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DIAGNÓSTICO DO RISER DA UNIDADE DE CRAQUEAMENTO

CATALÍTICO DA REFINARIA DE CAPUAVA

EVALUATION OF RESIDUE CATALYTIC CRACKING UNIT RISER OF


CAPUAVA REFINERY

DIAGNÓSTICO DEL RISER DE LA UNIDAD DE CRAQUEO


CATALÍTICO DE LA REFINERÍA DE CAPUAVA

Claudia M. L. Alvarenga Baptista1


Elizabeth M. Moreira2
Waldir P. Martignoni3

RESUMO
Avaliou-se a Unidade de Craqueamento Catalítico da Refinaria de Capuava (Recap) utilizando as técnicas de
diagnóstico de riser. Constatou-se aumento de conversão e de rendimentos de gasolina, GLP e gás combustível ao
longo do riser. O rendimento de óleo decantado decresce ao longo do riser, enquanto que o rendimento de LCO sofre
pequena variação por ser um produto intermediário. As conversões medidas na parede do riser são maiores do que as
medidas no centro, em todos os bocais amostrados, função da maior concentração de sólido junto à parede do refratário.
Verifica-se que praticamente não houve variação do MAT ao longo do riser. A partir de 15 metros, o catalisador já
apresentava um MAT baixo, porém, apesar disto, constatou-se uma conversão considerável com produção de gasolina
no restante do riser. Os tempos de residência médios da fase gasosa e do catalisador no riser foram de 2,2 e 3,7
segundos, respectivamente. O fator de slip médio calculado foi de 1,6, o que retrata bom dimensionamento do riser, em
termos de critérios de velocidade, e boa mistura entre o catalisador e a fase gasosa. Próximo ao centro do riser, a
diferença de velocidade entre as fases é bem pequena, com fator de slip de aproximadamente 1,0. Os estudos de
traceamento radioativo e tomografia mostraram um perfil de escoamento plug flow mais acentuado do que o observado
em outros risers industriais já avaliados.

ABSTRACT
An evaluation was performed of the residue catalytic cracking unit of the Capuava refinery by applying riser diagnostic
techniques. Sampling results show that the conversion is increasing along the riser, as normally expected. The same
trend was observed to the gasoline and LPG yields. HCO yield is decreasing, while LCO yield is leveling because this
is an intermediate fraction. Conversion is systematically larger at wall than at riser center. This is due to larger
catalyst concentration at wall, as tomography shows. The MAT is quite constant along riser. Although the MAT is
already very low in the height of fifteen meters, the increase in conversion and gasoline yield is considerable from this
point to the end of the riser. The mean residence time for the gas phase and for the catalyst in the riser were 2,2 and 3,7
respectively. The average slip factor across the riser was 1,6. This result denotes a good riser design. In the riser
center, the slip factor is near 1,1, showing no difference between the gas and catalyst velocities. Comparing, with other
refineries, the tomography and radiotracer studies results, we can get to the conclusion that this riser has a flow pattern
nearer to the plug flow.

1
Tecnologia de FCC; Pesquisa e Desenvolvimento do Abastecimento; Centro de Pesquisas (Cenpes).
e-mail: claudiam@cenpes.petrobras.com.br
2
Tecnologia de Hidrorrefino e Processos Especiais; Pesquisa e Desenvolvimento do Abastecimento; Centro de
Pesquisas (Cenpes).
e-mail: bethm@cenpes.petrobras.com.br
3
Superintendência Industrial de Xisto / Pesquisa.
e-mail: SI29@sic.petrobras.com.br

Bol. téc. Petrobras, Rio de Janeiro, 45 (3/4): 294 -309, jul./dez., 2002 294
RESUMEN
Se ha hecho una evaluación de la Unidad de Craqueo Catalítico de la Refinería de Capuava (Recap), utilizando las
técnicas de diagnóstico de riser. Se constató un aumento de conversión y de rendimientos de gasolina, GLP y gas
combustible a lo largo del riser. El rendimiento de aceite depositado se reduce a lo largo del riser, mientras que el
rendimiento de LCO sufrió una pequeña variación por ser un producto intermedio. Las conversiones medidas en la
pared del riser son más elevadas que las medidas en el centro, en todas las toberas de donde se colectaron muestras, en
función de una concentración más elevada de sólidos junto a la pared del refractario. Se constató que prácticamente no
hubo variación del MAT a lo largo del riser. A partir de 15 metros, el catalizador ya presentaba un MAT bajo, sin
embargo, a pesar de ello, se constató una conversión considerable con producción de gasolina en el resto del riser. Los
tiempos de retención promedios de la fase gaseosa y del catalizador en el riser fueron de 2,2 y 3,7 segundos,
respectivamente. El factor de slip (deslizamiento) promedio calculado fue de 1,6, lo cual retrata las buenas
dimensiones del riser, considerando los criterios de velocidad y de buena mezcla entre el catalizador y la fase gaseosa.
Cerca del centro del riser, la diferencia de velocidad entre las frases es bien pequeña, con factor de slip de
aproximadamente 1,0. Los estudios de trazado radioactivo y tomografía mostraron un perfil de flujo tipo plug flow más
fuerte que lo observado en otros risers industriales ya evaluados.

(Originais recebidos em julho de 2002).

1. INTRODUÇÃO

A Petrobras tem como um de seus projetos estratégicos o Programa de Desenvolvimento de Tecnologias


Estratégicas de Refino, Proter, com o objetivo de posicionar a Companhia como líder mundial no
processamento de petróleos pesados. Em consonância com este propósito, foi firmado, em agosto de 1998,
acordo de Licenciamento de Tecnologia entre a Petrobras e a Elf Antar France (EAF) para capacitação em
diagnóstico de reatores com fluxo gás-sólido. Esta capacitação compreende a execução e a interpretação de
um conjunto de técnicas avançadas de avaliação do desempenho do riser de unidades industriais de
craqueamento catalítico (1), desenvolvidas e dominadas com proficiência pela EAF (2).

O conceito de diagnóstico de riser consiste, basicamente, em um conjunto de experimentos que permite a


avaliação da distribuição dos fluxos (gasoso e sólido) ao longo do riser, a análise tridimensional da
distribuição da densidade do catalisador, a determinação da variação radial e axial da temperatura reacional,
a medição das propriedades locais do catalisador e a reconstituição do perfil de rendimentos locais, a partir
de metodologias de amostragem ao longo do riser. As técnicas empregadas para a obtenção de informações
do comportamento termofluidodinâmico são o traceamento radioativo, a tomografia e o momentum probe.

Com a consolidação desses conhecimentos, obtém-se uma imagem quantificada dos fenômenos
fluidodinâmicos das fases envolvidas no escoamento em diversos pontos do riser, permitindo a elaboração
de um banco de dados de propriedades e características do escoamento de imensurável valor para a
otimização dos risers existentes, para projetos futuros, assim como para o ajuste dos modelos em
desenvolvimento.

As primeiras aplicações industriais desta técnica, nas refinarias da Petrobras, foram realizadas na avaliação
dos risers da unidade Secra I da Refinaria de Paulínia (Replan) (3,4).

Tendo como meta a aplicação das técnicas de diagnóstico de riser em outras unidades da Companhia,
procedeu-se à avaliação da Unidade de Craqueamento Catalítico da Refinaria de Capuava (Recap).

Relatam-se, aqui, os resultados obtidos a partir da aplicação inusitada desta técnica em uma unidade de
resíduo.

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2. TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DE RISER

2.1. Amostragem em Riser

Esta técnica, desenvolvida pelo Centre de Recherche et Développment Stratégique (CRES), permite analisar
uma mistura reacional de hidrocarbonetos e catalisador, em um reator de fluxo ascendente ou descendente,
determinando, em diferentes pontos da unidade em funcionamento, os seguintes resultados:

• conversão do processo;
• rendimento de gás combustível, GLP, gasolina, LCO e óleo decantado;
• teor de coque no catalisador;
• atividade do catalisador;
• composição em famílias de hidrocarbonetos do corte da gasolina e a sua octanagem.

Os gráficos do perfil axial de conversão e rendimento de produtos ao longo do riser, bem como o
acompanhamento do perfil radial, em uma determinada cota, podem fornecer subsídios importantes para que
sejam identificados problemas na distribuição da carga, no aproveitamento do riser, nos dispositivos de saída
do riser etc.

O amostrador-ELF permite que seja realizada a condensação dos gases de hidrocarbonetos durante a
amostragem no riser, separando-os em duas frações: uma líquida, retida em cilindro metálico, e uma gasosa,
recolhida em saco plástico apropriado. Na amostragem de catalisador, a fração líquida se mistura ao
catalisador, para posterior separação.

2.2. Momentum Probe

A técnica tem como objetivo medir perfis de energia cinética dos fluidos em riser industrial para o cálculo da
velocidade local do catalisador. Na realização desta medida, utiliza-se um tubo pitot que mede a pressão
dinâmica do fluido, a qual está ligada ao fluxo pontual de sólido e à concentração de sólido. Com o auxílio
dos perfis diametrais de concentração de catalisador e do ∆P pitot pode-se calcular os perfis diametrais de
velocidade e de fluxo de catalisador. O tubo pitot utilizado possui um termopar que permite a varredura da
temperatura local, paralelamente ao fluxo.

2.3. Tomografia

A técnica de tomografia por Raios gama permite localizar variações de densidade em uma seção, a uma dada
elevação de um vaso de processo. Os estudos de tomografia de riser são feitos posicionando-se uma fonte de
radiação gama, altamente colimada, e um detector em lados opostos do riser e medindo-se a quantidade de
radiação que passa através do riser. A radiação utilizada na tomografia é uma radiação gama emitida por
uma fonte de Césio 137 de 500 m Curies e de período de meia vida de 33 anos. Esta radiação é capaz de
atravessar tubos industriais com paredes de aço de espessura de 1 a 3 cm e de até 15 cm de cimento colocado
entre a fonte e o detector.

O ensaio consiste em efetuar uma varredura na seção transversal do riser, medindo, a cada vez, a intensidade
de luz emitida e de radiação detectada com detectores de cintilação, ligados a uma interface elétrica que
envia um sinal registrado em capacitores. O resultado obtido com esta técnica é uma cartografia da densidade
na seção considerada. Regiões com alta transmissão de radiação indicam a presença de material de baixa
densidade, enquanto que regiões com baixa radiação transmitida identificam materiais de alta densidade. As
intensidades das radiações são gravadas e integradas, e um mapa de densidade é produzido.

A orientação do estudo de tomografia é normalmente no plano axial do tubo. A fonte e o detector, montados
em um suporte rígido, garantem o alinhamento nos pontos de medição.

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2.4. Radiotraceamento

Esta técnica permite a realização de estudos para a avaliação do escoamento de catalisador e de gases de
hidrocarbonetos ao longo do riser, por meio de radiotraceadores, com base na teoria de distribuição de tempo
de residência.

Um elemento radioativo apropriado é injetado, num curto espaço de tempo, de forma a possibilitar a intrusão
de um pulso de radioatividade em uma corrente do processo em estudo. Utilizando-se equipamentos de
detecção de alta eficiência, pequenas quantidades do material radioativo são necessárias para medidas de alta
precisão. Os sinais dos detectores são continuamente gravados e, a partir do tempo de passagem de um
detector a outro, e da duração e magnitude do radiotraceador, em cada localização, podem-se determinar
valores médios de velocidade e de tempo de residência da fase gasosa e da fase sólida em cada seção do
riser, bem como se obterem informações a respeito da distribuição de cada fase.

Os traceadores radioativos freqüentemente utilizados são o argônio e o criptônio, para a fase gasosa, e o
lantânio 139 para a fase sólida.

Várias avaliações podem ser feitas no conversor da unidade de FCC, a partir desta técnica, contribuindo para
a otimização da unidade, tais como desempenho de ciclones, retificadores, dispositivo de separação rápida na
terminação do riser, sistema de injeção de carga e hidrodinâmica de riser, juntamente com a técnica de
tomografia.

O cálculo do tempo de residência médio no riser, juntamente com os dados de perfil de rendimento, ao longo
do riser, permitem constatar se o tempo de reação é suficiente para fornecer a conversão desejada.

3. PLANEJAMENTO DO ESTUDO

O estudo de diagnóstico do riser da Recap foi dividido em duas etapas:

• etapa 1 - análise das variações radial e axial do perfil de rendimento dos produtos e da
conversão no riser;
• etapa 2 - avaliação fluido-dinâmica do riser.

A primeira etapa foi realizada pela equipe de amostragem em riser da Petrobras, que compreende técnicos do
Cenpes, da SIX e de outros órgãos operacionais. Para a consecução deste trabalho, foi necessário modificar o
equipamento de amostragem desenvolvido pela ELF, adaptando-o às características da carga do RFCC.

O riser da Recap tem 40,30 metros de comprimento total, do ponto de injeção de carga superior até o cross-
over. Foram selecionadas três alturas, ao longo do riser, para a realização das amostragens de catalisador e
hidrocarbonetos, em função dos bocais existentes na unidade. Embora o riser da Recap apresente quatro
bocais de amostragem, decidiu-se não incluir o primeiro bocal na programação, por estar muito próximo ao
bocal de injeção de carga, fato que dificultaria a amostragem, em virtude da grande fração de
hidrocarbonetos não convertidos. Por cota, foram feitas amostragens em dois pontos diferentes: a 50%
(centro) e a 5% (parede) do raio. Na tabela I estão identificados os bocais em que foram realizadas as
amostragens.

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TABELA I
RELAÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM
TABLE I
SAMPLING-RISER PORTS

POSIÇÃO DOS BOCAIS DE AMOSTRAGEM


AMOSTRAGEM 1º BOCAL 2º BOCAL 3º BOCAL 4º BOCAL

PLATAFORMA 5 9 12 15
ALTURA RELATIVA
AOS BOCAIS DE 2,33 15,37 24,49 39,18
CARGA (m)
Hidrocarboneto Hidrocarboneto Catalisador
CENTRO DO RISER --- Hidrocarboneto

Hidrocarboneto Hidrocarboneto Hidrocarboneto


PAREDE DO RISER --- Catalisador Catalisador Catalisador

A análise do comportamento fluidodinâmico foi efetuada pela empresa Synetix (Tracerco Radiotracer TM),
que fez o levantamento de dados relacionados aos fluxos e densidades de catalisador, por meio da aplicação
das técnicas de traceamento radioativo e gamametria.

Na avaliação termofluidodinâmica também foram feitas medidas utilizando-se o tubo pitot, projetado pela
ELF (técnica de momentum probe).

Para a determinação dos tempos de residência médios do gás e do catalisador no riser, foram injetados
radiotraceadores apropriados nos bocais de vapor de lift. Detectores sensíveis foram posicionados ao longo
do riser, de forma que o tempo considerado fosse desde a injeção de carga até o final do riser (início do vaso
reator).

Realizou-se também estudo para a avaliação do perfil de velocidades no riser com base na estrutura core-
annulus, que retratou um acumulo sistemático de catalisador nas paredes e uma densidade baixa no centro do
riser. O estudo foi efetuado nas plataformas 5, 9, 12 e 15, onde também foram realizadas as tomografias.

A injeção dos radiotraceadores foi feita no 1º, 2º, e 3º bocais. O teste consistiu na injeção de radiotraceadores
na fase vapor e na fase sólida, no centro e próximo à parede do riser, nos bocais descritos. O primeiro
conjunto de detectores da plataforma 5 foi colocado 30,5 cm acima do ponto de injeção dos traceadores,
mantendo-se uma distância de aproximadamente 6 metros entre os detectores. Nas demais plataformas, foi
adotada a mesma distância de 30,5 cm entre o ponto de injeção dos traceadores e o primeiro conjunto de
detectores, variando-se apenas o espaçamento entre o primeiro e o segundo conjunto de detectores.
Detectores adicionais foram colocados próximos à plataforma 15.

Durante todas as amostragens e a avaliação fluidodinâmica, a URFCC da Recap operou em condições


normais, processando RAT Albacora. As principais variáveis operacionais foram mantidas constantes nos
períodos de avaliação. Na tabela II apresentam-se as características da carga processada.

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TABELA II
CARACTERIZAÇÃO DA CARGA
TABLE II
FEEDSTOCK CHARACTERIZATION

PROPRIEDADE MÉTODO
d20/4 ASTM D4052 0,9533
°API 16,3
Enxôfre (p%) ASTM D2622 0,52
DESTILAÇÃO SIMULADA (C°) ASTM D2887
PIE 221
5% 320
10% 369
30% 456
50% 532
70% 622
RCR ASTM 524 7
Pt° Anilina (ºC) ASTM D611 93,6
N total (ppm) ANTEK 5653
N Básico (ppm) UOP-269 1753
NMRC13
Carbono –Aromático 22,3
Carbono-Saturado 77,7
relação C/H 0,56
Fator de aromaticidade 0,23

4. AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1. Conversão e Perfil de Rendimentos

Com base nos resultados analíticos, calculou-se o perfil de rendimento dos produtos obtido ao longo do riser.
Os rendimentos de coque foram calculados a partir dos resultados de delta coque, medidos na amostragem de
catalisador, e com base nos dados de circulação da unidade. Na tabela III apresenta-se a conversão e o perfil
de rendimento dos produtos em cada posição. Nos gráficos das figuras de 1 a 6 ilustra-se o perfil de
rendimentos.

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TABELA III
RESULTADOS DE RENDIMENTO DE PRODUTOS
TABLE III
YIELDS PROFILE

POSIÇÃO DO BOCAL 2º BOCAL 3º BOCAL 4º BOCAL


Centro Parede Parede Centro Parede Média
CONVERSÃO (%p) 57,07 59,45 65,17 66,35 71,46 68,91
G. C. (%p) 1,701 2,15 3,72 3,46 4,06 3,76
GLP (%p) 11,10 11,98 15,92 14,65 15,74 15,20
NAFTA (%p) 33,87 34,93 36,22 37,60 41,62 39,61
LCO (%p) 15,90 16,34 14,73 16,08 15,77 15,93
HCO (%p) 27,03 24,17 20,10 17,57 12,78 15,18
COQUE (%p) 10,40 10,40 9,31 10,64 10,03 10,34

Observa-se que a conversão total, bem como os rendimentos de nafta e GLP, são maiores na parede do que
no centro do riser. Nos gráficos das figuras de 1 a 6 são descritos o comportamento da conversão e o perfil
de rendimento de produtos ao longo do riser, nas amostragens feitas no centro do riser e nas proximidades
da parede.

Conforme esperado, a conversão cresce ao longo do riser à medida que as reações progridem. Os
rendimentos de gasolina, GLP e gás combustível aumentam, enquanto que o óleo decantado decresce. Os
rendimentos de gasolina e GLP também aumentam com a conversão, até o último bocal de amostragem. É
interessante observar que o ponto de máxima gasolina não foi alcançado, ou seja, caso houvesse maior tempo
de residência no riser, possivelmente seria atingida maior conversão a produtos nobres.

Sendo o LCO um intermediário na reação, a pouca variação em seu rendimento é explicável. Em relação ao
rendimento de coque, os valores das amostras coletadas mostram uma tendência de rendimento constante a
partir do segundo bocal.

Comparando os resultados de conversão e a distribuição dos produtos nas amostragens feitas no centro do
riser e na parede pode-se constatar o seguinte:

• os rendimentos de gás combustível, GLP, nafta, bem como a conversão, são maiores na parede;
• o rendimento de óleo decantado é maior no centro do riser.

PERFIL AO LONGO DO RISER


75
REND.Nafta/CONVERSÃO (%p)

CONVERSÃO CENTRO
70
CONVERS- PAREDE
65 NAFTA+GLP CENTRO
60 NAFTA+GLP PAREDE
NAFTA-CENTRO
55
NAFTA-PAREDE
50

45

40

35

30
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
ALTURA DO RISER (m)

Fig.1 - Perfil de rendimentos ao longo do riser


Fig. 1 – Yield profile along the riser.

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RENDIMENTO DE GLP
AO LONGO DO RISER
18

RENDIMENTO DE
17
16

GLP (%p)
15
14
13
12
11 PAREDE
10
CENTRO
9
8
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER (m)

Fig. 2 - Rendimento de GLP.


Fig. 2 – LPG yield.

RENDIMENTO DE OD AO LONGO DO RISER


30
RENDIMENTO DE OD (%p)

25

20

15

10

50% D 5% D
5

0
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER (m)

Fig.3- Rendimento de óleo decantado.


Fig. 3 – Settled oil yield.

RENDIMENTO DE GC AO LONGO DO RISER


5
RENDIMENTO DE GC

CENTRO

PAREDE
2

1
5 10 15 20 25 30 35 40 45
ALTURA DO RISER (m)

Fig.4- Rendimento de gás combustível.


Fig. 4 – Fuel gas yield.

Bol. téc. Petrobras, Rio de Janeiro, 45 (3/4): 294 -309, jul./dez., 2002 301
RENDIMENTO DE LCO AO LONGO DO
RISER
20

RENDIMENTO DE LCO (%p)


18

16

14
50% D
12
5 %D
10
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER (m)

Fig.5- Rendimento de LCO.


Fig. 5 – LCO yield.

RENDIMENTO DE COQUE AO LONGO DO RISER

14
RENDIMENTO DE COQUE (%p)

12

10
2 pontos

8 50% D
5% D
6
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER (m)

Fig.6 - Rendimento de coque.


Fig. 6 – Coke yield.

4.2. MAT

Os catalisadores que foram coletados nos vários bocais do riser foram analisados em unidade MAT, após
tratamento para retificação. Na tabela IV apresentam-se os valores das conversões obtidas e os teores de
carbono no catalisador após o tratamento.

TABELA IV
RESULTADOS MAT
TABLE IV
MAT RESULTS

AMOSTRAGEM DO CONVERSÃO COQUE


CATALISADOR Carbono LECO
Após tratamento
(p%) (p%)
2º BOCAL (parede) 27,3 1,35
3º BOCAL (parede) 28,7 1,33
4ºBOCAL (centro) 27,1 1,52

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Verifica-se que praticamente não houve variação do MAT ao longo do riser. A partir de 15 metros (segundo
bocal), o catalisador já está muito desativado. Apesar disto, houve uma conversão considerável (11 pontos
de conversão), com produção de gasolina e GLP no restante do riser. Uma das hipóteses que justificaria este
comportamento seria a contribuição das reações de craqueamento térmico neste trecho do riser. Para se
averiguar este fato, foram analisados os perfis cromatográficos gerados na análise de destilação simulada dos
efluentes craqueados amostrados no topo do riser. Na figura 7, apresenta o perfil cromatográfico do efluente
amostrado, enquanto que na figura 8 mostra-se a diferença entre os perfis cromatográficos de cargas de
hidrocarbonetos submetidas a um processo térmico (a) e catalítico(b). Comparando-se os perfis, tem-se que o
efluente do riser é predominantemente catalítico, ou seja, as percentagens das diferentes famílias de
hidrocarbonetos geradas são típicas do processo catalítico. Sendo assim, não foi possível comprovar a
contribuição do craqueamento térmico a partir da composição química do efluente do processo. Infere-se,
então, que mesmo com um MAT baixo, o catalisador é capaz de converter os substratos presentes nos 15
metros iniciais do riser, alcançando a conversão final do processo.

Fig. 7 – Distribuição das famílias de hidrocarbonetos do efluente craqueado amostrado no último bocal.
Fig. 7 – Distribution of the families of hydrocarbons of the cracked effluent sampled at the last nozzle.

Bol. téc. Petrobras, Rio de Janeiro, 45 (3/4): 294 -309, jul./dez., 2002 303
Fig. 8 – Distribuição das famílias de hidrocarbonetos de uma carga submetida ao tratamento térmico (a) e outra ao
craqueamento catalítico(b).
Fig. 8 – Distribution of the families of hydrocarbons of a load that underwent thermal treatment (a) and another load
that underwent catalytic cracking (b).

4.3. PIANIO

Nas figuras 9 e 10 mostra-se a distribuição das famílias de hidrocarbonetos na gasolina, ao longo do riser,
referentes aos resultados das análises de PIANIO, feitas nos efluentes craqueados amostrados. De acordo
com os gráficos, observa-se ligeiro decréscimo nas parafinas normais e um incremento das parafinas
ramificadas, com o aumento da altura do riser. Constata-se a ocorrência das reações de transferência de
hidrogênio, uma vez que se observa aumento na concentração de aromáticos. Não foi verificada variação na
percentagem de olefinas ramificadas e não foi observado decréscimo nas olefinas totais, normalmente
observado com o aumento da conversão.

N PARAFINAS - CENTRO
N PARAFINAS - PAREDE
PERFIS DE RENDIMENTO R-PARAFINAS - CENTRO
DE PARAFINAS R-PARAFINAS - PAREDE

14
% (p) - PARAFINAS

12

10

4
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER, m

Fig.9- Rendimento de parafinas.


Fig. 9 – Parafins yield.

Bol. téc. Petrobras, Rio de Janeiro, 45 (3/4): 294 -309, jul./dez., 2002 304
N OLEFINAS- CENTRO
PERFIS DE RENDIMENTO DE OLEFINAS
N OLEFINAS - PAREDE
AROMÁTICOS TOTAIS R-OLEFINAS - CENTRO
R-OLEFINAS - PAREDE
45 AROMATICOS - CENTRO
40 AROMATICOS - PAREDE

% (p) - OLEFINAS
35
30
25
20
15
10
0 10 20 30 40 50
ALTURA DO RISER, m

Fig.10- Rendimento de aromáticos totais.


Fig. 10 – Total aromatics yield.

4.3.1. Determinações com Radiotraceadores

Constatou-se uma distribuição uniforme do vapor de lift e do catalisador abaixo e acima dos bocais de
injeção de carga, favorecendo uma mistura uniforme da carga e do catalisador. O resultado do tempo de
residência médio da fase gasosa no riser foi de 2,2 segundos. Este valor confirma o valor calculado a partir
da composição atual das cargas processadas e variáveis operacionais.

O resultado do tempo de residência médio do catalisador no riser foi de 3,7 segundos. Devido à maior
densidade do catalisador, a velocidade da fase gasosa é, em média, sempre maior do que a velocidade do
catalisador. Este fenômeno é conhecido como catalyst slip. A relação entre a velocidade da fase vapor e a
velocidade do catalisador é definida como slip factor. A partir dos valores das velocidades médias do gás e
do catalisador obteve-se o valor de 1,6 para o slip factor ao longo do riser. Segundo informações da Synetic,
que tem realizado trabalhos semelhantes em unidades industriais de FCC, projetadas por licenciadores de
renome, o valor obtido retrata bom dimensionamento do riser em termos de critérios de velocidade e uma
boa mistura entre o catalisador e a fase gasosa.

Na tabela V apresentam-se os resultados referentes à investigação da estrutura core-annulus. Para o cálculo


das velocidades, os traceadores foram injetados próximos à parede e no centro do riser, em diferentes bocais.

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TABELA V
RESULTADOS DE VELOCIDADES MÉDIAS
TABLE V
AVERAGE VELOCITY RESULTIES

PONTO Velocidade média (ft/s)


LOCALIZAÇÃO SLIP FACTOR
DE CATALISADOR VAPOR
DO DETECTOR
INJEÇÃO CENTRO PAREDE CENTRO PAREDE CENTRO PAREDE
PLATAFORMA 5
Bocal
1ºBOCAL
inferior 60,6 53,1 69,2 60,6 1,1 1,1

Bocal
inferior
62,5 58,8 66,0 65,5 1,1 1,1
PLATAFORMA 9
2ºBOCAL Segundo
bocal
62,5 55,5 64,5 59,7 1,0 1,0
Bocal
inferior
55,8 47,0 63,0 58,2 1,2 1,2
PLATAFORMA 12 Segundo
3ºBOCAL bocal
58,9 61,6 62,4 63,0 1,2 1,1
Terceiro
bocal
68,7 60,2 70,5 59,6 1,1 1,0
Bocal
inferior
22,6 24,3 50,0 54,0 2,2 2,2
PLATAFORMA 15 Segundo
4ºBOCAL bocal
29,3 22,6 55,7 53,7 1,9 2,4
Terceiro
bocal
60,7 56,7 68,0 70,8 1,1 1,2

Comparando-se os resultados obtidos no cálculo do slip factor, observa-se que praticamente não houve
diferença entre o centro e a parede, com exceção de um dos valores calculados a partir da passagem do
radiotraceador na plataforma 15. A interpretação destes resultados levaria a concluir que a relação entre as
velocidades da fase vapor e da fase sólida, no centro do riser, é semelhante à relação entre as mesmas
velocidades na parede do riser, em várias alturas. Desta forma, os tempos de contato no centro e na parede
seriam semelhantes, fato que denotaria um escoamento plug flow ideal no riser. Entretanto, devido à maior
densidade do catalisador, a velocidade da fase gasosa é, em média, sempre maior do que a velocidade do
catalisador. De acordo com informações coligidas em artigos (5,6,7), resultados fornecidos por trabalhos
anteriores de diagnóstico de riser realizados na Petrobras, e com base na experiência da Synetic, este perfil
fluidodinâmico encontrado não retrata a realidade. Próximo à parede do riser, tem-se normalmente diferentes
velocidades para as fases (catalisador e gás) devido à alta concentração de catalisador nesta região. A
velocidade do catalisador na parede é normalmente bem menor do que a velocidade do catalisador no centro
do riser, apresentando até valores negativos, em alguns trechos do riser, que retratam a ocorrência de back-
mixing.

Após discussão dos resultados com a Synetic, chegou-se à conclusão de que, em todas as injeções feitas, os
traceadores percorreram o riser nas proximidades do centro. Ou seja, não foi possível injetar o traceador na
parede do riser devido à própria metodologia usada na injeção do traceador: a ampola contendo o traceador é
pressurizada no interior do riser para possibilitar o rompimento.

Considerando-se, então, que todas as injeções feitas nos bocais de amostragem mediram as velocidades em
regiões próximas ao centro do riser, constata-se que, até à plataforma 12, a diferença de velocidade entre as
fases é bem pequena (slip factor próximo de um).

Na elevação da plataforma 15, os detectores foram posicionados na região de crossover. As medidas de


velocidade feitas, com base nas injeções de traceadores nos dois primeiros bocais, mostram diferenças entre
as velocidades do catalisador e dos gases de hidrocarbonetos, com conseqüente aumento do slip factor (2.2 e

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2.4). Ao se injetarem os traceadores no terceiro bocal, verifica-se novamente um valor baixo para o slip
factor, semelhante aos dados obtidos nas outras plataformas.

As diferenças nos valores de velocidade do catalisador e do gás, de acordo com o ponto de injeção, devem
estar relacionadas ao efeito da difusão radial das fases. Ao se injetar o traceador nos bocais mais distantes do
detector, tem-se a possibilidade de ocorrer maior dispersão radial das fases e, conseqüentemente, o valor de
velocidade aferido está mais próximo de um valor radial médio. No caso da injeção feita no terceiro bocal,
pode-se admitir que as velocidades medidas na plataforma 15 são referentes ao fluxo central.

4.3.2. Tomografia e Varredura com o Tubo Pitot

Na maioria das cotas investigadas, verificou-se uma concentração de catalisador elevada bem próximo à
parede do refratário, fato que justificaria a maior conversão medida nas amostragens nesta região.Tem-se
uma distribuição homogênea de densidade na última plataforma, excetuando-se a estreita faixa de maior
concentração próximo ao refratário. Na figura 11, apresenta-se o mapa tridimensional de densidade referente
à varredura radial na plataforma 15. A faixa externa vermelha, de maior densidade, representa a parede do
riser e o refratário. As densidades observadas na escala da tomografia não devem ser consideradas como
valores absolutos, visto que não foi feita uma calibração do equipamento com o riser vazio.

Fig.11- Tomografia da plataforma 15.


Fig. 11 – Tomography of platform 15.

Foi feita uma varredura radial com o tubo pitot para determinação do perfil radial de temperatura no bocal
situado na plataforma nove. Neste trabalho, não foram feitas medidas de pressão dinâmica com o tubo pitot,
visto que as velocidades das fases foram determinadas pela técnica de radiotraceadores. Na figura 12 ilustra-
se o perfil de temperatura encontrado. Observa-se que não houve variação radial de temperatura nesta cota,
fato que denota uma boa difusão radial de catalisador.

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Gráfico 3.4
Perfil de Temperatura
580

570

560

550

540

530

520
0 5 10 15 20 25

Fig.12- Perfil de temperatura.


Fig. 12 – Temperature profile.

5. CONCLUSÕES

Constatou-se, ao longo do riser, aumento de conversão, gasolina, GLP e gás combustível, e queda no
rendimento de óleo decantado. Os dados mostram maior taxa de reação na parede do riser em comparação
com o centro, em conseqüência da maior concentração de sólido bem próximo à parede do refratário,
conforme foi verificado com a tomografia do riser.

Verificou-se, também, que os rendimentos de GLP e gasolina na parede do riser são maiores do que no
centro, em todos os bocais amostrados. Como as curvas de rendimento de nafta (parede e centro) são
crescentes, infere-se que, caso houvesse maior tempo de contato médio, haveria maior conversão a produtos
nobres.

Os resultados de amostragem de catalisador mostraram que praticamente não houve variação do MAT ao
longo do riser e que, a partir de 15 metros, o catalisador já estava muito desativado.

As determinações com radiotraceadores mostram distribuição uniforme do vapor de lift e do catalisador,


abaixo e acima dos bocais de injeção de carga, favorecendo uma mistura uniforme da carga e do catalisador.

O tempo de residência médio da fase gasosa no riser medido por radiotraceadores foi de 2,2 segundos,
enquanto que o tempo de residência médio do catalisador foi de 3,7 segundos.

O slip factor médio calculado com base nas medições das velocidades médias do gás e do catalisador foi de
1,6. Este valor retrata bom dimensionamento do riser, em termos de critérios de velocidade, e uma boa
mistura entre o catalisador e a fase gasosa.

Verificou-se que, em regiões próximas ao centro do riser, a diferença de velocidade entre as fases é bem
pequena, fornecendo, conseqüentemente, um valor de slip factor de aproximadamente 1.0, com o catalisador
ascendendo a uma velocidade próxima à do gás.

Os resultados dos estudos de traceamento radioativo e tomografia denotam um perfil de escoamento plug
flow mais acentuado do que o observado em outros risers industriais já avaliados.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Centro de Pesquisa e Refinaria da ELF ANTAR France “ Comunicação Técnica DITEP Nº 63/99.
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BAPTISTA, C. L. A.; MARTIGNONI, W.; MOREIRA E. M. “Diagnóstico do riser de nafta da UFCCI
da REPLAN“ Relatório Técnico DITEP Nº 24/2000.
4.
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UFCCI da REPLAN” Relatório Técnico TFCC 008/2001.
5.
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using gammametry”, Powder Technology,67(1991), 27-39.
6.
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for Process Design and Operation,1996, pp285-294.
7.
MARTIN, M. P.; DEROUIN, C.; TURLIER, P.; BERNARD, J. R. “Catalytic cracking in riser reactions.
Core –annulus and elbow effects,Chem.Eng.Sci. 47,1992, p;2319.

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