Hydro • Setembro/Outubro 2022 03

Sumário
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28
Especial
Congresso AESabesp/Fenasan 2022
O 33º Encontro Técnico AESabesp e a 33ª Fenasan – Feira Nacional de Saneamento e Meio
Ambiente acontecem entre os dias 13 e 15 de setembro em São Paulo. Confira as principais
novidades do evento.

Saneamento
Novos padrões de pintura contra corrosão de estruturas metálicas
40 O artigo apresenta uma metodologia voltada à qualificação dos esquemas de pintura com base
no desempenho de proteção dos ativos de saneamento.

48 Sistemas Prediais
Testes de estanqueidade em tubulações de água fria e quente – Parte 1
A eficácia dos métodos de verificação e critérios de desempenho da estanqueidade de sistemas
prediais de água fria e quente previstos em normas técnicas é avaliada neste estudo em duas
partes.

Estudo de Caso
Uso de coagulante natural para remoção de cor e turbidez no tratamento de água
Este trabalho analisa a eficácia da remoção dos parâmetros físicos cor e turbidez com o uso
58 do extrato aquoso da semente da árvore moringa oleífera como coagulante químico natural
no processo de tratamento de água.

Capa
Foto: Shutterstock

Seções

Carta ao leitor..................................06 Publicações.......................................72

Notícias................................................08 Índice de anunciantes................72
Conexão..............................................66 Agenda................................................73
Produtos.............................................70 Opinião.................................................74
Atendimento ao leitor................71
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06 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Editorial
Fenasan, palco de inovações
para o saneamento
D
epois de duas edições realizadas de forma online, a Fenasan – Feira
Nacional de Saneamento e Meio Ambiente volta a acontecer pre-
sencialmente, no período de 13 a 15 de setembro no Expo Center Norte,
em São Paulo. Com cerca de 240 expositores e público estimado de
20 mil pessoas, o evento é um termômetro positivo em relação a este
momento do mercado, que tem o desafio de cumprir as metas de uni-
versalização dos serviços até 2033.
Fornecedores de equipamentos e companhias de saneamento estão otimistas com as
perspectivas de investimentos. Desde a aprovação do marco regulatório, em 2020, foram
assinadas concessões em mais de 220 municípios, o que beneficiou quase 20 milhões
de pessoas e gerou R$ 72,2 bilhões em recursos. “É um mercado que apresenta um
grande desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de retomada econômica e redu-
ção da desigualdade. Com segurança jurídica e competição, o saneamento deverá ser um
dos setores mais importantes na recuperação do pós-pandemia, com R$ 1,4 trilhão de
impacto na economia nos próximos 12 anos”, diz Percy Soares Neto, diretor executivo da
Abcon/Sindcon, associação das companhias privadas de água. O potencial é de geração
de 14 milhões de empregos em obras.
Graças ao elevado volume de recursos, o saneamento brasileiro é o maior programa
ambiental em execução no mundo. Atraídas pelos projetos, muitas empresas interna-
cionais estão vindo para o Brasil para instalar fábricas. Outras ampliam produção de má-
quinas e equipamentos e firmam parcerias com universidades e empresas locais para
desenvolver pesquisas e cadeias de suprimentos. Como mostram as notícias desta edi-
ção, há diversas inovações no mercado, trazendo benefícios como melhor desempenho
dos sistemas de água e esgoto, eficiência, robustez e menor custo de operação em rela-
ção às soluções convencionais.
Sem as amarras da Lei das Licitações 8666 nas companhias municipais, e ainda que
com investimentos públicos, com a abertura para inovações na Lei 13.303 das compa-
nhias estaduais, os custos iniciais de aquisição deixarão de ser os balizadores na compra
de equipamentos. Agora são também considerados os aspectos de qualidade, manuten-
ção menos frequente e maior vida útil, com menor consumo de energia.
Além de novas estações e redes de água e esgoto, há também espaço para moderni-
zação, uma vez que diversas plantas existentes são antigas, estão sucateadas e precisarão
de reformas. Há muita demanda para novas tecnologias e soluções, que serão apresen-
tadas na Fenasan. Uma prévia dos lançamentos pode ser conferida a partir da página 28.
Sandra Mogami – Editora
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A revista Hydro é enviada a 12 mil profissionais envolvidos com instalações
hidrossanitárias prediais, com o tratamento de água e efluentes em indústrias
e complexos de serviços e com sistemas públicos de água e esgoto.
08 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
Empresa alemã
Vogelsang investe
em fábrica no Brasil
O potencial de negócios com o
novo marco do saneamento
está motivando os fabricantes in-
ternacionais de máquinas e equi-
pamentos a investirem no país.
A Vogelsang GmbH, da Alemanha,
está construindo uma planta in-
dustrial em São Leopoldo, RS, que
será inaugurada em 2024, coinci-
dindo com a comemoração do bi-
centenário da imigração alemã no
Brasil. Os recursos previstos podem
chegar a R$ 25 milhões, segundo o Harald Vogelsang, CEO da empresa, ao lado do
CEO Harald Vogelsang, que virá ao triturador XRipper
Brasil para participar da Fenasan em
São Paulo. Com área total de 15 mil
metros quadrados, a fábrica brasileira
será a primeira do grupo na América
Latina.
Empresa familiar, fundada em 1929
como fabricante de máquinas agríco-
las, a Vogelsang tornou-se especialista te cerca de 45 profissionais, a maio-
no desenvolvimento de tecnologias
para tratamento de efluentes, agri-
cultura, biogás, indústria e transporte. como a Unisinos – Universidade do
Entre seus principais produtos estão
as bombas de lóbulos rotativos, sis-
temas para redução de sólidos como
trituradores e maceradores, equipa-
mentos para alimentação de biodi-
gestores e distribuidores de bioferti-
lizantes.
“Devido às novas regulamentações
do setor, esperamos um aumento sig-
nificativo no mercado de tratamento
de água e esgoto. Estamos prepara-
dos para oferecer soluções inovadoras
no Brasil. O saneamento é, ao lado do
biogás, um dos nossos mercados-al-
vo”, diz o CEO. Alguns componentes
virão da Alemanha, mas os sistemas
serão produzidos e montados em São
Leopoldo.
Com subsidiária desde 2017 no
município de Portão, a cerca de 5 qui-
lômetros da fábrica em construção, a
Vogelsang vem estruturando sua atua-
ção comercial e time para ampliar a
presença no país. Emprega atualmen-
ria engenheiros, e vem construindo
parceria com instituições de ensino,
Vale dos Sinos, por exemplo, para rea-
lização de estudos em conjunto e for-
mação de mão de obra.
De acordo com Drausio Lima, dire-
tor da subsidiária no Brasil, há três anos
no comando da operação, os equipa-
mentos incorporam inovações e tec-
nologias ainda não comumente usa-
das nas companhias de água e esgoto
nacionais. Por isso, vem realizando um
amplo trabalho de desenvolvimento
de mercado e apresentação das solu-
ções. “É uma quebra de paradigmas.
Temos um olhar voltado para facilitar
a manutenção e reduzir paradas das
estações. Nossos equipamentos são
robustos, de construção simples e ele-
vado desempenho”, afirma.
Um exemplo é a linha XRipper
de trituradores de materiais gros-
seiros, que substituem as grades
mecanizadas nas elevatórias. Po-
dem trabalhar submersos e dis-
pensam a retirada de material,
limpeza de gradeamento e movi-
mentação de caçambas com os
materiais triturados na elevatória,
os quais seguem o fluxo do pro-
cesso livre de problemas, sendo
recolhidos na estação de trata-
mento. “O triturador diminui os ta-
manhos das partículas, protegen-
do bombas, válvulas e tubulações.
Isso traz fluidez e tranquilidade ao
operador”, diz Lima.
Voltados para tratamento de
efluentes, biogás e aplicações in-
dustriais, os trituradores Vogelsang
contam com rotores monolíticos capa-
zes de reduzir com segurança qual-
quer tipo de material sólido. “No sa-
neamento processam com tranquili-
dade madeira, lenços umedecidos,
estopas, tecidos, plásticos, coco, den-
tre outros materiais disruptivos, de
forma a evitar bloqueios onde discos
de corte convencionais podem parar
ou ser danificados. Os rotores são fei-
tos de um bloco de aço especial e
apresentam arestas de corte endure-
cidas. Não há discos nem separado-
res. O XRipper garante uma proteção
compacta a entupimentos, com altas
taxas de rendimento”, diz o diretor.
Dependendo da aplicação, a Vogel-
sang oferece diferentes modelos para
uso em canais e tubulações, além de
maceradores de fibras (para cabelos,
por exemplo).
Um outro destaque é o novo con-
ceito da exclusiva ETE compacta pré-
-fabricada, que está sendo desenvolvi-
do em parceria com a Xylem, empre-
sa global especializada em tecnologia
de águas, que fornece soluções como

bombas Flygt, Filtro Sanitaire Taron,
desinfecção ultravioleta Wedeco, en-
tre outras. A Vogelsang reunirá suas
tecnologias em uma solução compac-
ta e integrada, em capacidades de 20
e 50 L/s. Com dimensões a partir de
20 x 20 m (versão básica para uma
vazão de 20 L/s), o sistema inclui
aeração, supervisório e o Taron, que
utiliza o acúmulo dinâmico e a remo-
ção de uma camada de torta de lodo
em um suporte de micromalha para
filtrar sólidos suspensos do tanque de
aeração (biomassa).
Como módulo opcional, pode tam-
bém integrar o BioCrack, solução de
desintegração de lodo eletrocinética
desenvolvida pela empresa alemã. Ao
passar uma alta tensão no eletrodo, a
matéria orgânica é desagregada, per-
mitindo maior acesso das bactérias, re-
duzindo a geração de lodo e o consu-
mo de energia para o seu transporte.
“Estamos muito confiantes no
mercado brasileiro. Neste ano deve-
mos triplicar a receita em relação ao
período pré-pandemia, com diversas
vendas a concessionárias e indús-
trias”, diz o diretor. Entre seus clien-
tes estão Aquapolo, BRK Ambiental,
Sabesp, Sanepar, CP Kelco, Raízen,
FCA Fiat Chrysler, Koch Membranas
e GS Inima Brasil. Para esta última, a
Vogelsang irá instalar os primeiros tri-
turadores de grande porte no Brasil,
que totalizam uma capacidade próxi-
ma a 12 mil m³/h, na elevatória final
de Ribeirão Preto, SP. Com 3,59 m
de altura e 1,37 m de largura, os
equipamentos vão substituir o siste-
ma de gradeamento. “Os entupimen-
tos eram muito comuns. Por isso, em
vez de somente substituir as grades,
a concessionária optou por adotar
os trituradores. Diversos operadores
do sistema já estão aderindo a essa
tecnologia”, afirma o diretor. A Sabesp
– Unidade de Negócios Sul, SP, por
exemplo, irá instalar ainda neste ano
o primeiro XRipper em uma de suas
elevatórias, para atendimento a uma
vazão de 108 m³/h. Novos projetos
também já estão sendo concebidos
com a tecnologia, como uma eleva-
tória final de cerca de 1300 m3/h da
Saneouro em Ouro Preto, MG, dentre
outros.
Com um total de mais de 1000 co-
laboradores, a Vogelsang teve uma re-
ceita de US$ 161 milhões em 2021.
“Apostamos na inovação. A introdu-
ção de novos produtos no mercado
é a natureza do nosso negócio, bem
como o desenvolvimento contínuo de
tecnologias”, diz o CEO. Outro diferen-
cial é a elevada integração vertical da
produção. “Graças ao know-how de
produtos e fabricação, podemos facil-
mente reagir e incorporar desenvolvi-
mentos na série”, finaliza.
Vogelsang – Tel. (51) 3562-3388
Site: https://www.vogelsang.info/
Nordic Water fornece
29 grades multirastelo
para concessionária
do Rio
A elevada capaci-
dade de reten-
ção de sólidos nas
elevatórias é funda-
mental para garantir
a eficiência das ope-
rações seguintes do
tratamento de efluen-
tes, em especial no
Brasil, onde é co-
mum o descarte de
resíduos em redes
de esgoto e vias pú-
blicas. As companhias Grade da Nordic: múltiplos rastelos para uma elevada
de saneamento per- capacidade de remoção de sólidos
Hydro • Setembro/Outubro 2022 09
ceberam a importância dessa etapa
preliminar e começam a investir em
novas soluções de gradeamento para
suas estações, confiáveis e robustas.
Uma concessionária privada do Rio de
Janeiro acaba de fechar um contrato
com a Nordic Water Brasil, empresa
de tecnologia sueca especializada na
separação sólido-líquido, com escri-
tório e fábrica em São Paulo desde
2013, para aquisição de 29 grades
multirastelo, 13 roscas transportado-
ras, conjunto de painéis elétricos e
sensores de nível, com capacidades
das elevatórias variando entre 200 e
4400 L/s cada, que serão destinadas
à modernização das 13 elevatórias.
“Somadas, as vazões totalizam cerca
de 16 mil L/s, o que comparativa-
mente atenderia capacidade similar
à da ETE Barueri da Sabesp, em São
Paulo, a maior estação da América do
Sul, que trata aproximadamente 60%
da população da capital paulista”, diz
Gilson Cassini, sócio da Nordic Water
Brasil.
Para se ter uma ideia, a ETE
Barueri tem capacidade nominal de
16 mil L/s. E foi exatamente para essa
estação que a Nordic forneceu um
12 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
de seus grandes projetos de subs-
tituição do sistema de gradeamen-
to, em 2018, com a instalação de
quatro grades múltiplos rastelos e
seus acessórios, totalizando capaci-
dade de 26,8 mil L/s, abertura entre
barras de 15 mm e largura de 3 me-
tros, pesando cerca de 9 toneladas
cada. E em 2020 foram fornecidas
mais quatro grades com abertura de
barras de 6 m em um contrato que
inclui serviços de manutenção pre-
ventiva e corretiva por cinco anos
para todo o sistema de gradeamen-
to. “Desde então, temos recebido
consultas e visitas de engenheiros de
diversas companhias para conhecer a
tecnologia e ver a operação de perto”,
afirma. Além da Sabesp e do recente
contrato no Rio de Janeiro, a Nordic
forneceu os equipamentos para ou-
tros clientes espalhados pelo país.
As grades de alta performance são
fabricadas em aço inoxidável, com
corte a laser e dobra CNC de alta ca-
pacidade, garantindo a precisão e ra-
pidez de montagem. Não há processo
de soldagem estrutural ou de seus
componentes, facilitando o processo
de fabricação, de operação e de ma-
nutenção. Os mancais inferiores têm
rodas dentadas com buchas de bron-
ze, de maior resistência à abrasão de
areia, material comum no esgoto bra-
sileiro, que também conta com mui-
tos materiais fibrosos e impregnados
de óleos e graxas.
“As grades de múltiplos rastelos
proporcionam maior robustez, maior
vida útil e menor manutenção às es-
tações ao longo dos anos, com me-
nores custos de operação”, diz Rafael
Figueira do Curral Scrivano, respon-
sável pela aplicação dos produtos e
tecnologias da Nordic Water. Segundo
ele, a definição de metas concretas de
universalização e de performance dos
sistemas de água e esgoto demanda- monitoramento CFTV remotos, ga-
rá soluções com tecnologias avança- rantindo ainda mais a longevidade e
das e com durabilidade a longo prazo. redução de custos operacionais do
Com isso, os custos iniciais deixarão sistema.
de ser o balizador na aquisição de Nordic Water – Tel. (11) 3294-8769
equipamentos, como ocorre histori- Site: www.nordicwaterbr.com
camente.
Ao contrário das grades conven-
cionais, que possuem comumente SDB Metering fornece
somente um rastelo, o sistema da hidrômetros conforme
Nordic Water pode ter de três rastelos nova Portaria do Inmetro
até o número necessário para uma
elevada capacidade de remoção de
sólidos, oferecendo, portanto, maior
eficiência na remoção dos materiais
C om a publicação da Portaria nº
155, de 30 de março de 2022,
que aprova o Regulamento Técnico
que outros modelos de grades. Na Metrológico para medição de consu-
ETE Barueri, depois que a Sabesp mo de água potável fria e água quen-
instalou o novo sistema de gradea- te, em vigor desde o dia 1º de julho,
mento, o volume das caçambas com todos os hidrômetros vendidos no
as retiradas de materiais retidos mais país deverão ser homologados junto
que dobrou. Os sólidos que não são ao Inmetro de acordo com as novas
retidos no gradeamento podem pro- especificações.
vocar paradas de bombas
e entupimentos de equipa-
mentos nas operações a ju-
sante. “Se a primeira etapa
de gradeamento não for de
boa qualidade, até mesmo a
etapa do peneiramento fino
se perde”, diz Cassini.
Com 20 mm de abertura
e capacidade de retenção de
sólidos grosseiros e médios
acima de 2 cm, os equipa-
mentos no Rio de Janeiro
serão instalados entre os
meses de setembro e de-
zembro. O contrato prevê,
além das trocas das grades,
a instalação de roscas trans-
portadoras, painéis elétricos
com PLC e IHM e tecnologia
de automação por conta da
Nordic Water Brasil. Esses
equipamentos podem ser
Calibração de hidrômetros na SDB Metering: teste
instalados com tecnologia obrigatório para a validação e recebimento de lacre do
embarcada de telemetria e Inmetro
14 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
“A norma é completa e atualiza os
parâmetros necessários à fabricação
e uso de hidrômetros”, diz Emerson
Fontanelli, gerente de Vendas da SDB
Metering, de São Paulo, parceira ex-
clusiva da Diehl Metering no Brasil,
empresa franco-alemã especializada
em soluções para medição de água
e telemetria.
Segundo ele, a Diehl oferece uma
linha completa de hidrômetros capa-
zes de atender às principais mudanças
trazidas pela nova portaria, que ficou
em discussão por mais de 10 anos e
hoje representa um grande avanço no
setor, elaborada de forma a atender
as novas demandas das empresas de
saneamento, com o uso de produtos
mais eficientes e resistentes.
Entre as principais alterações está
a mudança de classe metrológica para
o range de medição. Por exemplo, um
hidrômetro comum residencial, antes
com range de Qmin 15 a Qn 1500 L/h,
com a entrada da nova norma o mes-
mo medidor pode chegar a Qmin 3 L/h
a Qn 2500 L/h. “O medidor precisa ser
mais sensível para captar vazões meno-
res e mais robusto para suportar vazões
mais altas”, diz o gerente. Com essa
maior capacidade de aferição, é possí-
vel reduzir as perdas por consumo não
faturado de forma muito significativa.
A resistência dos produtos também
é tratada na portaria, ao estabelecer
que os medidores sejam revisados a
cada sete anos, e não mais a cada cin-
co anos, como na legislação anterior.
“Com isso, os aparelhos precisam ga-
rantir a durabilidade no período sem
a necessidade de revisão e calibração
em laboratório”, afirma o executivo.
A Diehl oferece três linhas de hi-
drômetros: Hydrus, modelo ultrassô-
nico disponível nos diâmetros de 1/2”
a 8”; Aries/Auriga, modelo Unijato
para medição de água quente e fria,
podendo ser instalados nas posições
vertical ou horizontal, vazão nominal
de 2,5 e 16 m3/h; e Altair V4, medi-
dor volumétrico com amplo range de
medição e altíssima precisão, disponí-
veis nos diâmetros de ½” a 11/2”.
Uma outra novidade na Portaria é a
regulamentação da medição individua-
lizada de água quente em apartamen-
tos. Antes não existia nenhuma norma
nesse sentido, mas agora as conces-
sionárias têm padrões a serem segui-
dos na instalação desses hidrômetros.
Com o novo marco do setor de
saneamento e metas de universaliza-
ção, as novas ligações de água ten-
dem a aumentar em todo o país. As
empresas também estão investindo
em ações para redução de perdas e
elevação da receita. A medição pre-
cisa e confiável do consumo de água
é a melhor forma de cobrar de forma
justa pelo serviço prestado.
A SDB Metering está confiante na
expansão dos negócios no Brasil. Re-
presentante exclusiva no país dos pro-
dutos Diehl e responsável pelas ven-
das, testes e suporte técnico-comer-
cial, a empresa conta com escritório e
laboratório de calibração em Cotia, SP.
O nome SDB é originado de Sappel do
Brasil, fabricante francesa de hidrôme-
tros comprada pela Diehl em 1992. A
Sappel chegou a ter uma unidade fa-
bril em Recife, PE, em 2002. A Sappel
do Brasil foi descontinuada em 2015,
mas o histórico e as origens permane-
cem de certa forma na SDB Metering.
SDB Metering – Tel. (11) 98590-6408
Site: www.sdbmetering.com.br

Alpha Water traz
inovações para
o mercado de água
A Alpha Water, distribuidora de
equipamentos para tratamento
de água, especializada em serviços
técnicos, há 12 anos com escritório
em São Bernardo do Campo, SP, assi-
nou acordos de distribuição com qua-
tro empresas canadenses, a Acme En-
gineering Products, Clearflow, Mabarex
e PI2 Technologies, que estão trazendo
para o Brasil inovações capazes de
melhorar a eficiência dos processos e
reduzir custos, ajudando as empresas
públicas e privadas a cumprir metas
do novo Marco do Saneamento.
Entre os destaques está o Geobloco
Floculante desenvolvido pela Clear-
flow. “É o mesmo floculante líquido
ou em pó que já co-
nhecemos, mas em
uma composição sóli-
da de liberação grada-
tiva”, diz Gilmar Pires,
diretor e proprietário
da Alpha Water. Como
o tratamento é passivo,
o produto não precisa
de equipamentos para
agitação, maturação e
aplicação e os custos
de Capex e Opex são
bastante reduzidos em Filtro raspador automático
relação aos floculantes da Acme Engineering Products
convencionais.
O Geobloco Floculante vem pron-
to para ser aplicado em reservató-
rios, calhas, pequenos rios ou canais.
O volume é dimensionado de acor-
do com a vazão e velocidade da água
Hydro • Setembro/Outubro 2022 15
(0,3 a 1,5 m/s). “Basta
colocar os blocos de
gel e o fluxo os dis-
solve de forma lenta e
uniforme, ao longo do
tempo, e consequen-
temente sedimentan-
do sólidos suspensos,
metais associados e
matéria orgânica”, diz
o diretor. O bloco flo-
culante tem a duração
aproximada de 10 mil
m3. Como não requer
alimentação elétrica, a
solução pode ser apli-
cada em locais remotos, longe da rede
elétrica.
Uma outra novidade trazida pela
Alpha Water é o filtro raspador au-
tomático para remoção de sólidos
16 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
Geomembrana com carvão ativado da PI² Technologies para controle de odor
da Acme Engineering Products. Co-
locado antes da estação de água ou
efluentes, o filtro é capaz de remover
partículas de 75 µm a 150 mm, su-
portando vazões de até 8000 m3/h.
Conta com um mecanismo raspador
(motor com giro de três paletas) que
impede entupimentos e incrustação
biológica. Todo o sólido recolhido é
encaminhado para a parte de baixo do
equipamento e posteriormente para
purga. A limpeza é automática, dis-
pensando retrolavagem, com elevada
eficiência.
Da PI2 Technologies a inovação des-
tina-se ao controle de odores. A em-
presa desenvolveu uma geomembra-
na com carvão ativado que filtra os
gases como ácido sulfídrico e amônia
gerados em tanques, reservatórios e
estações. A PI2 já forneceu o produto
para a Femsa Coca-Cola em Marília e
já tem quatro propostas em avaliação
na Sabesp.
“É uma solução econômica, rápida
e instantânea para qualquer proble-
ma de odor, com eficiência acima de
97%”, afirma o diretor. Desenvolvida
para forçar a passagem dos gases
através dos filtros de carvão ativado,
a membrana é coberta com tela de
proteção contra detritos, absorvendo
água de chuva, com fundo e arredo-
res reforçados.
A geomembrana pode ser confec-
cionada em qualquer formato e tama-
Geobloco floculante da Clearflow: liberação gradativa
nho, em versões que vão desde os mo- Canadá, junto com os principais exe-
delos compactos para aplicação como cutivos e gerentes de produtos.
tampas de contêineres até grandes Alpha Water – Tel. (11) 4354-9477
coberturas para estruturas flutuantes Site: www.alphawater.com.br
sobre a água, permitindo que o pessoal
de manutenção ande sobre ele.
Por fim, a quarta empresa repre- Nova tecnologia
sentada é a Mabarex, fabricante de baseada em cristais
sistemas de MBBR – biorreatores a reduz a dureza de água
membranas e SMBR, com reator em
bateladas, fornecidos em skids pron-
tos para tratamento biológico e re-
moção de carga orgânica e também
A
ltas concentrações de cálcio e
magnésio dissolvidos na água
podem causar problemas como des-
em contêineres, economizando com camação e corrosão em tubulações e
obras civis. componentes, desligamentos de sis-
Todos os equipamentos estão sen- temas industriais e risco de explosão
do nacionalizados, instalados e
montados no Brasil através da
JPL Usinagem.
Além das quatro empresas
canadenses, a Alpha Water tra-
balha com a alemã PWT, fabri-
cante de filtros para tratamento
de água, desmineralizadores,
osmose reversa e ozônio, e
com a japonesa Toray Mem-
branes para distribuição e as-
sistência técnica de sistemas
usando as membranas de os-
mose reversa, MBR e ultrafil-
tração.
A Alpha Water estará pre-
sente na Fenasan 2022, onde
apresentará os produtos da
Clearflow, Acme, PI2 Technolo-
gies e Mabarex no Pavilhão do Sistema da Nextfiltration instalado no ponto de uso
18 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
em caldeiras e trocadores
de calor, além de incon-
venientes para o usuário
final, como ressecamento
da pele e cabelos, manchas
nas roupas e maior dificul-
dade na limpeza com de-
tergente e sabão. A Water
Warehouse, empresa espe- Mídia TAC
cializada em soluções e
serviços para tratamento de água,
com mais de 20 anos no mercado,
está trazendo para o Brasil uma nova
tecnologia para o condicionamento
de água.
Desenvolvido e patenteado pela
norte-americana Nextfiltration Techno-
logies, o NSS - Next Scale Stop, pos-
teriormente consolidado com a sigla
TAC - Template Assisted Crystalization,
converte minerais de dureza em cris-
tais microscópicos inofensivos e inati-
vos em suspensão sem a necessida-
de de produtos químicos, eletricidade
e água de enxágue. “A cristalização é
uma prevenção realmente eficaz para
reduzir a dureza”, diz Fernando Ilha,
diretor da Water Warehouse. Segundo
ele, ao passar pelo leito fluidizado do
meio TAC, os sais de cálcio e mag-
nésio presentes na água são trans-
formados do estado dissolvido para
sólido na forma de nanocristais, que
não aderem às superfícies vizinhas
e elementos de aquecimento. Esse
efeito físico ocorre através da catáli-
se de superfície, permitindo que for-
mas estáveis de carbonatos de cálcio
e magnésio se formem no corpo de
água - os próprios nanocristais atraem
mais deposição em suspensão após
a água deixar o filtro. “Quando os na-
nocristais são agrupados, eles acabam
se desprendendo e seguem o fluxo
normal do sistema hídrico, sem fica-
rem incrustados nas superfícies das
tubulações, pois já estão no estado
sólido”, explica ele.
Testes realizados por um laborató-
rio internacional independente para a
prevenção de incrustações atestaram
uma eficácia de 99,6% do produto
na prevenção da deposição de incrus-
tações. “É um índice maior do que
qualquer outra alternativa de ama-
ciante, comprovado em mais de seis
anos de uso bem-sucedido em resi-
dências e empresas na Europa e nos
EUA”, afirma o executivo. Outro teste
comparou alternativas de mercado às
resinas de troca iônica domésticas. Os
resultados mostraram que a quantida-
de de CaCO3 detectada foi de 8,36 g
na amostra de água não tratada; 3,6 g
com EIP – precipitação induzida ele-
tricamente; 3,47 g com eletromagne-
tismo; 1,47 g com CDI – deionização
capacitiva; e 0,12 g com TAC.
A solução destina-se a aplicações
comerciais e industriais como hotéis,
hospitais, apartamentos, restaurantes e
lavanderias. Também é utilizada como
pré-tratamento de osmose reversa e
em aquecedores de água instantâneos
ou sem tanque.
Os sistemas são fornecidos em for-
mato de cartucho, combinados com

filtros de carvão, ou em tanques com
capacidades de 37 a 1700 L/minuto.
Eles podem ser colocados no pon-
to de uso, na entrada da residência,
por exemplo, ou após o tanque de
armazenamento superior em prédios.
O sistema é livre de manutenção e
compacto. Por exemplo, um amacian-
te convencional de 1135 L/min ocupa
uma área de 8,1 m2, enquanto o TAC
ocupa apenas 1,2 m2.
O Sheraton Convention Center em
Albuquerque, EUA, é um dos clientes
da Nextfiltration. Com vazão de 757
L/dia, a caldeira sofria de acúmulo
de incrustações devido a um abaste-
cimento de água de entrada de 35
grãos por galão (500 mg/L) que exigia
manutenção a cada 3 a 4 semanas e
substituição anual da caldeira. O siste-
ma está operando há cinco anos sem
problemas e agora a empresa está
instalando o sistema TAC em todas
as suas dependências.
Nos EUA, alguns estados, como a
Califórnia, estão limitando ou banin-
do o uso de amaciadores de água
que removem sais porque acreditam
que a água dura contém nutrientes
valiosos que podem diminuir o im-
pacto de elementos tóxicos no meio
ambiente. “Para minimizar os riscos
de doenças cardíacas, o ideal é que
a água contenha níveis suficientes de
cálcio e magnésio. Nenhum esforço
deve ser feito para eliminar elemen-
tos como cobre e ferro”, diz um dos
regulamentos. Esta é outra vantagem
do TAC, pois os íons de dureza tem-
porária não são removidos da água.
“Eles estão apenas cristalizados”,
diz ele.
Hydro • Setembro/Outubro 2022 19
No Brasil, a Water Warehouse fir-
mou parceria com a Ela Sustentável,
de São José, SC, empresa especiali-
zada em soluções para purificação
de água e redução de resíduos, que
fornecerá o TAC integrado com suas
soluções de filtragem e remoção de
cloro residual para construtoras. Edifí-
cios poderão garantir o fornecimento
de água de melhor qualidade aos mo-
radores.
“Percebemos um amadurecimen-
to da consciência ambiental e maior
preocupação com a sustentabilidade
no mercado brasileiro, o que abre
espaço para a chegada de novas tec-
nologias com menor pegada ambien-
tal, como é o caso do TAC”, conclui o
diretor.
Water Warehouse – Tel. (21) 2428-1823
Site: http://waterwarehouse.com.br/
20 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Notícias

Foxwater estuda operação e manutenção,

o uso de bactérias aposta na biorremedia-
para tratamento ção natural para a rege-
de chorume neração de ecossistemas
contaminados. Em 2015,

O chorume representa um
dos maiores fatores de
risco ambiental devido às al-
criou o Centro de Bio-
tecnologia para estudar
microrganismos naturais,
tas concentrações de matéria como bactérias, fungos,
orgânica, amônia e metais leveduras e enzimas ca-
pesados. Uma pesquisa con- pazes de remover ou
duzida no Centro de Biotec- neutralizar poluentes or-
nologia da Foxwater, empresa gânicos e inorgânicos pre-
que há 30 anos desenvolve Elisangela Franciscon, à frente da pesquisa com lixiviados na Foxwater sentes nos solos e nas
soluções de sustentabilidade, águas. Com processos
sediada na região metropolitana de tados nos aterros sanitários. A legisla- como bioestimulação e bioaumen-
Campinas, SP, está estudando o uso ção prevê o máximo de 20 mg/L de tação é possível otimizar a biorreme-
de bactérias para remoção de amô- amônia que pode ser descartado no diação natural e alcançar parâmetros
nia (NH4), DBO e cor em lixiviados corpo hídrico. Mas no lixiviado de ater- nacionais e internacionais para o des-
de aterros sanitários. Com apoio do ro a concentração pode chegar a 1000 carte em estações de tratamento de
PIPE (Pesquisa Inovativa de Pequenas mg/L. “Para chegar aos níveis exigidos esgoto ou rios, sem qualquer prejuízo
Empresas) – Fapesp, a pesquisa teve pelas normas, é preciso fazer uma as- para a biodiversidade. Em seus labo-
início em 2020, sob coordenação da sociação de tratamentos, com os pro- ratórios já coleciona mais de 30 linha-
pesquisadora Elisangela Franciscon, cessos físicos, biológicos e químicos gens, isoladas nos próprios locais de
consultora em Biotecnologia, com atuando em conjunto e se comple- contaminação e tratadas com a tecno-
doutorado e pós-doutorado na área mentando”, afirma Elisangela. Capazes logia própria de isolamento e seleção.
de tratamento de efluentes e micro- de reduzir para cargas de 200 mg/L “O objetivo é ajudar as empresas a
biologia de lodos ativados. ou mais de 70%, as bactérias que de- encontrar os padrões de descarte ideal
A segunda fase do projeto já foi gradam a amônia poderão facilitar os da legislação, economizando também
aprovada pelo órgão e tem o prazo tratamentos posteriores com osmose nos custos do tratamento”, finaliza a
de conclusão até maio de 2024. O reversa ou membrana de ultrafiltração. pesquisadora.
objetivo da empresa é a produção Atualmente, muitas empresas re- Foxwater – Tel. (19) 97169-5377
e comercialização das bactérias liofi- tiram o chorume do próprio aterro e Site: www.foxwater.com.br
lizadas (em pó) para tratamento de levam para ETEs centrais, desregulan-
chorume em escala comercial no Bra- do o tratamento de esgoto sanitário
sil, certificadas pelo Ibama. “Estamos ao introduzir um efluente tóxico em Tinamma desenvolve
trabalhando no isolamento de bac- uma estação convencional como de projetos para
térias do próprio chorume e seleção esgoto sanitário. tratamento de água,
das linhagens capazes de degradar No Brasil as soluções biotecnoló- efluentes e reúso
a amônia, cor e a matéria orgânica, gicas já existentes no mercado são
substâncias altamente tóxicas e de di-
fícil degradação, além de estudar as
melhores condições ambientais para
aplicadas em caixas de gordura, para
redução de DQO de efluentes e
até derivados de petróleo, mas não
A Tinamma Ambiental, empresa
com sede em São Paulo, atua
com serviços de avaliação e definição
que esse processo ocorra com maior ainda para o tratamento de lixiviado. de soluções para problemas relaciona-
eficiência”, diz a pesquisadora. A Foxwater, empresa que oferece di- dos a água para consumo, tratamento
O desenvolvimento do produto po- versas soluções para tratamento de e disposição de efluentes industriais e
derá resolver os desafios hoje enfren- água e efluentes, além de construção, sanitários, além de reúso.
 22 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
O portfólio da compa-
nhia inclui a elaboração
de consultoria e projetos,
licenciamento ambiental,
gerenciamento de implan-
tação, estudos de impacto
ambiental, implantação de
planos para o uso racional
de recursos hídricos, pro-
grama de tratabilidade em
planta piloto, reaproveita-
mento e reúso de efluentes
tratados, além de monta- ETE da Sabesp na praia do Pinto em Ilhabela, SP, um dos
gem, instalação e operação projetos elaborados pela Tinamma
assistida de sistemas para
proteção ambiental, treinamento de
operadores, retrofit em plantas exis-
tentes, entre outros.
A história da Tinamma Ambiental
teve início em 2012, onde através da
fusão e cooperação tecnológica de
outras empresas, passou a projetar
e comercializar sistemas avançados
voltados para o setor de tratabilidade
de água e efluentes, agregando novos
valores ao setor de saneamento. Uma
delas foi a parceria estabelecida com
a empresa alemã Inge, fabricante de
módulos de membranas de ultrafiltra-
ção, para representação e comerciali-
zação da linha de produtos no Brasil
e América do Sul. Essa empresa foi
adquirida posteriormente pela divisão
“water” da Basf e a partir de 2020
passou a pertencer à DuPont.
“Passei a estudar ultrafiltração e ou- te em função da qualidade a ser ad-
tras tecnologias avançadas a partir de
2006 apostando na melhoria significa-
tiva e maior amplitude dos processos
relacionados ao espectro da filtração
de água e efluentes, trazendo grandes
benefícios aos sistemas de tratamento
convencionais. Some-se a isso as con-
dições cada vez mais restritas estabe-
lecidas pela legislação relacionadas a
qualidade da água disponibilizada para
consumo humano e também para
o descarte de efluentes tratados no
meio ambiente. E foi exatamente por
esse motivo que elaboramos diversos
estudos para atender concessionárias
e autarquias responsáveis pelo abas-
tecimento de água e tratamento de
efluentes, além de vários segmentos in-
dustriais como alimentício, químico e
farmacêutico, higiene pessoal, semicon-
dutores, petroquímico, entre outros. Em
2015, já sem a parceria com a Inge, a
Tinamma elaborou e licenciou junto à
Cetesb o primeiro projeto de uma ETE
a ser operada pela Sabesp em Ilhabe-
la, SP, tendo como tratamento terciário
um sistema de ultrafiltração com mem-
branas pressurizadas”, lembra Marcus
Pineda, diretor técnico da Tinamma
Ambiental, que completa: “A escolha
dessa tecnologia se deu principalmen-
quirida pelo efluente tratado antes do
lançamento no corpo hídrico local e
posterior descarte no mar, garantindo
assim as condições ideais de balneabi-
lidade dos frequentadores das praias”.
Com uma equipe formada por 16
colaboradores diretos e indiretos, sen-
do a maioria alocados no setor de con-
sultoria, projetos e desenvolvimento, a
Tinamma ainda conta com parceiros
de negócios em diversas regiões do
Hydro • Setembro/Outubro 2022 23

país e no exterior para a captação de

novas tecnologias e composição de
parcerias.
“No Brasil, temos uma vasta lista
de fabricantes e fornecedores que nos
auxiliam na hora de integrarmos equi-
pamentos e dispositivos aos nossos
projetos. É sempre salutar ter um leque
diversificado de opções técnicas e eco-
nômicas para garantir a qualidade e, ao
mesmo tempo, respeitar o budget do
contratante”, afirma o diretor.
Desde a sua fundação, a Tinamma
Ambiental participou de diversos proje-
tos, sejam eles próprios ou de terceiros.
Entre os segmentos atendidos estão os
de energia e saneamento, concessio-
nárias e autarquias de serviços de água
e esgoto, industrial, shopping centers,
aeroportuário, hospitalar, agronegócio,
aterros sanitários, entre outros.
Tinamma Ambiental – Tel. (11) 3569-3660
Site: www.tinamma.com.br

Opersan planeja investir

R$ 20 milhões no
mercado de saneamento
privado

A Opersan está focada na expan-

são de seus negócios, princi-
palmente nas regiões Nordeste e Sul
do Brasil. A empresa pretende inves-
tir aproximadamen-
te R$ 20 milhões
para fortalecer a
presença no mer-
cado privado de sa-
neamento com a
oferta de serviços
de construção, mo-
dernização e forne-
Diogo Taranto, do cimento de siste-
Grupo Opersan:
mas de tratamento
expansão nas
regiões Nordeste de água, efluentes
e Sul e reúso.
24 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Notícias
Além de vislumbrar uma deman-
da reprimida em regiões que con-
centram grandes polos industriais, a
companhia projeta um crescimento
também no desenvolvimento de so-
luções urbanas para reúso e aplicadas
em shopping centers, condomínios,
clubes e aeroportos.
“A meta é encerrar 2022 com um
crescimento real de 10% em relação a
2021”, projeta Diogo Taranto, diretor de
novos negócios da Opersan.
Hoje, a empresa atua em nove es-
tados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espí-
rito Santo, Minas Gerais, Paraná, Santa
Catarina, Amazonas, Bahia e Ceará,
com presença em 31 cidades. “Te-
mos mais de 800 clientes ativos dis-
tribuídos entre os negócios onsite e
offsite, sendo este último o de maior
concentração pela própria característi-
ca e pulverização do negócio”, afirma
Taranto.
Com unidades offsite em Camaçari,
BA; Santa Cruz, RJ, Indaiatuba, Jandira
e Jundiaí, SP, e Blumenau, SC, a Oper-
san oferece tratamentos físico-químico
por termocompressão a vácuo e bio-
lógico de efluentes como ácidos, al-
calinos, biológicos e chorume. Já no
onsite, atua por meio de cinco modali-
dades: BOT – a Opersan é responsável
pelo projeto, construção e operação
de estações de tratamento de água
e efluentes, cobrando uma tarifa por
metro cúbico processado ou uma taxa
fixa mensal (ao término do contrato a
estação de tratamento é transferida ao
cliente); BOO – semelhante ao BOT,
porém a estação é transferida para a
Opersan no encerramento do acordo;
AOT – a Opersan adquire estações
existentes, sendo que, ao término do
contrato são transferidas para o clien-
te; AOO – mesmos parâmetros da
AOT, mas a estação acaba ficando com
a Opersan; e O&M – a companhia as-
sume a operação e a manutenção das
estações de tratamento dos clientes.
Há ainda o fornecimento de sistemas,
equipamentos e materiais nas moda-
lidades EPC, que engloba soluções na
modalidade turnkey; e SPOTs, cujo ob-
jetivo é prover equipamentos, mate-
riais, peças e serviços especializados.
Nos laboratórios são realizadas apro-
ximadamente 15 mil análises mensais,
compreendendo efluentes de clientes
e estações de tratamento onsite e off-
site, além da prestação de serviço de
análises pelo laboratório de Jundiaí.
Opersan – Tel. (11) 3504-3200
Site: www.opersan.com.br

Notas
Parceria - A Saint-Gobain Canaliza-
ção, fornecedora de tubos e materiais
para saneamento, acaba de fechar
uma parceria inédita com uma finte-
ch, Finove, para atuar no Centro de
Distribuição da empresa, localizado
na cidade de São Bernardo Campo,
SP. O objetivo é atrair novos clientes
de varejo, ampliar as opções e os li-
mites de crédito para pagamento
e dar agilidade na compra, além de
atingir clientes que não consegui-
ria através do modelo tradicional da
empresa de concessão de crédito. A
parceria firmada entre a Saint-Gobain
Canalização e a Finove facilita e agiliza
a concessão de crédito via fintech
que, se aprovado, pode sair em cerca
de quatro horas. O Centro de Distri-
buição de São Bernardo Campo co-
mercializa produtos complementares,
como válvulas, ventosas, juntas de
desmontagem e atende majoritaria-
mente pequenas revendas, ou seja,
clientes de pronta entrega. Atualmen-
te, a unidade conta com cerca de 300
clientes cadastrados, faturamento de
R$ 16,4 milhões em 2021 e previsão
de R$ 19 milhões este ano.
Consulta pública - Foi aberta no
dia 8 de agosto a Consulta Pública
nº 06/2022 da ANA - Agência Nacional
de Águas e Saneamento Básico. Até as
18 horas de 21 de setembro, a agência
receberá sugestões da sociedade para
que possa definir procedimentos para
suspensão de outorgas de direito de
uso de recursos hídricos. Os interessa-
dos em participar poderão enviar suas
Hydro • Setembro/Outubro 2022 25
contribuições via Sistema de Participa-
ção Social da ANA, por meio do link
https://participacao-social.ana.gov.br/.
A consulta pública acontece devido à
necessidade de normalizar aspectos
relacionados à ação da agência no
acompanhamento dos prazos legais
para implantação dos empreendi-
mentos e seus usos de água. A ou-
torga de direito de uso de recursos
hídricos é um instrumento de gestão
previsto na Política Nacional de Re-
cursos Hídricos, cujo objetivo é asse-
gurar o controle quantitativo e quali-
tativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso aos
recursos hídricos. Para corpos d’água
de domínio da União, interestaduais
e transfronteiriços, a competência
para emissão da outorga é da ANA.
28 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Especial
Congresso AESabesp/
Fenasan 2022
O 33º Encontro Técnico
AESabesp e a 33ª
Fenasan – Feira Nacional
de Saneamento e Meio
Ambiente acontecem entre
os dias 13 e 15 de setembro
em São Paulo. Depois de
dois anos, o evento retorna
ao formato presencial.
Veja a seguir as principais
novidades do evento.
O Congresso AESabesp e a Fena-
san – Feira Nacional de Sanea-
mento e Meio Ambiente acontecem no
pavilhão branco do Expo Center Norte.
A expectativa da organização é que
a edição conte com mais de 2000
congressistas, 20 mil visitantes e 240
expositores.
Depois de dois anos realizado no
formato online por conta da pande-
mia de Covid-19, o evento volta ao
formato presencial com os mesmos
objetivos que o norteiam há 33 anos:
fomentar e difundir a tecnologia em-
pregada no setor de saneamento
ambiental, bem como a troca de in-
formações, a demonstração de pro-
dutos e o desenvolvimento tecno-
lógico de sistemas empregados no
tratamento e abastecimento de água,
esgotamento sanitário, drenagem das
águas pluviais, análises laboratoriais,
adução e abastecimento e sistemas
de coleta e disposição final e manejo
de resíduos sólidos.
A edição 2022 trará 12 mesas re-
dondas com temas como gestão inte-
grada de obras entre concessionárias,
desastres ambientais e a relação com
os recursos hídricos, importância do
planejamento, ESG e regulação nos
modelos de negócios de saneamen-
to, entre outras. O simpósio também
terá a apresentação de oito painéis
com assuntos como monitoramen-
to de recursos em tempos de crise
hídrica, direitos dos rios e a relevância
da drenagem pluvial, limpeza urbana
e esgoto eficiente no saneamento
básico.
Por fim, a feira trará o Espaço
Startups, local voltado para a inova-
ção e apoio a novas companhias,
empreendedorismo e iniciativas que
contribuam para o avanço do sane-
amento.
Os interessados em visitar o even-
to podem se inscrever pelo site
www.fenasan.com.br. Acompanhe a
seguir algumas das novidades da feira.
30 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Especial
Acetecno
A Acetecno oferece diversas soluções
em tratamento de água (projetos,
equipamentos, suportes e peças), bem
como filtros. Um dos serviços prestados
é o tratamento por membranas de ul-
trafiltração.
Site: www.acetecno.com.br
Altus
Uma das novidades
da Altus é a NX3008,
CPU de alto desem-
penho da série
Nexto de controla-
dores programáveis.
O produto atua com
processador ARM
single core de 64 bits com 1 GHz de
clock, o que permite processar mais de
1000 laços PID em até 2 ms, tornando-
-a 10 vezes mais rápida do que os mo-
delos anteriores da linha.
Site: www.altus.com.br
Aquastar
A Aquastar irá expor o seu portfólio de
de equipamentos rotativos aplicáveis
aos setores de saneamento e constru-
ção civil que inclui bombas, misturado-
res, agitadores, biofiltro para purificação
de ar, entre outros. Um dos destaques
é a elevatória compacta Aqualift 4500.
Voltada para vazões de 0 a 40 L/s, a
solução de construção modular pode
utilizar bombas submersíveis, de des-
locamento positivo ou lobulares com
alturas de 3 a 6 m.
Site: www.aquastar.com.br
Auxtrat
A Auxtrat mostrará suas tecnologias
voltadas para o tratamento de água e
esgoto. Uma delas é o canal de escoa-
mento de fluxo gravitacional. Projetado
para ETEs – Estações de Tratamento
de Esgoto públicas de grande vazão, o
equipamento tem como função ade-
quar o efluente aos padrões exigidos
pela legislação nacional via tecnologia
ultravioleta UV-C.
Site: www.auxtrat.com.br
Cimflex
Um dos destaques da Cimflex serão os
tubos para água e esgoto. Fabricados em
PEAD - Polietileno de Alta Densidade,
são fornecidos nas cores preta, preta
com faixas
azuis, preta
com faixas
acres ou
azul em
diâmetros
de 20 a
730 mm.
Site: www.cimflex.com.br
Coester
Durante a Fenasan, a Coester apre-
sentará a sua nova linha de redutores
modelos RS60/120/240. Mais leves e
com novo design, os equipamentos têm
maior range de torque e são próprios
para o funcionamento com atuadores
Coester ou, de forma alternativa, com
volante manual.
Site: www.coester.com.br
De Nora
O destaque da De Nora são os gerado-
res de dióxido de cloro das linhas
Capital Controls e ISIA. As soluções têm
como base para sua reação o ácido clo-
rídrico (HCl) a
32% e clorito
de sódio (Na-
ClO2) a 25%.
A reação quími-
ca ocorre em
meio líquido
onde os reagen-
tes são atraídos para o interior do siste-
ma a vácuo, garantindo sua segurança
operacional, podendo ser customizado
em uma operação automática ou ma-
nual e atendendo necessidades de 4 a
10 kg/h de ClO2.
Site: www.denora.com
Dopp
A Dopp fabrica tanques e reservatórios
a partir do sistema Lipp GmbH de dobra
dupla (tecnologia alemã). Com capa-
cidades de até 10 mil m³ e diâmetros
até 50 m (tamanhos e capacidades
maiores sob consulta), a empresa utiliza
materiais como aço carbono, aço galva-
32 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Especial
nizado e Verinox (chapa de aço inoxi-
dável na parte interna e galvanizado na
parte externa).
Site: www.dopp.com.br
Ectas
A Ectas Saneamento exibirá o seu por-
tfólio de soluções para saneamento.
Com uma equipe multidisciplinar, a em-
presa trabalha com projetos, produção,
instalação e operação de sistemas de
tratamento de água e efluentes, tendo
participado de mais de 500 projetos
desde a sua fundação em 2002.
Site: www.ectas.com.br
Eletraenergy/Hexing em poços com diâmetro interno míni-
A Eletraenergy/Hexing irá expor a sua mo de 6”.
nova linha de hidrômetros ultrassônicos Site: www.leao.com.br
Zlink. Disponível nos modelos DN 15-
25, 32-40 e 50-600, a série apresenta
Georg Fischer
A NeoFlow, da Georg Fischer, é uma
VRP - Vál-
vula Regu-
ladora de
Pressão vol-
tada para
características como medição de fluxo redes de
bidirecional para evitar fraudes, além distribuição
de detecção de tubulação seca e vaza- de água.
mentos. Seu projeto
Site: www.eletraenergy.com de vazão axial permite uma vazão até
0, mesmo com um pequeno diferencial
operacional.
Franklin Electric
Site: www.gfps.com/br/neoflow
A Franklin Electric, por
meio da sua marca
Bombas Leão, irá expor
Goldman
o motor da série S 600. A Goldman Soluções em Saneamento
Projetado para operar mostrará tecnologias que visam mini-
dentro d’água em gran- mizar os impactos ambientais causados
des profundidades, pode pela poluição. A empresa possui frota
ser acoplado a bombea- própria de caminhões combinados
dores para a captação de hidrojateamento, sucção a vácuo e
de águas subterrâneas sistema de inspeção robotizada, que
 Hydro • Setembro/Outubro 2022 33

permite opera com controle remoto dentro e Fabricado em espuma de poliuretano,

localizar fora, onde desloca-se na transversal à apresenta corpo com formato de projétil
o ponto lagoa, com opção de baixar a bomba e está disponível em diâmetros de 2 a
exato para de sucção e controlar a velocidade de 42”.
correção deslocamento. Possui dois top logs Site: www.hidropig.com.br
de falhas de segurança para parada ao chegar à
identifi- margem.
cadas na
Hidro Solo
Site: www.h2oambiental.com.br
rede. Os blocos Pluvitec Master, da Hidro Solo,
Site: https://goldmansaneamento.com.br/ são um fundo de fluxo confinado para
Hidropig filtros de areia em estações de trata-
O HLR-XP,
H2O Ambiental da Hidropig,
A balsa com controle remoto para pode ser
remoção de lodo da H2O Ambiental aplicado na
limpeza de
tubulações de
PVC, polieti-
leno, ou com
algum tipo de mento de água. Entre suas principais ca-
revestimen- racterísticas estão o funcionamento com
to interno. ou sem ar como auxilar na retrolavagem,
34 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Especial
eliminação de fundo falso e incremento
da eficiência do filtro de areia.
Site: www.hidrosolo.com.br
Improv
O SBL – Sistema de Bombeamento
Direto em Linha para Efluente Bruto da
Improv Equipamentos apresenta carac-
terísticas como bombeamento em linha
e rotação do motor controlada por varia-
dor de frequência. O escopo do sistema
envolve produtos como duas bombas
(principal e reserva), válvulas de entrada
e retenção, painel elétrico de aciona-
mento e controle/instrumentação e cor-
po e voluta compostos em aço inox.
Site: www.improvequipamentos.com.br
Matryx
A Matryx mostrará a sua linha de flocu-
lantes com diferentes tipos de carga, es-
truturas de cadeia e pesos moleculares.
Podem ser
utilizados
em ETAs –
Estações de
Tratamento
de Água e
ETEs – Es-
tações de
Tratamento
de Esgoto
na parte
inicial como agentes de floculação, no
tratamento biológico como auxiliares,
assim como no deságue e adensamen-
to do lodo.
Site: www.matryxpq.com.br
Nanoplastic Retesp
As mídias biológicas MBBR – Moving Os sistemas de aeração da Retesp são
Bed Biofilm fornecidos em três modelos principais:
Reactor da fixos, removíveis ou flutuantes, este últi-
Nanoplastic mo composto por linhas ou ramais em
foram de- PEAD – Polietileno de Alta Densidade
senvolvidas com deriva-
considerando ções (man-
as particula- gueiras de
ridades e necessidades de cada tipo de borracha)
projeto. O portfólio, que já conta com que levam
os modelos MBBR3 (16x6), MBBR1 o ar até os
(30x15) e MBBR2 (60x30), terá o conjuntos
acréscimo do MBBR4 (90x45). difusores próximos do fundo da lagoa
Site: www.nanoplastic.com.br ou tanque. Os conjuntos contam com
manifolds de aço inox com 4, 5 ou seis
difusores.
Netzsch
Site: https://retesp.com/
A Netzsch
Bombas &
Sistemas
Saint - Gobain Canalização
destacará A Saint-Gobain Canalização apresen-
as bombas tará a sua nova geração de tubos de
peristálticas ferro fundido dúctil para o transporte
Peripro. de água, composto por revestimento
Disponíveis externo em epóxi líquido azul para
nas versões industrial (foto), alimentícia oferecer maior resistência ao impacto,
e química, são indicadas para aplicações assegurar a integridade da cor e ampliar
em meios agressivos e abrasivos com sua capacidade anticorrosiva. Também
um conteúdo de até 70% de sólidos. será mostrado o Filtralite, solução em
Site: www.pumps-systems.netzsch.com argila expandida que substitui areia ou
areia e antracito em filtros convencio-
Nordic Water
Entre os produtos apresentados pela
Nordic Water está o DynaDisc, filtros de
disco para a separação de sólido-liquido
entre
10 e
100µ. nais utilizados em ETAs – Estações de
Podem Tratamento de Água, plantas industriais
ser apli- e mineradoras.
cados Site: www.sgpam.com.br
nos tra-
tamentos primário, pré de membranas
de filtração ou terciário de águas resi-
Sidrasul
duais. A Sidrasul levará o seu portfólio de
Site: www.nordicwaterbr.com motobombas de drenagem, dragagem,
 A ALFACOMP EXISTE PARA CRIAR E FORNECER SOLUÇÕES
INOVADORAS EM AUTOMAÇÃO, TELEMETRIA E WIRELESS PARA
APLICAÇÕES INDUSTRIAIS, PROMOVENDO O CRESCIMENTO PESSOAL
E PROFISSIONAL DE COLABORADORES, CLIENTES E FORNECEDORES.

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do saneamento

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de pressão ultrassônico de nível eletromagnético

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36 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Especial

balsas, dragas e supressores de surtos. hidrojateamento a alta pressão e trans-

Um dos destaques serão as tubulações porte de líquidos.
flexíveis de 1” a Site: www.solivacc.com.br
8” para instalação to de Esgoto, até a operação assistida
de motobombas e entrega. A companhia também atua
em poços tubu-
Sulzer em outras frentes, como a instalação de
lares profundos. Os trituradores para esgoto Muffin adutoras, elevatórias e ETAs – Estações
Resistentes a Monster, da Sulzer, são projetados para de Tratamento de Água.
altas pressões e proteger bombas e outros equipamen- Site: www.tanksbr.com.br
trações, elas são tos, triturando até os sólidos mais resis-
fabricadas com tentes. Disponíveis em três tamanhos,
tecido em tear circular revestido interna- cada qual com a opção para tubulação
Tech Composites
mente e externamente em poliuretano e canal, Os materiais fabricados pela Tech Com-
com suporte para passagens das cintas possuem posites são imunes à corrosão e podem
de fixação do cabo elétrico. eixos ser aplicados em ETAs - Estações de
Site: www.sidrasul.com.br paralelos, Tratamento de Água, ETEs - Estações de
baixa Tratamento de Esgoto, elevatórias e cap-
rotação, tação. A empresa possui homologação
Solivacc alto torque, cortadores e espaçadores
A Solivacc irá expor diversas soluções na individuais que garantem folgas reduzi-
feira. Entre os sistemas que serão di- das e maior eficácia de corte.
vulgados figuram limpeza por sucção a Site: www.sulzer.com
vácuo e desobstrução por alta pressão,

TanksBR
Além de soluções em reservação, a
TanksBR irá apresentar a Ágili Soluções,
braço da companhia cujo destaque é a
atuação desde o estudo inicial de con-
cepção de ETEs - Estações de Tratamen-
nas principais empresas de saneamento
do país e elabora tanto o projeto quanto
executa a instalação dos produtos com
equipe própria.
Site: www.techcomposites.com.br
 Hydro • Setembro/Outubro 2022 37

Tequaly XRC (canais abertos e estações eleva-

A Tequaly promoverá diversos de seus PEAD Ocre Sanipro. Serão expostas tórias) e XRipper XRG (grandes canais
serviços para o mercado de saneamen- tubulações com diâmetros de 400, 800 com altas vazões).
to, que incluem a fabricação metal/ e 1200 mm. Site: https://www.vogelsang.info/
Site: www.tigre.com.br

Watson-Marlow
Vogelsang A bomba peristáltica Qdos CWT - Con-
A Vogelsang veying Wave, da Watson-Marlow, ofere-
apresentará suas ce intervalos
mecânica para sistemas de tratamento soluções de tritu- mais longos
e equipamentos, ETAs - Estações de ração e bombeio de manuten-
Tratamento de Água e ETEs - Estações para operação de ção, reduzindo
de Tratamento de Esgoto compactas, efluentes e lodos. o impacto
sistemas terciários físico/químicos, entre O destaque fica causado por
outros. por conta da linha de trituradores de paradas, além
Site:https://www.tequaly.com/ duplo eixo XRipper, fabricada a partir de de diminuir o
um único bloco de aço especial e que custo total de
oferece arestas de corte endurecidas propriedade. O produto trabalha com
Tigre e duráveis. Disponível nos modelos pressão máxima de 7 bar e seu funcio-
Um dos produtos mostrados pela ADS XRipper XRP (linha em tubulações de namento dispensa o uso de acessórios.
Tigre é a linha de tubos corrugados em esgoto e em poços de visita), XRipper Site: www.wmftg.com
 engenharia

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montagens para as
maiores industrias do
país.

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com soluções para atender obras industriais, corporativas e de infraestrutura.
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40 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Saneamento
Novos padrões de pintura
contra corrosão de
estruturas metálicas
Este trabalho apresenta
uma metodologia voltada à
qualificação dos esquemas
de pintura com base no
desempenho de proteção
dos ativos de saneamento.
São apresentados os ensaios
realizados (em laboratório
e campo) em esquemas
de pintura, propostos pelos
fornecedores de tinta,
para cinco condições de
agressividade comuns
em estruturas metálicas
utilizadas pelas companhias
de saneamento.
Allan Saddi Arnesen, Marco Aurélio Lima Barbosa e Ricardo Gonçalves,
do Departamento de Acervo e Normalização Técnica da Sabesp
Sidney Oswaldo Pagotto Júnior, pesquisador do Laboratório de
A Sabesp - Companhia de Sanea-
mento Básico do Estado de São
Paulo é a terceira maior empresa de
saneamento do mundo em termos
de receita. A companhia presta servi-
ços em 372 municípios do Estado de
São Paulo e atende cerca de 29 mi-
lhões de consumidores. Seus ativos
são valorados em mais de US$ 8 bi-
lhões, sendo uma parcela significativa
representada por sua infraestrutura
operacional [14].
Grande parte dessa infraestrutura
aplicada aos sistemas de água e es-
goto é fabricada em material metálico,
a exemplo das tubulações, registros,
válvulas, bombas, reservatórios, etc.
Esses componentes estão expostos
a agentes agressivos inerentes aos
processos de água e esgoto, como
o íon cloro, gás sulfídrico e sulfatos,
entre outros.
Assim, as especificações técnicas
com requisitos de qualidade de re-
vestimentos e sistemas de pintura re-
presentam uma importante alternativa
para proteger esses ativos, visando
prolongar sua vida útil e otimizar os
altos investimentos com a sua implan-
tação e manutenção.
Corrosão e Proteção do IPT
Para atender essa necessidade, a
Sabesp contratou, entre 1998 e 2001,
o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnoló-
gicas de São Paulo para a elaboração
de um acervo de mais de 30 normas
técnicas empresariais que especificam
tintas e sistemas de pintura.
Passados praticamente 20 anos,
o acervo de normas da Sabesp re-
queria uma revisão, especialmente
pelos seguintes aspectos:
• Descontinuidade de produção de
tintas com componentes que podem
representar riscos à saúde humana e
ao meio ambiente (exemplo: alcatrão
de hulha e solventes), previstos no
acervo inicial de Normas Técnicas Sa-
besp (NTS).
• Definição de novos esquemas de
pintura, em função de avanços tecno-
lógicos que produzem tintas de seca-
gem mais rápida e maior espessura,
além de equipamentos de aplicação.
• Adoção de nova metodologia, que
defina o desempenho, considerando
determinada condição de agressivida-
de, e não o tipo de tinta como critério
de seleção, trazendo, assim, benefícios
tecnológicos e financeiros. Ao estimu-
lar desenvolvimentos de tecnologias,
 42 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Tab. II – Condição de exposição 1: exposição à umidade ou agentes

Saneamento químicos
Norma Requisito/
Ensaio
técnica Condição de ensaio
evitam-se revisões frequentes de nor- inspeção de mate- Aderência ASTM D4541 12 MPa
mas à medida que produtos são lan- riais, operação e Envelhecimento cíclico C5 High ISO 12944-6 10 ciclos
çados no mercado. manutenção dos Imersão em água destilada, 40°C ASTM D1141 2000 h
Imersão em H2SO4 a 30% ASTM D1308 2000 h
Para realizar essa revisão do acervo ativos da empresa.
Imersão em NaOH a 10% ASTM D1308 2000 h
de Normas Técnicas Sabesp, a compa- As atividades fo- Imersão em 3,5% de NaCl ASTM D1308 2000 h
nhia contratou novamente o IPT, con- ram desenvolvidas Descolamento catódico (30 d) ASTM G8 A ou B
siderando a excelência de seus profis- por meio de en-
sionais e a infraestrutura laboratorial saios em laboratório e em campo, reu- úmidos ou quimicamente agressivos
para estudos de corrosão. Também niões de acompanhamento dos resul- (incluindo imersão em água); situações
participaram do trabalho engenheiros tados e da elaboração conjunta dos sujeitas à abrasão e desgaste; ambien-
e técnicos da Sabesp com ampla ex- textos normativos. tes de baixa agressividade; em contato
periência em projetos, qualificação e ou imersão em esgoto; e para proteção
de materiais poliméricos expostos aos
Tab. I – Principais condições de exposição das Objetivo raios solares. A tabela I apresenta os
estruturas metálicas a serem protegidas contra corrosão
Realizar estudos que subsi- substratos e algumas considerações de
Condição Considerações Substratos
• Possibilidade de imersão
diem a atualização do acervo de cada condição.
em água com e sem Normas Técnicas Sabesp (TNS) Para cada uma dessas condições de
1 - Umidade
tratamento.
ou agentes relacionados a tintas e sistemas exposição, foram propostos ensaios de
• Se em contato com água,
químicos de pintura para prevenção da cor- desempenho específicos, os quais es-
requisito de potabilidade.
• Não se aplica a esgoto.
• Ferrosos novos rosão em estruturas metálicas. tão apresentados nas tabelas II a VI.
• Equipamentos ou • Ferrosos em
2 - Abrasão
componentes sujeitos à
Para os ensaios acelerados e cícli-
e desgaste uso (manutenção)
abrasão ou desgaste. • Não ferrosos cos, foi definida a realização de incisão
• Ambientes de escritório
Metodologia nos corpos de prova, de acordo com a
3 - Baixa
ou abertos em locais não
agressividade
agressivos. Inicialmente foram definidas ASTM D1654, a fim de avaliar a pene-
• Contato ou imersão em cinco condições específicas de tração da corrosão na região da incisão
4 - Esgoto
esgoto. agressividade tradicionalmente ao final do ensaio. Para a Condição 1,
• Proteção dos raios sola- encontradas nas estruturas me- foi solicitado que os esquemas a se-
5 - Exposição • Materiais
res quanto à degradação.
a raios sola- plásticos tálicas utilizadas pelas empresas rem propostos tivessem certificado de
• Aspecto estético é
res (poliméricos)
importante. prestadoras de serviços de sanea- potabilidade, uma vez que poderiam
Obs.: Exemplos de materiais ferrosos: ferro fundido e aço carbono mento: exposição em ambientes vir a ser imersos em água.
 44 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Saneamento

Em seguida, foi solicitado Tab. III – Condição de exposição 2: abrasão e desgaste

às empresas de tinta nacionais Requisito/
Ensaio Norma
Condição de ensaio
que fornecessem corpos de Aderência ASTM D4541 15 MPa
prova revestidos para os es- Envelhecimento cíclico C5 High ISO 12944-6 10 ciclos
quemas de pintura propostos, Resistência à imersão em xileno ASTM D1308 2000 h
de forma que os requisitos Resistência à abrasão 1000 ciclos ASTM D4060 110 mg (máx.)
Resistência ao impacto ASTM D2794 2,5 J (min)
fossem avaliados e ajustados
de acordo com os resultados
Tab. IV – Condição de exposição 3: baixa agressividade
obtidos em laboratório. É im-
Requisito/
portante observar que não foi Ensaio Norma
Condição de ensaio
especificado o esquema a ser Aderência ABNT 11003 Gr 0 or X0Y0
aplicado ou o tipo de tinta a Resistência à névoa salina ABNT 8094 480 h
ser utilizado. As empresas Exposição a 100% de umidade relativa ABNT 8095 240 h

Tab. V – Condição de exposição 4: contato ou imersão em esgoto

Ensaio Norma Requisito/ Condição de ensaio
Aderência ASTM D4541 12 MPa
Envelhecimento cíclico C5 High ISO 12944-6 16 ciclos
Imersão em esgoto ASTM D1308 2160 h
Resistência à abrasão 1000 ciclos ASTM D4060 200 mg (máx.)
Resistência ao impacto ASTM D2794 2,5 J (min)
Descolamento catódico (30 d) ASTM G8 A ou B

Tab. VI – Condição de exposição 5: materiais de base polimérica expostos a raios solares

Ensaio Norma Requisito/ Condição de ensaio
Aderência ABNT 11003 Gr 0 or X0Y0
Resistência à UV-A e umidade ASTM G154 960 h

Fig. 1 – Aspecto dos corpos de prova do fornecedor A, após o ensaio cíclico na condição C5
High da ISO 12944-6. Fonte: IPT, 2020

Fig. 2 – Aspecto dos corpos de prova do fornecedor B, após o ensaio cíclico na condição C5
High da ISO 12944-6. Fonte: IPT, 2020
Hydro • Setembro/Outubro 2022 45

deveriam fornecer esquemas que jul-

gassem adequados às cinco condições
apresentadas e aptos a atingirem os
requisitos mínimos propostos.

Resultados
Sete empresas atenderam à soli-
citação, fornecendo corpos de prova
revestidos para os ensaios propostos
nas tabelas II a VI, os quais foram rea-
lizados no primeiro semestre de 2020.
De forma a apresentar o aspecto vi-
sual de alguns corpos de prova ao final
dos ensaios, as figuras 1 e 2 mostram
o aspecto de corpos de prova de dois
fornecedores (A e B, respectivamente),
após as avaliações de penetração na
incisão e aderência à tração (pull off),
realizadas ao final do ensaio cíclico na
condição C5 High da ISO 12944-9.
A partir dos resultados obtidos, os
requisitos mínimos foram ajustados, de
maneira que cada esquema proposto
tivesse pelos menos três fornecedores
com propostas que atendiam aos re-
quisitos mínimos. De maneira geral, fo-
ram necessários ajustes mínimos, uma
vez que a maioria dos esquemas en-
saiados atingiu os requisitos mínimos
previamente estabelecidos.
Após concluídos os ensaios e re-
visados os requisitos mínimos, foram
geradas cinco novas normas de qua-
lificação para a Sabesp, cada uma es-
pecífica para a condição de exposição
avaliada. Cabe acrescentar que, para
os esquemas de pintura onde a Sa-
besp considera que o aspecto deco-
rativo é importante, acrescentou-se a
exigência de que o brilho dos corpos
de prova submetidos aos ensaios ace-
lerados e cíclicos deve ser determina-
do antes e ao final dos ensaios cícli-
cos, segundo a ASTM D523, devendo
apresentar uma retenção de brilho de
no mínimo 70% a 80% do brilho ini-
cial, dependendo da situação.
46 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Saneamento
Análise e discussão
dos resultados
Tomando como base os resultados
dos ensaios de laboratório, foi elabo-
rada uma nova série de normas de
ensaios de desempenho para qualifi-
cação e de aplicação dos esquemas
de pintura para as cinco condições
definidas, sendo elas:
• NTS 341: Revestimentos para ma-
teriais sujeitos à imersão em água ou
expostos a ambientes úmidos ou qui-
micamente agressivos – Ensaios de
desempenho.
• NTS 342: Revestimentos para ma-
teriais sujeitos a contato direto com
esgoto – Ensaios de desempenho.
• NTS 343: Revestimentos para mate-
riais expostos em ambientes de baixa
agressividade – Ensaios de desempe-
nho.
• NTS 344: Revestimentos para ma-
teriais sujeitos à abrasão e desgaste –
Ensaios de desempenho.
• NTS 345: Revestimentos para mate-
riais poliméricos expostos a raios sola-
res – Ensaios de desempenho.
Além dessas cinco condições, tam-
bém foi trabalhada uma norma de de-
sempenho para aplicações de revesti-
mentos para fins de identificação cro-
mática, sendo denominada: NTS 352
- Revestimentos para identificação cro-
mática – Ensaios de desempenho.
Por fim, foi revisada a NTS 084
(Critérios para seleção, qualificação e
aplicação de revestimentos cromáticos
e anticorrosivos), que passou a ser a
norma responsável por estabelecer os
critérios para a especificação, qualifica-
ção e inspeção de revestimentos, bem
como sua aplicação e manutenção.
Essa norma deve ser utilizada como
um guia geral para os serviços de apli-
cação de revestimentos para proteção
contra corrosão.
Conclusões e
recomendações
Uma vez desenvolvida e implemen-
tada, pretende-se que essa nova meto-
dologia de qualificação de revestimen-
tos resulte na flexibilização de especi-
ficações técnicas, facilitando o controle
dos processos e servindo como indu-
tor de novas tecnologias.
O trabalho também estabeleceu al-
ternativas, pela abordagem de desempe-
nho, que possibilitam a descontinuidade
do uso de tintas com componentes que
podem representar riscos à saúde hu-
mana e ao meio ambiente (exemplo:
alcatrão de hulha e solventes).
Vale ressaltar ainda que uma seleção
da solução de proteção anticorrosiva

adequada deve promover um signifi-
cativo aumento da vida útil dos esque-
mas de pintura e, consequentemente,
aumentar os intervalos de manutenção.
Referências
[1] ABNT NBR 11003 - Tintas - Determinação
da aderência.
[2] ABNT NBR 8094 - Material metálico revestido
e não revestido - Corrosão por exposição à
névoa salina - Método de ensaio.
[3] ABNT NBR 8095 - Material metálico revestido
e não revestido - Corrosão por exposição à at-
mosfera úmida saturada - Método de ensaio.
[4] ASTM D1141 - Standard Practice for the Pre-
paration of Substitute Ocean Walter.
[5] ASTM D1308 - Standard Test Method for
Effect of Household Chemicals on Clear and
Pigmented Organic Finishes.
[6] ASTM D1654 - Standard Test Method for Eva-
luation of Painted or Coated Specimets Sub-
jected to Corrosive Environments.
[7] ASTM D2794 - Standard Test Method for Re-
sistance of Organic Coatings to the Effects of
Rapid Deformation (Impact).
[8] ASTM D4060 - Standard Test Method for
Abrasion Resistance of Organic Coatings by
the Taber Abraser.
[9] ASTM D4541 - Standard Test Method for
Pull-Off Strength of Coatings Using Portable
Adhesion Testers.
[10] ASTM D523 - Standard Test Method for
Specular Gloss.
[11] ASTM G154 - Standard Practice for Opera-
ting Fluorescent Light Apparatus for UV Expo-
sure off Nonmetallic Materials.
[12] ASTM G8 - Standard Test Methods for Ca-
thodic Disbonding of Pipeline Coatings.
[13] ISO 12944-9 - Paints and varnishes - Corro-
sion protection of steel structures by protec-
tive paint systems - Part 9: Protective paint
systems and laboratory performance test
methods for offshore and related structures.
[14] Relatório de Sustentabilidade da Sabesp,
2019, disponível em: http://site.sabesp.com.
br/site/interna/Default.aspx?secaoId=93
[15] NTS 341: Revestimentos para materiais
sujeitos à imersão em água ou expostos a
ambientes úmidos ou quimicamente agres-
sivos - Ensaios de desempenho, disponível
em: https://normastecnicas.sabesp.com.br/
[16] NTS 342: Revestimentos para materiais su-
Hydro • Setembro/Outubro 2022 47
jeitos a contato direto com esgoto - Ensaios
de desempe-nho, disponível em: https://
normastecnicas.sabesp.com.br/
[17] NTS 343: Revestimentos para materiais
expostos em ambientes de baixa agressivi-
dade – Ensaios de desempenho – Ensaios
de desempenho, disponível em: https://nor-
mastecnicas.sabesp.com.br/
[18] NTS 344: Revestimentos para materiais
sujeitos à abrasão e desgas-te - Ensaios de
desempenho, dispo-nível em: https://nor-
mastecnicas.sabesp.com.br/
[19] NTS 345: Revestimentos para materiais po-
liméricos expostos a raios solares, disponível
em: https://normastecnicas.sabesp.com.br/
[20] NTS 352 - Revestimentos para identificação
cromática - Ensaios de desempenho, dis-
ponível em: https://normastecnicas.sabesp.
com.br/
Trabalho originalmente apresentado no
32º Encontro Técnico AESabesp/Fenasan -
Congresso Nacional de Saneamento e Meio
Ambiente, realizado de 14 a 16 de setembro
de 2021, de forma online.
48 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Sistemas prediais

Testes de estanqueidade
em tubulações de água
fria e quente – Parte 1
Marco Yamada, Engenheiro Mecânico, Mestre em Ciências pelo Programa
de Mestrado em Inovação em Construção Civil (EPUSP)

Profª Dra. Lúcia Helena de Oliveira

Departamento de Engenharia de Construção Civil da EPUSP

A norma de sistemas prediais de

Falhas de estanqueidade nas
tubulações de água podem
trazer danos à edificação
e impactos financeiros e
ambientais. Como assegurar
a previsibilidade de operação
das instalações? O artigo
avalia a eficácia dos
métodos de verificação e
critérios de desempenho da
estanqueidade de sistemas
prediais de água fria e
água fria e quente e a norma
de desempenho recomendam que
o teste de estanqueidade do sistema
de água quente seja realizado com
água em temperaturas a 80ºC e 70ºC,
respectivamente, o que incorre em
maiores custos e dificuldades. Essa
prática é confiável? Ela melhora a pre-
visibilidade dos resultados? Este artigo
é composto por duas partes. Esta pri-
meira aborda os critérios de desempe-
nho e os métodos de verificação, bem
como suas particularidades. A segun-
da parte, a ser publicada na próxima
Anomalia no perfil de
Detecção e correção
consumo de água
do vazamento
Falha de
400 estanqueidade
350
300
Consumo (m³)
edição, aborda os resultados obtidos
em campo por meio da aplicação dos
critérios e métodos de verificação.
Introdução
Conceitua-se estanqueidade como
a ausência de vazamentos ou de va-
zões indesejadas de um fluido oriun-
do de fontes internas ou externas a
um determinado sistema. Ela é um
estado físico e temporário e não uma
característica inerente aos sistemas
em questão, uma vez que pode ser
alterado a qualquer momento.
Pico de consumo
devido a limpeza dos
reservatórios
Normalização

quente previstos em normas 250

do consumo

200
técnicas.
150
100
50
0
16/jul

16/set
16/out
16/nov
16/dez
17/jan
17/fev
17/mar
17/abr
17/mai
17jun
17/jul

17/set
17/out
17/nov
17/dez
18/jan
18/fev
18/mar
18/abr
18/mai
18/jun
18/jul

18/set
18/out
18/nov
18/dez
19/jan
19/fev
16/ago

17/ago

18/ago

Fig. 1 – Histórico do consumo de água de um edifício residencial. Fonte: Autor

50 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Sistemas prediais
Causadas por defeitos ou vícios
construtivos ou de projeto, pelo des-
gaste natural dos componentes e ma-
teriais ou problemas no uso, operação
e manutenção do sistema, as falhas
de estanqueidade estão entre as pato-
logias mais comuns nos sistemas pre-
diais hidráulicos e sanitários. Podem
trazer danos ao patrimônio, impactos
financeiros e ambientais, paradas par-
ciais ou totais do sistema e, em casos
específicos, riscos de segurança.
Há dois tipos de estanqueidade:
• Externa ou intersistemas: impede
infiltrações de um sistema para ou-
tro, como no caso de vazamentos de
tubulações em paredes. Geralmente
apresentam duas manifestações pato-
lógicas. Uma delas é a perda de água.
Na figura 1 está ilustrado o histórico do
consumo hídrico de um edifício resi-
dencial de São Paulo em um período
de vazamento no alimentador predial.
A outra manifestação é o dano à edifi-
cação, subsistemas e patrimônio. Exem-
plos de danos causados pela ruptura de
um ramal de água quente estão apre-
sentados na figura 2. Nos dois casos as
tubulações foram testadas de acordo
com as normas e aprovadas conforme
critérios de desempenho, porém as fa-
lhas ocorreram em menos de um ano.
• Interna ou intrassistema: impede
o fluxo de um trecho para outro no
mesmo sistema, como o fecha-
mento de ramais com válvulas
de bloqueio para manutenção
ou válvulas de retenção para
evitar o fluxo reverso da água.
Pressurização
A falha na estanqueidade in-
da pressão de
trassistema pode impedir as
atividades de manutenção (re-
gistros de bloqueio) ou causar
o acionamento intermitente de
bombas ou pressurizadores.
A estanqueidade das tubula-
ções, em todos os seus níveis, Fig. 3 - Comportamento da pressão durante o teste de estanqueidade em
é uma expectativa clara duran- tubulações que não apresentam variações no volume interno. Fonte: Autor portamento esperado da
Fig. 2 - Danos causados por vazamentos (a) na laje e (b) no forro. Fonte: [11]
te a vida útil da edificação. Por isso, é
exigida em diversas normas técnicas,
a exemplo da NBR 5626 [1] e NBR
15575-6 [4], entre outras.
Considerando-se que a estanquei-
dade seja um estado físico e tempo-
rário de um determinado sistema e
ligado diretamente à sua execução, o
método de verificação mais adequado
são os testes em campo, que simu-
lam as condições de uso e operação,
situações mais rigorosas e mesmo a
ocorrência de falhas. Dessa forma é
possível obter um grau de previsibili-
dade durante a vida útil da edificação.
Mas com as recentes atualizações
de algumas normas, surgem dúvidas
quanto à execução de testes de estan-
queidade, em especial de água quen-
te, que demandam equipamentos e
procedimentos mais complexos e não
habituais ao mercado.
Intervalo de teste
(60 min)
Término da
pressurização Despressurização
do sistema
(50% acima
operação)
de teste (kPa)
Pressão
0 20 40 60 80 100
Intervalo de teste (min)
Critérios de desempenho
e métodos de verificação
Os testes em campo para verifica-
ção de desempenho da estanquei-
dade das tubulações devem ser rea-
lizados durante a execução, antes da
entrega e periodicamente durante a
operação do sistema.
Pressão de teste
O método mais aceito pelas normas
técnicas é a verificação do comporta-
mento da pressão de teste. Ele consis-
te em bloquear trechos da tubulação,
submetê-los a uma pressão e observar o
comportamento por meio de um manô-
metro durante um intervalo de tempo.
Considerando que tanto o volume
interno do trecho testado quanto a tem-
peratura do fluido são constantes, caso
o sistema esteja estanque, a pressão
não deve apresentar variações per-
ceptíveis durante o teste.
Pressão de operação
Limite mínimo
A queda da pressão in-
dica um vazamento, uma
vez que se considera uma
estanqueidade intrassiste-
ma no trecho testado, ou
seja, as válvulas de blo-
queio, retenção e outros
componentes apresentam
funcionamento pleno e
120 140 160 180 200
não permitem a passa-
gem de água. Na figura 3
é apresentado o com-
52 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Sistemas prediais
pressão do sistema para tubulações
sem variações no volume interno.
A pressurização pode ser realizada
com água (hidrostática), ar (pneumá-
tica) ou pela combinação de ambos.
O teste pneumático a altas pres-
sões em trechos com grandes volu-
mes internos geralmente não é reco-
mendado devido a riscos de explosão
no caso de falha nos componentes. Já
com pressões pouco elevadas, a iden-
tificação de possíveis locais de vaza-
mento é difícil. Além disso, a taxa de
queda de pressão também pode ser
pouco perceptível em função do volu-
me interno do trecho e do vazamento.
Os testes hidrostáticos são, geral-
mente, mais confiáveis que os testes
pneumáticos. A baixa taxa de com-
pressibilidade da água torna a taxa de
queda de pressão mais perceptível no
caso de falhas.
Ao mesmo tempo, a presença de
ar na tubulação é comum, principal-
mente antes do início da operação do
sistema.
Para garantir que não exista ar no
sistema é necessário purgá-lo com
uma quantidade considerável de água,
o que pode ser ineficiente, devido à
necessidade de maior preparo antes
do início do teste. Assim, na prática, a
maioria dos testes de água fria antes
do início da operação são realizados
com uma mistura de ar e água. Os
testes das tubulações do sistema de
água quente são hidrostáticos, uma
vez que diversos equipamentos não
funcionam com a presença de ar.
As pressões e a temperatura, bem
como o intervalo de teste são, em
geral, definidos nas normas técnicas.
Essas grandezas podem ser entendi-
das como os critérios de desempe-
nho para atendimento ao requisito
de desempenho do sistema.
Diversas normas abordam a estan-
queidade dos sistemas prediais e seus
componentes, de modo que existem
diversos critérios normativos relativos à
estanqueidade das tubulações de água.
Idealmente, essas variáveis deveriam
ser diferentes em função das caracte-
rísticas do trecho do sistema testado.
A temperatura máxima da água do
sistema de água quente previamente
estabelecida pela NBR 7198 [2] era
de 70ºC, porém em sua atualização
para NBR 5626 [1], o limite foi remo-
vido, deixando essa escolha a cargo
do projetista. Ressalta-se, no entanto,
que os testes das tubulações devem
ser executados com a água a 80ºC [1].
Diversas normas técnicas ainda não
foram atualizadas após a revisão da
NBR 5626 [1]. Em determinados siste-
mas ou trechos, a temperatura de opera-
ção pode ser superior à temperatura de
teste. Se não for planejado de maneira
adequada, o teste pode ser feito em
uma condição mais branda que as cir-
cunstâncias previstas para a operação,
o que reduz sua capacidade de prever
o desempenho esperado do sistema
e, também, a confiança nos resultados.
Considerando que a temperatura
da água do sistema de água fria e
quente pode variar entre a temperatu-
ra ambiente e um limite que deve ser
especificado em projeto, a temperatura
de teste deveria variar de acordo com
a temperatura prevista para a operação
do sistema.
Além disso, em determinadas con-
dições, colunas de distribuição de água
fria e quente e alimentadores prediais
podem trabalhar com pressões supe-
riores a ramais e sub-ramais, de modo
que a pressão de teste também deve-
ria apresentar diferenças em função do
 Hydro • Setembro/Outubro 2022 53

Intervalo de Pressão de operação

pressurização Intervalo de teste
Limite mínimo
(30 min) (90 min) Limite máximo

Término da
pressurização Despressurização
do sistema
trecho testado. Em colunas Ressalta-se que a queda
de distribuição muito longas, Pressurização
(50% acima
de pressão é apenas um indi-
da pressão de Queda de
a pressão de teste pode su- operação) pressão cador de falha de estanquei-
admissível
perar a pressão máxima que dade e a verificação desse

de teste (kPa)
os componentes são capazes comportamento sem o en-

Pressão
de suportar, demandando a tendimento do sistema pode
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
setorização do sistema com Intervalo de teste (min)
levar a conclusões incorretas.
registros de bloqueio para a Alguns materiais empre-
Fig. 4 - Comportamento da pressão durante o teste de estanqueidade
execução dos testes. em tubulações que permitem variações de volume interno – Teste gados nos tubos possuem
A taxa de queda de pres- Tipo A. Fonte: Autor características mecânicas que
são também apresenta varia- permitem variações em sua
ções em função do volume interno trutivos e permitir maior precisão do dimensão quando sujeitos a pressão.
do trecho testado e fluidos de teste, resultado, além de menores intervalos Essas alterações no volume interno da
inclusive a proporção dos fluidos de ensaios. tubulação (aumento do diâmetro ou
empregados (água, ar ou a mistu- Também é necessário notar que do comprimento dos tubos) podem
ra de ambos), fazendo com que o ventosas, vasos de expansão, válvulas levar a uma perda de pressão durante
intervalo de teste ideal seja diferen- de segurança de pressão e tempera- o teste, mesmo quando o trecho está
te conforme sistema. Devido a isso, tura e outros componentes podem estanque.
recomenda-se que os testes sejam impedir que o sistema seja testado Nas figuras 4 e 5 estão apresenta-
realizados com as tubulações expos- sem o fechamento de trechos especí- dos os critérios de estanqueidade da
tas, passíveis de inspeção visual, para ficos ou dos componentes, com risco regulamentação técnica da Inglaterra
facilitar a identificação de vícios cons- de distorcer os resultados. e do País de Gales [9], que permi-
 54 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Sistemas prediais

tem uma queda de pressão Intervalo de Intervalo

Despressurização
Pressão de
pressurização de teste Intervalo de teste 2
do sistema
desde que a tubulação seja operação (30 min) (30 min) (120 min)
Limite Queda de
inspecionada visualmente e mínimo Término da
pressão
Limite pressurização
admissível 1
não sejam constatados va- máximo
(60 kpa)
zamentos. Nota-se que esse Pressurização
critério é aceito apenas em da(50% acima
pressão de Queda de
tubulações flexíveis, como o operação) pressão
admissível 2
PEX, e que o trecho não es- (80 kpa)

de teste (kPa)
teja sujeito a nenhum tipo

de pressão a montante.
Desse modo, observa-se
que apenas a verificação do
Fig. 5 - Comportamento da pressão durante o teste de
comportamento da pressão estanqueidade em tubulações que permitem variações
de teste, conforme prescrito de volume interno – Teste Tipo B. Fonte: Autor
nas normas técnicas, pode
ser um critério falho. É importante co-
nhecer o funcionamento do sistema
que será testado e as consequências
da aplicação dos critérios e métodos
de verificação, de modo que os resul-
tados não tenham interferências capa-
zes de distorcer as conclusões.
Testes de estanqueidade
de tubulações de sistemas biente, pode ser necessário reinstalar
de água quente
Devido à temperatura de operação,
os sistemas de água quente possuem
particularidades que fazem com que o
teste de estanqueidade apresente di-
ferenças em relação a outros sistemas
hidráulicos.
Durante a montagem do sistema a
temperatura dos componentes, bem
como da água, difere consideravel-
mente da temperatura do sistema du-
rante seu funcionamento.
Ao mesmo tempo, as tubulações,
juntas, liras, pontos de fixação, tan-
ques de expansão e diversos outros
componentes são instalados em tem-
peratura ambiente. Quando o sistema
de aquecimento passa a funcionar, a
temperatura da água e dos compo-
nentes do sistema aumenta. A dilata-
ção dos materiais e da própria água
causa uma movimentação nas tubu-
Pressão
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Intervalo de teste (min)
lações e aumento na pressão interna
exercida pelo fluido.
A movimentação eleva os esfor-
ços nos pontos de fixação, conexões
e em outros componentes da tubula-
ção, podendo levar a rupturas, trincas,
deformações dos materiais e compo-
nentes, entre outras patologias. Além
disso, uma vez que os componentes
foram instalados em temperatura am-
ou regular parte deles.
Em suma, os esforços dinâmicos
impostos pelo uso e operação do sis-
tema de água quente não são iguais
aos esforços dinâmicos impostos ao
sistema de água fria. Logo, a verifica-
ção do requisito de desempenho tam-
bém não deveria ser igual.
Essa condição foi considerada em
diversas normas técnicas (tabela I),
que preconizam que a temperatura de
teste não pode ser a temperatura am-
biente, diferente do teste de água fria.
O teste com água com tempera-
turas superiores à temperatura am-
biente demanda algumas condições
para sua realização. Primeiramente,
é necessário um aquecedor para a
execução do teste. Devido a restrições
de segurança, geralmente, os aque-
cedores empregados nos testes são
elétricos e possuem uma potência
Hydro • Setembro/Outubro 2022 55

energética elevada. Logo, é necessário

um ponto de energia próximo ao local
de teste na edificação.
A água troca calor com os compo-
nentes e com o ambiente e, por isso,
precisa ser constantemente aquecida
e mantida em circulação durante o
ensaio. Devido à necessidade de um
fluxo constante de água quente para
manter a temperatura de teste, a pres-
são é dinâmica. Além disso, as tubu-
lações só podem ser testadas em cir-
cuitos fechados, para evitar o descarte
constante da água e a manutenção da
temperatura de teste.
Essa condição nem sempre é encon-
trada em obras que não consideraram
o teste em seu planejamento. Nesse
caso, mesmo em sistemas com ramais
de recirculação, é comum que a água
recirculada não compreenda parte dos
ramais e sub-ramais, impedindo-lhes de
alcançar a temperatura. Esses trechos
não podem ser testados sem modifica-
ções no projeto ou instalação provisória
de um sistema de recirculação externa.
Ao usar a bomba para recirculação
da água, é preciso purgar o ar nas tu-
bulações antes do início dos testes (o
ar pode travar a bomba ou provocar
cavitação).
A presença de possíveis circuitos
preferenciais impede que a tempera-
tura seja alcançada em determinados
trechos. Em alguns casos, pode ser
necessário testar o sistema por partes
para garantir que a temperatura seja
alcançada em todos os trechos.
Ressalta-se também que nenhu-
ma das normas é clara ao estabelecer
onde a temperatura de teste deve ser
verificada. Considerando que as normas
estabelecem a temperatura mínima de
teste, é possível inferir que ela deveria
ser medida no ponto mais desfavorável,
ou seja, no retorno do sistema de aque-
cimento, porém não há uma afirmação
expressa sobre esse item.
56 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Sistemas prediais
O ponto de medição da temperatura
implica que a perda térmica do trecho da
tubulação tem influência direta no teste,
uma vez que pode existir uma perda de
temperatura considerável em tubulações
de maior extensão. Essa perda pode im-
pedir que a temperatura de teste seja
alcançada, tanto devido às limitações da
potência do sistema de aquecimento,
quanto pela necessidade de uma tem-
peratura mais alta que os componentes
do sistema estão projetados a resistir.
Em geral, é necessário alterar o pla-
nejamento de atividades como o fecha-
mento das vedações internas, a exemplo
de forros e paredes, onde os trechos a
serem testados estão localizados. Tam-
bém pode ser necessário antecipar a
execução do isolamento térmico das tu-
bulações para que a temperatura de tes-
te seja alcançada. Em ramais extensos e
sistemas mais complexos, em especial
aqueles com sistemas de aquecimento
coletivo, a alteração no fluxo de obra se
torna considerável.
Conclusão
Os requisitos e critérios de desem-
penho de estanqueidade, bem como
Tab. I – Critérios normativos de estanqueidade de tubulações de sistemas prediais de água quente.
Fonte: [11]
Norma Pressão Temperatura Tempo
50% superior à pressão
NBR 15575-6 Edificações habitacionais - desempenho:
de operação, com um 70ºC 1h
[4] Requisitos para sistemas hidrossanitários
limite mínimo de 100 kPa
50% superior à pressão
NBR 5626 Sistemas prediais de água fria e água quente
de operação, com um 80ºC 1h
[1] - Projeto, execução, operação e manutenção
limite mínimo de 600 kPa
NBR 15345 Instalação predial de tubos e conexões de
[3] cobre e ligas de cobre - Procedimento
Sistemas de tubulações plásticas para De acordo
De acordo
instalações prediais de água quente e fria. De acordo com a norma com a
com a norma
NBR 15813-3 Parte 3: Tubos e conexões de polipropileno do sistema norma do
do sistema
[5] copolímero random PP-R e PP-RCT - sistema
Montagem, instalação, armazenamento
e manuseio
NBR 16057 Sistema de aquecimento de água a gás - 50% superior à pressão
70ºC 2h
[8] Projeto e instalação de operação
Sistema de tubulações plásticas para
instalações prediais de água quente e fria
NBR 15884-3
[6]
- Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 3:
Montagem, instalação, armazenamento 50% superior à pressão
e manuseio de operação, com um 80ºC 20 min
Sistemas de tubulações plásticas para limite mínimo de 100 kPa
NBR 15939-3 instalações prediais de água quente e
[7] fria - Polietileno Reticulado (PE-X). Parte 3:
Procedimentos para instalação.
os métodos de verificação, em es- sistência técnica. Como sugestões de
pecial aqueles aplicáveis aos siste- melhoria, recomendam-se:
mas de água quente, necessitam ser • Definição e unificação das defini-
melhorados nas normas técnicas dos ções e termos técnicos.
sistemas prediais e de componentes. • Estabelecimento de critérios de
As atualizações normativas podem desempenho que acomodem as va-
permitir que os testes sejam mais efi- riações necessárias em função das
cientes, proporcionando uma melhor características do sistema testado ou
qualidade dos sistemas prediais de o estabelecimento de critérios dife-
água fria e quente, maior satisfação rentes em função das características
dos usuários e menores custos de as- específicas dos sistemas.

• Maior clareza sobre os procedimen-
tos e métodos de verificação, espe-
cialmente onde as grandezas relativas
ao critério de desempenho devem ser
mensuradas em campo.
É necessário ressaltar que os cri-
térios de desempenho estabelecidos
pelas normas técnicas trazem maior
dificuldade para a verificação do de-
sempenho do sistema e, consequen-
temente, maior custo de verificação de
conformidade do requisito. Ao mes-
mo tempo, idealmente, o teste deve-
ria ser realizado nas condições mais
próximas possíveis de uso e operação,
de modo que os resultados permitam
obter uma melhor previsibilidade do
comportamento do sistema durante
a sua vida útil e, consequentemente,
menos falhas no desempenho espe-
rado e menores custos de assistência
técnica e de retrabalho.
Considerando que o requisito de
desempenho será atendido, seja por
meio da prevenção ou da correção de
possíveis falhas, o custo de qualidade
deve ser avaliado em conjunto com
outros aspectos, como a possibilidade
de danos ao patrimônio e riscos aos
usuários.
Referências
[1] ABNT NBR 5626: Instalação Predial de
Água Fria. 2020.
[2] ABNT NBR 7198: Projeto e execução de
instalações prediais de água quente. 1993.
[3] ABNT NBR 15345: Instalação predial de tu-
bos e conexões de cobre e ligas de cobre
– Procedimento. 2013.
[4] ABNT NBR 15575–6: Edificações Habita-
cionais – Desempenho – Parte 6: Sistemas
Hidrossanitários. 2013.
[5] ABNT NBR 15813–3: Sistemas de tubu-
lações plásticas para instalações prediais
de água quente e fria – Parte 3: Tubos de
polipropileno copolímero random PP–R E
Hydro • Setembro/Outubro 2022 57
PP–RCT – Montagem, instalação, armaze-
namento e manuseio. 2018.
[6] ABNT NBR 15884–3: Sistemas de tubulações
plásticas para instalações prediais de água
quente e fria - Policloreto de vinila clorado
(CPVC) – Parte 3: Tubos – Montagem, ins-
talação, armazenamento e manuseio. 2010.
[7] ABNT NBR 15939-3 Sistemas de tubula-
ções plásticas para instalações prediais de
água quente e fria - Polietileno Reticulado
(PE-X). Parte 3: Procedimentos para instala-
ção. 2011.
[8] ABNT NBR 16057: Sistema de aquecimento
de água a gás - Projeto e instalação. 2012.
[9] Initiative Copper. Pressure Testing of Piping Sys-
tems. Mar./2003. https://copperplumbing.org.
uk/sites/default/files/content_attachments/
pressure-testing-piping-systems_1.pdf.
[10] Water Industry, England and Wales. Statutory
Instrument No. 1148, 1st of April 1999. The
Water Supply (Water Fittings) Regulations
1999. Reino Unido. 1999. https://www.
legislation.gov.uk/uksi/1999/1148/made.
[11] Yamada, M.A.F.: Comissionamento de sis-
temas prediais de água quente. Dissertação
(Mestrado). Escola Politécnica da Universida-
de de São Paulo. 2021.
58 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Estudo de caso
Uso de coagulante natural
para remoção de cor
e turbidez no tratamento
de água
Ailton César Teles de Barros, Paulo Ricardo Amador Mendes, Caio Cesar Lino Menezes,
Luiz Rodrigo Gomes de Jesus, da SAEG – Companhia de Água, Esgoto e Resíduos
O artigo analisa a eficácia
da remoção dos parâmetros
físicos cor e turbidez com o
uso do extrato aquoso da
semente da árvore moringa
oleífera como coagulante
químico natural no processo
de tratamento de água.
A pesquisa utilizou ensaios
de bancada e Jar Test e foi
realizada em uma ETA –
Estação de Tratamento de
Água em Guaratinguetá, SP.
Tatiane do Nascimento Lopes, Evaldo Peixoto de Oliveira Júnior e
O s materiais utilizados como coa-
gulantes nos processos de
tratamento de água, mais especifica-
mente nas etapas de coagulação/flo-
culação, são à base de ferro e alumí-
nio, tais como o cloreto férrico (FeCl3),
cloreto de alumínio (AlCl3), sulfato de
alumínio (Al2(SO4)3) e policloreto de
alumínio (PAC). No entanto, existem
produtos naturais com propriedades
semelhantes aos químicos sintéti-
cos, como é o caso da semente da
árvore moringa oleífera. Diante de vá-
rias pesquisas já realizadas em nível
nacional e internacional com essa se-
mente, foram realizados ensaios de
bancada no sistema de tratamento de
água de Guaratinguetá para avaliação
de sua eficácia na remoção de cor e
turbidez da água bruta proveniente do
manancial superficial.
Conhecida como acácia branca
ou “árvore da vida”, a moringa oleí-
fera não é encontrada com facilidade
na região subtropical do Brasil (Sul
e Sudeste), exceto em área de uni-
versidades que fazem o plantio para
utilização nas pesquisas acadêmicas.
de Guaratinguetá
Mas a árvore é muito comum na re-
gião Nordeste.
Os biocoagulantes surgem como
produtos promissores no setor de sa-
neamento, destacando-se por serem
solúveis em água e de alta efetividade
numa ampla faixa de pH. Como vanta-
gens principais atribuídas aos coagulan-
tes naturais, em comparação aos inor-
gânicos sintéticos, estão a alta disponi-
bilidade da matéria-prima, amplamente
renovável, a baixa corrosividade sobre
o sistema de distribuição de água e a
diminuição do volume de lodo gerado
no processo de até cinco vezes. Não
apresentam riscos à saúde humana e
animal e são biodegradáveis [1].
À luz da saúde e do meio ambien-
te, perante as preocupações com o
uso dos produtos químicos, recomen-
da-se a necessidade de desenvolvi-
mento de produtos viáveis como co-
agulantes naturais [2].
Já Yin [3] reforça a importância da
substituição dos coagulantes quími-
cos á base de ferro e alumínio, bem
como policloreto de alumínio (PAC),
por coagulantes à base de plantas
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60 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Estudo de caso
para eliminar os impactos negativos
gerados pelos coagulantes inorgâni-
cos, tais como a ineficácia em águas
com baixa temperatura, altos custos
de aquisição, efeitos nocivos à saú-
de, produção de grandes volumes de
lodo e interferência significativa no pH
da água tratada.
Metodologia
Foi obtida uma remessa de 7 kg de
semente de moringa de dois locais de
Maceió, AL.
A pesquisa utilizou a análise quanti-
tativa, tendo em vista a geração de re-
sultados numéricos mediante estudos
em laboratório dos parâmetros físicos
(cor e turbidez) e químico (pH).
Os ensaios foram realizados no la-
boratório da ETA da SAEG - Compa-
nhia de Água, Esgoto e Resíduos de
Guaratinguetá mediante uso de colorí-
metro, turbidímetro e pHmetro. Com-
preenderam as seguintes etapas:
• Obtenção da água bruta na calha
Parshall da ETA com determinação
dos parâmetros considerados para o
estudo (cenário 1).
• Ensaios de coagulação/floculação
(Jar Test) com o com-
posto orgânico natural
com uso apenas da
polpa da semente (PS)
e polpa + casca da se-
mente (PS + CS), com
a determinação dos pa-
râmetros considerados
para o estudo (cenários
2 e 3).
• Criação de histórico e
gráficos, por parâmetro,
dos valores obtidos com Fig. 1 – Semente de moringa oleífera utilizada nos ensaios
as análises dos ensaios.
• Soluto 2: 12 g de sal de cozinha
Processo de obtenção (NaCl) para obtenção de solução
do extrato da semente 1 molar (1 M).
de moringa oleífera • Solvente: 200 mL de água deonizada.
Quanto ao preparo da solução com As soluções à base da semente de
o coagulante à base das sementes de moringa oleífera utilizadas como coa-
moringa oleífera, segue a descrição do gulante natural em dosagens no Jar
procedimento de preparo da solução Test foram obtidas em três etapas:
aquosa e características técnicas ado- 1 - Trituração em liquidificador de 40 g
tadas durante o ensaio: de soluto e 12 g de sal de cozinha em
• Soluto 1: 40 g à base de semente 200 mL de água deonizada para obter
de moringa oleífera: a solução salina 1 molar (1 M).
1 - Polpa da semente como coagulan- 2 - Peneiramento para retenção de
te tipo 1. eventual material grosseiro não tritu-
2 - Polpa + casca da semente como rado.
coagulante tipo 2. 3 - Diluição de 150 mL do extrato ou
 Hydro • Setembro/Outubro 2022 61

Remoção do parâmetro Cor Remoção do parâmetro Cor

Uso da semente Moringa Oleífera (PS) Uso da semente Moringa Oleífera (PS + CS)
300 100% 160 100%
90% 90%
140
250
80% 80%
120
70% 70%
200

Eficiência (%)

Eficiência (%)
60% 100 60%
Cor (µC)

Cor (µC)
150 50% 80 50%
40% 40%
60
100
30% 30%
40
20% 20%
50
10% 20 10%
0 0% 0 0%

Eficiência (%) Água bruta Água coagulada (PS) Eficiência (%) Água bruta Água coagulada (PS + CS)

Fig. 2 – Avaliação do parâmetro cor com uso dos extratos PS e PS + CS

quantidade inferior do volume resul-
tante em balão volumétrico de 500 mL,
complementado com água deonizada.
Tempo e velocidade considerados
durante os ensaios:
• Tempo de 10 minutos para a agita-
ção/trituração, com liquidificador em
alta rotação, para a obtenção do com-
posto de sementes de moringa (PS
ou PS + CS), água deonizada e sal de
cozinha.
• Velocidade de agitação do Jar Test:
100, 75, 50 e 20 rpm, sendo 2 minu-
tos de agitação em cada uma delas. Durante o tempo de decantação,
• Tempo de 30 minutos para a decan- após o funcionamento do aparelho
tação/sedimentação após o término Jar Test, visualizou-se uma presença
de agitação do líquido nas jarras, com considerável de partículas suspensas
avaliação dos parâmetros cor e turbi- capazes de alterar o valor da turbidez.
dez em intervalos de 10 minutos. Para avaliar a melhoria na clarificação
(redução do valor da turbidez), utili-
zou-se geocálcio, alcalinizante voltado
Resultados para a correção do pH no processo de
A figura 1 mostra a matéria-prima tratamento de água municipal.
semente da árvore moringa oleífera As figuras 2 e 3 mostram as curvas
para a realização dos ensaios de teste de valores das águas bruta e coagula-
de jarras (Jar Test). da correlacionadas as eficiências ob-
62 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Estudo de caso

tidas para os ensaios Remoção do parâmetro Turbidez Foi pensado na real pos-
Uso da semente Moringa Oleífera (PS)
com uso do extrato 180 100% sibilidade de geração de
90%
da polpa de semente 160
insumo base para a rea-
140 80%
(PS) e da semente 70%
lização dos ensaios com
120
completa (PS + CS) equipamento diverso ao

Eficiência (%)
60%
Cor (µC)

100
da moringa. 50% utilizado em laboratórios
80
O estudo con- 60
40%
de pesquisa acadêmica
30%
templou a criação de 40 20%
em universidades [4].
águas “sintéticas” para 20 10%

análise com uso de 0 0% Utilização de

solo argiloso/siltoso,
Eficiência (%) Água bruta Água coagulada (PS) diferentes extratos
a fim de simular água Remoção do parâmetro Turbidez de sementes
Uso da semente Moringa Oleífera (PS + CS)
de rio com elevada 180 100% nos ensaios
turbidez e avaliar o 90%
Quanto ao uso das
80 80%
potencial de remoção soluções à base da pol-
70%
dos parâmetros físi- pa da semente e a se-

Eficiência (%)
60 60%
Cor (µC)

cos cor e turbidez. 50% mente completa nos

A figura 4 mostra 40
os béqueres do Jar
20
Test com a água sin-
tética turva para uso 0 0%
no ensaio e o cenário
após o tempo de 30 Fig. 3 – Avaliação do parâmetro turbidez com uso dos extratos PS e PS + CS
minutos de decanta-
ção mediante uso do extrato da se-
mente da moringa.
Já a figura 5 mostra as curvas de
valores dos parâmetros cor e turbidez
das águas bruta e decantada 30 minu-
tos após os ensaios no Jar Test com
extratos da polpa e da semente com-
pleta da moringa.
Os resultados obtidos para cada
intervalo percentual de eficiência ana-
lisado da remoção dos parâmetros
são mostrados na figura 6.
Eficiência (%) Água bruta
Análise e discussão
Metodologia adotada para
a obtenção dos extratos
PS e PS + CS
Mesmo diante da existência de
procedimento para a geração do ex-
trato das sementes de moringa oleí-
fera, adotou-se um procedimento al-
ternativo considerando os equipa-
mentos básicos e de fácil aquisição
por qualquer empresa e/ou pessoa
física para a realização dos ensaios.
40% ensaios Jar Test, houve
30%
equivalência na redu-
20%
10%
ção dos parâmetros cor
e turbidez em grande
Água coagulada (PS + CS)
parte dos ensaios. Para
alguns, houve diferença
na aplicação dos dois
extratos, sendo mais eficiente a utili-
zação do extrato da semente apenas
com a polpa.
Durante o uso das soluções dos
extratos de moringa nos ensaios,
ocorreu sempre a agitação do balão
volumétrico para a homogeneização
dos componentes antes da utiliza-
ção da pipeta/proveta nas dosagens.
Observou-se durante a realização de
vários ensaios que o volume no ba-
lão apresentava sedimentação de ma-

Fig. 4 – Água sintética nos béqueres utilizada no ensaio Jar Test

64 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Estudo de caso

terial particulado, gerando a solução Interface dos extratos diante das em percentuais consideráveis,
bifásica (separação de componentes). das características da água conforme os gráficos apresentados.
sintética criada para o estudo A fim de maior complementação do
Interface do extrato diante Os extratos da semente de moringa estudo, faz-se necessária a realização
das características da apresentaram excelentes resultados de ensaios para os parâmetros quími-
água bruta do manancial na redução dos parâmetros cor e tur- co (ferro e manganês), bacteriológico
superficial bidez, com eficiência superior a 95%. (Escherichia Coli, etc.) e propriedades
Para as águas com turbidez eleva- As curvas de valores obtidos para os organolépticas (sabor e odor) para
da, o extrato da semente de moringa parâmetros cor e turbidez da água sin- atestar a utilização do produto natural
oleífera mostrou-se bastante eficaz tética turva apresentaram-se próximas em larga escala.
nos ensaios Jar Test (remoção de cor ao longo das várias dosagens empre- Uma vez sendo viável a utilização
e turbidez). Já para a água com bai- gadas nos ensaios para ambos os ex- da semente da árvore Moringa oleífe-
xa turbidez, houve a necessidade de tratos utilizados (figura 5). ra no processo de tratamento de água
redução da concentração da semente em escala real, alguns desafios para
no preparo do extrato (40 para 20 g) a obtenção da matéria-prima (extrato)
ou diluição do volume do extrato em
Conclusão precisam ser considerados, como a
balão volumétrico para a dosagem Foi constatada elevada remoção avaliação da área (km² ou ha) para o
nos ensaios Jar Test. das partículas suspensas e dissolvi- plantio da árvore, de forma a produzir

Parâmetro Cor em água sintética Parâmetro Turbidez em água sintética

Uso da semente Moringa Oleífera em Jar Test Uso da semente Moringa Oleífera em Jar Test
2.048 8.192
4.096
1.024
2.048
512 1.024
Turbidez (NTU)

512
256
Cor (µC)

256
128 128

64 64
32
32
16
16 8
5,0 10,0 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 60,0 75,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 5,0 10,0 20,0 22,5 25,0 27,5 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0 60,0 75,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0
Dosagem (mL) Dosagem (mL)
Água sintética 01 Água sintética 02 ∆T Decantação 00:30 min (PS) ∆T Decantação 00:30 min (PS + CS)

Fig. 5 – Avaliação dos parâmetros cor e turbidez das águas bruta e decantada após o ensaio Jar Test

1%5 ,62 


Cor: eficiência de remoção (%)
25%
20%
Eficiência (%)
15%
10%
5%
0%
Intervalo de remoção do parâmetro
Polpa de semente (PS)
Fig. 6 - Histogramas para avaliação de remoção dos parâmetros cor e turbidez da água bruta
a quantidade necessária de sementes
compatível com a vazão e as caracte-
rísticas da água bruta a ser tratada, e
a produção industrial do extrato com
as sementes para posterior uso como
coagulante, sem a perda das proprie-
dades naturais (catiônica).
Como benefício da utilização des-
se produto natural como coagulante,
o resíduo gerado no processo de trata-
mento de água (lodo de ETA) poderia
ser usado como adubo em plantações
Hydro • Setembro/Outubro 2022 65
Turbidez: eficiência de remoção (%)
25%
20%
Eficiência (%)
15%
10%
5%
0%
Intervalo de remoção do parâmetro
Polpa + casca da semente (PS + CS) Polpa de semente (PS) Polpa + casca da semente (PS + CS)
variadas ou na recomposição de solo [2] Choy, S. Y., Prasad, K. M. N., WU, T. Y., Ra-
em áreas sujeitas a processo erosivo ghunandan, M. E., Ramanan, R. N. Utilization
of plant-based natural coagulants as future
no próprio município, reduzindo cus-
alternatives towards sustainable water clari-
tos com transporte e destinação a
fication. Journal of Environmental Sciences,
aterros sanitários. 2014.
[3] Yin, C.-Y. Emerging usage of plant-based
Referências coagulants for water and wastewater treat-
ment. Process Biochemistry, 2010.
[1] Lima Júnior, R. N., Abreu, F. O. M. S. Produtos [4] Camacho, F. P., Sousa, V. S., Bergamasco, R.,
Naturais Utilizados como Coagulantes e Flo- Teixeira, M. R. The use of Moringa oleifera
culantes para Tratamento de Águas: Uma as a natural coagulant in surface water
Revisão sobre Benefícios e Potencialidades. treatment. Chemical Engineering Journal,
Revista Virtual de Química, 2018. 2017.
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66 Hydro • Setembro/Outubro 2022

Conexão

A importância
do sistema sifônico
na captação
Natalia Francischini,
Executiva de Produtos
da Amanco Wavin
de águas pluviais
Usada há muitos anos no exterior, a tecnologia sifônica
proporciona uma captação mais rápida e eficiente em
comparação ao sistema convencional, evitando, assim,
transbordos e alagamentos que podem gerar danos
à estrutura de edificações e prejuízos aos indivíduos.

A s empresas procuram mitigar o

desperdício de água por meio
de diferentes tipos de ações, mas sem-
pre buscando soluções inovadoras que
estejam alinhadas com um pensamen-
to sustentável. O setor de construção
civil possui um papel crucial nesse ce-
nário por ser o responsável por man-
ter o crescimento das metrópoles, an-
dando lado a lado da busca por novas
tecnologias sustentáveis.
Grande parte da infraestrutura das
grandes cidades (e seus arredores) é
ineficiente: os centros urbanos per-
dem aproximadamente 60% de toda Instalação de sistema sifônico em obra
a água bombeada por vazamentos e
tubulações, de acordo com o artigo de águas pluviais de coberturas tem grandes coberturas, como, por exem-
Quantifying the global non-revenue mais de 30 anos de uso na Europa e plo, lajes de galpões, fábricas, hospitais
water problem, escrito por R. Liember- está apto para solucionar as problemá- e aeroportos, com papel importante no
ger e A. Wyatt. Exatamente por fatores ticas atuais relacionadas ao clima. As desenvolvimento de metrópoles mais
que requerem ações imediatas é que chuvas estão cada vez mais intensas e, preparadas para os desafios climáticos.
as soluções convencionais devem ser por consequência, os alagamentos em Na coleta de água em lajes e cober-
reconhecidas por fazerem parte da grandes cidades têm se tornado mais turas, a nova tecnologia sifônica tem
evolução e permitirem, por meio de frequentes, exigindo soluções estrutu- um papel fundamental, exatamente
uma releitura, o nascimento de solu- rais urgentes. A coleta de águas plu- por proporcionar uma captação mais
ções mais aptas e propícias para os viais realizada pelos sistemas urbanos rápida e eficiente em comparação ao
problemas que o mundo enfrenta. de saneamento básico nas chamadas sistema convencional, evitando, assim,
Apesar de novo no mercado brasi- galerias pode ser realizada inicialmen- transbordos e alagamentos que po-
leiro, o sistema sifônico para captação te por meio dos telhados das casas e dem gerar danos à estrutura e prejuí-
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 68 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Conexão
zos aos indivíduos do local.
Ainda é válido reforçar que
o sistema sifônico utiliza os
dados fornecidos na norma
brasileira NBR 10844 – Ins-
talações prediais de águas
pluviais. Fig. 1 - Sistema convencional (à esq.) e sifônico
Sistema sifônico vs.
sistema convencional
Quando falamos na drenagem da
água da chuva em coberturas por meio
de um sistema convencional, significa
que a água coletada e o ar existente
no ambiente acabam entrando juntos
pelo ralo da cobertura e dividem espa-
ço dentro do sistema de tubos e co-
nexões, ou seja, o tempo para a cap-
tação de toda a água torna-se maior
pois o espaço utilizado na seção dos
tubos é reduzido, aumentando o tem-
po de coleta da água. Além disso,
depende-se da força da gravidade atu-
ando para conduzir essa água através
dos tubos. Por isso é necessária uma
declividade/inclinação nos tubos hori-
zontais e vários pontos de coleta (ra-
los e tubos de descida) a fim de que
o tempo de captação seja suficiente
para não alagar a cobertura.
Em contrapartida, ao dimensionar
um projeto para drenagem de co-
bertura utilizando o sistema sifônico,
a água chega ao ponto de descarte
formando uma pressão negativa, de
acordo com o princípio de Bernoulli.
Fig. 2 - Sistema convencional (à esq.) e sifônico
Nesse caso, o sistema impede que
o ar seja sugado para as saídas do te-
lhado durante as chuvas intensas, re-
sultando em uma captação de água
maior do que a realizada pelo sistema
convencional.
No fluxo de passagem plena, a di-
ferença de altura entre a cobertura e
o nível de descarga da água da chu-
va é utilizada para obter a energia que
vai aumentar a velocidade do fluxo da
água no tubo. Essa combinação, além
de eliminar o ar dentro do tubo, eleva
a velocidade do fluxo e ainda entrega
um considerável aumento na capaci-
dade de descarga, gerando uma signifi-
cante redução nas dimensões do tubo.
Dessa forma, é possível otimizar os
espaços arquitetônicos da construção
e obter uma considerável redução das
tubulações do sistema, afetando dire-
tamente a parte estética e funcional
das estruturas de lajes e coberturas.
Além disso, com o sistema sifônico,
não é necessária declividade nos tu-
bos (figura 3), o que também gera
melhor aproveitamento do pé direito.
A aplicação do sistema sifônico
é versátil e seu uso é recomendado

Fig. 3 - Com desnível (convencional, à esq.) e horizontal sem desnível (sifônico)
especificamente para drenagem de vimento das cidades resilientes, ao
coberturas em níveis elevados, sendo adaptar as estruturas para as adversi-
desconsiderado para o uso em drena- dades climáticas dos centros urbanos
gens urbanas (solo), uma vez que o e ser uma solução impulsionadora do
funcionamento do sistema é acionado reaproveitamento do recurso hídrico,
pela diferença entre os canais de en- possibilitando um escoamento mais
trada e saída. eficiente e rápido das águas pluviais
para os reservatórios ou sistemas de
descarte.
Sustentabilidade Ainda, o sistema sifônico é dotado
A nova tecnologia tem se mostra- de defletores antivórtice, responsáveis
do uma grande aliada na construção por evitar a entrada de ar na tubula-
das atuais edificações das metrópoles. ção, e, por conta de seu design dife-
O sistema sifônico ganhou destaque renciado, grelhas especiais dificultam
no mercado por auxiliar no desenvol- a entrada de detritos (folhas, gravetos,
Hydro • Setembro/Outubro 2022 69
pedras. etc.) nos tu-
bos, proporcionan-
do maior tranquili-
dade aos responsá-
veis pela estrutura.
Porém é importante
salientar a necessi-
dade de realizar pelo menos duas
manutenções preventivas ao ano, fo-
cadas em limpeza. Em conjunto, suas
características funcionais possibilitam
a alta eficiência do sistema e uma per-
formance superior frente às opções
convencionais.
Além de ser uma opção mais ren-
tável, por demandar a instalação de
menos tubos de queda e ralos de
captação, reduzindo o valor da obra,
ainda há uma redução das caixas de
passagem, otimização do tempo de
instalação e maior mobilidade arqui-
tetônica.
70 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Produtos
Câmara de lodo
A câmara de retenção de
lodo da BakofTec é produ-
zida em polietileno e contém
um cesto de limpeza para
retirada do material. O pro-
duto pode ser instalado em
todos os volumes dos multi
biodigestores fabricados pela
empresa.
Site: www.bakof.com.br
Motobomba
centrífuga
Fabricada pela chinesa
Shimge, a motobomba cen-
trífuga CPM é indicada para
sistemas de abastecimento,
irrigação, pressurização e re-
circulação de água limpa em
instalações residenciais, pre-
diais e industriais. Apresenta
corpo da bomba em ferro
fundido, tratamento antifer-
rugem, protetor térmico e
capacidade de vazão de até
104 L/min. Comercializada
pela Claw Motobombas.
Site: www.clawmotobombas.com.br
Controle de água
O PCT-120E Plus, da Full
Gauge Controls, é um pres-
sostato e termostato com
duas saídas de controle e
dois estágios atuando em
modo de pressurização, des-
pressurização, refrigeração,
aquecimento ou alarme, e
que também pode ser apli-
cado para controle de nível
de água. É capaz de co-
mandar diretamente duas
cargas de até 1 HP e possui
duas entradas digitais que
permitem utilizar dispositivos
externos para proteção do
sistema controlado.
Site: www.fullgauge.com.br
Compressor de ar
A Ingersoll Rand disponibili-
zou para o mercado o com-
pressor centrífugo Turbo-Air
NX 2500. Isento de óleo,
pode ser utilizado em ope-
rações com ar ou nitrogênio.
Com faixa de vazão entre
2300 e 4800 cfm, pressão
manométrica de descarga
entre 39 psig (libras por po-
legada quadrada manomé-
trica) e 210 psig e faixa de
potência de 450 a 900 HP,
suas dimensões e design
foram feitos para facilitar a
instalação e a manutenção
periódica.
Site: www.ingersollrand.com
Gestão
A SBR Saneamento Brasil
oferece uma plataforma vol-
tada para a gestão dos re-
cursos hídricos. Disponível
para diversas plataformas,
inclusive dispositivos móveis,
a tecnologia conta com uma
central de controle operacio-
nal 24 horas.
Site: www.saneamentobr.com.br
Estações de
tratamento
de efluentes
As ETEs compactas da
Ecosciences são desenvol-
vidas e dimensionadas se-
gundo as especificações
do contratante. O objetivo
é proporcionar a otimização
dos espaços disponíveis
com eficiência de tratabili-
dade de efluentes domés-
ticos e industriais, lançando
efluentes tratados dentro
dos limites legais.
Site: www.ecosciences.com.br
Geração
de oxigênio
As Docs Energy, da PCI
Gases do Brasil, apresentam
um controle inteligente de
gestão de energia onde o
consumo varia de acordo
com a necessidade de pro-
dução de oxigênio. O usuá-
rio pode utilizar o recurso
de monitoramento remoto
para controlar, via celular
ou computador, o desempe-
nho dos equipamentos.
Site: https://pcigases.com.br/
Impermeabilização
A Chohan Revestimentos
Especiais trabalha com di-
versos tipos de impermeabi-
lização, com destaque para
a aplicação de borracha de
poliuretano. Entre as áreas
atendidas estão piscinas, tan-
ques, caixas d’água, estações
de tratamento de efluentes,
entre outras.
Site: www.chohan.com.br
 Hydro • Setembro/Outubro 2022 71

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A remessa da revista será ou não
efetivada após análise dos seus dados. E-mail: __________________________________________________________________________________________
Alternativamente, você pode preencher
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Cargo Área Formação profissional Número de empregados da

Diretor Comercial/vendas empresa/divisão
Engenheiro. Modalidade:
Gerente Marketing Até 50
______________________________
Supervisor Produção
Tecnólogo. Modalidade: 51 a 100
Chefe Compras/suprimentos
Consultor Projetos ______________________________ 101 a 500
Engenheiro Instalações/Montagens Técnico (2º G). Modalidade: 501 a 1000
Outro. Especifique: Operação
______________________________ Acima de 1000
Manutenção
______________________________
Outra. Especifique: Outra. Especifique:
______________________________ ______________________________

Perfil da empresa. Indique abaixo a opção que melhor descreve as atividades de sua empresa / organização:

1. Engenharia – Serviços técnicos Refino de petróleo, álcool 5. Construção civil & Setor imobiliário
especializados Empreendedor / incorporador imobiliário
Petroquímica
Tipo de serviço: Mercados em que atua: Química Construtora
consultoria instalações Farmacêutica Escritório de arquitetura
projetos hidrossanitárias prediais Produtos de limpeza, perfumaria Administração imobiliária / condominial
instalações, tratamento de água Tintas, vernizes e produtos afins Empresa de gestão predial (facility)
montagens tratamento de esgotos Borracha e plásticos Outro. Especifique:
manutenção, sanitários __________________________________
Vidro, cimento, cerâmica
reformas tratamento de efluentes
Metalurgia de metais ferrosos
outros industriais
Siderurgia 6. Comércio & Serviços
redes públicas de distribuição
Metalurgia de metais não-ferrosos Revendedor de material hidráulico
Fundição Shopping center, hipermercado
2. Empresa / concessionária de serviço
público de saneamento Tratamento de metais, trefilação e afins Hotel e assemelhados
Empresa estadual de saneamento Automotiva e autopeças Hospital
Empresa / autarquia municipal de água e esgotos Geração de energia elétrica Clube, balneário, centro de lazer, parque
Concessionária de serviço público de saneamento Outro. Especifique: Outro. Especifique:
__________________________________ __________________________________
3. Indústria(ver também seção 4)
Setor em que a empresa se enquadra: 4. Fabricante de produtos para o mercado de água 7. Outros
Mineração e saneamento Instituto de pesquisa, laboratório, serviços
Segmentos em que atua: de ensaios e de certificação
Alimentos
instalações hidrossanitárias prediais Escola
Bebidas
tratamento de água Agência / Comissão de serviços públicos
Têxteis
tratamento de esgotos sanitários Administração federal, estadual, municipal
Vestuário, confecções
tratamento de efluentes industriais Associação
Produtos de couro, calçados
redes públicas de distribuição Outro. Especifique:
Papel e celulose
drenagem urbana __________________________________
72 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Publicações
Meio ambiente – A Cetesb disponi-
bilizou o livro Acordo Ambiental São
Paulo – 56 Cases de Sucesso na Agen-
da Climática (402 páginas, https://
bit.ly/3PubAAm), que traz resultados
concretos do Acordo Ambiental São
Paulo, com cases apresentados pelas
empresas contendo suas experiências
e projetos para redução dos gases de
efeito estufa. A primeira parte traz, em
56 cases, uma amostra do que foi feito
e planejado em prol do
cumprimento das metas
ambientais voluntárias
para deter o aquecimento
global. Os casos foram
submetidos à análise e
aprovação por parece-
ristas com conhecimento técnico no
tema. Já a segunda parte é composta
pela Nota Técnica 01 – Quantificação e
Relato de Emissões de Gases de Efeito
Estufa, atualizada, com a abordagem e
apresentação de referências e meto-
dologias para reportar as emissões de
gases de efeito estufa.
Biogás – O Projeto GEF Biogás Brasil
lançou a obra Metodologias para Inte-
gração do Biogás na Cadeia de Valor
da Agroindústria (GEF Biogás Brasil,
124 páginas, https://bit.ly/3dC07Br).
Desenvolvido em parceria com o
Sebrae-PR, o livro é resultado de uma
Índice de anunciantes
Alfacomp ........................................35
Alphatek .................................26 e 27
Alphenz ............................................7
Alvenius..........................................15
Analyser..........................................49
Aquastar .........................................45
B&F Dias .........................................22
Biosis..............................................56
Chohan ...........................................68
Clarifil.............................................46
Diehl ...............................................53
Dopp........................................10 e 11
Ecotrim ...........................................42
colaboração
multissetorial
que inclui
empresas, instituições e entidades li-
gadas à cadeia de valor do biogás no
Brasil e contém diretrizes para sua
aplicação nas atividades dos produto-
res rurais na agroindústria paranaense,
mostrando como o biogás pode avan-
çar com o aproveitamento de dejetos
bovinos, suínos, aves e outros resíduos
de frigoríficos e laticínios, atividades
expressivas na economia do Paraná.
Hidrologia – Em Hidrologia Florestal
Aplicada: Planejando as Interações en-
tre a Floresta e a Água (editora Edusp,
320 páginas, https://bit.ly/3SZyXon),
os autores Silvio F.B. Ferraz e Walter de
Paula Lima apresentam e discutem con-
ceitos modernos sobre o conhecimento
atual das relações entre as florestas e
a conservação da água, como contri-
buição para a busca de maior equilíbrio
entre a produção e conservação no
planejamento de bacias hidrográficas.
Conceitos fundamentais como ciclo
hidrológico e seus processos constituin-
tes, a bacia hidrográfica como unidade
integradora, o comportamento da água
no solo e os processos eco-hidrológicos
da zona ripária são abordados ao longo
dos 12 capítulos da obra. Aspectos apli-
cados de manejo de bacias hidrográfi-
Gardner Denver...............................55
Gemü ..............................................61
H2O Ambiental................................14
Hidrofiltros .....................................69
Hidrotecno......................................24
Howden...................................3ª capa
Ideu.................................................63
Imperveg ........................................43
Improv Equipamentos.....................31
IWT..................................................68
Lepono do Brasil ............................47
Liter ........................................2ª capa
Lupy Brasil..............................19 e 57
cas, como o uso da água
pelas florestas e seus servi-
ços hidrológicos, entre ou-
tros, também fazem parte
da análise, que inclui ainda
um histórico das relações entre a flores-
ta e a água e um apêndice com termi-
nologia, unidades e transformações.
Legislação – Escrito por Denílson
Carmo Bertolaia, o livro Direito Fun-
damental ao Saneamento Ambiental
(editora Dialética, 172 páginas, https://
bit.ly/3c1WjsA) fomenta o aperfeiçoa-
mento da relação homem e fins do
Estado, à medida que modifiquem
as condições do meio e atendam às
necessidades do homem moderno e
seu progresso. As temáticas desenvol-
vidas são subsidiadas por dados do
IBGE – Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística.
Os atores e agentes, órgãos
públicos e organizações
privadas são estudados em
suas competências dentro
das políticas públicas de
saúde. O Direito Sanitário e sua impor-
tância no mundo jurídico, bem como a
internacionalização desses direitos por
meio dos Tratados Internacionais, são
contextualizados sob uma ótica que
envolve as áreas da saúde, saneamento
básico e meio ambiente.
Majestic..........................................44 Tech Tank .......................................18
Maquimp ........................................24 Tecitec............................................52
MC Fluid .........................................60 Tecniplas ........................................29
Mitsubishi Electric..........................59 Tecnosan ........................................25
MSE Engenharia......................38 e 39 TecTerra..........................................32
Netzsch...........................................37 Toraqua ..........................................21
Pumps Brasil ..................................51 VazFlux............................................54
Retesp ............................................64 Vogelsang...................................4 e 5
Saint Gobain ...........................4ª capa Walsywa .........................................13
Sancotec ........................................17 Water Warehouse ...........................36
SBR Saneamento............................23 Watson-Marlow..............................33
Schneider Motobombas .................65
TanksBR .........................................41

Cursos
Cetesb – O calendário de cursos da
Cetesb para o segundo semestre de 2022
inclui os seguintes treinamentos: Poluição
Marinha: Monitoramento e Licenciamento
Ambiental no Litoral (4 a 7 de outubro),
Coleta e Preservação de Amostras de
Água e Sedimento (17 a 21 de outubro)
e Biomonitoramento Participativo de
Córregos e Ribeirões (8 e 9 de novem-
bro). Todos acontecem no formato pre-
sencial em São Paulo. Informações no
site https://bit.ly/39Vt21Q.
Resíduos sólidos – A Intertox Academy
realizará, entre os dias 26 e 27 de outu-
bro, a 7ª edição do curso Gerenciamento
de Resíduos Sólidos: Legislações, Clas-
sificações de Perigo, PGRS, Transporte,
FDSR, Rotulagem e Resíduos Controlados
pelas Polícias. O treinamento acontece
em São Paulo e também pode ser acom-
panhado online. O curso pretende apro-
fundar o conhecimento de profissionais
envolvidos na gestão de resíduos, para
melhorar o entendimento de aspectos jurí-
dicos de responsabilidade compartilhada
e conhecimentos normativos voltados a
esta disciplina. Site: https://bit.ly/3CZbVYS.
Tratamento de resíduos – Organizado
pela ABES Conecta – Associação Brasilei-
ra de Engenharia Sanitária e Ambiental,
o curso Tratamento, Usos Benéficos e
Disposição dos Resíduos Gerados no
Sistema de Abastecimento de Água será
realizado de 7 a 11 de novembro, no
formato virtual. O curso abrange desde
a origem dos resíduos gerados em ETAs
– Estações de Tratamento de Água até a
disposição final dos rejeitos. Informações
no site https://bit.ly/3OoSyeH.
Superfícies – A ABTS – Associação
Brasileira de Tratamento de Superfície
passou a ministrar o curso online Cálculos
de Custos em Tratamentos de Superfície.
Dividido em três módulos, o treinamento
visa fornecer subsídios aos profissionais
para a formulação de cálculos técnicos e
custos nas áreas de galvanoplastia e pin-
tura. Site: https://bit.ly/3OE6VLA.
Eventos
Fenasan – O 33º Encontro Técnico
AESabesp/Fenasan será realizado entre
os dias 13 e 15 de setembro no Expo
Center Norte, em São Paulo. O evento
reunirá diversos profissionais para de-
baterem sobre assuntos pertinentes ao
setor, além de apresentar uma exposição
de produtos. Site: www.fenasan.com.br.
Intermach – A Intermach – Feira e
Congresso Internacional de Tecnologia,
Máquinas, Equipamentos, Automação e
Serviços para a Indústria Metalmecânica
acontece entre os dias 13 e 16 de se-
tembro em Joinville, SC. Entre os temas
que serão destaque no evento estão a
Indústria 4.0 e a Automatização dos Pro-
cessos. Site: https://bit.ly/3ot1X9I.
Águas urbanas – A ABRHidro – As-
sociação Brasileira de Recursos Hídricos
promove, de 19 a 23 de setembro, o
XIV ENAU – Encontro Nacional de Águas
Urbanas em Brasília, DF. O evento conta
com diversas palestras técnicas e estudos
de caso sobre temas como processos
hidrológicos em meio urbano, governan-
ça e participação de comunidades para
implementação de soluções de drena-
gem, monitoramento e avaliação de car-
gas difusas e contaminantes emergentes,
entre outros tópicos. Informações no site
https://bit.ly/3MgfFqp.
Meio ambiente – O 19º Congresso Na-
cional de Meio Ambiente será realizado
de 20 a 22 de setembro em Poços de
Caldas, MG. O tema central será “Planeta
Terra, Água e Ar – Consciência, Conser-
vação e Educação”. Informações no site
https://bit.ly/3tu6Z9B.
Hydro • Setembro/Outubro 2022 73
Agenda
Sedimentos – O XV Enes – Encontro
Nacional de Engenharia de Sedimentos
será realizado de 3 a 6 de outubro em
Campo Grande, MS. Com o tema Trans-
porte de Sedimentos e as Novas Tec-
nologias: Particularidades e Desafios,
o evento tem como principal objetivo
a troca de experiências e a discussão
de temas relevantes para a solução de
problemas decorrentes dos processos
de erosão, transporte e deposição de
sedimentos. Site: https://bit.ly/3NnINwf.
Tecnologias – A WSI – Water Smart
Innovations acontece de 4 a 6 de ou-
tubro em Las Vegas, EUA. O evento
reúne feira e congresso e vai destacar
as tecnologias, produtos e soluções
voltadas ao setor de água. Informações
no site https://bit.ly/3rDIt4d.
Infraestrutura – A 63ª edição do
Congresso Brasileiro do Concreto será
realizada de 11 a 14 de outubro em
Brasília, DF. O evento contará com um
seminário de infraestrutura para discutir
as perspectivas de investimento em
diversos segmentos, entre eles o sanea-
mento. Site: https://bit.ly/3cILgVJ.
Tubos – Realizada pela Abitam – Asso-
ciação Brasileira da Indústria de Tubos
e Acessórios de Metal, a Tubotech –
Feira Internacional de Tubos, Válvulas,
Bombas, Conexões e Componentes
acontecerá no período de 25 a 27 de
outubro no São Paulo Expo Exhibition &
Convention Center. Informações no site
www.tubotech.com.br.
Resíduos sólidos – A Waste Expo
Brasil acontece entre os dias 8 e 10
de novembro no Pavilhão Amarelo do
Expo Center Norte, São Paulo. O evento
tem como objetivo disseminar informa-
ções e novas tecnologias relacionadas
ao saneamento básico e a gestão ade-
quada de resíduos sólidos. Informações
no site https://bit.ly/3nhG3px.
74 Hydro • Setembro/Outubro 2022
Opinião
Relacionamento
multicanal
no saneamento
A té há pouco tempo, as concessio-
nárias de água e esgoto tinham
uma comunicação reativa, baseada em
poucos canais de atendimento, geral-
mente presencial ou por telefone. Esse
modelo está sendo rapidamente substi-
tuído por uma comunicação multicanal,
ou seja, vários canais nos quais o relacio-
namento inclui todas as etapas da jorna-
da do cliente, especialmente por meio
das plataformas digitais, como as redes
sociais, o WhatsApp e os aplicativos inte-
grados aos órgãos de defesa do consumi-
dor Reclame Aqui e Procon, entre outros.
Impulsionada pela pandemia, a inova-
ção das concessionárias envolve identifi-
car os canais de comunicação preferidos
dos consumidores para que sejam incor-
porados às suas atividades. Por exemplo,
caso haja uma interrupção do forneci-
mento de abastecimento de água ou um
atraso num serviço agendado de reparo,
a comunicação poderá ser realizada dire-
tamente pelo WhatsApp do consumidor,
mantendo-o a par da situação. Isso me-
lhora tanto a prestação de serviço, que
envolve a eficiência operacional, quanto
a satisfação do cliente.
Essa comunicação mais próxima e
em 360 graus é uma quebra do para-
digma em relação ao consumidor desse
tipo de serviço, que tradicionalmente
tem acesso a poucas informações sobre
o que está acontecendo. Ou seja, ape-
nas tem seu serviço de fornecimento
de água interrompido e recebe uma
notificação em papel alertando tardia-
mente que a interrupção já foi realizada.
A mudança nesse modelo de comunica-
ção, que envolve a transformação digital,
Claudius Rubens*
permite que o cliente saiba sobre seu
serviço contratado. Afinal, ele é o consu-
midor e o novo perfil de consumo exige
transparência nos processos.
Por trás da melhoria do relacionamen-
to com os clientes, agregando aos servi-
ços existentes soluções com omnicana-
lidade e metaverso, combinadas ainda
com tecnologias como IoT - Internet das
Coisas, big data e inteligência artificial, é
possível gerar insights para a gestão da
companhia, como o comportamento do
consumo, a predição de vazamentos e a
eficiência da medição. O resultado é um
importante aliado no combate a perdas
de águas, que hoje estão em torno de
40%, segundo o Instituto Trata Brasil. No
entanto, toda essa eficiência operacional
tem o objetivo principal de proporcionar
uma experiência única ao cliente, ge-
rando satisfação em relação ao serviço
prestado.
A modernização, que vira a chave da
infraestrutura obsoleta, característica de
grande parte das empresas do setor, e a
busca por mais eficiência são ferramen-
tas que não impactam apenas no aten-
dimento, como também na redução do
custo, tornando essas operações mais
rentáveis para a retroalimentação dos
investimentos em busca da universaliza-
ção do saneamento.
Outras tecnologias podem ser utili-
zadas na busca pelo aumento da eficiên-
cia, como o uso de drones e de celula-
res habilitados com softwares de IA - In-
teligência Artificial e reconhecimento de
(*) Claudius Rubens é consultor de negócios em saneamento da Sonda, integradora especializada em serviços
de transformação digital.
imagens, que podem validar a autoleitura
do consumo de água realizada pelos
clientes no aplicativo da concessionária.
Quando utilizada em drones, a solu-
ção é capaz de mapear problemas na
infraestrutura para melhorar a gestão dos
ativos operacionais e contribuir no com-
bate a perdas de água potável. As solu-
ções com IA também ajudam a resolver
problemas de segurança do trabalho
ao fazer a checagem dos equipamen-
tos obrigatórios de proteção individual
(EPI) dos colaboradores, o que diminui
o número de acidentes. Podem, ainda,
monitorar a qualidade da água, seja por
drones ou imagens de satélite, para iden-
tificar precocemente incidentes como
o aumento de algas em rios e represas.
De forma antecipada, o alerta permite
que ações sejam imediatamente toma-
das para correção dos problemas nas
estações de tratamento.
Independente do estágio de maturi-
dade digital das concessionárias de sa-
neamento, agregar serviços que visem o
contato mais transparente e próximo do
cliente é o caminho natural para a evo-
lução e precisa ser implementado para
atender ao novo perfil de consumidor e
às exigências de regulação desse merca-
do. Por outro lado, o combate a perdas
é uma condição para que a população
brasileira tenha pleno acesso à água po-
tável, à coleta e ao tratamento de esgo-
tos até 2033, conforme o novo marco
legal do saneamento básico.
A aplicação dessas tecnologias é a ala-
vanca para capacitar as concessionárias
na busca pela excelência operacional. O
objetivo é promover condições para que
elas sejam menos reativas, se antecipem
aos problemas e, finalmente, promovam
a universalização do saneamento no país.
 Para todos os
amanheceres,
nós estaremos lá.

O futuro é sustentável.