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EFEITO DO CAMPO MAGNÉTICO NA FORMAÇÃO, INCRUSTAÇÃO E


TRANSPORTE DE PARTÍCULAS DE CARBONATO DE CÁLCIO GERADAS EM
ESCOAMENTO REATIVO

Conference Paper · August 2021

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5 authors, including:

Wagner Aldeia Gabriela França


Instituto de Pesquisas Tecnológicas Instituto de Pesquisas Tecnológicas
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XXXIX Congresso Brasileiro de Sistemas Particulados
27 a 30 de outubro de 2019
Faculdade de Engenharia Química
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química
Universidade Federal do Pará
Belém-Pará

EFEITO DO CAMPO MAGNÉTICO NA FORMAÇÃO, INCRUSTAÇÃO E TRANSPORTE


DE PARTÍCULAS DE CARBONATO DE CÁLCIO GERADAS EM ESCOAMENTO
REATIVO

W. ALDEIA1*, G.P. FRANÇA1**,, L.M.S. BENJAMIN1***, A.L. MARTINS2****, B.B. CASTRO2


1
IPT, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
2
Petrobrás/ CENPES, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello
e-mail: *waldeia@ipt.br, **papoulias@ipt.br, ***larissamsb@ipt.br,
****aleibsohn@petrobras.com.br,bbcastro@petrobras.com.br

RESUMO – A incrustação inorgânica é um problema recorrente na produção de petróleo. O


carbonato de cálcio é um dos sólidos que provocam este fenômeno e, normalmente, sua formação é
controlada pela adição de agentes químicos na extração. No entanto, algumas configurações de
poços não permitem o uso desta técnica. Neste estudo foram realizados ensaios de escoamento em
modelos físicos, de modo a se buscar uma compreensão dos fenômenos que impactam no mesmo,
quando da ausência e da presença de campo magnético. Uma solução com concentrações de sais
representativas ao poço original do pré-sal e quantidade de bicarbonato ajustada essencialmente
para este trabalho foi avaliada em sistema de batelada para obtenção de dados referente às partículas
formadas, tais como massa precipitada de carbonato de cálcio, morfologia e a turbidez gerada pela
densidade populacional. Sequencialmente foram efetuados experimentos em sistema contínuo tipo
TBT e avaliada por perda de carga no escoamento reativo, a formação de camada na parede interna.
As condições de temperatura e pressão foram variadas para obtenção e melhor entendimento dos
resultados. Concluiu-se que as fases precipitadas são dependentes da temperatura, concentração
iônica das correntes e pressão do sistema e que o campo magnético apresenta efeito positivo nessa
avaliação, dependente das condições operacionais.

diferencial de pressão, assim, aumentando o


INTRODUÇÃO
varrido. Neste processo, duas correntes de
água (a injetada e a nativa da formação) se
Durante o processo de extração do juntam no meio poroso e em todo o sistema de
petróleo em poços é necessária a elevação dos elevação e, por diferentes concentrações
produtos do reservatório (óleo, gás natural e iônicas, promove a formação de materiais
água de formação) até a superfície. incrustantes, tais como sulfato de bário, sulfato
Para que os fluidos cheguem até os de cálcio, carbonato de cálcio entre outras,
separadores na superfície, é necessário que a dependentes das espécies iônicas presentes.
pressão do fluxo no fundo do poço seja Adicionalmente, é comum a presença
suficiente para vencer a coluna hidrostática do de carbonatos na composição da rocha
fluido na coluna de produção, as perdas por reservatório, sendo esta a maior fonte de
fricção, as perdas nas restrições (regulador de produção de incrustações nos campos do pré-
fluxo, válvulas e entre outros) e as perdas nas sal da costa brasileira.
linhas. (THOMAS, 2004). Os enfoques tradicionais de mitigação
Um método habitual entre as de incrustações contemplam a injeção de
plataformas para transportar os fluidos do inibidores químicos (REBESCHINI, 2010). Os
reservatório até a superfície é a injeção de altos custos de construção de poços no pré-sal
água do mar no reservatório para aumentar o motivaram a proposição de configurações de

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poços que não permitem a instalação de Materiais e Métodos


mandris de injeção nas zonas produtoras
inferiores. Esta é a motivação para a O desenvolvimento do trabalho
investigação da eficácia de métodos não empregou dois sistemas de obtenção de dados.
químicos de mitigação, deste modo este Inicialmente, em um reator operando em
trabalho segue na compreensão dos efeitos e regime de batelada (Figura 1), foram
mecanismos na formação de incrustações conduzidos experimentos na faixa de
submetidas à ação de campos magnéticos. temperatura de 30 a 80 ºC, tanto com aplicação
Os mecanismos de formação e de campo magnético como sem a aplicação do
incrustação ainda não são conhecidos de forma mesmo, para obtenção de dados de morfologia
definitiva. Nasser et. al.(2012) sugerem que o e massa precipitada buscando representar o
nível de concentração das espécies iônicas é a instante inicial de formação dos sólidos
força motriz nestes processos, onde a menor durante o escoamento e considerando a
concentração apresenta predominantemente impossibilidade de recuperação de sólidos no
uma nucleação primária heterogênea na interior do reator no sistema contínuo.
superfície dos dutos, dominando o processo Os experimentos foram realizados
enquanto que, em concentrações mais empregando concentrações de soluções
elevadas, ocorre a formação das partículas no precursoras como apresentado na Tabela 1.
meio do fluido durante o escoamento e a As demais condições operacionais
adesão na superfície passa a ser dominante. De foram:
maneira complementar, Kawano et al (2009)
avaliaram as concentrações dos polimorfos  Agitação - 30 RPM
gerados em função do produto da atividade  Volume reator – 1,5 L
(AP) em intervalos de temperatura de 0 a  Volume solução resultante – 1 L
100º C, considerando a formação de partículas  (50% de cada solução, conforme
quando em sistema que apresenta um baixo Tabela 1)
tempo de indução e em sistema com elevada  Intensidade do campo – 0,7 T
taxa de nucleação.  Tempo total do experimento –
É extensa a literatura acerca do 30 minutos
emprego de campo magnético em controle de
incrustação de sólidos em paredes de dutos Caracterização dos produtos:
e/ou equipamentos, em que os fluidos contêm
 DR-X (Rietveld) -Panalytical, modelo
concentração de espécies iônicas que Empyrean.
favorecem a formação de carbonato de cálcio.
 MEV - ZEISS EVO-MA10
(SALMAN et al., 2015; PUTRO et al., 2016 e
FREITAS et al, 1999)  Tamanho de partículas – Beckman
Coulter 13320
A incrustação dessas partículas por
formação na parede ou adesão na superfície
Posteriormente foi avaliada a formação
causa problemas no transporte dos produtos
de sólidos em parede interna de reator,
por redução de diâmetros equivalentes ou
empregando-se o método tube blocking test
mesmo, mais frequente, em processos de
(TBT), que consiste na alimentação simultânea
transferência de calor.
das soluções precursoras, sendo pré-aquecidas
Neste contexto, foram efetuados
na mesma temperatura de reação, e a mistura
experimentos buscando avaliar a ação do
ocorre em um reator com temperatura
campo magnético no processo de incrustação
controlada (SANTOS et. Al., 2017). A vazão
do carbonato de cálcio em dutos de
de alimentação de cada corrente foi de
escoamento, considerando as concentrações de
26 cm3/min. e a variação do escoamento em
espécies iônicas na fase aquosa verificadas em
função de camada incrustada foi avaliada por
um poço de petróleo.
diferencial de pressão entre a entrada e a saída
do reator. A intensidade de campo magnético,
quando aplicada, foi de 1,6 T.

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Figura 1: Sistema para ensaios em batelada. solução aniônica em relação a concentração do


1) Turbidímetro; 2) Controle de temperatura; poço original.
3) Agitador mecânico; 4) Sonda turbidímetro; Segundo Aldeia et al., 2019, é
5) Reator de 1,5 L e 6) Eletroimã. necessário que as soluções reagentes sejam
hidratadas por um tempo superior a 150 horas,
quando mantidas em temperatura de 40 °C.
Deste modo, para todos os ensaios
realizados as soluções precursoras
apresentavam tempos de hidratação superiores
a 150 horas.
A Tabela 1 apresenta as concentrações
de sais reagentes das soluções precursoras.

Tabela 1. Concentração das soluções


precursoras (ânion e cátion) representantes da
mistura resultante da solução “carbonatada
ajustada” – Base 1 L.

Sais Solução Solução


reagentes catiônica aniônica
(g) (g)
O sistema contínuo é representado NaCl 180,24 179,63
esquematicamente na Figura 2 e na Figura 3 é KCl 9,42
apresentada a imagem do sistema.. MgCl2.6H2O 28,07
CaCl2.2H2O 84,6
Figura 2 – Esquema simplificado do BaCl2.2H2O 0,56
sistema de ensaio dinâmico. SrCl2.6H2O 16,35
CH3COONa 0,16
NaHCO3 7,55

Resultados e Discussão

As massas precipitadas e recuperadas


de carbonato de cálcio nos ensaios realizados
Di reator = 1,35 mm em regime de bateladas estão apresentadas na
Figura 4.
Figura 3: Sistema contínuo para ensaios
dinâmicos de escoamento - TBT. Figura 4. Massas precipitadas de carbonato de
cálcio com solução “carbonatada ajustada”.

Neste trabalho foi empregada uma


solução resultante denominada de solução
“carbonatada ajustada”, por conter adição
adicional de 6 g/L de bicarbonato de sódio na

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A formação do carbonato de cálcio se dá medida em que a temperatura do experimento


segundo a equação 1: é elevada.

Ca2+(aq)+2HCO3–(aq)↔CaCO3(s)+H2O(l)+CO2 (1) Figura 6. Fotomicrografia do carbonato de


cálcio formado a 60 °C – Sem aplicação de
Na figura é observado um aumento de campo magnético.
massa precipitada à medida em que a
temperatura foi elevada. Esse resultado é
esperado, uma vez que, com o aumento da
temperatura ocorre a redução da dissolução de
CO2 em solução e este fato está diretamente
ligado a solubilidade do carbonato de cálcio,
em que, de acordo com Frear e Johnston
(1929) a solubilidade do carbonato de cálcio
em soluções aquosas, é influenciada pela
pressão parcial do dióxido de carbono no
sistema. Figura 7. Fotomicrografia do carbonato de
A Figura 5 apresenta as fases de cálcio formado a 70 °C – Sem aplicação de
carbonato de cálcio formadas em função da campo magnético.
temperatura.

Figura 5. Composição das fases formadas do


carbonato de cálcio em função da temperatura
(Método Rietveld)

Figura 8. Fotomicrografia do carbonato de


cálcio formado a 80 °C – Com aplicação de
campo magnético.

C
É verificado que em temperaturas
abaixo de 40 °C ocorre essencialmente a
formação da fase calcita e na medida em que a o
temperatura do ensaio é elevada até
temperatura de 80 °C, é observada a redução
da fase calcita e aumento da fase aragonita. Na
‘ m
faixa de temperatura entre 40 a 60 °C é
observada uma baixa fração da fgase vaterita. Kawano et al. em 2009 apresentaram
diagramas dos polimorfos de carbonato de
Adicionalmente é verificado que a aplicação
do campo magnético não tem efeito
ca
cálcio formados em função da temperatura e
significativo na formação das fases do da concentração dos reagentes, em que as
carbonato de cálcio, nessas condições. concentrações são representadas por
De maneira complementar, as Figuras m
coeficiente de atividade, como reproduzido na
6, 7 e 8 apresentam fotomicrografias onde Figura 9.
podem ser verificadas as alterações das
composições das fases formadas nos sólidos, à p
o
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Figura 9. (a) e (c): Diagramas de fases do 𝑎𝐶𝑂3 2− a atividade do íon CO32-


carbonato de cálcio gerado com elevada taxa
de nucleação e (b) e (d) com menor tempo de Considerando que o campo magnético
indução. (KAWANO et al., 2009). aparentemente atua na cinética da reação
(como demonstrado adiante) e que também
tem-se como produto o dióxido de carbono,
pode-se dizer que o mesmo atua na força
motriz de precipitação do carbonato de cálcio,
podendo sem a atuação do campo se formar
preponderantemente calcita e com a aplicação
de campo, precipitar preponderantemente
aragonita, por exemplo, ou vice-versa.
Adicionalmente, Al Nasser et al.
(2013), relataram que em elevada saturação,
que corresponde a um maior ln AP, a adesão
das partículas na superfície da tubulação é
predominante à formação de camada por
nucleação primária heterogênea e, em menor
nível de saturação, o mecanismo se altera.
Para a solução resultante utilizada
neste trabalho, o produto de atividade em
função da temperatura foi determinado,
conforme apresentado na Tabela 2.
De acordo com os diagramas (a) e (b),
Tabela 2. Produtos de atividade da solução
quando não há formação de aragonita, pode-se
“Carbonatada ajustada”
verificar que em mesmo nível de atividade
aCa aCO3
(ln AP = -19, por exemplo) e temperatura T [ºC] AP ln AP
[mol/L] [mol/L]
(80 ºC), pode-se obter predominantemente a
0 4,44E-02 3,65E-06 1,62E-07 -15,63
fase vaterita (a) ou a fase calcita (b), 10 4,36E-02 4,70E-06 2,05E-07 -15,40
dependendo da força motriz (elevada taxa de 20 4,26E-02 5,79E-06 2,47E-07 -15,21
nucleação ou considerando um determinado 25 4,21E-02 6,20E-06 2,61E-07 -15,16
tempo de indução) enquanto que quando 30 4,16E-02 6,63E-06 2,76E-07 -15,10
ocorre a formação da fase aragonita, em 35 4,10E-02 7,01E-06 2,87E-07 -15,06
mesma condição, são verificadas a 40 4,05E-02 7,34E-06 2,97E-07 -15,03
possibilidade de formação desta, 50 3,92E-02 7,76E-06 3,05E-07 -15,00
independentemente da condição de 60 3,80E-02 7,90E-06 3,00E-07 -15,02
precipitação. [diagramas (c) e (d)]. 80 3,53E-02 7,35E-06 2,60E-07 -15,16
100 3,25E-02 6,04E-06 1,96E-07 -15,44
É importante salientar que esses
diagramas foram construídos para baixas
concentrações de reagentes, contudo, foi De acordo com os produtos de
apresentado com o objetivo de demonstrar que atividade apresentados na Tabela 2 e
as fases que se formam nos sistemas verificando-se as fases que seriam formadas
dependem de vários fatores. O produto de considerando os diagramas da Figura 9, seria
atividade dos íons carbonato e cálcio é esperada a formação predominante da fase
definido pela equação 2. vaterita em todas as temperaturas avaliadas,
independentemente se apresentar um baixo
𝐴𝑃 = 𝑎𝐶𝑎2+ × 𝑎𝐶𝑂3 2− (2) tempo de indução ou ser gerado com elevada
taxa de nucleação. Como comentado
Sendo,
anteriormente, os diagramas foram obtidos
para soluções com baixas concentrações e sem
AP o produto de atividade,
a presença de íons não reativos. Deste modo,
𝑎𝐶𝑎2+ a atividade do íon Ca2+ e
pode-se então supor que ocorre deslocamento

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das linhas de fases em concentrações iônicas Figura 11. Perda de carga em função do tempo
elevadas. nas condições de pressão 50 atm e temperatura
Adicionalmente, não são observadas de 40 °C.
variações expressivas nas concentrações das
fases quando da aplicação do campo
magnético, como mostrado na Figura 5. Assim
sendo, é possível dizer que a aplicação do
mesmo no sistema não altera o processo de
formação dos sólidos, resultando após 30
minutos de operação, em massas totais
formadas da mesma ordem de grandeza, em
mesma temperatura, como mostrado na
Figura 4.
No entanto, quando da aplicação de
campo magnético, são verificadas alterações
nas cinéticas de formação de partículas, como Figura 12. Perda de carga em função do tempo
mostrado na Figura 10, como resultado nas condições de pressão 50 atm e temperatura
característico. de 50 °C.

Figura 10. Evolução da turbidez em função do


tempo em temperatura de 70 ºC.

Figura 13. Perda de carga em função do


tempo nas condições de pressão 50 atm e
temperatura de 60 °C.
No sistema com escoamento dinâmico
(Figura 3), em vazão total da corrente de
52 cm3/min., obteve-se resultados de perda de
carga durante escoamento em pressão de 50 e
100 atmosferas, em temperaturas apresentadas
nas figuras.
As Figuras 11, 12, 13 e 14 apresentam
os resultados obtidos nos ensaios dinâmicos
utilizando solução “carbonatada ajustada”
(Tabela 1) com e sem aplicação de campo
magnético nas temperaturas de 40, 50, 60 e
75 °C, respectivamente e pressão do sistema
de 50 atmosferas.

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Figura 14. Perda de carga em função do tempo Figura 16. Perda de carga em função do tempo
nas condições de pressão 50 atm e temperatura nas condições de pressão 100 atm e
de 75 °C. temperatura de 73 °C.

De acordo com os resultados obtidos Considerando os resultados de forma


nesse conjunto de experimentos, é verificado global, verifica-se que a atuação do campo na
que nas temperaturas de 40 e 50 °C, o campo formação de sólidos também depende da
magnético atua positivamente na redução do pressão do sistema, que por sua vez, em
processo de incrustação nas paredes internas conjunto com demais condições operacionais,
dos dutos. Porém em temperaturas 60 e 75 °C, afetam diretamente a concentração de dióxido
não foi verificado efeito do campo magnético de carbono dissolvido e, consequentemente, da
na camada de incrustação da parede interna quantidade de carbonato de cálcio precipitado.
dos dutos, neste nível de pressão, sendo
observado nas Figuras 15 e 16 que quando a CONCLUSÕES
pressão do sistema é elevada para nível de
100 atm, nas mesmas faixas de temperaturas, o De acordo com os resultados
campo passa a apresentar efeitos. apresentados e discutidos, o campo magnético
apresenta potencial para controle e mitigação
Figura 15. Perda de carga em função do tempo de incrustação de carbonato de cálcio nas
nas condições de pressão 100 atm e condições apresentadas e avaliadas. Entende-
temperatura de 68 °C. se que o mapeamento adequado de sua
aplicabilidade (incluindo ensaios em condições
representativas de sistemas de produção) pode
sinalizar para o dimensionamento do campo
eficaz.

REFERÊNCIAS

AL NASSER, W. N., PITT, K.,


HOUNSLOW., M. J., SALMAN, A.D.
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ALDEIA, W., DE ARAUJO, L. R. L.,
NASCIMENTO, D. A., MARTINS, A.
L., CASTRO, B.B. (2019) “A influência
do processo de solvatação de salmouras
da deposição de CaCO3” Anais do XII
do ENAHPE 2019 - Encontro Nacional

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de Construção de Poços de Petróleo e THOMAS, J. E. (2004), Fundamentos de


Gás , Serra Negra, SP. Engenharia de Petróleo. Ed 2. Rio de
FREAR, G. L., & JOHNSTON, J. Janeiro: Editora Inerciência.
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FREITAS, A. M. B., LANDGRAF, F. J. G.,
GIULIETTI, M. (1999)“The influence of
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