Aula 18: Projeto de lajes maciças

DISCIPLINA: CONSTRUÇÕES DE CONCRETO 1

PROFESSORA: GIULIANA F. F. BONO
Esforços nas Lajes

• A determinação dos esforços solicitantes nas lajes envolve modelos matemáticos complexos de cálculos de placas.

• Assim, é comum a utilização de processos simplificados que permitem a determinação aproximada dos esforços

solicitantes nas lajes.

• A análise do comportamento estrutural pode ser efetuada por diferentes métodos, a saber:

- métodos elásticos;
- métodos plásticos.
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• Análise Elástica Linear:

✔ Aplicam-se os métodos baseados na Teoria da Elasticidade.

✔ Hipóteses consideradas:

• Coeficiente de Poisson igual a 0,2.

• Material homogêneo, isotrópico e de comportamento elástico.

Esforços nas Lajes

• Análise Plástica:

• A análise de esforços pode ser realizada através da Teoria das Charneiras Plásticas.

• Considera o material em regime plástico, admitindo a presença de fissuras.

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Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Hipóteses de Cálculo:
• As placas são constituídas de material homogêneo, elástico e isotrópico, linear fisicamente e com pequenos

deslocamentos.
• Pequenos deslocamentos: permite efetuar os cálculos, usando o princípio da superposição de efeitos, ou seja,

admite-se a linearidade geométrica.

• Quando há linearidade geométrica, os esforços e as tensões nãos são afetados pelo estado de deformação da

estrutura.
• Admite-se a manutenção da seção plana após a deformação e a representação dos elementos por seu plano médio.
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Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

• Para facilitar o emprego das condições de contorno, na determinação de esforços, são feitas outras considerações,
tais como:
✔ As ações das placas nas vigas de contorno ocorrem somente por meio de forças verticais, não havendo
transmissão de momentos de torção para as vigas;
✔ As ações das placas nas vigas são uniformemente distribuídas, e não há transmissão de carga diretamente para
os pilares. A carga nas placas é transferida para as vigas e na sequência para os pilares;
✔ As vigas do contorno são indeslocáveis na direção vertical;
✔ A rotação das placas no contorno é livre (apoio simples) ou totalmente impedida (engastada).
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Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Equação Fundamental de Placas: Teoria de Placas

Figura 1 – Geometria e carregamento da placa

• A Teoria das Placas, desenvolvida com base na Teoria da Elasticidade, proporciona a Equação Geral das Placas

(equação diferencial de quarta ordem), obtida por Lagrange em 1811, que relaciona a deformada elástica w da placa
com a carga p uniformemente distribuída na área da placa.
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Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Equação Fundamental de Placas: Teoria de Placas

• A Equação Diferencial Fundamental das placas é obtida a partir:

✔ Equações de equilíbrio.

✔ Leis constitutivas do material: relações entre tensões e deformações.

✔ Relações entre deslocamentos e deformações de um elemento infinitesimal.

Esforços nas Lajes
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Esforços nas Lajes
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Esforços nas Lajes
Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Equação Fundamental de Placas: Teoria de Placas

O problema consiste em encontrar uma expressão para a superfície deformada w = w (x,y) que satisfaça
simultaneamente:

• a equação diferencial de equilíbrio

• as condições de contorno.
Esforços nas Lajes
•
Esforços nas Lajes
Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Processos de resolução:
• Em muitos casos, não é possível determinar de forma exata, uma solução para a equação diferencial e que satisfaça
as condições de contorno.

• Dessa forma, têm-se diversos processos de resolução, entre eles:

✔ Diferenças finitas

✔ Elementos Finitos

✔ Grelhas equivalentes (tabela de Marcus)

✔ Utilização de séries para representação do valor de p(x,y)

Esforços nas Lajes
Métodos Elásticos (Teoria da Elasticidade)

Processos de resolução:

Existem diversas tabelas que possibilitam calcular os momentos máximos, reações e flechas máximas nas lajes:
✔ Tabelas de Bares;

✔ Tabelas de Czerny;

✔ Tabelas de Marcus, entre outras.

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Determinação de esforços máximos por meio de tabelas

• O processo de cálculo de placas por séries é bastante adequado para a confecção de tabelas, as quais facilmente

possibilitam determinar momentos fletores máximos e deslocamentos máximos a partir de geometria e das
condições de vinculação da placa.

• As tabelas que serão apresentadas a seguir são fundamentadas nas soluções em série desenvolvidas por Bares

(1972) e devidamente adaptados para coeficiente de Poisson igual a 0,20.

Esforços nas Lajes
Determinação de esforços máximos por meio de tabelas

Figura 2– Situações de vinculações de placas isoladas nas tabelas

Esforços nas Lajes
•
Esforços nas Lajes
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Esforços nas Lajes
Esforços nas Lajes
Lajes armadas em 1 direção

• Pode-se considerar simplificadamente que a flexão na direção do menor vão da laje é preponderante à da outra
direção.
• A laje será suposta como uma viga com largura constante de um metro (100 cm), segundo a direção principal da
laje.
• Na direção secundária desprezam-se os momentos fletores existentes.
Esforços nas Lajes
Lajes armadas em 1 direção
 Esforços nas Lajes
Lajes armadas em 1 direção
Esforços nas Lajes
Lajes armadas em 1 direção
Esforços nas Lajes
Lajes armadas em 1 direção

• As lajes em balanço, como as lajes de marquises e varandas, são também casos típicos de lajes
armadas em uma direção, que devem ser calculadas como viga segundo a direção do menor vão.
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Compatibilização de momentos (item 14.7.6.2 da NBR 6118/14)

• Em um pavimento, em geral, as lajes adjacentes diferem: nas condições de apoio, nos vãos efetivos e nos carregamentos,
resultando dois valores diferentes para o momento negativo que surge no apoio comum as lajes adjacentes.

• Na compatibilização dos momentos negativos, o critério usual consiste em adotar o maior valor entre a média dos dois
momentos e 80% do maior:
Esforços nas Lajes
Compatibilização de momentos (item 14.7.6.2 da NBR 6118/14)

• Em decorrência da compatibilização dos momentos negativos, os momentos positivos na mesma direção

devem ser analisados:

✔ Se essa correção tende a diminuir o valor do momento positivo, ignora-se a redução (a favor da segurança).

✔ Caso contrário, se houver acréscimo no valor do momento positivo, a correção deverá ser feita, somando-se
ao valor deste momento fletor a média das variações ocorridas nos momentos fletores negativos sobre os
respectivos apoios.
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Compatibilização de momentos