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Calcinatio Solutio Separatio

Coniunctio Putrefactio
Coagulatio Purgatio
Sublimatio Fermentatio
Exaltatio Augmentatio
Proiectio

Calcination, solution, separation, combination,


putrefaction, coagulation, cleansing, sublimation,
fermentation, multiplication, projection.

Calcinação, solução, separação, combinação,


putrefação, coagulação, purificação, sublimação,
fermentação, multiplicação, projecção.

Doze passos da demanda alquimista – processos


físicos e químicos que traduzem a busca da Verdade
pela alma.

A Alquimia é uma prática ancestral que une no seu


amplo espectro cognitivo noções de química, física,
astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e
religião. A crença mais difundida é a de que os
alquimistas buscam encontrar na Pedra Filosofal,
mítica substância, o poder de transformar metais
comuns em ouro nobre e, mais ainda, de
proporcionar a quem a encontrar, a vida eterna e a
cura das doenças do corpo.

Porém, a Alquimia vai mais além. As suas metas têm


um valor simbólico, o que significa que na verdade os
seus praticantes visam algo maior – a transmutação
espiritual. Assim sendo, o Elixir da Longa Vida nada
mais seria do que um recurso próprio do organismo
humano, capaz de conceder àqueles que realizam o
longo processo de purificação espiritual uma vida
dilatada ao infinito. Afirma-se que esta substância é
também um ponto importante de contacto com o
Yoga.

Os alquimistas procuravam o Elixir através de


experiências laboratoriais nas quais usavam os
quatro elementos, essenciais nos trabalhos
alquímicos: fogo, água, terra e ar. Na observação
extrema da Natureza e dos seus componentes, os
alquimistas alcançaram conhecimentos avançados,
alguns deles só recentemente retomados pela Física
Quântica, como a evidência de que toda a matéria se
encontra interligada no Cosmos. Esta visão holística
contribuiu muito para as curas realizadas pelo médico
suíço Philippus Paracelsus, que em sua missão de
curador partia deste ponto de vista. Ele acreditava
que substâncias como o sal, o mercúrio e o enxofre
permeiam todos os seres vivos, até mesmo o
organismo humano.

Actualmente, esta mesma crença é resgatada pela


Antroposofia, corrente espiritualista que também
compara conceitos da Alquimia com forças activas da
alma – o pensamento corresponderia ao sal; o
sentimento ao mercúrio e o desejo ao enxofre. Alguns
dos seus pensadores vêem o ouro perseguido pelos
alquimistas como uma representação do ‘self’, a
essência humana.

Embora a Alquimia não seja actualmente considerada


uma Ciência, tal como o conhecimento científico é
hoje concebido, e sim uma visão espiritual mais
preocupada com antigas tradições do que com a
descoberta de factos científicos, ela é considerada
uma ancestral da Química moderna e da própria
Medicina. Além das experiências químicas de que se
ocupavam os alquimistas, havia a constante
preocupação com a realização de uma série de ritos.

A Alquimia lidava assim com alguns pontos da


Cabala e da Magia, além de cultivar uma filosofia
hermética. Da teoria cabalística a Alquimia herdou a
busca da harmonia dos contrários. A Pedra Filosofal
poderia ser, portanto, a procura da perfeição, que não
poderia ser alcançada sem o equilíbrio entre as
polaridades de que o Homem se reveste. Portanto, a
manipulação dos metais seria um símbolo da
metamorfose espiritual pela qual passa cada ser vivo.
Mas devido ao seu carácter hermético, muito do que
hoje se sabe cai no campo da pura especulação, já
que grande parte das práticas secretas não
chegaram ao domínio público actual.

(texto baseado no trabalho de Ana Lúcia Santana)

Os rostos no fundo são da autoria de Antonh Nuhn, e


datam de 1846, na obra “Chirurgisch-anatomische
Tafeln (Abt. 1): Abbildungen der chirurgischen
Anatomie des Kopfes und des Halses enthaltend”.

Pairando frente aos perfis estão dois símbolos de


processos alquímicos, cujas ilustrações provêm da
Colecção de Manuscritos Alquímicos de Manly
Palmer, 1500-1825:

A figura em primeiro plano resulta da utilização da


ilustração do corpo, da obra “Le corps humain en
grandeur naturelle : planches coloriées et
superposées, avec texte explicatif”, da autoria de
Julien Bougle, datando de 1899.

A cabeça é da autoria de Joseph Maclise, do seu livro


“Surgical Anatomy”, de 1859, e ilustra a forma
cirúrgica das regiões superficiais cervical e facial e a
posição relativa dos principais vasos e nervos.

No original:

A A A. Subcutaneous platysma myoides muscle, lying


on the face, neck, and upper part of chest, and
covering the structures contained in the two surgical
triangles of the neck.
B. Lip of the thyroid cartilage.
C. Clavicular attachment of the trapezius muscle.
D. Some lymphatic bodies of the post triangle.
E. External jugular vein.
F. Occipital artery, close to which are seen some
branches of the occipitalis minor nerve of the cervical
plexus.
G. Auricularis magnus nerve of the superficial cervical
plexus.
H. Parotid gland.
I. Temporal artery, with its accompanying vein.
K. Zygoma.
L. Masseter muscle, crossed by the parotid duct, and
some fibres of platysma.
M. Facial vein.
N. Buccinator muscle.
O. Facial artery seen through fibres of platysma.
P. Mastoid half of sterno-mastoid muscle.
Q. Locality beneath which the commencements of the
subclavian and carotid arteries lie.
R. Locality of the subclavian artery in the third part of
its course.
S. Locality of the common carotid artery at its division
into internal and external carotids.

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