CIRCUITOS ELÉTRICOS I

RELATÓRIO 4

LUIZA VERGARA

Santo André
2021
1. INTRODUÇÃO

Esse relatório tem como objetivo proporcionar a análise e simulação de

potência em regime permanente senoidal. Por meio da simulação em software, o
aluno irá observar as diferentes variações da potência em circuitos RL e RLC em
regime permanente senoidal (RPS), navegando pelos conceitos de potência
instantânea, fasores, valores máximos, eficazes e médios, impedâncias, fator de
potência e triângulo de potências.
O relatório está dividido em duas etapas: a primeira realiza as demonstrações
da potência instantânea em circuitos resistivos, indutivos, capacitivos e com
impedâncias, por meio de representações esquemáticas, matemáticas e gráficas,
além de demonstrar a ferramenta de análise chamada “triângulo de potências”, que
faz uso da análise trigonométrica para a obtenção da potência aparente, potência
ativa e potência reativa. Na segunda parte, há os enunciados para as atividades
práticas, simuladas no software QUCS. Os cálculos referentes a cada questão serão
realizados manualmente e comparados com os resultados obtidos pelo simulador
quando forem solicitados.

2. EXERCÍCIOS

3.1.1

3.1.2
3.1.3 3.1.4 3.1.5 3.1.6

3.1.7

3.1.8
 Comparando os módulos, temos na simulação e teoricamente
(respectivamente): S(papar) = 1,55 e 1,558 VA, Q(preat) = 1,18 e 1,22 VAR,
P(patv) = 1,01 e 0,971 W e FP(fpot) = 0,653 e 0,623. Considerando que as
variações não são superiores a 4.10^-2, é possível afirmar que os resultados
estão coerentes.

3.1.9
 Em um circuito resistivo, não há presença de fase entre tensão e
corrente (0°); em um circuito indutor, a tensão está adiantada em 90° com
relação à corrente. Em um circuito RL, tanto o resistor quanto o indutor
alteram a fase, e o que é possível de observar é um adiantamento da tensão,
mas inferior aos 90° de um circuito puramente indutor. Diferentemente do
circuito resistivo, em uma associação RL a potência é inferior à tensão no
circuito, uma vez que a corrente que passa pelo esquema é menor que 1A
(no caso do esquema analisado, é de 0,623A) e, assim, o resultado do
cálculo da potência instantânea (p(t)=v(t)*i(t)) será um valor menor que v(t).
De modo geral, é possível afirmar que todos os valores medidos estão
de acordo com os obtidos teoricamente. É importante frisar que foi possível
confirmar a validade do método do triângulo de potências, já que os cálculos
simulados e teóricos foram feitos por caminhos trigonométricos diferentes;
para os resultados de Q no simulador, foi utilizada a fórmula de Pitágoras
(S=raiz(P^2+Q^2)), enquanto para os resultados de S, P e Q teóricos foram
utilizadas as leis de senos e cossenos.
Analogamente, também foi utilizada a mesma estratégia com o Fator
de Potência: o cálculo simulado foi feito com a fórmula FP=P/S, enquanto o
cálculo teórico foi baseado na equação FP=cos(phi), sendo phi o ângulo da
impedância do circuito (neste caso, 51,49°). Como se trata de um circuito
indutivo, o FP é atrasado (ângulo entre 0 e 90°).

3.2.1
3.2.2
 3.2.3

Como capacitores e indutores possuem efeitos opostos na defasagem

de tensão e corrente, o fator de potência em um circuito indutivo pode ser
corrigido por meio da adição de um capacitor em paralelo ao esquema.
Enquanto o indutor atrasa a corrente, o capacitor atrasa a tensão, diminuindo
assim a diferença de fase entre as duas grandezas. Isso é possível de ser
observado ao analisarmos os ângulos de fase: antes da adição do capacitor,
a tensão estava adiantada em 51,49°. Após a adição do capacitor, esse
ângulo foi reduzido para 18,19°. O impacto da redução deste ângulo na
potência pode ser percebido por meio do próprio triângulo de potências:
quanto menor o ângulo entre o cateto da potência ativa e a hipotenusa
(potência aparente), mais próximos serão os dois valores, que se igualam
quando o ângulo atinge 0°.
No caso da simulação em questão, devido a arredondamentos e
simplificações, o fator de potência acabou ultrapassando o valor necessário
(atingiu quase 1), à medida em que as potências aparente e ativa
praticamente se igualaram.
 3. CONCLUSÃO FINAL

O laboratório alcançou com sucesso seu objetivo principal: proporcionar a

compreensão das diferentes potências dentro do Regime Permanente Senoidal. Na
primeira etapa, foi possível observar os comportamentos algébricos e gráficos da
potência no RPS, enquanto a segunda etapa possibilitou a experiência prática.
Nos tópicos da seção 3.1, foram observados os cálculos da potência em um
circuito RL, analisando as formas de onda, as potências ativa, reativa e aparente e o
fator de potências, além de ser feita a obtenção do triângulo de potências.
As mesmas análises foram feitas nas etapas da seção 3.2, mas nesta parte o
circuito recebeu a adição de um componente capacitivo para a correção do fator de
potência.