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AULA:
Lajes
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Lajes – Pontos já abordados para dimensionamento
Fonte: Carvalho, R. C.; Filho, J. R. F. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de concreto armado, segundo a NBR 6118:2014, EDUFSCAR
Resumo – Verificação de armadura
A ruptura frágil das seções transversais, quando da formação da primeira fissura, deve ser evitada considerando-
se, para o cálculo das armaduras, um momento mínimo dado pelo valor correspondente ao que produziria a
ruptura da seção de concreto simples, supondo que a resistência à tração do concreto seja dada por fctk,sup,
devendo também obedecer às condições relativas ao controle da abertura de fissuras dadas em 17.3.3. (NBR
6118:2014)
LAJES ARMADAS EM DUAS DIREÇÕES: As armaduras positivas em ambas as direções são ditas PRINCIPAIS.
LAJES ARMADAS NUMA ÚNICA DIREÇÃO: A armadura que se dispõe na direção do menor vão é dita PRINCIPAL e a armadura disposta no vão maior é dita de
DISTRIBUIÇÃO.
Orientações para detalhamento
20 Detalhamento de lajes
20.1 Prescrições gerais
As armaduras devem ser detalhadas no projeto de forma que, durante a execução, seja garantido o seu posicionamento durante
a concretagem.
Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8.
As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no máximo igual a 2 h ou 20 cm, prevalecendo o
menor desses dois valores na região dos maiores momentos fletores.
Nas lajes maciças armadas em uma ou em duas direções, em que seja dispensada armadura transversal de acordo com 19.4.1, e
quando não houver avaliação explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes da presença dos momentos volventes nas lajes,
toda a armadura positiva deve ser levada até os apoios, não se permitindo escalonamento desta armadura. A armadura deve ser
prolongada no mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20 % da armadura principal, mantendo-se, ainda, um espaçamento
entre barras de no máximo 33 cm. A emenda dessas barras deve respeitar os mesmos critérios de emenda das barras da armadura
principal.
Orientações para detalhamento
A norma não especifica valores para o espaçamento mínimo. A rigor, pode-se adotar o valor recomendado para as barras de uma
mesma camada horizontal das armaduras longitudinais das vigas:
2𝑐𝑚
𝑎ℎ,𝑚𝑖𝑛 ≥ ቐ 𝜙𝐿
1,2𝑑𝑚𝑎𝑥
Deve-se considerar também que o espaçamento mínimo deve ser aquele que não dificulte a disposição e amarração das barras da
armadura, o completo preenchimento da peça pelo concreto e o envolvimento das barras pelo concreto. De modo geral, na
prática adotam-se espaçamentos entre barras superiores a 7 ou 8 cm.
A norma também não especifica o diâmetro mínimo para a armadura negativa das lajes. No entanto, normalmente considera-se
que o diâmetro deva ser de no mínimo 6,3 mm, a fim de evitar que a barra possa se deformar durante as atividades de execução
da laje. Barras de diâmetros maiores ficam menos sujeitas a entortamentos, além de levarem a espaçamentos maiores sobre as
vigas. Portanto, barras com diâmetros de 8 e 10 mm são mais indicadas para a armadura negativa.
Orientações para detalhamento
A armadura negativa deve estender-se o comprimento de ancoragem básico (𝑙𝑏 ) além da seção de momento fletor nulo. O
comprimento de ancoragem deve ser considerado com gancho, porque geralmente faz-se o gancho nas extremidades das barras.
Orientações para detalhamento
ARMADURA DE CANTO
Nos cantos de lajes retangulares, formados por duas bordas simplesmente apoiadas, há uma tendência ao
levantamento provocado pela atuação de momentos volventes (momentos torçores). Quando não for
calculada armadura específica para resistir a esses momentos, deve ser disposta uma armadura especial,
denominada armadura de canto.
A armadura de canto deve ser composta por barras superiores paralelas à bissetriz do ângulo do canto e barras
inferiores a ela perpendiculares. Tanto a armadura superior quanto a inferior deve ter área de seção transversal,
pelo menos, igual à metade da área da armadura no centro da laje, na direção mais armada. As barras deverão
se estender até a distância igual a 1/5 do menor vão da aje, medida a partir das faces dos apoios. A armadura
inferior pode ser substituída por uma malha composta por duas armaduras perpendiculares.
Orientações para detalhamento
𝝓e
Mk Md d Kc Ks As,cal As,min Ae
Laje Momento espaçamento Nº
(kN.cm/m) (kN.cm/m) (cm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m)
(1m)
Mx 174 243,6 17,3 0,024 0,90 1,2 5 c/15 cm 1,33 2
L1 6,5
My 191 267,4 15,8 0,024 0,99 1,2 5 c/15 cm 1,33
Mx 569 796,6 7,8 0,2024 2,63 1,5 6,3 c/12 cm 2,62
L2 8,5
My 666 932,4 9,1 0,024 2,25 1,5 6,3 c/14 cm 2,25 1
Mx 172 240,8 24,6 0,024 0,89 1,2 5 c/15 cm 1,33 4
L4 6,5
My 119 166,6 35,5 0,023 0,59 1,2 5 c/15 cm 1,33
Mx 291 407,4 14,5 0,024 1,50 1,2 5 c/14 cm 1,43 3
L5 6,5
My 202 282,8 20,9 0,024 1,04 1,2 5 c/14 cm 1,43
Dimensionamento da armadura (Negativa)
𝝓e
Mk Md Kc Ks As,cal As,min Ae
Laje/Vínculo Momento d (cm) espaçamento
(kN.cm/m) (kN.cm/m) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (cm²/m) (cm²/m)
(1m)
L3 M’ 808 1131,2 6,5 3,7 0,026 4,52 1,33 8 c/11 cm 4,55
L1/L2 M’ 390 546 6,5 7,7 0,024 2,02 1,33 6,3 c/15 cm 2,10
L4/L5 M’ 494 691,6 6,5 6,7 0,025 2,66 1,33 8 c/18 cm 2,78
Posição da armadura
Tabela de aço
BARRAS POSITIVAS DE NÚMERO ÍMPAR (N1, N3 ETC.) DEVEM SER COLOCADAS POR BAIXO DAS DE NÚMERO PAR (N2, N4 ETC.).