Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
APUCARANA
2022
DIEGO SOARES DA SILVA LOPES
GUSTAVO NOGUEIRA DA SILVA
MATHEUS PARIZ PEREIRA
APUCARANA
2022
Professor
Convidado 1
Professor
Convidado 2
Apucarana
2022
RESUMO
The present work has as its theme the desalination industry, a technology that has
been proving increasingly necessary, in view of the increase in scarcity in several areas of
Brazil and the world. Fresh water is a finite good and of paramount importance for life, so it
is extremely necessary to preserve it. Thus, the desalination of seawater and brackish water
becomes a viable means of obtaining this resource, generating the possibility of access to
drinking water in different regions, even if there are no distribution networks, and may be a
solution to supply the water needs of a large part of the population. Through the desalination
plants produced by MGDsalin, a medium-sized company located in Santos, it will be possible
to meet the needs of different locations, from homes to companies, manufacturing polyamide
membranes with high efficiency, according to the customer’s needs. Two 8-hour shifts will
be needed to maintain a production of 5 desalinators per day. Through pre-treatment and
reverse osmosis technology, drinking water is obtained and ready to be used. The use of
desalinators has been increasingly explored in the world market and it is observed that
the trend is to increase in the coming years, with this in view, MGDsalin aims to provide
accessibility and quality through desalination.
Keywords: water - purification - filtration; saline water conversion; osmosis; mem-
brane separation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
CV Compressão de Vapor
ED Eletrodiálise
NO Óxido Nítrico
OR Odds Ratio
RH Recursos Humanos
SP São Paulo
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1 Uso da dessalinização na obtenção de água doce . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2 Técnicas de dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.3 Cenário global e nacional da dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.4 Informações técnicas da dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 DESCRIÇÃO DA INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 Porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.2 Missão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.3 Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.4 Valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.5 Logotipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.6 Organograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.7 Localização do Empreendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.8 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.9 Mercado de dessalinizadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.9.1 Consumo no Brasil e exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.9.2 Concorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5 PROCESSO DE PRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.1 Módulos de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2 Vasos de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.3 Montagem do Dessalinizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.4 Processo de Dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6 BALANÇO ENERGÉTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7 PFD E ENVELOPE DIMENSIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7.1 Envelope Dimensional e Especificação dos Equipamentos . . . . . . . . . . . . 62
7.1.1 Módulos de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
7.1.2 Estrutura Metálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
7.1.3 Sistema de dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
7.2 Matérias-prima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
8 PLANTA BAIXA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
9 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
9.1 Investimento fixo de construção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
9.2 Custos Fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
9.2.1 Folha de pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
9.2.2 Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
9.3 Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
9.4 Lucro, receita, despesas e preço de venda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
10QUALIDADE E MEIO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
11TRATAMENTO DE RESÍDUOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
11.1 Salmoura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
11.2 Fibra de vidro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
12CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
13TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
APÊNDICES 105
Apêndice A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Apêndice B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
12
1 INTRODUÇÃO
• Dessalinização de água
Uma das formas de se obter água no Brasil, seria fazer o uso das águas subterrâneas
do Aquífero Guarani, que é um aglomerado de unidades hidroestratigráficas que formam
um grande reservatório subterrâneo. Porém, sua extensão é composta majoritariamente por
águas salobras, possuindo baixa/média salinidade, não sendo adequadas para o consumo
humano (Vandré B. Brião et al., 2014).
Tendo isso em vista, o processo de dessalinização vem sendo cada vez mais eficiente
e rentável economicamente, uma vez que as fontes de energia limpa estão ficando mais
acessíveis, como as placas fotovoltaicas, que podem ser consideradas a melhor fonte de
energia para dessalinização (Sakshi Sarathe et al.,2022).
Recentemente, novas formas de se realizar a dessalinização por osmose reversa,
estão sendo estudadas, a fim de baratear o processo e otimizar o uso de energia. Uma das
formas mais eficientes encontradas, é através da membrana de poliamida.
Assim, o presente trabalho apresenta o estudo da implantação de uma indústria de
dessalinizadores por Osmose Reversa (OR). Os estudos contemplados foram: análise de
Capítulo 1. Introdução 13
2 JUSTIFICATIVA
Uma vez que a demanda por água potável está crescendo devido ao aumento da
população mundial, a escassez hídrica vem se tornando cada vez mais presente e gerando
graves problemas, tanto socialmente, quanto naturalmente.
Tem-se casos da invasão do mar sobre rios, como é o caso da Foz do Rio Amazonas,
onde acontece um fenômeno natural de salinização de partes do rio, que nos últimos anos
vem se intensificando cada vez mais, deixando moradores e ribeirinhos em situações críticas
de sede e fome (Pacheco, 2021).
Partindo de tais pressupostos, existe a oportunidade de crescimento industrial da
produção de dessalinizadores no Brasil. Tendo isso em vista, aproveitando das oportu-
nidades de mercado, a M.G.D.Salin visa contribuir com o estudo e desenvolvimento de
formas alternativas de obtenção de água através de dessalinizadores de osmose reversa,
contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável por meio de uma tecnologia de
baixo impacto ambiental.
A empresa visa facilitar a aquisição de dessalinizadores, gerar acessibilidade à água
potável para regiões de difícil acesso e com extrema escassez e apresentar informações
sobre a necessidade do desenvolvimento tecnológico na área de dessalinização
15
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Jones et al. (2019), a crescente demanda por água associado ao cresci-
mento populacional, aumento do consumo per capita e desenvolvimento econômico, junto a
extinção de fontes de água devido a mudanças climáticas e contaminações, vem agravando
a escassez de água em diversas regiões do mundo. Estimativas apresentadas por Jones et
al. (2019) feitas em 2014 sugerem que 40% da população mundial enfrenta uma escassez
de água severa, podendo aumentar para até 60% em 2025. Já Zhang et al. (2022) mostra
uma previsão de que cerca de 75% da população irá sofrer também com a escassez de
água doce até em 2050.
De acordo com Zhang et al. (2022), dos 70% de água que cobre o planeta Terra,
apenas 2,7% deste total é considerada como água doce, sendo o restante, 97,3%, água
salgada. Dessa pequena quantidade de água doce, somente 0,3% pode ser utilizada de
fato pelos seres humanos, indicando que a quantidade disponível de imediato para atender
o consumo humano de água é muito limitada.
Em contrapartida, a água salgada é abundante e de fácil obtenção, porém não
pode ser utilizada para a maioria das finalidades devido a sua alta quantidade de sais
dissolvidos. A fim de contornar este empecilho, processos como a dessalinização têm sido
desenvolvidos para transformar água do mar e/ou outras fontes de água não utilizáveis em
água doce através da remoção dos sais presentes na água.
água salgada é abundante e de fácil obtenção, porém não pode ser utilizada para a
maioria das finalidades devido a sua alta quantidade de sais dissolvidos. A fim de contornar
este empecilho, processos como a dessalinização têm sido desenvolvidos para transformar
água do mar e/ou outras fontes de água não utilizáveis em água doce através da remoção
dos sais presentes na água.
Figura 1 – Capacidade relativa global de produção de água doce por método de dessalinização.
que quase metade de toda a capacidade de dessalinização, cerca de 47,5%, está situada
no Oriente Médio e Norte da África, conforme ilustra a Figura 2.
Figura 2 – Número, capacidade e participação global das usinas de dessalinização em operação por
região, nível de receita do país e uso setorial.
No Brasil, desde 2004, está em atividade o Programa Água Doce (PAD), ação
do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com
instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, visando estabelecer uma
política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano,
levando em conta cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e
gestão de sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas. O PAD foi concebido
e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a participação social,
proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local.
Em 2011, o Programa Água Doce assumiu a meta de aplicar sua metodologia na
recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até 2018, com
investimentos de cerca de R$258 milhões, beneficiando cerca de 500 mil pessoas.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, coordenador do projeto, 924 desses dessa-
linizadores foram contratados até o ano de 2019. Desses, haviam 575 em funcionamento,
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 18
W=A(ΔP-Δπ) (01)
Ro=1-Cp/ Cf (02)
Rr =1-Cp/ Cm (03)
4 DESCRIÇÃO DA INDÚSTRIA
4.1 Porte
A princípio a empresa será de médio porte, não havendo filiais. Com isso, o número
de funcionários deverá estar entre 20 e 35 funcionários.
4.2 Missão
Produzir água doce e limpa para diferentes usos por meio da tecnologia de dessalini-
zação, oferecendo uma forma alternativa de atender às necessidades das pessoas sem
comprometer as reservas de água doce disponíveis para o ser humano.
Prover aos clientes equipamentos robustos, acessíveis e para as mais diversas
aplicações.
Melhorar a tecnologia de dessalinização, transformando-a em acessível para todos
que precisarem dela.
4.3 Visão
A curto prazo, alcançar os moradores que passam por dificuldades para obter água
potável nos lugares com maior escassez de água no Brasil.
Fornecer, a médio prazo, dessalinizadores para produtores rurais brasileiro a fim de
oferecer um método de obtenção de água mais fácil e barato, diminuindo, assim, o custo
para produção de alimentos.
Capítulo 4. Descrição da Indústria 20
4.4 Valores
A busca por uma boa relação com os clientes é o primeiro passo para o sucesso de
uma empresa, sendo assim, os funcionários da M.G.D.Salin devem sempre estar associados
às seguintes virtudes:
• Constante desenvolvimento
• Inspirar pessoas
• Ética e moral
• Resiliência
• Preservação
• Sustentabilidade
• Honestidade
• Responsabilidade
• Respeito
4.5 Logotipo
4.6 Organograma
Junto ao presidente, serão atribuídos três diretores, sendo eles comercial, adminis-
Capítulo 4. Descrição da Indústria 22
4.9.2 Concorrência
5 PROCESSO DE PRODUÇÃO
Acúmulo=entra-sai+gerada-consumida
(04)
entra=sai (05)
Logo, toda massa que entra no processo de produção dos módulos de membrana é
igual a massa que sai no fim no processo, incluindo o módulo de membrana e os resíduos
produzidos.
Como observado na Equação 05, o balanço material do sistema se resume às
correntes de entrada e de saída, sendo elas para a Figura 8 , as correntes 1, 3, 5, 7, 9, 11 e
13. Alguns componentes não se obtêm em termos mássicos, então serão mostrados em
Capítulo 5. Processo de produção 29
Figura 9 – Composição das correntes de entrada e saída do processo de produção dos módulos de
membrana.
Tendo como base 10 minutos o tempo médio de produção de cada módulo membrana
feito pela máquina de corte dos filmes de membrana, consegue-se estimar a capacidade
máxima de produção de dessalinizadores da empresa. Cada dessalinizador leva consigo
3 vasos de pressão, que contém cada um 6 módulos de membrana. Como o regime da
empresa será de 16 horas/dia, consegue-se produzir 96 módulos de membrana/dia e
Capítulo 5. Processo de produção 31
Figura 13 – Aplicação da linha de cola na formação da folha (a) e visão lateral da folha (b)
Para mitigar o efeito de telescoping (deformação dos módulos por conta da diferença
de pressão) é adicionada uma estrutura plástica em ambos os lados do rolo de folhas,
chamado de dispositivo anti-telescoping (DAT), conforme mostra a Figura 17.
Capítulo 5. Processo de produção 34
Esses DAT’s, mostrado na Figura 18, incluem uma gaxeta de borracha do tipo U,
chamado de selo de salmoura, que impede a passagem da água de alimentação na parte
exterior da membrana (KUCERA, 2015).
Por fim, o rolo de folhas e os DAT’s passam pelo processo de acabamento onde é
feito a união dessas duas partes e a uniformização do diâmetro externo pelo enrolamento
de fibra de vidro e resina de poliéster em torno do módulo de membrana como se observa
na Figura 19. É utilizado cerca de 2,5 Kg de resina para cada 1 Kg de fibra de vidro utilizado
no acabamento.
Figura 19 – Acabamento do módulo de membrana com fibra de vidro
A montagem inicia com a fixação dos vasos de pressão em uma estrutura metálica.
Em seguida, é feita a interconexão dos vasos, de modo que haja a passagem simultânea
da água de alimentação nos vasos do primeiro estágio, e que a água rejeitada do primeiro
estágio entre no segundo estágio como água de alimentação. Estas duas etapas estão
respectivamente ilustradas nas Figuras 22 e 23.
Feito isso, é realizada a introdução dos módulos de membrana no interior dos vasos
de pressão, de modo que cada um dos vasos contenha seis vasos módulos de membrana,
no sentido indicado mostrado na Figura 24.
Uma simplificação dos componentes do sistema CIP também pode ser vista na
Figura 29 a seguir.
Areia - - -
Álgas - - -
Materiais
- - -
coloidais
Capítulo 5. Processo de produção 45
Assim que a água é bombeada pela corrente 27, ela passa por um filtro de areia e
antracito para retirar as partículas maiores como a areia do mar, algas, resíduos sólidos e
materiais coloidais que saem pela corrente 35, sobrando apenas os sais dissolvidos citados
na Tabela 1.
Logo quando a pré filtração mais grosseira for feita, a água vinda da corrente 28
passará por uma série de filtros cartucho, os quais podem ser compostos por diversos
materiais para melhor atender às necessidades de filtração levando em consideração a
qualidade da água captada, a efeito de ilustração, será utilizado filtros cartucho de carvão
ativado e polipropileno, muito úteis na remoção da côr, cheiro, contaminação de sabor,
pesticidas, cloro e substâncias orgânicas que sairão pela corrente 36.
Saindo do processo de filtração anterior, 86% do Cl é retirado, obtendo-se uma água
filtrada cujas propriedades estão descritas na Tabela 1.
0,1196139
Estrôncio Sr2+ 0,0079 0,022
Capítulo 5. Processo de produção 47
Areia - - -
Álgas - - -
Materiais
- - -
coloidais
Pode-se ver na Figura 32 que conforme a água advinda da corrente 29 passa pela
membrana ,ela é dividida em água dessalinizada, a qual está isenta de 99% dos sais que
sai pela corrente 30, e rejeito, um concentrado de todos os sais e íons que não passaram
pela membrana que saem pela corrente 31. O rejeito gerado dos dois vasos de pressões
superiores é direcionado para o terceiro vaso de pressão para passar por mais uma osmose
reversa, extraindo ainda mais água dessalinizada, dito isso, de toda água alimentada da
corrente 29, 70% sai pela corrente 30 como água pura além de 1% de sais, e 30% sai como
salmoura, contendo 99% dos sais, através da corrente 31. As composições foram tabeladas
nas Tabelas 3 e 4.
Capítulo 5. Processo de produção 49
Estrôncio Sr2+ 0 - 0
Borato B(0H)4- 0 - 0
Fluoreto F- 0 - 0
Capítulo 5. Processo de produção 51
Areia - 0 -
Álgas - 0 -
Materiais
- 0 -
coloidais
Areia - 0 - 0
Álgas - 0 - 0
Materiais
- 0 - 0
coloidais
Por fim, após utilizar o dessalinizador por um determinado tempo, é necessário que
o sistema CIP seja acionado para que haja a limpeza geral das membranas. A solução
indicada pela corrente 32 atravessa o sistema inteiro, retirando os resquícios de sais contidos
nas membranas, retornando através da corrente 33 e saindo do sistema através da corrente
34.
Na Figura N4 está contido a quantidade em gramas de cada substância que passam
pelas correntes da Figura 30 para cada 1 quilograma de água que entra no processo. A
fim de melhor exemplificação da tabela, não foram indicadas as correntes do sistema CIP
,pois a quantidade de sais retidos nas membranas dependerá do regime de operação do
dessalinizador.
Capítulo 5. Processo de produção 54
Figura 33 – Quantidade de substâncias em grama que entram em cada corrente por quilograma de
água.
Foi adotado como corrente de alimentação um fluxo de 15450 quilogramas por hora
de água mais substâncias. Com base nisso, é apresentado na Figura 34 os fluxos de cada
corrente em quilograma por hora, bem como a composição de cada corrente em quilograma.
6 BALANÇO ENERGÉTICO
Sendo que H é a energia e perda de carga para cada respectivo ponto na figura
anterior.
Pela Equação 7
HB=-(Z1+P1/y+V1²/2.g)+(Z3+P3/y+V3²/2.g) (07)
LT=Lr+Leqt (08)
reduzir o espaço
entre as linhas.
Em algum lugar precisa-se escrever que será apresentado o balanco energético para os três módulos.
Capítulo 6. Balanço Energético 57
HB=Hn+Hd (09)
Temos,
HB=177+8.Q²/(π².0,02544 .9,8)+8.0,027.46,5.Q²/(π².0,02545 .9,8)=177+10,02.106.Q²
A Equação X3 abaixo é a nossa equação da CCI
HB=177+10,02.106.3600².Q²=177+0,773.Q² (09)
Adotando a vazão Q como sendo 15000L=15 m³, obtemos então uma altura mano-
métrica de 351 m. Observando o gráfico de vazão por altura manométrica de uma bomba
modelo BMS 17-22 HS-B-C-P-A exibida Figura 36, obtemos um rendimento de 71% e
potência de 20,17 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 58
Para o dessalinizador com capacidade de 10m³/h, pela Equação X3, obtemos uma
altura manométrica de 254,3 m. Observando o gráfico de vazão por manométrica potência
de uma bomba modelo BM 17-17N exibida na Figura 37, obtemos um rendimento de 60,8%
e potência de 12,05 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 59
Por fim, para o dessalinizador com capacidade de 5m³/h, pela Equação X3, obtemos
uma altura manométrica de 196,3 m. Observando o gráfico de vazão por manométrica
potência de uma bomba modelo BM 5A-39 exibida na Figura 38, obtemos um rendimento
de 61,2% e potência de 6,05 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 60
reescrever nao
7.1.1 Módulos de membrana usando " a fim de se
fazer"
• Máquina de corte
HID-
205 x 175 x 141 10000 1,1
QP
• Máquina de enrolamento/colagem
• Máquina de aparagem
Após as folhas serem enroladas em torno do tubo perfurado de PVC, este conjunto
será enviado a máquina de aparagem, ilustrada na Figura 43, onde serão removidas
as imperfeições, além de deixar o conjunto no tamanho ideal para sua finalização. As
especificações da máquina de aparagem são dadas pela Tabela 8.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 67
• Finalizador
Por fim, o conjunto de folhas e tubo perfurado de PVC será enviado até a máquina
finalizadora, ilustrada na Figura44 , onde serão introduzidos os DAT’s em suas extremidades
e será realizado o acabamento final, por meio envoltura de fibra de vidro e resina de poliéster
na superfície do conjunto.
Figura 44 – Finalizador
• Serra policorte
a M.G.D.Salin utilizará uma serra policorte, ilustrada na Figura 45, com especificações
descritas na Tabela 9.
Figura 45 – Serra policorte
SOMAR-1001211 32 x 55 x 64 2
Depois que os perfis metálicos forem cortados, eles serão enviados até o local de
montagem onde será realizado a soldagem dos mesmos nas posições estipuladas. A Tabela
10 contém as especificações da máquina de solda MIG sem gás empregada nesta etapa,
ilustrada na Figura .46
• Filtro de areia
• Filtro cartucho
Logo após o filtro de areia, serão instalados filtros cartuchos, ilustrados na Figura 48
na tubulação de alimentação do dessalinizador para que se possa reduzir as impurezas
mais finas e remover a maior quantidade possível de cloro presente na água. A Tabela 12
descreve as especificações dos filtros cartucho utilizados nos dessalinizadores.
152,4 x 15,2 1
Polipropileno
• Vasos de pressão
7.2 Matérias-prima
Por fim, com o objetivo de esclarecer todas as matérias-primas utilizadas nos pro-
cessos de produção e montagem dos dessalinizadores M.G.D.Salin, foram separadas em
tópicos para melhor visualização de suas características.
• Cola de Poliuretano
• Resina de Poliéster
Preço: R$ 627,93/6m
Dimensões: 101,6 x 67,6 mm
Espessura: 4,9 mm
A estrutura metálica em aço pode ser observada na Figura 53 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 79
• Arame de solda
Preço: R$ 89,99/Kg
Espessura: 0,8 mm
O rolo de arame de solda pode ser observado na Figura 54 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 80
8 PLANTA BAIXA
são disponibilizadas
82
Será feito uma análise de viabilidade a partir dos custos e rendimento da empresa,
sendo possível avaliar a viabilidade dos processos para que haja um lucro mínimo desejado.
Sendo assim, serão apresentados as descrições dos custos fixos, custos variáveis,
custo para construção da empresa juntamente com o terreno e fluxo de caixa.
reduizir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 83
Total 94.559,33
Total 435.079,14
Além dos custos de construção e dos equipamentos, foram estimados os custos dos
itens auxiliares ao exercício das atividades produtivas da M.G.D.Salin. As quantidades e
preços de cada item dessa categoria estão dispostas na Tabela 16.
Cadeira 16 1032,44
Sofá 2 259,83
Papel 50 175,91
Armários 10 516,00
diminuir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 86
Projetor 2 668,83
Telefone 2 48,15
Ar condicionado 4 1188,34
Fogão 2 285,43
impressora 3 1069,02
Computador 6 2294,46
Lâmpadas 30 43,02
Total 35071,53
Por meio da soma dos valores totais das Tabelas 14, 15 e 16, determinou-se que o
valor do investimento inicial para implantação da M.G.D.Salin é de US$ 964.695,97.
Custos fixos são aqueles que variam minimamente e são pouco afetados pelo
aumento ou diminuição da produção, produtos ou prestação de serviços da empresa, ao
longo do tempo. Os custos fixos da M.G.D.Salin advém dos salários dos funcionários e da
depreciação dos equipamentos.
Informar qual é a
categoria de vcs?
nao achei a folha de
pagamento em A1
Simples Nacional?
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 88
empresas do Lucro
Presumido ?
9.2.1 Folha de pagamento
Férias: 11,11%;
FGTS: 8%;
1/3 de férias; Executivo 23.126,84 279.089,39
INSS: 20%;
RAT (de 2%) x FAP (2%) = 4%;
Alíquotas de impostos de terceiros (Incra, SENAI, SESI e SEBRAE): 3,3%.
Exemplo de empresas optantes do Lucro Presumido
Utilizando um exemplo semelhante,
Técnico uma empresa que possui o regime tributário como Lucro Presumido
1.914,15 e
23.030,10
paga um salário mínimo (R$ 1.212 – valor base 2022) para um colaborador, possui os seguintes gastos:
reduzir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 89
9.2.2 Depreciação
Tipo Depreciação
Edificações 4%
Instalações 10%
Tipo Depreciação
Ferramentas 15%
Custos variáveis são aqueles que estão diretamente ligados à variação da produção,
aquisição de matéria prima e consumo de energia elétrica.
Através do preço da energia elétrica CPFL 2022 em kW/h de Sorocaba, obtidos
através do site NG Solar, é possível calcular o gasto total com iluminação e equipamentos.
Multiplicando a potência dos equipamentos pelo tempo de operação, obteve-se o custo
mensal e anual da empresa relacionados ao consumo de energia elétrica, apresentados na
Tabela19 .
Ar condicionado
O primeiro passo para determinar-se os tributos a serem pagos à União por parte
da M.G.D.Salin começa pela determinação do tipo societário da empresa. Neste caso, o
tipo societário escolhido foi o de Sociedade Limitada, onde há um número limitado de
sócios responsáveis pelo capital da empresa. Como se trata de uma indústria com 29
colaboradores, a empresa é classificada como Empresa de Pequeno Porte (EPP) (Sebrae,
2013). Por fim, escolhe-se o regime de tributação referente ao Lucro Presumido, uma vez
que a receita bruta anual não ultrapassa R$ 78 milhões (Sebrae, 2015).
Feito essas considerações, os impostos a serem pagos pela M.G.D.Salin serão: Im-
posto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), Programa de Integração Social (PIS/PASEP), Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (COFINS) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) (Banco do Empreendedor, 2021). Além desses tributos, será necessário pagar o
Adicional sobre IRPJ uma vez que o valor do IRPJ ultrapassa R$ 20.000,00.
Serão isentos de pagamento o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), uma vez
que o terreno da empresa será concedido pela Prefeitura de Sorocaba, e o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), devido ao dessalinizadores produzidos pela M.G.D.Salin
serem descritos na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI)
como “Aparelhos de osmose inversa” (NCM 84.21.29.20).
A Tabela 20descreve os tributos a serem pagos pela empresa, bem como suas
alíquotas e bases de cálculo.
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 93
CSLL Lucro 9%
COFINS Receita 3%
11 TRATAMENTO DE RESÍDUOS
11.1 Salmoura
• Aplicação na terra: Utilizada para irrigação de plantas e gramíneas que toleram o sal,
com a Erva-sal (Atriplex nummularia)
• Descarga submersa: Conhecida como descarga Off Shore, a salmoura é levada até
o fundo do oceano através de difusores.
Há, também, o reaproveitamento dessa água de rejeito para criação de peixes, como
a Tilápia, conforme ilustra a Figura 55
Capítulo 11. Tratamento de resíduos 99
• Elevada pegada
• Fácil implementação e
ecológica e custos
Aplicação na terra manutenção
• Limitado às menores
• Utilização na costa e no
estações de
interior
dessalinização
• Determinação de uso: Nessa etapa, os compostos são divididos de acordo com sua
utilização final, aplicado-o diretamente em moldes, prensagem e até em polimeriza-
ção.
12 CONCLUSÕES
13 TRABALHOS FUTUROS
Como trabalhos futuros, pretende-se fabricar outros tipos de membranas que ainda
estão em fase de estudo laboratorial, como as membranas de óxido de grafeno.
Pretende-se também criar o próprio sistema CIP para os dessalinizadores e outros
filtros mais eficientes para aumentar o rendimento do processo de dessalinização.
Por fim, pretende-se também desenvolver dentro da própria indústria um setor de
fabricação dos próprios vasos de pressão, a fim de se conseguir criar outras configurações
de dessalinizadores.
104
REFERÊNCIAS
APÊNDICE A
APÊNDICE B
https://www.ufrgs.br/destec/wp-content/uploads/2020/07/7-FOLHA-DE-DESENHO-T%C3
%89CNICO-E-LINHAS-Ge%C3%ADsa.pdf
apresentar o norte e
leste,
tentar nao usar fundo Na Figura 60 estão representados os depósitos e o galpão, locais onde serão
preto. realizadas as atividades da empresa
todo desenho técnico precisa ter legenda, favor adicionar
veja modelos na internet ou das aulas de expressão
gráfica.
cadê a escala??
Apêndice B 111
representa
Apêndice B 112
indicar o nome de
cada sala/espaço
apresenta
Apêndice B 115