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ENGENHARIA CIVIL
MARÇO / 2020
UNIVERSIDADE DO CEUMA
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, PESQUISA E EXTENSÃO
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIC/UNICEUMA
COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
I - IDENTIFICAÇÃO
II - RESUMO
soluções viàveis, pensando nisso a pesquisa teve como objetivo avaliar o traço adequado para
elaboração de pavimento permeável para mitigação de vazão de escoamento superficial
pluviométrico. Este relatório apresenta resultados obtidos através de uma pesquisa sobre
utilização de pavimentos permeáveis, no qual foi utilizado diferentes traços, e dois tipos de
aglomerantes: o CP V ARI e o CP IV, devido a falta de fornecedor do aglomernate CP V ARI a
pesquisa deu-se continuidade com o uso do cimento CP IV. Para a efetivação da pesquisa foi
realizados ensaios de resistência à compressão em corpos de prova cilíndrico além de testes de
permeabilidade, índice de vazios e teste de aborção de água. Dado isso, pode-se observar que
alguns dos traços utilizados com o CP IV e a relação a/c 0,3 possuia um indicice de vazios alto
influenciando na sua resistencia, menor que a permitida pela NBR 9781/2013, porém atraves do
teste de impermeabilidade obtive-semos valores em media 21% acima do valor minimo exigido
pela NBR 16416/2015, fazendo com que não possa ser utilizado como pavimento, mas abrindo o
oportunidade para outras pesquisas com outros aditivos.
III - INTRODUÇÃO
Inicialmente, foram realizados para a pesquisa, estudos em referenciais teóricos como artigos,
dissertações teses e normas técnicas, de modo aprofundar algumas questões relativas ao
desenvolvimento da pesquisa e nivelamento do conhecimento com toda a equipe. O intuito da
pesquisa foi verificar o pavimento permeável considerando sua capacidade de infiltração de água
e resistência mínima estabelecida por normas técnicas.
Para o referido projeto, foi utilizado cimento CP V – ARI e CP IV, brita zero e água, e o
laboratório de materiais da Universidade Ceuma, campus Renascença. A etapa laboratorial
abordou ensaios de compressão, índice de vazios, granulometria e índice de permeabilidade.
Inicialmente foi realizado o peso dos materiais que seriam utilizados para a confecção de CP’s
(corpos de prova), seguindo a mesma metodologia de Mallmann (2017) e Nigri (2017) em que as
pesquisas obtiveram resultados favoráveis com o traço 01 (1:3,5) e 02 (1:4,0), e 03 (1:4,5) com
fator a/c (água/cimento) de 0,25. Afim de encontrar a resistência, em tf, foram confeccionados,
moldados, desmoldados e feito ensaios de compressão após seus tempos de cura de 3, 7, 14,
21 e 28 dias.
Os resultados foram através de gráficos gerados no software Excel, e apresentado aos
participantes do referido projeto em uma reunião ministrada pelo orientador do projeto Prof°
Alessandro Resende Machado.
Eventualmente foi preciso fazer uma mudança quanto ao CP V-ARI, pois o fornecimento do
mesmo foi interrompido, a única distribuidora deste aglomerante na região passou a não fornecer
mais impossibilitando de continuarmos com esse produto, e com esse contratempo não foi
possível mais realizar a compra do material de suma importância para essa pesquisa, sendo
assim, foi necessário substituir para o cimento CP IV encontrado na região de São Luís - MA.
Nesta etapa também foi alterado a relação a/c de 0,25 para 0,30, pois os resultados preliminares,
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mostraram uma baixa resistência à compressão. A tabela 1 mostra a relação entre os traços
utilizados, aglomerantes e a respectiva relação a/c.
que permanecer entre as linhas até o fim do ensaio como mostra na figura 6 e 15. Na figura 10 é
a prensa hidráulica eletrônica para o teste de resistência à compressão, não podendo esquecer
que o resultado sai em tonelada força e logo após os resultados são convertidos em MPa. Na
figura 11 foi o cronômetro utilizado para medir o tempo de escoamento da água. Na figura 12 é o
processo de capeamento com o propósito de deixar a superfície do corpo de prova plana
impedindo assim que qualquer diferença na superfície vem interferir no resultado quando o
mesmo é colocado na prensa hidráulica. Na figura 13 tem a balança que é utilizada para a
pesagem dos materiais utilizados como os aglomerantes, agregados e água. Na figura 14 se
observa o forno de secagem pois no decorrer do projeto surgiu a brita úmida, sendo assim
necessário sua secagem. Na figura 16 é a placa de concreto prismática confeccionada para o
teste de permeabilidade. E na figura 17 mostra a pesagem do cimento CP IV que foi utilizado para
realizar a referida pesquisa.
Figura 5: Procedimento para cura dos CPs e blocos de concreto. Figura 6: Teste de impermeabilidade.
.
Figura 9: Anel cilíndrico 300mm de diâmetro e massa de calafetar. Figura 10: Prensa hidráulica.
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Figura 13: Pesagem da Brita para composição do corpo de prova. Figura 14: Forno de secagem.
fc = 4𝐹/𝜋 𝑋 𝐷² Equação 1
Legenda:
fc = resistência à compressão expressa (Mpa);
F = é a força máxima alcançada (N);
D = diâmetro do corpo de prova (mm).
Fonte: o autor
Percebemos a diferença dos valores de resistência adquiridos através do teste entre os corpos
de prova com relação a/c (agua cimento) 0,3 foram superiores as amostras com o fator a/c 0,25.
Dentre os valores adquiridos pelo cimento CP V percebemos uma discrepância dos resultados
de resistência entre os corpos de traços diferentes, logos podemos dizer que a proporção que o
aumenta o traço a resistência diminui, e se levarmos em consideração que o índice de vazios
influenciou no resultado podemos concluir que quanto maior a quantidade de vazios menor a
resistência.
Nas figuras 19 e 20 verificamos as mudanças da resistência dos traços em relação ao tempo
de cura do concreto para a utilização do cimento CP V ARI e CP IV, respectivamente.
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COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Fonte: o autor.
Com os dados apresentados pela Tabela 2, conseguimos perceber com mais clareza que a
massa específica e os índices de vazios são inversamente proporcionais, ou seja, com o aumento
da massa específica diminui-se o índice de vazios, posteriormente aumenta-se a resistência.
Fonte: o autor.
Segundo a NBR 16416 (2015), o coeficiente de permeabilidade deve ter valor maior que 0,001
m/s, quando este for recém-construído. Os resultados do teste foram favoráveis, se mantendo
em média 20% maior que o estabelecido pela norma em todos os traços, com uma média para
T1= 0,013334 m/s, T2= 0,026558 m/s e T3= 0,023241m/s.
Através de analise podemos observar que o T2 possui maior permeabilidade do que o T3, o qual
foi um resultado que não era esperado, pois o T3 apresenta maior quantidade de agregados
graúdos. Assim podemos falar que não necessariamente maior quantidade de agregados
graúdos pode gerar maior coeficiente de impermeabilidade.
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Um ponto importante é que é possível que tenha ocorrido erro humano durante a execução do
procedimento, pois os resultados não possuem uma discrepância alta quanto ao resultado na
marcação do tempo durante o ensaio, o que merece atenção na reaplicação do mesmo em
oportunidades futuras.
Fonte: o autor.
Quanto a ao procedimento de absorção de água foi utilizado como guia o anexo B da NBR
9781/2013. Logo foram usadas 3 amostras de cada traço, saturadas por 24 h, e em seguida foram
retiradas do reservatório com água e pesadas. O procedimento de pesagem foi repetido após 2
horas até que a diferença entre as massas não fosse superior a 0,5%.
Após o procedimento, as amostras foram realocadas na estufa por 24 h e pesadas, depois o
procedimento foi repetido, novamente no período de 2 horas, até que a diferença entre as massas
não fosse superior a 0,5%. A absorção de água pode ser determinada pela equação 2. O
resultado apresentado é considerado adequado quando a média de absorção não ultrapassar 6%
e os valores individuais 7%.
De acordo com os resultados obtidos, pode-se notar que apenas o traço 3 está dentro das
exigências previstas na norma. Onde a absorção individual não pode ser maior do que 7% e a
média 6%.
VI - CONCLUSÕES
Considerando os dados observado e dos fatos mencionados nesse relatório, é possível concluir
que apesar de o traço 01 de 1:3,5 utilizando o aglomerante CP IV com uma relação a/c de 0,3
obtivemos uma maior resistência à compressão, em relação aos outros traços, se encontra abaixo
do que é permitido pela NBR 9781/2013 de 35 Mpa não podendo ser utilizado como pavimento
devido sua baixa resistência.
Com os resultados do índice de vazios, vemos que porcentagem é maior do que a permitida
que varia de 15% à 30% e esse resultado afetou diretamente a resistência, já que quanto maior
o índice de vazios menor será a resistência. A respeito do coeficiente de permeabilidade os
resultados se encontram favoráveis ao comparar com o permitido pela NBR 16416/2015.
Com os resultados obtidos é importante citar que o estudo ainda não está concluído, ou seja,
fica em aberto para outras pesquisas a possibilidade de uso de agregados miúdos em uma
quantidade menor do que o usual ou até mesmo o uso de aditivos com o intuito de diminuir o
número de vazios sem que ocorra uma disparidade alta em relação ao coeficiente de
permeabilidade.
VII REFERÊNCIAS
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TENNIS, P. D.; LEMMING, M. L..; AKERS, D. J. Pervious concrete paviments. Skokie, Illinois,
2004.
O presente estudo tem a intensão de desenvolver artigo para a revista Ibracon no ano de 2020.
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Local e data