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Introdução à Física
Algarismos Significativos
Os dígitos obtidos como o resultado de uma medida são chamados de algarismos
significativos.
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Qualquer que seja o instrumento de medição, sua precisão está limitada na sua
fabricação. No caso de uma escala, por exemplo, na maioria das vezes a leitura do
valor de uma grandeza é intermediária a dois traços consecutivos da escala.
6 cm ou 7 cm ou 8 cm...?
Observações:
Os zeros à esquerda: Em uma medida, o algarismo zero à esquerda não é
significativo, pois seu papel é apenas de ancorar a vírgula.
Ex.: 0,0034 m = 3,4 mm. Em cada uma dessas medidas há apenas dois
algarismos significativos (3 e 4).
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O termo duvidoso, provém do fato que o mesmo apresenta uma incerteza, gerada
✓ pela sensibilidade do instrumento;
✓ pela perícia do observador;
✓ pela própria grandeza medida.
Leituras possíveis:
12,5cm ou
12,6cm ou
12,7cm ...?
4
Para instrumentos analógicos, podemos, por exemplo, considerar a incerteza da
medição como sendo a menor divisão do instrumento divido por dois.
Logo, 𝑹 = 𝟖, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐 𝛀
Atenção!!! A incerteza deve incidir sobre o
último algarismo significativo da medida.
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Para se apresentar corretamente o resultado de uma medição devem ser observadas
estas três regras:
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Neste exemplo, em que obteve-se que o tempo médio de queda de um objeto era de
2,0175 s com um desvio padrão de 0,0275 s.
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Operações com os algarismos significativos
A operação correta com algarismos significativos exige o conhecimento da teoria de
erros. Entretanto, algumas regras simples podem auxiliar para evitar o exagero no uso
de casas decimais, muitas vezes representando uma precisão que não corresponde à
realidade.
1) Arredondamento: Nos cálculos, arredonde para cima se o último dígito for maior que
5, se for menor que 5 o valor é conservado. Quando o número termina em 5, arredonde
sempre para o número par mais próximo.
Arredondamento para cima:
Valor conservado:
Arredonde para o nº par mais próximo:
OBS: ⊳Constantes como π (pi), e (número de Euler), e etc., não devem ser levadas em
consideração para o arredondamento.
⊳É usual os arredondamentos serem feitos ao final das operações.
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Notação Científica
A maneira de se escrever o valor numérico em trabalhos científicos é
preferencialmente a notação científica. Quando a notação científica é utilizada, o
número é escrito como o produto de um coeficiente e de um multiplicador. O
coeficiente é um número com apenas um digito do lado esquerdo da vírgula (isto
implica que ele pode ter infinitos algarismos a direita da vírgula). O multiplicador é o
número 10 elevado a alguma potência.
Exemplos:
10
A maioria das grandezas físicas apresenta um grande intervalo de valores – desde
muito pequenos até valores muito elevados. Para simplificarmos a escrita e leitura
de valores com tantos dígitos, o Sistema Internacional de Unidades permite-nos
utilizar diversos prefixos. Observe a seguir uma tabela com os prefixos do SI:
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Operação com Potências de 10
Fazer operações com números muito grandes, ou muito pequenos, quando escritos da forma
comum é bem mais complicado. Quando estes números estão escritos na notação de
potências de 10, estas operações tornam-se bem mais simples, seguindo as leis estabelecidas
em Álgebra, para operações com potências. Recorde via os exemplos a seguir:
𝟕,𝟐𝟖𝒙𝟏𝟎𝟓 𝟕,𝟐𝟖
b) =( ) ∗ (𝟏𝟎𝟓−𝟖 ) = 𝟏, 𝟖𝟐𝒙𝟏𝟎−𝟑
𝟒𝒙𝟏𝟎𝟖 𝟒
𝟑
c) 𝟓𝒙𝟏𝟎−𝟑 = 𝟓𝟑 ∗ (𝟏𝟎−𝟑 )𝟑 = 𝟏𝟐𝟓𝒙𝟏𝟎−𝟗 = 𝟏, 𝟐𝟓𝒙𝟏𝟎−𝟕
Quando for adição, devemos, incialmente expressar as parcelas em uma mesma potência de
10. Confira:
Unidades fundamentais do SI
Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Tempo segundos s
Massa quilograma kg
Velocidade metros por segundo m/s
Energia Joules J
Corrente elétrica Ampère A
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Tempo (s)
60s ≡ 1min 3600s ≡ 1h 60min ≡ 1h
Comprimento (m)
101 mm ≡ 1𝐜m 102 cm ≡ 1m 103 m ≡ 1km
Área (m2)
102 mm2 ≡ 1cm2 104 cm2 ≡ 1m2
eleva a 2
Volume (m3)
103 mm3 ≡ 1cm3 106 cm3 ≡ 1m3 eleva a 3
Velocidade (m/s)
× 𝟑, 𝟔
𝒎 𝒌𝒎
𝒔 𝒉
÷ 𝟑, 𝟔
14
01- 04-
02-
05-
06-
03-
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07-
08-
09-
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FÍSICA APLICADA I
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Carga Elétrica e
Processos de Eletrização
CARGA ELÉTRICA
Com base na Química, sabemos que os átomos
são compostos em sua forma mais elementar de
elétrons e quarks (que é a constituição dos
prótons e nêutrons).
Observações:
Observe que a quantidade de carga que entra e que sai do ponto de junção
dos fios (nós) é a mesma!
O meio isolante (ou dielétrico) impede que um fluxo significativo de cargas passe
através da sua estrutura. Ele também pode ser sólido, líquido ou gasoso.
Ex.: borracha, vidro, papel, madeira etc.
ELETRIZAÇÃO
Eletrizar a matéria significa alterar o equilíbrio de cargas, tornando-a carregada
positiva ou negativamente. Esse desequilíbrio é obtido retirando ou fornecendo
elétrons aos átomos.
Veremos a seguir as três formas de eletrização: por atrito, por contato ou por indução.
i. Os corpos ficam carregados com cargas de sinais opostos, pois o corpo que
perdeu os elétrons fica carregado positivamente, enquanto o que os ganhou
fica eletrizado negativamente.
ii. Os módulos das cargas adquiridas pelos dois corpos são iguais, pois o
número de elétrons que um corpo perdeu é igual ao número de elétrons que o
outro ganhou.
As cargas tendem a ficar na superfície externa – posição nas quais elas estão o
mais distante possível umas das outras.
contato
Para corpos esféricos, a carga final é proporcional ao raio de cada esfera. Após o
contato, sendo 𝑅𝐵 = 2𝑅𝐴, temos que as cargas de B e A serão 𝑄𝐵 = – 32 µ𝐶 e 𝑄𝐴 =
– 16 µ𝐶, de maneira que a soma das cargas finais continua igual à carga total inicial
(−48 µ𝐶). Então, no caso de esferas do mesmo tamanho, a carga total inicial se
divide igualmente entre elas, após o contato.
A Terra tem capacidade de descarregar qualquer corpo por ser praticamente neutra
e muito grande. Assim, para as situações 1 e 2 acima temos:
Para eletrizar a esfera B, vamos ligá-la à Terra por meio de um fio condutor. Os elétrons,
repelidos por A, fluem para a Terra.
(b) Se o bastão estiver positivo, serão induzidas cargas positivas nas folhas, pois
o bastão vai atrair elétrons para a esfera. Da mesma forma que antes, as
folhas, agora positivas, vão se abrir devido à repulsão entre elas.
Neste caso dizemos que houve uma polarização do dielétrico, visto que não existe
indução, pois não há deslocamento de cargas.
Um material condutor permite que haja fluxo de cargas através dele, sem muita
dificuldade. Um isolante (dielétrico) dificulta que um fluxo significativo de cargas
passe através da sua estrutura.
02-
01-
02- E
03-B
04-D
05-B
06-D
07-A
08-D
09-A
Força Elétrica
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Força elétrica
A Lei de Coulomb
Considere duas cargas pontuais de valores 𝑸𝟏 e 𝑸𝟐, separadas por uma distância 𝒓.
𝑭𝟏𝟐 é o módulo da força que a carga 𝑸𝟏 exerce sobre a carga 𝑸𝟐, e 𝑭𝟐𝟏 é o
módulo da força que a carga 𝑸𝟐 exerce sobre a carga 𝑸𝟏.
• Esse meio tem de ser dielétrico. Caso contrário, os objetos eletrizados perderiam
sua carga elétrica através dele.
• O vácuo é o meio que permite a maior força elétrica entre duas cargas.
Sendo 𝒓𝑨 < 𝒓𝑩, a força de atração pente/papel é maior que a repulsão (𝑭𝑨 > 𝑭𝑹).
Dessa forma, o papel sofre ação de força elétrica resultante de atração para o
pente, mesmo que a sua carga seja igual a zero.
A esfera do pêndulo está eletrizada com uma carga (q) de sinal conhecido
02-
01-Fg=3,7x10-47N e Fe=8,2x10-8N
03-a 10cm da carga Q1
04-A
05-A
06-B
07-B
08-E
09-D
10-C
11-D
12-B
Campo Elétrico
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Campo elétrico
Os Campos Gravitacional (𝒈) e Elétrico (𝑬)
O campo gravitacional criado por Assim como o campo gravitacional, o campo
qualquer outro objeto que tenha elétrico existe sempre na presença de uma
massa não depende da massa carga geradora (𝑸).
(𝒎) do corpo que está sofrendo a O campo elétrico também depende da
sua ação. distância 𝒓 que separa a carga geradora da
carga de prova ( 𝒒 ) e, diferente do campo
gravitacional, o campo elétrico depende do
meio onde as cargas se encontram.
𝑬∝ 𝑸 𝟏
𝑬∝ 𝟐
𝒓
linhas de força de
duas cargas
as linhas de força do campo elétrico pontuais de
“divergem” da carga positiva e mesmo módulo e
“convergem” para a negativa. sinais.
ii. As linhas de força são desenhadas de forma que o vetor campo elétrico 𝐸, em
cada ponto, seja tangente e no mesmo sentido da linha de força que passa por
esse ponto.
iii. O número de linhas que chegam à superfície do objeto, ou que saem dela, é
proporcional à quantidade de carga que o corpo possui.
Não existe 𝑬𝑻
𝑭 = 𝒎𝒂 𝑭𝒆 = 𝒎𝒂
O vetor campo elétrico resultante num ponto P devido a N cargas será dado pela
soma vetorial de todos os vetores parciais:
03-
02-
03-
04-A
05-a)2x10-9s b)0,64cm
06-A
07-C
08-D
09-B
10-A
Potencial Elétrico
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Potencial Elétrico
Conceitos importantes:
𝑾𝑨𝑩 𝐽
No SI, a unidade potencial elétrico é 𝑉𝐴𝐵 = 𝐶 = 𝑣𝑜𝑙𝑡 = 𝑉
𝑽𝑨𝑩 =
𝒒
A força elétrica é conservativa e o trabalho dessa força não
depende do caminho e sim apenas dos pontos iniciais e finais!
Potencial Elétrico – Prof.ª Karolline Araújo 80
Observações: 𝑾𝑨𝑩
𝑽𝑨𝑩 =
𝒒
i. A voltagem 𝑉𝐴𝐵 não depende do valor da carga 𝑞. A diferença de potencial em
uma região depende apenas da carga fonte que a produziu, do meio dielétrico que
preenche o espaço e da geometria envolvida no problema.
iii. O sinal do trabalho 𝑊𝐴𝐵 e da carga 𝑞 devem ser considerado na equação 𝑉𝐴𝐵.
𝑾𝑨𝑩 > 𝟎 , 𝒒 > 𝟎, 𝑽𝑨𝑩 > 𝟎 → 𝑽𝑨 > 𝑽𝑩 𝑾𝑩𝑨 > 𝟎 , 𝒒 < 𝟎, 𝑽𝑩𝑨 < 𝟎 → 𝑽𝑩 < 𝑽𝑨
(+) Move p/ potenciais elétricos menores (-) Move p/ potenciais elétricos maiores
𝑾𝑨𝑩 = 𝑭𝒆 . 𝒅 𝐜𝐨𝐬 𝜽
sendo 𝐹𝑒 ∥ 𝑑 , cos 0° = 1
𝑾𝑨𝑩 = 𝑭𝒆 . 𝒅
Linhas
equipotenciais
geradas por uma
nuvem eletrizada
𝟏
𝑽∝
𝒓
Se uma das cargas for solta, a energia potencial elétrica do sistema se converterá
em energia cinética.
𝑲𝑸𝟐 𝑸𝟏 𝑸𝟐
𝑬𝒑𝒆 = 𝑸𝟏 𝑽𝑨𝑩 = 𝑸𝟏 𝑬𝒑𝒆 = 𝑲
𝒓 𝒓
10-
12-
03-
04-
05-D
06-
07-A
08-17
09-40J
10-
Condutores
98
Condutores
𝑸
𝑲
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒓 ≤ 𝑹
𝑽= 𝑹
𝑸
𝑲 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒓 > 𝑹
𝒓
Condutores – Prof.ª Karolline Araújo 102
Blindagem Eletrostática
O interior de um condutor é um lugar
onde o campo elétrico de um agente
externo não consegue entrar. Esse
efeito é conhecido como blindagem
eletrostática.
Gaiola de Faraday
01-B
02-C
03-E
04-D
05-B
06-13
07-C
08-B
09-B
10-D
11-C
12-C
01-
117
02-
118
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119
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139
30-
140
Gabarito
01-E
02-A
03-A
04-E
05-A
06-A
07-D
08-B
09-D
10-B
11-B
12-B
13-A
14-a) b)vertical para cima
15-E
16-C
141
17-B
18-A
19-a)negativa para que o deslocamento que a carga sofre pela força elétrica seja
contrária ao campo elétrico.
𝑞𝐸
b)θ = tan−1 𝑚𝑔
20-B
21-B
22-D
23-D
24-E
25-E
26-a)40,5x10-19J b)1,6x1013m/s2
27-A
28-E
29-13
30-A
142