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discurso do Eslado à prática do comportamentos
Introdução à Física Nuclear e de Partículas
ia prático para desenhos em 20 Bementares
ia prático para desenhos em 20 Introdução à Matemática
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INDUSTRl~L
Introdução à Química Inorgânica Experimental
1 prático para desenhos em 20 Introdução à Teoria dos Grafos
i prático para desenhos em 30 Introdução à Topologia Geral
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a e de íorça em circuitos elétricos Manual básico de Desenho Técnico
1ear com Derive MapleV
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dos espaciais Matrizes e sistemas de equações lineares
ectos fundamenÍais para Microbiologia- manual de aulas práticas
Monitoramento global integrado de propriedades rurais
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tnaria estrutural Noções básicas de Geometria Descritiva
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cânico democrática
físico de bacias hidrográficas Óleos e gorduras vegetais - processamento e análise
? fotogrametria e sua utilização prática Principias de combustão aplicada
cálculo de campos Promenades - textes et exercises pour la classe de nançais
ira Engenharia: estática e Propriedades químicas e teolO!ógicas do amido de
mandioca e do polvilho ai.edo
l enfoque voltado à Informática Química Básica - teoria e experimentos
colos com LDTQSllSO Redação
s Ciências Sociais Redação oficial
iências Agrárias e Biológicas :... Redes de Petri
:perimentação Taguchi e a melhoria da qualidade: uma releitura aitica
!l Teaching ln a dever way - tarefas comunicativas para
! Il professores de Ungua Inglesa do i • grau
ials Temologia de grupo e organização da manufatura
iografla Teoria fundamental do motor de inclu<;ão
mias hidráulicos Topografia contemporânea - Planimetria
Transmissão de energia elétrica
Latim Unidades de informação: conceitos e competência H3
Unrversldade Federal dos Vales do
mas dinâmicos lineares
o Português do Brasil
Ventilação industrial BSv Jequi~nhonha e Mucuri
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2- A escassez de publicações em língua nacional sobre o assunto. A ventilação é um ramo do conhecimento tecnológico com aplicações em. pra-
ticamente. todas as atividades humanas. Ela se aplica tanto nos processos produ-
3- Acreditamos ainda que esta obra poderá atender aos Engenheiros que dese-
ti vos industriais coroo também nos processos de controle ambiental. No que tange
jam se iniciar nesta á rea tão impo rtante da Hig iene Ocupacional. bem como
ao controle de ambientes ocupados pelo homem, a ventilação se aplica às questões
constituir-se em uma opção de consulta aos Engenheiros e Técnicos que já
de conforto e de segurança. Por outro lado, não se pode deixar de mencionar a sua
atuam na área.
aplicação na agricult ura. na zootecnia, ou seja. em todas as atividades nas quais
Gostaríamos de externar nossos agradeceimentos à Equi pe de Revisores da seja necessário um certo controle da qualidade do ar.
Editora da UFSC. pela dedicação no trabalho de re,·isão da 2ª Edição deste Livro. Apesar da abrangência de em prego da ventilação. este livro dará uma ênfase
maior à ventilação de processos industriais, sendo, portanto, adequado como mate-
rial de referência para os cursos de Engenharia Mecânica, que freqüentemente têm,
em seu currículo. a disciplina Ventilação Industrial. Isto não significa, entretanto,
que o conteúdo apresentado não possa ser utilizado por estudantes e profissionais
Os autores de outras á reas. Este capítulo tem por objetivo definir a ventilação industrial.
apresentar suas aplicações. bem como as diferentes maneiras de promovê-la.
Ar contaminado
JAr conta-
i minado
~r.= Ar
Ar menos f: !? /
J '.:Ji1f == minado
conta-
Ar menos -= P
e:::::>~::::: ~ ,----J°'..._ ?-: ,,;:- b
~!%
'--Vi
Ar rnc~n~~
o~s-=:........~~~~~~~_J
conta- =<
minado
= '---!/
conta-
minado
?
~~ F::::::::~
con lam.inado (a) Local (b) Geral
(exaustora) (diluidora)
A ventilação local exaustora (vi~) é realizada por meio de um equi pamento cap-
tor de ar junto à fonte poluidora. E um tipo de ventilação indicada para situações
1.2 Aplicações da ventilação industrial em que as fontes de poluição seja m perfeita mente identificadas e localizadas no
interior do ambiente.
A maior parte das indústrias necessita de um sistema de ventilação para manter A uentilação geral. diluidora (vgd) proporciona a ventilação de um ambiente,
ou melhor ar o ambiente de trabalho. O seu emprego pode ser dividido em três de um modo global. E indicada para situações em que a fonte de poluição do ar
áreas pri.Ílcipais: não está confinada em pontos perfeitamente identificáveis.
3) encla us ura mento o u isola mento de operações que produzem considerá\"el po-
luição;
1.6 Exemplos
Exemp lo 1.6.2
Exemplo 1.6.1
1Iostrar que. em ambientes ventilados. os contamina ntes não são sujeitos a
Mostrar que em ,·entilação industrial o escoamento do ar pode ser considerado, apreciáveis movimentos, para cima ou para baixo. de,,,;do a sua própria densidade.
sem erro a predável, um escoamento incompressível.
Solução: So lução:
DADOS: Vamos considerar como dado uma condição extrema de funcionamento. DADOS: Para esta demonstração, vamos considerar o solvente tetracloroetileno
ou seja, variação máxima de pressão do ar em escoamento de -LOí, 75 mmH2 0 ou 1
(02Gl4 ), cuja densidade relativa ao ar é de 5, 7 e presente no ambiente com uma
seja. 4.000 Pa.. Além disso será aceita a hipótese de que esta variação de pressão concentração de 10.000 ppm
seja isoentrópica.
drc2C•• = 5, i
d,.or = l
P = Patm = 101. 3 kPa. 10.000ppm = 1%
DETERl\rDrA..R: a densidade relativa da mistura contaminante/ar.
DETER.\IITI\AR: a variação relativa da massa específica.
RESOLUÇÃO: RESOLUÇ'.:i..O:
Equação básica: Equação básica:
( L.l)
da Eq. {1.1) acima. obtém-se
drmtstura = L1
(dr componente X fração) i \1.6)
Exemplo 1.6.3 3
Puapor d'ó.gua =
--=--=
..J61. 52_.l_T::-:O:-:;-::-::-
X 29 . 15
= O. 0230 kg/ m 3
l\[ostrar que a umidade presente no ar (vapor d.água) altera muito pouco a sua Parúmido = Parsecotlb mistura + P l!aporda água
massa específica.
Paru. nu'do = (1· 1-168 + O1 0230) = 1. 1698 kg/ m 3
Solução:
(Par seco - Parúmido) _ 1.183 - l. l 698 =O. 0118 (1.18%)
Par.seco - 1.1838
DADOS: Para ilustra r. vamos considerar ar saturado a 25 º C e pressão atmos férica
normal.
OBSERVAÇAO: O cálculo aci rna mostra que a variação da massa específica do
T= Tar = 25 ºC ar considerando-se a presença do vapor d.água, é desprezível.
'
Ps = P80 t(25 º C') = 3. I70Pa
P = P atm = 101.300 Pa
DETERMIN AR: a relação (Par seco - Par úmido)/Parseco
RESOLUÇÃO:
Equação básica:
p
p=-
R:r
l ) Determinação da massa específica do ar seco:
Patm
Par seco= R ar T
98.130
Par seco da mistura = _ ? r = l. l-160 kg/m3
2 r x _9 . 0
Ppa reia / do vapor d' águll
P uapord'água = R · T
agua
Capítulo 2
"' .
Revisão sucinta de mecan1ca
dos fluidos
onde onde:
p = massa específica. kg/ m3 V = velocidade méd ia d o escoamento e
P = pressão absoluta do ar, Pa L = uma d imensão característica da geometria do escoamento.
R ar = constante do ar = 287 k·g·J n
L'
T = temperatura absoluta do ar, J( Para os casos de escoamentos no in terior de du tos. a dimensão característica
para o cálculo do número de Reynolds é o diâmetro interno do duto. P ara es-
coamentos no interior de dutos. se lRe for menor que 2.300. o escoamento será
2.1.3 Viscosidade absoluta laminar, e se !Re fo r maior que 4.000, o escoamento será turbulento. Quando o
O_:_oeficie~te d~ viscosidade absoluta pode ser obtido a partir da equação de valor de lRe estiver compreendido entre estes dois limites. o escoamento é caracte-
defim çao da n scos1dade cinemá tica. ut ilizando-se os valores estimados com a cor- rizado por ser bastant~ instá vel, podendo se comportar como laminar ou tornar-se
relação Eq. (2.1): repentinamente turbulento.
µ =V p (2.J) Para os casos de escoamentos externos. ou seja . escoamentos não confinados.
a dimensão característ ica para o cálculo do número de Reynolds é, na maioria
onde µ é o coeficiente de viscosidade absolu ta . expresso no sis tema internacional
(SI) de unidades por kg/ (m · s). das vezes, uma dimensão do corpo imerso no escoamento. Os valores que delimi-
tam as faixas de escoamento lami nar , de transição e turbulento. são fortemente
dependentes da geometria do corpo.
2.1.4 Cond iç!lo-padrão do ar Os escoamentos em ventilação industrial são, em sua maioria . t urbulentos.
C:omo o desempenho dos equipamentos utilizados na ventilação industria l é
funç~o- do est~do termodinâ mico do ar . é prática us ual apresentá-lo para uma
con~çao-padrao, definida pelos parâ metros pressão e temperatura especificados
2.3 Equação da continuidade
abruxo:
Na ventilação industria l. a quantidade mássica ou volumétrica de ar a ser movi-
mentada é freqüentemente cond uzida atra,·és de um sistema de dutos e aberturas.
• temperatura: 20 ºC e cujas dimensões são obtidas com o a uxilio da equação da conservação da massa.
Por este princípio. o fitLxo de massa que escoa ao longo de um s istema de dutos
• pressão atmosféri ca: 101. 3 kPa (ní,·el do mar ). sem ramais (Figura 2.l (a)) é constante e pode ser representado ma tematicamente
Como conseqüência, as equações 2. 1 e 2.3 fornecem: por:
• massa específica: l. 2 kg/ m 3. Esta equação ta mbém é conhecida por equação da conlinuidade, sendo:
32 Ve ntilação Industrial R evis ão s ucint a d e mecânica dos fluidos 33
Vi= m0Julu da velocidade a,x.i~! n:i. po:;ição ··;·• n11 111a secão transversal 2 .4 Conceito de pressão em um fluido
do escoamento. m / s; -
A = á..rea da seção onde ocorre a \·elocidade \ :. m 2 : Um corpo pode estar sujeito a três tipos de esforço: tração, compressão e ciza-
lha.mento. Os flu idos não são capazes de resistir a um esforço de tração; portanto,
rh = ftu.-xo de massakg/ s.
eles podem estar s ujeitos a apenas dois tipos de esforços, compressão e cizalha-
Se p é cons tante. usando-se a definição de velocidade média, mento. Os esforços de cizaillamento são os responsáveis pela taxa de deformação
no fluido, fazendo com que as camadas neste deslizem uma sobre as outras. en-
\. 11
· = 1
. "1 _.i
~
VidA (2. 7)
quanto que os esfor ços de compressão são responsáveis pelo aumento ou diminuição
do volume ocupado pelo fluido, permitindo caracterizá-lo como compressível ou in-
compressível.
a Eq. (2.6) se reduz a: O esforço de compressão por unidade de área em um fluido é uma grandeza
rii = p \/ :! = constante (2.8) denominada pressão. e sua magnitude é expressa por N /m2 , lb/ in2 ou psi. 1"o
sistema internacional de unidades, a pressão é ª"-pressa em Pascal (Pa) e é igual
Esta equação pode ainda ser modificada para se obter a vazão volumétrica., Q, a 1 N/m 2 .
dada em m 3 / s. Apesar de o conceito de pressão envolver o cociente entre d uas grandezas estri-
rii tamente vetoriais, devido à propriedade denominada traço do tensor, matematica-
Q = V A = -p = constante (?-· 9) mente a pressão é um invariante com o sistema de coordenadas na qual é expressa.
Isto compatibiliza o conceito de pressão termodinâ mica, q ue é uma evidência ex-
ou ainda considerando-se duas posições ao longo do escoamento: perimental, com a sua repr ese ntação matemática de fo rça por área unitária.
(2.10)
2.5 Tipos de pressão do escoamento
Num sistema com ramais, como aq uele apresentado na Figura 2. l(b), a soma Quando um fluido está em movimento, está associada a este a força de inércia.
das vazões que chegam a um nó (ponto de junção) é igual à soma das vazões que Esta força, dividida pôr uma área unitária normal à direção do escoamento, repre-
saem deste nó. senta também uma pressão. Quando este escoamento é desacelerado por algum
(2.11) motivo, aparece um esforço adicional. permitindo-se detecta r três tipos de pressão
no escoamento. descritos a seguir:
"/. /
• Pressão total. (Pc): é a soma algébrica das pressões estática e de velocidade.
/ /
Ela resulta da desaceleração do flui do até o repouso e é por este motivo
também denominada pressão de estagnação.
Na ventilação industrial, Pt e Pe são normalmente mecLidas em relação à pressão 2. 7 Avaliação das perdas no escoamento
atmosférica (pressão efetiva). A Figura 2.2 ilustra como estas pressões são deter-
minadas na prática. mediante o emprego de ma nômetros Nos escoamentos encontrados na ,·entilação indU:.--trial, a parcela referida como
PERDAS 1 _ 2 na equação de Bernoulli modificada é oriunda , principalmente. da
·, resistênda viscosa e de mudanças de direção do escoamento, com descolamento
l ~d da camada limite. Tais perdas trazem como resultado uma diminuição no nível
- -- de pressão total. Quando esta é e.xpr essa em termos de altura equi valente de
1 fluido. esta diminuição de pressão representa uma diminuição da a ltura de carga
Figura 2.2: Tipos de pressão 2.7.1 Perda de carga em dutos de seção circular
A queda de pressão associada com a perda de energia devido ao atrito é cal-
2.6 Equação de Bernoulli modificada culada com o au.'lil.io da equação de Darcy-\Veisbacb. a qual é aplicada tanto para
os escoamentos laminares como também para o escoamentos turbulentos:
Aplicando-se a equação da energia referenciada a. lllna determinada linha de
corrente e introduzindo-se as simpli.ficações inerentes a um volume de controle L V2
D..P = j · - · - ·P (2. 1T)
caracterizado pelo escoamento em um duto sem ramificações. obtemos a equação D 2
de Bernoulli modificada, e).-pressa por:
onde:
6.P = perda de carga (queda de pressão tota l). Pa;
f = coefü:iente de atrito;
(2.14) D = diâmetro interno qo duto. m ;
V = velocidade média do escoamento, m/ s;
L = comprimento retilíneo de du to, m;
onde p = massa específica do ar , kg/m 3 .
Pe1 , Pe, =pressões estáticas efetivas nas seções 1 e 2. P a;
~o escoamento laminar. para dutos circula res, o coeficiente de atrito tem de-
Patm 1 , Patm 2 = Pressões atmosféricas nas seções 1 e 2. Pa:
terminação analítica e depende excl usivamente do número de Reynolds:
z1, z2 = cotas nas seções 1 e 2 em relação a um nível de referência . m :
g =aceleração da gravidade. m/s2: f = 6-1 (2. 18)
PERD.-ts._, = perdas nos dutos e nos acessórios entre as seções 1 e 2, Pa. 'Re
No escoamento turbulento. o coeficiente de atri to tem determinação e).-peri-
Como o escoamento no interior do duto é de ar e supo ndo que o mesmo esteja mental e depende do número de Rey nolds e da rugosidade relativa da superfície
à mesma temperatura do ar externo, resulta: interna das paredes do duto. podendo ser avaliado com a correlação citada em
Assy (19TI) e desenvolvida por Wood:
Em tempos passados e até bem recen tes. era procedimento usual a deter- 2. 7.3 Perda de carga nos acessórios
minação da perda de carga mediante o uso de gráficos. ábacos e tabelas. Porém Sempre que um escoamento muda de direção, _passa através de ex"Pansões ou
hoje, com o advento das calculadoras programáveis e do computador pessoal, as contrações de seção, ou seja. sempre que houver descolamento da camada li-
correlações detêm a preferência, uma vez que fornecem resultados bem mais preci- mite. ocorrer ão perdas de energia e. couseqüentemente. diminuição nas colunas
sos e ainda podem ser iuseridas em algoritmos numéricos, para cálculos de vazões de pressão do escoamento. produzindo assim as chamadas perdas de carga nos
e perdas de carga em s istemas ramificados complexos.
acessórios. E ssas perdas podem ser calculadas a partir da energia cinética do esco-
amento, a jusante ou a montante do acessório. multiplicando-a por um coeficiente
2. 7.2 Diâmetros equivalentes obtido ex"Perimentalmente. Assim,
fC
Leq = - ·D (2.2-!)
f
O comprimento ~sim definido toma o nome de comp1·imento equivalente do
acessório.
As tabelas a seguir. compiladas e adaptadas a partir do livro de MESQUITA.
Figura 2.3: Diâmetro equivalente GUThfARÃES e NEFUSSI (1977) e da publicação do L 'Aspiration... {1918}, for-
necem informações com respeito aos coeficientes de perda de carga e comprimentos
equivalentes par a diver sos acessórios.
Duas possibilidades se a presentam:
2·a· b
Deq= - - - {2.20)
a+b
• Diâ metro equi valente para uma mesma vazão do escoamento. Apesar de
po uco difundido nos textos de mecânica dos fluidos. é largamente utilizado
no âmbito d a ventilação industrial e ar condicionado.
0.6
Deq = [l. 3 ·(a· b)] (a+ b)º·2 (2.21)
38
Ventilação Industrial R evisão s uc inta de mecânica dos fl uidos 39
,.----,_..
, =------' Ângulo
Tabela 2.-l: Valores do coeficiente de perda par3: entrada de ramal secundário
_ .. ( G) ® 1
2d (min.)
1 ----~
~- t~;_,~i-
Angulo em graus ;:::;. 1).p
= P 2-P. 1
5 0,05
10 0,06 '!--.- --
15 0.08
20 Angulos em graus fator (X:.)
0.10
25 10 0.06
0.11
30 15 0.09
0.13
45 20 0,12
0.20
60 25 0,15
0.30
30 0.18
35 0.21
Tabela 2.2: Perda de carga em expansões graduais
-10 0.25
1 -l5 0.28
JJ~ I.~) 50 0.32
-~- 60 0,-l-l
90 1.00
Angulo em graus X:.= l!>.P
P .. I-P .2
3 ,5 0,22
5,0 0,28
10,5 0,4-l Tabela 2.5: Perda de carga em curvas
15,0 0,58
20,0 0,72
25.0 0,87
30.0 1,00
Mais de 30,0 1.00
- '
!
d2 íi --:75º ]d1 (/ -
1 .-,~,~·! '
I'{t r.._
- ~ 1l d '1 'l~c.,,
·.
-
l'l , L d.
•
dl / d2 fator (X:)
Não recomendado
0,50 9.00
0.55 5,60 Diâ metro Cotovelo de 90° Ângulo de entrada Número de diâmetros
0,60 3,00 em Raio de curvatura
0,65 1,80 (mm) l ,5d 2,0d 2.5d 30° -!5º 1.0h 0.75 h 0.5h
0,70 1,20 75 1,4 0,9 0.7 0.5 0,9 0,3 0.5 2,0
0,75 0,65 100 2,0 1,3 1,1 0.8 1.3 0,5 0,8 3,-l
0,80 0.3-l 125 2,6 1,7 1,-1 1,1 1,7 0.6 1,1 J,-l
0.85 0.15 150 3.2 2,2 1.8 IA 2.2 0.8 1,4 5.5
175 3,9 2.6 2.2 1.7 2.6 0,9 1.7 6,6
200 4.6 3.1 2.5 2.0 3.1 1.1 2,0 7.8
Tabela 2.7: Coeficientes de perda para registros 250 6,0 4,0 3.3 2,6 -LO 1.4 2.6 10,0
300 7,-l 5.0 -1,1 3.2 5.0 1,8 3,2 13,0
350 8,9 6,0 5,0 3.8 6.0 2.1 3,8 15.0
400 10,0 7.0 5,8 4,5 7,0 ? • 4,5 18,0
450 12,0 8,1 6.7 5.2 8,1
-·"
2,8 5,2 21,0
500 14.0 ~ .2 7,6 5.9 9.2 3.2 5,9 23,0
600 17.0 11.0 9.5 7.3 11.0 -l.O 7,3 29,0
SifS2 fator (K) 700 21,0 14.0 11,0 8,8 14.0 8.8 8.8 35.0
0,2 45.0 800 24,0 16,0 13.0 10.0 16,0 5.7 10.0 -bl.O
0,3 18,0 900 28,0 19,0 15.0
0,-! 8,0 1000 32.0 21.0 18.0
0,5 4,0 1200 39,0 26.0 22.0
0.6 2,0 1400 -17.0 32.0 26,0
0,7 1,0 1600 55.0 37.0 31.0
0.8 0,4 1800 6.J..O 43.0 36.0
0,9 0.1 2000 72,0 -19.0 40.0
Ventilação Industrial R evisão s ucinta d e m ecânica dos fluidos 43
2.8 Ventiladores
Na rnntilação industrial. o fornecimento de energia necessári a para manter o
escoamento do ar. freqüentemente é feito através de um uentilador.
A seguir são apresentados alguns parâmetros rela tivos ao funcionamento dos
venti ladores. assunto este que será visto com mais detalhes no capítulo 9.
2.10 Exemplos
instala ção: obs.: pressão:
calc ulado por: temperatura : E xemplo 2.10.1
fl.: de densidade:
Considerando-se que os dutos utilizados em ventilação industri al ra ramente têm
Q D A V Pv L 6P/ L IC 6P P, P~
Ponto diâ metros menores do q ue 10 cm e as velocidades de escoamento são normalmente
m->/s m m:t m/s Pa m P a/m Pa Pa Pa superiores a 5 m / s. determinar o regime de escoamento predominante no interior
destes du tos.
Solução:
d,.C:':I C l.1 = Ó, 7
d,.or =1
10.000 ppm = 1%
R ar= 9- -( kgJ I '
P = Patm = 101. 3 kPa
T = 50ºC' = 323 /(
D = 10 cm = O. 1 m
\," = 5m/ s
D ETER~ITNA.R: o número d e Reynolds, Re. para este escoamento.
RESOLUÇÃO:
Equações básicas:
2
8, 49 )
6P(acess6riosJ = ( O, 49 +O, 27 + 1, O) · ( - - · 1, 2 = -r6 . 12. j.
2 Capítulo 3
f) Determinação da pressão total do ventilador
3.1 Introdução
Considerando que os constituintes normais da atmosfera são:
• oxigênio,
• nitrogênio,
• dióxido de carbono,
• vapor d"água.
3. 2 C lassificação d os cont aminant es • TLV - TWA (TLV - time weighted auerage): coITesponde a concentrações
ponderadas pelo tempo. para uma jornada ele trabalho de 8 h diár ia e uma
Visando à. sjstematização do estudo dos contamina ntes do ar, torna-se ne- sema nal de 40 h. às quais os trabalhadores podem ser e:-..l)ostos repetida-
cessário adotar um a classificação para estes. Para a rnmilação industrial. é apre- mente. sem efeito adverso.
sentada. a seguir. uma classificação que é baseada no estado físico dos contami-
nantes dispersos no ar.
• TLV - STEL (TLV - short term e:i.:posm-e limit): é a concentração à qual os
• Gases: são s ubstâncias no estado gasoso. em uma condição termodinâmica trabalhadores podem ser expostos por um tempo máximo de 15 min. Deve
afastada do ponto de condensação (CO . C02. S02 etc.). haver pelo menos 60min entre duas exposições sucessivas e não podem ser
repetidas ma is de quatro exposições ao dia.
• Vapores: são s ubstâncias no estado gasoso. em uma cond ição termodinâmica
próxima do ponto de condensação (solventes diversos).
• Particulados: são sistemas dispersos, cuj as fases disper sas consistem de Os efeitos de diferentes contamina ntes devem ser considerados como a ditivos, isto
partículas sólidas ou liquidas. Qua ndo as pai·tículas possuem diâmetros me- é, para que o limite de tolerância da mistura não seja ultrapassado. a desigualdade
nores do que 100 µm, os particu1ados recebem a desig nação especial de ae- a seguir dever ser sat isfeita.
rossol. Para se distinguirem os diversos tipos de aerossóis. são utilizados
diversos termos. conforme segue:
~ + c2 + ...+ Cn < l
c11 c12 C/n -
1. Fumos: são partículas sólidas. com diâmetros infeiiores a 1 µm. R esul tam
onde
da condensação de vapores de metais que sw·gem nos processos de fusão,
solda e corte de metais. Cn = concentrações das " n"substâncias presentes no
ambiente e
2. Poeir as: são partículas sólidas resultantes da desintegração mecânica de
c11, C/2 , ..• C/n = conceptrações li mites das " n"substâ ncias
substâncias, com diâmetros compreendidos entre 1 e 100 µm.
presentes no ambiente.
3. Fumaças: são aerossóis resultantes da combustão incompleta de materiais
orgânicos.
-l. Névoas: são aerossóis constituídos por partículas liquidas. Resul tam da 3.4 Movim en t o d e partículas no ar
condensação de vapores ou da dispersão mecânica de líquidos.
A coleta de partículas sólidas ou líquidas em um equipamento de controle de
5. Organismos vivos: os mais comuns são o pólen das flores (5 a 100 µm), os poluição do ar está intima mente ligada com a \·elocidade da partícula no interior do
esporos de fungos (1 a 10 µm) e as bactérias (0.2 a 5 µm). fitLxo gasoso. Com o int uito de se entender o mecanismo de captura da partícula.
torna-se necessário relembrar os conceitos básicos que governam o comportamento
de urna partícuJa inserida no escoamento de fluido. Para que a partícula possa ser
3 .3 Limites d e t olerância capturada. é necessário que esta esteja sujeita a esforços externos de magnitude
Na prática da venci.Lação industrial não existe a pretensão de se alcançar uma suficiente para sepa rá-la do escoamento gasoso.
purificação total do ar. ruas a de se atingir um grau de purnza. com base na
concentração do contaminante no ar. que não ofereça riscos à saúde do trabalhador.
A norma regulamentadora da Consolidação das Leis Thabalhistas. NR-15. es- 3.4.1 R esistên cia ao escoamen t o
tabelece. em seu Anexo nº 11, os limites de concentração tolerados para agentes
Os três tipos de esforços externos mais significativos a que estão sujeitas as
químicos e. no Anexo uº 12. os Limi tes de tolerância para poeiras minerais.
par tículas no interior de um escoamento são: a força gravitaciona l, a fo rça de
A ACGIH.. American Conference of Governmental Industrial Hygienists (1995)
emptL-xo e a força de a rrasto. Estas três forças têm papel preponderante no me-
publica. peiiodicamente, os chamados valores limites de tolerância ( tlireshold limit
canismo de captura. uma vez que elas determina m a velocidade terminal atingida
values - TLV). Existem dois critérios para os valores de TLV:
pela partícula.
52 Ventilação Industria l Conta minantes d o ar 53
1000
100
CR 10
ar
II Ul
3
2 10
Re
A força de arrasto. ilustrada na Figura 3.1. que se opõe ao movimento de uma Para íRe < 105 , a correlação a seguir cobre, com razoável precisão, as três regiões
partícula no ar é resultante do deslocamento do ar imediatamente à frente da apresentadas anteriormente, sendo indicada a sua utilização em problemas que
partícula. fazendo com que quantidade de movimento da partícula seja transferida abrangem as t rês faixas de !Re.
para o flLLido adjacente. Sua mag nitude é expressa por:
2-1 .J.
CR=;n+ 1m:+0,4 (3.5)
:ae v !Re
(3.1) >Jo estabelecimento das cor relações acima. foi admitido que o ar comporta-se
como um meio contínuo. Porém. à medida que as partículas se tornam milito
pequenas (menores que 3 µm). o movimento das partículas é afetado pelas colisões
onde:
resultantes do movimento aleatório das moléculas de ar. Assim, os resultados
FR = força de a rraste, N; obtidos para o coeficiente de arrasto de,·em ser corrigidos, dividilldo-o pelo fator
CR = coeficiente de resis tência ou de arraste; de correção de Cunniµgham. C1 determinado por:
il = área projetada da partícul a ao plano normal à djreção do escoamento. m 2 ;
p = massa específica do ar. kg/m 3 :
v· = velocidade relativa ar/ partícula, m /s. onde:
dp = diâmetro da partícula. µm;
Para uma partícula esférica. a variação do coeficiente de arrasto, CR, com o A-n = número de Knudsen
número de Reynolds. lRe. baseado ao diâmetro da partícula, foi verificada ex-
perimentalmente e apresenta um comportamento como mostrado na Figura 3.2. sendo o número de Knudesen determinado por:
Pode-se notar a partir desta que. quando o número de Reynolds cresce até em tomo
de 1.000. o coeficiente de arrasto decresce de modo contínuo e, para lne > 10 3 . a I<n = Àar
curva deste coeficiente se torna praticamente horizontal. Pode-se perceber ainda dp
que o arrasto sofre w11a q ueda brusca para =Re ~ 105 . caracterizando o fenõmeno sendo o caminho line médio. ,\ar· das moléculas do a r calculado por:
conhecido por crise do arrosto. Este comportamento permüe estabelecer, segundo
Ogawa (1985). as seguintes correlações para o coeficiente de arrasto: >. __µ__ / "
ar - O. -199 V8 · Par · P
2-1. Outra correlação sugerida por Lapple (1951) que pode também ser utilizada
Região I (laminar) lRe < 2 C'R = - (3.2) para determjnar o fator de correção de Cunningham é a segtLinte:
!Re
13
Região II 2 < !Re < 500 --+ C'R= - - (3.3) CJ = l + (6, 21 X ~-.t · Tar)
ffe
Região III 500 < lRe < l05 CR ~ O...L-l (3.-1)
54 Ventilação l Contamin a ntes do ar 55
onde: Assim. a atuação dessas duas fo rças em conjunto com a forç11 de arrasto.
µ = viscosidade a bsoluta do ar. Pa.s:
Par = pressão absoluta do ar. Pa:
1U a r = massa molecular do ar. kg/ kmol:
F R = C'R · "~ · ~·Par· \ ' 2 (3.7)
Tar = temperatura absoluta do ar. K . permite se estabelecer a seguinte condição de equilíbrio na direção Yertical:
Portanto. para partículas menores que 3 µm e regime la minar. o coe
arrast.o deve ser calculado por: FR + FE - Fc =O (3. )
ar Direção
da partícula
1 3
dv PR +.FE +f'c l3. 11)
Fc = 6
- · -;r ·d · Pp · g
p dt - 11Lp
1
FE = G · To • dp3 ·Par · 9
Contaminantes do ar 57
V e ntilação Industrial
Região ill l:Re > 500 CR ~ 0, 4-1 ((3.4)) O regi me é de trru1sição. Como a hipótese inicial foi confirmada. a ,-elocidade
termi nal é igual a O, 6 m/ s.
±dp 9 (Pp - Par ) ((3.9)) OBSERVAÇÃO: Este exemplo enfatiza o caráter iterativo da solução. visto que no
3 CRPar regi me uniforme. o coeficiente de resistência. Cn, é função da velocidade terminal.
que é justamente a incógnita a ser deter minada.
l.) Cálculo da velocidade terminal para a partícula de 50 µm.
s-
-
r
}0
ir·
m\'
Peso - FR(V)
d\t" (3. 12)
3.5.
onde m é a massa da partícula. FR é a força ele arra.::.-to e é dada por: Tabela 3.1: Velocidade atingida. versus espaço percorrid o
\ .. (m/ s) S(m)
ii d~ 1 \ ·2 ((3.7)}
Fn = C.n · - - · - · Por · o o
-l 2
0.2 0,0021
A solução da Eq. (3.12) no intervalo de O até 1 í. vru nos permi tir q11e seja gerada O..J 0.0087
uma tabela de S em função de V. 0.6 0.020cl
0.8 0.0384
a) Determinação da velocidade terminal, 1Í.·
1.0 0.0&!2
Fazendo-se a hi pótese de que a velocidade terminal será. atingida no regime de
1.2 0.1006
transição. então Cn = 13/ ./f[ê, que. substitwndo-se oa Eq. (3.9). resul ta:
1.4 0.152.j
1,6 o.22a1
d 3 2 )2
.= ~.~.(pp-Par l.8 0.3551
1
t
V
1521 µ or fiar
Ventilação Industrial
o
~2,0
n:J
:21,5
Ol
e
~1 ,0
<lJ
~o.s :
"O
Capítulo 4
u
.2 º·ºo!-0- - -0-,- ---:-0-=-2--"o""".3----;:o.4
~ · Êspac;o percorrido
4 .1 Introdução
A ventilação geral diluidora atua de maneira a minimizar a concentração do
contaminante por meio de sua diluição. Neste processo, o ar do espaço de tra-
balho é substituído por ar exterior, de uma maneira global e contínua. Devemos
distinguir dois casos: ·
A movimentação do ar, seja por infiltração ou seja por ventilação, poderá ocorrer:
d - dtttos;
e - bocas de insuflamento;
-
10 m/s \
10% da velocidade de face a
1 diâmetro da boca de sucção
f- bocas de exaustão;
Ar conta-
minado 4.4 Tipos de ventilação geral diluidora
d
A venti lação geral diluidora por meios mecânicos pode ser feita por ins ufla-
mento, por exaustão. o u ainda por um sistema misto, de acordo com a Figura
e 4.3.
Ps < Pc - Qi < Oe
Infiltração
4.5 Fator d e mistura
Figura -l.3: Tipos de ventilação geral diluidora
Os mecanismos que governam a dispersão de material contaminante no ar são
bastante comple..xos. As equações que fornecem as estimativas de concentração em
Na ventila5ão por exaustão, um vent ilador succiona o ar contaminado para fora um determinado a mbiente de trabalho consideram que a mistura entre o conta-
lo recinto ventilado. A pressão d o ar no interior do ambiente, P&, torna-se menor minante e o ar limpo se dá de maneira completa e instantânea. através de uma
lo que a pressão do ar da vizinhança, Pe, tornando o ambiente despressurizado, concentração média. Cm· Isto é uma hipótese simplificativa para se poder tratar o
•U com pressão negativa. Este d ifere ncial de pressão. (Pe - P&), é responsável pela problema de uma maneira global, ou seja, para se poder utilizar um tratamento
ntrada do ar novo da vizinhança pelas aberturas específicas. matemático atraYés de uma fo rmulação integral. Com a finalidade de contornar as
Neste tipo de ventilação é muito difícil controlar a pureza do ar novo, em dificuldades advindas" de um tratamento matemático diferencial. a engenharia de
unção do número de abert uras e, principalm ente, das frestas existentes. Em vent ilação industrial lança mão do conceito de fator de mistura. cp, que é definido
ontrapartida, permite faci lmente o controle da pureza do ar a ser lançado no por:
.mbiente externo.
Um terceiro tipo de montagem possível é aquela obtida pela combinação dos
(ois tipos anteriores, ou seja. um sistema misto de ven.tilação. Neste tipo de
·antilação, dependendo da razão entre as vazões de insuflamento ou exaustão de e
.r. podemos ter o a mbiente interno sob pressão positiva ou negativa. C < CJ
A seleção cio tipo de ventilação a ser adotada pelo projetista depende de
números fatores: todavia. há casos em q ue um ou outro tipo se impõe.
Por e..xemplo. a ventilação de sanitários e cozinhas deverá manter os ambientes Fonte
m pressão negativa. evitando q ue os contaminantes e odores gerados se espalhem
•ara os ambientes vizinhos.
No caso da ventilação de um recinto que não deva ser contaminado pelo ar da Figura 4..J.: Fator de mistura
izinhança. o ti po de ventilação a ser adotado é aquele que mantenha o ambiente
ob pressão positiva. de modo que a troca de ar seja sempre do recinto ventilado
onde:
•ara a vizinhança. Se por algu ma razão torna-se necessária a canalização do ar
ovo e de exaustão, o sistema misto apresenta a flexibilidade de poder atender a CJ =concentração de contam inante j unto à fonLe;
s ta situação. mantendo os ambientes em pressão positiva ou negativa, conforme
e = concentração de contaminante afastado da fonte;
necessidade.
C.n = concentração alcançada com dil uição uniforme.
Ventilação Industrial Ventilação geral diluidora (VGD) 67
processo de geração. Cm = concentração que seria alcançada com d iluição uniforme, kg/ m 3 :
y = fator de mistura:
• O contaminante é removido do ambiente atra\·és do processo de exaustão e
t = tempo. h.
de 1un equi pamento que retém o contaminante com uma dada eficiência.
Esta é uma equação diferencial linear de primei.ra ordem. não homogênea da forma:
Na forma semântica o balanço de massa para o volume de controle correspon-
dy
·nte ao ambiente de trabalho é: -dt + P (t) · y = Q (t) (-l...!)
y =e
-JP(t)dt [! Q(t) ·e
jP(t)dt l
dt + cte ·e
-f P(t)dt
onde
Q Q
e
e a constante de integração cte é obtida pela condição inicial quando se faz t = O,
a qual será designada por c 0 • Desta forma. obtém-se:
Apesar de esta equação estar restrita à hipótese simplificativa de concentração 4.7.1 Penet r ação d e calor p e la cob ertura
.niforme, resultados mais próxjmos da realidade poderão ser obtidos. dividindo-se
A quantidade total de calor sensível a ser removida deve levar em conta a
ambiente em múltiplas células. para as qua is serão aplicadas a Eq. (4.5) , com
penetração de calor pela cobertura de acordo com o modelo da Fig ura 4.7. Esta
s devidas adaptações de parâmetros e condições de contorno.
quantidade é obtida a partir de equação per tinente à transmissão de calor. a qual
é apresentada a seguir:
b.7 VGD p ara remoção d e calor sensível
A ventilação geral diluidora também pode ser utilizada para ventilar salas de
·ansformadores, salas de caldeiras e outros ambientes com grande desprendimento
e calor. Neste caso, o balanço de energia é efetuado para se determi nar a vazão
e ar a ser insuflada, Qe . para a remoção de calor sensível apenas. E m regime T.
1
ermanente, baseando-se na Figura -l.6, obtém-se:
QT = rh · Cp · ó.T {-l.6)
Figura -l.7: Penetração de calor pela cobert ura
l j
(4-.10)
m m
onde:
q = calor ganho pela cobert ura , lV;
U = coeficiente global de transmissão de calor, r·F/(m2 K ),
F igura 4-.6: VGD para remoção de calor sensível sendo U dado por:
1
U= - - - - - - - (-l. 11)
lS 1 n C· 1
tir = <ie + <i1 (4.7) - + E ..l.+-
he j= l kj h,
rh = (p · Q)e = (p · Q) .. (-l.8)
onde:
bstituindo-se a Eq. (-l.7.) e a Eq. (-l.8) na Eq. (-l.6). obtém-se: e, = espessura da j-ésim a camada da parede. m:
kJ = cond utibilidade térmica da j-ésima camada da parede. W/(m K ):
Qe = - -- -
QT (·l.9)
he = coeficiente combinado de troca de calor superficial do lado externo. usual-
Pe · Cp · ó.T mente~ 25 [lr/( m2 K)]:
:le:
h, =coeficiente combinado de troca de calor superficial do lado interno. usualmente
~ 6 (Tr/(m 2 K )];
= carga térmica total. W ; Teq = temperatura equivalente (SOL - AR) . J<.
= geração interna de calor (pessoas. motores, equi pamentos. iluminação etc.).
Temper atura equivalente (sol - ar). Teq
=calor trocado com o exter ior: ganho (+). perda(- ). W:
= massa específica do ar, kg / m 3 ; A radiação solar direta pode ser combinada. com a radi ação solar difusa. bem
=calor específico do ar. J/( kg ·ºC): como com o fl uxo de calor por convecção na face externa de uma parede, para
= temperatura do ar externo, ºG; resultar numa temperatura externa equi valente. (Teq)· usada no cálculo da pene-
' = aumento de temperatura do ar, ºC. tração ele calor pela cobert ura.
70
Ventilação Industrial Ventilação geral diluidora (VGD) 71
q/ A e=> ô/A
1úveis in tole~á\·eis de umidade do ar. Com a ventilação geral diluidora . pode-se
atenuar este problema . movimentando-se uma vazão adequada de ar. de maneira
a arrastar este \-apor gerado no ambiente. Em regime permanente, a vazão de ar a
/ Tp
l___,._.,-.., ser insuflada será determinada por um balanço de ' massa de vapor. que de acordo
Teq
com a F igura -1.9 resulta:
(a) Modelo físico (b) Modelo equivalente
(-U6)
(-1.13)
4 .9 VGD para aplicações gerais
Por outro lado, fazendo-se um balanço par a a Figura -!.8 (b), tem-se:
Para locais com pé direito normal e onde ocorre a aglomeração de pessoas. tais
como cinemas. reatros. ginásios de esportes etc .. bem como aqueles com geração
de contaminantes que oferecem pouco risco para a saúd e dos ocupantes. a vazão
ele ar externo necess.:-\ria. Q~. pode ser calculada por 11111 dos critérios abaixo:
Combinando-se a Eq. (·1.13) e a Eq. (4.1-!). resul ta:
• Com base no número de troca:; de ar por hora. que por ser um método
_ Ct · ltot T. (-l.15) empírico e pouco rigoroso. de,·e ser utilizado com reservas. A ya.zão de ar
T.eq - h,, + e
externo é obtida por:
Ventilação geral dil uidora (VGD) 73
72 Ventilação Industrial
a> ro -'
Oficinas 6-10 E E
·:::> :::> s..:
Fundições 20-30 z.... r
1
Salas de íornos 30-60 0~~2r
0~-4-0~-6-0~~
80.----,10~0~~120
Garagens 6-8
Hospitais, geral 4-6 Tempo (rnin )
Cozin has 10-20
La boratórios ..J.-6 ~igura 4.10: Número de fumantes versus tempo
Lavatórios 10-15
Lavanderias 20-30
Solução:
Escritórios ..J.-6
SaJões de pint ura 30-60
DADOS: Os parâmetros físicos estabelecidos acima para o a r correspondem àqueles
Câmaras escuras (fotografia) 10-15 da cond ição-pad rão.
Casas de carnes 6-10
Restaurantes 6-10
Par = 1. 2 kg/m 3
Var x 10- 5 m 2/ s
= l. 5
SaJas de aula 2-3
g = 9,81 m/s 2
Residências 1-2
V= 100m3
Piscinas internas 20-30 Q = 15m3 /min
Cabines de passageiros (navios) 10-:20 é' = 1.000 µg / m in por fumante
Compart ime ntos de a limentos (navios) 10-30 é = n° de fumantes x G'
fonte: ::"J 8- IO ( 197 ) C0 = 20µg/ m 3
Qr =0
Ce= 0
i,; = 1
76 Ve n t ilação Industrial V e n t ilação g e L"al diluido l.'a (VGD) 77
DETER\IINAR: a variação de concentração. c, ao longo do tempo. Xa equação acima. Eq. (-1.22). o tempo 1 é o tempo decorrido neste intervalo,
ou seja. 20 min. A concentração final <lo intervalo ele (clO a 60 min) será obtida
RESOLUÇÃO:
fazendo-se t = 20 min na Eq. (-l.22). resulla ndo:
Equação básica:
e= -19. 67 µg /m 3
_ (7Jc·Qr + Q) .tp . t
c=c0 · e V + e) Variação ela concenlração no 1ntermlo (60 a 1:20 min).
:\esre intermlo e,, é igual ao valor da concentração fi nal do inlerrnlo (-10 a 60 min).
ou seja. igual a -19.67 µg /m 3 e G = 5 x l.OOOµg / min = 5.000µg / min. Assim,
(Q·ce + G) neste intervalo a concentração em função do tempo será dada por:
(-1.5)
(T/c · Qr + Q )
c = -10. 67 . e-(:3/ 20). t + 11- e-(3/ 20). tJ x l.~00 (-l.23)
e = 997. 57 µg/ m 3 / 1
Exemplo -1.10.2 sala, ficando a concentr ação inicia l definida pela massa específica do N H3. na
temperatura e pressão atmosférica dadas. Assim a .concemrnção inicia l será:
Um resen ·atório contendo 1.000 k g de N H 3 rompe no interior de uma casa de ·' 11 , 1.000
eo --p •" llJ -- 1n
- ti- 3 - - - - =O. 6713 kg/ m 3
máquinas. que tem um volume de 500 m 3 . A sala de máquinas está equipada com 1.-1 9. 51
um sistema de ventilação que promm·e 5 trocas de ar por hora. Determinar o tempo b) O lempo para q ue a concentração diminua d~ c0 para e é obtido da Eq. (-1.2-1).
que se deve aguardar após o colapso do reservatório. para se iniciar o trabalho de
explicitando-se l.
ma nu tenção. Admitir que a temperatura e a pressão atmosférica reinantes sejam
6
respecti,·amente 30 ºC e 101. 3 k P a . \•
t = -- · ln ( -C ) = - -500
-- · ln ( 17 X
_10- )
= 2. 12 h
Q C0 2.<J00 0.61 13
Solução:
t = (2 h 7 m in)
D.-\DOS: Segundo a ACGIH \'VORLD\i\IDE (2000). o valor li mite de tolerância
(TLV). baseado na média ponderada no tempo (TWA) para a amônia (XH 3 ) é
de 25ppm (17 mg/ m 3 ). a q ual deve ser portanto a concentração final. a part ir da O BSER\ºAÇ'ÃO: Este exemplo exigiu a consulta à tabela de níveis de concentração
q ual se pode fazer a ma nutenção. da ACGIR. bem como a utilização da eq uação d a. diluição para se determinar o
tempo de decaimento da concentração. o u seja . na forma inversa do E xemplo
R v11, = -19 k:K (-1..10. l ).
P atm = 101, 30 k P a =
101, 30 X 103 P a
Tar = 30 ºC = (30 + 273) ]( = 303 !\
</ = 500 m 3 Exe mplo -1.10.3
Q = 500 X 5 = 2.50Qm3 jh
:: = 25ppm ( 1T mg/m3 = 17 x 10-6kg/m3) O ar interior de uma sala. contendo dois grupos moto-geradores de 1.000 Hl '
G = Okg/ h cada. não deve exceder em 10 "C a temperatura ambiente ext erna, que no verão
a tinge, em média. 32 bC. O rendimento dos geradores é de 02 3. enquanto o dos
DETER.MINAR: o tempo que se deve aguarda r pa ra inicia r o trabalho de manu-
motores se situa em torno dos 30 %. O calor dissipado pelos motores corresponde
tenção.
a 2o/c da energia consumida. :'-iecessita.-se determi11ar a. ,·entilação necessária a
RESOLCÇA O : ser promo,·ida na sala. com o intuito de eliminar o calor sensível gerado pelo
Equações básicas: equi pam ento no seu interior. A pressão a.1mosférica do local é de 101. 3 k P a.
Para o presente problema. a equação da dil uição. Eq. (-l.5), se s implifica pa ra: Solução:
T, = -12 °C
2omo o volume resultante da ex"J)ansão da amônia resu lto u muito maior <lo que
J \•olwne da sala de 111nq11inas. admite-se que a runônio ex"J) ulsará lodo o a r da
g = 9, l m/.s2
Ven tilação geral d iluidora (VGD) 81
80 Ventilaçã o I ndustrial
b) Carga térmica gerada pelos motores e geradores DADOS: Apesar de o cálculo da vazão de ar necessária à ventilação. baseada no
número de trocas, ser empírico e pouco rigoroso. este exemplo será feito utilizando-
1. Calor produzido pelos geradores se tanto a a bordagem citada acima como aquela baseada na ração de ar por -pessoa.
OBSERVAÇ' ÃO: Este exemplo mostra que o cálculo da rnz~o de ~r. necess~ia
parn confo rto. baseada no número de Lrocas, é mui to conserrnt1~·0. ex1grndo rnzoes
omito maiores do que aq uela obtida pelo método b;iseado ua raçao de ar por pessoa.
Capítulo 5
Ventilação natural
5.1 Introdução
A 11entilação natural tem seu campo de aplicação em edifícios industriais,
edifícios públicos, habitações e garagens.
Os diferenciais de pressão disponíveis para movimentação do ar na ventilação
natural são decorrenles do vento e das diferenças de temperatura entre o ar exterior
e o ar interior. Estes dois mecanismos podem agir de maneira separada ou de forma
combinada. dependendo das condições atmosféricas. do projeto e da localização
do edifício. para produzir diferenciais de pressão alravés das aberturas de entrada.
6.Pe e de saída, 6.Ps . como mostra a Figura 5.1.
controle das abert uras <le venl ilação de,·em ser tais que os dois d ifere nciais de relação à superfície sobre a qual ele está incidindo. Aplicando-se a equação de
pressão atuem cooperatirnrnente. Tendo-se em mente a ação das d iferenças de Bernoulli para o escoamento não per t urbado e um ponto sobre a s uperfície. cor-
temperatura. as aberturas ele entrada de ar deverão estar situadas em nível inferior respondente à j-ésima Uuba de corrente na Fig ura 5.3. temos:
às de saída. ~o q ue tange à ação do Yento. as aberturas de ent rada para o ar
deverão estar sil uadas nas paredes m ltadas para o venLo dominante e as de saída
deverão ser protegidas da ação do ,-ento. A Figura 5.2 apresenta a situação quando
os dois d iíerenciais atuam de forma cooperati,·a.
vi = o ___. eP. 1 = 1 ar
Vi= V00 Cp,i= O
___,.~
.-fi b
-.
vj >Voo ~ CP.j< o
..,
A Figura 5.4 a presenta um desenho esquemático de um típico edifício industrial.
onde são fornecidos os coeficientes de pressão do vento nas posições das aberturas
indicadas:
Figura 5.5: Vazão da abertura para D..P especificado
Cp1 = 0.5
Cp2 = -0,7
Cp3 = -0,5
Q = K .A · 12 .D.P
Par
(5.6)
onde:
Q = vazão de ar. mª / s:
[{ = :oeficiente de \-azão referido à área frontal da abertura;
A = ar ea frontal da a bertura. m2;
ôP-dili
- erenc1' a l d e pressa.o
- através da a bertura. Pa:
Par = massa específica do ar. kg/ mª .
VenlO ..
dominan te A Tabela 5. 1. compilada a partir de Idel'cik ( 1969) ~ -ai
ficiente de vazão para algumas aberturas típicas: ' ornece os \ ores do coe-
1J)
Tabela 5. 1: Coeficiente de vazão
Figura 5..1: Especificação dos coeficientes de pressão
Abertura
Venesiru1as com
50% de área livre 0.-10
Uma. fonte interessante de cp é a p ublicação: Liddament (1986). Basculante com
chapa a 60º 0.58
Abertura com
5.3 Vazão de ar através de uma abertura bordos vivos 0.62
Aberturas com
A vazão de a r através de uma. abert ura pode ser determinada quando se conhece o bordos arredondados o. 5
diferencial de pressão. D.P. através desta. pela equação que fo rnece a vazão através
de orifícios (Figura 5.5):
88 Ventilação I ndustrial
Ve ntilação n at ural
89
Figura 5.6: Cotas e parâmetros físicos para o ar 5. Determinar Po pela aplicação da equação da continuidade.
n
L rhi=O
Na Figura 5.6. Pe e p; representam as massas es pecíficas do ar, corr~sponden~es J=l
às temperaturas médias externas e internas. respecti vamente. A ?ressao Po ~er~ a onde .. u .. represeuta o número tot.al ele aberturas. Introduzindo-se a Eq.
pressão efetiva do ar interno no nível estabelecido coroo sendo o mvel de referenc ia. (5.6}. obtém-se:
As pressões Pe.j e P,.i são as pressões efetivas junto à .abertura 'T. na cota Z1 •
correspondendentes aos lados externo e interno. respectJvamente.
(5 .T)
Hipóteses simplificativas:
• Regi.roe permanente: com esta hlpótese. ig nora-se qualquer _flu t~ação na in- :\a Eq. (5. T), o !:::.Pi foi considerado em módulo para se e\·itar o sur<Timento
0
tensidade e na direção do vento, desconsidera-se qualquer osc1laçao de tempe- de um sinal negativo no radicando. Além disso. nesta equação,
ratma externa e interna e não se leva em conta. ta mbém, possíveis alterações
decorrentes do fechamento de a lgumas abe rturas.
Par -
_{P·. se~Pi >O.
p,, se ~ Pi <O.
• Perda de caraa no escoamento interno des prezível: esta hlpótese é basta nte
razoável, tendo-se em vista a grande magnitude da seção transversal. impli- e o cociente 6Pi/ ID.P1 1foi introd uzido para se levar em couta os sinais das
cando em uma baixa velocidade do escoamento nestes ambientes. parcelas do balanço de massa.
90 Ve ntilação Industria l Ve ntilação natural
91
2 · 16.Pil . 6.Pi
(5. ) (5. 9)
Par 16.Pj l
7. No caso de a tempera tura interna ter sido estimada. torna-se necessano sendo
verifica r se o ó.T resultante da estimativa confere. com uma certa tolerância.
com aquele obtido com o empr ego da Eq. (4.9). Em caso negati vo. de,·e-se
continuar o processo itera tivo. volta ndo-se ao passo (1). (5.10)
P.e.J· = Cp .J · ~ ,.rie · ~ •2
:xi - pe · g · ZJ 1\ [as ª área total pode se~ representada em função das áreas individuais de
2
cada abertura pela equaçao,
2. Calcular as pressões internas junto a cada abert ura, em função da pressão
interna no nh·el de referência. Po. (5 .13)
P,.J = P0 - p, · g · Z1
a qua.l . quando s ubstitLúda na Eq. (5.12) acima. permite isolar 4
det · · · c1· .d · k · para se
3. Esta belecer os ó.Pi= {P c.J - P ,,J). para cada abertura; enmnar as areas lll 1v 1 uais requeridas para cada posição "k" .
Este procedimento garante a manutenção da vazão desejada. mesmo nos dias E.""<emplo 5.5.1
ma is desfavoráveis, quando parte das aber turas de entrada poderá estar em
de pres~ão, devido à ação do vento ser diferente daquela adotada no projeto. Calcule o coeficiente de pressão ao longo da su perfície de um cilindro ele raio R ,
disposto transYersalmente a um escoamen to de ar com ,-elocidade uniforme. Ux..
,,........
o~
'-'
o
l ctl
N
/
«!
>
CI)
'O 20
o
......
e
,...
(!)
e
:J .
<:
2 3 4 5 6
Figura 5.!1: Liuhas dP corrente em um escoamento de Hele-Shaw - C'reeping Flow
Relação Ae /Asou As / Ae
Solução:
F igm a 5. 7: Efeito de aber tu ras desiguais
HlPÓTESE SI:\IPLIFIC.-\TI\.A
O escoamento de ar será tralildo corno ideal. ou seja. uto escoamento inviscido .
...\ solução deste escoamento pode ser obtida pela superpo::.ição ele um escoamento
uJtiforme com wn par fonte-sum idouro. É expressa em coordenadas polares por:
• L"ma instalação de venti lação local exaustora latobém produz a ventilação
gera l diluidora do recinto e pode complementar a ventilação natural em !orais
com deficiimcia de movimentação do ar. como mostrado na f'igura 5.8.
94 Ventilação Indus tria l Ventilação natural 95
C = p,, - P'Xl =l- -l sin 2 8 (a) as áreas das abert uras de Yentilação:
P ~pU 2 oo
(b) a umidade relatirn 110 interior do pm·illião.
2
1 R•- •6.7' 1~ -,.--,
R* - • 136 •·o· ./
):-.
~1 2\
1
,... ,,......
~-
r~
'
e.
I >- i. . .~_L Ú. -----.. .i~ - . ,.
'e; 1 -Bri
,'! S..llCfwr.i \ i
2 - • - , • , -S.,~cr•tC.I \ 'l -,- P.
\. /' 1._,•.,c;,1 '· /
1 Fx
-3 -
C
- >-L-
,o 60 JO '.ti 150 t l!O
- ....._.
~ t D ~· n l'O
-
J00 J :-O Jr>•1
(t-=---
Solu ção:
A Figw-a 5.10, publicada em \\"hite (199 1). apresenta a distribuição de pressão
'º longo da superfície do cilindro em função do ângulo IJ. No caso do escoamento DADOS:
eal. para ambos os valores de Reynolds críticos, esta distribuição de pressão cor- T, )mar = -lO º C
esp onde às posições na borda d a camad a limite. T. = 30 º C
P5at lre = -1. 2-16 Pa (água.)
)BSERVAÇ'AO: Apesar das equações empregadas se restringirem à solução do P5 at}i·, = 1.38-IPn (á.g11a)
scoamento inviscido, os resultados reproduzem a tendência de comportameuto P..tm = 101. 3 kPa
V e ntilação n atural 97
Ven t ilação Ind ustrial
URe = Ps )
Psat Te
e
CR, = Ps) Psat T•
l· 6 .1 Introdução
Enquanto na t•enlÜação gemi diluidora o controle do poluente é feito para
todo o interior do recinto de trabalho. implicando. portanto. movimentações de
quantidades de ar 111uito ma iores. na uenlilação local exaustora o contaminante
é removido junto ao ponto onde ele é gerado. evitando que se espa llie no a r do
recinto, necessitando, normalmente. de quantidades menores de ar. Assim este
tipo de ventilação é uma solução mais eficiente. porém nem sempre possh·el de
ser aplicada. [sto acontece quando, por exemplo. o número de fontes de ger ação
de contaminantes se torna muito grande. ou qua ndo. por alguma razão. não se
consegue uma aproximação adequada da fonte de contaminante.
b
a b
\
d (a) Problema inicial
\
'-....___./
)
r
e
6.3 Sistemas centrais e coletores unitários :\os s~stemas centrais de VLE. diversos captores que atendem a di\·ersos pontos
de geraçao de contaminantes são conectados por meio de dutos a uma única uni-
~a ventilação local exaustora. dependendo do tipo de processo a que se destina, ~ade exaustora (vPntilador e equipamento de coleta). Um esquema deste sistema
dos custos envoh-idos. da flexibilidade desejada. da confiabilidade exigida. pode- e apresentado na F igw·a 6.3. Estes sistemas se caracterizam por serem lixos e de
se optar entre duas possibilidades de instalação: grao.~e_porte. apre~eot8:'1do, em função disso. pequena flexibilidade de operação e
a lt_e1c1çoes de a rra nJo físico. Quando bem projetados, estes sistemas proporcionam
• sistemas centrais de VLE;
bru.:os_ custos de operação e ma nutenção, bem como pequena área no interior do
• coletores unitários. pavilhao industrial. já que os equipamentos de grande porte. como os ventiladores
e os equipamentos coletores, podem ser instalados externamente.
Ventila ção lo cal exa ustora (VLE) 105
V en t ilação Indus trial
após uma adequada dep uração d este. Assim sendo. ua escoUm de equipamentos
unitários. de,·e-se ter especial atenção no sentido de o colelor ser suficientemente
eficiente. tanto com relação ao processo quanto.;;\, qualidade do ar que se deseja 110
ambiente.
:'formalmente estes sistemas trabalham com recirculação de ar. isto é, su~cio Fig ura 6.5: Encla us urar ao máx:i mo ~L fo nte de conta mi nante
nam 0 ar j unto à fonte de geração de contaminante, d evolvendo-o para o ambiente
Ventilação Industrial Ventilação local exaustora (VLE) 101
106
Vazão Q Vazão :: 4Q
,,. / ~ /
/ /
Fonte
~fi'
......_,__ V Fonte
~y .
• X • 2X Figura 6.10: Repartir de maneira uniforme a velocidade de aspiração
.......--...
(, ~ t./·;-f -:- . ~~
' I
- ~ . - ..._~ ..1-l• 1.0 H
~
.- .
1 '
\ <1.3 '!~ . 1 - . :·.
--:::;.... '. H • r . 1 •
. . ~~~~-----~-
Captor enclausurante: este tipo de captor pode ser visto na Figm a 6. 1-l. onde se con:io ponto mais desfavorável (ponto crítico) o p onto de geração de con tamina nte
pode perceber q ue ele contempla o conceito e::-..-posto acima. \;sto q ue te m todos mais afastado da face de entrada do captor. No caso de o contami nante ser aerado
os lados fechados. com exceção de pequenas abert uras (frestas) para a entrada de c?m velocidade considerável. o ponto de velocidade nula mais afastado se.'.á con-
ar. A \·elocida<le recomendada para o ar nas frestas deve variar de 0.5 a LO m/ s. siderado como ?onto críti~o. O captor é classificado corno sendo do tipo recept or,
q ~ando aproveita a velocidade de geração do conta mina nte. como mostrado na
F igura G. 17.
~/ Exaustão
Frestas Frestas
1 ••
Cabine: ti po semelhante ao anterior , porém apresenta uma das faces aberta. corno
Exaustão
mostra a Figura 6.15. para permitir o acesso ao processo ind ustrial. A velocidade
média do ar na face aberta depende do processo e da toxidade do contaminante.
podendo V"ariar de 0.5 a l. O m/ s. Figura 6. 17: Captor receptor
Exaustão Ka Tabela 6.2 estão inrucados alguns valores típicos de velocidades de captura.
E m cada uma das categorias listadas na Tabela 6.2, uma fa ixa de velocidades de
' - - - ' - --
r
-'---...C
Captor externo: é um dispositivo de captação de contaminantes que não enrnlve 2. contamina ntes de bab.::a toxidade ou que apenas causem incômodo;
a fonte. conforme mostra a Figura 6.16. Só deve ser utilizado quando não for
possível adotar os tipos anteriores. 3. produção baixa. intermitente;
Tabela 6.2: Velocidades de captura recomendadas obter a \·elocidade de captura por meio da correlação apropriada para o tipo do
captor explorador utilizado.
Baixo fator A lto fato
Movime ntação de segurança de segu rai:
do ar Poeiras tóxicas ou P oeiras tóx
no espaço não tóxicas a baixas não tóxicas a
taxas d e e missão taxas de em:
velocidades de captura {m/s)
muito fraca 0.20 - 0.25 0.25 - 0.31
moderada 0.25 - 0.30 0.30 - 0,3(
muito forte 0.36 - 0,-il 0,38 - 0.5:
Fonte: Hemeon (1963)
Condição de velocidad•
dispersão do exemplos de
contaminante captura {m
Gerado com velocidade Evaporação em tanques.
0,25 - 0,5(
nula em ar calmo remoção de gra.xas.
cabines de pintura.
enchimento internú- Figura 6.18: Captor e.xplorador
Lançado com velocidade tente de containers.
moderada em ar tra nsferência em 0,5 - 1.0
com movimento moderado t ransportadores a 6.5.3 Estimativa da vazão d e ar
baixas velocidades,
soldagem, chapeamento.
Para os captores enclausurantes e as cabines. a vazão é obtida aplicando-se a
Pint ura com pistola
equação da continuidade. Q = i · · A . ~esta equação. a velocidade V é uma veloci-
Geração ativa em cabines baixas,
dade recomendada. e a área A é a área de fresta para as captores enclausurantes ou
em zonas de ar com carregamento de ci lindro~ 1.0 - 2.5
a área da face aberta para as cabines.Já para os captores externos, a vazão deve ser
movimento intenso e de transpor tadores.
suficiente para induzir no ponto crítico a velocidade de captura necessária. Assim.
esmagadores.
nestes casos. é preciso utilizar uma correlação entre vazão. velocidade de captura
Lançado com alta velocidade Moinhos.
e distância do captor ao ponto crítico. Tais correlações. para a lguns captores sim-
inicial em zona5 de ar desbastamento a brasivo. 2.5 - 10,0
ples. estão a presentadas na Tabela 6.3. A técnica da imagem especular, il ustrada
com mO\;mento intenso. tombamento.
na Figura 6.19. e a técnica da superposição de escoamentos. il ustrada na Figura
Fonte: ALDEN e KANE (1970)
6.20. permitem uma ampliação das situações previstas na Tabela 6.3. Uma outra
maneira de se determinar a vazão de ar para os captores e>.'ternos é através da
utilização dos conceitos. idea is. de ponto sorvedouro e linha sorvedouro. O ponto
6.5.2 D eterminação exp erimental da velocidade de cai sorvedouro é um ponto que s ucciona o ar, uniformemente. de todo o espaço circun-
A velocidade de captura necessária para uma operação específica pode dante. A vazão de s ucção pode então ser deternúnada aplicando-se a equação da
terminada. experimentalmente. por meio do aparato simples. descrito em A continuidade para uma superfície esférica. com centro no ponto son·edouro e raio
e KANE (1970). apresentado na F igura 6.18. denominado Captor explorad igual à distância crítica X. com velocidade igual à velocidade ele captura. A linha
leitura da pressão estática e de posse de uma curva de calibração. pode-st sorvedouro é uma linha que succioua o ar. uniformemente. de todo o espaço cir-
a vazão de ar induzida 110 captor. Uma vez conhecida a vazão, a proximi cundante. A vazão de sucção pode então ser determinada aplicando-se a equação
captor explorador do processo de geração. pode-se medir a distância "X" . da continuidade para uma superfície cilíndrica. com eixo coincidente com a linha
qual ocorre a captura do conta minante. De posse desta distância '-X" , P sorvedouro e raio igual à distância crítica X. com velocidade igual à velocidade de
captura.
12 Ventilação Industrial
Ventilação local exaustor a (VLE)
113
--L. - - -t-..! _
J
- J'!lagem !
!
'
--- ,
n ... . wt . . )
Abertura plana ~ O, 2 ou circular Q=V (IOX 2 +A)
~~
~_,_"
Coifa conforme a aplicaçãc Q=I.-!PDV Desta maneira resulta, para estes dois conceitos. as seguintes correlações entre
vazão. velocidade de captura e distância crítica:
A vazão real pode ser expressa a partir da equação Eq. (6.-1). isolando-se a
velocidade e multiplicando-a pela área A da seção transversal do duto de ligação:
~ Superflcle eslerica 2 Pc
Qr=A · , - · -- (6.6)
Par 1 +K.
~ Por sua vez a vez a vazão ideal pode ser obtida da Eq. (6.6) , impondo-se K. igual
a zero:
(i:1~) 1
na saída do captor: Ce = - = --;:::==== = - - -
Q, .-i I i . (!:::.n..) J1+ K
.....) l
P., = (1 + "- · }_PrJr \'2 (6..!) V Por 1
Continuação da Tabela 6 4
(6.9)
Tipo Descrição Cc T ipo Descrição e.,
?'~~
Aberturas flangeadas 0.82 O...l!J ::::~ J
~
Fla ngeada. 13" Tubulação
~ de inclinação 0.9-1 """'·p tla ngeada 0.90
Abertura Orifício
~ ~
~
o.se
~
• Variá\·el com o ângulo - Figura 6.23 f'langea<la . de bordo 0.60
Cônicos ou afun iladm
t ubulação ~ 2c 'T delgado
Saída em linha reta. sem a funi lamento
dl.,.;;::;..
e. - ..
coebc1entre de entrada
• Coifas que de\·erão trabal har em cotas ma is elevadas com relação à fonte
• Oy quente. para possibilitar o deslocamento de materiais. carga e descarga au-
l tomatizada de tanques, passagem de pontes rólantes etc. Nestes casos. elas
1
/~ ..
são denominadas coifas altas (Figura 6.27) e o seu dimensionamento deverá
levar em consideração os efeitos de emplL' º já expostos anteriormente. Para
fontes de seção circular, a \-azão, em l/ s. será calculada por:
..,.. , Q
Q - · ..__ i
o~ ' ,......_
[Fonte!
• Coifas que poderão trabalhar a uma pequena altura da fonte quente, deno- (6. 13)
minadas coifas baixas (Figura 6.26). nas quais. em decorrência da pequena
altw-a de montagem (Y ~ 1 m). o a umento de vazão correspondente ao ar in- sendo L. em m. a distância da coifa até uma fonte pontual hipotética. expressa
duzido e a divergência do flu.xo podem ser desprezados. Para estas situações. por:
a vazão Q)· sen\ aproximadamente igual à vazão Q 0 . Pa ra fontes de seção
circular. a vazão. em l/s. será calculada por:
L = Y + 2D (6.1-l)
(6.12) Outras correlações podem ser encontradas na literatw-a, como aquela proposta
por Goodfellow (1985).
:mele:
O tamanho da coifa é função do ra io da correnLe ascensional de ar na altura de
.4 0 = área transversal do fluxo ascensional nos limites da fonte quente. m 2 : montagem '·y· , dado. em m. por:
D = di âmetro da fonte. m:
7c =calor dissipado por convecção pela fonte quente. 1\1.
r =O. 215 · Lº·5 {6.15)
·: •:
/. ~' 1
6.7.3 Ventilação sopro-exaustão
i (l,_J_,
:'" ~ A ,-e ntilação ropro-exausl ão é utilizada em tanques com superfície a berta de
gi·~nd_e la rgurli. para os quais a ,-e11ti1<1ção por meio de frestas la terais de sucção
1 l ___,. sen~ madequa~a para a capt tLra do a r co11taminado na região central do tanque.
Assim, a sol uçao sopro-exaus tãu consiste em se soprar nr e m uma das laterais do
ta nque. enquanto a oposta pt>rmanece »uh sucção.
Para a ,·entilação sopro-exaustão apresentada na F1'0a ura. 6 ·-'>g. ou d e .r L.
Figura 6.32: J ato plano de ar temos as :.eguintes orientações prática,.:
sendo:
• A velocidade média \ õ de,-e estar co mpreendida entre 5 e 10 m/s.
:: = altura da á·esta. m
e= la rgwa da fresta. m • A ,·elucidarle média 1 I. deve ser maior ou no mfoimo ig ua l a 1. 5 m/ s .
Q0 = vazão na seção de saída da fresta. m 3 / s: Determinar a vazão necessária para wu captor llpo aberlura circ ular flan11eada.
Qx = \"aZão na posição ..x .. , m 3 / s: com diâmetro de 15 cm. E::.te raptor se destina a exauri r fumos de solda. A
\ 0 = velocidade média na seção de saída da fresta. m/s: distância de montagem é de -W r·m. Estimar ainda a perda de caraa 0
a rra,·és do
i -;, =velocidade média na posição ··x... m/s. raptor e a pressão estática necessária a moutante do mPsmo.
Solução:
• Razão de \etzões para ex'Pansão bila teral.
:\os casos em que a di vergência do jato pode ocorrer em ambos os semi-espaços. DADOS: PàrÕmPtro::. geométricos e de fundonameuto do captor .
com relação ao p lano de sime tria da fresta. a expansão é denominada bilateral e a D =0. 25m
razão de vazões é calc ulada por: X=O.-lm
Par= 1. 2 ky1 m 3 (ar-padrão)
(6.19) \ ~ = O. 15 m i (\·alor obtido a part ir da Tabela 6.21
IC = O. -19 (valor o blido a partir da Taloela fl . J)
DETER..\11\:\.R: a vazão necessárin. Q. a perda J e carga atra\·és do captor. _j,,,p
• Razão de ,·azões para PXpansão unilateral. ea pre~i\o P:,.llÍtica necessária. fl,,.
:'-ios casos eru que existe uma superfície pla na imped indo a <l.i vergência do ja to
e ru uni dos semi-espaços. a expansão é denomiuada unilateral. Para estes casos a
razão de vazões é calculada por:
(6.20)
•
126 Ventilação Industrial Ve nt ila çã o local exaustora (VLE) 127
RESOLUÇ'AO: E xemplo 6 .8 .2
Equações básicas: Compare as vazões. as perdas de carga e as p ressões estáticas necessárias. para
um captor externo com entrada quadrada. com 25 cm de lado. operando:
Q= l . A (2.9)
a) uão apoiado:
b.P = K. - Pi: = K. · ~ · p · \ ·2 (6.3) b) apoiado sobre uma bancada .
2
Suponha que este captor esteja ligado a um duto de seção circular de 20cm de
Pc = {l + K.) · ~ · p · \ •2 (6.5)
diâmetro. Em ambos os casos. p retende-se atingir uma velocidade de captur a de
Q= O. 75 \I~ (10X2 + .--\) (Tabela 6.3) l m/s a uma distância de 25 cm da boca de sucção. Considere ar padrão.
(6.21) Solução:
Q = O. 75 2
+A.)=
2
+ P.. r = L 2 kg/ m 3 (Ar Padrão)
A = O. 2;J m x O. 25 m = 6. 25 x 10- 2 m 2
2
X= 0.25 m •
Q= o. 75 X O, 15 X
(
10 X o. 4- + 1í X 0.
?
4
25 )
=O. 928 l ~ = L. Om/s
K, =O. 2 (Coeficiente de Perda de Carga - Figura 6.23)
Q = 0.928m3 / s DETER.\IL'AR: a vazão necessária. Q. a perda de carga alra,·és do captor. _.:::. p
b) Cálculo da perda de carga através do captor . Pelas Equações. (6.3) e (2.9), e a pressão estática necessária. Pe.
resulta:
RESOLl "Ç..i.O:
b.P = K, . ]_ . p . v2= K. . ~ . p . ( 4
2 2 rr D-
Q,) 2
Equações básicas:
2
Q = L --1 (2.9)
b.P = O, cl.9 x -1 x 1, 2 (..J x ü.928_., ) :::: 105 P a :::,.p = K,. p i! (6.3)
2 1T X 0. 2o-
c) Determinação da pressão está tica a jusante do captor. Pela Eq. (6.5) e pela
P0 = (1+ K.) · ~? · p · V 2 (6.5)
t e.,
K, = --=-i. (6.9)
Eq. (2.9) . resulta: C?
Ce =C; (1-0.12~) l6. 10)
OBSERVAÇ' ÃO : Oe\·e-se ressaltar que este p roblema foi resolvido utilizando-se Q = l ~ (10.\2 -...l) = 1.0 X (10 X 0.25'.! +6. 25 X 10-2 )
um valor médio da faixa ele velocidades de captw-a indicada na Ta bela 6.2 . .\"a
prática. a utilização d e um n uor correto para a velocidad e de captura se torna urn Q = 0.6 8m3 / s
fator preponderante para que a instruação funcione co111 a eficiência desejada. Succionando e::;ta vazão. a perc!a de carga será obtida pela Eq. (6.3):
Ce =O. 9-1
onde:
O norn valor do coeficiente de perda. K. será dado pela Eq. (6.9). ou seja.
l .? 1 ( ·lQ ) '.! 1 (-1 X 0.688 ) '.!
Pv = -2 . P . i - = ~:.:: . p . l7 D?- = -•2 X l. 2 X -, , x O. ·_", 2
P 11 = 2..: 7. 76 Pa
Assim. é:>P resulta: K = 0. 1-l
D.P = }(. P11 = O, 2 X 2 7. 76 Assim. a perda de carga no captor resulta:
t:,.p = 57.56 Pa
D.P = K . P,, = O. l...l X 85. -19
e. finalmente. a pressão está tica a jusante do captor será:
2 X Q = \ ~. (lOX'.! + 2 · .-l)
OBSERVAÇ'.Â.O: Deve-se salientar que apesar de não estarem explícitas. as pressões
Q = \ ~ (5X2 + .-l) estáticas calculadas representam depressões. Comparando-se as vazões s uccio na-
das, verifica-se que o valor obtido para o captor apoiado res ulta 54. 5o/c do valor
Q = 1. 0 X (5 X 0. 252 + 6. 25 X 10-'.!) obtido para aqu ele 'não a poiado.
3
Q =O. 315 m /s
A pressão de velocidade no duto resultará portanto.
Exemplo 6.8.3
e;= J~ K
1
1= J O.2 - 1 Tar = 30 "'C
Ts = 870 ºC
e;= o.91 D = 50cm (dià metro do cilindro aquecido)
Y =3m
O norn valor (aumentado) do coeficiente de rnzão será dado pela Eq. (6. 10) . onde
pa ra o captor e m questão. C=O. 25 m e p = 1 m . Assim. DETER.l"\[]J'JAR: a rnzão de exaustão e as dimensões da coifa.
ar. as qua is poderão defletir a corrente ascensional, o diâmetro fi na l da coifa = 8. 4.:>- ( "x -l0. 5 ) X (870 - 30) = 1393. 69
resultará:
d = 2 · r + !::!.d = 2 x O, 73 -,.- O, 5 cic = 1.393. 69 W
• Cálculo da vazão teórica ele exa us tão na cota "Y ' . Q».
Q }· = ' . 7 . q~l
3
b) Determinação da V"dZào de exaustão. • L 1.-16 = 7. 7 X 1393, 59l / 3 X -l. 01.-1 6 = 650. 95 l/ s
DADOS: Parâmetros de funcionamento da cabine. c) Cálculo do diâmetro do duto de exaustão. l\Iais uma vez pela Eq. ('.2.9). resulta:
Par = 1, 2 kg/ m3 Q
C=2m Ad = - . = -2 = 0. l3m-
?
1d 15
H=2 m
x:, 1 = 10 (coeficiente de perda para os filtros) Assim.
Do manual da ACGIH obtemos:
Vs t = O, 5 m/ s (velocidade roérua na seção l.ransYersal)
D= [Pi)= J-1. x (°·: 3
) =0.~m
Ke =O, 5 (coeficiente de perda na entrada do duto de sucção) Será adotado por conveniência D = -10 cm. Isto implicará uma velocidade média
vd = 15m/s (velocidade média no duto de sucção) real de:
v = l. 4m/s (velocidade média de face nos filtros)
1 1d = ( -1
1í X
~ ,2-1?)
-
= 15. g
DETEfilIINAR: a vazão de ar de ventilação, a área de filtragem , o ruâmetro do
duto de sucção e a perda de carga da cabine. vd = 15. 9m/s
d) Cálculo da perda de carga da cabine. P ela Eq. (6.3) e considerando-se as
RESOLUÇAO:
resistências em série existentes. resulta:
Equações básicas:
(2.9) t::i.P = ó.P1• + ó.Pr. + ó.PeJ
1 (6.3) ó.P _ K, v2 1
?
ó.P = /(. P 11 = K, · - · p ·V-
2 -
.,.. , -2 1 .? 1 ( .?
f' f ·2·Par+l\..f' 1 f ·2·Par+Ke·vci-.2·Par = Kr - 1 j +Ke · Ve
2
· iI) ·Par
a) Cálculo da vazão de ar necessária. Pela equação da continuidade, Eq. (2.9).
l::i.P = ( 10 X 1. 33
2
+ 0. 5 X 15. 92 X ~) X l. 2 = 97
obtém-se:
Q= v.,t . (e x H) = o. 5 x (2 x 2) = 2 t::i.P = 97 Pa
3
Q = 2m /s
OBSERVAÇ.Ó..O: \"ão deve ser esquecido que os 6 filtros resultantes dos cálculos
b) Cálculo da área de filtragem na seção de entrada e seção
serão u~ iLizados tanto na entrada como na exaustão. sendo empregados portanto
de exaustão. Nonunente pela Eq. (2.9). obtém-se: um total de 12 unidades. Além disso. deve ser enfatizado também que. no cálculo
da perda de carga dos filtros. os mesmos foram considerados na condição-limite de
Q 2
A.r = .-::- = 14: = 1.-l utilização. ou seja. saturados de tinta.
Yf '
Ar= 1. -13 m 2
Utilizando filtros clisponirnis comercial mente. no tamanho 50 cm x 50 cm. o número
de filtros necessários $erá dado por:
3
Número de fiJtros = !-·
-1 _
(O. ox O. ;:i)
= 5. 72 (6 filtros)
Capítulo 7
Equipamentos coletores de
contaminantes
7.1 Introdução
Os equipamentos coletores de contaminantes, também conhecidos como equi-
pamentos de controle de poluição. ECP, destinados a reter o contaminante após
ser capturado junto à fo nte geradora. têm a s ua utilização justificada por vários
motivos, destacando-se:
• Evitar a poluição da atmosfera próxima às indústrias q ue geram ou trans-
portam materiais particulados. gases ou vapores.
• Evitar o risco de fogo. no caso de o contaminante ser inflamá vel. ou conta-
minação. no caso de o contaminante ser tóxico.
• Recuperação do material particulado. gás ou vapor. no caso de a presentarem
valor econômico.
• Separação e classificação granulométrica do material particulado gerado. com
o int uito de se dimimúr custos de transporte. como. por exemplo. no trans-
porte peneumático. correias transportadoras. elevadores de caneca etc.
• Reutilização de ar previa mente tratado, como. por e.-xemplo. em salas limpas,
transporte pneumático de materiais higroscópicos etc.
• Evitar o desgaste do sistema por abrasão pela retenção de particulados gran-
des.
7. 2 Mecanismos de coleta
A separação e a coleta dos contaminantes da corrente de ar podem ser obtidas
por ações físicas. químicas ou ainda pela combinação de ambas. dependendo do
Ventilação Industria l Equipame ntos .coletores de contaminantes 139
138
7.3 Fatores determinantes na escolha do ECP
. .
t rocesso de coleta possa envolver mais de urna
proce~o e1woh·1do. Ain?a q~e o da a se ...lúr uma relação de ações indh-idua is
ação s1multaneame11le. e ap1esen ª ' : 0 A seleção de um coletor para um dado processo indus trial nem sempre é uma
mais relevantes no processo de separaçao. tarefa fácil, tendo em vista o grande número de parâmetros que influenciam nos
f o da ação de filLraaem, a separação mecanjsmos de coleta. bem como o grau de importância relativa destes parâmetros
• Filtragem: nos coletores qu~ azem. ~
0
-· para um mesmo tipo de coletor. A.ssim. para facilita r o proce..."So de seleção do ECP,
pode ocorrer por t res mecarusmos d1stmto::.. é fornecido a seguir um rol de parâmetros e propriedades q ue p odem influenciar
Jmpactação inercial: de,·ido a sua massa. as partículas tê1~ movin~e;1to nesta decisão. A importância relativa dos parâmetros fica na dependência do rigor
l. inercial suficiente para se mo,·er contra a estrutura fibrosa do coe or. da legislação pertinente às questões ambientais da poütica energética. bem como
sendo então capturadas. . da experiência profissional do projetista.
2. Interceptação: este mecanismo de~ende apenas ~~ ~m~i:l~~1~: ~7;t~~~~as. 1. Grau de purificação desejado: está relacio nado com as normas q ue regula-
se·a. somente aquelas que estwerem numa m a . . ' - mentam os níveis de poluição do ar em indústrias de processamento. com a
~~ u~1a fibra a menos da metade do diâmet ro da part1cula. serao cap- qualidade do ar em salas limpas etc.
turadas pela estru tura fibrosa do coletor. ..
b · as partículas com d1ametro 2. Concentração. tamanho e distribuição granulométrica das partículas: identifi-
3. Difusão: devido ao movimento rowruano. .
inferior a 1 µm incidirão sobre a estrutura fibrosa do coleto1. cam os tipos de coletores para se atingir uma dada eficiência de coleta.
OBSER\'AÇÃ.0: a ação de filtragem não deve ser confundida com a .ª~ão ~e • Umidade: contribui para o empastamento das partículas sobre o coletor.
peneirom~t~. a qual consiste numa interceptação em escala macroscop1ca o acarreta problemas de corrosão e influencia a resisfr.;dade elétrica das
par tíc u la15.
material particulado.
• Densidade: é determinante na identificação do tipo. eficiência e tamanho
do coletor.
J , . a separação ocorre devido à \•ariação brusca da quantidade de movi-
• ;:~~a;inear das partículas de conta minantes._ Como ~xem_Plos de coletores -!. Propriedades químicas do contaminate: são impor tantes quando existe a pos-
. .ai·s . podem ser citados os ciclo11es e as camaras inerciais.
merc1 sibilidade de reação q uímica entre o a r de transporte. o material coletado e os
- d .·do ao peso das partículas materiais de fabricação do coletor.
• Gratrida.de: a separação ocorre por sedi mentaçao :\ t • • . ·t cio-
de contaminante. Este é o mecanismo de se?araçao ~as camm as gmm a . 5. Condições do ar de transporte:
nais. também denominadas câmaras de sedimentaçao.
• Temperatura: influencia o volume do ar de transporte. a especificação dos
. f1 do ou aasoso é (orçado materiais de construção e o tamanho do coletor. Também está relacionada
• Laragem: o ar carregando o conta mmante. par icu a º 1· .d· f ido
. ! d , a ou de um o utro iqm o. aze1 com as propriedades f1Sicas (\·iscosidade. densidade) e químicas (adsorção,
atra\·és de uma nu vem de goticu as e agu . . • .
ontami uante fique relido nas gotículas. Os lavadores ciclom~os e solubilidade) do ar de trans porte.
:~a~~~o~e~ ve11turi são e.>::emplos de coletores que utilizam este mecarnsmo • Pressão: influencia a escoU1a do tipo e tamanho do coletor, agindo.
de captura. também. sobre a perda de carga admissíYel a tra,·és do mesmo.
, . li - de lllna alta diferença de potencial elétrico no ar • Umidade: observar as mesmas considerações feitas pa ra o contami na nte.
• Eletrostat1ca: a a p caçao .
. . e Os íons depositam-se nas par t ir
' u las-
de transporte faz com que este se iomz . .
. aminante carreaando-as eletricamente. faze ndo com que migrem e1'.1 6. Facilidade de limpe::a e man11.1enção: influencia a esc-olha do tipo de coletor e
d e Cont
.. :- o po'lo de caraa
d 11 eçao a
º elétrica contraria.
, oude sao
- capturadas
' º"'
. - prcc1- a freqüência de interrupção <lo processo.
0
d t" li ão deste meca-
pitadores eletrostáticos caracterizam um exemp1o e u 1 zaçc 7. Fator económico: tem influência na especificação do tipo e efi ciência do coletor.
nismo ele sepa ração.
Ventilação ln Equipamentos coletor es d e contaminantes 1 -U
1-!0
8. Método de eliminação do material coletado: influencia a escolha do Tabela T.l : Coletores indicados para operações industriais
capacidade do coletor. T teor
Operações ele poeira uso po~o
freqüente us o
carga
A Tabela 7.1 apresenta coletores recomendados para d iversas operações in1 Pro dutos qu1m1cos
' em gr a- o s
permitindo uma rápida escolha preliminar. Nesta tabela é adotada a ma nipulação leve a forte fina a grossa ~I. f e
convenção: moagem moderada a forte fina a grossa ~l. L. F e
pesagem/ peneiramento leve a moderada fina a média L. F
Calcmadores
e - ciclones. secadores/resfriadores fo rte média a grossa H L. F e
mutilação de silos !em fina a média F ~l. L
i'vlinas de carvão e ceat r ais d e ~orça
F - fil tros ele mangas.
manipulação moderada média L C. ~I. F
ventilação de
forte fina L ~r. F
L - Ja,·adores. car voeiras
serra moderada média a grossa L C. ~L F
~[ - multiciclones.
secagem forte fina L e. ~l. p
Caldeiras
carvão em grelha leve fina ~r e
P - precipitadores eletrostáticos. can ·ão pulrnrizado forte fina p C, HF
madeira m riárnl
. grossa e .\1
Ceram1ca
ma nipulação leve fina F. L e. ~1
rebarbação/ moagem moderada a forte fina a média L F
Cer eais
7.4 Eficiência de um coletor ma nipulação
de leve média C. F \1
:\ necessidade de se estabelecer parâmetros para a seleção e a comp1 farináceos
coletores exigiu o estabelecimento cio conceito de eficiência de coleta de u1
mento J e controle de poluição. Tendo-se em d sta que di,·ersas abordage1
rcrodutos
armacêuticos moderada média F e
ser utilizadas na definição da eficiência de um coletor. o parâmetro eficiê.11 mistura.
leta deve ser baseado em normas adequadas. Cm critério de eficiência nori moagem e leve média F. L. ~l e
muito utilizado na ventilação industrial. é o conceito de eficiência gra1 pesagem
definido por: prensagem média fina F. L
concemração:
Q · Ct -Q · Cs =c.---Cs-
ryc = e.,
Q. e,
142 Ventilação Industrial Equipame ntos coletores de contamina ntes 143
resultando:
l z
ç = it ( T.9)
146 Ventilação Industrial Equipamentos coletores de contam inantes 147
·'> (7.12)
mp tg (7.11)
Fc = - '--
r onde:
onde: A e = área da seção transversal de entrada de ar do ciclone, m 2 :
ntp = massa da. partícula de contaminante. kg; A s = área da seção tra ns versal de saída de ar do ciclone, m2 •
''ia = velocidade ta.nge11cia l da partícula de contaminante. m/ s; Velocidades dP entrada recomendadas. que satisfaçan_i a relação de compromisso
r = raio de curvatura da trajetória circular. m. entre perda de carga e eficiência. devem estar compreendidas entre 5 e 20 m/ s.
Velocidades de entrada maiores do que 20 m/ s resultariam cm perdas de carga
muito elevadas. enqua nto rnlocidades de entrada inferiores a 5 m/s proporciona-
ria m eficiências lão baixas que não valeriam a pena.
Tendo-se em conta a complexidade do escoamento no interior dos ciclones, o
projeto para se atingir uma determinada eficiência de coleta é extrema mente dHícil.
148 Ve ntilação Industr ial Equipamentos cole to r es de contaminantes 14 9
Isto provocou o aparecimento na literatura dos perfis padronizados, desenhados a ·diâmetro de corte é obLido pela expressão:
partir do diâmetro do corpo, d, para os q uais estão disponíveis correlações para a
determinação de suas eficiências.
Jlar ·d
dpc =O, 21 (7.13)
onde:
:~ -/_ _ Es piral externa A eficiência de coleta para pa rtículas com d iâ metros, dp, diferentes do cliàmetro
1 7~ /
de corte. dpc. será calculada por:
\~ ><' -
~~
/ - Cone
1 (7.1-1)
T s afda de partículas
'" '
,.,
S.1da
-- de
7.8 Multiciclones
Do exposto anteriormente sobre associação de coletores idênticos, ~m s~rie ou
Salda __ ,,
dt
tajosa do q ue a associação em série. tendo em VlSta que o diametro dos ciclones fica
Figura 7.5: Ciclone de um multiciclone
sensivelmente reduzido à medida que seu número é aum~ntado. .Isto representa n:e-
nores custos de fabricação. Assim é q ue. na venti lação industrial, tornou-~e ~w to
freqüente 0 emprego de baterias de ciclones interligados em paralelo. ~oust1twndo
se nas unidades denominadas m·ulticiclones. coroo mostrado pela F igura 7.-! nas 7.9 F iltros de mangas
vistas (a) e (b).
O processo de filtragem é um dos mais antigos métodos de remoç-ão de partículas
1Salda de um flLLxo gasoso. apresentando altas eficiências para uma ampla gama de ta-
man hos de partículas. A Figw-a 7.6 apresent.a um coletor típico para este método
de filtragem mui to empregado na ventilação industrial. Neste coletor. o fluxo ga-
soso com os contaminantes é forçado a passar por Wl1 1ueio fibroso confeccionado
em tecido. denominado ··ma11ga... pelo fato de seu formato lembrar uma manga
de vestuário. Embora o tipo de tecido possa variar de fabricante para fabricante
e de acordo com a aplicação. é comum o emprego do tecido denominado "feltro
agulhado". que apresenta grande eficiência de coleta.
(a) Nos filtros de mangas mais antigos. estas são posicionadas com a extremidade
(b)
aberta na parte inferior, e o fluxo de ar com o conta minante se dá. no sentido da
parte interna para a parte externa da manga. A extremidade aberta das mangas é
Fig ura 7...l: ~ lul t i ciclones fixada em urna chapa perfurada. enquanto a o utra extremidade é amarrada numa
est.rutura s uperior, como mostra csquemalicrunente a Figura í.6.
152 Ventilação Indust rial
Equipamentos coletores d e contaminantes
153
(i .15)
Motor onde:
para
Sacucfv
ICo = coeficiente de resistência do tecido acrescido da . -· • . .
culado remanescente. kg/(m'l s): 1e:s1stenc1a denda ao parti-
Pó
JC_d = coeficiente de resistência da camada de particulado de "t d - 1.
\, - veloc·d d ' d· d pos1 a o. s
~ . i a e m_e ia o ar atra\"és do tecido. (O. 01 a O. 02m/ s) : .
e,- carga de part1culado no tecido. em kg/ m '1. conhecida ta b'
po. dada por: ' m em como carga de
mpó
Pó C = - = c -{: . t
A (7.16)
Figura 7.6: Filtros de mangas mais antigos onde:
mpó =:- massa de particulado que se deposita sobre o fil tro. kg:
>Ios filtros mais modernos, a extremidade aberta da manga é posicionada na A. = area de fil tragem. m2:
parte ~ uperior, e o fllLxo de ar com o contamina nte se dá da parte externa pa ra
e= concentração de part iculado que chega no filt ro. kg/ m3·
a parte interna. sendo a ma nga ma ntida inílada com o ML\'.11io de uma armação
t = tempo decorrido desde a última lirupeza. s. .
metálica. do tipo gaiola, inserida interna mente a esta .
A eficiência de retenção de particulados nos filtros de tecido a umenta com
o acúmulo de ma teria l coletado. a tingindo valores da ordem de 903 ou mais.
Simultaneamente com o aumento na eficiência ocorre um a umento na perda de
carga. fazendo com que. de tempos em tempos. seja necessário proceder uma
limpeza das mangas. que será efetuada por meio de vibração das mangas. fazendo
com que o pa rticulado se desprenda do tecido. Nos fiJ tros mais a ntigos, este
mecanismo é acionado por um sistema de excêntrico e alavancas, fazendo sacudir
a estrutura que sustenta o conju11to de ma ngas. Deve-se r essaltar que este sistema
de limpeza requer a interrupção da operação do processo fa bril. J á uos filtros
mais modernos. como aquele apresentado na Figura 7. 7. o processo de lim peza
é feito por meio de um jato de ar comprimido. soprado no interior da manga.
prorncando um pulso de pressão ao longo desta. como pode ser visto na Fig ura
7. . Esta onda de pressão percorre rodo o comprimento da ma nga. fazendo com
que o particulado se desprenda desta. Como j á salientado. à medida que a poeira
vai depositando-se no filtro. a perda de carga ,·ai a wnentando grada ti vamente. a té
atingir um rnlor má.ximo. para o qua l foi especificado o ventilador. Neste mo mento
o sistema de Limpeza é acio nado e grande par te da ramada de pa rticulado coletado
a monta nte é remO\-ida. Uma vez q ue nem todas as partículas são remo..,i das. após
a limpeza o fil tro a presenta tm1a perda de carga residual. de,-ido ao par t,iculado
remanescente. Assim. num dado instante de f1111cionameoto. como mostrado na
Figura 7.9. a perda de carga total do filtro de ma ngas é deterruiuada po r duas
resistencias em série: a do tecido e a da camada de part iculado depositaJ o. a qual
pode :;ei· ex pressa por:
Figura i . 7: Filtros de mangas ettua is
Equipamentos cole tores d e contaminantes 155
Ventilação Industrial
15-1
sopro
de
Ar
Etetrodos
Figura í.8: S
·15lema de limpeza com ar comprimido
• Oe~rga
ElalTcdos
ColelDres
Com relação à forma construLi va. cabe observar que o espaçameulo entr e as Gás l.Jmpo
placas coletoras é da ordem de 20 a 30cm. fazendo com que os precipitadores
eletrostáticos ocupem grande espaço físico. A velocid 1rle do ar entre as placas
varia entre l. 5 a 3. O111/ s. apresentando como conseqüência pequenas magnitudes
de perda de carga. Em aplicações normais, ,·alores da ordem de 98 a 1-l'i Pa
("'- 10 a 15 mmH20) podem ser esperados. o que representa . portanto. cerca de
um décimo daqueles u1contrados para os filtros de ma ngas.
Os precipitadores l'letrostátirns, além de produzirem pequena perda de carga.
apresentam ,·antageu:- adicion i." tais como: facilidade de li mpeza por meio de
,·ihn1ção das placas r•1l•·1' n1s r ação rlP marteletes mecânicos e vida úUI Lastaute
1 além de .:.PP • ·I nauos para operarem com processos quentes .
7 .11 Lavador es
São equipamentos coletores que utilizam a ação de lavagem. 0 11 seja. o gás
com o contaminante deve entrar em contato íntimo com o líquido lavador. sendo
o contaminante agregado ao liquido por impactação inercia l ou pelo processo de
absorção. no caso de contaminantes gasosos. F ig ura 7.12: Lavador de gás
Este contato íntimo é conseguido fazendo-se o füc<0 gasoso passar em contra-
corrente atra\'és das gotículas de Líquido. obtidas por processo de neb ulização. ou
ainda por meio do incremento da superfície de contato do líquido com o a uxilio cle
material de enchimemo. Alguns tipos são mosLrados uas Figuras 7.12 e 7.13.
Os Ja\·adores. assim como os precipiladores eletrostáticos. apresentam elevados
índices de eficicncia. e também são apropriados para a retenção de particulados
bastante finos. ~o caso de contaminantes gasosos. é a (mica a lternaLiva disponível
para processos industriais. Também como os precipitadores eletrosláticos. os la- TellErette
Anéis de Rasching
,·adores são equipamentos que exigem conhecimentos tecnológicos especí.ficos para
~
a sua construção. apesar de o princípio de funcionamento ser mtuto simples.
~
~
Sela de lnmlax
Aneis de Pall
Exemplo 7.12. 1
Dimensionar uma câmara gravitacional para tratar, por hora, 10.000 m 3 de a r, V::::: (13+ º:1 T) X 10- 6 (2.1)
p
contendo partículas de sílica. Um tes te revelou a existência de partículas num
intervalo de 30 µ ma 130 µm d e diâmetro. Foi decidido que a câmara gravitacional P= Rar ·T (2.3)
deverá remover todas as partículas acima de 100 µm. O particulado tem massa µ=v ·p (2.4)
específica de 2.650kg/ m 3 • O ar adentra a câmara a 30 ºC e a pressão atmosférica 1n _V· dp
reinante no local é de 101, 3 kPa. Determinar a eficiê ncia total de coleta e traçar :lle - - - (2.5)
v
a curva de eficiência de coleta.
Q = 1" - A = 1"0 (Y·Z) (2.9)
Solução: 13
CR= - - (3.3)
ffe
DADOS: Pa râmetros d e funcionamento da câmara gravitacional.
Vi = . ~ . <Íp · 9 · (pp - Par)
T/c (100) = 1 (3.9)
3 CR ·Par
Pai.m = 101. 3 kPa
Tar = 30 °C = 303!( Vi = <Íf, · 9 · (pp - Par)
(3.10)
Pp = 2.650 kg/m 3 18. µar
R ar ~ 287 k:K T/ct = L 1Pi · T/c (<Íp,) (7.3)
Q = 10.000m3 / h
A fração mássica, 'l/J1 (%), de particulado para cada intervalo de diâ metro de L=V,, -t (7.7)
partícula é fornecida na Tabela 7.3, apresentada a seguir: , Z=Ví·t (7.8)
a) Determinação das propriedades físicas do ar.
Tabela 7.3: Disp ersão de tamanhos do partícula.do
Patm 101.300
dp (Jim) l/J1 (%) Par = = - --
Rar · Tar 287 · 303
30 - 40 1
40 - 50
Par = 1.16 kg/m 3
4
50 - 60 10 Var ~ (13+O, 1 Tar) X 10- 5
= (13+0,1 X 30) X 10-6
60 - TO 15 Var = 16 X 10- m 6 2
/s
70 - 80 40
80 - 90 10
µ ar = Vai· • Par = 16 X 10-6 X 1. 16
kg
90 - 100 8 µar = 18. 79 X 10- 6 - -
100 - 110 6 m ·s
110 - 120 4
120 - 130 2
b) Determinação da w locidade terminal (dp = IOOµm ).
DETERMINAR : as dimensões físicas da câmara g ravitac ional. a eficiência total Fazendo-se a hipótese de escoamento laminar. pela Eq. (3.10). res ul ta:
de coleta e a cw-va de eficiência de coleta.
Vi= d~. 9 . (pp - Par)= (100 X IQ-6 )'2 X 9.8 X (2.650 - l.16)
18 . ~r 18 X 18. 79 X lQ-6
Vi= O, 77m/s
Ventilação Industrial Equipamentos cole tores d e contaminantes 161
160
Verificação do regime de escoamento: pela Eq. (2.5) tem-se: A eficiência de coleta para um dado tamanho de partícula pode ser expressa
pela relação entre o espaço percorrido pela mesma na vertical, durante o tempo
5
_ 0. 77 X 100 X 10- = -1,8 de permanência dentro da câmara, e a a lt ura 'W' da câmara, ou sej a.
lRe - 16 X 10 6
(7.18)
.. E (3 3) ual s ubstituída na Eq. (3.9) e
Como lRe > -i, devemos utilizar a q. · · ª q '
tendo em conta a definição de lRe, resul ta: Como o tempo de permanência no interior d a câmara é fornecido pelo cociente
213 entre a dimensão horizontal -r· da câmara e a velocidade .. i ~ ·· adotada. t = L/ V4 ,
-i
V, = ( - · 9 ·
(pp - Po.r)1 d,,
· vl/3
(7.17)
substituindo-se na. Eq. (7.18) acima. resulta:
39 Po.r
Vi = O, 69 m/ s, correspondendo a lRe = -!. 3 Assim. para cada diâmelro médio de partícula. correspondente a cada intervalo
c) Determinação das dimensões da cãmara. dado. será calculada uma velocidade terminal de queda através da Eq. (3.10) e da
Eq. (7.11) e uma eficiência d ad a pela Eq. (7.19). permitindo-se montar a Tabela
.As dimensões d a câmara serão determin:das supond~:eq=~~~:ê:i;~retí~~~~ 7.4 e traçar o gráfico da Figura 7.1-!.
para partículas de 100 µm. Desta for~ ca ~egura Utilizando-se a Eq. (7.3). resulta para o rend imento total da câmara gravita-
de diâmetro maior do que 100 µm serao coletadas. cional:
D a Eq. (7.7) e da Eq. (7.8). tem-se: T/ct = o. 6-108 (6-1%)
L Va
z =Vi
Tabela IA: Eficiências para diâ metros médios da dispersão
Adotando-se \1~ = L 5 m/ s. resulta: d,, (µm) IL•, (%) d,,,,, (µ m) Vi (m/.s) T/c (d,,)
30 - -!O 1 35 0.094 0.136
!:.z = ~
0. 69
= 2,17 -10 - 50 -! 4.5 0.156 0.226
50 - 60 10 55 0.232 0.336
60 - 70 15 65 0.325 0..!70
Assumindo-se z = 1 m. resulta para a outra dimensão: 70 - 80 -!O 75 0.-132 0.625
80 - 90 10 85 0.555 0,803
L = 2. 17 x 1 = 2. 17 m 90 - 100 8 95 0.660 0,950
100 - 110 6 105 - 1.000
110 - 120 -1 115 - 1.000
Pela Eq. (2.9). a largura da câmara resul ta: 120 - 130 2 125 - 1.000
Q (10.000/3.600)
y =-
.a X\
Z = 15 X 1
= 1. 5m
'...J •
162 Ven tilação Industrial Equipamentos coletores de contaminantes
163
100 RESOLUÇÃO:
/~
Equações básicas:
~80
,,;
ãi 60
8., V~ (13 +O. l T) X 10-6
.
"'O
·o
40
P=-
p (2.1)
e
~ 20
/ R ar ·T
/ (2.3)
i:ii µ=v ·p
0
20 40 60 80 100 120 140 (2.4)
Diâmetro da partlcula, dp (Jo.m)
d,,c:::::: 0, 27 X
(7. 13)
Figura 7.1-l: C urva <le eficiência d e coleta
(7.1-!)
OBSERVAÇÃO: Este exercício mostra o dimensionamento de uma câmara para
uma eficiência de 1003, para partículas com diâmetros acima de 100 µm. bem
como a eficiência de coleta total atingida para uma dada distribuição de Lamanbo
de partículas.
a) Determinação das propriedades físicas do ar .
Par= l.2kg/ m 3 ;
Subst.ituindo-se a ,·elocidade de entrada ca lculada pela equação acima na equação µ ar = ,
1 oR X 10-5 ;;-
k<1 · s :
d3 ~ -l8. 82
U - l) · d~· Q · (pp -
X - ' - - - - ' - -- ----
Pur)
(b) cinco ciclones ig ua is em série:
µ ar
(c) cinco ciclones iguais em paralelo.
RESOLUÇAO·
Eq uações básicas:
~ (~ - 1) X (50 X 1Q- 6
1
fX 3 X (l.200 - l. 09)
d::::: 3 · 65 X 19, 62 X lQ-6
Q = \,- · A
(2.9)
portanto.
d::::: 1.-19 m 6P = K.. · P•.. = K... ~2 . p ar . v2
e {6.3)
.!lP, = 6Pt
n (7.-l)
OBSER\ 'AÇAO: As relações geométricas l / d e H/ d utilizadas no exemplo estão
Listadas ua Tabela 7.2 Ciclones de perfis padronizados. 77<:.5 = 1 - (1 - TJc )n (7.5)
Q
Q,= - (7.6)
n
Exemplo 7.12.3
K.. = 21. 16 (_..\e) 1.21
A ,. (7.12)
Ciclones devem ser 11tilizados para remO\·er panículas com massa específica
de I.100kg/m 3 de uma corrente de ar de 0. -10 m 3 /s. com massa específica de dpc = O. 27 (7. 13)
l , 2kg/ m 3 e viscosidade absoluta de l. x 10- 5 kg/ (m.s). A perda de carga ~~ (Pp - Par)
máxima admitida é de l30 mmH2 0. As partículas têm um diàmetro de -l. 5 µm . 1
TJc(dp ) = - - - - (7.1-l)
(~/
Determinar a eficiência de coleta. com:
1 -L
(a) um ciclone;
(b) cinco ciclones iguais em série:
Determinação da equação q ue explicita o d iâ metro de ciclones ··padrão B'' em
função da perda de carga:
(c) cinco ciclones iguais em paralelo.
Da Tabela 7.2. o btemos:
Solução:
A e = O. 375 d x O. 75 ri= O. 2812 d 2
DADOS: Parâ metros de funcionamento do ciclone ou de suas associações.
1
_ ..-(O. 75d)2 _ _
~p = 130 mm H2 0 = 1.21-l Pa: -"1& - -1 - O. +.l.11 d2
Q = O.-l m 3 /s:
166 Ventilação Industrial
Equipamentos coletores d e con taminantes
167
d =?
-,
97
x
1 Q2 . Par
6.P (7.20)
Cada ciclone irá trabalhar com uma velocidade de entrada de:
Q 0.4 ~ /
íf,, = Ae = (O, 2812 x O, 492 ) =o, 9 m s
(a) Eficiência de coleta utilizando-se um ciclone.
Neste caso. o diâmetro da partícula de corte, dado pela Eq. (7.13), resulta:
Neste caso, com Q = 0.-1m3 /s e 6.P = l.274Pa, pela Eq. (7.20), o diâmetro
do ciclone a ser usado resulta:
d pc =O, 27 X 1,8 X lQ-5 X 0. 49 = 9,96 X 10- 6m
4 4 1 2 5, 9 X (1.100 - 1, 2)
d= 2. 97 X O. ; ; • :::::: 0 , 33 m
2 4
4c = 9,96µm
CÍpc = 0, 27 X l, 8 X 10- 5 X o, 33 = 5, 49 X 10-6 m = 5,-t9 µm A eficiência resul tante da associação pode ser obtida pela Eq. (7.5). resul-
13. 06 X (1.100 - l , 2) tando:
1Jcs = 1 - (1 - O, 17) 5 =O. 61
Finalmente, pela Eq. (7. 1-1), obtemos para a eficiência do ciclone para uma 1Jcs = 61%
partícula de -!, 5 µm de diâmetro
(c) Eficiência de coleta utilizando-se cinco ciclones em paralelo.
1
77c (-l,5)= 2 = 0,4
1+ (5·-l9)
4,5
Neste caso a perda d e carga de cada ciclone deverá ser de l.27-1 Pa e a vazão
será distribuída nos cinco ciclones. resul tando, segundo 'i. Eq. (7.6) , uma
vazão por ciclone de:
7Jc (-!, 5) = -10%
0.4
Q;=-~-=0.08m s
3/
o
(b) Eficiência de coleta utilizando-se cinco ciclones em série. Neste caso, Q = Obtendo-se um diâmetro para os ciclones, segundo a Eq. (7.20):
0 , 4m3 / s, a perda de carga se distribui segundo a Eq. (7.-1). resultando:
1.27-l 082 2 = Q 14 7 m
6.P, = -~- = 254,BPa d = 2, 97 X , Q. X 1.
;) 1. 274 .
.
Obtendo-se um diâmetro para os ciclones, segundo a Eq. (7.20): Cada ciclone irá t rabalhar com uma velocidade d e entrada de:
Neste caso o diâmetro da pa rtícula de corte. d ado pela Eq. (7.13), resulta: RESOLUÇÃO:
Equação Básica:
1, 8 X 10- 5 X 0 , 1-17 _ _ l0-6
dpc = 0, 27 X - - -- - - - - - - - . , - - 31 6O X m
13, 17 X (1.100 - 1, 2)
óP = K.o . V + K.d . V . e (7. 15)
dpc = 3, 65 µ m C=c · V·t (7. 16)
P ara a associação de ciclones em paralelo. a eficiência resultante é ig ual à Substituindo na Eq. (7.15) e isolando t. resulta:
eficiência de um dos componen tes. Assim, pela Eq. (7.l-1), a eficiência da
associação. resulta: t = (óP - K.o ·V) = 500 - (10.000 x {ik))
1 2
T/c = - - -----...
., = O. 60 K,d . V . C 80.000 X ( 61 ) 2 X 0. 005
1+(3·65)- ~.5
t ~ 3.000 s = 50mi n
0
T/c = 603
OBSERVAÇÃO: Este exemplo mostra que, para uma mesma perda de carga da OBSERVAÇÃO: A relação "ar/ pa no". usada freqüentemente no meio industrial
é uma forma de se expressar a equação da continuidade. ou sej a. a vazão de ar n~
associação. a eficiência é praticamente a mesma para as associações de ciclones
entrada da unidade dividida pela á rea de pa no de todas as manaas ou ainda a
idênticos, quer sej a em série ou em paralelo. Entretanto. deve ser ressaltado que a
velocidade média do ar através do tecido. o ' '
associação em paralelo, pelo fato de se trabalhar com ciclones de diâmetros bem
menores. é wna solução mais econômica.
Exemplo 7.12.5
RESOLUÇÃO:
Equação Básica:
- Q (2.9)
V=A
D.P = >Co · V + >Cd · V · C (7.15)
C= mpó
A
(7.16) Capítulo 8
Substituindo a Eq. (2.9) e a Eq. (7. 16) na Eq. (7. 15), resulta:
Dutos
tlP = Ko · ~ +>ed · (~) · (ml 6
)
V =Q = O.
28
= O. 023 m/ s 8.2 Dimensionamento dos dutos
.4 12, 2-!
Ao contrário do que ocorre nas instalações de condicionamento de ar para
conforto, as velocidades utilizadas na ventilação industrial não sofrem resh·ições
OBSERVAÇÃO: Este problema enfatiza o cálculo da área de pano em função da
no que tange ao nível de ruído. podendo portanto ser de magnitudes bem mais
perda de carga admissível. elevadas. Além disso. tendo-se em mente que o ar deve transportar o contaminante.
as velocidades devem ser compatíveis com os tipos de contaminantes presentes
no escoamento. A Tabela 8.1 apresenta velocidades recomendadas para alguns
tipos de contaminantes presentes no escoamento. Apesar de as velocidades serem
relativamente altas. o escoamento é tratado como incompressível e as perdas de
carga são calculadas não se Levando em conta a presença dos contaminantes.
:'lio projeto do sistema de dutos. deve-se ter em mente que as vazões utilizadas
na ventilação industrial são sempre muito elevadas, justificando mais uma vez o
uso de magnitudes de velocidades mais altas. pois do contrário ter-se-iam dutos de
diâmetros exageradamente grandes. Uma vez especificada a velocidade. o diâmetro
dos dutos é calculado por meio da equação da continuidade. como segue:
Tabela 8.1: Velocidades recomendadas para o dimensionamento de dutos A Tabela 8.3 apresenta as espessuras aproximadas em (mm), correspondenles
às bitolas ""U.S.S.G ... ( U.S. Standard Gauge).
Contaminante Velocidades recomendadas (m/s)
Gases e vapores 5a6
Fumos 7 a 10 Tabela 8.3: Espessura das chapas de aço
Poeira fina 10 a 13
18 a 20 Bitola ( l".S.S. G.) Espessura (mm)
Poeira média
2-l 0.6·1
P oeira grossa 20 a 23
22 0.79
Partículas grandes.
> 23 20 0.95
J\lateriais úmidos
l8 1.27
16 1.59
7r D2 l.t 1.98
Q=V·A= l ' · - (2.9)
4
portanto.
8.3 D etalhes construtivos de acessórios
(8.1)
.-\ Figura .1 aprese nta algumas recomendações para n geometria de alguns
onde: acessórios empregados em sistemas de dutos para ,·entilação ind ustrial. Estas
Q = vazão de ar a ser transportada, m 3 / s: recomendações de,·em ser ob er vadas com o intuito de se reduzir as perdas de
V = velocidade média recomendada parn o tipo de contamina nte. m/ s: carga.
D = diâmetro interno que deverá ter o duto. m. Para auferir aos acessórios uma maior rigidez estrutw·al e prolongar a sua ,-ida
1ítil. te11do-se em vista os desgastes decorrentes da erosão, as chapas de aço com
Na ventilação industrial os dutos são norma lmente confeccionados a partir de as q uais são confeccionados os acessórios de,·erão ser de espessm-a maior do que
chapas de aço calandradas. A Tabela 8.2 apresenta as bitolas das chapas de aço aquelas dos dutos. Assim, o Yalor das bitolas das chapas de aço. recomendadas
recomendadas para a construção dos dutos, em função do diâmetro destes e da para a confecção dos acessórios. deve ser uma ordem de magnitude menor do que
categoria de serviço. aquelas listadas ua Tabela .2. inuicadas para a confecção dos dutos nos quais os
acessórios serão inseridos.
Tabela 8.2: Bitolas U.S. Standard Gauge (U.S.S.G.) recomendadas para as chapas
de aço em função do diâmetro
8.4 Dutos de d escarga
D (cm) A B e
< 20 2-1 22 20 A Figura 8.2 apresenta algwnas formas de projeto para os d utos de descarga
20 a -16 22 20 18 (chaminés). com o intuito de se evitar a entrada ele água de chuva. Os detalhes
-16 a 76 20 18 16 apresentados nu figura evitam a instalação de chapéus, os quais sempre prejudicam
> T6 18 16 l.J a dispersão dos polue111es na atmosfera.
constituídas por simples chapas calandradas com o mesmo raio de curvatura dos
_l_T
dutos, a.Ji.xadas de modo a fechar a abertura quando o sistema de dutos estiver em
operação. A Figura 8.3 apresenta algumas formas construtivas para as portas de 1 o ~ín l12m
inspeção. 1
1
,1 Chapa de dreno
40 ' \ / ~.s, Seção A-A
\, ( A~
8.6 Balanceamento do sistema de dutos ' ) '> /
«(
/ Ay , ._
Diz-se que um sistema de dutos de ventilação está balanceado quando o esco-
amento de ar em cada ramal iguala a vazão de projeto.
~
l'
~
''ÓÓ.
" ·, \
Os projetistas de sistemas de ventilação industrial adotam duas abordagens ao
se proceder ao balanceamento do sistema:
~'" ,z 1,750
1
Dreno
3
3
t = 25,4m ~
• Vantagens:
• Desvantagens:
percentual
m-
Ê!.Pmaior - êi..Pramal X lOO .
1
6 P ma1or
4. alterar o diâ metro do ramal ou introduzir uma pe rda de carga localizada,
como por exemplo a través da inserção de um cone d e equilíbrio. quando
i houver uma diferença superior a 20%:
Tampão Removivel
5. a umentar a vazão quando a diíerença na pe rda de carga ficar situada na
faixa de 5 a 203. A ,·azão corrigida é igual à vazão inicial x ..). P.., ••ºr ·
~ Pramol ·
• Vantagens:
- o elemento humano fica impedido de variar. facilmente, a vazão em
-e-
cada ramal;
Tampão lipo Dobradiça - menor possibilidade de entupimento.
..• '
! --=-=-=--'----
º,~~~~~~~-
• Desvantagens:
.
1.•
b~---=-=-==-=~=-=
---1---
.- ~-..~ f _,,__,/ _~ maior dificuldade no desenvolvimento do proj eto:
- pequena flexibilidade de a lteração de vazões.
Braçadeira Deslizante
!'.\
\- ~ --)
~
Tampão Removível
média i
2 onde:
90º a = O, 53 · ( ÍJ) + O, 094 . ( Í5) 0 · 225 :
b = 88 . (-5)º'\.I;
e= 1 62 · (.!.)0 •13.J.
' D '
e = rugosidade das paredes do duto.
ar t
fu~os 02 a) Determinação dos diâ metros.
Pela equação da contin uidade. Eq. (2.9), resulta:
Figura 8.5: Balanceamento de um sistema de dutos
Solução: .
Q=V·A=V· ( -tr· D-
4
2
) =? D= J4tr ·Q
.V
D2=O, 188m
D2 = 20 cm (adotado)
180 Ventilação I nd ustrial Dutos 181
0. 2 0, 2
b) Determinação do comprimento da transformação.
a= 0. 019
20cm
(
b = 88. ( ~) 0.-14
D
= 88 X (º· 00015) 0,-1-1
0,2
[ ~1-lE b = 3, 711
o
'°
N
e = 1. 62 · ( D
ê)0,13-1
= 1. 62 x (0,00015)º'13-I
0. 2
c=0,6 18
Figura 8.6: Transformação Substituindo-se os coeficientes calculados acima na Eq. (2.19) . obtém-se:
Tendo-se em conta a recomendação feita na Figura 8.1. obtém-se: li = a+ b. !Re} c =O. 019 + 3. 711 . (2. 91 X 105 ) - 0 •618
Ít = 0,02
óPc2 = 26Pa
A perda de carga de entrada do ra mal 2 é dada por:
Correção da velocidade V2 em função do diâmetro 1inal D2. óPe, = K.2 · P,,'2 = O, 93 X -!7 = 43, 7
_ -! · Q2 _ 4 X 0. 278 _
V2- - D
1í .
,, -
2 1í X
,, - 8 , 85
O, 2-
óPe, = -!3, 7 Pa
A perda de carga localizada nà curva de 60 °, com r /d = 2. será:
V2 = 8.85m/s
Cálculo da pressão dinâ mica do escoamento no ramal 2.
P,~
., = -12 · Par ·V,,-- = -21 ?
X 1, 2 X 8, 85-
?
= 46, 99 óPcurva2 = 12. 7 Pa
A perda de carga localizada devido à entrada de ramal será:
P,,,:::::: 47 Pa
Verificação do regime do escoamento. óPramaJ2 = K.2 • Pu2 = O, 18 X -!7 = 8. 46
V2 · D'J 22 x O. 2 _ óPrama/1 = 8, 5 Pa
!Re., = - - - = 5
= 111 .218, 54
- Var 1,5 1 X 10-
Assim. a perda total no ramal 2 será:
!Re2 :::::: 1, 17 x 105 =? Regime turbulento.
·Os coeficientes a, b e e resultam os mesmos do trecho l. uma vez que a rugo-
óPr, = óPc2 + óPe, + óPcurva + D.Prama/3 2 = 26 + -1.3, 7 + 12. 7 + 8. 5 = 90, 9
sidade e o diâmetro desses trechos são iguais. Assim. i:::;.Pr, = 90. 9 Pa
a=0,019 Cálculo da diferença percentual entre as perdas de carga do ramal 1 e ramal 2:
b = 3. 111 .
D(%) 1.1-!0 - 90. 9)
c= 0.618 O = ( l.l-!O X 100 = 92. 033
C;.Pc-i = ~) 2 . L2 = 5. 2 X 5 = 26
%=l5.73m/s
184 Ve ntilação Industrial
Dutos
185
Cálculo da pressão dinâmica do escoamento no ramal 2:
Para este valor do coeficiente de perda a rela - .•
Pu, =~ ·Par · V2
2
= O. 5 X 1, 2 X 15, 73 = 2
148, 46
maior do cone de equilíbrio deve ser: ' çao entre os d1arnetros menor e
di
Pv2 = 148, 5 Pa d2
= O. 55 =>- d
l = o. 55 X d2 = 0, 55 X Ü. 15 = Ü, 0825
Cálculo do número de Reynolds para este novo diâmetro:
di = 8, 25cm
!Re = V2 • D 2 = 15,_73 x O,
2
Var l , ;:>l x
i;
io-
=
156 _258 _28 Consideraudo o cone de equilíbrio mostrado na Figura 8 -, t -
. , emos.
Determinação do coeficiente de perda de carga que este cone de equil íbrio deve
apresentar.
óPce 837. 7 = - 6'
Kce = t v2 2X
2 ·Par· 2
l
1.2X 15, -13-? ;). "
Ventiladores
e
PT\:= P esafda + pi·i · - Pten.trada (9.3)
ou ainda
pressão est á tica do tubo de Pitot-Pra ndt l na saída do ventilador é ligada contra a
saída do tubo de impacto na ent rada deste. Q · PEV
P eazo = - - - - (9.6)
77ue
~_11 :uxo de _,..,,_<_ _ onde:
!f ~"")'~\
1
(
1
:-=
\\\
1
y! Tu~o
lmpocto
de -
P eixo = p otência no ei.xo. 11 ' :
Q = vazão, m 3 / s:
., ~-; P'IT = pressão total do vent ilador, Pa;
-....____: - Venl1lador PEV = pressão está tica do ventilador, P a:
'7ut = eficiência total do ve ntilador:
77ue = eficiência está t ica do ventilador.
Tubo de
hnpact .:> A potência sonom do ventilador, II"&. é a potência sonora lotai, irradiada por
este. expressa e m IV.
O nível de potência sonora do ventilador. N Jl."5 • é expresso em dB por:
NW" = 10 · log (
1 ~~: 2 ) (9.7)
fi![Ufa
o
9. l : Pressão tot al do vent ilador sendo 10- 12 a potê nci a d e referê ncia que gera uma pressão sonora de 20 µPa. numa
esfera de 1 m 2 .
As cu1'Vas características de um ventilador expressam o seu desempenho para
uma dada massa específica do a r. Est as curvas são determinadas em la boratório
(l e obedecem a normas regulamentadoras apropriadas. A Fig ura 9.3 mostra um
r-
1-, - arranjo t ípico par~ o leva n tamento destas curvas características.
T obo de \
Pitot-Prandtl - Expnnsiio IOd
Válvula
~ 8.5d 1 ;- cônica
'D-*~
L_"t .
-Ventilador "'-....
1
_J
I :~.'__,,,:...J....L-_,,,,..___--'11_-~1-;c,___
l~
'-...._Tubo de
impacto 1.- " ----;·, .~I _Tubode
\ .....__.. ' , 1 1 Pi1ot-Prand1l
"~: ' Homogenizador 1
....._____,.. - de flu xo L_Seção trans~crsal
1 1
I
llP I
llO
1 1 1 1
1 1 1 /I I
00
1 "EV 1 1 1 ....... 1
....... ~
1 1 i-- 1 1 1 ./ 1 /
'l
1 ~ 1 1 / 1 V
Ef,c:!ncta
1
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' ',..,, v_,"' .... .r
V
"° / /
50
~ I
1/' 1 1
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.....
' ~
_./"'
'° ""
I 1 /
~
. 1/ / 1 j 1\.
w
o 1 Á~nc;a 1
30
I .r 1 '\. Fig w·a 9.5: C urva do sistema
:3CI
:o
à: l/v '\
ll
"'/ I'\.
I 1 ~
1
sentados os principais t ipos d e ventiladores centrífugos e axiais. bem como suas
J
Vazão características de funcionamento.
Figurn 9A: C urvas características de venti ladores A Figura 9.6 esquematiza o ·ventilador centrífugo de pás radiais. É um ven-
tilador robusto, indicado para movimentar ar com grande carga de particulado;
entretanto. s ua eficiê ncia é baixa.
senta tuna famfüa de curvas parabólicas e são referidas como curvas características 1 / Xl e:
/ o.!!!
do sistema. A Figura 9.5 mostra um exemplo. 1
L _ _ _ _ _ ........ / ""
Ili o
e:
Ili<(])
....
Q) -o
Deve ser salientado que a resistência apresentada ao escoamento por um sis- a_ a_
tema não é obrigatoriamente fi..xa. A adição de novos componentes, a variação da Vazão rr?!s
abertura de ,·áfrulas reguladoras, a deposição de material particulado em meios
fil trantes. bem como outros fatores , modificam esta resistência. a lterando portanto Figura 9.6: Ventilador centrífugo de pás radiais
o coeficiente IC,.v.
9.2 Tipos d e ventiladores >la Figma 9.7 é apresentado de modo esquemático o ventilador centrífugo de
pás inclinadas fXJ.Ta frente. Apesar de ter uma eficiê ncia mais elevada que o de
Dentro de wna classificação mais a bra ngente. há praticamente dois tipos de pás retas. não é adequado para trabalhar com a r contendo material partic ulado.
,·entiladores: Os uentiladores centrífugos e os t•entiladores axiais. Apresenta porém a vantagem de ocupar pouco espaço. Este ventilador é bastante
utilizado na ventilação geral diluidora e na ventilação para conforto. uma vez que
Nos venUladores centrífugos o escoamento é s ubstancialmente radial, enquanto nestes casos o ar insuflado para dentro do a mbiente está praticamente isento de
nos ventiladores u:tiais este é praticamente pa ralelo ao eixo. A seguir são apre- particulados.
Ventiladores 193
192 Ventilação Industrial
/- - . ,
,,,,,,,.-- .........
aerodinâmico do que o a nterior e também com a presença do tubo axial. Para
aumentar ainda mais a eficiência deste tipo de ventilador, aletas endireitadoras do
escoamento poderão ser afixadas internamente ao tubo axial.
0
De uma maneira geral, os ventiladores a.xiais são menos eficientes e mais rui-
f \ dosos do que os ventiladores centrífugos.
r @ \
'
1 I
I
1
1
L ____ .-""'
/
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Vazão nils
o<1J o)(
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o ..!!!
"11 o Vazão m!/s
UI C
UI <4l
w -o
....
a. a.. Figura 9.10: Ventilador tubo a.xial
Vazão mYs
>ia Figura 9.9 é mostrado de maneira esquemática um ventilador axial pro- 9. 3 Le is dos ventiladores
pulsor. o qual é indicado para movime11tar grandes vazões de ar com pequenos
diferenciais de pressão. Apresenta como vantagem grande simplicidade constru- As leis dos ventiladores são decorrentes da apLicação da teoria da simiJaridade
tiva e por conseguinte baixo custo. Sua instalação é feita, normalmente, sem duto. às máquinas de fluxo. Podem ser resumidas como segue:
É bastante utilizado na ,·entiJação geral diluidora.
Fina lizando. a F igura 9.10 esquematiza um uentilador tubo axial. Ele trabalha a) Ventilador trabalbando com ar com mesma massa específica. (p = ele.). porém
com diferencia is de pressão maiores do que o axial propulsor. apresentando ainda com rotações diferentes:
um maior rendimento. Isto é conseguido graças ao rotor com pás de perfil mais
Ve ntilação Indus trial Ve ntilado res 195
194
Estas leis devem ser aplicadas com um certo cuidado. uma vez que para grnndes
variações de vazão e tamanhos muito diferentes de rotor. a similaridade deixa de
(9.9) existir.
(9. 10)
9.4 Conjunto sistema-ventilador
(9. 11) Um ventilador ao ser conectado a um sistema de d utos apresenta uma vazão
proporcional à perda de carga produzida pela tubulação, de acordo com a Eq.
(9. 12) (9.8). Por conseguinte, se as curvas características do ventilador e do sistema
de dutos forem plotadas em um único diagrama. como exemplificado na F igura
9.11, a vazão de ar fornecida pelo ventilador corresponderá ao ponto de interseção
das duas curvas. Neste ponto, o acréscimo de pressão produzido pelo ventilador
Sendo n 1 , n 2 = rotações dos ventiladores. rpm equilibra a resistência ao escoamento oferecida pelo sistema de tubulações.
b) Ventilador trabalhando com mesma rotação (n = cte.), porém com massas
específicas diferentes para o ar:
(9. 13)
Q1 =Q2
P EVi Pi (9. 14)
- -=-
P EV2 P2
P esa:o PL (9. 15)
- -1 = -
P eia:o2 P2
N l-r,,1 = N1V.,1 + 10 log (P'.l) (9. 16)
Pi
Vazão de operação o
~·mdo Pl, p2 = massas específicas do ar Figura 9. 11: Ponto de equillbrio ventilador-sistema
c) \"entiladores geometricamente semelhantes. trabalhando com mesma rotação
(11 = cte.) e com massas específicas iguais (p = cte.):
Deve ser ressal tado q ue as condições reais de operação de um ventilador conec-
tado a um sistema de tubulações podem ser bem diferentes das condições de teste
em laboratório, fazendo com que. mui tas vezes. seu desempen ho na condição real
(9. 17)
resulte diferente daq uele pre\·isLo. uti lizando-se as cw-vas ou tabelas de desempe-
nho do mesmo. Tal ru\·ergência. resu lta. principalmente. da presença de acessórios.
(9.18) tais como cun-as. transformações etc.. instalados muito próximo à sucção do ven-
tilador. A presença destes acessórios próximos à descarga resulta também em
(9. 19) desvios de desempenho; porém. de meno r magnitude.
(9.20)
Exemplo 9.6.1
Um ventilador cent.rífugo tem wna entrada de 60 cm de d iâmetro e uma des-
carga de 50 cm x .J.O cm. Aspirando ar-padrão. a pressão estática (de pressão) na en-
<O trada do ventilador é ele 27 mmH2 0 e a pressão estática na saída é de 15 mmH?O.
~ A pressão de velocidade na descarga é de 6 mmH 2 0. J\fedições efetuadas no 1~o
o
10: tor elétrico trifásico de acionamento. acoplado diretamente ao eixo do ventilador
"'"'...
li) indicaram uma tensão de 38011 e uma corrente de 2, 2 ...t. Determina r: '
e..
a) a vazão de trabalho;
Vazão
b) a pressão total do ventilador:
· Figura 9.12: Curvas características de dois ventiladores em série
e) a pressão estática do ventilador;
d) a eficiência total do ventilador.
• Associação de ventiladores em paralelo.
Solução:
Q uando dois ventiladores são ligados em paralelo. a pressão total proporcionada
pelos ventiladores é única. sendo somadas as suas vazões indi viduais. A Figura
9.13 apresenta as curvas características típicas de um ventilador e as resultantes DADOS: Condições de funcionamento do ventilador:
da associação de dois ventiladores idênticos. em paralelo. P ee = -27 mmH20 = -27 x 9.81 = -26-1, 7 Pa
P ea = 15 mm H20 = 15 x 9. 1 = 1-17, 15 Pa
rY>- Ventiladores Pt·a = P IT = 6mmH20 = 6 x 9. 1 =5 .c6Pa
3
~ idênticos Par = l. 2 kg/ m
E= 3 0 1·
B
1= 2,2 ...t
o
De= 60cm
""'"'
"':.> .-1., = 50 cm x -10 cm
e:
DETER~ll:\AR:
Vazão
a) a vazão. (Q):
Figura 9.13: Curvas características de dois ventiladores em paralelo b) a pressão total do ventilador. ( PTV):
• Cálculo da nova rotação, n3, que faz produzir uma pressão estática do ventilador
de 25mmH 20. com o ar na temperatura de lOO ºC. Para tanto a rotação deverá
ser conigida pela Eq. (9.10).
Ventilação Industria l
202
E' / = -lOO
~ X
~?5
-=--= = -l50. 6
P El/2 19.'
n3 ~ 451 rpm
• Ganhos de calor.
- por com·ecção junto à superfície da pele. quando a temperatma do ar de quinze centímetros de diâmetro, tendo sua s uperfície externa pintada de pret
fosco. o
for superior à da pele;
por produção interna de energia em nível celular. decorrente do meta- Pa ra t~abalhadores que ficam expostos à radiação solar direta 0 índice IBUTG
bolismo. envol_ve ainda a medição da temperatura de buJbo seco do i:.r indicada p 1
termometro da Figura 10.l (c) . ' eo
Assim sendo, de acordo com a NR-15 (1978). Anexo 3. tem-se:
• Perdas de calor.
• Ambientes internos o u externos sem carga solar:
- pela vaporização do suor. produzido pelas glândulas sudoriparas;
- por radiação entre as superfícies próximas e a pele. q uando estas tem- IBUTG =O, 7Tbn + 0 , 3T9
pera.tmas superfícjais são inferiores à da pele: (10.1)
por convecção junto à superfície da pele. quando a temperatura do ar
fo r inferior à da pele.
Como resultado deste baJanço energético. trés situações podem ocorrer: Se as TBN TG TBS
perdas de calor uJtrapassarem os ganhos. ocorrerá uma diminição na tempera-
tura dos órgãos iuternos. Por outro lado. se os ganhos ultrapassarem as perdas.
. ( f\
a temperatura dos órgãos internos experimentará uma elevação. Os fisiologistas
admitem uma elevação-limite para a temperatura dos órgãos internos a até. aproxi-
madamente. trin ta e oito graus centígrados. pa ra regime de trabalho in termi teute.
Temperaturas dos órgãos internos acima deste \·alor implicam sérios riscos para
. u
(a) Tcrmõmcuo
de bulbo Umido
lb) Tennõmc:ro
de globo
(e) Termômetro
de bulbo seco
a saúde física do trabal hador. Fina lmente. se os ganhos de caJor ig ualarem as runural
perdas. a temperatura dos órgãos internos permanecerá constante. em torno ele
LTinta e sete graus centígrados. F igufa 10.l: Termômetros para determinação do IBUTG
• Limites de tolerância para exposição ao calor. em regi me de trabalho inter- Tabela 10.1: Descanso no próprio local de trabalho
mitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de sen ;, ço.
Regi me de trabalho T ipo de a tiddade
Nestas situações deve ser consultada a Tabela 10.l. Intermitente (por hora) leve moderada pesada
• Limites de tolerância para exposição ao calor . em regime de t rabalho inter- Trabalho contínuo até 30.0 até 26.7 até 25,0
mitente com períodos de descanso em out ro local termicamente mais ameno. 45 min de t rabalho
30,l a 30,6 26,8 a 28,0 25,l a 25 ,9
com o tra balhador em repouso ou executando um trabalho leve. Nestas 15 min de descanso
30 min de trabalho
situações deve ser consultada a Tabela 10.2. onde: 30,7 a 31,4 28.1 a 29..! 26,0 a 27,0
30 mi n de descanso
15 min de traballio
TI = Aft X lt + AJd X ld (10.4) 45 min de descanso
31,5 a 32,2 29.5 a 31.l 28,0 a 30,0
l 60
Não é permitido o
IBUTG = 1 BUTGt x tt + 1BUTGd x td (10.5) trabal ho sem a adoção
acima de 32.2 acima de 31,l acima de 30,0
60 de medidas adequadas
de controle
onde:
AJ = taxa de meta bolismo no local de trabalho. de acordo com a Tabela 10.3:
1
Ald = taxa de metabolismo no local de descanso, de acordo com a Tabela 10.3: 10.5 Medidas de controle
4 = soma dos tempos, em minutos. em que o trabalhador permanece no local de
As opções de controle sobre as condições de trabalho que envolve a saúde do
trabalho: trabalhador são apresentadas a seguir, na ordem dec1·escente de prioridade:
· td = sorna dos tempos. em minutos. em que o trabalhador permanece no local de
descanso. • Eliminação dos riscos que afetam a saúde do trabalhador.
As tabelas citadas acima são pertinentes ao Anexo 3. da l\"R-15. O intervalo de As soluções são muito rad icais e s ua implementação nem sempre é possível.
avaliação. tt + td. deverá ser sempre de 60min corridos e de,·erá corresponder ao Devem ser•adotadas_ quand? a saúde dos traballiadores fica seriamente ameaçada
período mais desfavorável da jornada de trabalho. ou quando se torna 1mposs1vel atuar sobre o ambiente ou sobre o próprio pes-
No caso de condições variáveis com o tempo. como a situação apresentada na soal.
Figura 10.2. a norma [S0-72-l3 (19 9) estabelece que o índice IBUTG. para a
avaUação de um ambiente quente. deYe ser a maior média ponderada pelo tempo.
de um interualo de 60 min. Tabela 10.2: Descanso fora do local de trabalho
IB UTG = L,i (t,. J BUTG ,) (10.6)
L, , t, l\l (kcal/ h) ~láximo J B UTG
350 26.5
.JOO 26.0
-150 25,5
500 25.0
1 bom Tempo
Tabela 10.3: Taxas de metabolismo por tipo de atividade res ultando numa excessiva troca de calor por racliação. Nestas sit ua -
nunca se deve esquecer que a penas a troca ou movimentação do a ~
Tipo de Atividade J\J (kcal/ h) r esoh·e o problema. O procedimento ad equado é a ins talação de b r ~ao
entre a a· · · d. a rre1ras
: ~ s uper c1es 1rra iantes e os trabalbaclores. iso lamento térmico das
Sentado em repouso 100 superfic1es quentes e. se for o caso. sombreamento das s. u ·fi' ·
· . d" - .
1 clireta. per c1es expostas
Trabalho leve a ia 1açao soar Out ra solução possível de ser ut 1·1 · d
· "dºfi - 1za a com s ucesso
Sentado. movimentos moderados com braços e tronco e a um1 1_ caçao. pelo lado exter?o,. de cobert uras altamente irradiantes.
(ex.: datilografia)
125 Qua ndo ~ao se pod~ a~ot~ estas tecrucas. de,ido a problemas estruturais da
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas construçao dos panlhoes md ustriais ou em função das di·m - d
150 [í . d ensoes o espaço
(ex. : cfuigir) stco. po e-se tentar resolver o problema utilizancl"-se 0 cond· ·
d f li . · " 1c10namento
De pé, trabalho leve, em máquina 011 bancada. e a r oca zado. por meio de condicio nadores de ar tipo Spot Cooling
150 mostrado na Figura 10.3. •como
principalmente com os b raços.
T raballio moderado
Sentado, movimentos vigorosos com os braços e pernas. 180
De pé. trabalho leve em máquina ou ba ncada,
175
com a lg uma movimentação.
\-
De pé. traba lho moderado em máquina ou bancada,
220
com alguma movimentação.
Em mo,·imento, trabalho moderado de levantar ou
300
empurrar.
Trabalho pesado
Trabalho interruitenle de levantar. empurrar
-140
ou arrastar pesos (ex.: remoção com pá)
Trabalho fatigante 550
É quase sempre possível. através da ventilação, atuar sobre a qualidade. nfrel • M edidas sobre o pesson.L
de temperatura ou de umidad e do ar . í:"reqüeutemente o problema de tensão
térmica é. na realidade. um problema de temperaturas superficiais elevadas, Do ponto de vista <lo pessoal. pode-se identificar os seguintes fa tores passíveis
de controle:
210 Ve ntilação Indus trial Avaliação e contro le d e ambie n tes quentes
2U
Seleção adeq uada. do ponto de vista médico, rec ruta ndo pessoal hu- RESOLUÇ.ÃO:
mano que apresente condições físicas condizentes com a ti vidades exer-
Equação básica:
cidas em ambientes ad versos.
- AcLi matação lenta e grad ua l do elemento huma no com as atividades
IBUTG =O. 7 nri + 0.3 Tg (10.I)
exercidas em temperaturas elevadas. Deve ser ressaltado que nos períodos • Determinação do índice IB UTG.
de férias, o elemento humano perde a capacidade de suportar as a tivida- P eJa Eq. (10.1), resulta:
des em ambientes ad versos. de,·endo. porta nto, no retorno ao t rabalho.
ser submetido a um nm·o processo de aclimatação. I BUTG = O 7T,b +O 3 T.
· n ' 9 = O· -( X 2 _f +O. 3 X 36 = 29, 7
- E."àgir q ue se cumpram as pausas para recuperação. previstas na le-
gislação. de modo que a temperat ura d os órgãos internos do trabalhador IBUTG = 29. 7 ºC
não uJtrapasse o valor má.~mo admissível. • Ciclo de t ra ba li10 e descanso.
- Uso de roupas com proteções adequadas. compa tíveis com as condições
do ambiente de tra balho. 3 min + 4 min + 3 min. = 10 min
Cso de óculos com filtro infravermelho. nos locais onde sejam exercidas Em l h teremos wn total de seis ciclos. com
ati,;dades reJacionadas com fund ição o u com banhos eru tempera tw-as 36 min de trabalho
mui to elevad as. 24 min de descanso
- Controle médico periódico do elemento humano q ue exerça a ti,; d ade em
a mbientes ad,·ersos. se possível. com o mo nitoramento da temperatura P~la ~abela 10.l (NR-15 - a nexo 3). o limite de tolerância é:
timpânica de cada trabal hador. l o mm de t ra ba lho
45 min de descanso
para que a carga atinja a temperatura desejada. sem sair do local de lraba lho. e
gasta outros 3 min pn.ra descarregar o forno. Est e ciclo de t ra balho é cont inua-
mente repetido d urante o t urno de trabalho. A partir de medições efet uadas no
local foram registrados os seguintes parâmetros: Exe mplo 10.6.2
T9 = 36 ºC Determina r se há ocorrência de insal ubridade na seuLúnte sit ua -
Tbn = 27 º C wn trabalhador desenvolve suas t' "d d <> · çao de trabalho:
a 1v1 a es em um ambiente d d 30 .
Ati,·idade moderada ocorre urn derrama mento de materiaJ 'd . . on e a ca a min
5 mine d urante a me . . • aqueci o em hngoteiras; es ta operação d ura
Solução: Nestes inter valos de t::~ ° ~~l:JVJd·~~ ddesen\'olve u~n t rabalho pesad o (500kcal/ h).
0
'L :; regis ra os os segwntes parâmetros:
en1peraLura de Glo bo = 33 ºC
DADOS: Temperatura d e globo e temperatura úmida nat ural. Temperatura úmida natural = 3? ºC D t
T9 = 36 ºC . - uran e o restante do período. o indi víduo
exeGcul ta wn t rabalbo leve ( 150 kcal/ h) e as medições mostra m o seauinte· Temperatura
Tbn = 27 º C d e obo = 2 ºC "' ·
Atividade moderada
Temperat ura úmicla natu ral = 20 ºC
DETERt\ fDiAR: o índice IB UTG para verifi car se há a ocorrência de insalubridade Sol ução:
na execução do trabalho proposto.
Ventilação Industrial Avaliação e co ntrole d e ambie ntes que ntes 213
212
I~
Tbn = 20 º C 30 5 20
Av:ilmçiio (60 mm) . 1•cmpo (min)
DETERMINAR: o índice J BUTG médio para verificar se há ocorrência de insa-
Figura 10.-1: Ciclo de trabalho e de d escanso
lubridade na execução do t rabalho proposto.
Pela Eq. (10.1). resulta: OBSERVAÇÃO: Deve ser observado que neste exemplo a equação utilizada para.
o cálculo do índice IBUTG foi a recomendada para ambientes internos, sem carga.
solar. Além disso. o regime de trabalho é intermitente com período de descanso
J BUTGd = O. 7Tbn + 0 , 3T9 =O. 7 X 20 ..L 0.3 X 2 = 22.-1 em outro local ele trabalho.
I BUTGd = 22. -l º C
Capítulo 11
Medições em ventilação
industrial
11.1 Introdução
Normalmente são efetuadas medições em instalações de ventilação industrial,
tendo-se em mente os seguintes propósitos:
• Testes de aceitação.
Os testes de-aceitação são norma lmente efetuados qua ndo da entrega ou re-
cebimento de novos equipamentos e/ou sistemas, com o intui to de se verificar
se os parâ metros de funcionamento destes conferem com os especificados no
projeto.
balanceamento dos rotores de ventiladores. inferências qua nto ao estado de vis~a a ~_ção transversal deste ser perpendicular ao escoamento. Já 0 tubo de
correias e mancais dos ,·entiladores etc .. para ma nter o funcionamento-padrão maior _d~amentro mede a pressão estática do fluxo, urna vez que os furos na
do equipamento e/ou sistema . superfic1e lateral do t~b~ (ver o det~e do cor te A-A) são paralelos à direção
do .escoamento. Os sma1s de pressa.o deste dispositivo são transmitidos por
meio de mangueiras a um manô metro de coluna, como mostrado de maneira
11.2 Natureza das medições esquemática na Figura 11.2. A diferença das alturas manométricas mede a
pressão de velocidade do escoamento, dada por:
Na ventilação industrial as medições estão relacionadas basicamente à:
Estas medições normalmente são realizadas pelo pessoal das áreas de higiene
do trabalho e poluição ambiental e reportam-se basicamente às medições de onde:
concentração de contaminante na descarga para a atmosfem dos sistemas de
ventilação, no interior do ambiente ventilado o u mesmo nas vizinhanças de Pm = massa específica do fluido manométrico utilizado, kgj m3:
uma instalação indus trial.
Par = massa específica do ar em movimento, kg/ m3:
• Obtenção de infonnações relatii•as ao escoamento do m·. g =aceleração da gravidade local. m/s 2 :
Estas informações interessam mais de perto ao pessoal ligado à engenharia ó.E= diferença de altw·a de coluna manométrica. m:
de ventilação industrial. As medições efetuadas são basicamente:
P, = pressão total ou de impacto do escoamento. Pa:
- i\fodições da velocidade do ar: Pe = pressão estática do escoamento, P a:
- !\.{edições da vazão de ar em dutos. captores o u equipamentos:
V= velocidade local do escoamento em uma dada linha de corrente, m/s.
- Medições elas pressões do escoamento em pontos esp ecífico do sistema de
tubulações. ou da queda de pressão através de equipamentos ou dutos.
O t ubo de Pitot.-Prandtl associado a um manômetro de collllla forma um
A seguir são apresentados alguns dos dispositivos freqüentemente utiUzados dispositivo de medição de velocidade. permitindo ainda se obter os valores
para se proceder à determinação dessas grandezas. de pressão estática e pressão total. com a vantagem adicional de dispensar
calibração.
90t1•
-----
Scçã1' A-A
Figura 11.3: Velômetro
~- Pressão es1áúca
baixas velocidades e pouquíssima perturbação do escoamento, cuja veloci-
1 ~ Pressãototal dade se quer medir. Em contrapartida, apresentam o incoveniente de serem
extremamente frágeis.
• Anemómetro de pás.
Figura 11.l: Tubo de Pitot-Pra ndtl - ASHRAE. American Society of Heating.
Refrigerating and Air-Conditioning Engineers. Inc. (1985) e A11CA-203-90 (1990) O anemômetro de pás mostrado na Figura 11.6 é um dispositivo destinado
a medir a velocidade média de um escoamento de ar junto à entrada de
captores. bocas de insuflamento etc. Seu princípio de fwicionamento está
baseado na rotação de um sistema de um pequeno rotor em torno de um
eixo, como resultado da passagem do .fltL'\'.O. Cada freqüência de rotação do
rotor corresponderá a uma velocidade do escoamento.
Exaustão
- Áreus concémricas { Centro dus :ireas Motor de rolllção vnri:ivel de 500 a 3670rpm 1
iguais Cone regul;1dor de vazão, i
/ 1 • 1 • : • 8 12.Smm 279..Jmm 1778mm ' ~\
-t---t - - -
' , \
r~:;,m'"''"
• 1 • 1 •
- -t--..L __ _
• 1 • 1 • 1
- 1- - -1---- .'-..... 1 -- 1 1
• 1 • l •
j t,'1~ 7" .~ Placa de
-~ : ·--'-~-&------
1 \ ....-- Flange
.!. 16 a 64 áreas \_.cf'u bo de plástico
\\_ Centro de áreas retangulnres iguais Entrado suave
concêntricas iguais Manôme lro incl inado
F ig w·a 11.8: P laca de orifício Esta t écnica permite t a mbém determinar a \·elocidade do escoamento no inte-
rior de t ubulações, uma vez q ue 11. vazão pode ser determ inada pe lo procedimento
descri to a cima.
11.5 Calibração dos m edidores de velocidade P ermite ainda inferir sobre a mo \·imentação do a r em recintos (públicos e re-
Com exceção do tubo de P itot- Prandtl, por ser um instrumento de medição sidencia is) e em pavilhões ind ustria is. bem como de tectar a exis tê ncia de curto-
circuitos em ins talações de ,-ent iJnção ind ust ria l.
primária. todos os d emais medidores de velocidade necessitam de calibração. A
F igura 11.9 mostra o arra njo de uma ba ncada para calibração de uma placa de
oriHcio, ut ilizando-se um tubo de P itot-Pra ndtl em conjunto com um ma nó metro 11. 7 V isualização d e escoamentos
de colun a . O tubo de P itot-Prandtl não est á representado para proporcionar ma ior
cla reza na fig ura. É u111a t écnica a1Lxi liar mui lo utilizada em medi ções na vent ilação indus trial.
A Figura 11.10 apresenta a lgumas recomendações pa ra a ins tala ção dos ins tru- Perrni te a o bser vação e a estimativa da intensidade de movime ntação dos conta-
mentos a serem calibra dos na bancada de calibraçã o. mi na utes e também a lLxilia na indicação dos locais de medjçâo.
224 Ventilação Ind ustrial Medições e m ventilação industrial 225
$30cm
• Lâmpada de pó.
Como apenas, part ículas maiores do q ue 25 µm (aproximadamente) podem
ser vistas a olho n u, t écnicas especiais devem ser usadas para se est udar nu-
vens de partículas fi nas. Uma das mais conhecidas é a da lâmpada de pó, que
tem como princípio de funcio na mento o efeito Ty ndall como é apr esentada
- S..'Çiio de teste na F igura 11.11.
1 -Tela
Trabalhador
-~==~~=:====F~~T""'.== \.
Observador
l
1
• Gerador de f umaça.
Nesta técnica de visualização, o elemento identificador é normalmente gerado
a pa rtir da combustão de substâncias. cujo produto é uma nuve m de fumaça
226 Ve ntilação Industrial M edições em ventilação industrial 227
11.8 Exemplo
Diluição de contaminantes
na atmosfera
12.1 Introdução
Na ,·entilação local exaustora. é comum o lançame nto de a r contaminado na a t-
mosfera. através d e chaminés. Esta conta minação presente no a r deve-se à a usência
de equipa mentos coletores ou. ai nda. à limi tação da eficiência dos coletores em
níveis economicame nte viáveis. O conheci mento de como estes contaminantes se
disp ersam na atmosfera permite uma estimativa dos seus níveis de concent ração na
vizinha nça. e se estes níveis de concent ração n ão ult rapassa m os valores máximos
permitidos. normalmente fixados por legislação específica. Cm mod elo bastan te
difundido na literatura especia lizada é aquele baseado na equação de Pasquili-
Gifford, a presentado a segu ir.
H(':,H)'] H(~.H)']}
~ 4/8 de nuvens baixas nuvens
(12.1) <2 A A-B B - -
{ exp + exp = 2-3 A- B B e E F
3 -5 B B-C e D E
5-6 e C-D D D D
>6 e D D D D
onde: A) mstável/ mtensa D) neutra
B) instável/ moderada E) estável/fraca
x y z = coordenadas espaciais do ponto onde se deseja estimar a concentração C) instável/ fraca F ) estável/ moderada
(;e~orte-se à Figura 12.1). m: (*) Velocidade do vento, em m/s. medida a 10 m de altura do solo
3
c(x, y, z) = concentração de contanúnante. g/ m : (**) O nivel de nebulosidade é definido como a fração do céu acima do
à= emissão de contaminante. g/s : horizonte aparente que está coberto por nuvens
V =velocidade do vento no topo da chaminé, m /s:
Notas:
H = altura efet iva de emissão, m;
u y· <J: = desvios médios da distribuição de concentração nas d ireções Y e z, m. • a insolação, l. é a taxa de radiação solar incidente por unidade de superfície
terrestre:
• insolação fo rte COlTesponde a I > 700 wm- 2 :
• insolação moderada corresponde a 350 ~ I ~ 700 Wm - 2 :
• insolação leve corresponde a I < 350 Wm- 2 :
• para A-B, B-C etc. tome a média dos valores de A e B. B e C etc. para as
variáveis que dependem desta classificação:
• noite refere-se ao período de 1 hora antes do pôr-do-sol até 1 hora antes do
alvorecer:
• indiferentemente à velocidade do vento. a categoria neutra, D, deve ser as-
sumida para condições encobertas durante o dia ou durante a noite e para
quaisquer condições de céu durante a hora precedente ou seguinte à noite.
H Os parâmetros ay eª• são obtidos da F igura 12.2 e da Figura 12.3. respecti-
vamente. Bisson (1986). em função da coordenada x. medida a partir da fonte, na
direção predominante do vento e da categoria de estabiHdade atmosférica, apre-
sentadas na Tabela 12.l Bisson (1986).
1.000
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1.000 10.000 100.000 100 1.000 10.000 100.000
100
0 1stãncia ao longo do ...ento (m)
Oislimcla ao longo do vento [m }
Fig ura 12.2: Va riação de ay com a distância Figura 12.3: Variação de a z com a distâ ncia
(12.4)
!:::.H = d ( \ ~
i· ) 1.~ . [ + (T" -T.
1 T,, ar
)] (12.3)
onde:
V = velocidade do vento no topo da chaminé. m/s;
onde: Vo = velocidade do vento medida em outra cota, m / s:
Hc = altura física da chaminé. m : Hc = altura física da chaminé. m :
d = diâ metro interno do topo da chaminé. m : H0 = altura na qual a velocidade do vento foi medida ( utmza-se normalmente a
F = ,-elocidade do ve nto no wpo da cha miné. m/ s: cota de lOm);
\,~ = velocidade de saída do ar contami nado. m / s: e = constante empírica, função das categorias de estabiLidade de P asquill, obtida
Tar = tempera(,ura absoluta do ar , 1\: da Tabela 12.2.
T$ = tempera tura a bsoluta do ar contaminado. K .
236 Ventilação lndustdal Diluição d e contaminantes na atmosfera 237
12.5 Exemplo
a) Caracterização da estabilidade. Tendo-se em conta que a insolação é moderada
y = O, Om;
==0, 0m. ~H = 2 X (~)
9. 1
1.
4
X (1 + 323 3 3
- 0 )
323
= 6 4m
•
DETER.\UN AR: a concentração na posição (.r, y. =) = (1.000. O, O).
RESOL UÇÃO: e pela Eq. (12.2) a altura efetiva da chaminé resulta:
Equações básicas:
H = Hc + ~H = 200 + 6, 4 = 206, 4
.·exp [-~(_]/_)
2
c(.r.y . .:)= G
2·7i-.Uy·U= ·l 2
]x
Uy
H = 206, .Jm
{ [ 2l(.---;;;----
: -H) l(z+ R)
2 2
exp - ] + C.\.'lJ [ - 2 ---;;;---- ]} ({ 12.1) eq uação de Pasquill-Gifford. é necessário determinar os d esvios médios d as dis-
tribuições ele concentração nas direções ay e U z . Seus valores são obtidos das
Fig uras 12.2 e 12.3 da apostila. entrando-se com a distância ao longo do vento.
238 Ventilação Industrial
Referências
x = 1.000m. subindo uma vertical até a curva correspondente à curva de estabili-
dade e. ptLxando-se daí a horizontal até o eixo das ordenadas, lendo-se o valor de
cry ou"z· Para este exemplo, obtém-se:
Cly ~ 110 } .
crz ~ Desvios
70