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Unidades de Medida e Sistema Internacional

Metrologia

Prof. Wellington M. S. Bernardes


wmsbernardes@ufu.br

Universidade Federal de Uberlândia


Faculdade de Engenharia Elétrica

1o Semestre / 2020 - Etapa 1

Prof. Wellington M. S. Bernardes wmsbernardes@ufu.br Metrologia


Introdução histórica
Adoção de um único sistema de unidades (vantagens)
Unidades de Medida e Sistema Internacional Unidades do SI
Graa Correta
Informações Adicionais

Sumário

1 Unidades de Medida e Sistema Internacional


Introdução histórica
Adoção de um único sistema de unidades (vantagens)
Unidades do SI
Graa Correta
Informações Adicionais

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Introdução histórica
Adoção de um único sistema de unidades (vantagens)
Unidades de Medida e Sistema Internacional Unidades do SI
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Introdução histórica
As medições devem ser corretamente interpretadas em qualquer
lugar do planeta e seus signicados são perenes. Para isso são
necessárias unidades de medição muito bem estabelecidas.
1. Os egípcios usavam a unidade denominada cúbito → distância
entre o cotovelo e a extremidade do dedo médio (século XIII a.C.).
O cúbito real do faraó Ramsés II era adotado como referência. Em
seguida, subdivisões do mesmo denominadas dígitos, eram
reproduzidas em pedra.
2. Estabelecimento da jarda (U.K.) (1101) → distância entre a
extremidade do nariz ao polegar estendido para cima do rei
Henrique I.
3. Valor médio do pé (U.K.) (1576) → soma do comprimento dos
pés esquerdos dos primeiros dezesseis homens que saíram da missa
na manhã de domingo.
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Introdução histórica
Tentativa de tornar o comprimento independente da anatomia
humana:
1. Século XVII (França) → uso das dimensões do planeta Terra
como referência. Fração de 10−7 do comprimento do meridiano
terrestre que parte do Equador e atinge o Pólo Norte e passa por
Paris. Essa missão foi longa (entre 1792 e 1798), dicultada em
razão das tensões da Revolução Francesa. Os agrimensores eram
expostos a morte e acusados de espionagem.
2. Em 10/12/1799, uma barra de platina, resultante dessa nova
unidade, foi depositada no Arquivo Nacional da França → metro,
mas somente em 1840, foi ocialmente utilizado.
3. Devido à algumas limitações de caráter prático e técnico, ele
passou por algumas modicações até que em 1983 chegou à sua
forma atual.
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Introdução histórica

Desenvolvimento de outras unidades apropriadas:


1799 (Arquivo Nacional da França): Cilindro de platina para
denição de quilograma.
1746 (Academia Francesa de Ciências): denição do sistema de
unidades (MKSA - metro, quilograma, segundo e ampere), aceito
pelos países membros da Convenção do Metro.
1954: MKSA extendido para inclusão de candela e o kelvin.
1960 (11a Conferência Geral de Pesos e Medidas): Esse novo
sistema foi denominado Sistema Internacional de Unidades e
passou a ser adotado progressivamente em escala mundial.

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Introdução histórica

Resistência americana (sistema inglês → SI): Três grupos


poderosos:
1 Fabricantes de automóveis. Necessidade de adaptar ou

substituir as máquinas, além de treinar pessoal;


2 Mecânicos de automóveis, em decorrência da necessidade de

trocar suas ferramentas, treinamento e administração de


estoques de peças. Mas com a decisão de mudança pelos
fabricantes, esse grupo não teve escolha.
3 Donas de casa com seus tradicionais livros de receita.

Hoje é comum ver produtos americanos nos dois sistemas de


medida (transferência gradual).

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Adoção de um único sistema de unidades (vantagens)


Entraves diplomáticos são evitados já que as relações
internacionais são extremamente facilitadas quando não é
necessário converter unidades, cujas relações nem sempre são
bem denidas ou únicas;
Do ponto de vista tecnológico, permite produtos globalizadas,
uma vez que partes produzidas em diferentes países podem ser
combinadas para tornar um sistema complexo sem problemas
de compatibilidade.
Incompatibilidade evitada entre os sistemas de unidades. Por
exemplo, combinação entre parafusos com roscas métricas e
porcas denidas no sistema inglês.
Esforço necessário para manter e administrar estoques e
ferramentas de trabalho é reduzido.
Simplicação nas equações que descrevem os fenômenos
físicos.
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Unidades de SI

Três classes existentes:


1 Unidades de base;

2 Unidades derivadas;

3 Unidades suplementares.

Cada grandeza tem apenas uma única unidade, obtida pela × ou /


a partir das unidades de base ou suplementares.

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A - As sete unidades de base


Bem denidas de forma clara e universal sendo modicadas
conforme pesquisas na área de metrologia cientíca.
Metro:
Desde 1779 - Protótipo de platina-irídio mantido em Paris;
Em 1960 - Redenido como 1 650 763,73 comprimentos de
onda da raia alaranjada da luz da lâmpada de criptônio 86.
Comprimento que a luz percorre um dado intervalo de tempo
quando viaja no vácuo. Expressiva redução da incerteza, de
10−7 para 10−12 m.
Com o avanço tecnológico e cientíco, novas demandas podem
surgir e novos limites são buscados.
O metro depende do segundo, já que a velocidade da luz no vácuo
é uma constante física exata e invariante (relacionamento entre
tempo e espaço).
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A - As sete unidades de base

Grandeza Denição da unidade Símbolo Incerteza


Comprimento Metro - trajeto percorrido pela luz no vácuo, durante ∆t = m 10−12
1/299.792.458 s
Massa Quilograma - uso de protótipo internacional kg 2.10−9
Tempo Duração de 9.192.631.770 períodos de radiação correspon- s 10−15
dente à transição entre os dois níveis hipernos do estado
fundamental do átomo de césio 133.
Intensidade Ampere - Mantida em dois condutores paralelos retilíneos, de A 9.10−8
de corrente comprimento innito, de seção circular desprezível e situados
elétrica à distância de 1 metro entre si, no vácuo, produz entre esses
condutores F = 2.10−7 newton por metro
Temperatura Kelvin - fração de 1/273,16 da temperatura termodinâmica do K 3.10− 1
termodinâ- ponto tríplice da água. 0K = menor valor possível sicamente
mica
Intensidade lu- Em uma dada direção, de uma fone que emite uma radiação cd 10− 4
minosa monocromática de frequência 540.1012 hertz e cuja intensi-
dade energética radiante nessa direção é de 1/683 watt por
esterradiano
Quantidade de Mol - contém entidades elementares equivalentes à quantidade mol 2.10− 9
matéria de átomos existentes em 0,012 quilogramas de carbono 12

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A - As sete unidades de base

Considerando uma mudança de escala espacial - 10−12 m


correspondesse a um 1 mm:
comprimento de onda de um laser vermelho teria cerca de 600
m;
diâmetro de um o de cabelo seria da ordem de 50 km;
espessura de uma folha de papel seria algo entre 100 e 140 km;
o de barba cresceria a v = 2, 0m/s aproximadamente.

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A - As sete unidades de base

Considerando uma mudança de escala temporal - 10−15 s é


correspondente a 1 s:
Um avião de jato levaria cerca de 120 anos para percorrer um
milímetro;
Uma lâmpada de ash caria acesa por volta de 30 anos;
Uma turbina de dentista levaria cerca de 60 anos para
completar uma rotação;
Um ser humano levaria cerca de 600 séculos para piscar o olho.

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B - Unidades suplementares

Grandeza Denição da unidade Símbolo


Ângulo plano O radiano é o ângulo central que abrange rad
um arco de círculo de comprimento igual
ao do respectivo raio
Ângulo sólido O esterradiano é o ângulo sólido, que sr
tendo vértice no centro de uma esfera de
raio unitário, abrange na superfície esfé-
rico uma área de valor igual a 1

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C - Unidades derivadas

Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo


Área metro quadrado m2
Volume metro cúbico m3
Velocidade metro por segundo m/s
Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s 2
Velocidade angular radiano por segundo rad/s
Aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s 2
Massa especíca quilograma por metro cúbico kg /m3
Intensidade de campo magnético ampere por metro A/m
Densidade de corrente ampere por metro cúbico A/m3
Concentração de substância mol por metro cúbico mol/m3
Luminância candela por metro quadrado cd/m2

Tabela: Formadas por combinações diretas das unidades de base

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C - Unidades derivadas

Grandeza derivada Unidade de- Símbolo No SI Usando unida-


rivada des de base
Frequência hertz Hz s−1
Força newton N m.kg .s −2
Pressão e tensão pascal Pa N/m2 m−1 .kg .s −2
Energia, trabalho e quanti- joule J N.m m2 .kg .s − 2
dade de calor
Potência e uxo radiante watt W J/s m2 .kg .s −3
Carga elétrica e quantidade coulomb C s.A
de eletricidade
Tensão elétrica Volt V W /A m2 .kg .s −3 .A−1
Capacitância elétrica farad F C /V m−2 .kg −1 .s 4 .A2
Resistência elétrica ohm Ω V /A m2 .kg .s −3 .A−2
Condutância elétrica siemens S A/V m−2 .kg −1 .s 3 .A2

Tabela: Nomes e símbolos especiais

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C - Unidades derivadas

Grandeza derivada Unidade de- Símbolo No SI Usando unida-


rivada des de base
Fluxo magnético weber Wb V .S m2 .kg .s −2 .A−1
Indução magnética e densi- tesla T Wb/m2 kg .s −2 .A−1
dade de uxo magnético
Indutância henry H Wb/A m2 .kg .s −2 .A−2
Fluxo luminoso lúmen Lm cd.sr
Iluminamento lux Lx lm/m2 cd.sr .m−2
Atividade (de radionuclídeo) becquerel Bq s −1 s −1
Dose absorvida e energia es- gray Gy J/kg m2 .s −2
pecíca
Dose equivalente siervet Sv J/kg m2 .s −2

Tabela: Nomes e símbolos especiais - cont.

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C - Unidades derivadas

Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo Usando unidades


de base
−1 −1
Viscosidade dinâmica pascal-segundo Pa.s m .kg .s
Momento de força newton-metro N.m m2 .kg .s −2
−2
Tensão supercial newton por metro N/m kg .s
Densidade de uxo de calor e irra- watt por metro qua- W /m2 kg .s −3
diância drado
Capacidade térmica e entropia joule por kelvin J/K m2 .kg .s −2 .K −1
Capacidade térmica especíca e joule por quilograma- J/(kg .K ) m2 .s −2 .K −1
entropia especíca kelvin
Energia especíca joule por quilograma J/kg m2 .s −2
Condutibilidade térmica watt por metro kelvin W /(m.K ) m.kg .s −3 .K −1
Densidade de energia joule por metro cúbico J/m3 m−1 .kg .s −2

Tabela: Formadas pelas unidades de base combinadas com unidades derivadas


com nomes especiais

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C - Unidades derivadas

Grandeza derivada Unidade derivada Símbolo Usando unidades


de base
Tensão de campo elétrico volt por metro V /m m.kg .s −3 .A−1
Densidade de carga elétrica coulomb por metro cúbico C /m3 m−3 .s.A
Densidade de uxo elétrico coulomb por metro quadrado C /m2 m−2 .s.A
Permissibilidade farad por metro F /m m−3 .kg −1 .s 4 .A2
Permeabilidade henry por metro H/m m.kg .s −2 .A−2
Energia molar joule por mol J/mol m2 .kg .s −2 .mol −1
Entropia molar e capacidade tér- joule por mol kelvin J/(mol.K ) m2 .kg .s −2 .K −1 .mol −1
mica molar
Exposição (a raios X e γ ) coulomb por quilograma C /kg kg −1 .s.A
Taxa de absorção de dose gray por segundo Gy /s m2 .s −3
Intensidade radiante watt por esterradiano W /sr m2 .kg .s −3 .sr −1
Radiância watt por metro quadrado es- W /(m2 .sr ) kg .s −3 .sr −1
terradiano

Tabela: Formadas pelas unidades de base combinadas com unidades


derivadas com nomes especiais

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D - Múltiplos e submúltiplos
Para evitar que o valor da grandeza seja escrito com um número
muito grande de algoritmos, o que tornaria a graa muito difícil de
ser lida, são usados prexos.
Algumas regras para utilização correta dos prexos:
1 Os prexos referem-se estritamente às potências de 10 (e não
às potências de 2). Ex.: um quilobyte representa 1000 bytes e
não 1024 bytes ;
2 Prexos devem ser escritos sem espaço antes do símbolo da
unidade. Ex.: quilômetro: km, e não k m;
3 Prexos combinados não podem ser usados. Ex.: 10−6 kg
deve ser escrito: 1 mg e não 1 µkg ;
4 Um prexo não pode ser escrito sozinho. Ex.: 109 /m3 não
pode ser escrito: G /m3 .
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D - Múltiplos e submúltiplos
Fator Prexo Símbolo Fator Prexo Símbolo
1024 yotta Y 10−1 deci d
1021 zetta Z 10−2 centi c
1018 exa E 10−3 mili m
1015 peta P 10−6 micro µ
1012 tera T 10−9 nano n
109 giga G 10−12 pico p
106 mega M 10−15 femto f
103 quilo k 10−18 atto a
102 hecto h 10−21 zepto z
101 deca E 10−24 yocto y
Tabela: Prexos das unidades do SI

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E - Unidades em uso e unidades aceitas em áreas especícas

Grandeza Unidade Símbolo Nas unidades do SI


Tempo minuto min 1 min = 60 s
hora h 1 h = 60 min = 3600 s
dia d 1 d = 24 h
o o
Ângulo grau = (π/180)
1
0 o
minuto ' 1 = (1/60) = (π/108000) rad
00 0
segundo  1 = (1/60) = (π/648000) rad
3 −3 3
Volume litro l, L 1 L = 1 dm = 10 m
3
Massa tonelada t 1 t = 10 kg
5
Pressão bar bar 1 bar = 10 Pa
o o
Temperatura grau Celsius C C = K − 273, 15

Tabela: Não pertencentes ao SI que são aceitas

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E - Unidades em uso e unidades aceitas em áreas especícas

Grandeza Unidade Símbolo Nas unidades do SI


Comprimento milha náutica 1 milha náutica = 1852 m
Velocidade nó 1 nó = 1 milha náutica por
hora = (1852/3600) m/s
Massa carat 1 carat = 2.10−4 kg = 200
mg
Densidade linear tex Tex 1 tex = 10−6 kg/m = 1
mg/m
Tensão de sistema óptico dioptre 1 dioptre = 1 m− 1
Pressão no corpo humano milímetros de mmHg 1 mmHg = 133 322 Pa
mercúrio
Área Are a 1 a = 100 m2
Área Hectare ha 1 ha = 104 m2
Comprimento angstrom Å Å = 0,1 nm = 10−10 m
Seção transversal Barn b 1 b = 10−28 m2

Tabela: Não pertencentes ao SI que são aceitas em áreas especícas

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Graa correta

Além de denir um conjunto coerente e completo de unidades para


descrever todas as grandezas, é importante que os símbolos e as
unidades sejam escritos de maneira apropriada. Algumas regras são
estabelecidas pelo SI para a graa correta de símbolos.

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Graa dos nomes de unidades

Quando escritos por extenso, os nomes das unidades começam


por letra minúscula, mesmo quando têm origem em nomes de
pessoas. Ex.: volt, kelvin e newton. Exceção: temperatura
grau Celsius;
As unidades podem ser escritas por extenso ou pelo seu
símbolo, mas nunca por combinações entre ambos. Exemplos
válidos: metros por segundo e m/s. Não são permitidas m por
segundo ou metros por s.

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Plural dos nomes de unidades

Os prexos nunca vão para o plural. Errados: quilogramas,


milisnewtons;
O plural dos nomes das unidades recebe a letra "s"no nal de
cada palavra nos seguintes casos:
Quando são palavras simples. Ex.: amperes, candelas,
newtons, farads, kelvins e volts;
Quando são palavras compostas não ligadas por hífen. Ex.:
metros quadrados, milhas marítimas e milímetros cúbicos;
Quando são termos compostos por multiplicação e ligados por
hífen. Ex.: amperes-horas, newtons-metros e watts-horas;

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Plural dos nomes de unidades

O plural dos nomes ou das partes dos nomes das unidades não
recebe a letra "s"no nal nos seguintes casos:
Quando terminam com letras s, x ou z. Ex.: siemens, lux e
hertz;
Quando correspondem ao denominador de unidades compostas
por divisão. Ex.: quilômetros por hora, volts por metro, watts
por esterradiano.

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Graa dos símbolos de unidades


Símbolos são invariantes, sendo escritos da mesma forma:

Símbolos não vão para o plural. O símbolo adequado para a


quantidade cem metros é 100 m. Estão erradas as formas 100
ms e 100 mts;
Símbolo não é abreviatura. Ele não deve ser seguido de ponto
a menos que esteja no nal de um período;
Não é permitido acrescentar quaisquer sinais, letras ou índices
para indicar particularidades. Ex.: o símbolo do watt é sempre
W, independentemente que seja potência mecânica, elétrica,
térmica ou acústica;
Símbolos de uma mesma unidade podem coexistir em um símbolo
composto por divisão, como: mm/m, kWh/h;
Símbolos de unidades compostas por multiplicação podem ser formados
por justaposição dos símbolos componentes. Ex.: VA e kWh. Havendo
risco de ambiguidades, um ponto deve ser colocado entre os símbolos.
−1
Ex.: N.m ou m.s .

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Graa dos símbolos de unidades

Símbolos compostos que contêm divisão em que mais de um


símbolo aparece no denominador podem ser formados como:
W /(sr .m2 ) W .sr 1 .m−2
W
sr .m2
Não é aceita a forma: W /sr /m2 ;
Quando um símbolo com prexo tem expoente, o expoente
afeta o conjunto prexo-unidade, como se esse conjunto
estivesse entre parênteses.
dm3 = (0, 1m)3 = (10−1 m)3 = 10−3 m3
mm3 = (0, 001m)3 = (10−3 m)3 = 10−9 m3

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Graa dos prexos

Prexos nunca são justapostos no mesmo símbolo. Está


correta a graa GWh, mas não kMWh, kkkWh ou MkWh;
Prexos podem coexistir em um símbolo composto por
multiplicação ou divisão. Ex.: kN.cm, kW .mA, kV /mm,
ml/km, kV /ms , mW /cm2 .

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Graa dos números

Na língua portuguesa, a vírgula é usada como separador


decimal. Quando o valor absoluto de um número é menor que
um, coloca-se um zero à esquerda da vírgula;
Não podem ser usados pontos para separar os grupos de 3
algarismos; apenas pequenos espaços são permitidos. É
também admitido que os algoritmos da parte inteira e os da
parte decimal sejam escritos seguidamente, i.e., sem separação
em grupos. Ex. corretos: 25 482,2 km, 0,042 162 54 s,
25482,2 km e 0,04216254 s. Não são aceitas: 25.482,2 km e
0,042.162.54 s.

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Espaçamento entre número e símbolo

Esse formato deve ser usado, mas pode ser suprimido apenas em
casos em que haja possibilidade de fraude, a m de evitar o
acréscimo indevido de um algarismo no espaço entre o número e o
símbolo.

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Pronúncia dos múltiplos e submúltiplos decimais das


unidades

Nomes dos múltiplos e submúltiplos devem ser pronunciados


por extenso. Ex.: 20ml deve ser pronunciado como vinte
mililitros, não vinte "eme-eles".
A sílaba tônica da unidade (assinalada em negrito) deve
permanecer como silaba tônica nos seus múltiplos e
submúltiplos. Ex.: segundo e milissegundo, pascal e
megaspascal, newton e quilonewton. Existem quatro
exceções, em que o acento tônico é deslocado para o prexo:
quilômetro, decí metro, centí metro e milí metro.

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Referência Bibliográca:
ALBERTAZZI, A.; SOUSA, A. R. de. Fundamentos de
Metrologia Cientíca e Industrial. 2a edição. Barueri, SP:
Editora Manole, 2018.
LIRA, F. A. Metrologia na Indústria. 9a edição. São Paulo, SP:
Editora Érica, 2013.

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Professor
Wellington Maycon S. Bernardes
wmsbernardes@ufu.br
Videoconferências no Microsoft Teams.
Material disponibilizado no Moodle - multimetro2020.

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