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SUMÁRIO

ESTUDO 1 .......................................................................................................................... 3
ESTUDO 2 .......................................................................................................................... 4
ESTUDO 3 .......................................................................................................................... 5
ESTUDO 4 .......................................................................................................................... 6
ESTUDO 5 .......................................................................................................................... 8
ESTUDO 6 .......................................................................................................................... 9
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 12
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ESTUDO 1

Analisando o estudo, pôde-se observar que o estudo em questão fez ensaios com 4 tipos
de cimento, mas nos atentaremos somente para o cimento CPV-ARI, que se trata do cimento
Portland de alta resistência inicial.

O estudo realizou os ensaios com o cimento CPV-ARI com os seguintes traços:

Fonte: [1]

Observa-se que todos os componentes do concreto foram mantidos em dosagens igual,


exceto pela quantidade de água, que tiveram relações a/c de, respectivamente: 0,4, 0,5 e 0,6.
Isso contribuiu para que os resultados obtidos se apresentassem de uma maneira mais confiável,
já que o único fator que sofre variação é a água.

Fonte: [1]

Os corpos de prova foram modelados e armazenados em uma câmara com unidade


relativa maior que 95%. Os ensaios de ruptura foram realizados em três momentos, o primeiro
com o concreto tendo 7 dias de idade, o segundo com 28 dias e o último com 91 dias.

Abaixo estão representados graficamente os resultados obtidos nas 3 medições:


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Fonte: [1]

Conforme podemos observar no gráfico o concreto perdeu resistência conforme foi


aumentado a relação água/cimento na dosagem do concreto, ao passo de que o que teve a menor
relação água/cimento (0,4) obteve os maiores valores de resistência mecânica. Esse fato cria
uma nova possibilidade para estudo que é a utilização do CPV-ARI juntamente com aditivos
plastificantes ou superplastificantes, afim de avaliar se com esses aditivos seria possível obter
resistências ainda maiores utilizando uma relação água/cimento menor.

ESTUDO 2

No artigo elaborado, na época em que cursara engenharia civil na UNESC, por Jéssica
Schmidt e Patrícia Montagna Allem com o tem “Estudo comparativo das resistências mecânicas
do concreto de alta resistência inicial com substituição parcial”, para obtenção do título de
engenheiras civis, foram encontrados dados que comparam a resistência à compressão do
concreto de acordo com a relação água/cimento e os dias em que o composto foi feito. Na
análise realizada pelas estudantes, foram feitos ensaios nos quais elas obtiveram os valores de
resistência a compressão para o cimento CP V ARI. Os valores estão dispostos abaixo:
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Percebe-se pelos resultados encontrados para valores de a/c (água/cimento) próximo a 0,40 em
7 dias, uma resistência de 40Mpa, enquanto para as mesmas condições, porém com 28 dias,
encontraram uma resistência de 50Mpa. Aumentando a relação a/c para 0,6 aproximadamente,
obtiveram os valores de 26Mpa e 30Mpa para 7 e 28 dias respectivamente. Dessa forma,
conclui-se nesse trabalho realizado por elas, mantem-se a relação de que quanto menor o valor
de a/c e maior for a idade da mistura, maior será o valor de resistência a compressão. Além
disso, nesse mesmo trabalho é possível analisar que os valores que as estudantes lograram estão
dentro do “padrão” dos demais trabalhos com os estamos realizando a comparação.

ESTUDO 3

Em um artigo publicado pela Universidade Federal de Santa Catarina, elaborado por Laura
Silvestro, Fátima Sequeira Romano, Denise Carpena Coitinho Dal Molin, possui como título
“Penetração de cloretos em concretos expostos em zona de atmosfera marinha por um período
de 9 anos”. Foi utilizado o Cimento (CP V – ARI) na forma de blocos de concreto como corpos
de prova para ensaio de Resistência à Compressão do concreto, obtendo, assim, resultados em
MPa, com base na relação água/cimento e no respectivo traço do concreto.
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Pelos resultados obtidos, pode-se concluir que com uma relação água/cimento de 0,45, observa-
se resistências de 28,15 MPa; 28,57 MPa e 33,26 MPa, respectivamente para cada bloco de
concreto em 3 dias. Por conseguinte, 38,90 MPa; 37,03 MPa e 38,59 MPa, em um período de
7 dias. Conclui-se, portanto, resistências de 45,85 MPa; 52,17 MPa e 53,26 MPa, em 28 dias.
Se a relação água/cimento for aumentada, por exemplo a 0,55, os valores de resistência á
compressão diminuem, no caso, para 20,39 MPa, 28,53 MPa e 34,35 MPa, num período de
3/7/28 dias.

Em resumo, tem-se que quanto maior o valor da relação água/concreto, menor será a resistência
à compressão do respectivo concreto.

ESTUDO 4

No artigo elaborado, na época em que cursaram engenharia civil na Universidade Federal


do Jequitinhonha e Mucuri, os acadêmicos Caroline Fernandes Lima, Isabela dos Santos
Cardoso, Núbia Santos Oliveira, Sâmila Márcia Gomes Ferreira com o tema “ESTUDO E
ANÁLISE DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE TRAÇO DE CONCRETO
CONFECCIONADO COM CIMENTOS CP II, CP III, CP IV E CP V”, para obtenção do título
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de bacharel em engenharia civil. Neste estudo foi verificado a resistência à compressão do


concreto analisando dados que comparam a relação água/cimento e o tempo de cura do mesmo.
Para tal foram confeccionados corpos de prova e, dado as circunstâncias mencionadas, foi feito
o rompimento dos mesmo e registrado os valores obtidos.

O fator água cimento para cada tipo de cimento foi o representado na tabela abaixo:

Com base no fator água cimento da tabela acima, a resistência a compressão obtida foi a
registrada na tabela abaixo:

De acordo com os valores obtidos para o CPV, foi obtido uma resistência de 20,79 MPa
nos primeiros 3 dias, enquanto que no total de 28 dias foi registrado uma resistência à
compressão de 28,27 MPa. O resultado foi considerado satisfatório dentro das expectativas
esperadas, onde já se estimava mais de 20 MPa de resistência. Com isto, foi verificado que
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houve um aumento considerável de resistência com o passar do tempo, no que diz respeito ao
CPV.

ESTUDO 5

O avanço tecnológico e a utilização desenfreada dos recursos naturais desencadeiam uma


situação alarmante, e quase sem controle, gerando resíduos e tornando quase que irreversível
os prejuízos ambientais. Nesse sentido faz-se necessário a busca de caminhos e soluções
criativas na construção civil que visem a redução dessa situação de forma eficiente e viável.

Observando soluções que sejam de custos e degradações ambientais mínimas, com o uso
consciente e eficiente dos recursos naturais que o solo-cimento torna se uma notória resposta a
utilização do solo cimento. Nos últimos anos vários estudos se intensificaram quanto a
viabilidade e práticas dessa solução com substituto do concreto convencional e diversas
situações rotineiras na construção civil.

O solo-cimento é definido como uma mistura de solo pulverizado, cimento e água, que,
sob compactação na umidade ótima, constitui um material estruturalmente resistente, estável e
durável (KOLLING et al., 2012 apud Freire et al.,2001). O que segundo o artigo a mistura tem
várias aplicações, podendo, por exemplo, ser utilizada na forma de tijolos, blocos,
pavimentação, paredes e muros, ou ensacado para a contenção de taludes e barragens. Dessa
forma foi analisado o artigo “Avaliação da resistência mecânica de diferentes traços de solo-
cimento estabilizados com areia” com intuito de analisar as diferentes dosagens de solo-cimento
e suas diferentes resistência a compressão. Assim, as misturas de solo mais areia nos seis
diferentes teores de cimento, foram de proporções de 1:10, 1:11, 1:12, 1:13, 1:14 e 1:15 (partes
de cimento para partes de solo seco mais areia), obtendo uma resistência a compressão de:

Traço 7 dias(mpa) 28 dias(mpa)


1:10 2,91 4,93
1:11 2,32 4,03
1:12 2,22 3,56
1:13 2,44 4,18
1:14 2,61 4,40
1:15 2,52 4,08
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As conclusões retiradas foram de bastante proveito, principalmente para composição de


tijolos a base de solo-cimento e estruturas de pavimentações tendo a resistência à compressão
superior a 2 MPa para todos os tratamentos. 7 para 28 dias de cura os tratamentos obtiveram
ganhos de resistência acima de 60%, chegando a 73,71% para o tratamento de 1:11. O que é
altamente valioso para a substituição de componentes construtivos convencionais como os
tijolos ou componentes a base de concreto até pavimentações em que o solo pode ser
aproveitado para o próprio solo-cimento em situações até mesmo hidratada.

ESTUDO 6

Em um artigo publicado pela Universidade Estadual de Campinas Faculdade de


Engenharia, Arquitetura e Urbanismo. Cujo título é: ‘Avaliação de propriedades de concretos
de cimento Portland de alto-forno e cimento Portland de alta resistência inicial submetidos a
diferentes condições de cura.

A proporção escolhida para o traço foi de: 1:2:3 (em massa) com relação água cimento
de 0,42 e 0,60% de aditivo plastificante. O cálculo da relação água/cimento levou em conta o
teor de sólidos do aditivo (27%). A baixa relação agua/cimento de 0,42 teve por objetivo
simular concretos que possam ser mais resistentes quando expostos a meios agressivos, como
proposto na revisão da NBR 6118 (ABNT, 2000) a qual sugere, para ambientes de agressividade
muito forte, uma relação ale menor que 0,45 e resistências a compressão aos 28 dias maiores
do que 40 MPa.

Fonte: [6]
Na figura abaixo apresenta os resultados de resistência a compressão dos concretos com
CP V-ARI curados termicamente e os curados em água (cura normal). Nas duas temperaturas
de cura térmica, 60 °C e 80 °C observou-se uma diferença pouco significativa nos resultados
de resistência a compressão.
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Fonte: [6]
Observa-se que a temperatura de cura, que tem como objetivo acelerar as reações de
hidratação do cimento, não se mostrou eficaz nos concretos com cimento ARI, pois a resistência
à compressão obtida em 24 h com a cura normal foi praticamente a mesma obtida com a cura
térmica. Neste sentido, torna-se desnecessária a aplicação da cura térmica para este tipo de
cimento para temperaturas da ordem de 60 °C.
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Abaixo apresenta-se um comparativo entre todas as resistências encontradas para o


concreto com o cimento CPV-ARI com diferentes dosagens nas suas confecções, bem como a
resistência encontrada para o solo cimento, material que pode ser um substituto para o cimento
comum utilizado nos concretos:

COMPARATIVO ENTRE RESISTÊNCIAS ENCONTRADAS


70

60

50
RESISTÊNCIA (MPA)

40

30

20

10

0
7 28
DIAS

CPV-ARI (1) CPV-ARI (2) CPV-ARI (3) CPV-ARI (4) SOLO CIMENTO (5) CPV-ARI (6)

DIAS CPV-ARI (1) 0,40 CPV-ARI (2) 0,40 CPV-ARI (3) 0,45 CPV-ARI (4) 0,73 SOLO CIMENTO (5) CPV-ARI (6) 0,42
7 45,00 40,00 38,90 22,43 2,50 54,00
28 50,00 50,00 45,85 28,27 4,20 66,00

Conforme o comparativo mostra, a amostra 6 do o cimento CPV-ARI foi a que apresentou um


melhor desempenho, tanto no sétimo dia de idade, quanto no vigésimo oitavo.

No que se refere ao substituto solo cimento, apesar de poder ser utilizado como substituto para
os cimentos utilizados nos concretos ele não apresentou uma resistência satisfatória nos
concretos com os traços observados.
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REFERÊNCIAS

[1] MEDEIROS-JUNIOR, R. A. et al. Investigação da resistência à compressão e da


resistividade elétrica de concretos com diferentes tipos de cimento. Revista Alconpat, v. 4,
n. 2, p. 116-132, 2014.

[2] SCHMIDT, Jéssica. Estudo comparativo das resistências mecânicas do concreto de


alta resistência inicial com substituição parcial do cimento Portland por metacaulim.
2017.

[3] SILVESTRO, Laura; ROMANO, Fátima Sequeira; MOLIN, Denise Carpena Coitinho
Dal. Penetração de cloretos em concretos expostos em zona de atmosfera marinha por
um período de 9 anos, 2020.

[4] LIMA, Caroline Fernandes; et al. Estudo e análise da resistência à compressão de traço
de concreto confeccionado com cimentos CP II, CP III, CP IV e CP V. Teófilo Otoni –
MG. 2018.

[5] KOLLING, E. M. et al. Avaliação da resistência mecânica de diferentes traços de solo-


cimento estabilizados com areia. Revista Eletrônica de Materiais e Processos, [S. l.], p. 186-
191, 14 dez. 2012. Disponível em: https://www2.ufcg.edu.br. Acesso em: 15 nov. 2020.

[6] JUNIOR, Epaminondas. Avaliação de propriedades de concretos de cimento Portland


de alto-forno e cimento Portland de alta resistência inicial submetido a diferentes
condições de cura, 2003.

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