
imersão em um tanque contendo água, que é mantida a 280 K. Pode-se considerar
que as esferas atinjam a sua velocidade terminal ao se chocarem com a superfície
da água e que elas se deslocam livremente através da água. Estime a velocidade
terminal das esferas igualando as forças de arrasto e gravitacional que atuam na
esferas. Qual é a altura aproximada máxima que o tanque de água deve possuir
para resfriar as esferas desde um temperatura inicial de 360 K até uma
temperatura no centro de 320 K?
SOLUÇÃO
Dados: D = 20 mm; Tágua = 280 K; Ti = 360 K; Tf = 320 K Hipótese de Engenharia:
Achar: Vt = ? (m/s) Hmáx = ? (m) 1. A esfera desce com velocidade terminal.

▪ Desenho esquemático Entrando com a Tf = 350 K na Tabela A.1 das


propriedades para o cobre: 𝜌 = 8933 kg/m3; k
= 398 W/m.K; cp = 387 J/kg.K;

Interpolando
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Entrando com a T∞ = 280 K na Tabela A.6 das propriedades para água: 𝜌 = 1000 kg/m3; µ =
1422×10-6 N.s/m2; k = 0,582 W/m.K; Pr = 10,26. Para Ts = 340 K: µs = 420×10-5 N.s/m2.
SOLUÇÃO (CONTINUAÇÃO)
Aplicando um balanço de força:

 +  Fy = 0  FD − Fb

V 2  D3
CD A f = ( Cu −  ) g
2 6
  D 2  V 2  D3
CD   = ( Cu −  ) g
 4  2 6

4 D Cu −  4  0, 02 ( m) 8933 − 1000


CDV 2 = g= . 9,8(m / s 2 ) = 2, 07 m 2 s 2
3  3 1000
Uma solução interativa é necessária, onde CD é
obtido da Figura 7.9, com ReD:
VD V (m / s )0, 02 (m)
Re D = = = 14085V (m / s)
 1, 42 10−6 (m 2 s)
Uma convergência é alcançada para V ≈ 2,1 m/s
SOLUÇÃO
Para ReD = 29580 e CD ≈ 0,46, usando a expressão de Whitaker:
1/4
0,4   
NuD = 2 + (0, 4 Re1/2 + 0, 06 Re 2/3
) Pr  
 s 
D D

1/4
 1422 
NuD = 2 + [0, 4 ( 29850 ) + 0, 06(29850) = 439
1/2 2/3 0,4
](10, 26)  
 420 
k 0,582 (W m  K )
h = Nu D = 439 = 12775W (m 2  K )
D 0, 02 (m)

Para determinar a aplicabilidade do método de capacitância concentrada

h ( r0 3) 12775(W m 2  K ) 0, 01 3(m)
Bi = = = 0,11
kCu 398(W / m  K )
SOLUÇÃO
Usando a expressão para o regime de transferência de calor transiente 𝜃0∗ = 𝐶1 exp(𝜉12 𝐹𝑜) e usando a
ത 0 Τ𝑘 = 0,32; C1 = 1,0937, 𝜉1 = 0,9472, substituindo na equação:
Tabela 5.1 para 𝐵𝑖 = ℎ𝑟

0,5 = 1.0937 exp(−0,94722 Fo)  Fo = 0,87


t f
Fo = = 0,87
r02
k 398(W / m  K )
Com:  Cu = = = 1,15 10−4 m 2 s
 c p 8933(kg m )387 ( J kg  K )
3

0,87(0, 01 m) 2
tf = = 0, 76 s
1,15 10 ( m s )
−4 2

Desse modo a altura requerida para o tanque será:


H = t f V = 0, 076 ( s )  2,1(m s )

H = 1, 6 m s
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
A transferência de calor em uma matriz ou feixe de tubos em escoamento cruzado é relevante em inúmeras
aplicações industriais, tais como a geração de vapor em caldeiras ou resfriamento de ar na serpentina de um
condicionador de ar.
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
Geralmente, desejamos conhecer o coeficiente de transferência de calor médio para a totalidade da matriz tubular.
Para escoamento de ar através de matrizes de tubos compostas por 10 ou mais colunas (NF ≥ 10), Zukauskas obteve
uma correlação na forma:
 N L  20 14 
 Pr   
Nu = C1 Re mD ,max Pr 0,36    0, 7  Pr  500 
 s 
Pr 6
10  Re D ,max  2 10  onde C1 e m estão
listados na Tabela
Vmax D
Re D ,max = 7.5

Se houver 20 ou menos filas de tubos, NF ≤ 20, o coeficiente de
transferência de calor médio é tipicamente reduzido a um fator de
correção pode ser usado de modo que:

NuD ( N F  20)
= C2 Nu D ( N F  20)
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
O número de Reynolds ReD,máx nas correlações anteriores é 1
 S  
2
S +D
2

baseada na velocidade do fluido máxima presente no interior S D =  S L2 +  T    T


do feixe de tubular. No arranjo alinhado, Vmáx ocorre no   2   2
plano transversal A1 mostrado na Figura 7.12a e a partir da E, nesse caso, é fornecido por:
exigência de conservação da massa em um fluido ST
incompressível: Vmax = V
2 ( ST − D )
ST
Vmax = V À medida que o fluido escoa através do feixe, sua
ST − D temperatura se aproxima de Ts e |∆T| diminui. É
No arranjo alternado, a velocidade máxima pode ocorrer mostrado que a forma apropriada para ∆T é a
tanto no plano transversal A1 quanto no plano diagonal A2 da média logarítmica das diferenças de temperaturas:
Figura 7.12b. Ela irá ocorrer em A2 se as filas estiverem (Ts − Tent ) − (Ts − Tsai )
espaçadas de modo que: Tml =
 T s −T ent 
2( S D − S )  ( ST − D) ln  
 T s −T sai 
O fator 2 resulta da bifurcação experimental pelo fluido ao
escoar no plano A1 para os planos A2. Assim, Vmáx ocorre em
A2 se:
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
A temperatura na saída que é necessário para
determinar ∆Tml, pode ser estimada pela expressão: A potência necessária para deslocar o fluido através de
um feixe correspondente, com frequência, a um custo
T s −T ent   DNh  operacional relevante e é diretamente proporcional à
= exp  −  queda de pressão, que pode ser representada por:
T s −T sai  VN S c
 T T p 
 Vmax
2

Na qual N é o número total de tubos no feixe e NT é o p = N F   f
número de tubos em cada fila. Uma vez conhecida ∆Tml,  2 
a taxa de transferência de calor por unidade de O fator de atrito f e o fator de correção 𝜒 estão
comprimento dos tubos pode ser calculada por: representados na Figura 7.14 e 7.15

q ' = N (h  DTml )
Esses resultados podem ser usados para determinar as
taxas de transferência de massa associadas à
evaporação ou á sublimação nas superfícies de um feixe
de tubos em escoamento cruzado. Mais uma vez, é
preciso somente substituir 𝑁𝑢𝐷 e Pr por 𝑆ℎ𝐷 e Sc,
respectivamente.
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
ESCOAMENTO EXTERNO CRUZADO EM MATRIZES
TUBULARES
EXEMPLO
Exemplo 7.7: Com frequência, água pressurizada está disponível a temperaturas
elevadas e pode ser usada para o aquecimento ambiental ou em processos industriais.
Em tais casos é comum se utilizar um feixe de tubos no qual a água é passada pelo
interior dos tubos, enquanto o ar escoa em escoamento cruzado pelo lado externo dos
tubos. Considere um arranjo alternado, no qual o diâmetro externo dos tubos é de 16,4
mm e os passos longitudinal e transversal são SL = 34,4 mm e ST = 31,3 mm. Há sete
filas de tubos na direção do escoamento do ar e oito tubos por fila. Sob condições
operacionais típicas, a temperatura na superfície externa do tubos é de 70°C,
enquanto a temperatura e a velocidade do ar na corrente a montante do feixe são de
15°C e 6 m/s, respectivamente. Determine o coeficiente de transferência de calor por
convecção no lado do ar e a taxa de transferência de calor no feixe de tubos. Qual a
queda de pressão na corrente de ar?
SOLUÇÃO
Dados: geometria e condições operacionais em um feixe de tubos; D = 16,4 mm; SL = 34,4 mm; ST = 31,3 mm; Ts =
70°C; Tent= T∞ = 15°C; V = 6 m/s.
Achar: ℎത =? 𝑞′ =? Δ𝑝 =?
Hipóteses de Engenharia:
1. Condições de escoamento incompressível em
regime estacionário;
2. Efeitos radiantes desprezíveis;
3. Efeito da variação da temperatura do ar ao
atravessar o feixe de tubos nas propriedades
do ar desprezível.
SOLUÇÃO
Entrando com a T∞ = 288 K (T∞ = 15ºC) na Tabela A.4 das propriedades para ar: 𝜌 = 1,217 kg/m3; cp =
1007 J/(kg.K); 𝜐 = 14,82×10-6 m2/s; k = 0,0253 W/(m.K); Pr = 0,710. Para Ts = 343 K (70ºC): Pr = 0,701.
Para Tf = 316 K (43ºC): 𝜐 = 17,4×10-6 m2/s; k = 0,0274 W/(m.K); Pr = 0,705.
14
0,36  Pr 
Nu = C2C1 Re D ,max Pr 
m

 Prs 
1
 S  
2
S +D
2

S D =  S L2 +  T   = 37, 7 mm  T
  2   2

A velocidade máxima ocorre no plano


transversal, A1.

ST 31,3(mm)
Vmax = V= 6(m s ) = 12, 6 m s
2 ( ST − D ) (31,3 − 16, 4)mm

Vmax D 12, 6(m s )  0, 0164 (m)


Re D ,max = = = 13943
 14,82 10 m s−6 2
SOLUÇÃO

1/5
S 
C1 = 0,35  T  = 0,34, m = 0, 60, C2 = 0,95
 SL 
0,25
 0, 710 
Nu = 0,95  0,34(13943)0,60 (0, 71)0,36   = 87,9
 0, 710 
k 0, 0253W (m  K )
h = Nu D = = 87,9  = 135, 6 W (m 2  K )
D 0, 0164 (m)

T s −T ent   DNh    DNh 


= exp  −  T s −Tent = (T s −Tsai ) exp  − 
 VN S c
T s −T sai  T T p   VNT ST c p 
  (0, 0164 m)56 135, 6 W ( m 2  K )  
T s −Tent = (55º C ) exp  −  = 44º C
 1, 217 ( kg m ) 6(m s )8(0, 0313 m)1007( J kg  K ) 
3
 
SOLUÇÃO
Desse modo, para ∆T, pode ser determinado a partir da média logarítmica das diferenças de temperaturas:

(Ts − Tent ) − (Ts − Tsai ) (55 − 44,5)


Tml =  Tml = = 49, 6C
 T s −T ent   55 
ln   ln  

 s sai 
T T  44,5 
q ' = N (h  DTml ) = 56 135, 6 (W m 2  K )  0, 0164 (m)  49, 6C  q ' = 19, 4 kW m

A queda de pressão pode ser obtida, com:

 Vmax
2

p = N F   f
 2 
SOLUÇÃO
S   31,3 mm 
PT =  T =  = 1,91
D   16, 4 
S   34,3 mm 
PL =  L =  = 2, 09
D   16, 4 
 PT   1,91 
 =  = 0,91
 PL   2, 09 
  1, 04
  1, 04 
  Vmax
2

f  0,35 f  0,35  p = N F   f
N L = 7   2 

1, 217 ( kg m3 )12, 6(m s 2 ) 


p = 7 1, 04   0,35
 2 

Re D ,max = 13943 p = 246 N m 2 = 2, 46 10−3 bar


JATOS COLIDENTES
JATOS COLIDENTES

Um único jato de gás ou uma série de jatos, colidindo perpendicularmente


sobre uma superfície, podem ser usados para melhorar os coeficientes no
aquecimento por convecção, nos resfriamento ou na secagem. As aplicações
incluem a têmpera de placas de vidro, o tratamento térmico de chapas
metálicas, a secagem de produtos têxteis e de papel, o resfriamento de
componentes aquecidos em motores e de turbinas a gás e o degelo de
sistemas em aeronaves.
JATOS COLIDENTES

▪ Transferência de Calor e Massa por Convecção


Presume-se que o jato de gás saia do bocal a uma velocidade Vsai, temperatura Tsai e concentração de
espécie CA,sai uniformes. Por hipótese, o jato encontra-se em equilíbrio térmico e de composição com o
ambiente (Tsa = T∞,CA,sai = CA,∞), enquanto a transferência de calor e/ou de massa por convecção
pode ocorrer na superfície de colisão, que possui temperatura e/ou composição uniforme (Ts ≠ Tsai, CA,s
≠ CA,sai). A lei do resfriamento de Newton e sua análoga na transferência de massa são, então,
representadas por:
Distribuição local do Número de Nusselt
q '' = h(Ts − Tsai )

N Ã'' = hm (C A, s − TA, sai )


JATOS COLIDENTES

▪ Transferência de Calor e Massa por Convecção


Número de Nusselt Médio:
hDh
Nu  = f (Re, Pr, Ar , H Dh )
k
Ve Dh
Re =
v
Onde Ar é dado na Figura 7.18, Dh = D (bocais circulares) e
Dh = 2W (bocais retangulares).
LEITOS RECHEADOS
O escoamento de um gás através de um leito recheado de partículas sólidas é relevante em muitos
processos industriais, que incluem transferência de armazenamento de energia térmica, reação
catalítica heterogêneas e secagem. O termo leito recheado se refere a uma condição na qual a
posição das partículas é fixas. Em contraste, um leito fluidizado é aquele no qual as partículas
encontram-se em movimento devido à advecção com o fluido.
LEITOS RECHEADOS
E um leito recheado, uma grande área superficial para a transferência de calor ou de massa pode ser
obtida em um pequeno volume, e o escoamento irregular que existe nos espaços vazios do leito
melhora o transporte através da mistura turbulenta. Muitas correlações que foram desenvolvidas para
diferentes formas e tamanhos de partículas, e massas específicas de empacotamento estão descritas
na literatura. Uma dessas correlações, que foi recomendada para o escoamento de uma gás em leito
de esfera, tem a seguinte forma:

 Pr (ou Sc)  0, 7  Ao usar essa Eq. as propriedades devem ser


 jc =  jm = 2, 06 Re −0,575
D 90  Re  4000  avaliadas na temperatura média aritmética das
 D  temperaturas do fluido na entrada e saída do leito
One 𝜀 é a porosidade do leito (seu valor se situa na faixa de 0,30 a 0,50) e 𝑗𝑐ҧ e 𝑗𝑚
ҧ são os fatores de
Colburn definidos como:
Cf
= St Pr 2 3  jc 0, 6  Pr  60
2
Cf
= Stm Sc 2 3  jm 0, 6  Sc  3000
2
LEITOS RECHEADOS
Se as partículas tiverem a uma temperatura uniforme Ts, a taxa de transferência de calor para o leito
pode ser calculada a partir de:
q = hAp ,t Tlm

Onde Ap,t é a área superficial total da partícula e ∆Tml é a medida logarítmica da diferença de
temperatura. A temperatura na saída que é necessário para calcular ∆Tml, pode ser determinada pela
expressão:
Ts − Tsai  hAp ,t 
= exp  − 
Ts − Tent  VA c
 st , e p 

Onde 𝜌 e V são as massas específica e a velocidade na entrada, respectivamente, e Ast,t é a área da


secção transversal do leito (do canal)

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