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Análise de sistemas de energia Cuiabá, 27 de setembro de 2022

ENE – FAET – UFMT Turma N, Prof. Camila dos Anjos Fantin

Análise de curvas PV para sistemas em contingência

Nunes, Stephanie Amorim1


Engenharia Elétrica, FAET, UFMT
78.060-900, Cuiabá/MT.

Resumo. O utilização de curvas PV para analisar a estabilidade de tensão em sistemas


elétricos de energia é amplamente aplicado em áreas que realizam estudos e planejamento
de SEs. Pontuando, portanto, a importância do estudo da instabilidade de tensão nos
sistemas foi proposto aos alunos a realização da modelagem de um sistema simples em três
cenários divergentes, para que dessa forma os mesmo fossem capazes de tirar suas próprias
conclusões a despeito da serventia das curvas PV e QV. Dessa forma, foi realizado o
desenvolvimento de um modelo matemático, que ocorreu através do MATLAB e OCTAVE,
que requerem uma base de princı́pios de conhecimento para sua utilização, e com elas foi
possı́vel atingir o objetivo principal, tendo em vista que foi possı́vel constatar a variação
de tensão em pu nos respectivos barramentos solicitados, mediante a realização de uma
comparação entre as curvas obtidos para cada um dos cenários, e para além disso tornou
possı́vel a visualização de que por meio da utilização da curva PV pode-se determinar uma
margem da instabilidade de tensão do sistema.

1 Objetivo
Construir três curvas PV para um sistema relativamente simples, que se baseia
em duas barras , qual o gerador está acoplado ao barramento 1 e alimenta uma carga,
puramente indutiva, ligada ao barramento dois, a corrente de alimentação se divide em
duas linhas de transmissão, em que se terá perdas.

1
pha2ninunes@gmail.com
2 2 MODELAGEM MATEMÁTICA

A fim de compreender os riscos do colapso de tensão no presente relatório foi


aplicado um método para analisar a estabilidade de tensão de sistemas elétricos de energia.
Cujo o enunciado descrevia as seguintes situações:

1. Rede em condições normais de operação;

2. Rede sob condição de contingencia, em que a linha 2 esta fora de operação;

3. Rede sob condição de contingencia, em que a linha 1 esta fora de operação;

Sabendo disso, foi enunciado ainda que a tensão na barra 1 é mantida constante
em 1 pu e que a linha 1 é modelada como um circuito RL série em que a resistência é
R1 =0.1pu e a reatância X1 =0.3pu. No que tange a linha dois, foi descrito que a mesma
também foi modelada como um circuito RL série em que R2 =0.2pu e X2 =0.6pu. A carga
da barra 2 é indutiva, ou seja com fator de potencia atrasada, cujo o fator de potencia é
constante F Pc = √12 .

2 Modelagem matemática
A fim de se chegar na equação que descreve a curva PV, foi-se realizado uma
redução do sistema a fim de analisar o primeiro caso em que o sistema está a plena
operação. Assim, foi realizada o calculo de uma equivalência de impedância nas linhas de
transmissão, de modo que fosse possı́vel representa-la mais sucintamente.
Dessa forma, aplicando LKT, foi possı́vel chegar no valor da seguinte corrente
para o sistema:
Eejδ − V ej0
I= (2.1)
R + jX
cuja a resistência R é a linha da resistência equivalente entre LT1 e LT2 , bem
como a reatância.
Assim sendo, assim como foi definido em sala de aula, a potencia aparente é
definida como sendo:

S = P + jQ = V I ∗ (2.2)

E com base nisso, fazendo as devidas manipulações e substituições é possı́vel


chegar a uma fórmula para a potência ativa e reativa, separando a parte real da imaginária,
em que:

−RP 2 + V E(R · cos(δ) + X · sen(δ))


P = (2.3)
R2 + X 2
enquanto a potência reativa:

−XP 2 + V E(X · cos(δ) − R · sen(δ))


Q= (2.4)
R2 + X 2
3

Adiante, mediante diversas manipulações matemáticas chegou-se a seguinte re-


presentação das raı́zes:

s r
E4
VA = E 2 − RP − XQ + − E 2 (RP + XQ) − (XP − RQ)2 (2.5)
4

É válido pontuar que, assim como enunciado no problema o fator de carga é de 22 que
equivale a um angulo de carga δ = π4 = 45◦ , e devido a esse fato, foi postulado e utilizado
que P = Q em módulo.

s r
E4
VB = E 2 − RP − XQ − − E 2 (RP + XQ) − (XP − RQ)2 (2.6)
4

3 Resultado
A fim de se chegar ao resultado esperado, foi necessário criar 6 vetores indepen-
dentes, sendo 2 para cada tipo de situação.

Válido pontuar que foram realizadas formas de plotagem para esse sistema, no
entanto após diversas tentativas chegou-se a conclusão de que o limite para a tensão era
de 1 pu, devido a esse fato utilizou-se os seguintes intervalo: 0.886, 0.593 e 0.307. Assim
sendo, com base nas curvas dispostas abaixo, pe possı́vel concluir que a simples alteração
na na carga ou das condições iniciais do sistema que se deseja analisar, é possı́vel notar
que a uma variação significativa da tensão e no seu limite máximo de transferência de
4 3 RESULTADO

potencia, ou seja a tensão critica daquele determinado sistema. Dessa maneira, observa-se
que os pontos VA e VB também sofrem variações. Resultando nas seguintes curvas:

Dessa maneira, tomando como base nas curvas acima é nı́tido as influências das
variações de tensão. Além disso, com as contingencias nas linhas de transmissão, ou seja,
co a saı́da de uma delas pode ocorrer sobretensão nas linhas que ainda ficaram em modo
ativo, visto que as mesmas precisam compensar a saı́da da linha, que com base na curva
verifica-se um aumento considerável das perdas de energia reativa nas linhas. Causando
assim uma redução que pode ser observa nas curvas verde e azul.

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