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elementos (como o nitrogênio, berílio e magnésio) ou valores próximos de zero para alguns
outros elementos.
Li Be B C N O F Ne
0,618 <0 0,277 1,263 – 0,07 1,461 3,399 – 1,2
Na Mg Al Si P S Cl Ar
0,548 <0 0,441 1,385 0,747 2,077 3,617 – 1,0
K Ca Ga Ge As Se Br Kr
0,502 0,02 0,30 1,2 0,81 2,021 3,365 – 1,0
Rb Sr In Sn Sb Te I Xe
0,486 0,05 0,3 1,2 1,07 1,971 3,059 – 0,8
A influência do raio atômico é mais sutil e menos constante. Pode-se usar o flúor e o
cloro como exemplos para ilustrar isto. O cloro é maior que o flúor e, por isso, o elétron que
entrará no átomo será menos atraído pelo núcleo. Consequentemente a entrada do elétron
seria menos favorecida. No entanto, com o aumento do raio atômico, ao mesmo tempo em que
o elétron fica mais distante do núcleo também ficará distante dos outros elétrons do cloro,
diminuindo a repulsão. No caso do flúor, a atração do núcleo ao elétron que irá entrar é grande,
já que o raio é menor que o do cloro. Mas, se o raio é pequeno, a repulsão dos outros elétrons
em relação ao novo elétron também é grande. Então, temos no cloro uma menor atração, mas
também uma menor repulsão, enquanto o flúor tem maior atração e repulsão. O resultado
deste quebra-cabeça energético é que a entrada do elétron para o átomo de cloro é mais
favorecida que para o flúor. Portanto, entre flúor e cloro, a repulsão é o fator determinante.
Mas, se continuarmos descendo no grupo, veremos que a atração passará a governar o valor
da AE.
Por conta de todas essas variáveis, a afinidade eletrônica é uma propriedade de difícil
previsão quando comparada com a energia de ionização, a carga nuclear efetiva ou o raio
atômico.
Um outro ponto importante a ser destacado, são os valores negativos para as
afinidades eletrônicas dos gases nobres. Isto indica que é preciso dar energia aos elementos
do grupo 18 para que aceitem o elétron. Curiosamente são os elementos desse mesmo grupo,
que apresentam os maiores valores de energia de ionização nos períodos.
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pelos elétrons de uma ligação. Esta propriedade está diretamente relacionada com as outras
duas aqui apresentadas: a energia de ionização e a afinidade eletrônica.
Um elemento eletronegativo é aquele que: 1) não perde elétrons com facilidade – ou
seja, tem um valor elevado de EI; 2) aceita elétrons com facilidade – valores elevados de AE.
Ao contrário da EI e AE, não existe uma medida experimental para a eletronegatividade; ao
invés de uma definição experimental, têm-se diversas definições teóricas para a
eletronegatividade. Uma definição bastante usada e muito ilustrativa é a proposta por Mulliken:
EI AE
χM (4)
2
Uma outra escala de eletronegatividade, muito mais popular que a de Mulliken, foi
proposta por Pauling, que levou em consideração que a eletronegatividade não era uma
propriedade de um átomo isolado. Com isso, os valores da escala de Pauling são ligeiramente
mais coerentes que os de Mulliken. A Tabela 7 mostra alguns valores de eletronegatividade
para ambas as escalas.
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Exercícios
1 – Defina orbital.
3 – Defina o que é região nodal. Qual sua relação com o número quântico principal?
5 – Explique o que é blindagem e como esse parâmetro varia com o tipo dos orbitais.
7 – Explique como a carga nuclear efetiva varia ao longo de um período da tabela periódica.
16 – Sabe-se que os gases nobres, em sua grande maioria, são inertes. Relacione esse
comportamento com a energia de ionização e a afinidade eletrônica destes elementos.
17 – Defina eletronegatividade.
18 – Por que não existem valores de eletronegatividade de Pauling para o hélio e o neônio?
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4. A Regra do Octeto
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Li Be B C
N O F Ne
Figura 17. Exemplos da idéia de Lewis sobre do “Átomo Cúbico.”
2He
2He 1s2
10Ne 1s2 2s2 2p6
18Ar 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
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