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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CÂMPUS CENTRAL- SEDE: ANÁPOLIS -CET

CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

RELATÓRIO ACADÊMICO DE AULA EXPERIMENTAL

ANÁPOLIS
2023

LOYANNE CAROLINE PEIXOTO DA SILVA

VISCOSIDADE

Relatório acadêmico apresentado à disciplina de Físico-


Química Experimental, no Curso de química industrial da
Universidade Estadual de Goiás, como exigência parcial
de avaliação, sob orientação do Professor Dr. Fernando
Honorato Nascimento.
ANÁPOLIS
2023
1 INTRODUÇÃO
A densidade é definida como a relação entre a massa e o volume de uma substância.
Propriedade física utilizada para caracterização de materiais. (YOUNG , 2012). Já de acordo
com Atkins e de Paula (2006), a definição de viscosidade é "a resistência de um líquido ao
fluxo, em que as camadas adjacentes de líquido se movem com velocidades diferentes".
Podendo ser influenciada por varios fatores, principamente por sua densidade. Fuidos com
maior densidade tem uma viscosidade maior devido o aumento da força de atracão entre as
moléculas. Outro fatores também podem influenciar como temperatura, composição quimica
dos fluidos, pressão. Um ponto relevante da viscosidade é a medida da resistencia que um
fluido apresenta ao escoamento e sua capacidade de resistir a uma tensão de cisalhamento, ou
seja, quanto mais viscoso o fluido, maior será o atrito entre as camadas (SILVA; GAMA;
BARROS, 2017)
A viscosidade cinemática (ν) é uma propriedade física que mede a viscosidade
dinâmica (µ) em relação à densidade (ρ) de um fluido. Essa relação é uma medida importante
para a caracterização de fluidos, onde é possivel a compararação da viscosidade de diferentes
materiais, sem interferencia de suas massas ou volumes. Bastante utilizada em estudos de
fluidos em movimento, como em cálculos de velocidade e taxa de escoamento em tubulações.
A viscosidade cinemática pode ser determinada experimentalmente através de
equipamentos específicos, como o viscosímetro de Stokes ou o viscosímetro de Ostwald.
(HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2018). Viscosidade é um parâmetro fundamental em
processos químicos industriais e muitas vezes é utilizada como critério de controle de
qualidade em diversas áreas, como as indústrias petrolíferas, de cremes, tintas, entre outras.
(REGADA,2012)

2 MATERIAIS E REAGENTES
Água destilada Garra Pipeta
Banho termostático N-butanol Pipeta
Cronômetro Propanol Pera
Etanol Picnômetro Viscosímetro de Ostwald

3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
No primeiro momento foi determinada a calibração de quatro picnômetros um para
cada solução (água, etanol, n-propanol e propanol) através de cada picnômetro vazio
determinando sua massa, posteriormente, o picnômetro foi preenchido com água colocando
sua tampa e secou-se as paredes externas para que não ocorresse interferência do meio
externo. Determinou-se a massa do picnômetro com a utilização da equação de densidade,
Em seguida após a calibração foi adicionado cada amostra no picnômetro e pesado.
Na segunda parte foi determinar a viscosidade em função da temperatura colocando
10 mL da amostra no viscosímetro de Ostwald para ambientalizar a vidraria, logo depois 10
mL da mesma amostra no viscosímetro em banho termostatizado a 30 ºC e foi necessário um
aguardar o tempo de 5 minutos para o equilíbrio térmico, utilizamos um termômetro digital
para verificar a temperatura no banho, após o equilíbrio foi feita 3 medidas do tempo de
escoamento com o cronômetro e calculou a média desse tempo.

RESULTADOS
Para determinar a densidade foi preciso calibrar o picnômetro para encontrar o
volume da vidraria, utilizando água em temperatura ambiente 23 °C. O cálculo do volume
foi obtido utilizando a massa do picnômetro vazio (mv) menos a massa do picnômetro
cheio(mc) com água obtendo os resultados da tabela 1
Tabela 1 – Diferenças de massas

Picnômetro Massa picnômetro massa picnômetro m= mc- mv


vazio (g) cheio (g)

1 (para amostra de 39,830 92,761 52,931


água)

2 (para amostra de 33,059 96,287 63,228


etanol)

3 (para amostra de 42,713 96,527 53,814


propanol)

4 (para amostra de n- 43,713 95,847 52,134


butanol)
Fonte: Autoria própria

Para o cálculo do volume do picnômetro foi utilizado a equação da densidade (


massa
densidade= ) onde a densidade a 23 ° C da água foi fornecida através de uma tabela
volume
de densidade da água em função da temperatura. Obtendo o valor de 0,9976.
Para picnômetro 1:
0,9976 = 52,931 / v
v = 53,0 mL
Para 2:
0,9976 = 63,228g / v
v = 63,38 mL
Para 3: 0,9976 = 53,814g / v
v = 53,94 mL
Para 4 : 0,9976= 52,134g / v
v = 52,25 mL
Um ponto relevante foi a necessidade de fazer esse cálculo do volume de cada
picnômetro pois utilizamos 4 amostras diferentes. Foi identificado cada picnômetro com a
amostra correspondente picnômetro 1 (água), picnômetro 2 (etanol), picnômetro 3 (propanol),
picnômetro 4 (n-butanol). Preenchemos o picnômetro com o volume da amostra de água,
etanol, propanol, n-Butanol em seguida, foi secada as paredes da vidraria e pesado.
Calculou a diferença do picnómetro cheio com a amostra e ele vazio para encontrar a medida
de densidade.
Portanto: d = massa de amostra /volume do picnômetro obtido na calibração
d = valor obtido em tabela g/mL. a tabela quadro a seguir estabelece a relação dos valores
encontrados para cada uma das amostras nas temperaturas de 30 ºC tabela 2
Tabela 2 – Relação de densidade das amostras de água, etanol, propanol e n-butanol.
Temperatura Massa (cheio – Volume mL Densidade
°C vazio) g
Água 30 52,931 53,05 0,9977
Etanol 30 63,228 63,38 0,9976
Propanol 30 53,814 53,94 0,9976
n-Butanol 30 52,134 52,25 0,9977
Fonte: Autoria própria
Para determinar a viscosidade da amostra utilizamos a seguinte equação:

n1 ρ1 T 1
=
n2 ρ2 T 2
η1 = viscosidade do líquido conhecido;
η2 = viscosidade do líquido desconhecido;
ρ1 = densidade do líquido conhecido;
t1 = tempo de escoamento do líquido conhecido;
ρ2 = densidade do líquido desconhecido;
t2 = tempo de escoamento do líquido desconhecido.
Nesse experimento o líquido conhecido utilizado foi à água, cujo coeficiente η é tabelado
para as temperaturas de 30ºC, a densidade da água foi encontrada na primeira etapa do
experimento, portanto:
0,001003 0,9966∗0,55
=
❑2 0,9976∗0,97
η2= 0,001770

Esse é o valor de viscosidade da amostra de etanol na temperatura de 30ºC. Foi utilizado esse
mesmo procedimento para as amostras propanol e n-butanol, nas. A tabela 3 mostra a relação
de viscosidade e tempo de escoamento.
Tabela 3 – Relação das amostras de água, etanol, propanol e n-butanol

Àgua Etanol N-propanol Propanol

Temperatura 29,6 29,9 31,5 31,2


banho-maria
(ºC)

Temperatura 30,2 29,6 31,3 31,4


display (ºC)

Tempo de 0,55 0,97 14,13 10,78


escoamento (s)

Densidade 0,9977 0,9976 0,9976 0,9977

Viscosidade 0,001003 - - -

1/T 0,0337 0,0334 0,0317 0,0320

ln de stoke -6,904 - -
Fonte: Autoria própria

5 CONCLUSÕES
Primeiramente convém destacar que através do tempo de escoamento observado
concluímos que o líquido mais viscoso seria n-butanol>propanol> etanol> água.
Comparando o aumento da cadeia carbônica apresentado em cada reagente foi possível
identificarmos que quanto maior a cadeia maior será sua viscosidade devido ao grau de
insaturação de cada molécula, o que satisfaz a literatura. Outro ponto relevante não foi
possível determinar a viscosidade das amostras de etanol, propanol, n-butanol e etanol
através da fórmula pois foi pulado a parte do experimento onde as amostras deveriam está em
banho aquecido e depois pesado para determinar a densidade, foi utilizado o peso das
amostras sem o aquecimento o que houve uma influência bastante considerável sendo que as
densidades das amostras ficou praticamente a mesma da água, e através da fórmula da
viscosidade chegamos a conclusão de todos teriam praticamente a mesma viscosidade, o que
não satisfaz a literatura por exemplo: não há possibilidade do n-butanol ter viscosidade
parecida com a água que é o líquido menos viscoso que conhecemos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ATKINS, P.; DE PAULA, J. Físico-Química, vol. 1, 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006
REGADA, L. F. F.; Célula de Medida de Viscosidade de Líquidos. Instituto Superior
Técnico - Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Eletrotécnica e de
Computadores, 2012.
SILVA, T.; GAMA, E.; BARROS, G.; Determinação Experimental da Viscosidade
Através do Método de Stokes. Trabalho de Iniciação Científica, IFCE Departamento de
Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Juazeiro do Norte, Ceará, 2017.
TIPLER, P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e
ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016

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