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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

ANNA CAROLINA DE SOUZA NICOLLI DE AZEREDO

DANIELLY FERREIRA SILVA CYPRIANO

RELATÓRIO: 2: DENSIDADE RELATIVA DE LÍQUIDOS E SÓLIDOS:


MÉTODO DO PICNÔMETRO

Disciplina: Físico-Química II

Professor: Breno Nonato de Melo

SÃO MATEUS

2021
1. INTRODUÇÃO
Os estados da matéria podem, de forma simplificada, ser agrupados em
sólido, líquido e gasoso, de acordo com a imagem abaixo:

Figura 1 – Estados da matéria (H2O) e suas respectivas dispersões moleculares

https://i0.wp.com/www.infoescola.com/wp-content/uploads/2011/10/estados-materia.jpg

A distinção desses três estados pode ser designada através da


densidade específica (equação 1), pois geralmente, a densidade dos gases é
menor do que dos líquidos, que por sua vez é menor do que dos sólidos.

Sabe-se que a densidade é uma grandeza intensiva, ou seja, independe


da quantidade de matéria. Porém, pode variar de acordo com o tipo de
substância em determinada pressão e temperatura.

Dito isso, existem três tipos de densidades, a primeira é classificada


como massa específica ou densidade absoluta de uma substância (exclui poros
permeáveis), que pode ser definida
por:

(1)

Tem sua unidade no Sistema internacional definida como kg/m³, porém


usualmente usamos g/cm³ ou g/L.
Já a densidade aparente, é a relação entre a massa e seu volume, esta
inclui poros permeáveis, é normalmente utilizada na medição do solo, madeiras
e espumas.

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Por último, há a densidade relativa, que é a razão da massa específica
entre duas substâncias, em que uma delas (p2) é tomada como referencial, ou
seja:

(2)

Normalmente, utiliza-se a água como este padrão, pois é mais conveniente


visto que a sua densidade absoluta, em temperatura ambiente (25°C), é de
págua = 1,00 g/cm3.

A partir dos conceitos apresentados, pode-se entender melhor o que


concerne a picnometria. Esta é uma técnica laboratorial muito difundida para
medições de massa específica e densidade relativa de líquidos, podendo
também ser utilizada para determinar a massa específica e a densidade de
sólidos.

Esse método utiliza o picnômetro, uma vidraria que contém um fluido de


volume invariável e que possui um baixo coeficiente de dilatação, tem uma
abertura suficientemente larga e tampa muito bem esmerilhada perfurada na
forma de um fino tubo longitudinal, análogo à imagem abaixo:

Figura 2 – Picnômetro

https://azeheb.com.br/media/catalog/product/p/i/picnometro-sem-termometro-50ml-
azeheb.jpg

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2. OBJETIVOS
Este relatório visa abordar o conceito geral de densidade e utilizar o método
dos picnômetros para medir a densidade relativa dos líquidos (etanol e
butanol), de sólidos metálicos (chumbo e estanho) e das ligas, além de
determinar a composição de suas misturas binárias

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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais utilizados neste experimento foram:

• Picnômetro, com um termômetro na tampa;


• Balança analítica;
• Água destilada;
• Butanol e etanol;
• Estanho e chumbo.
Previamente a qualquer possível experimento realizado, toma-se os
seguintes cuidados:

• Proteger o picnômetro com papeis absorventes


• Caso ocorra bolhas de ar, remover da superfície interna do
picnômetro
• Lavar devidamente o picnômetro ao trocar os líquidos utilizando na
última lavagem o líquido da pesagem seguinte.
• Secar o picnômetro externamente evitando tocá-lo puramente com
as mãos

3.1. Parte A – Calibração do volume do picnômetro


Nesta etapa, mede-se a massa dos picnômetro vazio na balança analítica,
em seguida, preenche-se com água de forma a evitar o surgimento de bolhas,
e então, é tampado e mantido no banho por cerca de 10 minutos a 25°C. Após,
seca-se a parte externa (com papel poroso, por exemplo) e determina-se a
massa do picnômetro com água, e por fim, descarta-se a água.
A massa de água no interior do picnômetro pode ser medida através da
seguinte relação:
Mágua = Mpic+água – Mpic
Sabendo que a temperatura do laboratório é de 37°C, e para utilizar a
densidade da água como parâmetro para medição do volume do picnômetro,
necessita-se olhar a densidade absoluta da água respectiva à temperatura no
Handbook.
Considera-se o volume da água equivalente ao volume do picnômetro,
portanto, podem ser relacionados da seguinte forma para concluir a sua
calibração:

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3.2. Parte B – Medidas da densidade de líquidos: determinação da
densidade do etanol e butanol
Levando em consideração a necessidade dos cuidados estabelecidos
anteriormente, com a massa do picnômetro puro e com dos líquidos anotadas,
por subtração, pode-se obter a massa em gramas dos líquidos.
Mlíquido = Mpic+líquido – Mpic
Sucessivamente, para o cálculo da densidade, considerou-se que o
volume do líquido é igual ao do volume do picnômetro, sendo assim:

plíquido = Mlíquido
Vpic
Para encontrar a composição referente à solução problema, da mistura
etanol/água (solução A e solução B), fez-se necessário a criação de um gráfico
da curva de calibração que será explicado nos resultados obtidos.

3.3. Parte C – Medidas da densidade de sólidos (estanho, chumbo e


duas ligas)
Após tomar os cuidados previamente estabelecidos, e com a massa do
picnômetro puro anotada, pesa-se novamente contendo água destilada e a
amostra, e anota-se a nova massa. Desta vez, para descobrir a massa da água
necessita-se subtrair tanto pelo picnômetro quanto pela amostra.
Mágua = Mpic+água+amostra – Mpic – Mamostra
Posteriormente à obtenção da massa da água, calcula-se o volume da
água, conforme equação 3.
Com a finalidade de obter a densidade da amostra, primeiramente,
precisa-se calcular o seu volume, dado pela seguinte relação:
Vamostra = Vpic – Vágua
Assim, pode ser utilizada a equação 1 para obtenção da densidade da
amostra.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Parte A - Calibração do volume do picnômetro
Os dados necessários para a calibração do picnômetro são, a sua
massa (mpic) e a massa da água presente na vidraria (m H2O). A partir destes
dados, o seu volume interno (Vpic) em dada temperatura (neste caso, 37 °C)
pode ser encontrado.

O cálculo do volume de água (correspondente ao do picnômetro) foi


realizado de acordo com o valor tabelado da densidade da água na
temperatura do experimento,

Tabela 1 – Densidade da água em determinada temperatura

Temperatura (K) Densidade (g/cm3)


310 0,993342
*dados referentes ao Handbook

Com base nos resultados obtidos por cada grupo, expostos na tabela
abaixo, pôde-se obter a massa da água e o volume do picnômetro, conforme
as equações apresentadas anteriormente.

Tabela 2 – Resultados referentes a água

Grandeza Resultado

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Massa picnômetro
20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,9538
vazio (g)

Massa (picnômetro +
45,4437 45,9055 45,916 45,9838 45,91075
água) (g)

Massa da água (g) 24,9857 24,8982 25,0157 24,9035 24,9446

Volume (cm³) 25,1532 25,0651 25,1834 25,0704 25,1118

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4.2. Parte B – Medidas da densidade de líquidos - Determinação da
densidade do etanol, solução problema e butanol
Como visto na parte A do experimento, cada grupo descobriu um valor
para o volume do picnômetro a partir da equação (1), visto que, a massa e a
densidade da água eram conhecidas. Com os dados apresentados na tabela
abaixo pode-se calcular a massa, o volume e a densidade do etanol
Tabela 3 – Resultados referentes ao etanol

Grandeza Resultado (etanol)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Massa picnômetro vazio


20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,9538
(g)

Massa (picnômetro +
40,5149 40,9932 40,9806 41,0705 40,9869
álcool) (g)
Massa (g) 20,0563 19,9859 20,0803 19,9902 20,02325

Volume (cm³) 25,1532 25,0651 25,1834 25,0704 25,1118


Densidade (g/cm³) 0,7974 0,7974 0,7974 0,7974 0,7974

Com o volume do picnômetro conhecido, foi utilizado a mesma equação


para calcular as densidades do etanol para cada grupo.
p = massa (g)
volume (cm3)

Realizou-se os mesmos cálculos substituindo os respectivos valores,


para os dados da solução problema e do butanol, os resultados obtidos estão
apresentados nas tabelas abaixo:

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Tabela 4 – Resultados referentes ao butanol

Grandeza Resultado (butanol)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Massa picnômetro vazio


20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,9538
(g)

Massa (picnômetro +
40,767 41,2454 41,2339 41,3227 41,23965
álcool) (g)

Massa (g) 20,309 20,2381 20,3336 20,2424 20,2757


Volume (cm³) 25,1532 25,0651 25,1834 25,0704 25,1118

Densidade (g/cm³) 0,8074 0,8074 0,8074 0,8074 0,8074

Tabela 5 – Resultados referentes à solução problema

Grandeza Resultado (solução problema)

Solução A Solução A Solução B Solução B


(Grupo 1) (Grupo 2) (Grupo 3) (Grupo 4) Média

Massa picnômetro vazio


20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,9538
(g)

Massa (picnômetro +
43,761 44,2286 41,9646 42,0502 42,9056
solução)

Massa da solução (g) 23,303 23,2213 21,0643 20,9699 22,1428

Volume de álcool (cm³) 25,1532 25,0651 25,1834 25,0704 25,1180


Densidade (g/cm³) 0,9264 0,9264 0,8364 0,8364 0,8814

Com os dados obtidos experimentalmente, pode-se calcular o erro


relativo ao comparar-se com as densidades dos líquidos na literatura.
Tabela 6 – Densidades do etanol e butanol encontrados na literatura

Líquidos Densidade (g/cm3)

Etanol 0,81

Butanol 0,789

É importante salientar que estes valores se referem a densidade em


20°C, não foi encontrado na temperatura de 37°C, por conta disso, ao

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comparar com as densidades obtidas experimentalmente, encontra-se um erro
negativo, conforme exibido na tabela abaixo:
Tabela 7 – Erro absoluto e relativo das densidades do etanol e butanol encontrados
experimentalmente em relação às densidades da literatura.

Etanol Butanol
Erro Absoluto 0,013 -0,018
Erro Relativo 1,556 -2,332
(%)

A diferença na densidade do etanol para o butanol pode ser explicada


pelas suas estruturas moleculares,
Etanol Butanol

Nota-se que o etanol possui somente dois carbonos em sua molécula,


enquanto o butanol possui quatro carbonos, dessa forma, por possuir uma
cadeia carbonica maior, o butanol é mais denso do que o etanol.
Conforme solicitado, para a criação do gráfico da curva de calibração da
variação da densidade com a composição da mistura etanol/água, foi
necessário calcular a média ponderal das densidades tabeladas do etanol entre
35°C e 40°C, visto que a temperatura do laboratório é de 37°C, obtendo,
portanto:
Tabela 6 – Média ponderal da densidade do etanol

TEMPERATURA 35°C 40°C

PORCENTAGEM Densidade Densidade Média


(GL) (g/cm³) (g/cm³) (g/cm³)
0 0,99406 0,99225 0,99316
5 0,98501 0,98311 0,98406
10 0,97685 0,97475 0,9758
15 0,96911 0,9667 0,96791
20 0,96134 0,95856 0,95995
25 0,95306 0,94991 0,95149
30 0,94403 0,94055 0,94229
35 0,93425 0,93051 0,93238
40 0,92385 0,91992 0,92189
45 0,91291 0,90884 0,91088
Dados retirados da tabela do Handbook

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A partir disso, pode-se criar o gráfico abaixo, a fim de determinar a
equação da reta da dispersão destes dados, para finalmente calcular a
composição da mistura etanol/água

Curva de Calibração da espécie X


1,0000
Densidade (g/m3)
0,9800
0,9600 y = -0,0018x + 0,9943
R² = 0,9967
0,9400
0,9200
0,9000
0 10 20 30 40 50
Porcentagem (GL)

Figura 1 – gráfico da dispersão da média ponderal das densidades do etanol com sua
respectiva equação da reta.

Após plotar o gráfico e linearizar a equação da reta referente ao etanol


encontrado
Y= -0,0018x+0,994
A partir dessa equação foi possível encontrar os valores
correspondentes a porcentagem GL na solução (etanol+água) sabendo que as
densidades encontradas pelos grupos da solução A e B foram,
respectivamente,
A = 0,9264 (g/cm³) = Y
B = 0,8364 (g/cm³) = Y
efetuando os cálculos para solução A
Y= -0,0018x+0,994
0,9264 = -0,0018x+0,994
x = 0,9264 -0,994 = 37,56%
-0,0018

Cálculos para solução B

Y= -0,0018x+0,994
0,8364 = -0,0018x+0,994
x = 0,8364-0,994 = 82%
-0,0018

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Ou seja, na solução A os grupos 1 e 2 encontraram 37,56% de etanol
contido na solução. Já na solução B os grupos 3 e 4 encontraram 82% de
etanol contido na solução.

4.3. Parte C – Medidas da densidade de sólidos (estanho, chumbo e


duas ligas)
A partir dos dados fornecidos no problema e das equações
apresentadas anteriormente pode-se obter a massa e o volume da água, o
volume e a densidade das amostras conforme exposto nas tabelas abaixo:
Tabela 7 – Resultados referentes à determinação da densidade do chumbo

Grandeza Resultado (chumbo)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Massa picnômetro vazio (g) 20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,8615

Massa do amostra (g) 1,363 0,9865 1,0236 1,1123 1,1214


Massa
(picnômetro+amostra+água) 45,6869 46,8053 46,8495 46,9982 46,5850
(g)
Massa da água (g) 23,8659 24,8115 24,9256 24,8056 24,6022

Volume da água (cm³) 24,0259 24,9778 25,09267 24,97186 24,7670


Volume da amostra (cm³) 0,9762 0,087281 0,090704 0,098556 0,3132

Densidade da amostra
1,3962 11,30256 11,28507 11,28595 8,8174
(g/cm³)

O resultado do volume do grupo 1 é maior se comparado aos outros,


consequentemente, a sua densidade é menor, isto pode ter sido ocasionado
por erros de calibragem, na medição da amostra e da pesagem ou até mesmo
pela presença de bolhas de ar no picnômetro.

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Tabela 8 – Resultados referentes à determinação da densidade do estanho

Grandeza Resultado (estanho)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Massa picnômetro vazio (g) 20,458 21,0073 20,9003 21,0803 20,8615

Massa do amostra (g) 0,5568 0,8903 0,9631 0,5983 0,7521

Massa
(picnômetro+amostra+água) 45,9247 46,6744 46,7478 46,5005 46,4619
(g)

Massa da água (g) 24,9099 24,7768 24,8844 24,8219 24,8483

Volume da água (cm³) 25,07686 24,94287 25,05119 24,98827 25,0148

Volume da amostra (cm³) 0,076308 0,122214 0,13218 0,082147 0,1032

Densidade da amostra
7,296739 7,284781 7,286273 7,283291 7,2878
(g/cm³)

A partir das densidades encontradas nos experimentos, pôde-se fazer


uma comparação entre os valores reais apresentados na tabela abaixo:
Tabela 9 - Densidades específicas tabeladas do estanho e chumbo

Metais Densidade (g/cm³)


Estanho (Branco) 7,31
Estanho (Cinza) 5,75
Chumbo 11,337
Valores retirados do Handbook

Ao comparar as densidades encontradas pelos grupos com as


densidades tabeladas do chumbo, nota-se que a densidade entre os grupos 2,
3 e 4 se destoou somente 0,022 g/cm³ do valor real. Porém, ao introduzir o
grupo 1 (o experimento que conteve adulterações) a média sobe em uma casa
decimal ficando 0,223 g/cm³.
Tabela 10 – Erro relativo das densidades do chumbo encontradas experimentalmente
em relação às densidades do Handbook.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média

Erro Absoluto 9,9408 0,034 0,052 0,051 0,046


Erro Relativo (%) 87,6846 0,303 0,458 0,450 22,224

Em paralelo, ao analisar a densidade do estanho, percebe-se que os


experimentos se aproximam mais do estanho branco do que do cinza,

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destoando aproximadamente 0,003 g/cm³ do valor real, conforme tabelado
abaixo
Tabela 11 – Erro relativo das densidades do estanho encontradas experimentalmente
em relação às densidades do Handbook.

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Média


Erro Absoluto 0,01326 0,025 0,024 0,027 0,022
Erro Relativo (%) 0,181 0,345 0,324 0,365 0,304

Tabela 12 – Resultados referentes à determinação da densidade das ligas

Grandeza Resultado (ligas)

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4

Liga A Liga A Liga B Liga B

Massa picnômetro vazio (g) 20,458 21,0073 20,9003 21,0803

Massa do amostra (g) 1,3005 1,2563 1,0596 1,3096

Massa
(picnômetro+amostra+água) 46,6082 47,0303 47,8772 47,1645
(g)
Massa da água (g) 24,8497 24,7667 25,9173 24,7746
Volume da água (cm³) 25,0163 24,9327 26,0910 24,9407
Volume da amostra (cm³) 0,1369 0,1324 -0,9076 0,1297

Densidade da amostra
9,497 9,489 -1,167 10,094
(g/cm³)

O resultado do grupo 3 apresenta erros discrepantes, uma vez que o


volume e sua densidade são negativos. Este erro pode ter sido ocasionado por
conta de impurezas no sistema, formação de bolhas no picnômetro, erros de
medição da massa do sólido e/ou do volume da vidraria. Por conta disso, os
resultados deste grupo foram descartados para os cálculos posteriores, visto
que não existe volume ou densidade negativas.
A fim de descobrir as frações parciais de cada componente nas ligas, e a
partir das densidades apresentadas anteriormente, foi utilizada a equação
abaixo:
Pmis = XPbPPb + XSnPSn (3)
Sabe-se que as frações parciais em uma mistura deve ser igual à um, ou seja,
XPb + XSn = 1 (4)

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Substituindo as equações obtém-se a seguinte expressão:
Pmis = XPbPPb + (1- XPb)PSn
Manipulando,
Pmis - PSn = XPbPPb - XPb PSn
Pmis - PSn = XPb (PPb - PSn)

XPb = Pmis - PSn


PPb - PSn
Assim, ao descobrir a fração molar do chumbo, pode-se encontrar a
fração do estanho pela relação anterior:
XSn = 1- XPb
Visto que os grupos 1 e 3 apresentaram erros excepcionais, os quais
tornariam as frações negativas e até mesmo maiores que 1, este processo foi
realizado somente para os grupos 2 e 4, substituindo os seus respectivos
valores experimentais, obtendo as seguintes frações molares:
Tabela 13 – Frações molares do chumbo e estanho presentes nas ligas A e B.

Grupo 2 Grupo 4
Frações Molares
Liga A Liga B

Chumbo (Pb)
0,5486 0,7022

Estanho (Sn)
0,4514 0,2978

Portanto, considerando que a liga possui uma composição bimetálica, a liga


A apresenta 54,86% de chumbo e 45,14% de estanho, enquanto a liga B tem
70,22% de chumbo e 29,78% de estanho.

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5. CONCLUSÕES
A determinação da densidade de substâncias por meio do método
utilizando o picnômetro mostrou ser eficaz, principalmente quando se quer
saber a massa específica de líquidos.

Os valores que cada grupo encontrou para o etanol e butanol , apesar das
pequenas diferenças de massas entre um grupo e outro isto não afetou a
experiência, pois os quatro obtiveram valores similares de densidade, exceto
na parte da solução problema pois a solução A continha uma porcentagem
menor de etanol do que na solução B.

Observou-se que, com os sólidos, deve-se ter melhor destreza ao obter as


medidas de modo a obter um resultado de densidade mais próximo do real.
Como exemplo disso, o grupo 3 não tomou os cuidados necessários na hora de
realizar o experimento da liga e resultou em uma experiência comprometida,
pois acabou obtendo uma densidade negativa. Em suma, ao avaliar os erros
relativos, pode-se considerar que todos os grupos obtiveram resultados
satisfatórios.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESPECX. Estados físicos da matéria. Disponível em:


CONTECH. Massa específica e Massa aparente em agregado miúdo. Disponível em:
https://contech.eng.br/servicos/ensaios-em-agregados/massa-especifica-e-massa-
especifica-aparente-em-agregado-miudo/
USP. Densidade relativa de líquidos. Disponível em:
http://macbeth.if.usp.br/~gusev/DensidadeLiquidos.pdf

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