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CURSO BÁSICO PARA

OPERADORES DE
TRATAMENTO DE ETAs

PROGRAMA DE MELHORIA CONTÍNUA


CURSO DE CAPACITAÇÃO

OUTUBRO,2020
CURSO BÁSICO PARA OPERADOR DE TRATAMENTO DE ÁGUA

José Valter de Lima


Chefe da CDRI-10G –Coordenação de
Produção e Controle de Qualidade do
DDRI-10B.
Químico, Especialista em Engenharia
Sanitária, Ambiental e Engenharia de
Produção.
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MUNICÍPIOS ATENDIDOS
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Objetivos:
 Discutir, reformular e ampliar os conhecimentos,
proporcionando aos profissionais envolvidos uma visão
ampliada do processo de tratamento da água.

 Ensinar e transferir conhecimentos que não estão


disponíveis no Google
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VISÃO DO NEGOCÍO
Comunicação
Melhoria Contínua:
Energia Elétrica Leis e Normas Leis e Normas
respostas às ações
Produtos Químicos Regras Internas tomadas

Procedimentos Operacionais

Matéria
Prima ETA Produto
Final
Valor
Agregado

Colaboradores
Efluentes
Equipamentos Gerados
Instalações

Novas Tecnologias

Sistema de Controle

Segurança do Trabalho

Capacitação
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Tema I – Meio Ambiente


Tema II – Tratamento da Água
Tema III – Controle e Qualidade da Água.
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TEMA I
MEIO AMBIENTE
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A Visão da Água do Ponto de Vista da


Engenharia Ambiental
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Dê que forma os Recursos Hídricos


podem ser utilizados do ponto de vista
legal?
OUTORGA
É o instrumento legal que assegura ao usuário o
direito de utilizar os recursos hídricos, a outorga não
dá ao usuário a propriedade da água, mais o simples
direito de usá-las.
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 Geração de Resíduos

Esse resíduo em contato com as fontes de energia é


chamado de POLUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE.
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 Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política


Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial
da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê
Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística
Reversa, e dá outras providências.

 Fim dos lixões


 Diferencia resíduos de rejeitos
 Responsabilidade na geração dos resíduos
 Logística reversa
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Resíduos Sólidos
resíduos nos estados sólido e semi-sólido, resultam de
atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar
comercial, agrícola, e de serviços de varrição.
lodos provenientes de sistemas de tratamento de água
são definidos como resíduos sólido.
ABNT NBR 10004:2004
Esta Norma Classifica os resíduos sólidos quanto aos seus
riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, para
que possam ser gerenciados adequadamente.
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CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE ACORDO COM A NBR 10004:2004


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Fluxograma do Processo de Tratamento do Resíduo (Lodo)


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SISTEMAS DE DESIDRATAÇÃO DE LODO PARA


DISPOSIÇÃO ADEQUADA
Leito de Secagem: reservatório, que pode ser feito em alvenaria ou
fibra de vidro e fica retido em uma superfície permeável. Esta
superfície normalmente é areia, possui substratos permeáveis que
permitem a percolação da água, resultando em um lodo com teor de
água reduzido.

ETA PONTA NEGRA


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Adensamento de Lodo por Meio de Centrífuga: a centrífuga de lodo é


um equipamento com excelente capacidade de separar fluídos líquidos
e sólidos e com alta eficiência, e por isso é utilizado em processos de
separação e remoção de lodo, denominado adensamento mecânico.

ETA PORTO DAS CAIXAS


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Sistema Bolsas de Deságue ou Sacos Geotêxtil: são bolsas


desaguadoras usadas no tratamento de lodo efluentes. Os tecidos
são feitos de vários tipos de panos, tecidos e não tecidos,
produzidos com fibras polyester e/ou polipropileno para
assegurar a resistência mecânica na filtração e possibilidade de
exposição às intempéries e radiação ultravioleta.

ETA TANGUÁ
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TEMA II

TRATAMENTO DE ÁGUA
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UMA ETA BEM OPERADA PROPORCIONA UM


PRODUTO FINAL DE
ÓTIMA QUALIDADE E DE BAIXO CUSTO
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Tratamento de Água
Objetivo:
Transformar Água Bruta Em Água Potável

 Do Ponto de vista Técnico qualquer Água pode ser Tratada


 N.B.R. 12.216/92 - Projetos para Construção de ETAs.
 A concepção do Tipo de Tratamento é de Acordo com Classificação da Água- CONAMA
357/05
 Resolução CONAMA N° 396, de 3 de abril de 2008 –Enquadramento das águas subterrâneas
CLASSIFICAÇÃO
DOS
MANANCIAIS
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 RESOLUÇÃO CONAMA nº. 357, de 17/03/2005.


Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como
estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências.
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 CLASSE 2
• Aquelas que podem ser destinadas ao abastecimento
para consumo humano, após tratamento
convencional; à proteção das comunidades aquáticas;
à recreação de contato primário, tais como natação,
esqui aquático e mergulho, conforme Resolução
CONAMA nº 274, de 2000; À irrigação de hortaliças,
plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de
esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter
contato direto; e à aquicultura e à atividade de pesca.
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 Classe 2 -Pontos Importantes da Resolução 357


 Não é permitido a presença de contaminantes
provenientes de fontes antrópicas que não sejam
removíveis por processo de: coagulação,
sedimentação e filtração convencional.

 Em termos bacteriológicos:

Classe 2: < 1000 UFC/100mL em pelo menos 80% das


amostras bimestrais no ano.
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 Vazão É o volume de água que entra e sai em uma


estação de tratamento.
 Medidor Parshall É um dispositivo instalados nas
entradas das ETAS e tem funções de medir a vazão e
proporcionar a mistura rápida dos produtos químicos.
 Q = 2.2 x W x H3/2 ou Q = 2,2 x W x raiz quadrada H3

 Onde:
W = largura da garganta.
H = altura em metros M (nível da água medido)
Q = vazão em M³.
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ESQUEMA DE UMA CALHA PARSHALL


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 Vertedouros Triangular
• São dispositivos recomendados para medir pequenas vazões, pois
permite maior precisão na leitura da altura (H) do que na soleira plana.
Construídos em chapas metálicas, com angulo de 90°.
• Q = 1,4 x H5/2
• ou 1,4 raiz quadrada H elevado a 5.

Vertedouro Triangular ETA II Tanguá


Onde:
H= altura do nível da água em metros
Q= Vazão em m³/s.
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Reservatórios
• São outros dispositivos de medição de vazão, assim,
sabendo-se a capacidade de um reservatório qualquer,
podemos calcular a vazão, através da formula:
Q=V
T
Onde:
• Q= vazão em m³/s, l/s, m³/h, m³/dia.
• V= volume líquido em m³ ou litros.
• T= tempo em hora, minuto, segundo e etc.
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 A ETA Rio Bonito possui um reservatório com 4 metros de


profundidade, 5 metros de largura e 12 metros de
comprimento, levaram 4 horas para seu enchimento completo.

• Qual foi é o volume do reservatório?

• V= 4 X 5 X12 = 240 M³

• Qual seria a vazão da ETA no período?

Q = V/ T
Q = 240/4 = 6OM³/H
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• Jar Test
• Determinar a menor dosagem de coagulante para obter o melhor
resultado, quanto à qualidade da água a ser tratada e o pH ótimo
de floculação (o ponto isoelétrico do coágulo para melhor formação
do floco).

rima
m a t éria p stá
er a e
Por s l à águ
nat ur a ndo
r e muda
semp des
ua s q ualida
as s
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 Alcalinidade:
• Influi consideravelmente na coagulação química, ou
seja, na formação dos flocos.

 pH:
• É utilizado para expressar a acidez de uma solução.
Trata-se de um parâmetro muito importante no
tratamento de água principalmente nas etapas de
coagulação, filtração, desinfecção e controle de
corrosão.
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 Cor:
• Cor aparente presença das matérias orgânicas dissolvidas,
provenientes da degradação de plantas é quando seu valor está
incluído uma parcela de turbidez da água e também formada pela
plantas ou animais, e são denominados substâncias húmicas.
• Cor verdadeira é encontrada após a filtração.

Água com cor elevada Colorímetro


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 Coagulação:
• Tem por objetivo transformar as impurezas contidas na água em
partículas que possam ser removidos pela decantação
(sedimentação) e filtração. Essas impurezas podem classificar de
acordo com as suas características:

Suspensão grosseira: vegetais, restos de folhas, sílica etc.,


facilmente capaz de flutuarem ou sedimentar quando a água estiver em
repouso
Suspensão fina: turbidez, bactérias e plâncton.
Coloidais: cor, ferro e manganês oxidado.
Dissolvidas: dureza (sais de cálcio e magnésio), ferro e manganês
não oxidado.
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 Mecanismo de Coagulação:
• As matérias em suspensão na água possuem cargas eletricamente
negativas, e a coagulação consiste em neutralizar essas
cargas e aglutiná-las. Essa neutralização é conseguida através da
injeção de reagente no nosso caso sulfato de alumínio sólido à água
para formar polímero como, por exemplo, hidróxido de alumínio
possui carga superficial positiva. Estes polímeros neutralizam as
cargas negativas da matéria em suspensão e adsorvendo para sua
estrutura floculenta.

+++++ ------- ********


+ ++ --- ***

Coagulante Sujeira Flocos


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DINÂMICA DE GRUPO
Considere a seguinte situação
A equipe de treinamento de operadores de ETA precisa treinar os novos contratados da
empresa, considerando que a época de chuvas se aproxima o teste do Jarro (Jar Test) merece
uma atenção especial, sendo assim a equipe deve criar um Roteiro de Análise do teste para
os novos operadores, visto que os mesmos estão em fase de treinamento e nunca realizaram
esse tipo de análise. Descreva as fases do roteiro para o treinamento.

Observações importantes:
1-Considere uma situação ideal com relação ao funcionamento dos
equipamentos.

2- Considere parâmetros :Cor, turbidez, pH e alcalinidade.


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 Floculadores
São unidades que tem a função de promover a agitação
moderada, para boa constituição dos flocos e a agregação das
impurezas, podem ser hidráulicos ou mecânicos e são
divididos em câmara de mistura rápida e lenta.
 Tipos de Floculadores
• Floculadores Hidráulicos de Fluxo Horizontal
• São floculadores que a sua agitação é assegurada pela
passagem da água em tratamento por sucessivas mudanças
de direção. Geralmente são usados para vazões mais elevadas.
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 Floculadores Hidráulicos de Fluxo Vertical


• São floculadores onde a água em tratamento passa pelos fluxos
ascendentes e descendentes.
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 Floculadores Hidráulicos de Bandejas Perfuradas


•A água sempre é introduzida na parte superior de cada câmara de
floculação. Ao escoar no sentido descendente, ela passa através de
orifícios existentes numa sucessão de bandejas perfuradas, entrepostas
perpendicularmente a direção do fluxo.

Floculador de Bandejas Perfurada Floculador de Bandejas ETA II Tanguá


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 Floculadores Mecanizados
• Utilizam paletas, que giram em torno do seu eixo.
– Floculadores de Paletas de Eixo Vertical
– Floculadores de Paletas de Eixo Horizontal
– Floculadores de Paletas Única de Eixo Vertical
• Empregam turbinas ou hélice.
• Floculadores Mecanizados de Turbina
• Floculadores Mecanizados de Hélice
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 Decantadores
• São unidades que tem a função de proporcionar a
decantação que é o processo pelo qual se verifica a
deposição da matéria em suspensão, pela ação da
gravidade.
 O mecanismo de decantação
• Força horizontal - Resultante do movimento da água no
decantador
• Força vertical – Devido à ação da gravidade
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 Controle do processo de decantação


• É a partir deste controle que conseguimos eficiência na
operação do tratamento, aumento de produtividade e
controle no desperdício de água de lavagem de filtro.
• Cor da água: a água decantada deve ter cor baixa, 5 a 10
unidades de cor no máximo.
• Turbidez: Também deve ser baixa e o decantador deve
remover até 90%, pelo menos, da turbidez encontrada da
água bruta.
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 Uma turbidez ou cor elevada pode significar que a


decantação não está sendo eficiente por uma das
razões abaixo:
• Dosagem de coagulação imperfeita
• pH ótimo de floculação errado
• Decantadores sujos
• Concentração do tanque alterada
• Tempo de decantação baixo devido a aumento da vazão e etc.
 Fórmula para Avaliar Eficiência do Decantador

(Turbidez água coagulada - Turbidez água decantada)X 100 =


Turbidez da água coagulada
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 Filtração:
• A filtração da água consiste em fazê-la passar através de
substâncias porosas que são formadas por areia preparada e
seixos de vários diâmetros capazes de reter ou remover
algumas de suas impurezas.
Tipos de Filtro
• Filtros rápidos de areia que funcionam por gravidade.
• Filtros rápidos de antracito que funcionam por gravidade.
• Filtros rápidos de areia e carvão que funcionam por
gravidade.
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 Durante o processo de filtração ocorrem os seguintes


fenômenos:
• Ação mecânica de filtrar.
• Sedimentação de partículas sobre a camada filtrante.
• Floculação de partículas que estejam em formação, pelo
aumento de possibilidades de contatos entre elas.
• Formação de uma película gelatinosa sobre a camada
filtrante, promovidas por microrganismos que ali se
desenvolvem.
• Remoção de materiais
• Redução de bactérias presente
• Alteração das características da água
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 Avaliação dos problemas de operação de um filtro:


• O operador deve estar sempre atento e observar com
frequência as características dos flocos no influente, da
turbidez do efluente e das condições de operações de
filtração e de lavagem, é possível detectar possíveis falhas
na operação que podem ser:
• Penetração excessiva de flocos
• Pressão negativa
• Acumulação de bolas de lodo
• Formação de cratera e compactação do leito filtrante.
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 Lavagem dos Filtros.


• Esta é uma das operações mais importantes em uma
instalação de filtros rápidos.
• Esta operação deverá ser executada quando a água filtrada
ultrapassar em 95% das amostras o valor de 0,5 NTU.
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 Lavagem dos Filtros-Parâmetro de Controle

A turbidez deve ser controlada com frequência horária


e individual, o valor máximo analisado não deve ser
superior a 0,5NTU.

(Portaria de Consolidação nº 5 Anexo XX)


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 Durante a carreira de filtração, se houver turbidez


consecutivas acima de 0,5 NTU ou perda de carga
superior a 2,0 mca, deve-se lavar o filtro.
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 Desinfecção da água – Cloração


• A desinfecção da água nas ETAS é feito pelo cloro, sendo o termo
desinfecção substituída por cloração.
• Entende-se por desinfecção a destruição ou inativação de
organismo patogênico, capazes de produzir doenças, ou de
outros organismos indesejáveis.
• A sobrevivência destes organismos depende da:
• Temperatura
• pH
• Oxigênio
• Nutrientes
• Competição com outros organismos
• Resistência a substância tóxica
• Habilidade na formação de esporos
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 O Cloro pode ser usado como Bactericida ou Oxidante.


• Tempo de Contato depende de diversos fatores, entre os quais
são mais importantes:
a) A forma química em que o cloro estiver presente na água.
b) o pH da água.
 Cloro residual Combinado, onde o cloro esta presente
combinado com a amônia ou com outro composto de
nitrogênio, em tais condições sua capacidade de destruição de
microrganismo patogênico é menos eficiente.
 Cloro Residual Livre é em que o cloro está presente sob forma
de ácido hipocloroso e íons de hipoclorito com maior eficiência
na desinfecção.
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TEMA III

CONTROLE DE QUALIDADE
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Vamos Conversar
• Portaria de Consolidação nº5 Anexo XX e XXI
(antiga Portaria 2914/11) ?
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Portaria de Consolidação nº 5 Anexo XX – 28/09/2017


Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativas ao
controle e vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências.

Vigilância
A vigilância é de responsabilidade dos órgãos de fiscalização
que pode ser Federal, Estadual ou Municipal a Vigilância verifica
se a água distribuída atende o Padrão de Potabilidade.
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A OMS Estabelece as seguintes avaliações para promovemos


eficiência na qualidade microbiológica da água.
• Conceito de Barreiras Múltiplas
• Abordagem da Avaliação do Risco
• Planos de Segurança da Água
• Abordagem preventiva ao controle 
• Controle microbiológico no processo
• Abandono da “cultura bacteriológica” do controle 
• Poluição da fonte x eficiência ETA x integridade
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Atuais Preocupações
• Qualidade microbiológica e sub produto da
desinfecção (SPD).
• Cianobactéria e Toxina.
• Pesticidas e outros, chumbo, arsênio e outros tóxicos
inorgânicos.
• Endócrinos, químicos e farmacêuticos.
• Resíduos de produtos químicos Al, Fe, Mn.
• Corrosividade e biofilme.
• Gosto e odor.
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• Secretarias Municipais de Saúde


• Vigilância da qualidade da água (Padrão de Potabilidade).
• Monitoramento da qualidade da água, plano de amostragem e
análise dos relatórios emitidos pelas operadoras.
• Avaliação do grau de risco a Saúde Pública origem, tratamento e
distribuição
• Identificação, cadastramento e inspeção periódica aos SAA
coletivos e individuais, urbanos e rurais (poços).
• Informações públicas sistematizada.
• Ações corretivas junto aos operadores.
• Queixas e denuncias de consumidores: estruturas e canais e de
procedimentos.
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 Operadoras
• Operar e manter segundo as normas e legislação
pertinente.
• Informar mensalmente a autoridade municipal e
estadual sobre a qualidade da água – modelo
estabelecido.
• Informar ao consumidores.
• Comunicar a autoridade e informar a população.
• Estruturação de canais para recebimento de queixas.
• Promover a proteção dos mananciais de abastecimento.
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Controle
• O controle é feito durante o tratamento da água,
pelo próprio órgão responsável pela operação do
sistema. O operador deve avaliar de forma crítica, os
resultados medidos, pois alterações bruscas desses
resultados podem significar que algo esta errado. A
tabela abaixo segue para referência de
monitoramento nas ETAS.
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Tabela - Referência no Tratamento e Distribuição


Tipo de amostra Freqüência
Parâmetro

Bruta 2 horas

Decantada 2 horas

Turbidez Filtrada 2 horas

Saída de Tratamento 1 hora

Rede de Distribuição 3 x semanal

Saída de Tratamento 2 horas


Cor aparente
Rede de Distribuição 3 x semanal

Bruta 2 horas

Floculada 1 hora
pH
Saída de Tratamento 1 hora

Rede de Distribuição 3 x semanal

Decantada 2 horas

Cloro Residual Saída de Tratamento 1 hora

Rede de Distribuição 3 x semana

Saída de Tratamento 2 x semana


Coliformes totais
Rede de Distribuição 2 x semana

Bactérias heterotróficas Rede de Distribuição 20% do Total de Análises

Portaria completa Rede de Distribuição 1 x semestre


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Tabela com os Principais Parâmetros


Físico-Químico e Bacteriológico

Parâmetros Água Tratada - VMP Água Distribuída - VMP


Turbidez 0,5 NTU (ver anexo II) 5,0 NTU
Cor 5,0 UC 15 UC
pH 6,0 a 9,5 6,0 a 9,5
Cloro Residual 2,0 mg/l (recomendado) Entre 0,20 a 5,0
Fluoretos 1,5 mg/l 1,5 mg/l
Alumínio 0,2 mg/l 0,2 mg/l
Ferro 0,3 mg/l 0,3 mg/l
Coliforme Total Ausência em 100 ml para Ausência em 100 ml
Escherichia coli ou coliforme Ausência em 100 ml para 95 % das Ausência em 100 ml
termotolerante amostras
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DECRETO Nº. 5440 de 04 de maio de 2005


Estabelece definições e procedimentos sobre o
controle de qualidade da água de sistemas de
abastecimento e institui mecanismos e instrumentos
para divulgação de informação ao consumidor sobre a
qualidade da água para consumo humano.
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Análises de Controle da Qualidade da Água


 ANÁLISES AMBIENTAIS
 RELATÓRIO DE ENSAIOS (Análises Físico-químicas e Microbiológicas)- ÁGUA BRUTA
 RELATÓRIO DE ENSAIOS (Análises Físico-químicas e Microbiológicas)- ÁGUA TRATADA
 ANÁLISES DE CONTROLE DA PRODUÇÃO
 Procedimentos de Controle Operacional (Anexos)
• Teste do Jarro (Jar Test)
• Análise de pH
• Análise de Cor
• Turbidez
• Cloro residual
• Fluoreto
• Alumínio
 ANÁLISES DE CONTROLE DE ÁGUA DA SAÍDA DO TRATAMENTO E REDE DE
DISTRIBUIÇÃO
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BOLETIM DE CONTROLE OPERACIONAL ETAs


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BOLETIM DE CONTROLE OPERACIONAL UTs


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BOLETIM DE CONTROLE OPERACIONAL ELEVATÓRIAS


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Portaria 2914/11MS –Substituída pela Portaria de Consolidação n°5, anexo XX.

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