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DIVERGÊNCIAS, CONVERGÊNCIAS E COMPROMISSOS NA

MEDIÇÃO FISCAL DE PETRÓLEO

Marco Antonio Ribeiro, ITA E 1969


marcotek@uol.com.br
Marcotek ME
Salvador, BA, 02 FEV 2013

Abstract
ANP and INMETRO issued a new edition of Technical Report in 2013 where there are
definitions of uncertainties in measurement of oil and natural gas, definitions of intervals of
calibrations of instruments and standards concerning fiscal, appropriation and operational
measurements and legal measurements. This work deals with this subject, making
considerations, analysis and suggestions concerning these metrological parameters and
shows the improvements of technologies of instruments and standards and continuous
increasing of metrological performance of instruments.
Resumo
A ANP/INMETRO editou uma nova versão do Regulamento Técnico em 10 de junho de
2013. Nessa edição há estabelecimento de incertezas na medição para óleo e para gás
natural e de períodos de calibração de instrumentos O presente trabalho faz considerações,
analises e até sugestões quanto a estes parâmetros metrológicos, relacionados com as
incertezas e períodos de calibração estabelecidos, considerando também os avanços das
tecnológicas dos instrumentos e padrões e a melhoria contínua do desempenho metrológico
dos instrumentos.
Palavras chaves: medição de vazão e nível, calibração, periodicidade de calibração,
portaria.

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho irá analisar a nova edição do Regulamento Técnico, de 10 JUN
2013, agora chamada de Resolução. O autor não irá comentar pequenos deslizes que
mostram que o editor entendia mais de direito do que de instrumentação. Por exemplo,
chamar de Dispositivo Registrador - componente de um instrumento ou sistema de medição
que fornece o registro de uma indicação está incorreto e inadequado. Indicação é uma
palavra chave e indicador é distinto de registrador e para complicar, registrador também
indica o valor instantâneo através da posição da pena, além de imprimir em papel o valor
histórico (sua função é por no gráfico).
Será feito um pequeno tutorial para conceituar algumas palavras chaves, tais como
medição, vazão, calibração, análise, variável, função de instrumento, computador de vazão.
Depois, o autor irá fazer uma análise dos avanços, paradas e retrocessos da nova edição do
Regulamento Técnico.

2. MEDIÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL


Para a Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) medir
petróleo ou gás natural é indicar o volume acumulado em determinado período de tempo.
Para a ANP-INMETRO medir óleo é cinco vezes mais fácil e preciso que medir gás natural,
pois as incertezas exigidas para medição fiscal são de 0,3% para óleo e 1,5% para gás
natural. A medição de óleo pode ser feita por totalização direta de vazão (ou indicação de
volume) ou através da indicação de nível de tanque arqueado. Totalizar a vazão volumétrica
é indicar o volume correspondente. Arquear um tanque é construir uma tabela relacionando

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nível (medido) com o volume (interessado). A partir da medição do nível do tanque
arqueado e conhecendo a tabela de arqueação, obtém-se o volume desejado. A medição de
gás natural só é feita por totalização direta de vazão ou indicação indireta de volume. Como
em 2013 aparece o conceito de gás natural liquefeito, agora também pode haver a medição
de nível de gás (liquefeito) em esfera arqueada, pressurizada e refrigerada.

Figura 1: Sistema de medição de petróleo e gás natural para a ANP

Vazão é uma pervariável, que só existe em um circuito fechado e é a mesma em


qualquer ponto do circuito. É diferente da transvariável, que existe entre dois pontos, como
pressão, tensão elétrica e temperatura. Tipicamente, medir uma pervariável é mais difícil que
medir uma transvariável. Medir vazão é mais difícil que medir pressão, pois o fluido medido
passa no interior do sensor provocando perda de carga (diminuição da pressão estática),
deposição de sujeira (se vazão muito pequena) ou erosão nos internos (se vazão muito alta).
A medição de vazão de óleo ou gás natural é muito difícil, pelas seguintes razões:
1. O fluido é geralmente multifásico (gás e liquido), com sujeiras sólidas e areia
abrasiva. Complicação: todo medidor (palavra ambígua e genérica) de vazão
aprovado industrialmente é para fluido monofásico, com vazão constante, sem
pulsação, com número de Reynolds acima de 5000 (vazão turbulenta), com
velocidade subsônica. Assim, se houver gás no liquido medido ou liquido no gás
medido, haverá erro de medição.
2. Há uma grande variação na composição e viscosidade dos fluidos. O óleo da região
amazônica de Urucu, AM, possui grau API de até 50 (mais fluido que óleo diesel) e o
óleo da região de Campos, RJ possui API de até 17 (quase asfalto).
3. Por causa das variações de fluido, de condições de operação e de preferências de
gerentes, há uma grande diversidade de sensores de vazão: placa de orifício, V cone
®, coriolis, turbina, deslocamento positivo com engrenagens ovais, deslocamento
positivo com diafragma (para gases), ultrassônico mono feixe (medição de gás de
flare) e ultrassônico multifeixe (medição fiscal e transferência de custódia).
4. Há grandes volumes transferidos de óleo e de gás natural. As faixas de medição
variam muito, com tubulações entre 1” a 30”. Dificuldade: todo medidor de vazão
possui uma rangeabilidade (turn down, que é a relação entre a máxima vazão sobre

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a mínima vazão, com determinado desempenho metrológico). A rangeabilidade típica
de medidor linear é de 10:1 e a de medidor raiz quadrático é de 3:1. A dificuldade de
medir com o mesmo instrumento vazões muito altas e muito baixas é parcialmente
resolvida usando-se dois ou mais transmissores, para um único elemento sensor,
encarecendo e tornando mais complexa a instalação.
5. As medições são feitas em condições industriais hostis: em plataforma com mal de
Parkinson, vibrando e causando perturbação em medidores baseados em frequência
(turbina e coriolis). As condições de temperatura também variam muito e em
plataforma marítima tem-se umidade condensante. Há maresia, requerendo
instrumentos com grau de proteção IP (Ingress Protection) especial, sufixo W.
Petróleo com enxofre requer ligas metálicas especiais e caras que atendam à norma
MR 75.
6. Há variações bruscas de pressão de escoamento, que podem descalibrar (melhor
caso) e danificar (pior caso) os sensores de vazão. Há também casos, como na
medição de gás do flare, onde é crítica a perda de carga na linha.
7. Nos espaços exíguos das plataformas há dificuldade de se ter longos trechos retos
(expressos em diâmetros de tubulação), requerendo uso de condicionadores e
retificadores de vazão, que também encarecem mais ainda a instalação. Ainda assim,
há dificuldade de usar retificadores e condicionadores de vazão.
8. Há dificuldades de retirar e transportar instrumentos quando instalados no meio da
selva amazônica ou em plataformas marítimas para sua calibração em laboratórios
em terra. Os tempos envolvidos nessas operações podem ser maiores que os
períodos de calibração estabelecidos pela ANP. Para complicar a situação, há uma
grande quantidade (milhares) de pontos de medição fiscal, de apropriação,
operacionais e de transferência de custódia.

3. Instrumentos de análise
Quase foi escrita a palavra analisador, porém procura-se evitar essa palavra, pois ela
tem a conotação de função de instrumento, embora análise seja uma variável de processo.
Instrumentos de análise são aqueles mais complexos, menos conhecidos, mais
diversificados, menos prestigiados, mais caros, menos confiáveis, mais frágeis de toda a área
da Instrumentação. Atualmente, há uma tendência de se usar instrumentos de análise em
linha, em vez de usar instrumentos de laboratório. Tem-se a análise automática em linha,
facilitando coleta e diminuindo períodos de amostragem, porém há maior dificuldade de
medição e há uma dificuldade de calibração maior ainda desses instrumentos. Os padrões,
gases padrão, material de referência certificada, são caros, possuem controle de idade e são
difíceis de manusear.
É muito comum se encontrar instrumentos de análise (por exemplo, de BSW – Basic
Sediment and Water) sem operar satisfatoriamente, pois nem o fornecedor consegue operá-
lo corretamente. Às vezes, o instrumento opera bem em uma determinada faixa e deixa de
operar em outras faixas.
Petrobras já utiliza cromatógrafos em linha integrado com computadores de vazão
para a transferência de custódia do gás natural em energia e não em volume. A análise do
gás requerida pelo Regulamento Técnico para fins de determinação de composição e
densidade do gás (uso qualitativo) é também usada para determinar o calor energético do
gás (uso quantitativo) e para determinar o fator Z, coeficiente de compressibilidade.
Toda empresa deve ter uma equipe especializada, competente e dedicada unicamente
à operação, calibração e manutenção de instrumentos e padrões de análise, que são
variados, pois medem densidade, condutividade, umidade, BSW, TOG, RS, cromatografia,
composição, teor de metais pesados, etc.

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4. Calibração do instrumento
4.1. Calibração
Calibrar um instrumento é compará-lo com um padrão rastreado. A calibração de um
sensor, também chamada de inspeção ou verificação, resulta no seu uso ou no seu descarte.
A calibração de indicador, transmissor e registrador pode requerer um ajuste posterior,
tipicamente de zero e de amplitude faixa (span). A calibração da maioria dos medidores de
vazão consiste em determinar o seu novo fator K. Todo instrumento com fator K requer um
padrão de vazão para sua calibração, exceto o deslocamento positivo que requer um padrão
de volume. A placa de orifício não possui fator K.
A calibração do instrumento dá confiabilidade à leitura do instrumento. Todo
instrumento deve ser calibrado periodicamente. Instrumento encontrado descalibrado é uma
não conformidade. Quando se recebe o instrumento na calibração, o status de descalibrado
é pior do que o de avariado, pois a informação do instrumento avariado não é considerada,
mas a informação do instrumento descalibrado está errada e era considerada.
Toda calibração (fiscal, transferência de custodia, apropriação, operacional) requer
sempre:
1. Medições replicadas (medições repetidas em vários pontos, subindo e descendo),
2. Pessoal competente (treinado, proficiente),
3. Local conhecido (não necessariamente controlado),
4. Procedimento escrito (para garantir que todos façam sempre igual),
5. Critério de aceitação adequado (se instrumento estiver dentro do critério, não fazer
nenhuma ajuste),
6. Certificado documentado (em papel ou em meio eletrônico, igualmente protegidos e
confiáveis),
7. Periodicidade administrada (compromisso entre evitar não conformidade e trabalhar
o mínimo possível) e
8. Padrão rastreado (nacional ou internacionalmente).
A determinação do prazo de calibração é exclusiva do usuário. Aparentemente esta
declaração espanta o leitor, que irá perguntar: e o prazo determinado pela ANP?
Certamente, o usuário deve considerar:
1. Prazo estabelecido inicialmente pela ANP,
2. Recomendação do fabricante,
3. Sugestão do laboratório de calibração,
4. Severidade de uso do instrumento,
5. Consequência de uma não-conformidade,
6. Tipo do instrumento (com ou sem peças moveis) e
7. Posição do instrumento na hierarquia metrológica do instrumento (instrumento de
medição ou padrão de trabalho).
A ANP estabelece um prazo inicial de calibração mostrado em tabelas e há uma
observação consoladora que diz: os medidores e instrumentos de medição associados
poderão ter suas periodicidades de calibração estendidas, após aprovação da ANP, seguindo
os vários critérios especificados, contidos no ANEXO C - RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DAS
PERIODICIDADES DE CALIBRAÇÃO, DE ÁNALISES E DE TESTE DE POÇOS.
Embora haja esses prazos definidos, se o usuário desconfiar que o instrumento esteja
descalibrado, ele decide fazer a calibração em prazo menor que o estabelecido pela ANP.
Também, quando o usuário solicita aumento de prazo de calibração, ele deve propor o novo
prazo e não simplesmente deixar que a ANP decida. A ANP não se expõe, definindo os novos
prazos de calibração.

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Fig. 2. Estação de medição de vazão de óleo ou gás natural para a ANP

4.2. Calibração da vazão


Vazão é uma pervariável, dinâmica, definida como a relação entre o volume e o tempo
ou entre a massa e o tempo. Embora a definição de vazão seja simples e direta, a calibração
de vazão é complexa, difícil e cara. Calibrar um sensor de vazão significa passar uma vazão
conhecida constante através do medidor (valor dado pelo laboratório), medir a saída do
sensor e determinar o fator K do medidor, que é a relação entre a saída do medidor sobre a
vazão conhecida. As dificuldades estão em manter a vazão constante durante a calibração,
sincronizar os tempos de início e fim da calibração. Em laboratórios acreditados pelo
INMETRO para calibração de vazão, há chaves automáticas de posição, há divertedores que
dirigem a vazão para o instrumento ou fora do instrumento. Este método de calibração deve
ser de 3 a 10 vezes menor que 0,2%, que é a incerteza nominal do sensor de vazão de óleo
sob calibração.
A grande vantagem do uso da placa de orifício, mesmo com sua incerteza ruim (0,5%)
e sua pequena rangeabilidade (3:1), é seu baixo custo de calibração. Calibrar a placa é ver
suas dimensões (por isso, na edição nova do Regulamento Técnico, se fala de calibração
dimensional do instrumento), seu acabamento, planicidade, status do canto vivo. Calibrar o
transmissor associado à placa consiste em aplicar um padrão de pressão conhecido na
entrada do transmissor e ajustar sua saída de 4 mA a 20 mA. Fácil, rápido e barato, podendo
ser feito nas instalações do usuário.
Outro medidor de vazão que não requer padrão de vazão para sua calibração é o
deslocamento positivo. A calibração do deslocamento positivo requer um padrão de volume
(tanque padrão chamado de seraphin), porém está se calibrando o conjunto sensor e
totalizador de vazão. Não se está calibrando o sensor de vazão (FE), mas o conjunto sensor
e totalizador (FE + FQ).

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Todos os demais instrumentos de vazão, exceto placa e deslocamento positivo,
requerem um padrão de vazão para sua calibração. Esse padrão de vazão pode ser,
conforme o Regulamento Técnico: (1) medidor padrão (medidor máster), (2) provador
(prover), (3) tanque padrão ou
(4) laboratório de vazão. O deslocamento positivo (conjunto sensor e totalizador) requer um
padrão de volume para sua calibração, que é estático e mais disponível que um padrão de
vazão volumétrica.
O medidor máster ou também chamado de padrão de trabalho é outro sensor de
vazão, normalmente de igual tipo, mas com menos tempo de uso e mais cuidado de
manipulação, que é alinhado com o medidor a ser calibrado. Nesse caso, a incerteza do
padrão deve ser incorporada à incerteza do instrumento medidor. O medidor máster por
excelência é a turbina, porém só pode ser usada com fluidos limpos e pouco viscosos. O
período de calibração do medidor máster deve ser menor do que o medidor de trabalho
(como a edição de 2000 do Regulamento estabelecia). Agora, na edição de 2013, o período
de calibração do padrão de trabalho (máster) foi estabelecido maior do que o período do
medidor de trabalho. Estranho? O único fator que determinaria período maior para o máster
seria a severidade de uso, desde que ele seja retirado da linha de processo e preservado
fora do processo, com lubrificação e outros cuidados. Instrumento mecânico fora de uso
pode ser pior do que em uso em condições favoráveis.
Pela Resolução 2013, provador (prover ou tubo-padrão) é a medida materializada de
volume, constituída de um tubo ou cilindro, de volume conhecido, utilizado como padrão
volumétrico para calibração de medidores. Provador é um padrão de vazão, que pode ser
fixo ou móvel, com esfera ou com pistão. É uma solução muito conveniente, pois pode
calibrar o medidor de trabalho sem retirá-lo do processo e usando o próprio fluido do
processo. Porém, o custo de aquisição e de propriedade do provador é muito alto e só é
justificada sua aquisição quando se tem uma grande quantidade de medidores de trabalho.
Também é cara a calibração do provador, tipicamente feita pelo seu fabricante que não é
nacional. Levar para fora e trazer de novo um instrumento, no Brasil burocrático, é mais
difícil, caro e demorado do que comprar um instrumento novo.
Calibração dos instrumentos de compensação de pressão e temperatura, chamados na
Resolução de instrumentos adjuntos tem periodicidade de 3 meses. Este prazo poderia ser
muito maior (um ano, por exemplo), pois atualmente são utilizados transmissores
microprocessados ou digitais, cuja precisa nominal típica é de 0,03%. A deriva (drift) desses
transmissores é de cerca de 0,1% do Limite Superior de Faixa, por 10 anos! (transmissores
da Emerson e Yokogawa). Tem-se o paradoxo de um instrumento ter um catálogo
garantindo que sua estabilidade levará 10 anos para piorar 0,1% e uma norma exigindo uma
periodicidade de 3 meses (medição fiscal). Também deve ser considerado que os
instrumentos são para compensação de pressão e temperatura e quando associados à placa
de orifício sua influência é a metade de quando associados a instrumentos lineares.
Historicamente,
A Petrobras focaliza seus aumentos de períodos de calibração nos sensores de vazão e
não exige aumento de períodos para os instrumentos adjuntos. A Petrobras geralmente
compra em uma AFM (pedido) global com milhares de transmissores d/p cell © exigindo
estabilidade mínima de 5 anos, mas ANP exige periodicidade de 3 meses.

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Tab. 1 - Laboratórios brasileiros para calibração de vazão acreditados pelo
INMETRO

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4.3. Laboratório de calibração de vazão
A Tabela 1 lista os laboratórios da Rede Brasileira da Calibração (RBC) acreditados pelo
INMETRO, com as respectivas capacidades. Esta tabela foi construída através da consulta na
Internet da RBC. Como é pouco amigável este endereço da RBC, algum laboratório pode ter
sido não encontrado (e.g., Hirsa de Catu, BA e Rio de Janeiro, RJ).
Laboratório de vazão é a instalação para calibrar instrumentos medidores de vazão. A
implantação de um laboratório de calibração é demorada e cara. Demorada porque deve
atender as exigências da norma ISO 17 025 e ser acreditado pelo INMETRO para prestar
serviços de calibração à comunidade. O laboratório deve ter a melhor capacidade de
medição (incerteza do método de calibração) menor do que 0,2%, que é a incerteza
requerida para o elemento sensor de vazão a ser calibrado.
A implantação de um laboratório de vazão é cara, principalmente quando se propõe a
calibrar sensores de vazão de grande diâmetro (acima de 20” de diâmetro). O laboratório
deve ocupar uma grande área, pois precisa atender as exigências de trechos retos a
montante e a jusante do sensor. Ele requer grandes motores e bombas para transferir
grandes vazões entre grandes tanques. Ele requer chaves automáticas de sincronismo,
divertedores, contadores de pulsos de alta e baixa frequência, aplicativos para fazer a
calibração automaticamente, gerando certificados de calibração com algoritmos aceitos pela
comunidade, incluindo a incerteza do método.
Por causa do alto custo de implantação, a calibração de um medidor de vazão deve ser
cara, para amortizar os custos e dar lucro. Este alto custo de calibração conflita com os
interesses do usuário do instrumento, que pode achar um absurdo gastar cerca 25% do
custo do instrumento em uma única calibração. E as exigências de calibração, definidas no
Regulamento de 2000, eram de 60 dias para a medição fiscal e de 30 dias para os
instrumentos padrão de trabalho e por isso houve um grande avanço em 2013, com os
períodos típicos de três meses (instrumento com peças móveis) e seis meses (instrumento
sem peças móveis).

Fig. 3. Calibração de um medidor ultrassônico usando uma turbina como


padrão

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4.4. Calibração de nível
A ANP aceita a medição de nível como medição fiscal de petróleo, desde que o tanque
seja arqueado. A arqueação do tanque é de responsabilidade do INMETRO ou do seu órgão
estadual, Instituto de Pesos e Medidas Estadual. Segundo as normas OIML a validade da
arqueação do tanque é determinada pelo órgão metrológico nacional e tipicamente é de 10
anos. A Resolução reduz esse prazo para cinco anos.
A incerteza da arqueação de tanque feita pelo Instituto de Pesos e Medidas, órgão
estadual do INMETRO, é declarada de 0,2% para tanque cilíndrico 0,5% para vaso esférico
pressurizado. A arqueação feita é geométrica, o tanque sendo considerado uma figura
geométrica perfeita. Há propósito do INMETRO substituir o método strapping, onde são
medidas as circunferências externas do tanque pelo método com raio laser e espelho, para
melhorar a incerteza.
Esses valores devem ser aceitos, sem questionamento, pois o INMETRO é o órgão
fiduciário responsável pela arqueação.
Pela Resolução, a medição fiscal de transferência de custódia de volume de petróleo e
de gás liquefeito pode opcionalmente ser feito por tanque arqueado. A medição de nível
pode ser manual ou automática. O medidor default de medição manual é a trena certificada
por laboratório acreditado pelo INMETRO. O medidor automático de nível deve ser calibrado
periodicamente por trena rastreada. Quando o tanque está sob a pressão atmosférica, há
boca de medição, através da qual pode-se lançar a trena para calibrar o medidor automático.
Assim, tem-se a trena para fazer a medição manual de trena, e como instrumento de
medição sua periodicidade de calibração é de 12 meses. Porém, a trena usada como padrão
de calibração do sistema automático de medição de nível deve ter um tratamento diferente,
com período de calibração menor. A Transpetro tipicamente estabelece o período de
calibração da trena usada como padrão em 50 corridas de uso ou 6 meses, o que for menor.
Também, com a inclusão atual de medição de nível de gás liquefeito, a calibração do
medidor automático se complica, pois não se tem mais a boca de medição para o
lançamento da trena. O que Transpetro (Madre de Deus, BA) faz é construir pinos no interior
da esfera pressurizada, com alturas verificadas por trena, colocar o radar, por exemplo, em
modo ode calibração e ele irá indicar as alturas dos pinos padrão. Periodicamente, a altura
desses pinos deve ser calibrada por trena.

5. Regulamento Técnico da ANP/INMETRO


5.1. Normas e Regulamentos
A Resolução 2013 se refere frequentemente à Portaria 64 (2003) do INMETRO que
estabelece as exigências, metrológicas e técnicas, aplicáveis aos sistemas de medição
dinâmica de quantidades de líquidos utilizados em medição fiscal da produção de petróleo
nas instalações de produção, em terra e no mar, em medição da produção de petróleo em
testes de longa duração dos campos de petróleo, medição para apropriação da produção de
petróleo dos poços e campos, medição da produção de petróleo em testes de poços cujos
resultados sejam utilizados para apropriação da produção aos campos e poços, e medição
em transferência de custódia de petróleo, seus derivados líquidos, álcool anidro e álcool
hidratado carburante, sujeitos ao controle metrológico e fixa os requisitos para aprovação de
modelo de partes desses sistemas de medição. (Quando aparecem frases muito grande e
meio confusas é porque estão transcritas literalmente das normas, com CTRL C e CTRL V).
Isso criou um paradoxo: a Portaria 64 se refere muito às normas OIML (Organização
Internacional de Metrologia Legal) e a Resolução retirou estas normas de suas referências.
No Regulamento Técnico de 2000, as normas OIML tinham precedência às normas ABNT e
agora não são mais mencionadas.

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Talvez por causa da influência ou pressão da Petrobras, há muita referência as normas
da API (Instituto de Petróleo Americano). No Regulamento de 2000 a precedência das
normas é a seguinte: (1) .Portaria, (2). OIML, (3). ABNT, (4).ISO e (5). API, AGA, ISA, etc.
Assim, nas normas API são de quinta categoria, e mesmo sendo normas práticas, simples e
claras são ainda normas americanas.
Há várias referências à norma ISO 5168 (2005), porém essa norma é apenas um
resumo simplificado na ISO GUM e não fala sobre incertezas numéricas para a medição de
vazão.
Infelizmente a ABNT é lenta, desinteressada e alheia às normas industriais
relacionadas com medição e Instrumentação, haja vista que a norma de simbologia e
identificação de instrumentação, NBR 8190 (1983): Simbologia de Instrumentação, se baseia
na ISA 1948 e a versão atual da ISA é de 2009.

5.2. Incertezas da medição


O Regulamento Técnico de 2000 estabelecia incertezas para a medição de petróleo de
±0,3% do valor medido, para a malha de medição fiscal de óleo e ±0,2% do valor medido
para o sensor de vazão fiscal. Para gás natural, a incerteza é de ±1,5% do valor medido
para a malha de medição fiscal de gás natural. A boa prática de Metrologia diz que se deve
usar apenas um algarismo significativo para a expressão da incerteza industrial. Incerteza é
dúvida, indeterminação, grau de dispersão e é um preciosismo inútil e pernóstico expressar
incertezas industriais com dois ou mais algarismos significativos. A incerteza para a medição
de apropriação de gás é de ±2% que é igual à incerteza de ±1,5% para a medição fiscal, se
ambas forem escritas com o mesmo número de algarismos significativos.
Na Resolução 2013, há uma confusão ou contradição no tratamento das incertezas de
medição de gás natural. Está assim e deveria ficar apenas o paragrafo 6.4.7.
6.4.6.Os sistemas de medição de gás devem ser projetados, instalados e calibrados
para operar dentro das classes de exatidão conforme sua aplicação:
a) Sistemas de medição fiscal classe de exatidão 0.5;
b) Sistemas de medição para transferência de custódia classe de exatidão 0.5;
c) Sistemas de medição apropriação classe de exatidão 1.5;
6.4.7.Os sistemas de medição de gás devem ser projetados, instalados e calibrados
para operar dentro das seguintes incertezas de medição de vazão ou volume:
a) Sistemas de medição fiscal incerteza máxima de 1,5%;
b) Sistemas de medição para transferência de custódia incerteza máxima de 1,5%;
c) Sistemas de medição para apropriação incerteza máxima de 2%;
d) Sistemas de medição para queima ou ventilação de gás natural incerteza máxima de
5%;

5.3. Resolução 2013


O Regulamento Técnico da ANP/INMETRO foi editado em 19 JUN 2000. Foi concedido
um prazo de dois anos para que os sistemas de medição já instalados e em utilização fossem
integralmente adequados a ele.
O Regulamento Técnico de 2000 foi benéfico à Petrobras, principal empresa de
petróleo brasileira. A partir desse Regulamento, a Petrobras investiu milhões de dólares
(talvez bilhões) para sua adequação: substituição de sensores com incertezas inadequados,
alterações de instalações com trechos retos insuficientes a montante e a jusante dos
sensores, colocação de tubos de medição (trechos retos com material mais nobre),
contratação de consultorias externas para análise das instalações. Houve uma tomada de
consciência metrológica, ou seja, instrumentos e padrões foram adquiridos com relações de
precisão adequadas e corretas, foram elaborados planos de calibração e manutenção

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especialmente para atender as exigências do Regulamento. A partir das exigências para
medição fiscal, transferência de custodia, apropriação e operacional, a Petrobras conclui o
óbvio e o mandatório: todo instrumento requer calibração e gestão metrológica, com planos
e cronogramas de calibração e manutenção. Todos os instrumentos!
Também a ANP não possuía pessoal em nível e quantidade suficiente para cobrar dos
usuários a adequação. Os primeiros engenheiros da ANP foram ex-funcionários da Petrobras
ou engenheiros sem prática, recém formados, que foram aprender a fazer inspeções
metrológicas fazendo inspeções metrológicas na Petrobras em tempo real.
Obviamente, por causa da grande quantidade de instrumentos e instalações em
operação e projeto e da pequena massa critica da ANP, não houve adequação no tempo
previsto de dois anos.
Em 2008 foi publicada nova edição do Regulamento para Consulta Pública. Foi uma
edição pouco expressiva e rapidamente substituída.
Em 2010 foi publicada outra edição, agora chamada de Aprimoramento da Minuta da
Consulta Pública. Esta edição foi muito polêmica, pois tinha pontos muito exigentes,
exagerados e fora da realidade industrial brasileira. Havia exigências burocráticas de
proficiência para os analistas químicos e pessoal envolvido na calibração dos instrumentos,
as periodicidades de calibração foram aumentadas, porém de modo insuficiente e tímido,
instrumentos com características diferentes (com ou sem peças moveis) eram tratados do
mesmo modo.
Nesse período houve algo ambíguo e confuso: oficial e legalmente o regulamento
válido era o de 2000, porém exigências e alterações de 2010 já eram praticadas pela
Petrobras, algumas mais favoráveis (incerteza na medição do flare passou de 1,5% para
5%) e outras menos favoráveis (periodicidade de arqueação passou de 10 anos para 5
anos).
Treze anos depois da primeira edição, sai a Resolução de 2013. Esta versão teve
grandes avanços, simplificou algumas coisas, aumentou o número de definições, baseadas
no Vocabulário Internacional de Metrologia, VIM 2012. Há ainda algumas incongruências e
há espaço para muita melhoria, principalmente na parte das 85 definições e nas
periodicidades de calibração.
De um modo louvável e correto, a Resolução propõe periodicidades menores para
instrumentos com peças móveis (deslocamento positivo, rotativo e turbina) de 3 meses e
periodicidades maiores para medidor sem peças moveis (coriolis e ultrassônico) de 6 meses.
Diferente das versões anteriores a Resolução propõe períodos maiores para os medidores
padrão de trabalho, o dobro do período para o medidor de trabalho.
A periodicidade para os medidores adjuntos (malhas de medição de pressão e
temperatura para a compensação volumétrica da vazão) é pequena, de 3 meses. A
Resolução deixou de considerar as incertezas atuais dos transmissores microprocessados
inteligentes, de pressão estática, pressão diferencial e temperatura, que atingiram o estado
da arte e possuem incerteza nominal de 0,01%. Considerando as derivas (drifts) de tempo,
esses transmissores levarão vários anos para chegar à incerteza de 1,5%. O mesmo se
aplica ao sensor de temperatura, Pt 100, ou como o default atual, o Pt 1000 (mais
conveniente que o Pt 100, por ter menor influência da fiação de três fios e com menor
corrente parasita de polarização). O sensor de platina é muito estável, possui incerteza da
ordem de 0,1% no pior caso.
A Resolução aplicou a mesma periodicidade para os sensores de nível, independente
de ter ou não ter peças móveis. Deveria ter usado a mesma filosofia aplicada à medição de
vazão: periodicidade maior para medidores sem peças móveis (radar e deslocador fixo) e
períodos menores para deslocador móvel (ENRAF). O período de calibração do radar deve
ser maior do que o de deslocador móvel, conhecido popularmente como ENRAF.

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Supõe-se que as periodicidades apresentadas nas Tabelas sejam os períodos iniciais,
podendo ser aumentados sem limites, mas mantidas as exigências de histórico das
calibrações anteriores.
A seguir são mostradas as Tabelas de Periodicidades da Resolução 2013. Interessante
ou estranho que a Tabela 3 tenha todos os períodos iguais para Produção e Transferência de
Custódia, tanto para petróleo, gás natural e gás natural liquefeito para todos os
equipamentos e componentes dos sistemas de medição. Se estiver correta, ela poderia ser
simplificada com uma única coluna.
Nota: O autor preferiu transformar as tabelas em figuras, por conveniência e para não
cometer enganos ou simplesmente por preguiça. Fonte: Resolução 2013 da ANP/INMETRO.

5.4. Periodicidades de calibração


Imperativo categórico kantiano: todo instrumento deve ser calibrado periodicamente.
Quem estabelece o período de calibrado é o usuário que deve conhecer as exigências legais
aplicáveis, sugestão de fabricante do instrumento, recomendações de laboratórios de
calibração, extensão e severidade de uso, condições ambientais, tipo do instrumento com ou
sem peças móveis, histórico do instrumento, nível de habilidade e proficiência do pessoal de
manutenção e operação, incerteza requerida, penalidade de não conformidade e ainda há
etc.
Como a calibração do sensor de vazão tem um alto custo, uma das decisões mais
importantes relacionadas com a calibração é determinar os períodos de calibração,
baseando-se nos critérios acima. Este processo é complexo, empírico, histórico e estatístico.
Para complicar ainda mais o assunto: há vários e diferentes métodos, baseados em normas
e em empresas de boa reputação de metrologia.
A intuição de engenharia que fixa os intervalos de calibração iniciais e um sistema que
mantem intervalos fixos sem revisão não são considerados como sendo suficientemente
confiáveis e por isso não são recomendados. A decisão deve ser feita por uma pessoa ou por
pessoas com experiência geral de medições ou dos instrumentos particulares a serem
calibrados e preferivelmente também com conhecimento dos intervalos usados por outros
laboratórios. Uma estimativa deve ser feita para cada instrumento ou grupo de instrumentos
quanto ao intervalo de tempo o instrumento provavelmente permanecerá dentro do máximo
erro permissível após a calibração.

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Fig. 4. Tabelas de Periodicidade de calibrações e inspeções de sistemas de
petróleo e gás natural

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A norma OIML D 10 (2007) apresenta os seguintes métodos, cada um com vantagens
e desvantagens.
1. Instrumentos são tratados individualmente ou como grupos (modelo do fabricante,
tipo de instrumentos),
2. Instrumentos excedem a calibração pelo desvio durante o intervalo de tempo ou
por uso,
3. Instrumentos mostram diferentes tipos de instabilidades,
4. Instrumentos passam por ajustes e
5. Dados são disponíveis e importância é fixada à história de calibração dos
instrumentos.
Em suas consultorias o autor utiliza o critério de Schumacher para administrar os
períodos de calibração. Neste método, consideram-se as duas ou três calibrações anteriores
e a atual. Quando o instrumento chega para a calibração ele pode estar Calibrado (C),
Descalibrado (D) e Avariado (A). Nota: o status descalibrado é pior que o avariado! Com
tabelas combinando essas letras, os períodos podem ser Permanecidos (P), Estendidos (E),
Diminuídos (D) e diminuídos ao Máximo (M). Finalizando, há uma tabela mostrando o que é
estender, diminuir e diminuir ao máximo, a partir de períodos expressos em dias ou em
semanas. O que importa é a filosofia do critério, que pode ser adaptado à realidade de cada
usuário.
A ANP só aceita aumentar o período de calibração por número de série do instrumento.
Mesmo que os instrumentos sejam do mesmo fabricante, mesmo modelo e usado no mesmo
local (tag), a ANP só considera o instrumento. Como os instrumentos são iguais, utilizados
no mesmo local e nas mesmas condições ambientais, com a mesma exigência de incerteza,
a alteração do prazo deveria ser em função do tag e não do serial do instrumento.

5.5. Mudanças e novidades da Resolução 2013


As novidades e boas surpresas da Resolução 2013 são:
1. Inclusão da medição de transferência de custódia, igualando-a à medição fiscal em
alguns aspectos (incerteza), com alguns períodos iguais aos da medição de
apropriação e com outros períodos maiores do que as medições de apropriação.
2. Inclusão da medição de vazão e de nível de gás natural comprimido e liquefeito. A
calibração de medidores automáticos de nível de gás liquefeito é mais complexa do
que de tanque atmosférico.
3. Exigência de gestão de medição para as medições operacionais.
4. Não há mais lista de instrumentos aceitos para medição. Todo instrumento que seja
aprovado por portaria pode ser usado para a medição de vazão ou de nível. Bingo!
5. Exigência do uso e da aprovação do computador de vazão, também por portaria do
INMETRO.
6. Exigência de calibração externa ser feita por Laboratório acreditado pelo INMETRO
ou pela ILAC.
7. Introduz o conceito de campos de pequenas acumulações, porém as regras não são
aplicáveis a empresas médias e grandes que tenham pequena produção. A Petrobras
está fora, embora tenha tanques pequenos (menores que 100 m3) e campos de
produção de pequenas acumulações.
8. Há um profundo e intenso envolvimento do INMETRO.

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6. Conclusão
A nova edição do Regulamento Técnico de Medição da ANP/INMETRO era esperada
com grande expectativa e ansiedade. Como a edição de 2010 era tão ruim, como na história
do bode na sala, a edição é avançada e correta. Os conflitos devem ser administrados
sempre levando em consideração que todos os envolvidos querem que a medição seja
precisa e exata e confiável. As empresas envolvidas na produção, transporte e venda de
produtos são sérias, com responsabilidade social, com pessoal técnico continuamente
aprimorado e melhorado e todos querem que além de tudo, as coisas sejam justas e legais.
Todos tem que ter a consciência que a medição deve ser correta, os royalties
justamente distribuídos e principalmente haja retorno para o povo de todos os impostos
recolhidos.
As falhas devem ser consideradas como coisas indesejáveis, raras e involuntárias. O
agente fiscalizador não deve apenas penalizar e multar, mas também orientar, aceitar as
explicações razoáveis e sensatas.
Normas devem ser seguidas, unidades do SI devem ser usadas (inclusive o pascal, de
pressão).
O autor ficará mais feliz do que já é se algumas considerações aqui fossem colocadas
em prática para melhorar a vida de todos os envolvidos: usuários, fabricantes, pessoal de
laboratório e pessoal legal da ANP e INMETRO.

7. Referências bibliográficas
1. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, portaria conjunta nº
01, de 19 de junho de 2000
2. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Aprimoramentos da
minuta da consulta pública, 2010.
3. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Resolução Conjunta
No- 1, De 10 de Junho de 2013
4. Emerson, catálogo do transmissor Rosemount 3051S, 2006.
5. Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO,
Portaria Inmetro N° 064, de 11de abril de 2003.
6. OIML D 10 - Guidelines for the determination of calibration intervals of measuring
instruments, 2007.
7. Ribeiro, M.A., Medição de Petróleo e Gás Natural, Petrobras, 2013.
8. Ribeiro, M.A., Metrologia Industrial, Petrobras, 2011.
9. Yokogawa, catálogo do transmissor EJX 110A, 2006.

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