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CURSO DE MEDiÇÃO DE vAZÃo

Eng. Luiz Lopes Loder

Material elaborado para:

PETROBRASIUP/ECT AB

2009
ÍNDICE

Introdução '''''' " ... ... ... 2


Tópicos de Mecânica dos Fuidos ' 3
Medidores Tipo Orificio : 6
Equação da Vazão , 6
Características Gerais dos Elementos Primários 8
Determinação do Coeficiente de Descarga " 10
Placa de Orificio Concêntrico de Canto Vivo, D > 50mm , 12
Limitações '.""""""""""""""""""""""'" 12
Coeficientede Descarga , 12
Fator de Expansão 14
Perda de Cargae Energia " 15
Rangeabilidade ... 16
Cálculos de Projeto. 17
VariáveisEnvolvidasna Medição " 19
Malhas de Instrumentos Típicas 21-3
Placa de Orificio Concêntrico de Canto Vivo, D > 50mm 22
Detalhes Construtivos ... ., ... 22
Detalhes de Tubulação e Instrumentação 23
OutrosTiposde Orificios , 25
Avaliação da Incerteza 27
Medidores Tipo Rotâmetro (Área Variável) 28
Medidores Tipo Tubo de Pitot ,... 29
Medidores por Dispersão Térmica 31
Medidores de Vazão Tipo Deslocamento Positivo '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' 32
Medidores de Vazão Tipo Turbina para Líquidos , 34
Medidores de Vazão Tipo Turbina para Gases 36
Medidor de Vazão Tipo Coriolis 37
Medidor de Vazão Ultra-Sônico 39
Medidores Magnéticos .. 41
Medidor Tipo Vórtice 43

-
Anexo I Viscosidade e Densidade de produtos de Petróleo ""''''''''''''''''''''''''' AI-1
AnexoII - GráficosComparativosdosDiversosTipos de Orificio AII-l
Anexo lU - RequisitosMínimosde MediçãoconformeANP/INMETRO AIII-l
Anexo IV - Exercícios ""'"'' '''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''''' AIV-1
2

INTRODUÇÃO

1. HISTÓRICO:

. primeiros anos de 1600: Torricelli e Castelli estabelecem que a velocidade d..'t


água que escoa através de um orificio praticado no fimdo de lUllvaso

.. cilindrico, varia com a raiz quadrada do nível acima do oríficio


1738: Daniel Bemoulli publica o princípio que leva seu nome.
1797: Ventmi utiliza uma placa de orificio instalada numa tubu1açãode água.
. primeiros anos de 1900: swge a versão moderna da placa de orificio.
Utilizada para Gás Natural (em 1912 a Ia publicação, no ASME; em
1927 versão preliminar da AGA # 1).

2. MEDIDORES DE VAZÃOATUAIS:

.. tipo orificio
rotâmetro
.
.. pitot
deslocamento positivo
turbina
. magnético
.
.
.
vórtice
dispersão térmica
coriolis
. ultrasom

Nota: Sempre que aplicável utilizaremos nesta apostila a abordagem do livro Manual
de kfedição de Vazão através de Placas de Orificio, Bocais e Ventllris. Eng. Nelson
kfartins, Editora lnterciência em co-edição com a Petrobras, 1998. Farem~s
referência a esse livro abreviadamente por: MMV.

Simbologia: A simbologia que adotaremos para as diversas grandezas fisicas é a que


consta no MMV, pag. IX. .
3

r A

TOPICOS DE MECANICA DOS FUmOS

1. VAZÃO MÁssICA «(}lu):


em ~ tIh

2. VAZÃO VOLUTvIÉTRICA(qv): m3Jhpara líquidos~ Nm3Jh para gases

Condições de referência no Brasil:


Tipo de Produto
Líquido nas condições G-dSeS
ambientais da pressão atmostenca (Ex. GN, Ar)
(Ex. diesel) Pressão de vapor acima I
(Ex. GLP)
20ce e pressão 20ce e pressão de 20ce e 101.325kPa
ambiente equilíbrio [200c e 1 atm]

Outras condições de reíerência:


oce e 101.325 kPa
lY'C e 101.325 kPa (ISO)
60'-'Fe 14.696 psia [101.325 kPa] (USA)
600}<'e 14.73 psia [101.560 kPa] (USA)

Portanto. cuidado: wna mesma e),,"pressão.'condições normais' . é usada para


indicar diferentes temperaturas e pressões de referência.

3. MASSA ESPECÍFICA <P): em kglm3. glcm3. A Massa Específica também é


designada por DENSIDADE ABSOLUTA.

DENSIDADE RELATIVA DE UM LÍQUIDO é o quociente entre p desse


líquido a uma temperatura de referência e p da água a uma temperatura
também de referência. São usuais:
d 2014(Brasil; líquido a 200c e água a 4OC)
d 60160(USA; líquido a 60°F e água a 600f')

DENSIDADE RELATIVA DE UM GÁS é o quociente entre p desse gas e p do


ar ambc..'Sa Ooe;e 101.325 kPa (1atm).

= density (em inglês)


Massa Específica
DensidadeRelativa= specific gravity, ou abreviado :::'pGr(em inglês)
4. VISCOSIDADE (J.i):parâmetro que eÀ-pressaa capacidade de um tluido de resistir
ao movimento quando submetido a uma. tensão de cizalhamento.

F av" onde: T= FIA = tensão de cizalliamento


A =f.I- Oy ,
ôVx/õy = gradiente de velocidade

Unidades: Pa.s (SI)


Poise = (dina.s)/cm2 (CGS)
4

Em geral com o aum~nto da temperatura:


fJ.dos líquidos diminui
fJ.dos gases aumenta

A viscosidade fJ.definida acima é a VISCOSIDADE ABSOLUTA OU


DINÂMICA. Define-se também:

VISCOSIDADE CINEMÁTICA (\I) ;


V=- J.l
P

Unidades: m2/s (SI)


Stokes = cm?ls (CGS)
SSU
SSF

5. TEOREMA DE BERNOULLI: Aplicando o princípio da conservação da energia


a duas seções de l.Ul1atubulação onde escoa um tluido incompressível e 000-
viscoso,se pode deduzirque: .

P.J }..1"
J2 P.
2 J.1"2
2
-+~+g' H J =-+-+g' H2
Pl 2 P2 2

6. PRINCÍPIO DA SEMELHANÇA:

. Um tluido que faz parte de um sistema genérico está sujeito a uma


combinação de forças:
gravid..'tdeI viscosidade I elasticidade I tensão superficial I inércia
. Consideremos um sistema protÓtipoe seu modelo de laboratÓrio.Diz-se que

.
protÓtipoe modelo apresentam:
SEMELHANÇA GEOMÉ1R1CA: quando as dimensc.1eshomÓlogas são
proporcionais. e as direções de entrada do fl\LXO
são iguais.
. SEMELHANÇA CINEMÁTICA: quando além de semelhança
geométrica ás velocidades homÓlogas são proporcionais, e as trajetÓrias
das Partículas do fluido são geometricamente semelhantes.
. SEMELHANÇA DINÂMICA: quando além de semelhança geométrica
as f()rçashomólogas são proporcionais.

. Não havendo semelhança geométrica não haverá as outras duas.


Havendo semelhança geométrica e semelhança clinâmica"então haverá
também seme1hal1çacinemática. .

. É impossível obter semelhança completa entre protótipo e modelo


(envolvendo todos os tipos de torças). Porém existem casos particulares
importantes. como por exemplo:
5

. Sistemas em que as forças dominantes são Inércia e Viscosidade. A


razão entre essas forças é denominada número de Reynolds. Re.

Re = FillucÜ1.
= /t,,[.a = p.L3 .(L/T2 ) - p.V.L (adimensional)
FW;L'OSQ r.A Jl.~'IL).L2-p
. Sistemas em que as forças dominantes são Inércia e Gravidade. A razão
entre essas forças é denominada número de Froude, NF .

Tr2
A/.a -~
(adimensional)
Np=JvJ.g-L.g

. Se protótipo e modelo:
. tiverem semelliança geométrica, e
. mesmo número Re, e
. !()rem significati\iaSsÓas torças de inércia e viscosas

então haverá também semelhança dinâmica e cinemática. e medidas


feitas no modelo serão proporcionais as suas homólogas no
protótipo.
5-1

~
I P2AZ
r
!,
I !

~::"lz""
i
I
Y2
(a)
I
I
!
I 1
y\
-::"l\-

PZA2
r-

I
Ul
(b) )'2

l
Teorema de Bemoulli

F~p

J.jp

F'."

Princípio. da Semelhança
6

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


-EQUAÇÃO DA vAZÃo-
1. HISTÓRICO:

. 1797: Venturi mostra que a vazão em uma tubulação é proporcional a raiz


quadrada da queda de pressão observada sobre uma restrição introduzida na
tubulação. Ou seja:

. q=k.~N>
1904: Weymouth realiza testes com placas de oritlcio para GN. Publica um
artigo no .A..C;;ME
em 1912 e licencia a Foxboro para manutà:turaros medidores.
Adota tomadas a I polegada a montante e 1polegada a jusante da placa de
orifício.
. 1927: é publicada a versão preliminar da AGA #1.

2. EQUAÇÃO DA VAZÃOA'IRAVÉSDE UMA PLACA DE ORlFÍCIO:

Consideremos um fluido incompressÍveI e não-Viscosoe8C()é1]1do por uma tubulação


C()muma restrição. Nessas C()ndições, a vazão pode ser obtida pela aplicação de duas
leis básicas da Física:

q"'I= P1 X AI X Ti~ = P2 X ~ X V2 (Lei da Conservação da Massa)

-~ + -~2 = ---=:..
P, +---=-
V.,2
(Lei da conservação de Energia)
PJ 2 P2 2

Dessas duas equações se deduz:

q1ld= I 11:.D2
~1-(D2/DJ4 X 4 2 xJ2'PI'(~ -pJ

Onde:

..
. C}Jl!t:
vazão mássica teórica
P: pressão
V: velocidade média
. p : massa específica do fhúdo
.
.. D: diâmetro
índice 1: retere-se à seção do tubo
índice 2: refere-se à seção onde encontra-se o oritlcio.

O efeito da viscosidade é ditlcil de ser tratado por meios teóricos. Recorre-se então ao
Princípio da Semelhança. Determina-se em ensaios de laboratório um tàtor de correção
da vazão mássica" válido para sistemas geométricamente e dinânúcamente
semelhautes, chamado Coeficiente de Descarga, C, e definido como:
c= q",.
q"'t
7

ond~:
qm = vazão mássica mOOidano ensaio
qmt = vazão mássica teóriat

Quando o tluido é compressív~L ~mpre qu~a sua pressão tl)r reduzida oCOIremuma
~x-pansão~ cons~qü~nt~redução d~ sua massa espooífica, p. Quando tal tIuido passa
por uma restrição essa redução d~ p no orifício, reduz a vazão qm. Esse ~teito é l~vado
~m conta na ~quação d~ vazão por um futor d~ coIreção também d~t~nninado ~m
~nsaios d~ laboratório, chamado Fator d~ Expansão, 8-
Para líquidos (>= 1,0000.

Em certas aplicações se utiliza furos de dreno e respiro no dispositivo de orificio, o que


constitui uma área adicional para a passag~m do t1uido. Isso é levado em conta na
~quação de vazão por um fator d~ coITeÇãoFh .

Des~ modo, a Equação da Vazão através d~ dispositivos tipo orificio fica:

1 tr.D2
qlll.=CxcxFlIx l
.1-(D2/DJ 4 X 4 2 XJ2'Pl'(.r. -P2)
Onde:
. C}!u:
vazão 1Th"1ssica
.
.. C: coeficiente de descarga
(>:tàtor de ~x-pansão
Fh : tàtor de correção devido a furos de dreno e respiro
. Dl: diâmetro interno da tubulação
.
.. ~: diâmetro do orificio
PI: massa específica do t1uido~a montante do orificio
PI: pressãona tomadaa montantedo orifício
. P2: pressão na tomada a jusante do orificio

Também é usual apresentá-Ia da seguinte forma:

q ... = a . c ..F,11 . A. ' J2. P1 .(p.-


1 p.)
2
sendo:
C
(coeficiente de vazão)
a =Jl- P"

D"
P = -=:.. (relação de diâmetros)
DI

,j - j[.D2
."1. - 1. (área do orifício)
4
7-1

Elemento primário

~~~~tUU~I;~~~=~~.
"o/uu

Linhas de
-.c ,-""., , , , , '1 conexão

Medidor de
pressão diferencial

1'1 ,
I ~
.lP
I
, ~;;~; uc-
I permanente

I
I
,
,,
,
i
l

P,

u I
~ P
1 ~. P
2
I

82 (A)

S1 (A,)

Equação da Vazão nwna Restrição


- -- -- n_m-

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


-CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ELEMENTOS PRIMÁRIos-

,
1. APLICAÇÃO: os medidores tipo orificio aqui tratados são aplicáveis a:

. tluidos que possam ser considerados homogêneos. de uma sÓfase e

. Newtonianos. em escoamento subcritico


.operfil de velocidades do fLuid.odeve ser plenamente desenv.olvidoe sem
m.ovimentosde r.otaçã.o.

2. PLACA DE ORIFÍCIO CONCÊN1RICO DE CANTO VIVO:

. é o tipo de element.oprimári.omais usad.o.sã.ofáceis de tàbricar e instalar


.
. aplicáveis a Re relativamente altos
aplicáveis a tubulações de D>5Omm (para D men.oressã.onecessári.os
cuidad.osespeciais)
. em altas temperaturas podem ocorrer def.ormaçõesna placa
.
.
tipos de tomadas:
T.omadas nos .t1anges (flange taps): ambas as tomadas distam 1
polegada da placa de .orifici.o.Pr.ojet.o.originári.odos EUA. é .o
mais usado n.oBrasil.
. T.omadasde cant.o(comer taps): t.omadasjunto a cada tàce da

. . placa. Projeto europeu.


T.omadasD -DI2 (radius taps): em alguns casos podem ser
instaladas entre tlanges comuns.
. -
Tomadas 2Y:D 8D (pipe taps) : podem ser instaladas entre
t1anges comuns em qualquer caso.

As instalações com tomadas D - DI2 e 2Y:D- 8D apresentam maior


incertezae portantodevemser usadas quandoestritamentenecessário.

3. PLACAS DE ORIFÍCIO PARA BAIXOS Re:

. . tipos:
com entrada cônica

.. . c.omentrada em quarto de círcul.o


aplicáveis a baixos Re (fluid.osviscosos)
fabricaçã.omais dificil e incerteza maior que as placas de canto vivo

4. PLACAS DE ORIFÍCIO NÃO CONCÊNfRICO:

. tipos:
.
.
. placa de orificio excêntrico
placa de orificio segmental
aplicáveis a líquidos sujos, com sólidos em suspensão
. incerteza maior que placas ite orificÍo concêntrico.
9

5. BOCAIS:

. tipos:
. Bocal ISA 1932
.. Bocal ASME de raio ~ongo-

.. Bocal ASME com tomadas na Garganta


aplicáveis a escoamentos de altas velocidades
aplicáveis a altas temperaturas (são mais robustos e menos deformáveis que
placas). e fluido sujos (são menos sujeitos a acúmulo de partículas

. sólidas).
de iàbricação mais dificil que placas de orifício

6. VENTURIS:

. ..
tipos:
Venturi clássico com convergente fundido

. . Venturi clássico com convergente usinado


Venturi clássico com convergente de chapa soldada
aplicáveis a fluidos sujos"abrasivos (não favorecem a.turbulência que
aumenta a erosão)

7. BOCAIS-VENTIJRIS:

.
.
.
tipos:
Bocal-Ventnri L~A
aliam as caracteristicasdos bocaise dos venturis

8. DISPOSITIVOS PROPRIETÁRIOS:

. Venturi Universal (desenvolvido pela BIF)


. Tubo Lo-Loss (desenvolvido pela Badger Meter.)
. V-Cone (desenvolvido pela McCrometer)
. ~ .
9-1
T
I \ FR_2J
S
Soldarantes 18"300.i
deuSlnar

30a45°

Trn/
I

!FLUXO) d
II

1
FaceA Face B

--H-E I --I dh

-,
I
e
i' ° 8'
I

Fig. 6.1. Placa de orifício concêntrico de cantos vivos

o 2d
I
L

'--- Alternativapara
. tomadasde canto
Fig. 6.5. Placa de orifício de entrada cõnica
o

o
,f
Detalhe do bordo

o
de entrada
'A
d 1.5d
I FlUXO)
~l B

H
~/'
-- --
-, ,
/'
E / ,
/ ,
/ \

t'E~ II
I \
\

-,- +
Fig. 6.4. Placa de orifício de entrada em quarto de círculo I
I
h

o
1- I
I I
I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
t
I
-- D JI

Fig. 6.7. Placa de orifício segmentar

I
d - --

L '
I
I
I ~
-I
I
I
I
\O
N
I
I I
I I

1 D ]

Fig. 6.6. Placa de orifício excêntrico


[F

-liH Remover o -
I FLUXO>

c
+
F

o d c o d
Flg. 6.9. Bocal ASME de baixa relação

,li
I 11 Detalhe da Saída
+ 11r- -j t-H do Bocal Segundo
ASME MFC-3M
(D-<I)/2
oO

~ d>2I3D
~r D/2

- --
O.6d
1 --4-
E§ -450
{F/2

d < 2/3 O
~ Alternativapara tomadas de canto

Flg. 6.8. BocallSA 1932


L c

\O
W
I

Flg. 6.10. Bocal ASME de alta relação


1 ~H
r- 0,3d0.4 a 0.45
-e-
'L
TT-'~
A Ir~ 1

+ B
L = O.75d
=
T O.25d
=
F O.25d
H = 38 mm ~3rf
o &- d -

Fig. 6.11. Bocal ASME com tomadas na garganta

» !D o m

o ~-
~ AII.m.""

Flg. 6.14. Bocal-Venturl


p~ ,""""." ~",

L
l- Lt -I ~.~~ '-C
J:.

,
Fig. 6.12. Perfil do Venturi clássico
9-5

Pointer

Flow

'/o' ,'u>. '/,

'7,

Adjustable segmental o.rifice

5.2.9 Segmenta! orifice, fuced and adjustable (flange taps)


10

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


- DETERMINAÇÃODO COEFICIENTEDE DESCARGA-

1. METOIX)LOGIA: As equações para o cálculo do coeficiente 'C' são obtidas por


análise de regressão em dados levantados em ensaios de laboratório. As bases de
dados mais importantes usadas com esse fim são:

. Base de dados OSU (Ohio State University): resultados de ensaios


realizados durante as décadas de 1920 e 1930. Constituída de 303 pontos
obtidos de ensaios com água e vapor~7 diâmetros de tubos~e placas com
ampla variação de fl

. Base de dados CEC/AP1:resultados de ensaios realizados na Europa e


EUA na década de 1980~em 11 diferentes laboratórios. Constituída de
10.192 pontos obtidos de ensaios com 4 fluidos" 6 diâmetros de tubos:>
106 placas de orificio:>100 < Re < 35.000.000:> tomadas no t1ange:>
no
canto e D -D/2.

2. EQUAÇÕES PARA O CÁLCULO DE 'C': As principais equações que têm sido


utilizadas em sucessivas edições das nonnas técnicas são:
. Equação de Buck]nzham: publicada em 1935. Baseada nos dados OSU.

. Equação de Stolz: publicada em 1978~também baseada nos dados OSU.


Introduz uma nova metodologia que inclui na equação as distâncias das
tomadas até pla~ e assim é válida para vários tipos de tomadas.
. Equação Reader-Harris I Gallagher (Equação RG): publicada em 1992 e
baseada nos dados CECIAPI. Usa a metodologia de StoIz. sendo válida
para tomadas no flange~no canto e D ..DI2. Baseada em dados mais
abrangentes e de mcerteza menor.

3. NORMAS TÉCNICAS:

. ANSIIAPI MPM~ 14.3 (AGAJl.3):adota a equação RG; aplicável a Gás


Natural-em placas de orifício concêntrico de cantos vivos e tomadas no
t1ange-(tem sido aplicada a outros gases e líquidos). .

. 1S0-5167: adota a equação RG; aplicável a fluidos em placas de orificio


concêntrico de cantos vivos com tomadas no t1ange.no canto e D -DI2.
bem como bocais, bocais-venturi e venturis clássicos. A ABNT publica
uma versão em português desta nonna:>a NBR..5167.
. B8-1042: além dos orificios abordados pela 180-5167 aborda também
~

placas com entrada cônica. em quarto de circulo e excêntricas.

. ANSIIAPI 2530 (AGA #~ antiga): adota a et.]U3Çâode Buclcingbam.


Está em desuso, mas' contém itens Ondeaborda placas de orificio
concêntrico de cantos vivos com tomadas 2~D ..8D.
11

. ASME MFC - 3M: muito semelhante a ISO 5167.

No Brasil a placa de orificio concêntrico de canto vivo. com tomadas no


t]ange é wn padrão industrial de tàto.
Das nonnas acima. as mais importantes são a ANSIIAPI MPMS ]4.3
(AGA#3) e a ISO-5167.
12

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


- PLACA DE ORIFÍCIO CONCÊNTRICO DE CANTO VIVO, D > SOmm -

1. LIMITAÇÔES:

1.1. TOMADAS NOS FLANGES~NO CANTO E D-DI2:

D?: 50nun
0,10 :5J3:50,75
d> 1l,41mn
~?: 4000
rugosidade Últemado tubo: cf Tabela 3.1 e 3.2 do MJvfV

1.2. TOMADAS 2!1zD- 8D:

50 nun :5D :5900 nun


0~20 :5 J3:5 0~70
10 000 :5Re:5 107

2. COEFICIENTE DE DESCARGA:

2.1. TOMADAS NOS FLANGES. NO CANTO E D-D/2 (EQUAÇÃO RG):

6 0.7

C = C", +0~000511. ( 10R:11 ) +(O~021O+0~0049.A)'P(.E


onde:

C,<>= C"' (CT) + UP + DOWN

C...(CT) = 0,5961 +0,0291. 112-0,2290. p8 +0,003(1- 11}.:1vf}

UP = (O,0433+0,0712'e-8.5~ -O,1145'e-6.0~ )'O-O,23A).B

DOWN= -O,O116~2 -0,53.A1~.3). pU .(1-0,14.A)


e~aiuda:

A=e~.pr

B= Irl
1-/34
13

E=(~r para Re;::: 3500

106
para Re < 3500
E = 30,0-6500. ( Re )

M, ==x[(~- ~}o]
2.Lz
lvfz=l-P

A simbologia é a seguinte:

C", = coeficiente de descarga para Re infinito


C",(CT) = idem, e tomadas no canto (comertaps)
UP = tenno devido a posição da tomada a montante
DOWN = tenno devido a posição da tomada a jusante
L} ,= Opam tomadas no canto
= N41D para tomadas nos flanges
= 1para tomadas O - 0/2
L2 = Opara tomadas no canto
= N41D pam tomadas nos flanges
= 0,47 para tomadas O 0/2 -
D =diâmetro interno do tubo na temperatura de operação
N4 = 1quando O está em polegadas
= 25,4 mm quando D está em nnn.
A incerteza percentual do coeficiente de descarga calculado acima é dada por:

~ =~.{1+~7895{ ~ fJ
~ «> = (0,5600 - 0,2550 -P + 1,9316 -p8 ) para (3>O,175

ôC",
C = '0,7000-
\: 1,0550-p) para f3~O,175

2.2. TOMADAS 2Y2D- 8D (EQUAÇÃO OE STOLZ):


14

6 0,75

C = C...+0~0029. p2.S( ~" )


C... =0~5959+0,461.p2J +0,480.p8 +0~0390. p4
.. 1-p

A incerteza percentuaI do coeficiente de descarga calculado acima é dada por:

ac =+/-0,8% para O~ ::; J}::; O~5


C

éX.~= + 1- ~6% para 0.5 < f3::;0.7


C

3. FATOR DE EXPANSÃO:
As equações para e desenvolvidas por Buckingham e adotadas no MMV são as
mostradas nos itens que seguem.
Nota: alS05167-2:2003, ite11l2.5.3.2.2,adota novas equações para e.

3.]. TOMADAS NOS FLANGES. NO CANTO E D-DI2

6P
e =] -(0.41+0~35P') K'[>,
AP para T < 0.25
1 1

onde: PI = pressão absoluta na tomada a montante do orifício.


K = expoente isoentrópico do fluido

A incerteza percentuaI desse futor de e>.:pansãoquando J}~APIP1 e K são


considerados sem eITQé dada por (cf. ISO 5167):

ôe
- = :1:4-.õP
e ~

3.2. TOMADAS 2Y:zD- 8D

AP
= 1-(0,333 para - <O 25
&
.
+ L!45.(P2 +0.7. p5 + 12. pu)) K'P.
.õP
I P.I .
15

A incerteza percentual desse fàtor de expansão quando 13,tU>/Pl e 1Csão


considerados sem e.ITOé dada por:

Ô6 =:t8 LV>
6 ~

4. FATOR DE CORREÇÃO Ffi: para placa de orifício de canto vivo esse futor é dado
por

F. =l+~l-P' {~ r
onde:

dh = diâmetro do furo de dreno ou respiro nas condições de operação


d = diâmetro do orificio de medição nas condições de operação

A incerteza percentual desse fator Fh é iguallOOOA do valor da correção (-cf.BS-


1042):

ôFIt =100-(Fb -1) %


5. PERDA DE CARGA E ENERGIA: A perda de carga permanente l1m é a diferença


entre as pressões estáticas medidas a 1D a montante e 6D a jusante da placa.
Assim, para placas com tomadas 2YzD- 8D tem-se que Aru será igual ao tU>
medido.
Para placas com tomadas no flange, no canto e D-DI2 tem-se equação aproximada
(ct: 180-5167):

]-a- P2 .M'
l1eü ==l+a. p2

A perda de potência é dada por:

w = q.. -'8ti1
PI . 1/
onde:

11= eficiência da máquina que movimenta o fluido (bomba ou compressor)


15-1

0.90

0.85
1 I i J I . I I I I I! I II
K1'"13= 0.751(
; \ I I I I 1I
0.80

0.75 1 ,Il'-.i\ 11 I . i! 1
I l
u 0.70 H =0.50"1X-
13
I I II I
I
I
i r-..
I I
r--
1
0.65

0.60
r--r- .... I,
. '.
I
0.55 l p =0.5 i I I I

0.50 I T 1
1E + 03 1E + 04 1E + 05 1E + 06

Reo

Fig. 3.1. Coeficiente de descarga, equação de RG, flanges Taps, D = 100 mm

0.90

0.65

0.80

0.75

u 0.70

0.65

0.60

0.55 . , . I ,
i ! : : .!
0.50 ' I ! I . I

1 E + 03 1E + 04 1E + 05 1E + 06
Re"

Fig. 3.2. Coeficiente de descarga, equação de Rg, comer taps, D 100.mm =


0.65

0.60 \ I!>=07511 ! I1 I i I I

-,I II
I

I I, I
0.75

0.70 T I
u 113=0,501 I
0.65

0.60
-n 13 =0.25
;
i

r
l' , ""'i--
I I" I ,

0.55 I III I 1I1 I I I

0.50 i I 1I1 T 1I1 1 I I

1E + 03 1E + 04 1E + 05 1E + 06
Re"
Fig. 3.3. Coeficiente 'de descarga, equação de Rg, radius taps, D = 100 mm
15-2

1.10
!.
" I li = 0.70 I
1.00 "=1 \ \ \

u
0.90
"'r---....
"".....:
r.....
- I
' \

I
I
0.80 dJI =0.50 '

",--J.. I I i
I \ \ \ \
0.70
I = 0.251 I
I I I III
0.60 I I I I I I ,I "" ,

1E + 03 1E+04 1E + 05 1E + 06

Re"

Fig. 3.4. Coeficiente de descarga, equação de Stolz, 2 "IzD- 8D taps


16

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


- RANGEABILIDADE -

1. CURVA 'vAZÃo x AP' E CURVA DE ERRO: No:ana1izando a vazão e o AP


em nmção dos respectivos valores de fim de escala, obtemos:

q = .JõP (Eq. A)

Veja em página adiante o gráfico 'Vazão x Delta P' dado pela Eq. A. Note
que próximo a origem pequenos eITOSem APresultam em grandes eITOSem
vazão, caracteristica esta que pode ser quantilicada por:

iJôP -~.ôõP (Eq.B)


ôq= 2..J&> - 2q

Ve:.iaem página adiante o gráfico do 'EIToda Vazão, supondo EITo-PeltaY


= 0,25% FE' calculado pela Eq. B com ôM igual a 0,25% (FE é abreviatura
de fim de escala).

2. RANGEABILIDADE: Em baixas vazões esse Erro do AP é o eIJ"Odominante, e


é o parâmetro que detennina a rangeabilidade do medidor.

Rangeabilidades típicas:

[Cq ]"liLt" ,/
Rangeabilidade
/[Cq]n
1:3 3
1:4 4 J

Note que o número que expressa a rangeabilidade é o me::.moque expressa a


relação entre os erros da vazão [~1]MAXe [&q]FE.

3. CORTE DE PEQUENA..~ VAZÕES (low.pów C1110jJ):como mostra a Eq. B o


Erro de Vazão lende a mfillito quando a vazão tende a zero.
Por essa razão certos mstnnllentos possuem a opção de forçar indicação de
vazão zero quando LiP < M>Ajustado .

4. USO DE 2 OU 3 TRANSMISSORES: em geral, num tra11.Sl1lissor de dP, a


mcerteza dom1nauteé proporcional à amplitude da faixa calibrada" span.
Assim, uma estratégia para aumentar a rangeabílida.deé utilizar uma mesma
placa de orifício com 2 ou 3 transmissores de AP de ranges diterentes, e com
chaveamento automático entre eles.
Veja em página adiante um exemplo, no gráfico <Erroda Vazão, com 2
Translllissores, e Erro_Delta:...?= 0,25% FE' .
16-1

1,00
0,90
0,80 I

0,70
I
o 0,60 II
i
I
~
>
0,50 I,
I
0,40
0,30 i
0,20 I
I
0,10
!
0,00
O 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
!
Delta P 1 I

Erro da Vazão, supondo Erro_Deltay = 0,25% FE

1,00
0,90
0,80
0,70
'*
.g 0,60
. ~ 0,50
I g 0,40
w 0,30
0,20
0,10
0,00
O 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
Vazão

- Erro da Vazão, com 2 Transmissores, e Erro_OeIta_P= 0,25% FE


'1,00
0,90
0,80 !
~ 0,70
:g 0,60
'\
~ 0,50 '\
g 0,40
! !
\
w 0,30
0,20
0,10
'"
--.
-"""
--- -
0,00
O 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9
Vazão
16-2

0.70

0.60

0.50

ê
<11
0.40
C I
~
<11 0.30
~

0.20

0.10

0.00
O 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Differenlial pressure readng (Inches HAa)

. Dlfferential
Pressure1 . Dmerentlal
Pressure2 ~ DllferenlialPressul8 3

Note: 'lbe prec:iaion of lhe cIiffcmJtial preIaR devX:e used iD dús cumplc js :1:0.25pm:cm of fuIl_1c.

Agure .1-3-Contribution to Flow Error due to


DlfferentiaJ Pressure Instrurnentation
17

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


-CÁLCULOS DE PROJETO-

1. PONTO DE PROJETO: devido a caracteristica quadrática e a rangeabilidade


destes medidores, o ponto nonnal de operação deve con-espondera .ôP~ 50%
(o que leva a vazão ~ 70%).

No MMV é adotado como ponto de projeto:

âP =0,5625 (ou vaziío = 75%)

2. EQUAÇÕES E GRAUS DE LIBERDADE:

qm= f(C,6,P,D,p,N»

c = f(R",P,D,típo _de _tomadas)

R" = f(q m,D,p)

6 = f(P,K,N>,lD

..
Nwn projeto típico são dados:
vazão normal: 'lm
fluido: p, J1,.K
. condições de operação: temperatura e pressão
. tubulação: D

e cabe ao projetista detenninar:


.
.~
.
tipo de orifício

.ôP
. (alterar D. se necessário).
.. detalhes de instalação: tubulação, instrumentos

Portai1todo ponto de vista de cálculo, o projetista tem 2 graus de liberdade.

Assim, em projeto, surgem 2 tipos de cálculo:

.
. cálculo de f3
cálculo de âP

Esses cálculos exigem wn processo iterativo, e são geralmente executados


pelo método de Newton-Raphson ou pelo Método das Aproximações
Sucessivas.
"---" -- ---

18

3. CÁLCULOS DE f3 EM>:

. Ver nas páginas adiante o flu."'<ogramado cálculo iterativo de f3(ou de d)


e o do cálculo iterativo de M>. ambos por aproximações sucessivas

. . (Figs. 2.1 e 2.3 do MlV1V).


Observações:
a variação de C é maior para altos pe baixos Re (válido para

. alglU1Stipos de orifício; v. MMV Cap.3)


a incerteza de C é função de f3(válido para alglU1Stip<.)S
de

. orifício; v. MMV Cap.3)


os trechos retos de tubulação requeridos aumentam com o
aumento de ~
.. a perda de carga e energia diminui com o aumento de f3
se tor necessário variar Re": modifique D
. se for necessário variar f3:modifique o range de M>.ou D

Nota: o .tU>no caso de t1uidos incompressíveis pode ser calculado


diretamente. não requerendo iteraçõe8,

4. CÁLCULO DA vAZÃo CORRIGIDA:

. Se um medidor opera em condições diteren1esdas de projeto o cálculo


da vazão deve ser feito por processo iteratívo utíliz.andoas mesmas
equações de projeto. Veja nas páginas adiante o fluxograma desse
cálculo da vazão (Fig. 2.2 do MMV).
. Observações:
. p tem o mesmo grau de intluência na vazão que til'
.. J1afeta Re .que afeta C
a temperatura de operação ateta ~. D e as propriedades do tluido
. para gases. Pl e 1CMetam o fator de expansão 8.
18-1

Fig. 2.1. Fluxograma para o cálculo iterativo do diãmetro do orifício

s = qm

A.J2~P~ I

r3 = ( 1 + (k, I s + k2) ]-0.2 5

4qm
Reo= 1"[O !l1

a = f( r3)
E = f( r3)
Fh = f( r3)

Não

dm = d (1 + À.(tm- t)]
18-2

Fig. 2.3. Fluxograma para cálculo iterativo da pressão diferencial

q2
k1 = m
2P1(a.a f1,)2

~P =k1 ~;2

~ = f(ôP)

Não

t.p
ó.PR=
(1/1Ri
18-3

Fig. 2.2. Fluxograma para o cálculo iterativo da vazão'

1
K = é: Fh a V 2 ~p P,

~r34

qm= K Cco

4qm I
R~=I Tq.tO

qm = K Cj

Não

Sim
19

MEDIDORES TIPO ORIFÍCIO


-VARIÁVEIS ENVOLVIDASNA MEDIÇÃO-

1. VAZÃO VOLUMÉTRICA:

q" = q",
Pr

2. ÁREA DO ORIFÍCIO E ÁREA 00 TUBO:

z.d2
a=- d=dlll-(1+Â-M)
4

A = Z.D2 D=D", .(l+Â,.M)


4

3. MASSA ESPECÍFICA

3.1. MASSA ESPECÍFICA DA ÁGUA:


.
.efeito da temperatma: polinômio de 5° grau (fonte PTB)
efeito da pressão: geralmente desprezível

3.2. MASSA ESPECÍFICA DE HC:


.efeito da temperatura: dado pelos fatores VCF ou CTL. calculados pelas
equaçõesdo API-MPM<)(CNP.no Brasil)
. efeitoda pressão:
Po:
p= l-(P-PJ.F

F: calculado por equaçÔes do API -MPMS

3.3. MASSA ESPECÍFICA DE GAS PERFEITO OU GAS IDEAL:

A-f.P

P= Ro-T

3.4. MASSA ESPECÍFICA DE GAS REAL

ft.,f.P
P=Z.Ro-T

. Z, fàtor de compressibilidade, é função de P r e Tr, pressão reduzida e


temperatma reduzida .

. métodos de cálculo de Z: . .
..
.Lee-Kesler: acrescenta a dependência de Z com (I),fator acêntrico
Red1ich-Kwollg:adequado para 0,95 < Z < 1,0
20

. Hall-Yarborough: para gás natural, incerteza de 0,3% dentro de certos


limites
. "

AGA #8 (bruto e detalhado): é o mais indicado paro gás natural

3.5. MASSA ESPECÍFICA DE MISTURA DE GASES

. usam-se os métodos acima com pressão e temperatma pseudo-críticas,


obtidas por ponderação com as trdÇõesmolares dos componentes.

3.6. MASSA ESPECÍFICA DE UM GAS PELA SUA DENSIDADE

. a densidade de um gas pode ser estimada por

AI
G=-
28,96247

e sua massa específica


Z .p
P = O,0034834.G. ~
Z.T

onde: Zo: fàtor de compressibilidade a ooe e 101,325 kPa


Z : idem, a T e P

3.7. MASSA ESPECÍFICA DO VAPOR D'ÁGUA

. equações do Thennodynamic Properties of Steam, ref [9] do MMV

4. VISCOSIDADE

. para altos Re basta um valor aproximado de J.L

4.1. VISCOSIDADE DE LÍQUTIX)S

. em ger~l diminui com o aumento da tentperatura e varia pouco com a

. pressão
efeito da temperatura: equações paro estiman)u inteIpolar

4.2. VISCOSIDADE DE HC LÍQUIIX)S

.. efeito d't temperatura: equações para interpolação do ASTM D-341


efeito da pressão: equação de K. Lucas (só necessário para altas pressões)

4.3. VISCOSIDADE DE GA..<)ES

. em geral J.Laumenta com o aumento da temperatma e com o aumento da

.. pressão .'
não é necessário grande exatidão, pois Re é elevado
equações para estUnar ou interpolar
21

4.4. VISCOSIDADE DO VAPOR D'ÁGUA

. equações do Thermodynamic Properties of St~. ref [9] do MMV

5. EXPOENTE ISOENTRÓPICO

. sensibilidade de '1111
a 1Cnão é muito grande, e aumenta com o amnento de

. APIP]
em geral é satisfutório nas aplicações práticas supor que o gas se comporta
como gas perfeito. ou como gas ideal

5.1. EXPOENTE ISOENlRÓPICODE GASPERFEITO


. Cp e Cv são independentes da temperatura e da pressão

K=-=cp Cp
c" cp -(Ro 1M)

5.2. EXPOENTE ISOEN1RÓPICO DE GAS IDEAL


. semelhante ao anterior. porém Cpé função da temperatura

c = A+BT+CT2 +DT3
p lvi

onde A,B,C e D são tabelados para diversos gases

5.3. EXPOENTE ISOENTRÓPICO DE GAS REAL


. Cp e Cv são ftmções da temperatura e da pressão
. método do Teclmical Data Book - Petroleum Refming - API:
. calcula-se cp do gas ideal e corrige-se o efeito da pressão
..
calcula-se c."= cl' - (Ro1M) e coIrige-se o eleito da pressão
se - P < 0.25 Pc então
C
K = ---L
c"
senão há mna correção adicional
. as correções do efeito da pressão são funções de Pr e Tr

5.4. EXPOENTE ISOENlRÓPICO DE MISTURA DE GASES

. usa-se o método anterior com pressão e temperaturd pseudo-críticas.


obtidaspor ponderaçãocomas fraçõesmolaresdos componentes.

Nota: veja detallies dos métodos dê cálculo das Variáveis Envolvidas na Medição no
Capo4 do MMV.

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