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PONTE PARA A LIBERDADE

Ditado por: Mestra Nada e Arcanjo Uriel

Canalizado por: Tallis Magno


PREFÁCIO:

Este texto foi escrito com a principal finalidade de se organizar ideias e


conceitos, repassados pelas almas ascensas, para que o processo no qual toda a
humanidade está passando faça certo sentido. Muitas das vezes não entendemos o
motivo de certos acontecimentos nos acometerem, tanto individualmente como
coletivamente, mas devemos sempre compreender a razão transcendental de tudo.
Nenhuma das ideias apresentadas aqui pretendem ser tratadas como dogma,
ou como verdade absoluta. Cada um deve avaliar da forma que preferir os conteúdos
aqui apresentados. O que for útil deve ser absorvido e o que, por ventura, não tiver
valor ser rejeitado. Muito dos ensinamentos que nos são disponibilizados pelas almas
ascensas, podem ter caráter simbólico, as vezes metafórico. Cabe a cada um
interpretar da maneira que melhor lhe couber.
A gratidão, é um conceito que sempre deve nortear nossa existência, afinal
toda a criação existe para que nós a experimentemos e ser grato a toda esta
grandiosidade é algo que sempre devemos ter com máxima clareza. A todos que
retirarem um pequeno período de seu tempo para ler este trabalho minha máxima
gratidão. Espero que possam terminar esta leitura com um pouquinho mais de
compreensão, de si e do todo, do que quando iniciaram.

Obrigado a todos.
O autor.
SUMÁRIO:

1. A criação
2. Ilusão
3. Experimentação
4. Ordenação
5. Vida e evolução
6. Consciência animal
7. Consciência humana
8. A religião natural
9. O plano etéreo
10. A civilização etérea
11. Atlântida
12. A queda
13. A civilização no plano físico
14. A grande era descendente
15. A grande fraternidade branca
16. O novo plano etéreo
17. As três primeiras eras
18. O experimento egípcio
19. O Êxodo
20. Israel e a quinta era
21. A sexta era
22. Experimentos para a ascensão
23. A sétima era
24. A era de ouro
25. O chamado para a Nova Era
I. Criação.

Percepção, movimento, energia, matéria.

“No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava vazia e vaga, as
trevas cobriam o abismo, e um sopro de Deus agitava a superfície das águas. ” (Gen.
1,1-2).
No início havia apenas o Espírito, e quando digo Espírito me refiro apenas à
consciência não manifestada, ou puramente abstrata. Neste momento inicial, era a
eternidade, o não criado, não sujeito ao tempo, pois este não existia. Pura abstração
e pura penetrância, pois o abstrato não está sujeito a limites.
Neste estado, a consciência eterna e incriada resolveu perceber a si mesmo, o
estado de percepção foi o início da dualidade, pois o que era apenas em
potencialidade passou a ser em percepção, e esta percepção criou o primeiro ente
não abstrato: o Si mesmo. Para facilitar podemos imaginar esse Si mesmo como um
ponto em uma folha em branco, o branco da folha é o vazio e o ponto é o foco de
percepção recém-criado. Onde antes não havia nada, agora há alguma coisa.
A partir deste ponto de percepção, a consciência pôde emanar como que raios
de percepção por todos os lados, criando como que um círculo. Por conjectura,
podemos imaginar um círculo feito com um compasso, a partir de um ponto fixo ou um
eixo. Esta foi a bolha inicial de percepção, como uma bola, e toda a consciência do Si
mesmo presa dentro dela.
Neste ponto a consciência passou a explorar o que havia criado, mover-se por
aquela esfera primordial, como uma criança que engatinha pelo quarto. Este
movimento, o deslocar do Si mesmo pelo espaço recém-criado, gerou uma imensa
energia. Tal quantidade de energia não podia ser contida em um espaço tão pequeno.
Nesta circunstância temos que imaginar escalas microscópicas, como níveis
subatômicos, com a energia de escalas universais comprimidas em um espaço menor
que o que ocupa hoje um elétron.
Toda a energia, gerada pelo movimento da consciência do Si mesmo, se
expandiu subitamente, tal acontecimento a ciência nomeou por Big Bang. A percepção
da consciência eterna e incriada, não se resume a uma dimensão, muito menos a um
universo. Todo o plano da criação estava contido naquele movimento, todas as leis
da física e da manifestação dos seres estavam contidas, em potencial, naquela
energia primeva. O momento da expansão da energia do Big Bang, criou todo o tecido
do espaço-tempo, assim como toda a matéria primitiva, moléculas simples como o
hidrogênio. Criou também, centenas de dimensões, e miríades inteiras de universos.
A escala do macro é como a escala do micro. Como em um copo de areia há trilhões
de átomos, na escala do macro há trilhões de universos que se permeiam um nos
outros, se influenciam e trocam energia, tudo criado neste único ponto, neste
momento de expansão.

II. Ilusão.

Ocultação, separatividade, individualidade.

E observou o Espírito o todo criado, universos sem fim, dimensões sobre


dimensões, e uma quantidade quase infinita de energia, e quis Ele experimentar tudo
aquilo, trabalhar com todo aquele potencial e também preservar sua natureza, a pura
abstração, imanifesta e incriada, e então pensou: como fazer isto? Como experimentar
algo criado, algo com um início, mantendo suas propriedades de eterno e livre da ação
do tempo? Sabia Ele, que para criar a percepção, havia criado seu oposto, a Lei da
dualidade, e esse era o segredo para a experimentação, manter a dualidade, e criar o
Grande véu da ilusão: Maya.
Soube o Espírito que uma vez experimentado o Si mesmo, e o Si mesmo a
percepção, a percepção o movimento, o movimento gerado energia e a energia se fez
matéria, assim também deveria moldar a matéria criada e ao mesmo tempo se colocar
fora dela para manter sua natureza abstrata e transcendental. Criou Ele então, a
primeira Lei da ilusão: a ocultação.
Ao ocultar-se fora da criação, pôde o Espirito manter sua natureza fundamental,
podia também moldar a matéria com as leis deixadas para guiar a criação no momento
da Grande Expansão. Foi este o momento da complexificação da matéria, onde as
moléculas primordiais compostas de partículas simples e únicas: o hidrogênio; se
aglomeraram, formando formas menores e diversas da primeira forma criada pela
percepção: a esfera. Foi o momento da criação das primeiras estrelas.
O movimento majestoso do Espirito, que em consciência, como Si mesmo,
moldava as miríades de universos em formas esféricas e aglutinava o hidrogênio
primevo a fim de gerar moléculas mais complexas, o início da dança da criação, o
movimento inicial de todos os universos, gerou um som, puramente transcendental,
som formado pelo próprio Espírito na ativação da divina dança da evolução, o
maravilhoso som de Aum. Tal som, sempre foi descrito pelos sábios hindus como o
som da criação; este conhecimento passado por via mediúnica aos antigos ríshis,
representa a movimentação primária dos universos, se inter-relacionando, o ruído
original da criação.
Ao criar as primeiras formas do universo, viu o Espírito que elas eram vazias, e
que lhes faltavam algo. Quis Ele, experimenta-las, mas viu que não era suficiente
apenas pela vontade. Quis senti-las e saber como era ser aquelas formas, estar
naquelas formas. Porém, o mesmo problema se impôs, como fazer sem mudar sua
natureza? Assim, pela Lei da dualidade pôde o Espírito estar dentro e fora da criação
ao mesmo tempo, e criou a segunda lei da ilusão: a separatividade.
Tomou então o Espírito ao Si mesmo, e deste Si mesmo sua percepção
primária; Ele o separou em uma quantidade quase infinita de partes menores. Tais
partes deveriam habitar as formas primordiais a fim do Espírito experimenta-las, sê-
las, senti-las e habitá-las sem modificar sua natureza. Estas partes deveriam habitar
as diferentes formas nas mais diversas parcelas, dos mais variados universos. Mas
viu o Espírito que cada uma destas formas tomava moldes diferentes e tinham
particularidades, e quis Ele experimentar estas diferenças; como era estar em uma
realidade diferente da outra, e criou a terceira lei da ilusão: a individualidade.
Tal característica serve para que o Espírito possa experimentar a criação em
suas diferentes facetas. Cada dimensão contém uma realidade, cada universo uma
particularidade, e cada ponto de um universo um desenvolvimento. Assim cada parte
do Si mesmo, se moldaria ao local onde estivesse; cada centelha a experimentaria de
acordo com a evolução do seu meio e sua própria evolução. Tais partes do Si mesmo
foram denominadas almas, diferentes do Espírito, contudo, oriundas dele. Criadas,
porém eternas; duais, entretanto, unas; amostras vivas do grande paradoxo da
criação. Diferentes tipos aparentemente com diversos propósitos, mas que servem a
um único objetivo: proporcionar ao Espírito a experiência da criação.

III. Experimentação.
O Espírito que permeia a criação.
O Espírito que se oculta na matéria.

O grande objetivo do Espírito era experimentar a criação, por isso, tomou ao Si


mesmo e o separou em diversas partes, para que cada uma destas, habitasse uma
das formas recém-criadas nos universos. Cada uma destas partes continha uma
individualidade para experimentar as diferentes particularidades de suas realidades.
Porém, quis Ele sentir tais formas, assim como experimentava a si, não apenas
pela materialidade típica das coisas criadas, mas pela via da consciência. Devemos
lembrar que uma das características fundamentais do Espírito é sua abstração, sendo
uma consciência puramente abstrata, seu desejo era embutir a consciência na criação
por via de seus entes separados: as almas. Estas, deveriam experimentar a criação
por uma consciência própria, porém ligada a fonte criadora. A consciência entra na
criação por via da permeação, da qualidade do Espírito todo penetrante.
Os primeiros entes espirituais, ou seja, almas contendo consciência, foram os
entes planetários. Almas elementais que continham em si, o conceito da pura
experimentação da matéria complexa. Tais entes surgiram quando os universos já
passavam pelo estado da consumição das primeiras estrelas, de aglutinação de
materiais pesados e formação dos primeiros sistemas solares.
A consciência dos elementais contém as primeiras instruções da
complexificação da matéria, onde uma coisa simples deveria se transformar em outra
mais complexa por via da vontade. Tal vontade é a grande chave para entender a
evolução, pois é a forma que o Espírito instrui a criação mesmo estando fora dela. É
seu método de ocultação, presente desde a criação do Si mesmo, e contido
secretamente em tudo, na forma do devir, o constante movimento presente em tudo.
Tudo no universo está em movimento, os elétrons em torno do núcleo atômico,
os planetas em torno de seu sol, os braços espirais das galáxias em torno de seus
centros, tudo obedece a mesma lei, porém em diferentes escalas. Este movimento é
o devir, a presença da vontade do Espírito na matéria criada; esta cumpre sempre seu
eterno mandamento, nunca estagnar. A não estagnação oculta um objetivo, a eterna
evolução. Mas para que evoluir? Pois a criação trouxe em si um segundo objetivo
além da experimentação; na verdade um complemento para ela. Pois não faz sentido
o experimentar só por ele mesmo, tudo tem uma função, uma vontade oculta. Em
outras palavras, a razão transcendente de sua existência, que é a evolução.
A lei do eterno movimento, cumpre a função da manifestação da vontade do
Espírito, que é a evolução. Esta por sua vez, cumpre uma outra função que é o real
objetivo por trás dela mesma: o retorno da consciência à sua fonte. Passando por
todos os processos de sua manifestação, porém de forma invertida, até alcançar ao
Si mesmo e à sua jornada final no Espírito não manifestado.
A geração da consciência planetária, seguindo o propósito da experimentação
plena da criação, e a lei do devir, tinha por objetivo preparar a criação para seu real
objetivo de ser: a geração da vida. A vida por sua vez, levaria a consciência a um
patamar muito mais complexo, onde a própria matéria tomaria em si a lei do
movimento. A matéria viva, é a própria criação se conhecendo, criando a si mesmo,
tomando para si o devir.
As primeiras formas vivas foram geradas no seio da consciência planetária,
onde a matéria cria seu próprio movimento, suas próprias leis de experimentação. A
criação se tornou o devir por sua própria vontade, assim o Espírito poderia
experimentar a criação, assim como a criação experimentar a si mesma pela vida, e
a vida experimentar a consciência pela via da evolução. Toda esta ação contínua
objetivava o aparecimento da consciência transcendente e o retorno a fonte. Para tal
era necessário à consciência planetária criar consciências menores, para
experimentar a si por via da vida, e poder manter a vida engajada na lei da evolução.
Para tal, criou o Espírito a lei da ordenação e as três classes de almas, cada
uma com uma função, cada uma devendo obedecer a um específico mandamento. A
vida foi uma fusão entre o reino da consciência, típica do Espírito, e o reino elemental,
típico da criação. Com o fim de gerar uma nova experimentação, a transcendência da
matéria, e o lento e gradual processo da consciência de percepção de si e de retorno
à sua fonte.

IV. Ordenação.

As três classes de almas: planetárias, mantenedoras e experimentativas.


Mandamentos: gerar vida, manter a ordem do cosmos, retornar a fonte.
Uma vez manifestada a vida, uma outra forma de consciência seria necessária,
uma vez que a primeira forma viva fazia parte do corpo elemental planetário, porém
necessitava experimentá-la de forma objetiva, diferente da primeira. Em outras
palavras, necessitava este corpo elemental conhecer por experiência a si, através da
vida e por meio da consciência que deveria estar contida nela.
Desta maneira, o Espírito necessitava não mais de um único nível de
consciência, como se apresentava até então, mas de uma outra forma, distinta do
elemental planetário, porém ligado intimamente a este. Tal consciência deveria
experimentar o mundo, assim como o mundo experimentava o cosmos, ser parte dele
e ao mesmo tempo compreendê-lo e vivenciá-lo. Deu o Espírito então a ordenação
final à consciência planetária. Deveria ela além de criar a vida, designar métodos de
mantê-la e fazer com que se cumprisse a lei da evolução e do retorno à fonte. Assim,
pela vontade do Espírito, e pela via da consciência planetária, foram estabelecidas as
duas outras formas, ou níveis, da consciência: as mantenedoras, e as
experimentativas.

4.1 Classes de almas planetária e mantenedora – definição:

* Consciência planetária: A única consciência planetária que temos acesso em


nossa experiência terrena, é a grande consciência da Terra: Gaia. Este é o nível mais
sagrado da manifestação da consciência, pois é a que carrega as instruções
primordiais do Espírito. Foi pela vontade da grande Gaia, em sua poderosa
inteligência e grandiosidade, que toda a vida pôde manifestar-se e evoluir.
* Consciências mantenedoras: Para que que isto fosse possível, foi preciso
criar consciências elementais, nascidas do seio de Gaia, para proteger as leis que
regeriam a vida, as formas fundamentais de seu surgimento e evolução. Todos os
padrões da vida, formas e estruturas, são guardadas e ativadas por estas
consciências, com normativas ditadas pela alma da Terra. Tomadas das ordenações
vindas diretas do Espírito e das leis universais postas em ação no momento da Grande
Expansão.
Devido a este fato, os padrões da vida e os padrões naturais do clima, se
assemelham com os padrões do cosmos. Assim como no caso das espirais, presentes
nos braços giratórios das galáxias, em padrões climáticos como furacões, nas folhas
de algumas plantas como nos brotos das samambaias, e em certos animais como nas
conchas dos caracóis.
As consciências mantenedoras, ou elementais, também zelam pelos sistemas
que surgiram após a complexificação da vida. Cuidam para que a saúde da Terra não
se deteriore, e a vida possa se manifestar da melhor forma possível, ao invés de
extinguir-se. Cuidam de lugares chave, instruídos pela própria Gaia; lugares como
florestas, montanhas e nascentes. São poderes transcendentes, que dão a estes
lugares um caráter sagrado para praticamente todas as culturas tradicionais
existentes ao longo das mais diversas eras.
Em resumo, cuidam do surgimento, evolução e manutenção da vida. Estão
intimamente ligados à consciência da Terra e canalizam e aplicam sua energia nos
lugares e ações das quais são responsáveis. Levam a cura e reestabilizam
ecossistemas inteiros; transmitem informações vitais de padrões e metodologias para
a manifestação da vida. Enfim, todo o milagre por trás da vida em nosso planeta, está
sendo guardado e ativado por estas consciências mantenedoras, inclusive o status
transcendente da consciência humana, assunto que discutiremos mais à frente .

4.2 Classe experimentativa – definição:

*Consciências experimentativas: todas as formas de vida manifestadas no


mundo físico se enquadram aqui, desde as formas mais fundamentais como os vírus
e as bactérias até a forma mais complexa da mente humana; a diferença é apenas
seu grau de evolução. Formas de vida simples, contém em si consciências recém
manifestadas, que estão experimentando o movimento do devir pelas primeiras vezes.
A criação das consciências primordiais, se dá pela vontade da própria Gaia,
que cumpre o mandamento do Espírito que ao repartir ao Si mesmo se manifestou na
criação. Em outras palavras todas as consciências que experimentam à vida são
partes da própria Gaia, assim como Gaia é parte do Si mesmo e o Si mesmo advém
do Espírito. O processo é exatamente o mesmo, apenas a escala é que difere, somos
filhos dos elementos da terra como corpos, e filhos de Gaia como almas.
A Terra é nossa mãe e nunca perderemos nossa ligação à Ela. Nossa
consciência veio a existir para que a vida experimentasse o mundo, e posteriormente
a transcendência. A vida também experiencia a si, pela interação de uma forma viva
com a outra, esta sociabilidade, levaria a vida a tornar-se cada vez mais complexa,
até que formas simples e unicelulares, se tornaram plantas, animais e por fim se
manifestou a trascendentalidade, através da mente humana. Aqui, a evolução da vida
no mundo físico chegou ao seu auge, e manifestou-se a consciência etérea.

V. Vida e evolução.

Os três reinos e as três realidades.

Três formas de consciência haviam se manifestado, três reinos distintos com


três diferentes ordenações; a estrutura do cosmos sempre respeita o conceito da
trindade, como pares de opostos que se equilibram no centro. Para a vida alcançar a
evolução é necessário certo equilíbrio, para que as formas se estabilizem e a
consciência se torne mais complexa. Vida e evolução equilibrados pela manutenção
das formas elementais e biológicas, três reinos implicam em três realidades.
Centenas de dimensões; assim os universos foram criados, três delas separam
a consciência de sua fonte: o Espírito imanifesto. O plano físico, no qual todos nós
fazemos parte, o plano etéreo onde a alma se manifesta após a morte do corpo físico
para receber ensinamentos e direcionamentos das almas ascensas, e o plano causal,
a realidade sutil onde a alma se prepara para retornar ao Espírito.
Entre estas três principais, há diversas dimensões intermediárias, que
guardam os segredos da evolução da vida, os conceitos fundamentais das
manifestações das formas físicas, e as linhas que guiam as consciências a suas quase
infinitas possibilidades de se apresentarem enquanto seres.
É nestas dimensões intermediárias que as almas se direcionam enquanto
esperam por novas oportunidades de encarnarem no plano físico. Aqueles que
recusam ajuda das almas ascensas, são direcionadas para estes locais, para
reencarnarem, porém, sem serem preparadas e auxiliados pelos educadores
ascensionados.
Todas as consciências experimentativas se manifestam primeiramente no
plano físico, para poderem cumprir seu propósito de existir: o experimentar. Sua
função essencial é sentir a forma elemental da consciência planetária, seu corpo
físico, a terra. Sua capacidade de compreender a si e ao todo e evoluir no mesmo
ritmo em que a vida elemental evolui. Em outras palavras, a vida inicia de formas
unicelulares extremamente simples e vai se tornando complexa com o tempo.
Conforme se complexifica, a capacidade de experimentação deve seguir o mesmo
caminho, assim como a inteligência dos seres e a capacidade da consciência de se
ver como tal.
A consciência manifestada em uma árvore tem muito mais capacidade de
compreender a si do que a que está em uma bactéria, quanto mais complexa é uma
forma viva mais conscientes elas são. Culturas tradicionais veneram todas as formas
vivas como seres conscientes, e, portanto, sagrados. Todas elas têm o potencial de
serem seus ancestrais reencarnados, por isto prestam o máximo respeito a elas.
De certa forma, tal visão está correta; não que estas formas tenham sido
nossos ancestrais, mas são consciências como as nossas, porém ainda em um estado
de compreensão de si em fases anteriores. São estágios que todas as consciências
experimentativas já passaram, e que outras estão passando neste momento, por isso
merecem respeito, assim como todas as diversas outras formas de manifestações.
As consciências elementais que guardam as formas básicas do surgimento e
manutenção da vida, habitam as regiões intermediárias entre as dimensões física e
etérea. Podem se manifestar em ambas realidades, pois esta é sua natureza, a ponte
entre a manifestação física e os conceitos ideias etéreos.
Elas servem à vontade transcendente de Gaia, cambiando informações entre
estas duas realidades. Canalizando a energia astral da Deusa, vivificando os
elementais da água e da terra, mantendo ambientes vitais para a diversidade
biológica, na forma desta energia espiritual. Muitas culturas os reverenciam como
espíritos da floresta ou seres encantados, mas são muito mais que isto; são entidades
de cura e transcendência, que zelam também pelo bem-estar e evolução do todo
natural consciente no qual a humanidade também se vê inclusa.

VI. Consciência animal

A origem da mente, do sentimento e do ego.

A vida vegetal era um passo à frente em relação à vida unicelular primordial,


mas o objetivo de Gaia para a realidade elemental física era algo mais complexo. Para
isto, a consciência elemental deu origem à ideia da vida animal, e o corpo de Gaia
colocou em prática tal ideia a partir de um lento e gradual processo evolutivo até o
aparecimento do primeiro envoltório físico complexo o bastante para o despertar da
consciência sentimental, era o despertar da mente.
As primeiras formas animais continham a semente da mente inteligente, e a
forma mais primordial da mente transcendente: o desejo. Tudo surgiu de forma
bastante simples, os primeiros animais tinham necessidades básicas, oriundas de
suas ferramentas de experimentação do mundo, os sentidos. Basicamente sentiam
frio e fome ao nascer, eram fracos demais para conseguirem sanar estas
necessidades sozinhos e precisavam de alguém para fazer isto por eles.
Os pais, assim como o são hoje, eram os responsáveis por levar alimento e
aquecer sua prole. Isto os deixavam dependentes, precisavam confiar naqueles seres
que acabaram de conhecer, sem sequer saber o que eram. Este mecanismo de
confiança foi o primeiro sentimento, o alvorecer da única emanação que vem direto
do Espírito: o amor. Estes pequenos seres nutriam amor pelos seus pais, pois estes
eram os únicos que podiam sustentar suas vidas, os que sobreviviam o faziam graças
a eles.
Conforme cresciam, estes primeiros seres buscavam a todo custo evitar aquilo
que tanto os ameaçavam na infância: o frio e a fome. Tal ameaça gerou o segundo
sentimento: o medo. Também havia as várias ameaças do mundo natural, diversas
coisas que poderiam ceifar suas vidas, e que deveriam ser evitadas. Mas isto
deixavam as coisas complicadas; como saber pelo que sentir confiança e amor e pelo
que sentir medo? Sentimentos antagônicos, mas que faziam parte de suas
existências. Esta necessidade de saber o que fazer e sentir em determinada situação,
gerou a obrigação de criar um mediador, um ente organizador que saberia como agir
na hora certa, era a origem do Ego.
O Ego surgiu e desde então, é o mediador; uma ferramenta para
experimentarmos o meio no qual estamos inclusos. Há necessidades básicas que
devem ser satisfeitas, ameaças que devem ser evitadas, atitudes corretas a serem
tomadas dependendo da circunstância. Quando os animais passaram a se organizar
em bandos, portanto a se tornar sociáveis, passou a haver uma certa necessidade de
aceitação, condutas a serem cumpridas para fazer parte daquele coletivo, os que não
as cumpriam eram, naturalmente, expulsos.
A sociabilidade trouxe um problema ao Ego, sua função inicial era sustentar a
proteger a vida que fluía naquele corpo físico, agora isto não era mais suficiente, era
necessário integrar um coletivo, e ainda sim proteger aquele corpo. Este choque de
interesses gerou muitas tensões, estas foram tamanhas que a estrutura do Ego até
hoje não conseguiu superá-las. Quanto mais complexo era o meio social, mais
tensões eram geradas, e uma grande energia psíquica era movida para sanar estes
conflitos.
Assim surgiu a vida humana, em um ambiente de hostilidade, onde vários
animais competiam por um mesmo habitat; era a sociabilidade que faziam os primatas
fortes o bastante para participarem desta competição. A mente se tornava complexa,
e com ela as relações mediadas pelo Ego, grande era a necessidade de
sobrevivência, pequena a capacidade de alcança-la. Ainda assim a complexificação
da mente os tornaram capazes, porém, muitos conflitos nasciam nas profundezas da
psique. Um intricado jogo de conflitos deu origem a mente humana, a primeira capaz
de transcender a realidade física, ter a compreensão da morte, e iniciar a construção
da ponte que levaria a consciência de volta a Fonte.

VII. Consciência humana.

A mente transcendente.

A humanidade nasce no momento em que a mente é capaz de abstrair sua


realidade. Os antropólogos consideram o surgimento da inteligência na capacidade
teleológica, ou seja, quando o pensamento preconiza a ação, dá-se uma finalidade
para depois agir. O pensamento que antecede a ação, é a origem do homo sapiens.
Mas isto não explica o aparecimento da arte, e da cerimônia ritual. Qual foi então, o
verdadeiro sentido da abstração da mente?
Para compreendermos tal questão, temos que entender o que é a mente. A
mente surge como casa do Ego, a morada da ação mediadora da psique. Neste
estágio evolutivo, a consciência já estava bastante complexa, pois havia um arquivo
memorial onde os instintos de confiança e medo já haviam tecido o conceito do que
fazer e do que evitar em uma questão específica. Mas a sociabilidade criou a questão
de como agir para ser aceito em um determinado grupo. Esta nova questão, criou um
certo instinto de moralidade, onde em algumas situações devia-se sacrificar o
interesse próprio em prol do coletivo.
A mente complexa surge quando a psique cinde em três, um princípio instintivo,
um moral e um mediador; a vida social implicava tal necessidade, e certas vontades
deveriam ser reprimidas quando estas ameaçavam a coletividade. A psicanálise
freudiana trabalha brilhantemente com este conceito, e conhece muito bem as
tremendas forças psíquicas e as repressões que os desejos individuais mobilizam.
O Ego passa a ser o grande mediador entre instinto e moral, e decide qual
princípio deve reinar em cada momento. Mas como no início, o Ego também deve
mediar o conflito entre as forças primordiais do medo e do amor e confiança, forças
que emanam da relação do corpo com a realidade material e com a consciência.
Assim, a mente é uma potência que em princípio trabalha no negativo, mediando,
através do Ego, as relações de criatividade da consciência, e de medo e ameaça,
vindas do instinto primordial de autopreservação, que impele ao não fazer, ou seja, a
evitar o que pode ser prejudicial.
Mesmo mediando esta ampla gama de conflitos, o Ego deve servir a um
propósito ainda maior: sua relação com a realidade transcendente. A principal função
teleológica da mente, não é sua relação com o mundo externo, mas sua relação com
a Fonte primordial: o Espírito. Arte e religiosidade surgem como uma simbolização da
ligação da consciência com o todo; com as almas elementais e por fim, a divindade
imanifesta.
A mente inteligente é desperta pela consciência com finalidade de levar a vida
à percepção de sua ligação fundamental com a realidade transcendente. A
humanidade surge como um ente de princípio transcendente, princípio alcançado por
via da abstração; a abstração simbolizada pela arte; arte que tinha por objetivo
expressar a religiosidade; e esta que por sua vez era uma ligação da mente com a
consciência; não só da consciência individual, mas de sua manifestação nos três
níveis.
A religião surge no homem naturalmente, ligando sua existência às realidades
maiores das consciências elementais e planetárias, de sua própria alma e de como
trilhar os caminhos da ascensão. A amorosa alma de Gaia sempre olhou por seus
filhos, e quando a transcendência floresceu nos homens, Ela já havia preparado os
caminhos para a ascensão da consciência. A via da iluminação era o grande
ensinamento da religião natural, o caminho da entrega e a subida à montanha do céu
para voar com as asas de Gaia rumo ao plano etéreo.
VIII. A religião natural

A comunhão com Gaia.


Natureza e iluminação.

Transcendência significa olhar a realidade além do que é material, além do que


pode ser percebido pelos cinco sentidos do corpo. Por eras imemoriais a intuição foi
vista como sendo o sexto sentido, aquilo que pode ser percebido além do corpo, além
da matéria. Tal percepção, é a atuação da consciência, chamando a mente de volta
para si, e para a sua real natureza. Este chamado era irresistível aos primeiros
homens, sua comunhão com o mundo natural era plena, assim como a ação da
consciência de Gaia em suas mentes.
O homem natural via religião em sua plenitude; a sacralidade da vida, a ação
das consciências elementais na manutenção, ativação e circulação dos fluxos vitais e
fórmulas conceituais dos seres. A comunhão das almas em um todo unificado era um
conhecimento natural, e o pertencimento de cada ser à natureza não era algo a ser
ensinado, mas sentido por todos.
Esta seria a Era de ouro narrada nas histórias bíblicas, o grande Éden, onde o
Espírito de Deus e o homem habitava o mesmo jardim. O trabalho físico era
necessário, mas não o espiritual; as almas eram ascensas apenas pela comunhão
com Gaia, e pela entrega de suas almas ao caminho da evolução e reintegração com
a consciência etérea.
A ritualística visava educar a mente para fundir as realidades física e
transcendente, onde a natureza expressava sua face sagrada, e a via da iluminação
era então revelada. A religião desempenhava sua função original no plano da Criação,
a de ligar vida elemental, consciência e Espírito. Assim completou o Espírito, o desejo
de experimentar de forma plena o mundo tridimensional, ou seja, nossa realidade
física.
Ele poderia agora abrir as portas da experimentação para algo maior: a
realidade etérea. Não que estas já não tivessem abertas, pois Gaia havia povoado as
três realidades com traços de sua consciência, deste modo, o Espírito já os
experimentava. Mas agora era inaugurada a ponte entre duas realidades, as
consciências nascidas na dimensão física poderiam pela primeira vez explorar a
imensa realidade etérea.
A Era de ouro da religião natural duraria por milênios, centenas deles; isso não
significava que não havia males. A lei do livre arbítrio sempre foi um princípio
inviolável, cada um tinha a escolha de comungar ou não com Gaia, poderiam negar o
caminho da evolução e se prender aos karmas de suas ações na matéria, mas isto
não era comum. O chamado da consciência de Gaia era fortíssimo, e poucos se
desviavam do caminho da iluminação.
Integração à natureza, esta era a chave, e ainda é. O chamado de Gaia que
outrora era estridente, hoje é silencioso, mas ainda ecoa por todos os cantos do
mundo. A via da iluminação está disponível a todos, e a via natural é o caminho mais
curto. Nossa Mãe sempre nos abriu as portas para as realidades superiores, quem as
fechou fomos nós. Clamar ajuda à Ela é sempre viável, pois uma mãe amorosa nunca
desampara seus filhos. Por mais que nós a machucamos, a destruímos e a violamos,
seus braços sempre estão abertos e seus caminhos são sempre iluminados para
todos. Seu amor e misericórdia não tem fim, e sentir seu suave abraço é um
sentimento que jamais poderá ser descrito apenas com palavras, pois ecoa além de
nossas percepções.
O caminho para o mundo etéreo havia sido trilhado, e a ponte foi construída;
graças ao amor de Gaia, as primeiras almas humanas ingressaram no mundo etéreo.
Lá, as consciências etéreas as esperavam, conhecidas hoje como anjos e arcanjos.
Estas consciências foram criadas por Gaia, para preparar a realidade etérea para as
almas ascensas, e facilitar a exploração daquele vasto novo mundo por estas. Um
mundo regido pela vontade, onde a civilização deveria surgir e a consciência deveria
aprender o caminho régio rumo à Fonte e a reintegração com o Espírito.

IX. O plano etéreo.

As primeiras almas ascensas.


A energia etérea.
As características divinas do homem.

Graças às amorosas mãos de Gaia, as primeiras almas criadas para


experimentar a vida no mundo físico ascenderam ao mundo etéreo. Elas passaram
por todos os estágios da vida na natureza, desde organismos unicelulares, passando
pela vida vegetal, animal, até chegarem à mente transcendente humana. Sua devoção
à religião natural as levaram a superar as limitações impostas pelos conflitos mentais
de medo e confiança, alinharam sua vontade ao ideal da ascensão, e pela via da
integração ao todo natural alcançaram a iluminação.
Quando chegaram à realidade etérea, as consciências lá residentes já os
aguardavam. Um novo mundo significava forças totalmente novas nas quais todos
deveriam se adaptar. O plano etéreo é um lugar regido pelo desejo, a vontade pode
moldar a realidade, e a própria manifestação corporal acontece por esta via.
O corpo etéreo é moldado para ser um receptáculo para a consciência. Esta
por sua vez não carrega mais as distorções típicas do plano físico. Assim sendo, o
corpo também não aparenta distorções, sendo absolutamente simétrico; seu conteúdo
é puramente energético, produzido pela maleável energia etérea, que pode se
transformar em qualquer coisa, de acordo com o poder da vontade.
As necessidades do corpo são plenamente satisfeitas através da energia vital
da Terra, o mais puro prana, absorvido por meio da respiração ou com a conexão
transcendental com a consciência de Gaia. Tudo pode ser moldado pelo poder da
vontade, desde que se consiga trabalhar corretamente este potencial.
As primeiras almas ascensas aprenderam com as consciências etéreas a
moldar a energia do éter e a manifestar o poder da vontade. Ao dominar esta
habilidade era possível materializar qualquer coisa, desde vestimentas, objetos,
residências; o potencial era praticamente ilimitado. Porém o objetivo nunca foi
demostrar poder, mas compreender a verdadeira face da realidade, e o pleno
potencial da consciência, que uma vez alcançado, poderia continuar sua caminhada
rumo a reintegração com o Espírito.
As almas ascensas deveriam entender o que eram: entidades divinas
experimentando o cosmos. O poder que elas agora exerciam, era apenas uma
demonstração do grande poder criativo do Espírito, que a tudo criou e a tudo observa.
Elas deveriam compreender qual era sua origem, e quais eram os caminhos a serem
trilhados para o cumprimento de sua missão de retorno.
Quando seu número se elevou, havia chegado o tempo de se construir uma
humanidade ascensa, um coletivo de seres que se organizaria e colonizaria aquele
novo mundo. Ali deveria se estabelecer uma comunidade, que se nortearia pelo ideal
do aprendizado visando a elevação de seu potencial de consciência. Tal organização
deveria ser ampla, para que todos pudessem estudar as realidades superiores,
compreender seu próprio mundo e auxiliar os irmãos ainda encarnados.
Desse ideal surgiu a primeira civilização humana, não na nossa realidade, mas
na etérea. Guiados pelas consciências etéreas, ergueram o primeiro coletivo humano
realmente organizado. Visavam estudar as sete emanações da vontade, e sua
unificação; recebiam as instruções de seus mentores e desejavam repassá-las às
almas no plano físico. Tal organização prosperou, e a partir de então, guiou a evolução
da humanidade em ambas realidades.
Um novo tempo surgira, com as três realidades e os três reinos da consciência
alinhados, e então o caminho da ascensão se tornou muito mais fácil. Mais almas se
elevavam e em muito menos tempo, logo o plano etéreo se encheu de almas
humanas. A civilização se expandia, e novos desafios rapidamente se apresentavam.

X. A civilização etérea.

O alinhamento das três realidades.


As hierarquias cósmicas.
O objetivo da vida e o plano divino original.

Em cada um dos três planos da realidade Gaia designou consciências para


cuidar de sua manutenção e evolução, também deixou consciências elementais em
suas dimensões intermediárias, para cuidar das formas e conceitos de cada plano. O
objetivo de toda consciência é alcançar o plano causal, para que de lá, possa dar o
passo final rumo a reunificação com a Fonte.
Quando as bases da civilização etérea foram estabelecidas, as consciências
que cuidaram daquele plano antes da ascensão das primeiras almas humanas ficaram
livres para ascenderem ao plano causal. A maioria delas assim fizeram, apenas
algumas poucas ficaram, com o objetivo de ensinar as almas humanas sobre as sete
emanações da vontade, os sete raios cósmicos que as controlam, e sua unificação no
grande sol central.
A ascensão humana representaria a unificação das três realidades, e é
necessário ter atenção neste ponto, pois a vontade criadora que impulsiona o
movimento cósmico, emana diretamente do Espírito, e é relacionada às realidades de
vibração mais densa a partir de uma linha direta que parte do Espírito e desce aos
planos causal, etéreo e físico respectivamente. Assim sendo, estes planos devem
estar conectados para que a vontade criadora flua por eles livremente. As ascensões
das almas de um plano para o outro ampliam as conexões entre eles, como trilhas
que se alargam em uma floresta conforme são usadas.
Desta forma, a ascensão das almas do plano físico para o etéreo, possibilitou
que almas etéreas ascendessem ao plano causal, o que amplificou a conexão entre
as três realidades e facilitou o fluxo energético advindo diretamente da Fonte. Tal
processo facilitou ainda mais a ascensão de um plano a outro; a vontade original era
facilmente compreendida pelo plano abaixo e depois traduzida e repassada ao plano
subsequente.
O cosmos é dividido em hierarquias, pois as consciências mais próximas da
Fonte têm maior possibilidade de compreender a vontade que emana diretamente
dela. As consciências causais já superaram qualquer limitação imposta pelo Ego, e
seu senso de preservação. Não agem de forma a impor qualquer desejo egoísta, e
comungam de um profundo senso de igualdade e comunidade com qualquer entidade
consciente no cosmos. Suas instruções visam sempre o bem do todo e são
amplamente aceitas por qualquer conjunto etéreo de qualquer conjunto organizado de
qualquer parte do cosmos.
As orientações vindas das hierarquias superiores devem obrigatoriamente
obedecer às imutáveis leis do Espírito, como a evolução, o devir e livre arbítrio; tudo
deve sempre estar em movimento, evoluindo e experimentando as realidades
livremente, e as hierarquias superiores precisam cuidar deste pleno funcionamento.
Todo o conhecimento que nos é dado deve cumprir estes requisitos e tudo necessita
ser orquestrado para que a vontade original do Espírito seja cumprida.
Quando o Espírito criou o cosmos e desejou experimenta-lo, Ele indexou esta
vontade ao grande devir. O movimento deve levar à experimentação e à evolução,
tudo o que segue este imenso fluxo recebe as graças do Espírito, o que recusa o fluxo
deve ser levado a aceita-lo de uma forma ou de outra. Os sábios hindus nomearam
este fluxo de darma, e o simbolizaram como um grande rio de forte correnteza; nosso
objetivo é chegar a embocadura do rio e alcançar o oceano. Para isto temos duas
escolhas, seguir a correnteza e deixar com que ela nos leve até o oceano de forma
fácil e quase sem esforço ou resistir e sofrer sendo arrastados à força pela correnteza
chegando ao fim exaustos e repletos de cicatrizes.
Assim é a grande lei do movimento, devemos chegar à Fonte, no qual podemos
fazê-lo de forma simples e fácil ou de forma difícil e carregada de sofrimento. O plano
original, não previa esta imensa carga de dor, mas quando olhamos nosso mundo o
que vemos é doença, desrespeito, fome, sofrimento e morte. Algo deve ter acontecido
no meio deste caminho, algo extremamente errado, que destorceu o plano original e
nos fez mergulhar em um profundo e tenebroso precipício.
E realmente aconteceu; nem Gaia, nossa mãe, nem o Espírito imanifesto,
nosso pai, jamais quiseram que sofrêssemos. Mas o pecado original aconteceu, a
grande queda estava por vir, a expulsão do paraíso do Éden batia às portas. A
civilização etérea havia crescido e uma grande cidade fora construída para abrigar as
almas ascensas. Lá elas aprendiam a manipular a energia do éter pela via da vontade,
aprendiam sobre os sete raios cósmicos e os adoravam em vastos templos.
O objetivo de toda a grandiosidade desta civilização era a ascensão. O estudo
das emanações da vontade e de suas aplicações práticas tinha por objetivo a
compreensão da estrutura do cosmos e sua real face por detrás dos véus da ilusão.
Deveriam instruir as almas encarnadas e as auxiliarem em seus processos de
elevação vibracional. Mas não foi exatamente assim que aconteceu, as primeiras
almas ascensionaram ainda com traços grosseiros em seus egos, e isso fez com que
seus desejos não fossem precisamente os ideais, e então o desenrolar destes
processos trouxe ao plano etéreo o caos, e foi o motivo da grande queda e da
destruição desta grande civilização.

XI. Atlântida.

Origem.
Os sete templos dos sete raios cósmicos.
Egoísmo e distorção.
A lei do karma.

Conforme a civilização etérea cresceu, se criou a necessidade de abrigar e


educar as almas que chegavam. Instruídos pelas consciências etéreas, os primeiros
humanos ascensos aprenderam sobre a criação pela vontade, os raios cósmicos e a
hierarquia cósmica. A medida que evoluíam em seus conhecimentos passavam a
ensinar seus iguais recém-chegados, liberando os seres etéreos para exercerem
outras funções em seus caminhos evolutivos.
Logo uma grande cidade floresceu, sua arquitetura fora pensada para melhor
canalizar a energia do éter para o centro e sua logística visava facilitar o acesso aos
templos de adoração e aos prédios de estudos. Sua planta se resumia a uma série de
círculos, onde as casas para moradia se localizavam nos círculos exteriores e
conforme se dirigia ao centro encontrava-se construções de maior importância.
Os prédios de estudos ficavam no terceiro círculo, os templos de adoração aos
sete raios no segundo, e na praça central, ficava o grande templo da esperança, uma
grande construção em forma de pirâmide onde toda energia canalizada por cada um
dos templos dos sete raios fluía para o topo. Acima deste templo se sustentava uma
emanação do grande sol central, unificação e fonte dos sete raios; e dentro do templo,
localizava-se a sala de reuniões, onde os seres da realidade causal se manifestavam,
e traziam as orientações traduzidas das vibrações advindas do Espírito imanifesto.
No segundo círculo localizava-se os sete templos, em homenagem a cada um
dos sete raios cósmicos. Cada raio é uma emanação da vontade original do Espírito,
condensada em matéria nos momentos iniciais da criação. Cada raio vibra em uma
cor, que demonstra seu significado. O primeiro raio azul: guarda a emanação do poder
criador da vontade; o segundo raio amarelo: traz em si a sabedoria; o terceiro raio
rosa: carrega o amor incondicional a todas as coisas; o quarto raio branco: representa
a pureza, é o raio central e traz consigo a cor da junção dos sete raios e é também a
cor do grande sol central; o quinto raio verde: é a emanação da cura; o sexto raio
vermelho: é o raio da devoção e o sétimo raio violeta: representa a ascensão e a
liberdade. Todas as consciências precisam passar por estes sete estágios em suas
existências antes de completarem seu objetivo de reintegração à Fonte, por isto o raio
violeta também representa a liberdade, pois ele significa o fim de um ciclo.
Na parte central de cada um destes templos era conservada uma chama, da
cor do raio que o templo homenageava. Estas chamas foram forjadas dentro do
grande sol central e transportadas para os templos para servir como potencializador
das intenções daqueles que visitavam estes locais. As chamas criavam uma aura no
interior dos templos, de forma que a intensão alinhada à emanação da vontade lá
trabalhada se unificava e potencializava-se facilitando o alcance daquilo que se
desejava.
Cada templo era cuidado por um sacerdote, que instruía os devotos qual era a
melhor forma de trabalharem suas intenções de acordo com a característica de cada
emanação da vontade. Os sacerdotes também zelavam pela conexão da chama com
o grande sol central, pois é esta conexão que possibilita trabalhar a intensão de quem
deseja com o poder da vontade que se liga a ação sempre permanente e sempre ativa
do Espírito. O grande sol central é de certa forma uma simbolização do Espírito, e esta
ligação possibilita materializar as emanações da vontade em entidades separadas,
trabalha-las separadamente e facilitar o manuseio de suas ações práticas.
No terceiro círculo ficavam os prédios de estudos, escolas onde eram
ensinados o que cada raio significava e como alinhar a intensão com a força de cada
um dos raios. Aprendia-se sobre a unificação da vontade no grande sol central, e como
conectar a vontade de cada consciência à vontade que emanava diretamente do
Espírito. Era uma preparação para se aprender como se conectar aos raios e como
trabalhar suas potencialidades; tratava-se de uma complexa operação de ensino
visando a evolução de cada alma que passava por este longo e gradual processo de
educação.
A responsabilidade dos professores e dos sacerdotes era grande devido ser
necessário ensinar como funcionava a ação e ativação de cada um dos raios e como
alinha-los às intenções individuais de forma correta. Também era preciso saber a
metodologia de ativação prática da vontade e como cada raio poderia melhor agir em
determinada intenção seja ela de manutenção, fortalecimento ou transmutação. Assim
como auxiliar no processo de autoanálise de cada ser, para guia-los à qual era sua
finalidade mais latente e com qual chama cada um se identificava.
Todo este trabalho deveria ser devocional, sem buscar qualquer
reconhecimento ou bonificação por exerce-lo. As primeiras almas que chegaram no
plano etéreo quando lá ainda não havia quase nada, aprenderam tal processo de
forma lenta e penosa; eram elas que agora instruíam os que chegavam e facilitavam
de forma significante seus caminhos de ascensão. Ocorreu que algumas delas
começaram a achar injusto o fato que todo o trabalho que elas tiveram, primeiro para
seus próprios aprendizados e depois instruindo os outros, não estava sendo
devidamente reconhecido.
Um pequeno grupo solicitou uma requisição, eles queriam benefícios por terem
prestado tantos serviços no processo de construção da grande cidade de Atlântida e
de terem auxiliado no aprendizado de tantos. Queriam cargos de liderança e que
aqueles que estavam ainda em aprendizagem os servisse, já que eles detinham um
conhecimento mais profundo do processo evolutivo, e se tal requisição não fosse
aceita, se negariam a continuar ensinando.
Os sete sumo-sacerdotes dos sete templos se reuniram em um conselho, e
levaram a requisição às hierarquias superiores. Este universo contém diversos
mundos habitados, e para resolver este tipo de questão foi eleito um comitê de gestão,
onde as almas causais mais elevadas decidem o que deve ser feito. Já a algum tempo
nosso universo é dirigido por Lorde Maitreia, e foi ele quem decidiu esta questão. Ficou
decidido que a função das almas etéreas era servir àqueles que buscam a evolução,
e não o contrário, e que o desejo de serem servidos era uma necessidade egóica
incondizente com a frequência vibracional etérea, por outro lado, era algo típico das
almas que deveriam vibrar na realidade física.
Ficara decidido que todos aqueles que sentiam necessidade de serem servidos
deveriam passar por um processo de revisão de si mesmos e por um método
educacional onde aprenderiam a remover tal desejo de seu caráter consciencial. Esta
sentença enfureceu o grupo solicitante, sendo percebido como um grande insulto a
todo o tempo e devoção dispendidos ao trabalho educacional individual e coletivo. Os
que perceberam a decisão desta forma, começaram a juntar outros partidários para
sua causa e conspiravam para tomar o poder de Atlântida e governar a cidade de
acordo com seus próprios conceitos de certo e errado, independentemente do que
decidira o comitê universal.
Logo, a conspiração conseguira muitos adeptos, e eles estavam prontos para
colocar em prática seu plano. Porém o conselho dos sacerdotes percebeu o que
estava acontecendo e decidiu agir primeiro. Foram até Maitreia e ao comitê universal
e pediram ajuda, e a resposta foi pela invocação da lei do karma.
O que faz com que uma consciência se manifeste em uma realidade específica
é sua frequência vibracional. Tudo no cosmos vibra em ondas, com as consciências
não é diferente, quanto mais longa a frequência de onda mais densa é a realidade
onde ela se manifesta e quanto mais curta a frequência mais sutil é sua manifestação.
O processo de evolução, é basicamente o aprendizado de como elevar a frequência
vibracional de sua consciência e se tornar assim cada vez mais sutil.
A invocação da lei do karma foi basicamente estreitar o intervalo vibracional
aceito para que uma consciência se manifestasse no plano etéreo, assim uma
frequência que antes era aceita, deixou de sê-la. Aumentamos nossa frequência
vibracional na medida em que perdemos inclinações grosseiras, baseadas nas
necessidades primordiais do Ego, como o sentimento de superioridade e a arrogância.
Quando o intervalo se encurtou, aqueles que se viam na necessidade de serem
servidos já haviam baixado suas vibrações e instantaneamente perderam a
capacidade de se manifestarem no plano etéreo. Foram distribuídos nas realidades
intermediárias, onde as almas ainda não elevadas esperam a oportunidade de
reencarnarem no plano físico.
Esta foi a expulsão da humanidade do paraíso, a queda do Éden. Depois deste
fato, tudo ficaria muito mais difícil, e as mudanças seriam drásticas em ambas
realidades. A grande cidade de Atlântida seria destruída e com ela as bases da
civilização etérea, tudo deveria ser recomeçado, novas diretrizes para um novo
mundo. O ideal original da evolução da consciência fora perdido e as consequências
disso seriam severas, o rancor gerado ecoaria por muito tempo e as transformações
seriam profundas.

XII. A queda.

A mitologia da queda.
Almas caídas.
Consequências da queda.

Diversas culturas antigas relatavam sobre uma era de ouro na antiguidade,


onde homens e deuses interagiam e habitavam em um mesmo lugar. Tantas lendas
e mitos não poderiam surgir aleatoriamente em praticamente todas as culturas do
mundo, civilizações sem nenhum contato umas com as outras e mesmo assim
compartilham de estórias praticamente idênticas. Algo realmente aconteceu, algo que
impactou a humanidade de forma profunda e que vem nos influenciando até hoje.
Quando a frequência permitida para manifestação na realidade etérea foi
diminuída, aqueles que baixaram suas vibrações com sentimentos de superioridade
em relação a seus iguais foram, de certa forma, expulsos para uma realidade
intermediária entre as realidades etérea e física. Era onde se manifestavam as almas
que desencarnavam no plano físico sem alcançarem a ascensão, ali elas esperavam
uma nova oportunidade de voltar a um corpo tridimensional buscando superar certas
limitações, elevar suas vibrações e conquistarem o direito de se manifestarem em um
corpo etéreo.
Esta mudança repentina na vibração de tantas almas superlotou a dimensão
intermediária, pois ali já estavam aqueles que esperavam para reencarnar e agora
havia também chegado inúmeras outras, que só poderiam voltar à realidade etérea
após purificarem seus karmas. Isto trouxe muitos problemas, pois a população
humana encarnada era limitada, e estes não podiam ter tantos filhos a ponto de todos
que precisavam encarnar tivessem sua chance em um curto período de tempo.
Além disto, antes da queda, as almas humanas ascendiam apenas pela
comunhão plena e verdadeira com a alma de Gaia, e isto foi facilitado com as ações
postas em práticas pelas almas já ascensas no plano etéreo. Isto fez com que se
experimentasse pouco o plano físico e, portanto, se tivesse pouco tempo para superar
traços grosseiros do Ego, fazendo com que as almas se elevassem carregando
características não compatíveis com a realidade sutil do plano etéreo. O que
possibilitou o nascimento de certa arrogância, que foi o gatilho da organização da
conspiração que visava desafiar a decisão do comando universal.
Este desvio deveria ser corrigido e aqueles que se elevassem deveriam se
enquadrar ao novo padrão vibracional da realidade etérea, agora muito mais seletivo.
A ascensão ficou muito mais difícil de ser alcançada, e o plano físico também
precisava comportar as consciências que evoluíam do mundo natural. Havia uma
imensa demanda por oportunidades de encarnação no plano físico e poucas vagas
que se abriam, devido a população reduzida.
Aqueles que foram expulsos do plano etéreo, carregavam em suas
consciências o conhecimento da civilização, pois ajudaram a erguer e sustentar a
grande cidade de Atlântida. A humanidade no plano físico ainda vivia como caçadores
e coletores, às vezes formando pequenas comunidades, porém nunca excedendo
algumas dezenas de indivíduos. Este é o primeiro momento onde podemos precisar
uma data, a queda ocorreu exatamente no ano 10.000 ac.
A solução achada para o problema de como sustentar a crescente demanda
por manifestações físicas foi recriar a civilização, transportando tal conceito também
para a realidade física. As almas expulsas de Atlântida levariam os conceitos
civilizatórios consigo, e o replicariam gradativamente em todos os cantos onde a
humanidade habitava. Isto traria certa estabilidade aos encarnados, possibilitaria que
protegessem uns aos outros, aumentasse a produção de alimentos e crescesse em
números populacionais.
Porém o rancor pela expulsão e o sentimento de superioridade, também
acompanharam aquelas almas, e a civilização terrena fora criada como uma
organização pensada para que uma pequena elite fosse servida por uma multidão de
servos. A hierarquia monárquica inicialmente presente em todas as civilizações
humanas era um resquício da arrogância que gerou a queda de Atlântida.
Nossa civilização nasceu para que um excedente de almas, algumas iniciando
seu processo evolutivo, outras com ele já em andamento, e outras tendo que
recomeçá-lo, pudessem ter a chance de elevarem suas vibrações e limparem seus
karmas. Porém, tudo isto regado com um caldo de rancor e arrogância, gerou a
intrincada hierarquia política que sempre marcou a humanidade.
Alguns poucos que exploram e tomam a liberdade de muitos. Certos intelectuais
pessimistas vão dizer que sempre foi assim, ou que os homens são essencialmente
maus e que o Estado existe para protege-los uns dos outros. Mas o fato é que nem
sempre foi assim; e se o é, existe uma causa, e esta causa pode ser superada.
Algumas coisas mudam, outras não, mas tudo tem um porquê de existir, e nosso
mundo tem motivos para ser como é, e estes motivos começam agora a se revelarem.

XIII. A civilização no plano físico.

O fim da religião natural e o início do dogmatismo.


Fortalecimento do Ego.
As primeiras civilizações.

A civilização no plano físico não trouxe consigo apenas as hierarquias políticas,


aqueles que estiveram em Atlântida também haviam aprendido os segredos do poder
da vontade e do funcionamento dos sete raios cósmicos. Haviam metodologias de
como fazer para melhor alinhar o desejo com as emanações da vontade e seus raios.
Este passo a passo, ou seja, a forma correta de se fazer algo ou alcançar um objetivo,
quando distorcido pela ação do Ego humano, gerou o nascimento do dogma e das
religiões organizadas.
Existe um consenso entre arqueólogos e historiadores que quanto mais
complexa fosse uma sociedade mais organizada era seu sistema religioso. Isto pode
ser explicado de maneira simples, pois as mesmas almas que trouxeram o conceito
de civilização para o plano físico também trouxeram o conceito de religião. A
organização civilizatória também compreendia o ritualismo religioso, ou seja, de que
maneira se poderia pedir às forças cósmicas o alcance de um objetivo, ou o
concretizar de um desejo.
Governo e religião sempre caminharam juntos nas sociedades humanas, isto
porquê eles nasceram juntos, da mesma raiz. O dogma nada mais é do que uma
metodologia, a forma correta para concretizar um desejo, e isto é exatamente o que
se aprende ao estudar as emanações da vontade. Acontece que, ligado ao poder
político, o dogma religioso nasceu para satisfazer aos desejos da elite governante, e
não buscando à ascensão da alma.
A religião organizada, surgiu para servir às necessidades egóicas da
monarquia, além de legitimar sua dominação sobre o todo da sociedade. Em outras
palavras, a elite governante sempre era divinamente legítima, cumprindo à vontade
maior das forças transcendentes. E o ritualismo, servia principalmente, para que esta
elite alcançasse seus objetivos de dominação, criando ritos de passagem onde a
realeza divina de seus cargos ressaltasse aos olhos de um público humilde e privado
dos mistérios da conexão cósmica.
O surgimento do dogma representou o fim da religião natural, pois a conexão
com Gaia havia sido substituída pelo ritualismo. A conexão direta com a natureza fora
deixada para trás, para que em seu lugar, fossem institucionalizados o rito sacrificial
e as práticas supersticiosas de conexão com o divino.
A simbolização do transcendente sempre foi uma prática comum entre os
humanos, assim como a confecção de imagens que representasse a ligação entre a
vida encarnada e os planos superiores. Com o dogma surgiu a adoração as imagens,
não como símbolos, mas como emanações em si da divindade. Esta sutil mudança foi
útil pois o ritualismo representava métodos de manipular as forças transcendentes.
Elas não mais deveriam ser forças cósmicas em si, mas deveriam obedecer aos
desejos do solicitante, e através do ritual correto, concretizar qualquer pedido, mesmo
que este em nada se alinhasse ao caminho evolutivo.
Há um fato importante para se compreender o uso das forças que irradiam das
emanações da vontade; elas devem servir exclusivamente para ideais que visem o
caminho evolutivo. Jamais podem serem usadas para fins de desejos materiais ou
egoístas, sua força não dialoga com estes níveis vibracionais e tais desejos são
barrados em sua própria fonte. O ritualismo é uma distorção da ativação das forças
cósmicas, por isto, as religiões monoteístas, que são tentativas de sutilizar os dogmas,
combatem a idolatria, e tentaram modificar as intenções do rito, porém nem sempre
com êxito.
O processo de desconexão do homem com a espiritualidade da natureza, ou
alma de Gaia, fez com que o senso de comunidade que antes comtemplava o todo
natural, se resumisse à sociedade na qual se estivesse incluso. As primeiras
civilizações, não passavam de tribos que evoluíram para cidades-estados com um
governo central e um ritualismo religioso próprio. Seus interesses quase sempre se
chocavam com o de seus vizinhos, seja por uso de bens naturais ou de relações
comerciais, e o mundo entrou em uma era marcada por conflitos e guerras.
Estes conflitos faziam com que todos fora de sua comunidade natal, fossem
inimigos em potencial, e as relações sociais eram muito frágeis. Se poderia confiar em
muito poucos, e a concepção de individualidade se tornou cada vez mais essencial.
Se não se pode confiar em seus iguais, apenas pode-se confiar em si. O Ego se tornou
cada vez maior, e os objetivos egoístas cada vez mais profundos. A espiritualidade se
resumia às metodologias para se alcançar favores materiais e a humanidade caiu na
grande era descendente.
Arrogância, este foi o grande motivo da humanidade entrar na grande era de
sofrimento que acompanhou a civilização. Os últimos 12.000 anos foram marcados
pelas consequências de ações erradas; decisões de poucos que marcam as vivências
de muitos. A desconexão com a natureza, também cobrou seu preço, pois o homem
apenas pensou em controlar e modificar as forças naturais, sem se lembrar do respeito
que a elas devia. O desenvolvimento social foi acompanhado pelo endurecimento dos
conflitos e da necessidade de nutrir a crescente população com alimentos e bens de
consumo; comércio e guerra forjaram a civilização. A humanidade se separava de
forma cada vez mais irreconciliável, dissolvendo a grande unidade natural que existia
outrora. Logo, o choque entre culturas se apresentaria como um problema cada vez
mais profundo.

XIV. A grande Era descendente.

Sociedade e religiões antigas.


6.000 anos de preparação.

Muito se tem descoberto sobre as origens da civilização, estima-se que Jericó


seja a cidade mais antiga continuamente habitada no mundo, e remonta ao décimo
milênio antes de Cristo, o período imediatamente posterior à queda. Mas a verdade é
que os aldeamentos surgiram ao mesmo tempo, em todas as partes do globo. O fato
de culturas distantes, que nunca se contactaram, compartilharem mitos, lendas e
mesmo estruturas arquitetônicas como as pirâmides, sempre foram um mistério para
a arqueologia, pois a ciência materialista não pode superar certos impasses.
O fato das religiões organizadas terem surgido junto com a civilização, também
nunca foi muito bem explicado. Sempre se acreditou que a complexificação das
estruturas políticas e sociais levaram a institucionalização da fé, e que uma sociedade
organizada requeria uma religião organizada. Mas o porquê de ter sido assim, o motivo
de Estado e as religiões institucionalizadas terem nascido juntos, e ao mesmo tempo
em todo o globo, parece não ter sido ainda bem explicado.
A monarquia e a instituição religiosa, serviram ao seu propósito, desde o início.
Aqueles que desejavam serem servidos na realidade etérea, construíram no plano
físico, estruturas sociais onde suas demandas eram muito bem satisfeitas. O Ego
inflava-se e os reis se tornavam a encarnação dos próprios deuses e os sacerdotes
representantes de suas vontades. Aqueles que nunca estiveram em Atlântida, e que
seguiam seus caminhos evolutivos normalmente, sem nenhum rancor, no início, não
aspiravam a vida luxuosa da nobreza, nem os privilégios do clero. Tocavam suas
existências, sem almejar tais cargos, pelo fato de imaginarem ser um privilégio
daqueles que deveriam vir de linhagens especiais, ou no mínimo diferentes das suas.
De certa forma, estavam corretos.
A separação da sociedade em classes, espelhava os diferentes estados
evolutivos das almas que habitavam as dimensões intermediárias, à espera da
encarnação. As almas que desejavam poder e reconhecimento, recebiam
oportunidades como nobres ou sacerdotes, aquelas que só queriam evoluir, sem
almejar adulações egóicas encarnavam como trabalhadores ou camponeses.
A queda havia superlotado a dimensão de espera para a encarnação, e mesmo
com a população crescendo devido à organização social, ao comércio e ao excedente
alimentício, muito tempo foi necessário até que o fluxo de nascimentos voltasse a
normalidade. Mais precisamente, três eras ou 6.000 anos. Com o endurecimento das
leis kármicas, a ascensão foi dificultada, já que os novos ascensos deveriam ter traços
egóicos muito mais sutis e frequências vibracionais mais altas. O que atrasou ainda
mais esta volta à normalidade.
Atlântida fora destruída, muitas almas expulsas, mas nem todas deixaram o
plano etéreo, algumas ficaram. Estas sabiam o que a invocação da lei do karma
representaria, sabiam que a ascensão se tornaria muito mais complicada, e sabiam
que as almas caídas modificariam completamente o plano físico. Algo deveria ser feito
para ajudar a humanidade encarnada, algum auxílio deveria ser prestado, e este teria
de vir do plano etéreo, e as almas que lá estavam teriam que trabalhar nesta questão.
Um conselho fora reunido, chefiado pelos sete sumo-sacerdotes que serviam
nos templos dos sete raios cósmicos. Um plano de auxílio foi traçado, e uma meta
estabelecida para que a normalidade fosse retomada. A queda havia desalinhado os
três planos da realidade, eles não estavam mais harmônicos, já que a vibração no
plano físico estava caindo drasticamente, e a do plano etéreo havia subido devido a
lei do karma; a distância entre ambos se tornara exagerada, o que tornou quase
impossível ascender de um plano a outro sem auxílio.
Ficou decidido que uma comunidade deveria ser organizada, um grupo de
iguais que guiaria a humanidade encarnada durante a era descendente que se iniciava
e auxiliaria aqueles que buscavam pela evolução. Nenhuma alma seria deixada
sozinha, cada uma seria encaminhada a um dos raios da emanação da vontade,
aquele em que estivesse mais afinidade, e uma equipe a guiaria no caminho de sua
missão evolutiva. Todas as consciências ligadas a Gaia, seriam convocadas, nenhum
dos três reinos da consciência seria deixado de fora, a ajuda viria para todos sem
distinção e sem exceções.

XV. A Grande Fraternidade Branca.

A destruição dos templos de Atlântida.


As cidades-templo.

Quando a lei do karma foi invocada e as almas de baixas vibrações expulsas


de Atlântida, a cidade ficou praticamente vazia. Quando o plano de conspiração fora
traçado o fato dos sete templos estarem reunidos em um mesmo lugar, fluindo suas
energias para a réplica do grande sol central sobre o templo da esperança, havia
facilitado muito o planejamento de tomada da cidade.
Deixar todo o poder da vontade unificado em um mesmo lugar, objetivando
originalmente facilitar seu estudo e ativação, se tornara um facilitador quando um
plano de tomada fora pensado. Todos sabiam que o plano físico mergulharia na era
descendente e que as chamas dos raios deveriam ser fortificadas no processo de
auxílio das almas encarnadas.
No duplo objetivo de desunificar as chamas, para impossibilitar sua dissolução
por conspiradores, e de fortificar a individualidade da ação de cada uma das
emanações da vontade, os templos foram removidos de Atlântida e espalhados em
sete diferentes lugares do globo, onde suas potencialidades pudessem ser melhor
aproveitadas e suas energias ampliadas. O templo da esperança também fora
removido e sua finalidade transformada, ele agora serviria para qualificar o karma de
cada alma que deixasse seu corpo físico e aceitasse o auxílio das almas ascensas,
se manifestando na realidade etérea na busca de estudos e orientação. Por fim, foi
decidido, que toda a cidade seria dissolvida, e construído novos complexos em outros
lugares, cada um com uma diferente finalidade.
O templo do primeiro raio da chama azul do poder e da vontade divina, fora
transportado para o Himalaia. Sobre a tutela de mestre El Morya, auxiliado por Arcanjo
Miguel, e todos as almas ascensionadas que servem ao raio azul, trabalham a
emanação do poder do Espírito e da liderança objetivando a evolução de todos os
seres.
O templo do segundo raio da chama dourada da sabedoria, fora transportado
para China. Foi deixado sobre os cuidados daquele que seria conhecido como
Confúcio, auxiliado por arcanjo Jofiel e todas as almas que servem ao raio dourado,
trabalham na educação das consciências que buscam se livrarem de sentimentos e
pensamentos que limitam sua evolução. É a chama patrona do oriente, e trabalham
em parceria com grandes mestres como Kuthumi e Gautama Buda.
O templo do terceiro raio da chama rosa do amor incondicional, foi transportado
para a França. Fora deixado, originalmente, sobre os zelos daquele que seria
conhecido como Paulo Veneziano, auxiliado por Arcanjo Samuel e todas as almas
ascensionadas que servem ao raio rosa; trabalham na emanação do amor
incondicional do Espírito, que derrama sua graça sobre todos os seres e os chama de
volta à Fonte de sua infinita misericórdia.
O templo do quarto raio da chama branca da pureza, fora transportado para o
Egito. É zelosamente cuidado por mestre Seraphys Bey, auxiliado por Arcanjo Gabriel,
e todas as almas ascensionadas que servem ao raio branco. Trabalham na purificação
dos karmas e regem as cidades de educação onde as almas que deixam o plano físico
se manifestam em busca de ajuda em seus processos evolutivos. É o raio da verdade,
e trazem à tona os desejos reais de cada consciência, as auxiliando no processo de
sutilização de suas vibrações visando sua ascensão.
O quinto raio da chama verde da cura, fora transportado para a ilha de Creta,
na Grécia. É regido por mestre Hilarion, auxiliado por Arcanjo Rafael e todas as almas
que servem ao raio da cura. Trabalham pela cura física dos corpos em todas as três
realidades e de todos os três reinos da consciência. Zelam pela cura espiritual de
todos os seres, contam com o auxílio de poderosas consciências guardiãs das forças
essenciais curativas emanadas por Gaia na fundação do mundo, como também é a
base da chama trina superior que deve reger a nova era de ascensão e liberdade.
O sexto raio da chama rubi-dourada da devoção, fora transportado para o
grande deserto da Arábia, hoje Arábia Saudita. Originalmente, foi cuidado por mestre
Sananda, conhecido hoje como Jesus, o Cristo; auxiliado por Arcanjo Uriel e por todas
as almas que servem ao raio da devoção. Trabalham pela elevação espiritual de todos
os seres, para que todas as consciências encontrem suas missões e se dediquem a
seus trabalhos evolutivos. Procuram guiar as almas que ensinam seus irmãos o
caminho da transcendência, e zelam pelo caminho das almas rumo à reintegração
com a Fonte, que é Deus, o pai.
O sétimo raio da chama violeta da ascensão e da liberdade, fora transportado
para a Califórnia, Estados Unidos. É regido por mestre Saint Germain, mahachohan
da sétima era da ascensão e do realinhamento das três realidades e reinos da
consciência. Auxiliado por arcanjo Zadkiel, e todas as almas que servem ao raio
violeta. Se Dedicam a ascensão de todas as almas rumo à libertação de todas suas
dívidas kármicas e à bem-aventurança eterna da reintegração com o Espírito. É guia
de todos os seres à nova era de ouro, e atua de maneira a potencializar a elevação
da consciência que visa a evolução e libertação de qualquer forma de sofrimento ou
limitação.
Cada um destes templos é acompanhado de complexos estudantis, onde as
almas ascensionadas aprendem como comungar ao poder da chama vigente. Além
disto, existem complexos habitacionais onde as almas descansam entre uma missão
e outra, seja de aprendizado ou de ativação de seu potencial missionário. Todas estas
cidades, estão no plano etéreo, sendo acessíveis às almas encarnadas apenas
potencialmente, seja em sonho ou no estado de samadhi na meditação. Os mestres
e seus auxiliadores, sempre estão a guiar os encarnados, e suas atividades se
intensificam conforme o planeta adentra na sétima era, buscando cada vez mais
trabalhadores para seus ideais de ascensão.
XVI. O novo plano etéreo.

As cidades de educação.
O plano dos mestres e as sete eras.

Após a dissolução de Atlântida e a dispersão dos sete templos pelo globo, havia
a questão de como educar os encarnados na metodologia de ativação das emanações
da vontade. Até então, as almas que desencarnavam ainda carregando dívidas
kármicas em seus traços vibracionais de consciência eram transportadas para as
dimensões intermediárias onde esperavam por uma nova oportunidade de
manifestarem no mundo físico.
Este período entre uma encarnação e outra, era um tempo de descanso da
consciência, onde ela era deixada a refletir sobre o que havia feito de errado no plano
físico para não ter conseguido sua ascensão. Muitas vezes era um período infrutífero,
onde a alma não se preocupava em refletir sobre seus erros, sequer conscientizava-
se de ter errado, sendo um tempo perdido, onde quase nada era aprendido. Porém,
como o karma era leve, e graças ao poderoso auxílio de Gaia, tais almas não
demoravam a encontrar o caminho transcendente, e iluminar-se.
Entretanto, com o endurecimento da lei do karma e com a entrada na era
descendente e seus desdobramentos, o tempo de reflexão nas dimensões
intermediárias se tornaria algo praticamente inútil, onde a alma divagaria sem nenhum
sentido. Este período poderia ser melhor aproveitado, e os líderes da nova
fraternidade arranjaram uma engenhosa solução para isso.
A frequência vibracional do plano etéreo não permitia que as almas recém
desencarnadas que ainda carregavam traços grosseiros em suas consciências lá se
manifestassem. Para solucionar este problema, o último templo de Atlântida, o templo
da esperança, fora transportado para o que no plano físico é o deserto do Saara; ao
seu redor foram construídas seis cidades, mais a cidade central comportando o
templo. A força energética que sustentava a réplica do grande sol central no topo do
templo, foi usada para criar um domo que englobava todas as sete cidades. Este
domo, protegia todo o complexo da energia vibracional restritiva, típica de todo plano
etéreo, e permitia que almas de baixa vibração pudessem manifestar neste ponto
específico da realidade etérea.
Estas sete cidades, comportam todas as dez bilhões de almas humanas,
número máximo de almas que podem se manifestar, tendo alguma ligação com o
plano físico, a cada período de tempo. São cidades de estudo onde se aprende como
superar traços indesejáveis da consciência, como dívidas kármicas e sentimentos ou
ideias limitantes. Também aprendem como manusear o poder da vontade e suas
emanações nos sete raios cósmicos, visando sempre a evolução espiritual e a
ascensão da consciência.
O templo da esperança foi transformado no templo da sentença, onde as almas
são direcionadas à qual condição material devem se dirigir em suas novas
oportunidades de encarnar no plano físico. De acordo com o karma que ainda
carregam, são encaminhadas a uma determinada família e região do mundo, onde
melhor podem exercer suas missões na busca pela evolução.
Todo o plano de auxílio já havia sido traçado, as cidades-templo e as cidades
de educação já estavam construídas, porém a era descendente ainda era um
problema. A desarmonização causada por ela, e a consequente queda vibracional do
plano físico, ameaçavam todas as três realidades e o próprio equilíbrio da alma de
Gaia. Para resolver este empasse um plano de ação fora traçado, e uma meta para a
volta da normalização delineada.
Cada raio e consequentemente, cada mestre a ele relacionado, seria
responsável por gerir uma era de 2.000 anos, onde no final das sete eras, no fim da
regência do sétimo raio, ou seja, 14.000 anos após a queda, a normalidade deveria
estar reestabelecida. Ao fim da regência de um raio, após terminado o período de
transição de 200 anos, sendo os 100 últimos de uma era e os 100 primeiros da
seguinte, o mestre que terminara sua regência seria elevado a instrutor do mundo.
Devido a sua experiência na condução da humanidade poderia melhor gerir o
processo como um todo.
Era o início da civilização, assim como o da era descendente. As dimensões
intermediárias estavam lotadas, e este era outro problema a ser resolvido. As três
primeiras eras foram um período de adaptação àquela nova realidade. Uma
adaptação longa e gradual, mas necessária para que os planos de evolução
pudessem ser colocados em prática. Foram tempos difíceis, onde a humanidade se
degradava, e os mestres tentavam de todas as formas aliviar nosso sofrimento.
XVII. As três primeiras eras.

A primeira chama trina.


A preparação para o plano de ascensão.

Durante as três primeiras eras, ou seja, por 6.000 anos, o objetivo dos mestres
regentes foi o de estabilizar a demanda por oportunidades no plano físico, despovoar
as dimensões intermediárias e amadurecer a civilização. Foi um longo período de
adaptação onde os mestres da fraternidade pouco podiam fazer para barrar o avanço
da era descendente. Eles se concentraram no objetivo de diminuir o sofrimento das
consciências encarnadas, principalmente atuando na educação e preparação
daqueles que se preparavam para a vida no plano físico.
Durante a regência destas três eras, foi feita uma aliança entre os três mestres
responsáveis pelos três primeiros raios, eles atuariam juntos tendo o mestre regente
de sua era a supremacia na ativação de seu raio. O fruto desta aliança foi a chama
trina de poder, sabedoria e amor; sua ativação era ensinada nas cidades de estudos
e os encarnados poderiam recorrer à sua força em momentos de grande sofrimento.
O poder da chama trina original ainda está vigente, e pode ser ativada por
aqueles que decretam a ação dos três primeiros raios da vontade. No tempo das eras
iniciais foi ensinado que a chama trina está no centro do coração do corpo físico, e
poderia se expandir de uma pequena fagulha a uma esfera energética maior que o
próprio corpo. Pelo poder do decreto, a sabedoria da intenção correta e pelo amor
universal a todos os seres, poderia se revelar o caminho secreto da ascensão e da
libertação da roda kármica.
As três primeiras eras, foram tempos de arrumar a bagunça do pós-queda, e
preparar a humanidade para ativação do plano de pôr fim à era descendente e iniciar
um período de ascensão coletiva. Durante as eras iniciais a ascensão era possível,
mas se resumia a indivíduos, que percebiam a falta de sentido na transitoriedade
material e buscavam um caminho transcendente pela via da interiorização.
O objetivo para as próximas eras seria criar uma sociedade onde a
transcendência e a ascensão fosse sua meta, e as pessoas deveriam ser educadas
neste caminho, para que por via de ritos de passagem e dos ensinamentos corretos
alcançassem a iluminação.
A meta era consolidar esta sociedade até a metade da quarta era, exatamente
a metade dos 14.000 anos estabelecidos para o reestabelecimento da normalidade, o
que correspondia ao ano de 3.000 ac. Tudo foi preparado para que um experimento
fosse feito, onde os mestres instruiriam almas ascensas para descer ao plano físico e
criar uma estrutura político-religiosa completamente diferente do que já tinha sido
feito.
Com o fim da terceira era, e o início da regência do raio branco da pureza, o
experimento foi iniciado. O plano estava traçado e o lugar escolhido: as férteis
margens do Nilo a eras energizadas pelos devas elementais serviria de terreno; o
próprio rio simbolizaria a energia vital que percorre o corpo físico do homem por meio
da coluna vertebral.
Vastos templos seriam construídos e uma intrincada simbologia de seres
divinos seria descrita, tudo visando palpabilizar o processo de ascensão. Deixa-lo
transcrito em ritos onde se aprenderia a usar o poder da vontade através de um
complexo método ritualístico onde a intenção correta seria ligada à ação
correspondente e ao ponto geográfico correto. Foi o maior experimento já feito visando
a ascensão coletiva da humanidade, até o advento da sétima era.

XVIII. O experimento egípcio.

O Nilo e os sete templos.


A corrupção do sacerdócio.
A revolução de Akenaton.
O fim do experimento e a decadência do Egito.

Com o início da regência do rio branco da pureza em 4.000 ac. iniciou-se o


experimento da criação de uma sociedade onde a meta fosse a ascensão da
consciência. Guiados por mestre Seraphys Bey, várias almas ascensas encarnaram
no mundo físico, mais especificamente no vale do Nilo, no Egito. Visavam preparar o
ambiente para que um novo conceito ideológico fosse aplicado: a ideia essencial da
elevação da consciência.
Por mais de dez séculos este conceito foi, muito lentamente, disseminado entre
o povo, até amadurecer e as bases da nova civilização ser preparada. O conceito de
nação daquele povo baseava-se na fusão do alto e baixo Egito, isto simbolizava a
união de dois estados de consciência: o material e o transcendente. Sua unificação
representava a união da consciência em uma só intenção: a ascensão.
O símbolo da união entre o alto e baixo Egito, no início não era o Faraó, mas
Rtá: o princípio da ordem natural que regula e coordena a operação do universo e
tudo dentro dele, aquilo que é responsável pelo funcionamento da ordem natural e
moral, em outras palavras, o Espírito imanifesto. Depois, com a distorção sacerdotal,
Rtá foi transformado no deus sol Rá, simbolização divina do rei-deus: o Faraó.
O Nilo não era apenas o rio que trazia o abastecimento vital de água para o
povo, mas representava a coluna vertebral de Gaia por onde flui o néctar essencial da
vida, a energia vital, ou prana, canalizada pelos devas. Também representava as três
realidades e três envoltórios da consciência, e a ligação dos três mundos no corpo do
homem através do fluxo da energia kundalini na coluna vertebral, e sua passagem
pelos sete portais da vontade, ou chakras, representando as emanações dos sete
raios cósmicos.
Ao longo do Nilo foram construídos sete templos, cada um dedicado a um dos
raios cósmicos. Nestes lugares eram ensinados aos devotos, a metodologia de
ativação do poder da vontade e da intenção do raio em que o templo estava
relacionado. No início este conhecimento era aberto a todos os interessados, e os
templos prosperam por todo o país, alunos chegavam de todas as partes do mundo e
a sabedoria egípcia era venerada por todos os cantos do globo.
Por fim, foram construídos os três templos da ascensão, as três pirâmides do
planalto de Gizé. Eram tentativas de recriar o grande templo da esperança da antiga
Atlântida. Serviam como santuários onde os devotos passavam pelo ritual final de sua
jornada de ascensão. Eram colocados no sarcófago da câmara do rei, e ali, ungidos
e preparados, passavam pela morte simbólica do Ego, e eram recebidos como
renascidos e ascensos para a vida etérea. Este ritual representava, a ascensão final
da consciência tridimensional e sua libertação perpétua do plano físico.
Este era o objetivo da civilização egípcia, para isto que ela foi concebida. Mas,
a pureza, que os servidores do raio branco tanto prezaram, não tocou o coração dos
homens, e o experimento logo sucumbiria. Uma vez implementado o ritual, criado um
corpo docente para instruir os iniciantes, e uma governança que abraçasse o ideal da
ascensão da consciência, as almas ascensas que trouxeram este objetivo à terra,
começaram a desencarnar e não mais voltar, deixando o controle do todo o processo
a humanidade encarnada. E não demorou para que o Ego tomasse conta de tudo.
A centralidade do culto no poder transcendente de Rtá, uma entidade
puramente abstrata, possibilitou que a figura central de adoração fosse facilmente
transferida para uma entidade mais palpável. Sem a tutela das almas ascensas, logo
a abstração de Rtá tornou-se pouco compreensível, e para facilitar a compreensão
adotou-se o disco solar como sua representação que, no entanto, não foi suficiente
para simboliza-lo, devido sua falta de palpabilidade. Assim, uma imagem fora
esculpida para sua adoração, a do homem com cabeça de falcão que carregava o
disco solar em sua caminhada no céu. Logo o próprio nome da divindade foi distorcido
e o centro da adoração passou a chamar-se Rá.
Os sacerdotes passaram a controlar a comunicação com o deus Rá, já que
apenas eles eram seus representantes legítimos na terra, logo, poderiam falar com
ele e por ele. Tais sacerdotes começaram a acumular muito poder, e a monarquia
vigente rapidamente assumiram um pacto com esta classe. O rei passaria a ser filho
de Rá, e seu governo representaria a vontade da divindade, e manteria o equilíbrio de
todo o cosmos.
Logo, o sacerdócio de todos os sete templos estava corrompido, pois o Faraó
comandava o poder político e os sacerdotes o poder religioso; a estrutura político-
religiosa se tornara uma cópia de todas as demais, e o experimento estava
praticamente perdido. Os mestres precisam respeitar a lei do livre arbítrio e da livre
experimentação e nada poderiam fazer para salvar aquilo que deveria ser a semente
da era ascendente. O objetivo de virar o jogo vibracional da humanidade até a metade
da quarta era estava perdido; a própria era chegara ao fim, e pouco avanço havia sido
concebido.
Ainda houve uma tentativa de salvar o experimento egípcio, já durante o
período de regência da quinta era. O Faraó Akenaton, havia estudado a antiga religião,
e descobriu que o antigo centro de culto não era o deus sol Rá e muito menos o Faraó.
Porém ao contrário, seria uma força transcendente que ele associou ao deus Aton,
que representava uma simbolização dos raios do sol. Foi o mais próximo que ele
conseguiu chegar da antiga força abstrata dominante Rtá.
Quando tentou reformar a religião vigente e mudar o centro do culto, sofreu
fortíssima oposição do sacerdócio, que mantinha o controle de toda a vasta estrutura
religiosa e consequentemente muito poder e prestígio ante a sociedade. Os
sacerdotes condenaram a heresia do Faraó que de forma surpreendente, rompeu os
laços com os líderes religiosos que na época se concentravam na capital do reino, a
cidade de Tebas.
Akenaton deixou a cidade e resolveu construir sua própria capital, chamada
Aketaton, ou cidade de Aton, conhecida hoje como Tel el-Amarna. Lá ele poderia
adorar sua divindade única e desafiar o sacerdócio de Tebas e a antiga religião já
decadente. Esta foi a origem do monoteísmo, e seria usada de forma muito perspicaz
para o desenvolvimento do segundo experimento, durante a era do raio verde.
Akenaton morre misteriosamente por volta de 1.335 ac e deixa o trono para seu
filho Tutankamon. Após sua morte o sacerdócio de Tebas e os antigos deuses foram
reestabelecidos, a centralidade do culto voltou ao deus sol Rá, na época associado a
outra divindade solar: Amon, e a revolução religiosa teve um fim. Mas a semente
plantada por Akenaton floresceu; os sacerdotes de Aton foram perseguidos pelos
sacerdotes de Tebas e tiveram que fugir do Egito, e então se refugiariam no deserto
do Sinai, e levariam seus ideais monoteístas a uma outra cultura.
Nesta nova terra e em meio a um outro povo, um novo experimento seria
iniciado. Era uma tentativa de prosseguir com o primeiro, mas de forma distinta, com
uma outra abordagem. O foco agora seria o próprio sacerdócio, e o objetivo era mantê-
lo imune a corrupção, que arrasou a religião egípcia. Uma outra era se iniciava, e
outros ideias seriam postos em prática, um novo tempo que se iniciava.

XIX. O Êxodo.

A Bíblia de Jerusalém assim explica as passagens entre a nona e a décima


praga que assolou o Egito descrito no livro de Êxodo:

“Os últimos versículos do capítulo 10 concluem a história das nove pragas,


que pertencem à tradição do Êxodo-fuga. A história da décima praga,
apresenta o Êxodo como expulsão. As duas concepções são irreconciliáveis
se se trata do mesmo grupo, mas uma e outra pode se justificar caso se trate
de dois grupos diferentes ou se as tradições anteriores aos textos
representavam as coisas de modo diferente. É mais difícil afirmar que a
tradição do Êxodo-fuga se referia ao grupo de Moisés e a do Êxodo-expulsão
a outro grupo semelhante, e que a dupla tradição se manifesta ainda nos
dados sobre o itinerário da saída do Egito. É claro que a dupla tradição foi
harmonizada em torno de único grupo conduzido por Moisés” (Bíblia de
Jerusalém. Pag. 116, nota b, Ex. 11,1)
Para entender este fato, é preciso compreender que os textos bíblicos como
chegaram até nós, é na verdade, uma compilação de diversas tradições orais que
foram transcritas só muito tempo após o acontecimento dos fatos. Muitas das vezes
unem diferentes tradições e tentam harmonizá-las de forma a apresentarem uma
unidade de um decorrer histórico entrelaçado e sequenciado.
O que interessa para nós é o que representa esta dupla tradição do Êxodo.
Está claro a inter-relação que a cultura israelita tem com o Egito. A história narrada na
bíblia conta a fuga do povo, guiado por Moisés, que, fugindo da perseguição do Faraó
é testemunha da abertura do mar vermelho, e por fim, conseguem fugir rumo a terra
prometida de Canaã.
Esta fuga está intimamente ligada ao que aconteceu no Egito que antecedeu a
reforma de Akenaton. Que nos direciona à primeira tentativa de reformar a religião
egípcia; aos eventos naturais que desencadearam as dez pragas descritas no livro de
Êxodo, aos dois momentos de fuga dos sacerdotes reformadores, a unificação do
culto monoteísta no monte Sinai e a primeira comunicação direta de um mestre
ascencionado com a humanidade encarnada.
Em algum momento no passado da cultura egípcia, já durante a regência da
quinta era, o culto ao deus sol Rá se dividiu, alguns sacerdotes dedicaram seu tempo
a estudar os antigos pergaminhos que descreviam o antigo ritualismo religioso.
Descobriram que originalmente a centralidade do culto não era uma divindade
específica, mas a força totalmente abstrata e transcendente Rtá.
Tal descoberta levou com que estes sacerdotes tentassem reformar o culto,
voltando o foco da adoração a seu ente original. Mas o sacerdócio de Tebas, apoiados
pela elite governante, fizeram forte oposição a esta tentativa. Por fim, os ideais dos
reformadores foram vencidos, e iniciaram a perseguição a todos que planejaram
transformar a fé tradicional.
Os trabalhadores do quinto raio já monitoravam a situação. Depois da queda,
os devas, consciências elementais que guardavam certas formas essenciais à vida e
tinham uma conexão direta com a consciência planetária de Gaia, trabalhavam junto
aos mestres servindo aos sete raios da emenação da vontade. Foram deles a ideia
de usar das forças da natureza para interferir na ação dos entes encarnados no
processo de ascensão de suas almas.
O grande vulcão da ilha de Santorini na costa da Grécia, já estava a muito
tempo além de seu ponto de tensão máxima. A pedido e por meio dos devas, foi
canalizada uma porção da energia emanada pela própria Gaia, e Santorini entrou em
erupção. Os ventos levaram as cinzas vulcânicas até o Egito, o que fez com que se
cobrisse o sol, o que desencadeou desequilíbrio ambiental que culminou nas dez
pragas descritas no livro de Êxodo.
Os sacerdotes de Tebas temeram que tal fenômeno fosse a ira do próprio deus
Rá, protegendo seus fiéis da implacável perseguição. Esta foi sessada após estes
eventos, e permitiu-se que os reformadores deixassem o país. Conforme as pragas
prosseguiam, os reformadores sentiram que o deus realmente os favorecia, e muitos
recusaram-se a partir, outros preferiram não arriscar, reuniram vários de seus
seguidores e se foram. Esta saída, dos reformadores após a erupção do Santorini,
representa a tradição do Êxodo-fuga. Esta tradição inclui a espoliação dos egípcios
descrito em Ex. 12-35,36. Aqueles que partiram levaram a riqueza que reuniram no
caminho com eles para longe do Egito, e seguiram a caminho do deserto do Sinai.
Os reformadores que ficaram fundaram a escola de mistérios de Rá-Rtá, onde
Akenaton estudaria. La ensinavam os caminhos da religião egípcia original, ensinada
pelos mestres, e falavam sobre a trascendentalidade do Espírito, verdadeiro centro do
culto religioso. Quando Akenaton se tornou Faraó e implementou sua reforma, os
professores desta escola se tornaram os sacerdotes de Aton.
Quando o Faraó Akenaton morreu e o sacerdócio de Tebas foi reestabelecido,
os sacerdotes de Aton foram brutalmente perseguidos e muitos pereceram. Porém
alguns dos perseguidores, começaram a temer por uma nova fúria do deus sol, agora
associado a Aton, como fora no passado. Estes entraram em um consenso para
abrandar a perseguição e permitir com que os simpatizantes de Aton fugissem do
país, que apressadamente se organizaram e partiram. Esta é a tradição do Êxodo-
expulsão.
Representam então, duas tradições distintas, que quando unificadas mascaram
dois momentos diferentes da fuga dos reformadores da religião egípcia do país. No
primeiro momento saíram, quase como vitoriosos, acreditando que a grande divindade
os favorecia. No segundo saíram às pressas, só não sendo mortos, pois temia-se a
fúria da divindade, que acreditava-se ter favorecido a eles no passado.
Após a apressada fuga dos simpatizantes de Aton, sob a perseguição das
tropas do novo Faraó e dos sacerdotes de Tebas, estes se refugiaram em Madiã, terra
que a bíblia diz ser lar do sogro de Moisés. Lá florescia o culto a El Shaday, o senhor
da montanha, incrivelmente um culto monoteísta, assim como era o culto a Aton.
Temendo a perseguição dos egípcios, e acreditando que o próprio deus Aton
havia se manifestado em uma terra estrangeira e dado a si um outro nome, visando
preparar aquela terra e aquele povo para receber seus seguidores quando estes
fossem injustamente perseguidos por sua crença transcendente. Substituíram o nome
de sua divindade de Aton para El Shaday.
Tendo ficado um tempo acampados em Madiã, viram que os egípcios ainda os
monitoravam, e decidiram partir em direção ao deserto do Sinai. Lá estavam
estabelecidos os antigos seguidores de Rá, que formaram uma comunidade aos pés
do monte Sinai. Esta era uma rota comum entre os viajantes daquela época, que
comercializavam entre o delta do Nilo e a mesopotâmia, o que explica ambos os
grupos terem se dirigido ao mesmo lugar.
Os antigos fugitivos também temiam as investidas do exército egípcio, e
mudaram o nome de sua divindade central de Rá, para El Elyon, o altíssimo. O
veneraram na forma de um touro, e com o ouro e metais preciosos que juntaram após
os espólios colhidos durante sua fuga construíram uma estátua para veneração. Esta
que foi destruída pelo líder ungido pela comunidade, Moisés, após a teofania, no
famoso episódio do bezerro de ouro.
Quando os dois grupos se encontraram aos pés do monte Sinai, se
socializaram e comungaram histórias, houve a teofania. Os devas, que já haviam
agido no episódio de Santorini, que guardavam as formas elementais da tempestade
e do fogo, com o aval de Gaia, canalizaram suas energias e as concentraram no topo
do monte, que se enfureceu com raios, estrondos e fogo. Êxodo 19. 18 nos diz:

“Toda a montanha do Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ela no


fogo; a sua fumaça subiu como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremia
violentamente. ”

Sob a canalização dos devas, e o olhar supervisor de Gaia, o mahachohan da


quinta era manifestou-se em voz, foi a primeira vez que um mestre ascencionado
comunicava-se diretamente com a humanidade encarnada, o que abriu possibilidades
completamente novas para a ação da fraternidade para com seus protegidos. Sua
voz, estrondosa e assustadora como mil trombetas, pronunciou a magnífica frase “Eu
Sou Aquele que é”. Que se tornou o símbolo máximo da sacralidade da divina
presença Eu Sou.
Após a poderosa teofania, os grupos se unificaram e resolveram ungir um líder
para ambos, o antigo sacerdote de Aton: Moisés. A ligação de Moisés a um deus
egípcio foi obviamente omitida pelos escribas israelitas que transcreveram esta
história muitos séculos depois dos eventos, mas tal ligação se torna obvia quando
olhamos a etimologia de seu nome, que significa apenas ‘filho de’, deixando claro que
o nome da divindade no qual seu nome foi homenageado fora omitido com o decorrer
do tempo.
Eles então partiram rumo à planície de Canaã. Lá encontraram um cenário ao
mesmo tempo desolador e promissor. As cidades cananeias estavam destruídas, uma
grande revolução política, social e religiosa havia ocorrido, a monarquia local deposta,
os sacerdotes expulsos, os ídolos destruídos, e o povo havia perdido a liderança e a
fé. Este cenário está descrito, nos livros de Josué e Juízes, como nas conquistas de
Ai e Jericó, e nas histórias dos vários juízes e das diferentes tribos, que são
forçosamente postas em sequência pelos escribas posteriores, provavelmente do
período posterior ao exílio babilônico que ocorreu em 587 ac.
Com a população local em busca de uma nova fé, a conversão foi em muito
facilitada e um novo culto foi organizado reverenciando a divina presença Eu Sou.
Concebida na forma de um Deus sem rosto, que não permitia ser representado por
imagens, significando a pura abstração do Espírito. Seu nome fora codificado na forma
do impronunciável tetragrama YHWH. Era o nascimento da religião de Israel, e o início
do segundo experimento para a ascensão da consciência.

XX. Israel e a quinta era.

Simbologia israelita.
O templo de Salomão.
Os profetas e a corrupção da religião de Israel.

Vários símbolos da religião de Israel estão conectados aos raios da vontade, a


conexão dos opostos, e a chama da cura. Por liderarem a fraternidade durante a
quinta era, os trabalhadores do quinto raio, deixaram simbolizações, que funcionavam
como guias ou mapas norteando certas ações e de como agir para se conectar às
emanações da vontade de maneira correta.
A estrela de Davi, triângulos opostos que se encaixam, é o símbolo do equilíbrio
que leva à cura. A ação lógica e racional deve equilibrar-se ao princípio intuitivo, para
que juntos, direcione a vontade a seu objetivo. Não se pode alcançar algo sem
equilíbrio, pois, excesso de racionalidade gera dúvida e ceticismo e excesso de poder
intuitivo gera fanatismo. Ambos distanciam a força criadora de sua concretização pela
vontade e impossibilita o objetivo. Só em equilíbrio pode-se alcançar um desejo.
A menorá, o candelabro de sete chamas, representa as sete emanações da
vontade. Sua concepção em ouro puro, e sua localização dentro do templo, simboliza
como a vontade deve ser usada, como princípio áureo na concretização de um desejo,
e como força que ilumina e norteia a ascensão da consciência. A chama central, é a
força que guia uma determinada era, e está localizada no centro, pois é o que deve
ser mais profundamente trabalhado pelos buscadores da evolução.
No entanto, o simbolismo mais profundo estava na estrutura do templo
construído pelo rei Salomão. É dito nos textos bíblicos que o templo tinha uma área
externa, de acesso permitido a todos os fiéis, onde localizava-se a pia de bronze e o
altar das oblações. A porta era guardada pelas colunas de Joaquim e Boaz. Na parte
interna ficava o lugar santo, que comportava a menorá, a mesa dos pães e o altar dos
incensos, as paredes eram adornadas por querubins e palmeiras e revestidas de ouro.
Separado por um grande manto azul ficava o santo dos santos, ou lugar santíssimo,
onde repousava a arca da aliança, guardada por dois grandes querubins revestidos
de ouro que entrecruzavam as asas no centro.
A área externa representava o ponto de partida no caminho de ascensão da
consciência, onde muitos transitam, mas poucos ousam ir além. A pia e o altar das
oblações significavam o segundo passo; para seguir na via da evolução, é necessário
limpar-se de toda a sujeira que trazemos de nosso passado, e certos sacrifícios devem
ser feitos, o antigo ser deve ser deixado para traz, queimado no fogo sacrificial, para
que um novo ser possa nascer.
A pia também representava o ritual das águas lustrais, ela era adornada por
doze touros de bronze. O ritual das águas lustrais servia para purificar alguém após
ter tocado em um cadáver, e para purificar uma casa onde se havia velado um morto.
Se resumia em sacrificar uma novilha vermelha, queimar sua carne e ossos, pegar
suas cinzas misturar com água e espirra-la na pessoa a ser purificada e também na
casa.
Sua finalidade era a de retirar de um local ou de uma pessoa a contaminação
da morte, pois servia como um rito de revitalização, para que os sentimentos de luto
fossem amenizados. Nas portas do templo, o banho nessas águas visava uma
limpeza espiritual, a purificação do luto ao Ser que estava morrendo no fogo sacrificial.
Nada poderia restar a não ser o desejo da ascensão.
A porta do templo era guardada por duas colunas, nomeadas como Joaquim e
Boaz; serviam como guardiões do lugar santo, onde só poderiam adentrar os iniciados
na doutrina da ascensão. O lugar santo era repleto de símbolos; os querubins na parte
inferior das paredes eram também guardiões, feras com corpo de leão e asas de
águia, que guardavam os segredos da ascensão e expulsavam aqueles que eram
dominados pelo medo. As palmeiras na parte superior, era como o paraíso, a
recompensa para quem enfrentasse seus medos e os vencesse. Um oásis merecido
em meio ao deserto do sofrimento da desconexão com a consciência.
A mesa dos pães era o alimento daquele que trilhava o caminho, um
revitalizante que dava as forças necessárias para a árdua caminhada. A menorá
representava os sete raios da emanação da vontade, principio áureo daquele que visa
a ascensão e deseja verdadeiramente, como meta essencial, a evolução. O altar dos
incensos ficava em frente a porta que levava ao santo dos santos, e dava a doce
fragrância a quem chegava às portas de contemplar sua real consciência.
O santo dos santos, representava o lugar onde residia a consciência. A cortina
que o separava do lugar santo, significava a ilusão que nos separa do nosso
verdadeiro ser. A arca da aliança, a casa da consciência, era guardada por dois
enormes querubins de ouro. Os últimos guardiões a serem vencidos por quem
almejava a ascensão. Era um lugar restrito, onde somente quem já tivesse passado
por todos os ritos, recebido todos os ensinamentos e aprovado em todos os testes
poderia acessar.
A arca da aliança, simbolizava a glândula pineal, residência da alma. Onde
repousa, adormecido pelos véus da ilusão, o Ser eterno e consciente. Dentro da arca
estavam as tábuas da lei, concebidas por Moisés no monte Sinai; acreditava-se ter
sido escrita pela própria vontade do Espírito, significando a consciência, que reside
na glândula pineal no centro do cérebro. Era o caminho final da ascensão, a libertação
da consciência da ilusão, a reconexão do ser com a via transcendente. Era o sinal de
que o ser estava livre de suas dívidas kármicas, livre dos ciclos de nascimento e morte
e estava apto para manifestar-se no plano etéreo e para servir junto aos mestres nos
raios da emanação da vontade.
Mas, com o tempo, o caminho da ascensão ficou cada vez mais restrito, e logo
formou-se uma elite intelectual que dominava e guardava apenas para si os
conhecimentos da via evolutiva. Logo eles se tornaram os sacerdotes do templo, os
levitas, seus ensinamentos se espalharam por todo Israel, e sua interpretação das
escrituras se tornou a oficial. Compilaram as primeiras versões escritas do pentateuco,
criaram o sistema de dízimos, teceram hierarquias dentro de sua própria estrutura e
elegeram um sumo sacerdote, agora só ele poderia adentrar no santo dos santos. Em
pouco tempo, toda a estrutura ritual estava corrompida.
O caminho evolutivo estava se perdendo nos mistérios sacerdotais, mas o
mahachohan da quinta era que já havia se comunicado diretamente com o povo no
monte Sinai, juntamente com seus auxiliadores, encontrou uma maneira de se fazer
ouvido novamente, sem interferir no livre arbítrio e na livre experimentação dos seres.
Ele chamou profetas.
Era a inauguração da comunicação mediúnica de almas ascensas com seus
discípulos. Até então, a comunicação mediúnica, havia ficado restrita as entidades
curadoras que escolhiam alunos para passar seus ensinamentos. Os curandeiros
poderiam entrar em transe, ou em samadhi meditativo, para poder receber receitas
medicinais ou conselhos espirituais. Mas agora, as almas ascensas, estavam
chamando todo o povo a arrependerem-se da corrupção sacerdotal e voltarem-se ao
caminho da ascensão.
Esta comunicação profética, perdurou por muito tempo em todo Israel, sempre
alertando o povo de seus erros, chamando ao arrependimento, e alarmando sobre
catástrofes eminentes. Alertaram sobre os exílios, primeiramente do Reino do Norte e
depois de Judá; guiaram o povo nas tentativas de reforma religiosa, primeiro com
Josias, depois durante o exílio babilônico e por fim durante a reconstrução do templo.
Estiveram presentes na ascensão, queda e reconstrução da estrutura político-
religiosa israelita, até sessarem suas manifestações no período da revolta dos
macabeus. A revolta do povo, e a consequente expulsão dos selêucidas do Reino de
Judá, parecia ser o início da reconstrução de um povo livre que poderia venerar sua
divindade sem interferências estrangeiras. Mas o que de fato aconteceu, foi o início
de um tempo de terror, onde todos aqueles que, ante a ameaça da morte, colaboraram
de alguma forma com os estrangeiros, e eram agora mortos por seus irmãos.
A perseguição dos macabeus e a conversão forçada, levou a uma guerra civil,
e levaram aos próprios israelitas pedirem a intervenção dos romanos, visando pôr fim
em seus conflitos. A ocupação romana, significaria a queda de Judá, e a expulsão do
povo de sua terra, no episódio que ficou conhecido como a diáspora. A quinta era
estava por terminar, mas aquele que lideraria a humanidade durante a sexta era,
traçara um plano, ele mudaria toda história, seu sacrifício se tornaria o momento mais
dramático de todos os tempos, e seu exemplo enfim colocaria um fim na tenebrosa
era descendente.

XXI. A sexta era.

O plano de Sananda.
Jesus, o cordeiro de Deus.
O auge da era descendente.
O início da ascensão.

Quando o experimento Israelita caiu em decadência, começou a se pensar qual


seria o próximo passo dos mestres na tentativa de auxiliar a humanidade encarnada.
Os trabalhadores do quinto raio chamaram os líderes do raio rubi dourado, que deveria
assumir a regência da próxima era, para traçar um plano.
O canal de comunicação direta entre um mestre ascencionado e a humanidade
encarnada fora aberto, primeiro na teofania do monte Sinai, depois na comunicação
profética. Mas os trabalhadores do sexto raio, queriam levar esta comunicação a um
patamar muito mais avançado. Mestre Sananda, planejava ele mesmo descer ao
plano físico, experimentar a vida encarnada, e passar diretamente ao povo os
ensinamentos da via transcendente.
A era da devoção, deveria pôr um ponto final na era descendente. Porém esta,
ainda se acentuaria, e era objetivo de mestre Sananda ser um guia para todos aqueles
que teriam a terrível missão de passar pelo período de auge da decadência humana.
Ele buscava ser uma luz, uma tocha que iluminaria os caminhos, e aliviaria o
sofrimento dos homens. Em outras palavras, o cordeiro de Deus que tiraria os pecados
do mundo.
No primeiro ano da era de regência do sexto raio, o ano 1 da era cristã, Sananda
encarnou na cidade de Belém, na província romana da Judeia, com o nome de
Yeshua, conhecido posteriormente como Jesus, o Cristo. Após sua encarnação a
comunicação profética foi reestabelecida, e vários profetas chamados a pronunciar
seus dizeres.
João Batista foi o maior deles, tendo vivido em Israel em eras passadas, sob o
nome de Elias; foi o grande predecessor de Jesus e preparou o povo para seus
ensinamentos. Várias almas ascensas encarnaram juntamente com Sananda para
auxiliá-lo em sua missão. Muitas das lideranças dos sete raios cósmicos deixaram o
plano etéreo e foram momentaneamente substituídos por seus hierarcas imediatos,
até que retornassem.
Quando Sananda traçou seu plano, seu objetivo era dar continuidade ao
experimento israelita. Buscava apenas reformá-lo, eliminando a corrupção que
arruinara o sacerdócio e retomando o foco de adoração nos pontos sagrados do amor
incondicional e da ascensão da consciência. O foco de seus ensinamentos no amor,
na não-violência e combate a todo tipo de discriminação, fez com que sua vida como
Jesus fosse reconhecida como a encarnação crística, ou seja, o maior exemplo de um
ser encarnado que comungou com a consciência crística do amor universal.
No entanto, o povo israelita tinha a escolha de ouvir os ensinamentos de Jesus
ou recusa-los. Se aceitassem, a religião seria reformada, o ritualismo do templo seria
restaurado em sua originalidade, e o povo prosperaria novamente. Se recusassem, o
templo seria destruído, o povo perseguido e expulso da terra, a própria terra sofreria
com uma ampla devastação.
Mas o povo, embebido em orgulho e dogmatismos, recusou aqueles
ensinamentos, e em vez de ouvir os conselhos daquele santo homem, resolveram
matá-lo. Antes de descer ao plano físico, Sananda sabia que seus dizeres seriam
polêmicos, e que haveria uma boa chance de o pior acontecer, por isso planejou, que
caso o sangue de seu corpo físico manchasse a terra, deveria lavar os pecados de
todos aqueles que, no futuro, ouvissem suas palavras.
Quando Jesus foi preso, todos no plano etéreo sabiam que ele seria executado.
Todos os trabalhadores, de todos os sete raios da emanação da vontade, entraram
em meditação profunda, para que em estado de samadhi, elevassem suas vibrações
para dar forças para que Jesus suportasse a dor física da execução e para que suas
intenções de purgar os pecados dos homens pela morte na cruz fossem alcançadas.
A emanação da vontade de Sananda, juntamente com as almas ascensas que
para o auxiliarem encarnaram, e das vibrações conjuntas de todo o plano etéreo, fez
com que o momento da crucificação reunisse o maior montante de energia criadora
da vontade que a consciência de Gaia já presenciou. Comovida por ver tanta força
reunida de uma só vez, e por ver um filho tão amado morto e torturado, a alma de
Gaia se contorceu, e fez com que uma grande tempestade e poderosos tremores de
terra varressem todo Israel. Ao sentir o poder de toda essa energia, Jesus contemplou
toda aquela força, e pronunciou sua última frase: “Está consumado. ”
Se a energia reunida em prol do cumprimento da missão de Jesus, e o amor
de Gaia por seu filho foi tão grande, que todas as leis da vida foram quebradas e Jesus
levantou dos mortos com seu corpo físico intacto; ou se a ressurreição foi uma história
posterior criada pela dogmatização de seus ensinamentos, talvez jamais saberemos.
Certos segredos permanecem guardados, e certos mitos permanecem sempre vivos
para vivificar os arquétipos que repousam em nossa mente tridimensional.
O fato é que a missão fora cumprida, um mestre ascenso, o mahachoran da
sexta era, veio ao nosso plano, deixou ensinamentos, foi morto e seu sangue lavou
os pecados dos que nele creram, e o poder desta fé colocaria fim na tenebrosa era
descendente. Mas antes, a superstição, a guerra, a doença e a morte se disseminaram
de uma forma nunca vista. A terra manchada pelo sangue de Jesus, não suportou
tamanha culpa, e amaldiçoou-se por muitas eras. Até hoje conflitos e guerras assolam
Israel, e a perseguição por muito tempo devastou o povo judeu. A sétima era trouxe
uma promessa de alívio para aquela terra e para este povo, pois todo o mal deve ser
limpo e todo o pecado, perdoado.
A energia reunida na crucificação, e a comoção de Gaia, abalou a realidade
física por um longo tempo. A tensão dissipada na terra por aquele ato, fez todo o globo
vibrar, e a energia foi dissipada na forma de uma terrível erupção vulcânica, a
explosão da ilha de Krakatoa em 535 dc. A erupção cobriu toda a Europa, oriente
médio e partes da Ásia por 18 meses, o sol perdeu seu brilho, a temperatura caiu, em
média, mais de 3 graus célsius, iniciando uma década de intenso inverno e de perda
de plantações que geraram grande fome. Aliado pelas invasões bárbaras e pelo saque
de Roma em 476 dc. tais eventos levaria todo o império romano ocidental a dissolver-
se, toda a Europa, e depois todo o planeta cairia na idade média, apelidada de era
das trevas.
A idade média foi o auge da era descendente, a fome, as doenças e as guerras
dizimavam a população. A superstição e o dogmatismo, dominavam por completo a
religião. O cristianismo, religião que nasceu dos ensinamentos do próprio Jesus, que
deveria ser uma luz de alento ao povo, parecia ser um mal sem fim, que mergulhava
a todos em terrível escuridão.
Mas só se pode ver as coisas assim se olharmos de forma descuidada. A
religião nascida dos ensinamentos de Jesus, apesar de estar afundada nos dogmas,
serviu como um farol para os fiéis. O sofrimento de seus seguidores foi em muito
aliviado, pelo simples fato de terem um exemplo de vida a se seguir, uma metodologia
da forma correta de se agir consigo e com o próximo. A ideia do amor permaneceu
viva, em um mundo de escuridão e morte; o amor universal era uma promessa
presente no dia a dia de todos, mesmo que se cumprisse apenas no pós-morte.
O cristianismo era um farol, uma luz de esperança, para uma humanidade
afogada em sofrimento. Mas todo o mal tem um fim, e a superstição do dogmatismo
cristão, curiosamente, abriu as portas para o resgate das ideias da antiguidade. O
renascimento foi um movimento que buscava resgatar que de melhor fora perdido da
cultura greco-romana, sem perder o ideal do amor cristão. A filosofia antiga seria
somada aos conceitos da igreja cristã, para criar uma nova cultura.
Era o resgate do ideal científico, de investigação empírica e do estudo da
natureza. Um novo paradigma social, que levou a humanidade a superar os limites
territoriais, explorar novas terras, e é bem verdade, cometer inúmeros erros neste
processo. A retomada do comércio na Europa, levou com que as antigas rotas
comerciais fossem novamente utilizadas, novas rotas abertas, as vias marítimas
passaram a ser usadas, e a busca pelas especiarias da Índia levaria o homem à
América.
Nas terras das américas e da Oceania habitavam os últimos seguidores da
religião natural, quando os europeus chegaram, e tentaram cristianiza-los, a
dominação cultural e a busca por novos mercados, dizimaram as populações nativas.
Só hoje, com o advento da sétima era, que estas culturas estão sendo vistas com a
devida importância que merecem. As medicinas e a sabedoria que tais culturas
guardam, estão na vanguarda das novas vias de ascensão para a Nova Era, e guiam
o novo homem para a reconexão com a alma transcendental de nossa mãe Gaia.
Desta forma, o dialogo de diferentes culturas, impulsionados pela expansão
comercial, fez com que barreiras enormes, há muito erguidas, começassem a cair por
todo o globo. A antiga cultura estremecia, e uma nova ordem econômica despertava.
A estruturação político-religiosa tornou-se ultrapassada não servindo mais para um
mundo que se unificava no ideal do comércio e do livre mercado.
Esta mudança estrutural, abriu uma janela, para que os mestres e seus
auxiliadores tentassem embutir novos ideais transcendentes na humanidade. Para tal,
um novo ambiente político deveria prosperar, um ambiente de comunhão entre os
povos, onde todos caminhassem em uma mesma direção e tivessem um mesmo
objetivo. O comércio foi o ideal escolhido, e uma estrutura política que facilitasse sua
concretização deveria ser implementada. Foi a origem da era da sociologia, onde os
pensadores sociais buscavam quebrar o poder acumulado pela nobreza, e a liberdade
individual era o ideal a ser alcançado.

XXII. Experimentos para a ascensão.

O liberalismo
O socialismo
A democracia

Quando os mestres e seus auxiliadores, traçaram seus planos para acelerarem


nossa ascensão, eles sabiam que encontrariam resistência. Desde a queda, e da
origem da civilização, criou-se uma elite, que sempre comandou a ideologia política e
religiosa que o povo deveria seguir; esta lógica ainda pode ser observada nos tempos
atuais. Trabalhar com os conhecimentos desenvolvidos durante a era da sociologia, e
de suas grandes narrativas, dialoga diretamente com a economia política vigente no
nosso tempo.
A distorção das emanações da vontade e de suas potencialidades, geram
sentimentos das mais terríveis propriedades como ganância, ódio, fanatismo e
intolerância. Em todas as eras sempre existem aqueles que se prendem ao passado
e não aceitam as transformações que os ventos da mudança sempre trazem.
Trabalham cegamente para proteger ideias, cujo, seu tempo já passou e sua
concretização já não é mais possível. Temos que deixar preconceitos políticos de lado
e olhar as ideias como elas são, todas elas serviram a um propósito e todas tiveram
seu porquê de existirem.
Quando a era descendente terminou e a humanidade começou a resgatar os
conhecimentos do passado e a derrubar as barreiras territoriais, havia uma poderosa
herança dos tempos de decadência, que teimava em arrastar os homens às velhas
práticas do passado. A monarquia, existia desde o início da civilização, e ainda regia
as forças políticas dominantes. O primeiro passo em direção à uma transformação
social era mudar o eixo do poder dominante.
Toda mudança de poder gera certa violência, e era isto que os mestres queriam
evitar quando inspiraram as ideias liberais. Todo conhecimento que surge na
humanidade encarnada, já existe no plano etéreo, seu aparecimento no plano físico
se dá por via da inspiração daqueles que possuem a sensibilidade adequada para
traduzi-los e organiza-los de forma compreensível para os demais.
O liberalismo buscava distribuir o poder do governante maior, para que
ninguém exercesse poder absoluto sobre o todo social. Certas liberdades
fundamentais deveriam ser dadas a todos os cidadãos, de forma que o Estado não o
oprimisse no que tangia a questões pessoais, como opinião, religiosidade, e livre
expressão de sua individualidade.
O poder deveria ser dividido em diferentes domínios, um delimitando e
fiscalizando as ações do outro, de forma que nenhum poder exercesse controle sobre
os demais. Tais medidas visavam o enfraquecimento do poder absoluto, tendo em
vista garantir a liberdade individual de todos os que vivessem sob as diretrizes de um
conjunto de leis previamente estabelecido.
O objetivo destas mudanças graduais, era evitar processos sangrentos, como
o que aconteceu nos processos revolucionários que levaram à queda de certas
monarquias. Em alguns casos houve algum sucesso, em outros nem tanto. Mas o fato
é que o poder das monarquias foi minado, as últimas barreiras para o livre comércio
foram, enfim, rompidas, e o mundo se unificou em um ideal único, de enriquecimento
e de expansão tecnológica. Foi a era da revolução industrial.
O advento da indústria e o aumento da produção de bens de consumo, levou a
um rápido aumento da riqueza e da acumulação de capital. Rapidamente uma seletiva
elite se formava e novamente o poder se aglutinava na mão de alguns poucos. Apenas
mudar o eixo do poder de mãos sem trazer certa equidade, não fazia muita diferença
no olhar macro da estrutura humana. Um achatamento da pirâmide social era
esperado, por isto uma nova vertente político-social foi proposta.
A ampliação do comércio serviu para derrubar as barreiras territoriais que a
eras separavam a humanidade, e nos unificou em torno de um ideal único. O próximo
passo era a planificação social, ou no mínimo diminuir o imenso abismo entre o topo
e as bases da pirâmide social. A solução foi instruir os trabalhadores a cobrarem por
maiores benefícios e por ações propositivas da parte das autoridades estatais.
O socialismo surge como um movimento trabalhista, que visava a conquista de
direitos e melhoria das condições de trabalho nas indústrias fabris. Vários foram os
fatores que levaram estes trabalhadores a tomarem certas ações violentas, e diversos
foram os caminhos até que se adotasse a busca pela queda da burguesia e o conceito
de revolução do proletariado. O estudante que se interessar por estes assuntos,
achará melhor suporte na vasta literatura disponível sobre o tema, não é nosso
objetivo nos alongar nestes pormenores.
O fato é que a busca pela expansão dos direitos dos menos favorecidos se
tornou uma demanda legítima, e neste ponto, a ideologia social cumpriu seu papel.
Um novo sistema deveria ser proposto, que mesclasse o ideal unificado da compra e
venda de produtos, a evolução tecnológica e a planificação social e extinção da
miséria.
Surgia então o Estado de direito e a democracia liberal, uma elaboração social
onde leis individuais e coletivas eram asseguradas por uma constituição seguida por
todos. Líderes seriam eleitos, de tempos em tempos, por uma votação onde todos
poderiam participar. A democracia moderna, foi a forma de governo que melhor
respondeu as mais diferentes demandas dos mais diversos nichos sociais, que a
humanidade pôde conceber.
Conforme o mundo caminhava para o final da sexta era, muitos foram os
desafios que se impuseram. Um período transicional sempre gera dificuldades, mas
algo diferente estava sendo preparado para a sétima era. Um movimento até então
nunca visto, que faria os últimos 100 anos da sexta era os mais intensos já vistos pelo
homem.
Duas guerras mundiais foram travadas, líderes dos mais controversos
surgiram, nações inteiras ascenderam e caíram. Mas para nós o mais importante, foi
o movimento surgido no seio da contracultura, que pregava uma nova era de ouro e
ascensão. Era o chamado de mestre Saint Germain a seus trabalhadores para
anunciar um período de bem-aventurança e a ascensão de um novo homem e de uma
nova realidade. Eram os primeiros anúncios da grande transformação que está por
vir.
XXIII. A sétima era.

Saint Germain.
A ousadia
A ascensão.

A era do raio violeta da ascensão é a última das sete eras do período pós
queda. No plano original dos mestres, ao término da sétima era todo o dano causado
pela queda deverá estar ressignificado e suas consequências sessadas. Porém, todas
as metas iniciais atrasaram em muito e o fim da era descendente que deveria ter
acontecido na metade da quarta era, ocorreu apenas nos últimos séculos da sexta
era; foi um atraso de 4.500 anos.
Devido a isto, a era ascendente deveria ser acelerada. A atitude do mestre
regente da sétima era teria que aumentar de forma significante a velocidade da
ascensão humana. Os líderes da grande fraternidade estavam prontos para
abandonar a meta, mas Saint Germain aceitou o desafio: evoluir três eras e meia em
apenas uma.
Para que isto fosse possível uma imensa operação foi montada, todos os três
reinos da consciência deveriam ser mobilizados para esta tarefa. Mesmo as regências
dos raios da emanação da vontade passaram por alterações. O segundo raio dourado
da sabedoria divina passou a ser regido por mestre Lanto, que foi aprendiz de mestre
Confúcio. Para o terceiro raio rosa do amor incondicional a liderança foi entregue a
mestra Rowena, sua grande empatia e sua potencialidade intuitiva melhor dialogava
com as novas necessidades que se apresentavam. Mestre Sananda foi promovido a
instrutor do mundo, e deixou a regência do raio rubi dourado; mestra Nada ocupou
seu lugar, derramando o poder da devoção e espalhando os ensinamentos crísticos a
todos os encarnados.
Para que as novas metas fossem alcançadas, a frequência vibracional do
mundo físico deveria ser elevada, para que sua distância em relação ao coeficiente
vibracional de manifestação do nível etéreo diminuísse. Deste modo, a ascensão de
consciência de um nível para o outro seria facilitada, assim como era antes da queda.
Objetivando viabilizar este plano, algo deveria ser feito para elevar a
humanidade como um todo. O karma sempre foi o principal responsável por grande
parte dos males que acarretam os homens. Uma vez que as heranças de ações
passadas atreladas à memória da consciência, e também herdadas pela memória
genética ancestral, vendam os olhos da consciência e a prendem nas armadilhas da
ilusão.
Quando a alma se vê associada de forma irreversível ao corpo e esquece sua
origem transcendente, todas as ações feitas no mundo físico marcam esta alma,
aumentando ainda mais os véus que a prendem a realidade ilusória. O efeito bola de
neve causado por este acúmulo de karmas mergulha a consciência na escuridão da
matéria e a cada diferente encarnação, onde estes males se amontoam, torna-se mais
difícil que esta alma desperte de seu sofrimento.
A herança kármica está gravada profundamente no DNA do corpo físico
elemental e nos registros memoriais eternos que acompanham a consciência. A
grande audácia de Saint Germain foi gerar um chamado à ascensão, e mudar o DNA
daqueles que o recebiam. Através da força de transmutação canalizada pela chama
violeta, uma pequena mudança genética é causada naquele que recebe o chamado à
transcendência. De forma que a força dos karmas carregados por tal consciência, se
enfraqueça, fazendo com que o poder da ascensão se fortaleça e tome seu lugar,
libertando a consciência de sua prisão. A libertação é gradual e a vontade daquele
que busca a evolução, fundamental para que ela se concretize.
Mestre Saint Germain também pediu voluntários entre os trabalhadores de
todos os raios da emanação da vontade, para que viessem a encarnar no plano físico,
buscando cada um vibrar na sua chama da vontade e no amor, auxiliando no processo
da elevação da vibração desta realidade. Estabeleceu canais, pontes entre o plano
físico e o etéreo, para levar mensagens dos mestres ascensionados e de seus
auxiliadores, visando guiar e iluminar os caminhos dos buscadores da ascensão.
A era violeta será a era da mudança, onde os erros acumulados durante o longo
período descendente serão transmutados, e os karmas herdados enfraquecidos,
buscando a ascensão e libertação de toda alma encarnada. A promessa dos mestres
para o fim da sétima era são de tempos áureos, onde a civilização trabalhará unificada
nos três planos da realidade, visando a evolução de todos os seres no caminho de
retorno à Fonte. Os três reinos da consciência trabalharão juntos e as almas ascensas
caminharão pelos três planos guiando e orientando todos que a eles recorrerem.
XXIV. A era de ouro.

A reorganização da religião natural.


A civilização e os mestres.
O plano original da evolução.

O objetivo para a Nova Era é o de pôr fim aos dogmatismos e aos regimes
políticos, ideológicos e sociais que separam a humanidade em grupos antagônicos.
Os dogmas são apenas ritualismos que visam facilitar a comunicação dos entes
físicos com entidades sobrenaturais, porém, rapidamente se transformam em um
conhecimento hermético, designado apenas à alguns.
Mesmo quando são de conhecimento geral, se distorcem em superstições, pois
quase sempre são práticas baseadas em crenças distantes da verdade
transcendente. Se fundamentam em interpretações de certas passagens, ou fatos,
quase sempre distorcidos, que fazem com que ensinamentos com base na sabedoria
cósmica se transforme em fanatismos ou em práticas que não dialogam com o ideal
de evolução da consciência.
A nova religião se baseará na conexão do homem com a espiritualidade natural,
ou alma de Gaia. Usando o conhecimento empírico acumulado durante as últimas
eras, unirá o ideal científico com o propósito transcendente, para criar uma ciência
espiritual unificando o que ainda são polos opostos. A física quântica já trabalha com
estes princípios, e logo, todo o conhecimento acadêmico fluirá nesta vertente.
A política passará de um palco de disputas de poder, para um campo de
discussão de ideias, visando não a manutenção ou mudança do eixo de dominação,
mas o benefício do todo. Tal utopia só se tornará viável quando o ideal de
pertencimento das partes se unirem no seio do coração de Gaia, e os entes humanos
se verem iguais e filhos de uma mesma mãe e pertencentes a um único Espírito
transcendente.
Não há sentido na exploração do outro, quando a própria noção de outro se
dissolver na presença unificadora do Espírito eterno. Quando a força da presença
transcendente despertar nos homens, o princípio competitivo será abandonado, e um
irresistível impulso coletivo despertado em seu lugar. Será a inversão da ação
mediadora do Ego, que deixará de centrar-se em si, para focar na experimentação do
mundo pelo Espírito, e na realidade irrefutável da unidade no todo.
O modelo civilizacional refletirá o plano etéreo, onde o objetivo das
organizações humanas deixará de ser a produção e acúmulo de riquezas, e passará
a ser o estudo e ações visando a ascensão da consciência. As estruturas físicas, de
engenharia e logística, deverão garantir o conforto aos estudantes, e a indústria
obviamente não se extinguirá, apenas o objetivo final do conjunto social mudará. Um
complexo estrutural sempre será necessário no plano físico, apenas a finalidade das
práticas sociais que se transformarão.
Desta forma, toda a civilização será gerida pelo ideal transcendente, e a ação
do todo social será norteado pelas orientações dos mestres ascensionados e de seus
auxiliadores, guiado pelo poder da emanação da vontade e de suas sagradas chamas.
Assim, os três planos da realidade serão realinhados, com o plano causal na gestão
e tradução da vontade transcendente do Espírito e o plano físico sendo mediado pela
ação das almas ascensas no plano etéreo.
Com as realidades realinhadas e os três reinos da consciência trabalhando
juntos pelo ideal da ascensão da consciência, o plano original da criação será
reestabelecido. As consciências experimentativas cumprirão seu papel sem se
perderem nas espessas paredes ilusórias que mantém a baixa frequência vibracional
do plano físico. Com o auxílio das almas ascensas, conseguirão romper os véus da
ilusão e se reconectar à alma de Gaia, trabalhar com o poder da vontade, e trilhar o
caminho evolutivo sem serem cegados pelas dívidas kármicas e suas imposições.
A era de ouro significará o fim do sofrimento para todos aqueles que dele buscar
se livrar. Sempre haverá a liberdade de se recusar o auxílio dos mestres e de viver
uma existência entregue aos instintos e à ação mediadora de um Ego desequilibrado.
Mas esta vivência será uma escolha daquela alma, e não uma sentença imposta a
todos que experimentam o plano físico.
A lei do karma, invocada para evitar a conspiração que visava a tomada de
Atlântida, será revogada. A mudança genética gerada pelo poder de transmutação da
chama violeta, já é o início dessa revogação, aqueles que aceitam o chamado para a
transcendência já não carregam mais a imposição kármica gerada pela queda. Estes
são os primeiros filhos da Nova Era.
Entretanto, o processo de transição será longo e gradual. Sequer entramos na
regência plena do poder de transmutação da chama violeta, sua força alcançará o
auge apenas após o ano de 2.100. No entanto, há muito o que podemos fazer para
auxiliar mestre Saint Germain e os demais mestres no processo de elevação
vibracional do nosso mundo. O chamado está aberto a todos, o poder de transmutação
disponível para aquele que aceitar sua força.
Todos os que estão encarnados durante esta era de transição tem um papel a
cumprir neste plano. Nenhuma ação dos mestres é impensada, nenhuma
oportunidade é dada para quem não está preparado. Nunca houve um momento mais
propício para o despertar desde que a humanidade entrou em decadência após a
queda. Atender ao chamado é a missão essencial daqueles que buscam a evolução
e as portas estão abertas para a ascensão de todos que a buscam com verdadeira
determinação.

XXV. O chamado para a Nova Era.

Atendendo ao chamado.
Como elevar a vibração do mundo.
A presença Eu Sou.

Os mestres nos chamam à ascensão, e para que esta mudança em nosso Ser
aconteça, basta que atendamos a este convite, utilizando-se do poder de
transmutação da chama violeta que está disponível a todos. O grande segredo é
sempre o poder criador da vontade, o chamado é a via da transmutação. Para atende-
lo basta que queiramos evoluir.
O desejo de pôr fim na transitoriedade da vida cotidiana, e de compreender a
natureza do real leva a consciência a olhar para si, sua origem, a imutável e eterna
potência do Espírito. O caminho de regressão da consciência para a Fonte, mesmo
que teórico, desvenda a trilha da evolução. A chave da via da ascensão é o desejo de
ascender.
O poder da vontade alinhado a busca da consciência em compreender sua
essência, inverte o fluxo energético, que sempre é voltado para a experimentação do
externo, para a análise da potencialidade transcendente interior. Com o auxílio dos
mestres e dos raios da emanação da vontade, surge o poder transformador da
consciência, que induz a mente a obedecer ao desejo da ascensão.
O poder transmutador da chama violeta auxilia na quebra da grande jaula
kármica, a consciência se liberta de sua prisão e está livre para, mesmo encarnada,
receber os conselhos e ensinamentos das almas ascensas e aprender sobre como
trabalhar o poder criador da vontade.
Quando a alma que se liberta das dívidas kármicas e consegue trabalhar o
poder da vontade, eleva sua própria vibração, eliminando sentimentos ruins como
raiva, ódio, inveja e insatisfação. O aumento da vibração das partes eleva também a
vibração do todo, fazendo com que o plano físico por inteiro, se aproxime do intervalo
vibracional do plano etéreo. Quanto mais próximo estão estas frequências melhor é a
potencialidade de se trabalhar com o poder da emanação da vontade.
Todos podemos contribuir com o processo de aumento vibracional do plano
físico e auxiliar os mestres a acelerar a ascensão da humanidade. Basta que
eliminemos de nossas vidas os sentimentos de baixa vibração. Quando eles se
manifestarem devemos invocar o poder de transmutação da chama violeta e clamar
pelo auxílio de Saint Germain e seus auxiliadores, para que estes sentimentos sejam
transformados em ondas de puro amor e completude.
A força de transformação despertada pelo advento da sétima era é
poderosíssima, apenas temos que alinhar nosso desejo ao ideal de evolução para ver
a nossa vida ser transformada por esta incrível energia. Além de ter sempre a clareza
de nossa origem transcendente e invocar a presença do Espírito na forma do decreto
de pertencimento a origem existencial comum de todas as consciências.
O decreto de invocação da divina presença Eu Sou, é um lembrete à
consciência de que todos somos fractais do Espírito experimentando a criação. O
despertar da consciência através do poder criador da presença Eu Sou é uma
reconexão com a Fonte, uma linha direta com a própria emanação da vontade, um
irresistível alimento para a sustentação do ideal transcendente.
Todos temos um compromisso com a cura da humanidade e de toda a realidade
tridimensional, é apenas pela via da ascensão que a missão de cada um se revelará
e somente com o auxílio das almas ascensas que podemos desenvolver a plenitude
de nossas potencialidades.
A hora da ascensão é agora, o realinhamento das três realidades e a
construção de uma era de elevação e de cooperação de todos pelo ideal
transcendente depende das ações que tomamos neste momento. Devido nosso livre
arbítrio, temos a escolha de construir uma Era de ouro, ou deixar a humanidade
mergulhada no sofrimento. Tudo depende da frequência em que vibramos.
Se queremos construir algo melhor para nós mesmos a mudança deve
começar o quanto antes, a ascensão da consciência é a via e o poder criador da
vontade a ferramenta para mudarmos o hoje e o amanhã. Temos a escolha, o auxílio
e as instruções para construirmos o Novo Tempo e a Nova Era, basta querermos para
que tudo transmute e se torne puro amor, a mais poderosa força que emana da Fonte.
Todos somos Espírito, no Espírito tudo se sustenta e para o Espírito tudo
retornará.

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