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COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DE ENGENHARIA

EM INTEGRIDADE DE EQUIPAMENTOS LTDA.

Curso: Inspeção de Equipamentos e Instalações


Petrobrás / UN-Rio

MONITORAÇÃO DA
CORROSÃO

Instrutor: José Carlos Cobucci

Ano: 2004

Estrada do Engenho D’Água, 1210 - Jacarepaguá - Rio de Janeiro - CEP 22765-240 – PABX: (21) 2427-6646 e-mail: integra@integra.org.br 0
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ÍNDICE

CUPOM DE CORROSÃO 02

Introdução 02
Processamento de cupons 04
Tratamento geral de cupons 05
Interpretação dos dados do cupom 08

SONDAS DE CORROSÃO 12
Objetivo 12
Sondas de Resistência Elétrica 14
Sondas ER 15
Sondas LPR 25
Sondas LPR Flush 27
Sondas Galvânicas 28
Sumário 31

BILBIOGRAFIA 32

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CUPOM DE CORROSÃO
(perda-de-massa e cupons especiais)

INTRODUÇÃO
Este curso deve dar a você os conhecimentos sobre:
• Uso de cupons em geral;
• Onde instalar os cupons;
• Processamento dos cupons;
• Tratamento geral dos cupons;
• Análise de cupons;
• Interpretação dos dados do cupom;
• Onde você pode achar outras informações sobre cupons.

Objetivo Principal:
• Tratamento e análise dos cupons perda-de-massa;
• Além disso, a analise de cupons especiais será comentada.

Uso de cupons em geral


Porque usar cupons?
• Avaliação da corrosividade;
• Monitoramento da eficiência dos programas de mitigação (controle);
• Avaliação da resistência dos diferentes metais e ligas para ambientes e sistemas
específicos.

Cupons podem dar a você as seguintes informações:


• Análise visual;
• Informação sobre os depósitos e o significado desse depósitos;
• A massa perdida pode ser utilizada para calcular a taxa de corrosão;
• Corrosão localizada pode ser observada e medida (p.ex. pite, pitting).
• Eficiência dos inibidores.

Cupons perda-de-massa
Os dois tipos de cupons de perda-de-massa mais utilizados são:
• Cupons disco (disc);
• Cupons chapa (strip).

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Esteja atento ao que segue:


9 As taxas de corrosão mostrada pelos cupons e a maioria dos dispositivos de monitoramento
raramente indicam a taxa real da corrosão nos sistemas de vasos e tubulações;
9 Dados fornecidos pelos cupons de corrosão e outros dispositivos de monitoramento devem
ser relacionados às condições do sistema. Altas taxas de corrosão indicada pelos cupons
devem ser levadas em consideração para verificar a necessidade de medidas corretivas;
9 Cupons podem ser usados sozinhos, mas é preferível que eles sejam utilizados em conjunto
com outros métodos, p. ex. sonda de corrosão ER;
9 Cupons somente mostram que a corrosão aconteceu, mas não diz quando aconteceu;
9 Além disso, para as medidas de perda de massa, outras analises podem dar informações
importantes:
• Análise visual (foto com texto explicativo);
• Profundidade dos pites;
• Análise de depósitos.

Taxas de corrosão de cupons em um determinado sistema não devem ser comparadas


diretamente a aquelas em sistemas não diretamente relacionados.
Entretanto, as taxas de corrosão em sistemas similares podem freqüentemente ser
correlacionada.

Onde instalar os cupons


Cupons devem ser instalados nos locais onde as corrosões está ocorrendo ou é mais provável
de ocorrer:
9 Fluídos com alta velocidade e pontos de colisão direta (impingement);
9 Pontos de possíveis ingressos de oxigênio:
• Tanques e bombas;
• Unidades de recuperação de vapor.
9 Linhas com condensação de água nos sistema de gás (pontos mais baixos no sistema);
9 Localizações onde a água é mais provável de ficar retida;
9 Sucção dos scrubbers nos compressores;
9 Separadores;
9 Linhas de dreno de água do desidratador;
9 Pontos baixos em linha de gás úmido;
• Amina e glicol que contém gás acido.
9 Seções de vapor em regeneradores de glicol ácido;
9 Área onde ocorre à interface líquido / vapor;
9 Linhas de exportação de óleo e de gás (recomendado utilizar dois métodos diferentes de
monitoramento; p.ex. cupom e sonda ER);

Tempo de Exposição:
Tempo de Exposição Curto: 15 – 45 dias.
Um tempo de exposição curto fornecerá respostas mais rápidas, mas pode indicar taxas de
corrosão mais altas do que um tempo de exposição mais longo.
Pode ser vantajoso quando avaliando a eficiência de inibidor.
Tempo de exposição Longo: 60 – 90 dias.
Condições agravantes, tais como a atividade de bactérias, pode exigir tempo para que se
desenvolva no cupom (incubação).

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Tempos de exposição mais logo são freqüentemente exigidos para detectar e definir o ataque
por pites.
(Dica: suportes para múltiplos cupons podem ser usados de modo que tanto o tempo de
exposição curto e longo podem ser avaliado).
Porque o tempo de exposição afeta os resultados do teste, períodos de exposição devem ser
tanto coerentes quanto práticos. Uma tolerância de +/- 7% é satisfatória.

Usando cupons para verificar a eficiência de inibidores de corrosão:


Quando cupons são utilizados para avaliar e monitorar o tratamento com inibidores de
corrosão, novos cupons devem ser instalados quase ao mesmo tempo que o início do tratamento.
Isto é particularmente importante quando há um longo período entre tratamentos.

PROCESSAMENTO DE CUPONS
Preparação:
Selecione um método de preparação que não altere as propriedades metalúrgicas do metal do
cupom. Operações com lixamento devem ser controladas para evitar a alta temperatura na superfície
do metal que poderia mudar a microestrutura do metal do cupom. Então grave ou estampe um
numero de série permanente no cupom, de preferência em uma região que não será usada para
avaliação.
Como são feitos?
As maiorias dos cupons são fornecidas pesadas, marcadas e preservadas de acordo
com NACE Standard RP0775-99.
Alguns fornecedores usam corte a água para fabricar os cupons. Pode-se enviar ao
fabricante do cupom pedaços de seções de tubos dos quais queremos a confecção dos
cupons.

Acabamento superficial:
Em condições ideais, o acabamento superficial dos cupons deveriam ser similar ao
acabamento do metal que se está estudando; i.e., a parede do tubo ou do vaso. Desde que isto seja
impraticável, outros acabamentos superficiais são aplicados. Nenhum acabamento superficial
específico é absolutamente essencial, mas uniformidade é muito importante quando dados de
diferentes conjuntos de cupons estão sendo comparados. Cupons podem ser preparados:
9 Jateamento de areia.
• Lixamento regular com lixa de papel 120;
• Jateamento de microesfera de vidro (grau 4).

IMPORTANTE!
Todos os abrasivos devem estar livres de partículas metálicas.
Como evitar?
Geralmente usa-se jateamento com microesfera de vidro ou areia.

Limpeza, pesagem e armazenamento após o tratamento de superfície:


9 Para evitar corrosão, o cupom deve ser imediatamente enxaguado após o tratamento de
superfície. Nota! Use luvas plásticas ou pinças;
9 Usa-se acetona para enxaguar os cupons após o tratamento de superfície;

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9 Seque, meça e pese os cupons com precisão de 0.1 mg. Registre o peso, número de série, e
dimensões. Estes dados devem ser arquivados;
9 Os pacotes individuais de armazenamento de cupons devem ser armazenados em um
recipiente fechado contendo sílica gel (indicadora). Cupons podem ser embrulhados em
papel ou colocados em envelopes impregnados com inibidores de corrosão voláteis.

TRATAMENTO GERAL DE CUPONS


Antes de instalar:
Antes de instalar, os seguintes cuidados devem ser anotados em um formulário específico
para cupons:
9 Número serial do cupom.
• Data de instalação;
• Descrição do sistema, inclusive com informações que facilitem a localização do
ponto na área.
9 Posição do cupom (p.ex. 6 horas, GI / GG, “tangente”, “meio” ou “fundo da linha”) – faça
um desenho de rascunho quando necessário.

Instalação:
Use luvas plásticas.
Cupons tipo chapa devem ser instalados com a parte menor (espessura) voltada para o fluxo,
isto é, com a face lateral (largura) paralela ao fluxo.
Cupons tipo disco devem ser usados quando a linha requer operações com pig.

Retirada do cupom:
Após remover o cupom o seguinte deve ser anotado:
9 Número de série do cupom;
9 Data e hora da retirada;
9 Observações visuais (o aspecto do cupom);
9 Descrição de depósitos (se for o caso);
• Qualquer coisa encontrada, p.ex., areia, água;
• Fotografar o cupom se for possível.
9 Outros comentários relevantes.

Se não há depósitos, uma limpeza leve com papel de seda ou pano macio e limpo deve ser
feita para remover umidade antes de empacotar o cupom para transporte. O produto de corrosão e
depósito necessário para análise não deve ser removido agora. Empacote o cupom removido no
envelope do cupom que está para ser instalado. Observe! É importante marcar o envelope com as
referências reais (tag, sistema) para identificação posterior do cupom.

Análise do cupom:
Antes de limpar os cupons – faça o seguinte:
Verifique que o envelope esteja marcado com o número de tag e sistema. Se não –
isto deve ser feito pela pessoa que executou o serviço de recuperação do cupom.
Tire uma foto do cupom – com camada depositada se for o caso.

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Comentário:
O procedimento NACE RP0775-00 recomenda que a fotografia seja feita antes da
limpeza do cupom (além disso, a foto deve ser feita após a limpeza) imediatamente a
retirada do cupom. Devido a circunstâncias práticas isto pode não ser possível de ser feito;
assim a foto deve ser feita quando o cupom chegar ao laboratório.

Antes de limpar.
Se uma foto do cupom não vai ser feita antes da limpeza – faça o seguinte:
Quando for o caso, remova o depósito com uma ferramenta macia que não danifique o
cupom (p.ex. espátula de plástico). Se o depósito for enviado para análise coloque-o dentro de um
envelope devidamente identificado (tag, sistema,...) e envie-o ao laboratório.

Agora a limpeza pode começar:


• Efetuar a limpeza química do cupom com solução de Clark. (acido clorídrico 10% +
cloreto de antimônio);
• Lavar em água corrente;
• Enxaguar em álcool anidro, acetona, éter;
• Secar com ar quente;
• Guardar para posterior pesagem.

Pesagem:
9 Observe! Sempre ligue a balança pelo menos 1 hora antes de efetuar a pesagem do cupom
(isto é necessário para obter leituras mais confiáveis);
9 Também, siga os procedimentos de autocalibração da balança antes de iniciar a pesagem;
9 Pese o cupom e anote o resultado com uma precisão de 0,1 diretamente no envelope, ou em
um formulário apropriado com referencia ao número de série do cupom.

Cálculo da taxa de corrosão:


Antes que você possa calcular a taxa de corrosão, você precisa saber o seguinte:
• A perda de massa do cupom (gramas com 0,1mg precisão);
• A área de exposição do cupom (mm²);
• A densidade do material do cupom (g/mm³);
• O tempo de exposição do cupom (dias).

Perda de massa:
Além da perda de massa do cupom causada pela corrosão, uma eventual perda de massa
causada pelo método deve ser considerada limpeza do cupom. Isto significa que um teste com um
cupom novo deve ser feito antes de iniciar a limpeza normal dos cupons que foram expostos.
Uma eventual perda de massa causada pela limpeza deve ser anotada e adicionada a perda
de metal dos cupons que foram expostos. A perda de metal causada pelo método de limpeza deve
ser informada no relatório do cupom, para garantir que toda informação utilizada para o cálculo da
taxa de corrosão seja apresentada.
Um teste de limpeza deve ser feito antes de cada lote de cupons serem limpos. Isto porque
diferentes pessoas executando a limpeza podem influenciar a perda de metal total.

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Observe!
Somente limpe o cupom até que ele esteja limpo. Limpeza adicional pode conduzir a uma
perda de metal não desejada. Posteriormente, é importante limpar todos os cupons do lote da mesma
forma, e também das outras vezes. Isto por causa da comparação dos resultados.

Área exposta do cupom:


A área exposta do cupom é normalmente a área não coberta pelos espaçadores e isolantes.
Algumas vezes também a área sobre os espaçadores podem estar corroídas. Então isto deve ser
levado em conta para o total da área exposta. Portanto um cálculo individual da área total exposta
do cupom é necessário quando a área sobre os espaçadores estiver atacada.
Como nós calculamos a área exposta?
Use seu conhecimento sobre o cálculo de área. A área deve ser dada em mm².

Densidade do material do cupom:


ST 52-3N, AISI 1010, 1018, 1020 : 0.00786 g/mm³
Aço Carbono ligado com Cr/Mo : 0.00767 g/mm³

Para outros materiais / ligas:


Ver NACE Standard RP0775-00 página 3, ou outra literatura disponível.

Tempo de exposição:
O número de dias que o cupom ficou instalado, i.e., os dias em que o cupom ficou exposto
ao meio corrosivo.

Fórmula para cálculo da taxa de corrosão:

Perda de massa (g) 365 (dias/ano)


Taxa de Corrosão (mm/ano) =
area exp. (mm 2 ) densidade (g/mm3 ) tempo exp. (dias)

Fotografia:
Uma foto do cupom deve ser feita tão logo seja possível após a limpeza – de preferência no
mesmo dia. Isto para evitar a descoloração do cupom. Se o cupom começa a descolorar antes que a
foto seja feita, você deve limpar o cupom novamente na solução de Clark antes de fazer a foto.
Lembre que a foto deve ser feita antes de enviar o cupom para qualquer tipo de análise em um
laboratório (se for o caso).

Armazenamento de cupons limpos:


Após a limpeza e análise dos cupons, eles devem ser guardados para evitar posterior
corrosão. Isto deve ser feito em um recipiente fechado a vácuo e com sílica gel (indicadora).

Análise dos depósitos e produtos de corrosão:


Laboratórios oferecem diferentes métodos de análise, dependendo do nível e tipo de análise
requerida:
X-Ray Diffraction (XRD).
X-Ray Fluorescence (XRF).
Inductive Couplet Plasma (ICP).
Scanning Electron Microscopy (SEM).
Energy Dispersive Spectroscopy (EDS).
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Importante relativamente a medida de pitting measurements:


Corrosão por pite (pitting) é um dos muitos tipos de corrosão. Ao contrário da corrosão
uniforme (generalizada), a corrosão por pite é uma corrosão local dentro de uma área delimitada e
de forma afiada. Depois de determinado tempo tal corrosão local pode ser tornar um buraco, um
furo. A taxa de pite é calculada como segue:

Taxa de pite (mm/ano) = Profundidade do Pite (mm) X 365


Tempo de Exposição (dias)

Se a taxa de pte é maior do que a taxa de corrosão uniforme, a taxa de pite é considerada a
taxa mais crítica.
Os cupons são enviados ao laboratório para a medir o pite mais profundo. A taxa de
corrosão é calculada com base no pite mais profundo para cada cupom. Um microscópio ótico é
normalmente utilizado para medir a profundidade de pite.
Adicionalmente a medida da profundidade de pite, a quantidade de pites por área (p.ex. cm²)
deve ser reportada.

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS DO CUPOM


Correlação das taxas de corrosão:
Os dados dos cupons de corrosão raramente correlacionam 100% com a corrosão real no
sistema. Localização do cupom e fluxo multifásico pode afetar a correlação:
Cupons instalados em um sistema monofásico; p. ex. água de injeção, apresentará
melhor correlação com a corrosão real no sistema do que cupons em um sistema multifase
contendo óleo, água e gás.
Em um sistema multifase regime de fluxo laminar, o ataque ficará limitado à parte do cupom
exposto a fase corrosiva.
Em geral cupons dão informações mais valiosas usando tempo de exposição longo.
Cupons não dão qualquer informação sobre como as coisas aconteceram dentro em um
determinado período durante o tempo de exposição.

Taxa média de corrosão:


Os dados dos cupons somente fornecem a taxa média de corrosão para o período de
exposição considerado. Por conseguinte os dados do cupom não informam quando a corrosão
aconteceu durante o período de exposição.
Uso de cupons em conjunto com outros equipamentos:
Cupons devem ser utilizados em conjunto com um outro método de monitoramento
(p.ex. sondas ER e desse modo funciona como um reforço e uma fonte complementar de
informação)
Comparação com outros dados disponíveis:
Os dados de cupom devem ser comparados à freqüência por danos causados pela
corrosão ocorrida no sistema monitorado (p.ex. análise RBI).

Monitoramento contínuo:
O monitoramento contínuo é importante para conseguir registrar as mudanças na
corrosividade do sistema o quanto antes. Isto garantirá ações necessárias para reduzir a
corrosividade e a possibilidade de danos.

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USE BOM SENSO!


Não é proibido usar de bom senso quando avaliar os dados do cupom.

Exemplo 1:
Um cupom intrusivo instalado na parte interna do diâmetro de um tubo apresenta uma taxa
de corrosão mais alta que a corrosão real na parede interna do tubo.
Explicação possível:
O bom senso nos diz que um cupom intrusivo, penetrando o fluído fica mais vulnerável a
fatores mecânicos que podem influenciar a perda de metal total do cupom.

Exemplo 2:
Um cupom com um tempo de exposição curto apresenta uma taxa de corrosão maior do que
a taxa esperada para um sistema, sem qualquer explicação “razoável”.
Explicação possível:
Um cupom novo tem uma superfície limpa sem qualquer proteção depósito / filmes óxidos.
A parede interna do tubo freqüentemente possue tais camadas de proteção. Portanto o cupom pode
corroer rápido no começo antes que ele forme a mesma camada protetora que a parede interna do
tubo.

Tempo de incubação:
Em alguns sistemas as taxas de corrosão podem aumentar com um tempo de exposição mais
longo.

Explicação possível:
Corrosão por pite algumas vezes somente começa após um período de incubação.
Corrosão sob camada raramente torna-se severa antes que uma camada seja estabelecida no
cupom. A camada demanda tempo para se estabelecer.

Critérios para caracterização da corrosão:


Um sistema projetado para um tempo de vida curto pode tolerar uma taxa de corrosão mais
alta do que um sistema mais caro, projetado para um tempo de vida mais longo.
A taxa de corrosão que nós aprendemos a calcular anteriormente presume corrosão
uniforme. Isto não é normal sob condições reais. Entretanto a corrosão deve ser comparada com a
taxa de pite para possibilitar uma decisão sobre os riscos operacionais.
Exemplo:
Uma taxa de pite de 127 µm/ano em uma parede de tubo fina pode ser severa. A mesma taxa
de pite em uma parede de tubo de 3 polegadas de espessura pode não ter nenhum significado.

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Caracterização qualitativa das taxas de corrosão de acordo com a NACE RP 0775-00:

Grau de corrosão Taxa de corrosão (mm/a)


Muito severo > 0.254
Severo 0.125 – 0.254
Moderado 0.025 – 0.125
Baixo < 0.025

Grau da Corrosão Taxa de pite (mm/a)


Muito severo > 0.381
Severo 0.202 – 0.381
Moderado 0.127 – 0.202
Baixo < 0.127

Observe!
Os valores tabelados são guias de classificação apenas. Use o bom senso.
Lembre que a espessura de parede e o tempo de vida de projeto decidirão se a corrosão é
severa ou não.

Cupons Especiais
9 Bio cupons
• Cupons de Incrustação
• Cupons com solda

Bio cupons:
Bio cupons são utilizados para monitorar a atividade bacteriana em um sistema. Atividade
bacteriana pode influenciar reações químicas e eletroquímicas.
Bactérias redutoras de sulfato (BRS) são conhecidas como os microorganismos mais
comuns e o microorganismo que pode causar corrosão.
BRS podem somente proliferar em um ambiente anaeróbico. Temperatura e qualidade do
material também pode influenciar a atividade bacteriana.
Bio cupons são principalmente instalados em sistemas de água.
Bio cupons após a recuperação devem imediatamente ser armazenados em um recipiente
selado com o fluido do processo. Os bio cupons devem ser analisados dentro de no máximo 24
horas.

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Cupons de Incrustação (scaling):


Cupons de incrustação são utilizados para monitorar a formação de camadas incrustantes,
como por exemplo, o carbonato de bário.
Incrustação é mais provável de ocorrer em cavidades. Isto é a razão pela qual os cupons têm
muitos furos de diferentes tamanhos.
Da mesma forma que os cupons de perda-de-massa os cupons de incrustação têm de ser
instalados com a face menor de frente para o fluxo.

Cupons de solda:
Cupons de solda são feitos especialmente para monitoramento de soldas.
Os cupons são geralmente feitos de uma parte da solda do tubo a ser monitorado.
A seção transversal da solda é tirada contendo:
• Ambos os materiais de base (ambos os lados da solda);
• A zona afetada pelo calor (HAZ);
• O núcleo da solda – metal de adição.
Inspeção visual é muito importante na análise dos cupons de solda. Além disso a perda de
massa é medida para calcular a taxa de corrosão.

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SONDAS DE CORROSÃO

OBJETIVO
Após este curso você deverá ter os seguintes conhecimentos:
• Conhecimento sobre o principio de medição para os diferentes tipos de sondas;
• Conhecimento sobre a seleção de sondas;
• Conhecimento sobre onde instalar os diferentes tipos de sondas;
• Conhecimento sobre o ponto de interesse quando analisando os dados das sondas;
• Conhecimento sobre onde encontrar mais informações sobre as sondas de corrosão.

Sondas?
”Sondas” (Probes) são termos comuns utilizados para dispositivos utilizados para fornecer
informações sobre as mudanças nos dados de processo e os seus efeitos na perda de metal causados
pela corrosão e / ou erosão.

Objetivos para o uso de sondas


Por que usar sondas de corrosão?
• Avaliação contínua da corrosão;
• Avaliação dos efeitos dos esforços para controle da corrosão;
• Seleção de Materiais.

Onde instalar as sondas?


Sondas devem ser instaladas onde a corrosão é mais provável de ocorrer (críticos):
9 Linhas com altas velocidades de fluxo;
9 Após locais com possibilidade de penetração de oxigênio;
• Tanques;
• Bombas.
9 Sistemas para tratamento de vapor;
9 Linhas de gás contendo fluido (pontos mais baixos no sistema);
9 Sistemas com consumo de água em sistemas ácidos (sulfeto de hidrogênio);
• Lado da sucção nos compressores;
• Separadores.
9 Saída de água nos sistemas de remoção de água;
9 Sistemas com ácidos amino e glicol contendo gás ácido;
9 Fase água nos sistemas de regeneração do glicol ácido;
9 Locais com misturas de fluidos – e fase vapor;
9 Sistemas de transporte de óleo e gás;

Que tipos de sondas estão disponíveis?


Existem dois tipos diferentes de sondas com base em dois diferentes princípios de medição:
 Resistência elétrica:
Sondas ER (inclui sondas de monitoramento de areia).

 Eletroquímica:
Sondas LPR;
Sondas galvânicas.

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Sondas Flush / Sondas com elemento intrusivo:


9 Todo os tipos de sonda (ER-, LPR- e sondas Galvânicas) estão disponíveis em ambas as
configurações ” sondas flush” e sondas de elementos intrusivos;
9 Sondas flush têm de ser usadas quando operações com pig na linha são feitos regularmente;
9 Sondas com elemento intrusivo é preferido quando a formação de filmes e depósitos for um
problema potencial;
9 Por isso, as diferentes técnicas de avaliação da corrosão devem ser consideradas quando da
escolha de sondas flush ou com elementos intrusivos;
9 Nota! As chamadas sondas flush podem também penetrar o diâmetro interno da linha, mas
uma sonda flush sempre terá elementos que faceiam (tangente) com a parte frontal da sonda.

Sonda Flush

O elemento é incorporado (flush)


ao corpo da sonda Corpo da sonda

Sonda com elementos


intrusivos

Elementos intrusivos

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SONDAS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA:

Espiral
helicoidal

Strip

Flush Alta
Tubular Sensibilidade
(HSER)

Sondas ER disponíveis no mercado:

STRIP TUBE- WIRE- STD. HSER


LOOP LOOP LOOP TUBULAR ATMOSPHERIC FLUSH FLUSH

Sonda com elemento Strip-loop, Tube-loop e Wire-loop:


Fáceis e de custo baixo de produzir. Para uso em sistemas de baixa pressão dento de um
limite de faixa de pH. Limitações devido a fluoretos no fluído.

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Sondas com elemento Tubular:


Normalmente o elemento é soldado diretamente ao corpo da sonda. Isto assegura um baixo
risco contra vazamentos através do corpo da sonda, o que pode ser um problema a alta temperatura
e substancias agressivas. A forma cilíndrica fornece uma grande área superficial ao elemento. A
compensação de temperatura é muito boa, porque o elemento de referencia é montado dentro do
próprio tubo do elemento. É menos afetado pela formação de camadas de sulfetos de ferro, a qual
pode afetar outros tipos de sondas ER. Pode ser utilizada em qualquer faixa de pH. Existem sondas
no mercado que podem ser utilizadas em temperaturas acima de 260 graus Celsius.

Sonda com elemento Flush:


Útil especialmente para medir o efeito local na parede do tubo e deve ser utilizada quando
operações de pig são aplicáveis.

SONDAS ER
Resistência elétrica como princípio de medição:
ER: Electrical Resistance.
Sondas ER medem a taxa de corrosão com base no aumento da resistência elétrica de um
elemento metálico exposto a um meio corrosivo, durante um período de exposição. O aumento na
resistência elétrica é ocasionado pela redução da área da seção transversal do elemento exposto
(condutor elétrico) devido à corrosão. O aumento na resistência elétrica é proporcional à corrosão
acumulada para o período de exposição.
R = resistência elétrica
ρ = resistividade do metal usado como condutor elétrico
L = comprimento do condutor elétrico
A = seção transversal do condutor elétrico (largura x espessura)

Taxa de Corrosão para Sondas ER:


Perda de Metal

O gradiente representa a taxa


de corrosão para o período real

Tempo

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9 A resistividade ρ varia com as diferentes ligas, e é dependente da temperatura;


9 Para uma certa liga (peça de metal) com comprimento fixo e a uma certa temperatura, a
resistência elétrica aumentará quando a seção transversal do metal é reduzida. Portanto,
medindo a resistência elétrica, a perda de metal pode ser monitorada;
9 Compensação para mudança de resistividade com a temperatura é feita pelo uso de um
elemento de referência, montado dentro do próprio corpo da sonda, e protegido do processo
corrosivo. Quando a resistência elétrica do elemento exposto aumenta com a temperatura, o
mesmo irá acontecer com o elemento de referência. Assim, é obtida uma compensação
automática para as mudanças de temperatura, pois a relação entre as resistências ôhmicas
dos dois elementos permanece inalterada.

Sondas ER necessitam ser instalada em um fluido especifico para funcionar?


9 A resposta é NÃO. Uma sonda ER não depende do meio onde está instalada para funcionar.
O elemento pode ser corroído mecanicamente, quimicamente, ou por qualquer outra razão.
Uma sonda ER mede unicamente o aumento na resistência elétrica devido à perda de
espessura do elemento ocasionada por qualquer tipo de corrosão;
9 Uma sonda ER funciona no ar (atmosfera), água, óleo, fluídos multifase, etc…
9 O elemento de medição deve ser feito do mesmo tipo de material que o tubo / equipamento
que está sendo monitorado.

Os seguintes fatores / conceitos são freqüentemente usados em relação as sondas ER:


• Sensibilidade;
• O instrumento de monitoramento;
• Intervalo de medição;
• Ruído;
• Filtro (remoção de ruído);
• Tipo de sonda;
• Tempo de vida.

Sensibilidade:
“A sensibilidade” diz o quanto rápido pode-se medir uma pequena mudança na área da seção
transversal do elemento da sonda; quanto rápido pode-se medir em resistência elétrica.
“Sensibilidade” somente faz sentido em ligação com o seguinte:
- O instrumento de monitoramento a ser usado;
- O intervalo de medição;
- Ruído e a possibilidade de remover ruído.
A sensibilidade também varia com o tipo de sonda.

Instrumento de Monitoramento:
O instrumento de monitoramento somente estará apto a detectar as mudanças na resistência
elétrica para um dado valor. Por exemplo, um instrumento pode estar apto somente a medir uma
resistência elétrica de 1 µΩ. Isto decide que valor de resistência elétrica nós estamos aptos a medir
com uma sonda real, porque a sonda por si só tem uma sensibilidade ilimitada.

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Intervalo de Medição:
O intervalo de medição e sensibilidade têm uma relação próxima. Um intervalo de medição
curto permite que a taxa de corrosão seja calculada mais rápido. A compensação para quando uma
sonda de elemento espesso estiver sendo usada, e conseqüentemente sensibilidade limitada, pode
ser feita efetuando medidas com intervalos curtos.

Ruído:
”Ruído” é a região onde o instrumento de monitoramento não é capaz de separar as
mudanças na resistência. Esta região de ruído varia com o tipo de sonda.

Perda de Metal

Região de ruído

Tempo

Fundamento:
Um elemento metálico com determinada largura, comprimento e espessura.

Largura (W)

Comprimento (L)
Espessura (T)

Seção Transversal (A)

Seção Transversal (A) = Largura (W) x Espessura (T)

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Ruído - Exemplo 1 - espessura constante:


Sonda 1:
Comecemos com uma sonda que tem um elemento com uma determinada espessura, largura
e comprimento. Isto resulta em uma resistência elétrica de 1 mΩ. Utilizando um instrumento de 1
µΩ de ruído dá um ruído de 1‰ da espessura do elemento.
1µΩ / 1 mΩ = 0,001 = 1‰
Neste caso, isto resulta em um ruído de 1µΩ.

Sonda 2:
Para a sonda 2 nós usamos a mesma espessura que a da sonda 1, mas metade da largura e o
dobro do comprimento. Isto resulta em uma resistência elétrica de 4mΩ. Neste caso, o ruído será 4x
menor do que na sonda 1: 1µΩ /4mΩ = 0.25 ‰. Nesse caso, o ruído foi reduzido tantas vezes
quanto a resistência do elemento foi aumentada. Portanto o ruído é uma parte menor das medidas do
que para a sonda 1. Então, nós podemos medir uma mudança menor na resistência da sonda 2 do
que para a sonda 1. Nós obtivemos uma sonda com maior sensibilidade.

Sonda 3:
Na sonda 3 a espessura ainda é a mesma que na sonda 1, mas a largura é um quarto e o
comprimento 4x maior. Isto resulta em uma resistência elétrica de 16mΩ. Nesse caso o ruído será
16x menor do que para a sonda 1: 1µΩ/16mΩ = 0.0625 ‰.
Nós obtivemos uma sonda com melhor sensibilidade do que para as sondas 1 e 2, sendo
possível medir variações ainda menores na resistência elétrica do elemento.

Examplo
EXEMPLO 1 1:

Sonda 1 Sonda 2 Sonda 3

L 2L 4L
R1 = ∫ ; R2 = ∫ ; R3 = ∫
4WT 2WT WT
R1 1
R1 1 =
= R3 16
R3 16

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Ruído – Exemplo 2 – Largura e comprimento Constante


Sonda 1:
Temos uma sonda com determinada largura, espessura e comprimento. A espessura é 1mm e
a resistência elétrica do elemento é 1mΩ.
Sonda 1: 1µΩ é 1 ‰ da resistência „1 ‰ x 1mm espessura do elemento „1 µm ruído

Sonda 2:
Nós mantemos a mesma largura e comprimento, mas a espessura é o dobro. Assim, a
espessura do elemento torna-se 2mm e a resistência 0,5mΩ.
O intervalo de ruído do instrumento de medida que nós estamos usando é 1µΩ.
Sonda 2: 1 µΩ é 2 ‰ da resistência „ 2 ‰ x 2mm espessura do elemento „ 4 µm ruído.

Exemplo 2:

T = 1mm T = 2mm
R = 1mΩ R = 0.5mΩ
Ruído = 1µm Ruído = 4 µm

Sonda 1 Sonda 2

2xT

Filtragem:
Uma grande quantidade de ruído pode ser removida por filtragem dos dados medidos
utilizando um programa (software) de tratamento dos dados medidos. E desse modo, uma melhor
sensibilidade pode ser alcançada. De qualquer modo, isto requer intervalos de medidas curtos.

Tipo de sonda:
Referência é feita aos exemplos mostrados com diferentes larguras, comprimento e
espessura dos elementos de medição.
Tipo de sonda influencia diretamente na sensibilidade.

Tempo de vida:
Ou vida útil, é, de modo geral, a metade da espessura. Sondas com espessura maior terão um
tempo de vida maior que sondas de menor espessura considerando o mesmo meio corrosivo.

Conclusão:
Melhor sensibilidade é alcançada pelo aumento na razão entre o comprimento e a largura, e
reduzindo-se a espessura do elemento.
(Este princípio é utilizado nas sondas de alta sensibilidade – High Sensitive ER probe).
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Vida útil e sensibilidade:


De modo geral a vida útil e a sensibilidade tem incompatibilidade de “interesses”:
- Um elemento espesso dá vida útil longa mas sensibilidade limitada;
- Um elemento fino dá boa sensibilidade mas vida útil limitada.

Como nós resolvemos isto?


A largura, espessura e comprimento do elemento são otimizados para alcançar a vida útil e
sensibilidade desejada. Com base nisso nós temos os seguintes tipos de sondas ER:

Vida útil grande.


Para ser usado
quando a taxa de
corrosão é muito
alta.

Espiral:
O elemento espiral fornece um elemento longo.
Nesse caso, a razão comprimento/lagura é otimizada. O comprimento do elemento é muito
longo comparado com a largura. Assim, nós podemos aumentar a espessura do elemento sem
reduzir muito a sensibilidade.
Disponível com espessuras de elemento de 1, 2 ou 4 mm.
A sonda espiral tem uma vida útil consideravelmente mais longa do que outras sondas ER e
deverá ser usada quando taxas de corrosão muito altas são esperadas.
O desenho (design) flush permite operações com pig na linha.

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Boa sensibilidade.
Para ser usada a
taxas de corrosão
baixa / média.

Strip:
A sonda Strip dá uma boa sensibilidade utilizando um elemento relativamente fino e um
comprimento otimizado montado na área frontal da sonda.
Espessura de elemento de 0,25 mm e 0,5 mm.
A sonda strip tem uma vida útil consideravelmente mais curta do que a sonda espiral e
deverá ser usada quando taxas de corrosão baixa / média forem esperadas.
O desenho (design) flush permite operações com pig na linha.

Muito boa
sensibilidade.
Ideal para teste
de inibidores.

Sonda ER de alta sensibilidade - High Sensitive probe (HSER):


O desenho do elemento é otimizado e a espessura do elemento é minimizada para alcançar a
sensibilidade máxima.
A sonda HSER tem vida útil limitada.
Ideal para teste de inibidores.
Elemento Standard a espessura é de 0,1 mm.
O desenho (design) flush permite operações com pig na linha.

Para condições
severas. Uma
alternativa a Repro A
quando as operações
com pig não se
aplicam.

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Helicoidal:
O comprimento do elemento permite um elemento relativamente espesso com sensibilidade
aceitável.
Esta é uma sonda robusta, ideal para condições severas onde ela ainda tem uma vida útil
aceitável.
Espessura do elemento 0,5 mm ou 1,0 mm.
O elemento intrusivo não permite operações com pig na linha.

Boa sensibilidade.
Rápida compensação
para mudanças de
temperatura.

Sonda tubular:
O desenho dá boa sensibilidade (razão comprimento/largura).
O elemento de referencia fica localizado dentro do elemento de medição o que resulta em
uma boa estabilidade de temperatura.
Espessura do elemento 0,25mm (T10) ou 0,51 mm (T20).
O elemento intrusivo não permite operações com pig na linha.

Sumario – área de aplicação das sondas ER:


Em geral:
Sondas ER não são dependentes do meio para poderem funcionar. Portanto elas podem ser
usadas em óleo, gás, água e sistemas multifase.

Guia para uso de diferentes tipos de sondas ER:


HSER: Quando alta sensibilidade é essencial. Teste de inibidor de corrosão.
Strip: Baixa/média taxa de corrosão. Operação de pig na linha.
Tubular: Baixa/média taxa de corrosão. Temperaturas instáveis. Não permite operação de
pig na linha.
Helicoidal: Alta corrosividade – condições severas. Não permite operação de pig na linha.
Espiral: Longa durabilidade em alta corrosividade. Operação de pig na linha.

O que nós precisamos saber antes de recomendar os tipos de sonda?


Como mencionados anteriormente os diferentes tipos sondas têm diferentes sensibilidades e
vida útil. É muito importante estar ciente disso quando especificar tipos de sondas ER.
As sondas ER disponíveis atendem diferentes necessidades. As informações seguintes
devem ser conhecidas antes de recomendar os tipos de sondas:
• Tipo do sistema (p.ex. óleo, água, gás);
• Qualquer substancia agressiva que possa influenciar na sonda;
• Qualquer presença de sulfeto de ferro que pode influenciar na sonda;
• Tempo de vida projetada para o sistema;
• Sobre-espessura de corrosão para o sistema.
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Recomendação do tipo de sonda.


Qual é a taxa de corrosão esperada?
Com que freqüência é possível mudar as sondas? Possibilidades limitadas requerem sondas
de vida longa (elemento espesso).
Que sensibilidade é exigida? Em muitos casos uma sensibilidade muita alta não é necessária,
i.e., medir uma vez semanalmente em uma sonda off-line. Nesse caso, usar uma sonda de alta
sensibilidade é desperdício.
Operações de pig na linha? (elemento flush/intrusivo).
Velocidade de fluxo? (i.e. sonda tubular tem resistência mecânica limitada)
Temperatura e pressão devem ser conhecidas antes de recomendar os tipos de sonda. A
temperatura e pressão reais podem impossibilitar a utilização de sondas.

A espessura do elemento e a vida útil é uma boa base para limitar o range de sondas
possíveis para uma situação real.
A vida útil para uma sonda ER é definida como 50% da espessura do elemento.

Exemplo:
Nós devemos especificar uma sonda para uma linha de 35 mm de espessura. O tempo de
vida projetado para a linha é de 20 anos. A sobre-espessura de corrosão é de 5mm. O que fazemos
para decidir pela correta espessura do elemento da sonda?
Primeiro nós precisamos saber quanto o tubo pode corroer dentro do limite da sobre-
espessura de corrosão, desde que a corrosão seja uniforme. Isto é 5mm/20anos = 0,25 mm/ano. 1
ano de tempo de vida para a sonda é admissível.
Isto significa que nós podemos escolher um elemento de espessura de 0,5mm. 50% de
0,5mm é 0,25mm, que é o tempo de vida definido para uma sonda de espessura de elemento 0,5mm.
Além disso, a possibilidade de o elemento corroer completamente antes da sonda poder ser trocada
é limitada.

Que tipo de sonda pode ser usada?


• Strip com elemento de 0,5mm?
• Sonda Tubular T20 com elemento 0.51mm?
• Helicoidal com elemento 0.5mm?

Digamos que nesse caso, haja rápidas mudança na temperatura e a operação com pig não se
aplica.
Então uma Tubular T20 (com elemento 0.51mm) talvez fosse uma boa escolha, porque este
tipo de sonda compensa melhor a mudança de temperatura do que a sonda Repro B.
Uma sonda helicoidal poderia ser uma alternativa à Tubular T20, mas devido à compensação de
temperatura mais lenta, ela não é tão boa quanto a Tubular T20. A helicoidal seria a escolha correta
para condições mais severas.
A strip teria sido a escolha correta se operações com pig fossem aplicáveis.
Neste caso – o que aconteceria se nós escolhêssemos uma sonda com elemento de 0.25mm
espessura?
O tempo de vida para tal sonda é 0,25/2 = 0,125mm, e a sonda tem, por definição, um tempo de
vida de meio ano. A sonda possivelmente será completamente corroída antes que seja possível
trocá-la – e é claro – o chefe não vai ficar satisfeito.

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Conclusão:
Use o range de sondas ER, encontre o tipo ideal e recomende este tipo com um argumento
que faça sentido.

Escolha o tipo correto de Sonda ER!

Taxa corrosão A base para a tabela é um tempo de vida máximo de 1 ano e este
tempo de vida é definido como 50% da espessura do elemento
mm/ano.
2

” Corrosão muito severa”


0.5

0.254

” Corrosão severa”
0.125
” corrosão moderada”
0.025

” corrosão baixa”

HSER Strip Tubular Helicoidal Repro A


0.1 0.25 - 0.50 0.25 - 0.51 0.5 - 1.0 1.0 - 2.0 - 4.0

Os valores abaixo de cada sonda são as espessuras do elemento

A tabela é entendida como um guia e uma ajuda para tornar mais fácil decidir o correto tipo
de sonda. Além disso – usar o bom senso.

Exemplo 2:
Nós temos o mesmo tubo que no primeiro exemplo com as mesmas exigências para tempo de
vida de projeto e sobre-espessura de corrosão, mas nesse caso permite-se um tempo de vida para a
sonda de 6 meses. O que isso significa e que escolha nós temos?
1. Nós podemos usar uma sonda com elemento mais fino.
2. Nós podemos usar um outro tipo de sonda.
Examinemos isso:
Anteriormente nós calculamos a corrosão anual de 0,25mm. Com um tempo de vida admissível
de 1 ano, uma sonda com elemento de 0,5mm foi escolhida. Com o novo critério de aceitação,
tempo de vida de ½ ano, nós agora podemos escolher uma sonda com um elemento de espessura de
0,25mm. Esta sonda terá um tempo de vida de 0,125mm, que é o mesmo que uma corrosão
esperada para um período de 6 meses.
De qualquer modo – nós não podemos selecionar um outro tipo de sonda. Teoricamente a sonda
ER de alta sensibilidade poderia ser uma alternativa, mas com um elemento de espessura de 0,1mm,
este tipo de sonda seria corroído completamente dentro de 6 meses. O tempo de vida para a sonda
de alta sensibilidade é 0,05mm (50% da espessura inicial do elemento de 0,1mm).

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Tenha cautela!
Digamos que você esteja usando a tabela e recomende a sonda HSER com elemento de
0,1mm quando você deveria ter escolhido a espiral com elemento de 4mm – então você teria
cometido um grande engano!
A sonda HSER teria um tempo de vida 40 vezes mais curta do que a sonda Repro A sob as
mesmas condições.

SONDAS LPR

Flush 2-elementos

Flush 3-elementos

Intrusiva 3-elementos
Intrusiva 2-elementos

Princípio de medição eletroquímico:


LPR: Linear Polarization Resistance.
Uma sonda LPR consiste de 2 ou 3 eletrodos de material similar ou idêntico ao do material
da parede do tubo. Um dos eletrodos é chamado de eletrodo-trabalho (o elemento de teste).
O eletrodo de trabalho é polarizado tipicamente 10-20 mV, i.e. O potencial é modificado 10-
20 mV relativamente ao potencial de corrosão, usando um contra-eletrodo para imprimir uma
corrente anódica ou catódica no eletrodo de trabalho.
Enquanto a polarização é baixa (uns poucos mV) existe uma relação linear entre a
polarização (mudança no potencial) e a corrente de polarização (corrente impressa no eletrodo de
trabalho). A resistência a polarização (Rp) é agora definida como a relação entre a polarização (dE)
e a corrente de polarização (Ip).
A taxa de corrosão é inversamente proporcional a Resistência de polarização.
O princípio LPR fornece um valor para Taxa de Corrosão instantânea.
LPR provê a taxa de corrosão instantânea, i.e. a taxa de corrosão no momento em que a
leitura é efetuada.
ER provê informações sobre a corrosão acumulada ou perda de metal em um determinado
período. Entretanto, a sonda ER pode também oferecer informações sobre a taxa de corrosão após
registrar um número de medidas consecutivas após algum tempo. A taxa de corrosão é obtida a
partir de um gráfico dessas medidas, mostrando a tendência na perda de metal sobre o tempo.
Por essa razão, a sonda LPR é uma ferramenta mais popular e adequada para testar sistemas
onde rápidas mudanças na taxa de corrosão podem ocorrer, como nos testes de inibidores.
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Exemplo:
Um sistema de processamento tem por um logo período de tempo mostrado uma taxa de
corrosão baixa (0,1 mm/ano). Subitamente, o processo sofre um desvio, resultando em um aumento
drástico na corrosividade, e a taxa de corrosão está agora próximo dos 4mm/ano. Uma sonda LPR,
conectada ao sistema de monitoramento on-line, com uma freqüência de aquisição de 10 minutos,
irá detectar esta mudança dramática dentro de 10 minutos ou menos.
Uma sonda ER, ainda que de alta sensibilidade normalmente levaria dias para detectar tais
mudanças.
Entretanto, as sondas ER de Alta Sensibilidade (HSER) podem freqüentemente serem
satisfatórias, na medida em que uns poucos dias no aumento da corrosão, pode não ser crítico de
algum modo.

“Taxa de Corrosão” ou “corrosividade”?


Estritamente falando o termo “taxa de corrosão” como obtido de uma sonda LPR pode não
ser um termo apropriado, desde que a taxa nesse caso refere ao elemento sensor, que pode estar
sujeito a rápidas flutuações. Conseqüentemente esse valor então é mais representativo da
corrosividade instantânea do fluído, e é indicativo, somente, depois de repetidas medidas, para a
corrosão real do tubo ou vaso.
Uma sonda ER, por outro lado, oferece valor representativo para a perda de metal
acumulada, que resultou da exposição ao produto por algum tempo.
Lembre, as taxas instantâneas, representantes da corrosividade do produto pode somente ser obtida
com uma sonda LPR.
Leituras repetidas (a uma freqüência alta), obtidas de sondas HSER, pode prover dados
sobre a corrosividade, próximos daqueles obtidos das sondas de LPR. Entretanto, observe:
nenhumas das sondas por si só são 100% representativas da corrosão no material do tubo ou vaso.

Um pré-requisito para o principio LPR:


Sondas LPR
A sonda LPR é dependente da transferência de corrente elétrica de um eletrodo para outro, e
medir as mudanças no potencial eletroquímico. Isto somente pode ser alcançado se o metal
(eletrodos de metal) estiver submerso em um eletrólito.
Um eletrólito é um líquido a base de água, contendo partículas carregadas eletricamente –
íons. Os íons tornam este líquido ou meio eletricamente condutor. Exemplo, água salgada (Na+Cl-).
Isto significa que uma sonda LPR pode primariamente ser usada em sistemas aquosos. Elas
podem também ser usada em linhas de óleo e gás contendo água (quantidade substancial).
NB! Sondas LPR pode somente ser usadas em líquidos eletricamente condutor.
As configurações de sondas LPR compreendem os desenhos de montagem flush, e sondas
com elementos intrusivos.

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Sondas LPR flush :

2 eletrodos 3 eletrodos

Sondas LPR elementos intrusivos

2 eletrodos 3 eletrodos

Fique ciente dessas características das sondas LPR:


É importante selecionar uma sonda LPR com elementos intrusivos (projetivos) para sistemas
que desenvolvem depósitos (scaling).
Você não pode usar sondas LPR com elementos intrusivos em linhas ou dutos que está
sujeito a operações com pig.
Depósitos, e particularmente camadas altamente condutivas, como sulfetos de ferro podem
formar pontes e curto-cicuitar os eletrodos da sonda LPR. Isto significa que a sonda irá parar de
funcionar.
Limpeza (manutenção) regular dos elementos/eletrodos será requerido sob determinadas
circunstâncias de operação.
Depósitos podem então ser um objeto de preocupação, e pode continuamente ser a causa de
leituras falsas na industria, ocasionando confusões e preocupação. É extremamente importante que
esta deficiência seja de conhecimento dos técnicos envolvidos na avaliação, deficiência relacionada
a técnica e não aos instrumentos de medição!
Os eletrodos das sondas LPR são peças de metal sólidas, de alta espessura. O tempo de vida
pode então ser alto.

“Ativação” das sondas LPR:


Devido ao princípio, sobre o qual as sondas LPR têm base, é importante ativar os eletrodos
da sonda LPR antes de usar. Isto significa remover a camada de óxido na superfície dos eletrodos
antes da instalação. Observe que não é suficiente que a superfície do eletrodo pareça boa e
brilhante!!
A ativação é alcançada por mergulhar os eletrodos (a parte frontal) em uma solução diluída
de ácido clorídrico por uns poucos segundos, e após o que neutralizar a superfície do metal
mergulhando os eletrodos em uma solução de hidróxido de sódio. Finalmente os elementos são
limpos em acetona e secos.
Agora, os elementos estão prontos para serem instalados no meio corrosivo.
É aconselhável refazer a ativação toda as vezes que uma mudança ocorrer no tipo do
inibidor usado em um sistema, de modo a evitar confusão que de outro modo pode ser ocasionado
pela interação entre o antigo e o novo inibidor.

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SONDAS GALVÂNICAS

Montagem Flush : elemento Intrusivo :

O principio de medida eletroquímica :


Uma sonda galvanica consiste de dois elementos/eletrodos sensores de diferentes materiais:
tipicamente um de latão e outro de Aço-C. Os dois eletrodos normalmente adotarão diferentes
potenciais eletroquímicos, com o estabelecimento de uma corrente galvanica entre os dois eletrodos
quando conectados entre sí, i.e. através de um ”galvanômetro”.
Variações na concentração do oxigênio dissolvido no líquido, afetará a corrente galvanica
que flui entre os dois. Baixa concentração de oxigenio causa uma corrente galvanica baixa, que
aumentará com o aumento nos níveis de oxigenio.
Uma sonda galvânica não mede a taxa de corrosão – ela mede as variações na corrente
galvanica que flui entre os dois eletrodos com o tempo.
Então uma sonda galvanica não é usada para medir a taxa de corrosão, mas de preferência
para detectar rapidamente o ingresso de oxigênio no sistema. Ela também mede a eficiência dos
sequestrantes de oxigênio, e podem ser usadas para controlar a injeção desses produtos.
Desde que o oxigênio mantém o processo corrosivo em sistemas neutro e básico, o ingresso
de oxigênio causará um aumento na taxa de corrosão.

Algumas características das sondas galvânicas:


A diferença que encontramos na construção dos eletrodos é a de montagem Flush e a de
eletrodos projetados.
Os elementos são sólidos, de alta espessura e possuem vida longa em serviço.
Assim como para as sondas LPR é importante que os elementos sejam limpos em intervalos
regulares (manutenção). Isto é feito para evitar formação de camadas, pontes e curto-circuito, que
de outro modo deixaria as sondas inoperantes.
Assim como para as sondas LPR, os elementos sensores podem necessitar de ativação antes
do uso.
Uma sonda galvânica não substitui um medidor de oxigênio.
NB! Leituras de uma sonda galvânica refletem rapidamente mudanças nos níveis de
oxigênio do sistema. Ela não provê informação sobre a taxa de corrosão.

Análise das leituras das sondas


Medidas de:
• Sondas LPR;
• Sondas ER;
• Sondas Galvânicas.

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Análise dos dados das sondas - geral:


Há algumas questões básicas que necessitam consideração na revisão e analise dos dados
das sondas, não importa o tipo:
• Parâmetros básicos para o cálculo da taxa de corrosão.
Verificar que os parâmetros utilizados estão corretos, por exemplo, a área de superfície dos
eletrodos das sondas LPR e galvânicas (os valores estão relacionados a densidade de corrente, i.e.
corrente por unidade da área de superfície), espessura dos elementos das sondas ER, etc. Estes
valores necessitam ser programados no instrumento/software para cada local/sonda no sistema
Assegure que o tipo correto de cabo foi utilizado com os diferentes tipos de sondas.
Assegure ainda de obter um contato elétrico apropriado com a sonda

Análise dos dados das sondas ER.


Efeito das flutuações rápidas de temperaturas:
A resistência elétrica do elemento sensor da sonda ER são obtidos dessa fórmula:

R = ρ x L/A
Onde ρ é a resistividade elétrica do metal usado como elemento sensor. A resistividade varia
com a mudança na temperatura. Isto significa que a resistência elétrica também mudará
(aumentando com o aumento na temperatura).
A sonda ER é construída com um elemento de referência embutido e protegida (contra o
meio corrosivo) dentro do corpo da sonda. Flutuações na temperatura do fluido, ou ainda flutuações
na velocidade de fluxo, causarão a temperatura do elemento sensor mudar mais rápido do que a
temperatura do elemento de referência. Isto causará uma confusão, fazendo que os instrumentos
detectem um aumento na resistência, interpretado como um aumento na perda de metal.
Uma redução rápida na temperatura do fluido pode igualmente ser interpretado como um
aumento na espessura do elemento sensor, i.e. como um crescimento na espessura da parede.
Tais variações na temperatura podem então criar instabilidade nas leituras.
Variações fortes nas leituras com o tempo, podem então ser indicativas de flutuações.
Sondas ER tubular compensam rapidamente as mudaças na temperatura uma vez que o
referencia encontra-se instalado dentro do próprio elemento tubular, minimizando a diferença de
temperatura entre o elemento de referência e o meio.
Temperatura é o fator influente mais importante nas medidas das sondas ER. Outros podem
ser:
• Depósitos no elemento da sonda:
Está o elemento de medição coberto por um depósito, ”protegendo-o” do processo corrosivo? È
recomendado que a sonda seja limpa a determinados intervalos para remover os depósitos na
superfície.
Depósitos podem também ser eletricamente condutor, e assim aumentar a condutividade no
elemento de medição, e então prover informações errôneas.

• Selecionando o tipo de sonda:


Está a sonda corretamente selecionada em relação a sensibilidade e a expectativa de vida?

• Posição da sonda:
Está a sonda instalada em uma posição onde ela reflete de modo mais realístico a corrosão no
duto? Em um duto horizontal, a fase água, e desse modo a corrosão ocorrem na seção inferio do
duto. Sondas instaladas no topo do duto podem em tais casos falhar na detecção da corrosão.

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• Tempo de vida da sonda excedido:


A sensibilidade é alterada no fim da vida da sonda, e não é reflete de modo real as taxas de
corrosão. Portanto é altamente recomendado que a sonda seja substituída quando 50% da espessura
do elemento for consumida.

• Análise dos dados da sonda LPR


O que mede uma sonda LPR ?
Resposta: ela mede a corrosividade do meio onde e quando a medida e tomada.
Exemplo: As taxas de uma sonda LPR podem mudar consideravelmente sobre um período
curto de tempo, p. ex. em teste de inibidores de corrosão. É importante entender que a taxa de
corrosão medida em um ponto do tempo não reflete a taxa de corrosão média sobre todo o período
de tempo. A vantagem da sonda LPR é a resposta imediata às mudanças nas taxas de corrosão.

• Outros aspectos relacionados ao “meio ambiente”.


Uma sonda LPR necessita de um meio (fluido) eletricamente condutor para funcionar.
“Leituras LPR estranhas” podem ser explicadas por um tubo vazio no momento da leitura. É, então,
confortável emitir uma “explicação fácil” se é difícil entender as leituras. Uma outra razão comum
para as “estranhas” leituras de sondas LPR é o desenvolvimento de isolamento ou depósitos
eletricamente condutor nos eletrodos da sonda. Depósitos eletricamente condutores podem curto-
circuitar a sonda e, assim, prejudicar as medidas.
Mudanças nas taxas de fluxo podem também influenciar nas leituras das sondas LPR.
Variações rápidas na temperatura, turbulências, também causam leituras “estranhas”.

Exemplo – dependência na taxa de fluxo / turbulência


As taxas de corrosão podem ser fortemente influenciadas pela taxa de fluxo. Isto é típico no
caso de sistemas onde o oxigênio está presente, e onde o transporte do oxigênio para a parede do
tubo (ou eletrodos da sonda) é um fator limitante. Em tais casos as taxas de corrosão aumentarão
fortemente com as taxas de fluxo.
O oposto pode ser o caso em situações onde a água é retida em pontos baixos de uma
tubulação, ocasionando corrosão no fundo da tubulação como resultado. Em tais casos a fase água
misturará com a fase óleo / gás se a velocidade aumentar, reduzindo a corrosão.
Exemplo – dependência na temperatura
As taxas de corrosão podem também mudar com a temperatura. O efeito pode mudar
algumas vezes, quando altas temperaturas aumentam a velocidade das reações de corrosão
(contribuindo para taxas de corrosão maiores), mas ao mesmo tempo, a solubilidade do oxigênio no
liquido é menor com temperaturas mais altas (contribuindo para taxas de corrosão menor). O fator
dominante muda caso a caso.

Análise e revisão dos dados das sondas galvânicas:


A sonda galvânica foi projetada para medir variações na corrente galvânica, fluindo entre
dois eletrodos (refletindo variações nos níveis de oxigênio em um liquido fluindo).
A leitura de uma sonda galvânica mostrará um valor baixo e estável das correntes galvânicas
enquanto o nível de oxigênio dissolvido no produto que está fluindo for baixo. Esta corrente
galvânica é dada em mA. Ingresso de oxigênio no sistema será indicado como um forte aumento na
corrente galvânica, e no gráfico será mostrado como um pico nas leituras, até que o nível de
oxigênio caia novamente. Tal redução no nível de oxigênio pode ser resultado de uma injeção de
seqüestraste de oxigênio, e a eficiência desse seqüestraste será registrada.

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Lembre, a sonda galvânica não dá informações sobre a taxa de corrosão. Ela deve ser usada
como alarme para indicar um forte aumento no nível de oxigênio, com conseqüente aumento no
processo corrosivo.
A sonda galvânica é sensível a formação de filmes na superfície dos eletrodos.

Corrente (mA) Ingresso de


oxigênio no
sistema

Condição Normal

Tempo

Condição Normal

SUMÁRIO
Existem dois princípios principais para as sondas:
• Aquelas que funcionam com base no principio das medidas Eletroquímicas.
• Aquelas que funcionam com base no princípio da Resistência Elétrica.

Resistência Elétrica Eletroquímica

Sondas ER Sondas LPR


Sondas Galvânicas

SONDAS ER:
É importante escolher o tipo de sonda com base no princípio apropriado para a aplicação.
Em particular o uso de sondas ER é recomendado para as diferentes aplicações.
Uma sonda ER funcionará, não importa que meio ela está instalada – ela não requer um
fluido eletricamente condutor, ela trabalha em gás, atmosfera, etc...
Flutuações freqüentes e rápidas na temperatura têm efeito nas leituras e necessitam ser
considerada na análise e interpretação dos dados.

SONDAS LPR:
Uma sonda LPR mede a corrosividade instantânea do meio no qual ela está instalada. Em
princípio isto pode somente ser alcançado com sondas que utilizam o princípio eletroquímico
(LPR).
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Sondas LPR dependem da presença de um eletrólito. Se o produto na linha não contém água,
a sonda LPR não pode ser usada.
O uso e vantagem de uma sonda LPR requer freqüentes leituras e analise dos dados.

SONDAS GALVANICAS:
Detecta rápido as alterações no nível de oxigênio do produto fluindo.
Se há um problema potencial de formação de filmes, as sondas galvânicas requerem limpeza
a intervalos regulares, assim como para as sondas LPR, para evitar a formação de pontes.
Não confunda: a sonda galvânica não dá informação sobre a taxa de corrosão.

BIBLIOGRAFIA:

Fonte: NACE standard RP0775-99


(Standard Recommended Practice)

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