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C u r s o

Inspeção de Sistemas de
Medição de Gás natural

Módulo 1

Metrologia Dimensional

desafio 3

Conceitos Básicos de Tolerância Dimensional


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Inspeção de Sistemas de
Medição de Gás natural

Módulo 1

Metrologia Dimensional

desafio 3

Conceitos Básicos de Tolerância Dimensional


Módulo 1

Metrologia Dimensional
desafio 3
Conceitos Básicos de Tolerância Dimensional

SUMÁRIO

1. Definição
2. Terminologia básica da tolerância
3. Afastamentos
4. Tipos de Medidas e Medições
5. Critérios de Escolha do Método
CTGÁS | CENTRO DE TECNOLOGIA EM GÁS

CONCEITOS BÁSICOS DE TOLERÂNCIA


DIMENSIONAL
Você já parou para refletir se é possível alguém confeccionar
uma peça com medidas exatas? Neste conteúdo, compreenderemos
porque isso ocorre, e abordaremos Conceitos Básicos de Tolerância
Dimensional que poderão ser aplicados em suas práticas cotidia-
nas.

Vejamos por que isso ocorre...

1. Definição
É muito difícil alguém conseguir confeccionar uma peça com
medidas rigorosamente exatas, ou seja, com TOLERÂNCIA
ZERO. Porque todos os processos de fabricação de alguma forma
estão expostos às grandezas de influência durante a produção, e
os resultados sempre apresentam variações ou desvios das medi-
das indicadas nos projetos.

As práticas nos provam que as medidas das peças podem ficar


maiores ou menores, porém dentro de determinados limites, de
forma que isso não interfira na qualidade. Esses desvios aceitá-
veis nas dimensões das peças caracterizam o que chamamos de
TOLERÂNCIA DIMENSIONAL.

As variações ou desvios aceitáveis que, a partir de agora de-


finimos como Tolerâncias, são evidenciadas nos desenhos técni-
cos das peças e representadas por valores e símbolos específicos,
como no exemplo abaixo.

Exemplo:

Desenho Técnico – Pinos Prisioneiros

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Geralmente, as peças de um conjunto mecânico funcionam


em movimentos relativos entre si, daí a idéia de adotarmos afas-
tamentos máximos e mínimos para as dimensões ou cotas
nominais, pois, caso contrário, os problemas de funcionamento,
de montagem e desmontagem das peças de um conjunto seriam
bastante críticos. Peças cujas medidas se apresentem dentro do
campo de tolerância específico, terão vidas longas.

2. Terminologia básica da tolerância

A figura abaixo representa a vista lateral, em corte, de uma


peça furada, a qual será muito útil para o entendimento dessa
terminologia.

Vista Lateral em Corte

Em que:
ATENÇÃO
• Dimensão ou Cota Nominal – medida de referência Os afastamentos podem ser
• Afastamento superior – desvio máximo permitido uni ou bilaterais, ou seja, tanto
• Afastamento Inferior – desvio mínimo permitido podem permitir desvios positivos
• Dimensão máxima – relação entre a cota nominal e o des- ou negativos, quanto positivo e
negativo ao mesmo tempo.
vio superior
• Dimensão mínima – relação entre a cota nominal e o des-
vio inferior
• Campo de tolerância – diferença entre as dimensões máxi-

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ma e mínima
Exemplo:
ATENÇÃO
O As letras que representam ou
acompanham os valores para
medidas de eixos deverão ser
minúsculas e para furos maiús-
culas.
Exemplo:
• Ø – Símbolo que representa
diâmetro
• Ø d – diâmetro externo de
um eixo
• Ø D – diâmetro interno de
uma peça furada
• As – afastamento superior
para um furo
• Ai - afastamento inferior para
um eixo

3. Afastamentos
Consideramos afastamentos os valores que determinam o
quanto uma peça, ou parte dela, pode variar em relação à cota
nominal sem que haja prejuízos no seu funcionamento ou para
que haja intercambiabilidade.

Ajuste Entre Eixo e Furo

De acordo com as definições, já podemos interpretar os afas-


tamentos do desenho técnico acima.

Sendo assim, temos:

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4. Tipos de Medidas e Medições


A partir da noção de que fundamentalmente medir é compa-
rar, tem-se que uma medida pode ser obtida por dois métodos
distintos:
• Medição por comparação DIRETA
Compara-se o objeto da medida com uma escala conveniente,
obtendo-se um resultado em valor absoluto e unidade coerente.

Exemplo:

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Em uma medição do comprimento de uma peça utilizando a


régua graduada, o valor é obtido diretamente apenas contando
a distância entre dois traços, do inicial tomado como referência
ao final do comprimento da peça.

Medição Direta com Régua Graduada

• Medição por comparação INDIRETA


DICAS
Compara-se o objeto da medida com um padrão de mesma
natureza ou propriedade, inferindo sobre as características me- Na prática, normalmente,
simplificam-se os termos acima
didas/verificadas. Por exemplo, medições/controle de peças com definidos. Assim, encontramos
calibradores passa-não-passa; utilização de relógios compara- usualmente “medida direta” e
dores. “medição por comparação” ou
“medição indireta”.
Exemplo:

Ao medir a altura de uma peça utilizando o relógio compara-


dor; primeiro, toma-se um padrão como referência e regula-se
o relógio no zero, retira-se o padrão tomado como referência e
comparam-se as demais peças, sabendo, assim, qual é a diferen-
ça dessas peças em relação ao padrão.

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Medição Indireta com Relógio Comparador

Medição Indireta com Calibrador (passa ou não-passa)

5. Critérios de Escolha do Método


A passagem de medição direta para indireta pode, em geral,
ser associada a dois fatos:
• Tempo necessário para executar a medição;

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• Necessidade de resolução ou precisão incompatíveis com a


dimensão a ser medida (com instrumentos de medição dire-
ta), por exemplo: 50 mm com 0,1 (um) de precisão.

Glossário
Intercambiabilidade: A possibilidade de se substituir algumas
peças por outras ao montar ou consertar um equipamento.

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