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C u r s o

Inspeção de Sistemas de
Medição de Gás natural

Módulo 1

Metrologia Dimensional

desafio 1

Sistema Internacional de Unidades


C u r s o

Inspeção de Sistemas de
Medição de Gás natural

Módulo 1

Metrologia Dimensional

desafio 1

Sistema Internacional de Unidades


Módulo 1

Metrologia Dimensional
desafio 1
Sistema Internacional de Unidades

SUMÁRIO

1. Histórico da criação do SI - Sistema Internacional de Unidades


2. Múltiplos e submúltiplos do metro
2.1. Regras para emprego dos prefixos no SI
2.2. O Sistema Internacional de Unidades
2.2.1. Unidades de Base
2.2.2. Unidades Derivadas
2.2.3. Unidades Suplementares
3. Unidades em Uso com o Sistema Internacional
4. Unidades Admitidas Temporariamente
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Sistema Internacional de Unidades


Neste conteúdo, será abordado o Sistema Internacional de Uni-
dades, em que teremos uma compreensão da origem deste Sistema,
bem como de sua importância no que diz respeito aos padrões de
medidas no mundo.

Preste bastante atenção e bons estudos!

1. Histórico da criação do SI - Sistema


Internacional de Unidades
Você já parou para imaginar em como fazia o homem, a cerca
de 4.000 anos atrás, para medir comprimentos?

No início do Renascimento, as crescentes transações comer-


ciais entre diferentes povos tornaram necessário o aparecimento
de um sistema unificado de mensuração.

As unidades de medição primitivas ainda eram baseadas em


partes do corpo humano, que eram referências universais, pois
ficava fácil chegar-se a uma medida que podia ser verificada por
qualquer pessoa. Foi assim que surgiram medidas padrão como
a polegada, o palmo, o pé, a jarda, a braça, o cúbito e o passo.

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Entretanto, surgiu um movimento no sentido de estabelecer


uma unidade natural, isto é, que pudesse ser encontrada na na-
tureza e, assim, ser facilmente copiada, constituindo um padrão
de medida. Havia também outra exigência para essa unidade:
ela deveria ter seus submúltiplos estabelecidos segundo o siste-
ma decimal.

Finalmente, um sistema com essas características foi apre- ATENÇÃO


sentado por Talleyrand, na França, num projeto que se transfor- Finalmente, em 1984, o metro
mou em lei naquele país, sendo esta aprovada em 8 de maio de foi relacionado com a veloci-
dade da luz no vácuo, que é a
1790. atual definição, isto é, metro
é o comprimento do trajeto
Estabelecia-se, então, que a nova unidade deveria ser igual à percorrido pela luz no vácuo,
décima milionésima parte de um quarto do meridiano terrestre. durante o intervalo de tempo de
1/299. 792. 458 do segundo.
Esta foi a primeira definição do metro!

Essa distância foi calculada e transferida para uma barra de


platina com secção transversal retangular. O metro padrão
passou a ser definido como a distância entre os dois extremos da
SAIBA MAIS
barra a uma dada temperatura, sendo que outros países recebe-
ram barras semelhantes para disseminar a nova medida. Algumas medidas-padrão con-
tinuam sendo empregadas até
hoje. Veja os seus correspon-
Em 1889, o padrão do metro foi substituído por uma barra dentes em milímetros:
com secção transversal em “X”, composta por uma liga de platina 1 polegada = 25,4 mm
e irídio altamente estável, mais precisa do que o padrão original 1 pé = 304,8 mm
1 jarda = 914,4 mm
de 1799. O comprimento desta barra, a 0º C, era equivalente a 1 cúbito = 523 mm
um metro. Vários países receberam cópias destes padrões, pre- 1 palmo = 76 mm
cisamente calibrados com comparadores ópticos desenvolvidos 1 jarda = 914,40 mm
na época.

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Legenda: Meridiano Terrestre: 1º definição do metro

Legenda: Barra de platina-irídio usada na cópia-padrão do metro

2. Múltiplos e submúltiplos do metro

A tabela abaixo é baseada no Sistema Internacional de Medi-


das (SI).

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2.1. Regras para emprego dos prefixos no SI


As unidades do Sistema Internacional podem ser escritas
por seus nomes, sempre em letra minúscula, ou representadas
por meio de símbolos, também em letra minúscula.

Ao pronunciar o nome das unidades, o acento tônico recai


sobre a unidade e não sobre o prefixo.

Exemplos: micrometro, hectolitro, milissegundo, centigra-


ma.

Exceções: quilômetro, hectômetro, decâmetro, decímetro,


centímetro e milímetro.

1) O símbolo não é abreviatura, é um sinal convencional e in-


variável utilizado para facilitar e universalizar a escrita e a leitura
das unidades do Sistema Internacional. Por isso mesmo, não é
seguido de ponto, tampouco admite plural.

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Exemplos: giga (G), mega (M), quilo (K)...

2) O conjunto formado pelo símbolo de um prefixo ligado ao


símbolo de uma unidade constitui um novo símbolo inseparável
(símbolo de um múltiplo ou submúltiplo dessa unidade) que pode
ser elevado a uma potência positiva ou negativa e que pode ser
combinado a outros símbolos de unidades para formar os símbo-
los de unidades compostas.

Por exemplo:

1cm 3 = (10 -2 m) 3 = 10-6 m 3


1cm -1= (10 -2 m) -1= 102 m -1
1us -1 = (10 -6 s) -1 = 10 6 s -1
1V/cm = (1V) / (10-2 m) = 10 2 V/m

2.2. O Sistema Internacional de Unidades


Você conhece o Sistema Internacional de Unidade?

Um fator importante para a realização de uma medição é a


existência da unidade, estabelecido por um padrão, segundo
uma convenção própria, regional, nacional ou internacional.

No transcorrer do tempo, diversos foram os sistemas de unida-


des estabelecidos nas diferentes regiões do mundo. Em função do
intercâmbio internacional de produtos e informações, bem como
da própria incoerência entre unidades anteriormente adotadas,
estabeleceu-se em 1960, através do “Bureau Internacional de
Pesos e Medidas - BIPM”, um conjunto coerente de unidades,
o SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI), que consta das
unidades de: base, derivadas e suplementares.

O BIPM tem por missão assegurar a unificação mundial das


medidas físicas.

A adoção das unidades do SI é, no Brasil, uma obrigatorieda-


de legal e traz uma série de pontos positivos:

a) Facilidade de entendimento das informações a nível inter-


nacional (vantagem comercial e científica); ATENÇÃO
As Três Classes de Unidades
b) Demonstração de maturidade técnico-científica através do do SI
abandono de sistemas superados. No Sistema Internacional,
distinguem-se três classes de
unidades:
c) A simplificação das equações que descrevem os fenôme- – Unidades de base;
nos físicos, pelo fato de existir consistência entre as unidades das – Unidades derivadas;
grandezas envolvidas. – Unidades suplementares.

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2.2.1. Unidades de Base ATENÇÃO

Aceita por convenção, em um Sistema de Grandezas, como a O quilograma


unidade funcionalmente independente de outra grandeza. Entre as unidades de base do
Sistema Internacional, a uni-
dade de massa é a única cujo
Embora o valor de cada grandeza seja sempre fixo, não é raro nome, por motivos históricos,
que a forma de definir uma grandeza sofra alteração. Quando contém um prefixo.
ocorrem, estas alterações são motivadas por algum avanço tec- Os nomes dos múltiplos e sub-
múltiplos decimais da unidade
nológico que cria melhores condições de reprodução do valor de massa são formados pelo
unitário desta grandeza, isto é, praticidade e menores erros. acréscimo dos prefixos à pala-
vra “grama”.
Por exemplo: 10-6 kg = 1 mili-
grama (1 mg), porém nunca 1
microquilograma (1ukg).
UNIDADES DE BASE DO SISTEMA INTERNACIONAL

2.2.2. Unidades Derivadas


Unidades derivadas são as unidades formadas pela combina-
ção das unidades de base, segundo relações algébricas que cor-
relacionam as correspondentes grandezas. Constituem a grande
maioria das grandezas em uso. Por serem muito empregadas,
algumas grandezas recebem denominação específica.

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UNIDADES DERIVADAS DO SI

2.2.3. Unidades Suplementares


No SI, são também definidas as unidades suplementares. São
unidades cuja definição é puramente matemática, sem que um
padrão ou elemento físico seja necessário. Trata-se basicamente
das unidades de ângulo plano e ângulo sólido, como mostra a
tabela. O ângulo plano é a relação entre dois comprimentos e o
ângulo sólido é a relação entre uma área e o quadrado de um
comprimento. São unidades sem dimensão. Nota-se que estas
unidades também podem ser combinadas com as unidades base
para formar novas unidades derivadas.

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UNIDADES (SI) SUPLEMENTARES E SUAS DERIVADAS

SAIBA MAIS ATENÇÃO


Unidades não Pertencentes ao É importante salientar que
Sistema Internacional cada grandeza física tem uma
só unidade no SI, mesmo que
Existem unidades de medi-
esta unidade possa ser expressa
das que não pertencem a um
sob diferentes formas, porém
dado sistema de unidades. Por
o inverso não é verdadeiro: a
exemplo:
mesma unidade, no SI, pode
- O elétron-volt (aproximada-
corresponder a várias grande-
mente 1,602 18 x l0-l9J) é uma
zas diferentes.
unidade de energia fora do
sistema, em relação ao SI;
- O dia, a hora, o minuto são
unidades de tempo fora do
sistema, em relação ao SI.

3. Unidades em Uso com o Sistema


Internacional
O BIPM reconheceu que os utilizadores do SI terão necessida-
de de empregar conjuntamente certas unidades que não fazem
parte do Sistema Internacional, porém estão amplamente difun-
didas. Estas unidades desempenham papel tão importante que é
necessário conservá-las para uso geral com o Sistema Internacio-
nal de Unidades. Conforme apresentação na tabela abaixo.

A combinação de unidades deste quadro com unidades SI,


para formar unidades compostas, não deve ser praticada senão
em casos limitados, a fim de não perder as vantagens de coerên-
cia das unidades SI.

UNIDADES EM USO COM O SISTEMA INTERNACIONAL

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Do mesmo modo, é necessário admitir algumas outras uni-


dades não pertencentes ao Sistema Internacional, cujo uso é útil
em domínios especializados da pesquisa científica, pois seu valor
(a ser expresso em unidades SI) tem de ser obtido experimental-
mente e, portanto, não é exatamente conhecido.

4. Unidades Admitidas Temporariamente


Em virtude da força de hábitos existentes em certos países e
em certos domínios, o BIPM julgou aceitável que as unidades
contidas na tabela 4 continuassem a ser utilizadas, conjuntamen-
te com as unidades SI, até que seu emprego não seja mais neces-
sário. Estas unidades não devem, todavia, ser introduzidas nos
domínios em que elas não são mais utilizadas.

UNIDADES EM USO TEMPORARIAMENTE COM O SISTEMA IN-


TERNACIONAL

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