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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

DIEGO SOARES DA SILVA LOPES


GUSTAVO NOGUEIRA DA SILVA
MATHEUS PARIZ PEREIRA

M.G.D.SALIN: INDÚSTRIA DE DESSALINIZADORES

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

APUCARANA
2022
DIEGO SOARES DA SILVA LOPES
GUSTAVO NOGUEIRA DA SILVA
MATHEUS PARIZ PEREIRA

M.G.D.SALIN: INDÚSTRIA DE DESSALINIZADORES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao curso de Engenharia Química, como parte
dos requisitos necessários à obtenção do tí-
tulo de de Bacharel

Orientador: Prof. Dr. Gylles Ricardo Ströher

APUCARANA
2022

Este trabalho está licenciado sob Creative Commons Attribution-


NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License. Esta licença per-
mite que outros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho para fins
não comerciais, desde que atribuam o devido crédito e que licenciem as
4.0 Internacional novas criações sob termos idênticos. Conteúdos elaborados por terceiros,
citados e referenciados nesta obra não são cobertos pela licença.
Diego Soares da Silva Lopes
Gustavo Nogueira da Silva
Matheus Pariz Pereira
M.G.D.Salin: Indústria de Dessalinizadores/ Diego Soares da Silva Lopes
Gustavo Nogueira da Silva
Matheus Pariz Pereira. – Apucarana, 2022-
114 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Gylles Ricardo Ströher

Trabalho de Conclusão de Curso – UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ


COORDENAÇÃO DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
, 2022.
IMPORTANTE: Esse é apenas um texto de exemplo da Ficha Catalográfica. Deverá ser substi-
tuída pela Ficha Catalográfica fornecidade pela biblioteca da sua instituição.
Diego Soares da Silva Lopes
Gustavo Nogueira da Silva
Matheus Pariz Pereira

M.G.D.Salin: Indústria de Dessalinizadores

IMPORTANTE: ESSE É APENAS UM TEXTO


DE EXEMPLO DE FOLHA DE APROVAÇÃO.
VOCÊ DEVERÁ SOLICITAR UMA FOLHA DE
APROVAÇÃO PARA SEU TRABALHO NA SE-
CRETARIA DO SEU CURSO (OU DEPARTA-
MENTO).

Trabalho aprovado. Apucarana:

Prof. Dr. Gylles Ricardo Ströher


Orientador

Professor
Convidado 1

Professor
Convidado 2

Apucarana
2022
RESUMO

O presente trabalho tem como tema a indústria de dessalinizadoras, uma tecnologia


que vem se mostrando cada vez mais necessária, tendo em vista o aumento da escassez
em diversas áreas do Brasil e do mundo. A água doce é um bem finito e de suma impor-
tância para vida, sendo assim é de extrema necessidade de preservá-la. Levando isso em
consideração, a dessalinização da água do mar e água salobra torna-se um meio viável
de obtenção desse recurso, gerando possibilidade de acesso à água potável em diferentes
regiões, mesmo que não hajam redes de distribuição, podendo ser uma solução para suprir
a necessidade hídrica de boa parte da população. Por meio dos dessalinizadores produzidos
pela MGDsalin, empresa de porte médio localizada em Santos, será possível atender às
necessidades de diversos locais, desde residências até empresas, fabricando membranas
de poliamida com alta eficiência, conforme à necessidade do cliente. Serão necessários
dois turnos de 8h para que se possa manter uma produção de 5 dessalinizadores por dia.
Através de um pré tratamento e da tecnologia de osmose reversa, obtém-se água potável e
pronta para ser utilizada. O uso de dessalinizadores vem sendo explorado cada vez mais no
mercado mundial e observa-se que a tendência é de grande aumento nos próximos anos,
tendo isso em vista, a MGDsalin visa proporcionar acessibilidade e qualidade por meio dos
dessalinizadores.
Palavras-chave: água - purificação - filtração; dessalinização da água; osmose;
filtração por membranas.
ABSTRACT

The present work has as its theme the desalination industry, a technology that has
been proving increasingly necessary, in view of the increase in scarcity in several areas of
Brazil and the world. Fresh water is a finite good and of paramount importance for life, so it
is extremely necessary to preserve it. Thus, the desalination of seawater and brackish water
becomes a viable means of obtaining this resource, generating the possibility of access to
drinking water in different regions, even if there are no distribution networks, and may be a
solution to supply the water needs of a large part of the population. Through the desalination
plants produced by MGDsalin, a medium-sized company located in Santos, it will be possible
to meet the needs of different locations, from homes to companies, manufacturing polyamide
membranes with high efficiency, according to the customer’s needs. Two 8-hour shifts will
be needed to maintain a production of 5 desalinators per day. Through pre-treatment and
reverse osmosis technology, drinking water is obtained and ready to be used. The use of
desalinators has been increasingly explored in the world market and it is observed that
the trend is to increase in the coming years, with this in view, MGDsalin aims to provide
accessibility and quality through desalination.
Keywords: water - purification - filtration; saline water conversion; osmosis; mem-
brane separation.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Capacidade relativa global de produção de água doce por método de


dessalinização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Figura 2 – Número, capacidade e participação global das usinas de dessalinização
em operação por região, nível de receita do país e uso setorial. . . . . . 17
Figura 3 – Organograma da empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 4 – Organograma da Empresa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Figura 5 – Mapa de localização do Município de Sorocaba no Estado de São Paulo,
Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 6 – Localização do terreno na cidade de Sorocaba . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 7 – Dimensão do terreno localizado no bairro de Brigadeiro Tobias . . . . . 24
Figura 8 – Fluxograma da fabricação dos módulos de membrana . . . . . . . . . . 28
Figura 9 – Composição das correntes de entrada e saída do processo de produção
dos módulos de membrana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 10 – Fluxograma da montagem dos dessalinizadores . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 11 – Composição de cada corrente na montagem dos dessalinizadores . . . 30
Figura 12 – Visão lateral do processo de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Figura 13 – Aplicação da linha de cola na formação da folha (a) e visão lateral da
folha (b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 14 – Visão lateral do processo de colagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Figura 15 – Vista lateral do enrolador de folhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Figura 16 – Vista frontal do arranjo Spiral Wound de tubo, espaçadores e folhas . . 33
Figura 17 – Adição dos DAT’s ao rolo de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Figura 18 – Dispositivo anti-telescoping . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Figura 19 – Acabamento do módulo de membrana com fibra de vidro . . . . . . . . 35
Figura 20 – Composição presente em cada corrente na produção dos módulos de
membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
Figura 21 – Dessalinizador de dois estágios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Figura 22 – Fixação dos vasos de pressão na estrutura metálica . . . . . . . . . . . 37
Figura 23 – Interconexão dos vasos de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 24 – Introdução dos módulos de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Figura 25 – Vedação dos vasos de pressão pelos end-caps e silicone. . . . . . . . . 39
Figura 26 – Conexão do dessalinizador com as tubulações de entrada e de saída . . 40
Figura 27 – Instalação do painel de controle e manômetros . . . . . . . . . . . . . . 40
Figura 28 – Vista lateral do dessalinizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 29 – Componentes do sistema CIP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Figura 30 – Fluxograma do processo de dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Figura 31 – Princípio da osmose reversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Figura 32 – Correntes de entrada e saída dos vasos de pressão . . . . . . . . . . . 49
Figura 33 – Quantidade de substâncias em grama que entram em cada corrente por
quilograma de água. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Figura 34 – Vazão mássica e composição de cada corrente em quilograma por hora 54
Figura 35 – Diagrama do Sistema de Bombeamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Figura 36 – Curva característica da bomba BMS 17-22 HS-B-C-P-A . . . . . . . . . 58
Figura 37 – Curva característica da bomba BM 17-17N . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Figura 38 – Curva característica da bomba BM 5A-39 . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Figura 39 – PFD para a produção dos módulos de membrana . . . . . . . . . . . . 61
Figura 40 – PFD para a montagem do dessalinizador . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Figura 41 – Máquina de corte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Figura 42 – Máquina de colagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
Figura 43 – Máquina de aparagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Figura 44 – Finalizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
Figura 45 – Serra policorte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Figura 46 – Máquina de solda MIG . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
Figura 47 – Filtro de areia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Figura 48 – Filtros cartucho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Figura 49 – Vaso de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Figura 50 – Rolo de fime fino de membrana de poliamida . . . . . . . . . . . . . . . 75
Figura 51 – Cola de poliuretano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
Figura 52 – Resina de poliéster . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Figura 53 – Perfil estrutural em aço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Figura 54 – Rolo de arame de solda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Figura 55 – Criação de Tilápias utilizando água de rejeito de dessalinização . . . . . 98
Figura 56 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista superior . . . . . . . . . . . . . 106
Figura 57 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista frontal . . . . . . . . . . . . . . 106
Figura 58 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista posterior . . . . . . . . . . . . . 107
Figura 59 – Planta baixa da M.G.D.Salin . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Figura 60 – Planta baixa dos depósitos e do galpão . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Figura 61 – Planta baixa da área de alimentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
Figura 62 – Planta baixa do estacionamento de veículos comuns . . . . . . . . . . . 111
Figura 63 – Planta baixa do estacionamento de veículos maiores . . . . . . . . . . . 112
Figura 64 – Planta baixa do escritório da indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Figura 65 – Planta baixa da guarita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Composição média da água do mar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43


Tabela 2 – Composição média da água após os processos de pré filtração . . . . . 45
Tabela 3 – Composição da água dessalinizada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Tabela 4 – Composição da salmoura gerada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Tabela 5 – Comprimentos e medidos das tubulações e conexões . . . . . . . . . . 56
Tabela 6 – Especificações da máquina de corte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
Tabela 7 – Especificações da máquina de colagem e enrolamento. . . . . . . . . . 65
Tabela 8 – Especificações da máquina de aparagem. . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Tabela 9 – Especificações da serra policorte. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Tabela 10 – Especificações da máquina de solda MIG sem gás. . . . . . . . . . . . 71
Tabela 11 – Especificações do filtro de areia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
Tabela 12 – Especificações dos filtros cartucho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
Tabela 13 – Especificações dos vasos de pressão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Tabela 14 – Custos e dimensão de cada tipo de construção. . . . . . . . . . . . . . 81
Tabela 15 – Valores dos custos de cada equipamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
Tabela 16 – Preços dos itens auxiliares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Tabela 17 – Custos pertinentes aos colaboradores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Tabela 18 – Depreciação por cada bem adquirido pela empresa . . . . . . . . . . . 88
Tabela 19 – Consumo elétrico mensal e anual da empresa. . . . . . . . . . . . . . . 89
Tabela 20 – Tributos pagos pela M.G.D.Salin. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
Tabela 21 – Alíquota dos impostos pagos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
Tabela 22 – Comparação entre métodos de gestão da salmoura. . . . . . . . . . . . 99
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAGR Compound Annual Growth Rate

CIP Clean In Place

CV Compressão de Vapor

DAT Dispositivo anti-telescoping

DME Dry Malt Extract (Extrato de Malte Seco)

ED Eletrodiálise

EM Electron Multipliers (Multiplicadores de Elétrons);

MED Destilação de múltiplo efeito

MSF Destilação de múltiplo estágio flash

NO Óxido Nítrico

ONU Organização das Nações Unidas

OR Odds Ratio

PAD Programa Água Doce

PVC Policloreto de Polivinila

RH Recursos Humanos

SP São Paulo

WRI World Resources Institute


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1 Uso da dessalinização na obtenção de água doce . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2 Técnicas de dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.3 Cenário global e nacional da dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.4 Informações técnicas da dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 DESCRIÇÃO DA INDÚSTRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.1 Porte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.2 Missão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.3 Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.4 Valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.5 Logotipo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
4.6 Organograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.7 Localização do Empreendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.8 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.9 Mercado de dessalinizadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.9.1 Consumo no Brasil e exterior . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.9.2 Concorrência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5 PROCESSO DE PRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.1 Módulos de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2 Vasos de pressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.3 Montagem do Dessalinizador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.4 Processo de Dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
6 BALANÇO ENERGÉTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
7 PFD E ENVELOPE DIMENSIONAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
7.1 Envelope Dimensional e Especificação dos Equipamentos . . . . . . . . . . . . 62
7.1.1 Módulos de membrana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
7.1.2 Estrutura Metálica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
7.1.3 Sistema de dessalinização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
7.2 Matérias-prima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
8 PLANTA BAIXA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
9 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
9.1 Investimento fixo de construção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
9.2 Custos Fixos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
9.2.1 Folha de pagamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
9.2.2 Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
9.3 Custos variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
9.4 Lucro, receita, despesas e preço de venda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
10QUALIDADE E MEIO AMBIENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
11TRATAMENTO DE RESÍDUOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
11.1 Salmoura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
11.2 Fibra de vidro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
12CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
13TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103

APÊNDICES 105
Apêndice A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
Apêndice B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
12

1 INTRODUÇÃO

O planeta terra é composto por aproximadamente 70% água, porém apenas 3%


desse percentual é doce e apenas 1% é apropriado para o uso cotidiano, como higiene,
necessidades fisiológicas, agricultura, pecuária, entre outros. Com isso, as reservas de água
potável vêm se encontrando cada vez mais escassas devido ao aumento do seu consumo
e da recorrência de secas e estiagens. Essa escassez se dá tanto pela má administração
da água potável quanto pelo seu desperdício (WWF Brasil, 2022).
O crescimento populacional aumenta gradativamente enquanto a disponibilidade de
água potável vem diminuindo. Segundo dados divulgados pela World Resources Institute
(WRI), em 2040, cerca de 3,5 bilhões de pessoas serão afetadas pela falta de água, tendo
hoje mais de 1 bilhão de pessoas sem acesso adequado à água (ONU, 2020).
No Brasil, há um grande volume de água superficial, mas ao contrário do que as
pessoas pensam, essa água é mal distribuída, acarretando escassez em uma boa parte
do território brasileiro. Juntamente com chuvas irregulares e mal distribuídas, surge a
necessidade da busca por fontes de água alternativas (Vandré B. Brião et al., 2014).
Devido a esse exposto, vem sendo estudado cada vez mais formas de obtenção de
água por fontes alternativas, sendo elas:

• Captação de água da chuva

• Utilização de água de poços

• Reuso de água cinza

• Dessalinização de água

Uma das formas de se obter água no Brasil, seria fazer o uso das águas subterrâneas
do Aquífero Guarani, que é um aglomerado de unidades hidroestratigráficas que formam
um grande reservatório subterrâneo. Porém, sua extensão é composta majoritariamente por
águas salobras, possuindo baixa/média salinidade, não sendo adequadas para o consumo
humano (Vandré B. Brião et al., 2014).
Tendo isso em vista, o processo de dessalinização vem sendo cada vez mais eficiente
e rentável economicamente, uma vez que as fontes de energia limpa estão ficando mais
acessíveis, como as placas fotovoltaicas, que podem ser consideradas a melhor fonte de
energia para dessalinização (Sakshi Sarathe et al.,2022).
Recentemente, novas formas de se realizar a dessalinização por osmose reversa,
estão sendo estudadas, a fim de baratear o processo e otimizar o uso de energia. Uma das
formas mais eficientes encontradas, é através da membrana de poliamida.
Assim, o presente trabalho apresenta o estudo da implantação de uma indústria de
dessalinizadores por Osmose Reversa (OR). Os estudos contemplados foram: análise de
Capítulo 1. Introdução 13

mercado de dessalinizadores, consumo e projeção de consumo mundial de dessalinizadores,


concepção da empresa (missão, visão, valores, logomarca e público alvo), descrição do
processo de produção de módulos de membranas de poliamida, processo de produção dos
dessalinizadores, balanço material dos processos e tratamento de resíduos.
14

2 JUSTIFICATIVA

Uma vez que a demanda por água potável está crescendo devido ao aumento da
população mundial, a escassez hídrica vem se tornando cada vez mais presente e gerando
graves problemas, tanto socialmente, quanto naturalmente.
Tem-se casos da invasão do mar sobre rios, como é o caso da Foz do Rio Amazonas,
onde acontece um fenômeno natural de salinização de partes do rio, que nos últimos anos
vem se intensificando cada vez mais, deixando moradores e ribeirinhos em situações críticas
de sede e fome (Pacheco, 2021).
Partindo de tais pressupostos, existe a oportunidade de crescimento industrial da
produção de dessalinizadores no Brasil. Tendo isso em vista, aproveitando das oportu-
nidades de mercado, a M.G.D.Salin visa contribuir com o estudo e desenvolvimento de
formas alternativas de obtenção de água através de dessalinizadores de osmose reversa,
contribuindo para um desenvolvimento mais sustentável por meio de uma tecnologia de
baixo impacto ambiental.
A empresa visa facilitar a aquisição de dessalinizadores, gerar acessibilidade à água
potável para regiões de difícil acesso e com extrema escassez e apresentar informações
sobre a necessidade do desenvolvimento tecnológico na área de dessalinização
15

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 Uso da dessalinização na obtenção de água doce

Segundo Jones et al. (2019), a crescente demanda por água associado ao cresci-
mento populacional, aumento do consumo per capita e desenvolvimento econômico, junto a
extinção de fontes de água devido a mudanças climáticas e contaminações, vem agravando
a escassez de água em diversas regiões do mundo. Estimativas apresentadas por Jones et
al. (2019) feitas em 2014 sugerem que 40% da população mundial enfrenta uma escassez
de água severa, podendo aumentar para até 60% em 2025. Já Zhang et al. (2022) mostra
uma previsão de que cerca de 75% da população irá sofrer também com a escassez de
água doce até em 2050.
De acordo com Zhang et al. (2022), dos 70% de água que cobre o planeta Terra,
apenas 2,7% deste total é considerada como água doce, sendo o restante, 97,3%, água
salgada. Dessa pequena quantidade de água doce, somente 0,3% pode ser utilizada de
fato pelos seres humanos, indicando que a quantidade disponível de imediato para atender
o consumo humano de água é muito limitada.
Em contrapartida, a água salgada é abundante e de fácil obtenção, porém não
pode ser utilizada para a maioria das finalidades devido a sua alta quantidade de sais
dissolvidos. A fim de contornar este empecilho, processos como a dessalinização têm sido
desenvolvidos para transformar água do mar e/ou outras fontes de água não utilizáveis em
água doce através da remoção dos sais presentes na água.
água salgada é abundante e de fácil obtenção, porém não pode ser utilizada para a
maioria das finalidades devido a sua alta quantidade de sais dissolvidos. A fim de contornar
este empecilho, processos como a dessalinização têm sido desenvolvidos para transformar
água do mar e/ou outras fontes de água não utilizáveis em água doce através da remoção
dos sais presentes na água.

3.2 Técnicas de dessalinização

Segundo Asadollahi, Bastani e Musavi (2017), as tecnologias de dessalinização


podem ser categorizadas, de acordo com seu método de separação, em processos térmicos
ou processos de membrana. Os processos térmicos de dessalinização separam os sais
dissolvidos por meio de evaporação e condensação, pela destilação flash em multi estágios
(DFME), destilação de múltiplo efeito (DME) e compressão de vapor (CV). Já nos processos
de dessalinização envolvendo membranas a separação é feita pela difusão da água por uma
membrana semipermeável, que acaba retendo a maior parte dos sais, pela eletrodiálise
(ED) e osmose reversa (OR). A capacidade relativa global de produção de água doce por
dessalinização, de acordo com o tipo de processo, é mostrada na Figura 1.
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 16

Figura 1 – Capacidade relativa global de produção de água doce por método de dessalinização.

Adaptado de Jones et al. (2019).

A tecnologia de membranas tornou-se muito popular em diversos campos da indústria


devido a suas vantagens, como: fácil escalabilidade, operação simples, baixo consumo de
energia e ausência de aditivos químicos (ASADOLLAHI; BASTANI; MUSAVI, 2017).

3.3 Cenário global e nacional da dessalinização

Segundo Jones et al. (2019), há 15.906 usinas de dessalinização em operação no


mundo com a capacidade de dessalinização de aproximadamente 95,37 milhões de metros
cúbicos por dia, equivalentes a 81% e 93% do total do número e da capacidade das usinas
de dessalinização já construídas, respectivamente. As primeiras usinas de dessalinização
utilizavam tecnologias termais, localizadas em regiões ricas em petróleo como no caso do
Oriente Médio. Antes da década de 1980, cerca de 84% da água dessalinizada mundial era
produzida pelos métodos de DFME e DME.
A partir da década de 1980, com o aumento do uso das tecnologias de membranas,
principalmente de OR, inicia-se uma migração gradativa das tecnologias termais para esta
tecnologia mais recente. Em 2000 os volumes de água dessalinizada produzidos pelos
métodos termais e de membrana se tornaram muito próximos, com capacidades produtivas
de 11,6 milhões m3/d e 11,4 milhões m3/d, respectivamente. Desde então, ambos os
números e capacidades produtivas das usinas de dessalinização por OR vem aumentando
exponencialmente, enquanto usinas operando pelas tecnologias termais experienciam um
crescimento infame (Jones et al., 2019).
De acordo com Jones et al. (2019), o número e capacidade das usinas de dessalini-
zação por região, nível de receita do país e uso setorial da água dessalinizada, nos mostra
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 17

que quase metade de toda a capacidade de dessalinização, cerca de 47,5%, está situada
no Oriente Médio e Norte da África, conforme ilustra a Figura 2.

Figura 2 – Número, capacidade e participação global das usinas de dessalinização em operação por
região, nível de receita do país e uso setorial.

Jones et al. (2019).

No Brasil, desde 2004, está em atividade o Programa Água Doce (PAD), ação
do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com
instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, visando estabelecer uma
política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano,
levando em conta cuidados técnicos, ambientais e sociais na implantação, recuperação e
gestão de sistemas de dessalinização de águas salobras e salinas. O PAD foi concebido
e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a participação social,
proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local.
Em 2011, o Programa Água Doce assumiu a meta de aplicar sua metodologia na
recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até 2018, com
investimentos de cerca de R$258 milhões, beneficiando cerca de 500 mil pessoas.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, coordenador do projeto, 924 desses dessa-
linizadores foram contratados até o ano de 2019. Desses, haviam 575 em funcionamento,
Capítulo 3. Revisão Bibliográfica 18

147 em obras e 202 estariam prestes a iniciar sua implantação.

3.4 Informações técnicas da dessalinização

De acordo com Asadollahi (2017), a dessalinização é realizado, normalmente, por


membranas de osmose reversa, onde a água é transferida do meio mais concentrado para
o menos concentrado, utilizando uma diferença de pressão ΔP como força motriz. Em
sistemas contendo membranas de osmose reversa, o fluxo de água e a rejeição de sal são
os dois parâmetros que irão determinar a performance da membrana. O fluxo de água é
definido pela quantidade de água que atravessa a membrana por unidade de tempo e por
unidade de área, conforme descreve a Equação 01:

W=A(ΔP-Δπ) (01)

Onde W é o fluxo de água (g/(cm² s)), A é o coeficiente de permeabilidade de água


da membrana (g/(cm² sbar)), ΔP é diferença de pressão transmembrana (bar ) e Δı é a
diferença de pressão osmótica entre a alimentação e o permeado (bar ).
Já a rejeição de sal pode ser definida como a capacidade da membrana em separar
o soluto contido na solução de alimentação, dada tanto pela rejeição observada quanto
pela rejeição real. A rejeição observada pode ser calculada pelas concentrações de sais
da alimentação e do permeado, enquanto a rejeição real é calculada pela concentração
de sais da superfície da membrana e do permeado de acordo com as Equações 02 e 03,
respectivamente:

Ro=1-Cp/ Cf (02)

Rr =1-Cp/ Cm (03)

Onde Ro é a rejeição observada, Rr é a rejeição real, Cp é a concentração de sais do


permeado (g/L), Cf é a concentração de sais da alimentação (g/L) e Cm é a concentração
de sais na superfície da membrana (g/L).
19

4 DESCRIÇÃO DA INDÚSTRIA

A M.G.D.Salin é uma empresa de médio porte com o intuito de fornecer dessaliniza-


dores com membrana de osmose reversa para dessalinização de água salgada ou salobra,
a fim de gerar maior acesso à água potável em em lugares de difícil obtenção e também
ajudar na preservação das reservas de água doce disponíveis, as quais estão em constante
degradação devido ao aumento da demanda.
Sua sede está estabelecida na cidade de Santos, localizada na região litorânea do
estado de São Paulo, pois é o lugar de maior acesso à matéria prima para montagem da
indústria, possuindo cerca de 6200 m² .
A venda dos dessalinizadores será voltada, inicialmente, para o mercado interno
brasileiro, visando atender às necessidades de moradores, produtores rurais, tanto na
agricultura quanto na pecuária e indústrias que necessitam de um grande volume de água
nos seus processos. Paralelamente ao pós-venda, a empresa oferecerá serviços extras
como manutenção, limpeza das membranas e possíveis trocas de peças do dessalinizador,
de modo a garantir um serviço durável e de ótima qualidade.

4.1 Porte

A princípio a empresa será de médio porte, não havendo filiais. Com isso, o número
de funcionários deverá estar entre 20 e 35 funcionários.

4.2 Missão

Produzir água doce e limpa para diferentes usos por meio da tecnologia de dessalini-
zação, oferecendo uma forma alternativa de atender às necessidades das pessoas sem
comprometer as reservas de água doce disponíveis para o ser humano.
Prover aos clientes equipamentos robustos, acessíveis e para as mais diversas
aplicações.
Melhorar a tecnologia de dessalinização, transformando-a em acessível para todos
que precisarem dela.

4.3 Visão

A curto prazo, alcançar os moradores que passam por dificuldades para obter água
potável nos lugares com maior escassez de água no Brasil.
Fornecer, a médio prazo, dessalinizadores para produtores rurais brasileiro a fim de
oferecer um método de obtenção de água mais fácil e barato, diminuindo, assim, o custo
para produção de alimentos.
Capítulo 4. Descrição da Indústria 20

A longo prazo, aprimorar a tecnologia dos dessalinizadores por meio da membrana de


grafeno, a fim de baratear o processo de dessalinização e assim, exportar essa tecnologia.
Tornar-se referência no que diz respeito a equipamentos para dessalinização, sendo
a melhor opção para os colaboradores, investidores e clientes, e garantir que as reservas
de água doce do mundo sejam preservadas.

4.4 Valores

A busca por uma boa relação com os clientes é o primeiro passo para o sucesso de
uma empresa, sendo assim, os funcionários da M.G.D.Salin devem sempre estar associados
às seguintes virtudes:

• Constante desenvolvimento

• Inspirar pessoas

• Ética e moral

• Busca por inovação

• Resiliência

• Preservação

• Sustentabilidade

• Honestidade

• Responsabilidade

• Respeito

4.5 Logotipo

O logotipo representado pela Figura A, refere-se à origem do nome da indústria,


M.G.D.Salin, apresentado de forma simples somente com formas retas. As letras ‘M’, ‘G
e ‘D’ estão separadas em setores dentro do logotipo, sendo cada uma delas associadas
respectivamente aos membros fundadores da empresa: Matheus, Gustavo e Diego. Ao lado
da letra ‘D’ temos a palavra ‘Salin’, obtendo então um jogo de palavras onde se pode obter
a palavra ‘Desalin’ que se remete ao nosso principal produto de venda, o dessalinizador.
A paleta de cores do logotipo remete-se à tonalidades da água, a principal matéria
prima utilizada no processo de dessalinização dentro dos dessalinizadores.
Capítulo 4. Descrição da Indústria 21

Figura 3 – Organograma da empresa

Autoria Própria, 2022.

4.6 Organograma

A empresa M.G.D.Salin adotará uma estrutura organizacional configurada em um


organograma que segue um modelo de estrutura funcional regido por um presidente, no
qual abaixo dele ficam os diretores de áreas específicas, seguido então por seus gerentes,
que por fim terão cada qual seus subordinados.
Como se observa na Figura 4, a M.G.D.Salin terá um presidente, sendo esse o nível
hierárquico mais alto da empresa, o qual é responsável de cuidar de todo o planejamento
estratégico da indústria.

Figura 4 – Organograma da Empresa

Autoria Própria (2022).

Junto ao presidente, serão atribuídos três diretores, sendo eles comercial, adminis-
Capítulo 4. Descrição da Indústria 22

trativo e de montagem. Esses diretores possuem o segundo maior nível hierárquico da


empresa e serão responsáveis em dirigir, planejar, organizar e controlar as atividades de
diversas áreas da empresa.
Em seguida dos diretores, serão atribuídos gerentes a cada um, os quais se respon-
sabilizarão pelos seus referidos subordinados.
O diretor comercial supervisionará o gerente de finanças, que será responsável pelo
técnico de vendas, e o gerente de logística, que será responsável pelo auxiliar de logística.
O diretor administrativo supervisionará o gerente administrativo, que será responsável
pelo auxiliar de serviços gerais, e o gerente de RH, que será responsável pelo assistente
de RH.
Por fim, o diretor de montagem supervisionará o gerente de produção, que será
responsável pelo operador de produção, e o gerente de manutenção, que será responsável
pelo técnico em manutenção.

4.7 Localização do Empreendimento

A localização da indústria foi escolhida levando em consideração diversos fatores,


como incentivo fiscal, a logística para a distribuição do produto final, centros consumidores
do produto e a disponibilidade para que se adquirisse o terreno da planta industrial.
A cidade de Sorocaba fica localizada no interior do estado de São Paulo, sendo
ela uma das principais cidades do interior com boa proximidade com a capital do estado,
facilitando assim a distribuição dos dessalinizadores para seus principais consumidores. A
cidade é um importante polo industrial do estado, sendo sua produção industrial chegando
a 120 países, conseguindo um PIB (Produto Interno Bruto) superior a R$32 bilhões.
Dessa forma, escolheu-se o município de Sorocaba para a implantação da indústria
de dessalinizadores, M.G.D.Salin. Na Figura 5 podemos ver a localização de Sorocaba,
localizado no interior do estado de São Paulo, no Brasil.
Capítulo 4. Descrição da Indústria 23

Figura 5 – Mapa de localização do Município de Sorocaba no Estado de São Paulo, Brasil.

Fonte: Wikipedia, 2022

Com isso, foi escolhido um terreno no território da cidade, localizado na Estrada da


Querência, bairro Brigadeiro Tobias, CEP 18108-255 e com 10400 m² de área total, sendo
o terreno o suficiente para as atividades da indústria.
As Figuras 6 e mostram a localização do terreno em relação à cidade de Sorocaba e
a dimensão do terreno em relação ao bairro respectivamente.
Capítulo 4. Descrição da Indústria 24

Figura 6 – Localização do terreno na cidade de Sorocaba

Fonte: Autoria Própria, 2022

Figura 7 – Dimensão do terreno localizado no bairro de Brigadeiro Tobias

Fonte: Autoria Própria, 2022

4.8 Público Alvo

A maior porcentagem de gasto de água no brasil é na irrigação de plantações 49,8%


e no consumo urbano 24,3%, fazendo com que os dessalinizadores se tornem uma ótima
opção de investimento para suprir parcial ou totalmente a quantidade de água utilizada no
Capítulo 4. Descrição da Indústria 25

dia. Sendo assim, os agricultores e a população em geral seriam os principais compradores


em potencial.
Há também pecuaristas, indústrias de pequeno e médio porte e até plataformas
marítimas que podem usufruir da tecnologia dos dessalinizadores.
A empresa estará aberta a propostas de parcerias com ONGs para instalação de
sistemas de dessalinização em lugares com escassez de água, como no sertão nordestino,
local em que há falta de infraestrutura na distribuição de água potável.

4.9 Mercado de dessalinizadores

A crescente escassez de água e o rápido esgotamento das fontes de água doce


disponíveis são os motivos que mais impactam no crescimento do mercado mundial de
equipamentos de dessalinização. A escassez de reservas de água doce está presente
em diversas regiões áridas,devido à carência de fontes de águas superficiais, como rios e
lagos. À medida que a população mundial cresce, aumenta a demanda por água potável,
acarretando uma expansão do mercado. Conforme a degradação do meio ambiente progride,
várias mudanças nos padrões climáticos vão acontecendo, o que resulta em um distúrbio
na sazonalidade das chuvas resultando em escassez em todo o mundo. Com todos esses
fatores sendo cada vez mais presentes, estima-se um crescimento considerável no mercado
global de equipamentos para dessalinização de água (Allied Market Research, 2021).
O mercado de equipamentos de dessalinização é dividido considerando alguns
pontos chaves, como, tecnologia, fonte, aplicação e região. Se tratando da tecnologia,
a divisão de mercado é feita em osmose reversa, destilação flash multi-estágio (MSF),
destilação multi-efeito (MED) entre outros. Já a fonte, é fragmentada em água do mar, água
salobra, água de rio e outras. As aplicações são divididas em municipal, industrial e outros.
Em termos de região, o mercado é estudado na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico e
LAMEA (América latina, Oriente Médio e África).
As principais empresas que se destacam no cenário mundial de equipamentos
de dessalinização, são Acciona SA, Biwater, Cadagua, Degremont Sas, Genesis Water
Technologies, IDE Technologies, Pure Aqua, Inc., Koch Membrane Systems, Right Water
Solutions e Veolia.
Dentre toda a tecnologia de dessalinização existente, a osmose reversa lidera o
mercado, gerando cerca de 69,1% da receita global no ano de 2020 (Allied Market Research,
2021 ). Na osmose reversa (OR), a água salina é forçada a passar por uma membrana semi
permeável que filtra as moléculas de sal, removendo assim o sal da água e produzindo
água doce (Snehal Mohite , Eswara Prasad, 2021).
Capítulo 4. Descrição da Indústria 26

4.9.1 Consumo no Brasil e exterior

O Brasil não possui um mercado grande de dessalinizadores, pois essa tecnologia


está em um estado inicial de desenvolvimento no país, porém, isso está prestes a mudar,
após parcerias com Israel (local onde se encontra a maior usina de dessalinização do
mundo), vários estudos tecnológicos e de viabilidade surgiram no Brasil, e em 2021, a
ArcelorMittal Tubarão inaugurou a maior planta de dessalinização do país.
Estima-se que até 2040, haverá um crescimento de 70% na demanda de água no
Brasil (Vieira, 2021) e juntamente com o grande desperdício que chega a 40% (Lüder, 2021)
torna-se evidente a necessidade de formas alternativas de obtenção de água, fazendo com
que a indústria de dessalinização se torne cada vez mais necessária, e assim aumentando
a demanda de dessalinizadores.
O mercado global de equipamentos de dessalinização foi avaliado em US$ 6,9
bilhões em 2020 e devido à crescente demanda, deve atingir US$ 16,6 bilhões até 2030,
crescendo a um CAGR de 9,2% de 2021 a 2030 (Allied Market Research, 2021 ).

4.9.2 Concorrência

Por mais que a tecnologia de dessalinização ainda esteja sendo aprimorada no


Brasil, há alguns concorrentes que estão se instalando no mercado,como a Fluence
Já no exterior, há grandes empresas que já consolidaram-se no mercado como
Veolia, Doosan Heavy Industries, Aquatech International LLC, Fisia Italimpianti SpA, and
IDE Technologies Limited.
Para conseguir um destaque no mercado de dessalinizadores, a M.G.D.Salin pre-
tende oferecer serviços de manutenção dos dessalinizadores, limpeza da membrana, além
de fazer o recebimento de dessalinizadores e membranas velhas ou desgastadas em um
processo de logística reversa e oferecer um desconto na próxima compra de um dessalini-
zador.
Haverá, também, estudo de viabilidade de utilização de membranas de grafeno, as
quais possuem melhor eficiência na dessalinização da água, porém ainda não há muitos
dados sobre suas vantagens e desvantagens por ser uma tecnologia muito recente.
Além disso, será oferecido sistemas de pré e pós tratamento para águas destinadas
ao consumo humano.
27

5 PROCESSO DE PRODUÇÃO

A fim de facilitar a explicação sobre o processo de produção dos dessalinizadores


fabricados pela M.G.D.Salin, foram criados três fluxogramas apresentando as etapas de
fabricação dos módulos de membrana, do dessalinizador e processo de dessalinização que
serão apresentados nos tópicos seguintes.
Na Figura 8, pode-se observar cada etapa para a fabricação dos módulos de mem-
brana utilizados nos dessalinizadores da M.G.D.Salin bem como as correntes que passam
em cada etapa.
Começando com o recebimento da matéria prima, os rolos de membrana de poli-
amida e espaçadores são enviados pela corrente 1 para o processo de corte, realizado
por máquinas cortadoras. Em seguida a membrana cortada é levada ao processo de cola-
gem pela corrente 2 juntamente com a cola enviada pela da corrente 3, tendo-se então a
formação da folha de membrana juntamente com a outra peça cortada e os espaçadores.
Logo após, as folhas enviada pela corrente 4, serão levadas juntamente com o tubo de PVC
perfurado vindo da corrente 5 para a etapa de enrolamento, que será realizada por uma
máquina de enrolar. Em seguida, essas folhas enroladas são levadas para a aparagem pela
corrente 6, onde são retiradas as rebarbas que saem pela corrente 7. O rolo aparado é
levado pela corrente 8 para a etapa de adição dos DAT’s juntamente com os DAT’s recebidos
pela corrente 9. Após essa adição, os rolos de membranas são levados então para o acaba-
mento pela corrente 10 juntamente com a fibra de vidro e resina recebidos pela corrente 11,
onde serão feitos ajustes finos a fim de deixar o produto livre de rebarbas e imperfeições.
Após o acabamento, os rolos então serão levados para o controle de qualidade pela corrente
12 com o intuito de se observar se estão dentro dos parâmetros normais de funcionamento.
Por fim, após passar pelo controle de qualidade, os módulos de membranas já estarão
prontos e serão levados para o armazenamento pela corrente 13.
Capítulo 5. Processo de produção 28

Figura 8 – Fluxograma da fabricação dos módulos de membrana

Autoria Própria, 2022.

Partindo do balanço de massa geral do processo produtivo como descrito na Equação


04.

Acúmulo=entra-sai+gerada-consumida
(04)

E assumindo então que todo processo se encontra em regime permanente, não


havendo nenhuma reação química para se ter consumo ou geração, a equação se resume
a Equação 05 a seguir.

entra=sai (05)

Logo, toda massa que entra no processo de produção dos módulos de membrana é
igual a massa que sai no fim no processo, incluindo o módulo de membrana e os resíduos
produzidos.
Como observado na Equação 05, o balanço material do sistema se resume às
correntes de entrada e de saída, sendo elas para a Figura 8 , as correntes 1, 3, 5, 7, 9, 11 e
13. Alguns componentes não se obtêm em termos mássicos, então serão mostrados em
Capítulo 5. Processo de produção 29

termos unitários. A composição das correntes presentes na Figura 8 é mostrada na Figura


9 a seguir.

Figura 9 – Composição das correntes de entrada e saída do processo de produção dos módulos de
membrana.

Autoria Própria, 2022.

Na Figura 10, tem-se as etapas da fabricação e montagem dos dessalinizadores,


bem como também as correntes que passam em cada etapa.
Começando com o recebimento dos vasos de pressão pela corrente 14 e a estrutura
metálica recebida pela corrente 15 que serão enviados para a etapa de fixação. Em seguida
é realizada a interconexão dos vasos fixados recebidos pela corrente 16 juntamente com a
tubulação recebida pela corrente 17. Os vasos interconectados são levados pela corrente
18 juntamente com os módulos de membrana recebidos pela corrente 19 para a etapa de
introdução dos módulos nos vasos. Logo após, os vasos com os módulos são levados pela
corrente 20 para a etapa de vedação dos vasos juntamente com os End-caps e silicone
introduzidos pela corrente 21. Os vasos vedados são levados pela corrente 22 juntamente
com a bomba, filtros e tubulações recebidos da corrente 23, para que seja feita a conexão
dos mesmos com as tubulações de entrada e de saída. Os vasos com as conexões são
levados pela corrente 24 para a instalação dos instrumentos de medição recebidos da
corrente 25. Por fim, o dessalinizador estará montado e será levado para o armazenamento
pela corrente 26.
Capítulo 5. Processo de produção 30

Figura 10 – Fluxograma da montagem dos dessalinizadores

Autoria Própria, 2022.

Assim como na Figura 8, o balanço material do sistema se resume às correntes de


entrada e de saída, sendo elas para a Figura 10, as correntes 14, 15, 17, 19, 21, 23, 25 e
26. Por se tratar de uma montagem, os componentes serão mostrados em termos unitários.
A composição das correntes presentes na Figura 10 é mostrada na Figura 11 a seguir.

Figura 11 – Composição de cada corrente na montagem dos dessalinizadores

Autoria Própria, 2022.

Tendo como base 10 minutos o tempo médio de produção de cada módulo membrana
feito pela máquina de corte dos filmes de membrana, consegue-se estimar a capacidade
máxima de produção de dessalinizadores da empresa. Cada dessalinizador leva consigo
3 vasos de pressão, que contém cada um 6 módulos de membrana. Como o regime da
empresa será de 16 horas/dia, consegue-se produzir 96 módulos de membrana/dia e
Capítulo 5. Processo de produção 31

consequentemente 32 vasos de pressão, obtendo então cerca de 5 dessalinizadores por


dia de capacidade máxima.
De modo a se explicar melhor as especificações dos materiais dos dessalinizadores
da M.G.D.Salin, foi separado esta seção nas subseções 5.1, 5.2, 5.3 e 5.4.

5.1 Módulos de membrana

Os módulos de membrana produzidos pela MGD-Salin são construídos com mem-


branas de poliamida em configuração spiral wound de 20 cm de diâmetro externo e 101,6
cm de comprimento de acordo com especificações dimensionais dos módulos de membrana
8040, um dos mais utilizados na indústria.
A produção dos módulos de membrana inicia com o processo de corte dos rolos da
membrana de poliamida e dos rolos do espaçador de nylon em um cortador. Cada módulo
do modelo 8040 usa cerca de 38m² de filme de poliamida totalizando aproximadamente
5 kg, com base na quantidade usada em módulos vendidos por concorrentes e nas 16
folhas utilizadas na construção. O mesmo será feito para a quantidade de espaçadores de
permeado (Nylon) e de alimentação (prolipropileno), visto que se utiliza a mesma quantidade
de cada espaçador para cada folha de poliamida, porém totalizando 1kg de espaçadores.
Os materiais dos rolos são transportados pelos tracionadores até um cortador pneu-
mático que fará o corte dos materiais em formatos retangulares de 127 cm de comprimento
como pode ser visto na Figura 12.

Figura 12 – Visão lateral do processo de corte

Autoria Própria, 2022.

A quantidade de fibra de vidro utilizada para o revestimento do módulo de membrana


dependerá da diferença da espessura dos DATs com as folhas de membranas enroladas e
serão comprados em rolos de 10kg ou 33m².
Em seguida as membranas e espaçadores cortados são transferidos para a mesa
de colagem, onde será realizado o processo de folhagem. Nesta etapa se aplica cola, com
o auxílio de um braço mecânico, em 3 de seus lados com um espaçador de nylon entre
elas, criando um canal que força o permeado a deixar o espaçador por um único lado. Este
arranjo de membranas e espaçadores é chamado de folha e pode ser observado na Figura
13.
Capítulo 5. Processo de produção 32

Figura 13 – Aplicação da linha de cola na formação da folha (a) e visão lateral da folha (b)

Autoria Própria, 2022.

É utilizado em cada um dos 3 lados cerca de 10 gramas de cola de poliuretano,


totalizando 30 gramas de cola por folha e 480 gramas por módulo de membrana.
Na Figura 12 encontra-se a demonstração desse processo de colagem das folhas.

Figura 14 – Visão lateral do processo de colagem

Autoria Própria, 2022.

Feito isso, um espaçador de polipropileno de baixa densidade com 0,75 mm de


espessura é colocado entre duas folhas, criando assim o canal por onde a alimentação e o
concentrado irá escoar (KUCERA, 2015).
Em seguida, estas folhas e espaçadores são enrolados em torno de um tubo de
PVC de 1” perfurado em um enrolador, de modo que o lado aberto da folha faça contato
com este tubo, como pode ser observado na Figura .15
Capítulo 5. Processo de produção 33

Figura 15 – Vista lateral do enrolador de folhas.

Autoria Própria, 2022.

Cada elemento de membrana 8040 utiliza 16 folhas na sua construção (KUCERA,


2015). Esse arranjo pode ser observado na Figura 16.

Figura 16 – Vista frontal do arranjo Spiral Wound de tubo, espaçadores e folhas

Jane Kucera, 2015.

Para mitigar o efeito de telescoping (deformação dos módulos por conta da diferença
de pressão) é adicionada uma estrutura plástica em ambos os lados do rolo de folhas,
chamado de dispositivo anti-telescoping (DAT), conforme mostra a Figura 17.
Capítulo 5. Processo de produção 34

Figura 17 – Adição dos DAT’s ao rolo de membrana

Autoria Própria, 2022.

Esses DAT’s, mostrado na Figura 18, incluem uma gaxeta de borracha do tipo U,
chamado de selo de salmoura, que impede a passagem da água de alimentação na parte
exterior da membrana (KUCERA, 2015).

Figura 18 – Dispositivo anti-telescoping

Smart Membrane Solutions, 2020.


Capítulo 5. Processo de produção 35

Por fim, o rolo de folhas e os DAT’s passam pelo processo de acabamento onde é
feito a união dessas duas partes e a uniformização do diâmetro externo pelo enrolamento
de fibra de vidro e resina de poliéster em torno do módulo de membrana como se observa
na Figura 19. É utilizado cerca de 2,5 Kg de resina para cada 1 Kg de fibra de vidro utilizado
no acabamento.
Figura 19 – Acabamento do módulo de membrana com fibra de vidro

Autoria Própria, 2022.

Após o acabamento, será adicionado um adesivo na superfície do módulo contendo


a logo da empresa, seu modelo e informações necessárias para sua utilização.
Em suma, todas as massas envolvidas no processo de fabricação de um módulo de
membrana, em suas respectivas correntes, encontram-se na Figura 20.

Figura 20 – Composição presente em cada corrente na produção dos módulos de membrana

Autoria Própria, 2022.


Capítulo 5. Processo de produção 36

5.2 Vasos de pressão

Os vasos de pressão utilizados para a acomodação dos módulos de membranas


serão construídos com fibra de vidro uma vez que este material possui excelente resistência
à água do mar e a altas pressões, além de seu baixo custo. Estas características tornam a
fibra de vidro a melhor opção disponível no mercado para compor a estrutura dos vasos de
pressão.
Devido a isso, será feita a compra dos vasos de pressão já prontos com as especifi-
cações do nosso modelo de membrana 8040.
Cada dessalinizador contará inicialmente com 3 desses vasos de pressão, com
dimensões de 8” de diâmetro (20,32 cm) por 240” de comprimento (609,6 cm), comportando
6 módulos de membrana 8040 em cada vaso. Sua pressão máxima de trabalho é 300 psi e
possui bocais de 3” do tipo mult port.
Após o recebimento dos vasos de pressão do fornecedor, é feito um teste preliminar
no vaso para identificar possíveis vazamentos onde se fecham as duas saídas longitudinais
com os end-caps e uma saída lateral com um manômetro. A saída lateral remanescente é
conectada a uma tubulação que injeta ar comprimido no vaso até uma pressão inferior à
pressão limite. Desse modo, os vazamentos podem ser identificados através do manômetro
se houver uma diminuição da pressão dentro do vaso.
Os vasos de pressão ausentes de vazamentos serão encaminhados ao setor de
acabamento, onde é realizada a pintura da superfície externa. Com a tinta seca, os vasos
recebem um adesivo contendo a logo da empresa e a descrição dos limites operacionais.
Por fim o vaso passa por um controle de qualidade onde se verifica qualitativamente
o acabamento, além de ser submetido às condições usuais de operação. Os vasos que
passarem pelo controle de qualidade poderão enfim ser embalados e armazenados.

5.3 Montagem do Dessalinizador

Os dessalinizadores construídos pela M.G.D.Salin seguirão um arranjo de dois


estágios. O primeiro estágio conterá dois vasos de pressão e o segundo estágio apenas
um, onde cada um dos vasos de pressão irão comportar seis elementos de membrana.
Esta configuração, ilustrada na Figura 21, confere ao dessalinizador cerca de 75% de
recuperação (KUCERA, 2015).
Capítulo 5. Processo de produção 37

Figura 21 – Dessalinizador de dois estágios

Jane Kucera, 2015.

A montagem inicia com a fixação dos vasos de pressão em uma estrutura metálica.
Em seguida, é feita a interconexão dos vasos, de modo que haja a passagem simultânea
da água de alimentação nos vasos do primeiro estágio, e que a água rejeitada do primeiro
estágio entre no segundo estágio como água de alimentação. Estas duas etapas estão
respectivamente ilustradas nas Figuras 22 e 23.

Figura 22 – Fixação dos vasos de pressão na estrutura metálica

Autoria Própria, 2022.


Capítulo 5. Processo de produção 38

Figura 23 – Interconexão dos vasos de pressão

Autoria Própria, 2022.

Feito isso, é realizada a introdução dos módulos de membrana no interior dos vasos
de pressão, de modo que cada um dos vasos contenha seis vasos módulos de membrana,
no sentido indicado mostrado na Figura 24.

Figura 24 – Introdução dos módulos de membrana

Autoria Própria, 2022.


Capítulo 5. Processo de produção 39

Após a introdução de todos os módulos, realiza-se a vedação dos vasos com os


end-caps e silicone em ambas as saídas longitudinais, conforme mostra a Figura25 .

Figura 25 – Vedação dos vasos de pressão pelos end-caps e silicone.

Autoria Própria, 2022.

Em seguida, é feita a conexão da tubulação de entrada e saída, conforme ilustra


a Figura 26, onde um filtro de areia e antracito é instalado no início da tubulação que faz
parte da alimentação do primeiro estágio. A água de alimentação advinda desse filtro passa
então por uma série de filtros cartuchos de polipropileno e de carvão ativado, que servirão
para a remoção de cloro dessa água. Esta parte é essencial para o funcionamento do
dessalinizador, uma vez que grandes quantidades de cloro danificam as membranas. Logo
após os filtros cartuchos, é instalada uma bomba de alta pressão que irá promover todo
o escoamento da água pelo sistema, bem como terá a função de retrolavagem que será
utilizada regularmente a fim de se remover sais retidos nos filtros e vasos de pressão. Essa
função de retrolavagem é essencial de ser utilizada após a saturação dos filtros ou após
houver uma queda de pressão no sistema igual ou superior a 15% da estipulada para o
processo. Isso garantirá uma maior vida útil às membranas e reduzirá a necessidade de
pausas no processo para manutenções.
Capítulo 5. Processo de produção 40

Figura 26 – Conexão do dessalinizador com as tubulações de entrada e de saída

Autoria Própria, 2022.

Após toda a montagem dos equipamentos, são colocados todos os medidores e o


painel de controle, conforme mostra a Figura 27.

Figura 27 – Instalação do painel de controle e manômetros

Autoria Própria, 2022.

Adicionalmente, poderá ser acoplado periodicamente no dessalinizador um sistema


CIP (Clean In Place), que ficará a critério do cliente comprá-lo ou não juntamente ao
dessalinizador. Esse sistema tem como objetivo preservar e limpar as membranas de
OR, dispensando a desmontagem das membranas dos vasos de pressão para limpeza,
promovendo uma recirculação de produtos químicos através dos módulos de membrana. A
composição desse sistema dependerá do modo em que o dessalinizador será usado pelo
cliente, bem como da composição da água de alimentação.
Na Figura 28 a seguir, pode-se ver uma visão lateral de todo o dessalinizador com
todos os seus equipamentos instalados.
Capítulo 5. Processo de produção 41

Figura 28 – Vista lateral do dessalinizador

Autoria Própria, 2022.

Uma simplificação dos componentes do sistema CIP também pode ser vista na
Figura 29 a seguir.

Figura 29 – Componentes do sistema CIP

Autoria Própria, 2022.

Uma representação 3D do dessalinizador foi criada com o intuito de prover uma


melhor visualização do mesmo. Imagens de diferentes ângulos desse modelo 3D estão
representadas no Apêndice A
Capítulo 5. Processo de produção 42

5.4 Processo de Dessalinização

O fluxograma do processo de dessalinização que ocorre nos dessalinizadores da


M.G.D.Salin, contendo suas correntes de passagem, encontra-se na Figura 30. Para melhor
apresentação do balanço de massa, será adotada uma vazão média para água de alimenta-
ção de 15000 litros por hora, a qual possui 15450 kg levando em consideração a densidade
da água marinha.

Figura 30 – Fluxograma do processo de dessalinização

Autoria Própria, 2022.

A primeira etapa do processo consiste no bombeamento da água salgada, ou


salobra, representada pela corrente 27, dito isso, é sabido que a composição da água pode
apresentar diversos tipos de composições dependendo da sua origem, porém, para que se
possa fazer uma representação do funcionamento do dessalinizador, será utilizado um valor
médio da composição da água marinha, disponível em Millero (2006).
A água bombeada entra no processo contendo Cl, Na, SO4, Mg, Ca e K majori-
tariamente, há também outros sais dissolvidos que representam aproximadamente 1%
da composição, como bicarbonato, Brometo, Carbonato, Estrôncio, Borato e Fluoreto e
também algas, areia e outros tipos de resíduos sólidos. As informações quantitativas estão
representadas na Tabela 1, apresentando a relação de gramas de sal por quilograma de
água.
Capítulo 5. Processo de produção 43

Tabela 1 – Composição média da água do mar

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em


Compostos
Símbolo (g/kg) %) 15450 kg de água

Cloreto Cl- 19,3529 55,056 299,002305

Sódio Na+ 10,7838 30,678 166,60971

Sulfato SO42- 2,7124 7,716 41,90658

Magnésio Mg2+ 1,2837 3,652 19,833165

Cálcio Ca2+ 0,4121 1,172 6,366945

Potássio K+ 0,3991 1,135 6,166095


Capítulo 5. Processo de produção 44

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em


Compostos
Símbolo (g/kg) %) 15450 kg de água

Bicarbonato HCO3- 0,1070 0,304 1,65315

Brometo Br- 0,0672 0,191 1,03824

Carbonato CO32- 0,0161 0,046 0,248745

Estrôncio Sr2+ 0,0079 0,022 0,122055

Borato B(0H)4- 0,0079 0,022 0,122055

Fluoreto F- 0,0013 0,004 0,020085

Areia - - -

Álgas - - -

Materiais
- - -
coloidais
Capítulo 5. Processo de produção 45

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em


Compostos
Símbolo (g/kg) %) 15450 kg de água

Millero (2006), adaptado.

Assim que a água é bombeada pela corrente 27, ela passa por um filtro de areia e
antracito para retirar as partículas maiores como a areia do mar, algas, resíduos sólidos e
materiais coloidais que saem pela corrente 35, sobrando apenas os sais dissolvidos citados
na Tabela 1.
Logo quando a pré filtração mais grosseira for feita, a água vinda da corrente 28
passará por uma série de filtros cartucho, os quais podem ser compostos por diversos
materiais para melhor atender às necessidades de filtração levando em consideração a
qualidade da água captada, a efeito de ilustração, será utilizado filtros cartucho de carvão
ativado e polipropileno, muito úteis na remoção da côr, cheiro, contaminação de sabor,
pesticidas, cloro e substâncias orgânicas que sairão pela corrente 36.
Saindo do processo de filtração anterior, 86% do Cl é retirado, obtendo-se uma água
filtrada cujas propriedades estão descritas na Tabela 1.

Tabela 2 – Composição média da água após os processos de pré filtração

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 15141


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Cloreto Cl- 2,7094 7,699 41,0230254


Capítulo 5. Processo de produção 46

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 15141


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Sódio Na+ 10,7838 30,678 163,2775158

Sulfato SO42- 2,7124 7,716 41,0684484

Magnésio Mg2+ 1,2837 3,652 19,4365017

Cálcio Ca2+ 0,4121 1,172 6,2396061

Potássio K+ 0,3991 1,135 6,0427731

Bicarbonato HCO3- 0,1070 0,304 1,620087

Brometo Br- 0,0672 0,191 1,0174757

Carbonato CO32- 0,0161 0,046 0,2437701

0,1196139
Estrôncio Sr2+ 0,0079 0,022
Capítulo 5. Processo de produção 47

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 15141


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Borato B(0H)4- 0,0079 0,022 0,1196139

Fluoreto F- 0,0013 0,004 0,0196833

Areia - - -

Álgas - - -

Materiais
- - -
coloidais

Autoria Própria, 2022.

Em seguida, considerando uma pequena retenção durante os processos de filtração,


98% da água é bombeada pela corrente 29 para os vasos de pressão, onde estão contidos
os módulos de membrana de poliamida em que ocorre o principal processo do dessalini-
zador, a osmose reversa. Por meio de uma pressão de 80 a 1200 psig, a água é forçada
a atravessar a membrana, atravessando apenas partículas menores que 5 Angstroms,
retendo os sais dissolvidos como é exemplificado na Figura 31.
Capítulo 5. Processo de produção 48

Figura 31 – Princípio da osmose reversa

Info Escola, Osmose reversa.

Pode-se ver na Figura 32 que conforme a água advinda da corrente 29 passa pela
membrana ,ela é dividida em água dessalinizada, a qual está isenta de 99% dos sais que
sai pela corrente 30, e rejeito, um concentrado de todos os sais e íons que não passaram
pela membrana que saem pela corrente 31. O rejeito gerado dos dois vasos de pressões
superiores é direcionado para o terceiro vaso de pressão para passar por mais uma osmose
reversa, extraindo ainda mais água dessalinizada, dito isso, de toda água alimentada da
corrente 29, 70% sai pela corrente 30 como água pura além de 1% de sais, e 30% sai como
salmoura, contendo 99% dos sais, através da corrente 31. As composições foram tabeladas
nas Tabelas 3 e 4.
Capítulo 5. Processo de produção 49

Figura 32 – Correntes de entrada e saída dos vasos de pressão

Autoria Própria, 2022.

Tabela 3 – Composição da água dessalinizada

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 10815


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Cloreto Cl- 0,0270 - 0,292005

Sódio Na+ 0,1078 - 1,165857

Sulfato SO42- 0,02712 - 0,2933028


Capítulo 5. Processo de produção 50

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 10815


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Magnésio Mg2+ 0,0128 - 0,138432

Cálcio Ca2+ 0,0041 - 0,0443415

Potássio K+ 0,0039 - 0,0421785

Bicarbonato HCO3- 0,0010 - 0,010815

Brometo Br- 0,0006 - 0,006489

Carbonato CO32- 0,0001 - 0,0010815

Estrôncio Sr2+ 0 - 0

Borato B(0H)4- 0 - 0

Fluoreto F- 0 - 0
Capítulo 5. Processo de produção 51

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 10815


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Areia - 0 -

Álgas - 0 -

Materiais
- 0 -
coloidais

Autoria Própria, 2022.

Tabela 4 – Composição da salmoura gerada

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 4635


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Cloreto Cl- 2,6824 - 40,7310204

Sódio Na+ 10,676 - 162,1116588


Capítulo 5. Processo de produção 52

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 4635


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Sulfato SO42- 2,6852 - 40,7751456

Magnésio Mg2+ 1,2709 - 19,2980697

Cálcio Ca2+ 0,408 - 6,1952646

Potássio K+ 0,3952 - 6,0005946

Bicarbonato HCO3- 0,106 - 1,609272

Brometo Br- 0,0666 - 1,0109862

Carbonato CO32- 0,016 - 0,2426886

Estrôncio Sr2+ 0,0079 - 0,1196139

Borato B(0H)4- 0,0079 - 0,1196139


Capítulo 5. Processo de produção 53

Concentração Proporção ( Total de compostos (kg) em 4635


Compostos
Símbolo (g/kg) %) kg de água

Fluoreto F- 0,0013 - 0,0196833

Areia - 0 - 0

Álgas - 0 - 0

Materiais
- 0 - 0
coloidais

Autoria Própria, 2022.

Por fim, após utilizar o dessalinizador por um determinado tempo, é necessário que
o sistema CIP seja acionado para que haja a limpeza geral das membranas. A solução
indicada pela corrente 32 atravessa o sistema inteiro, retirando os resquícios de sais contidos
nas membranas, retornando através da corrente 33 e saindo do sistema através da corrente
34.
Na Figura N4 está contido a quantidade em gramas de cada substância que passam
pelas correntes da Figura 30 para cada 1 quilograma de água que entra no processo. A
fim de melhor exemplificação da tabela, não foram indicadas as correntes do sistema CIP
,pois a quantidade de sais retidos nas membranas dependerá do regime de operação do
dessalinizador.
Capítulo 5. Processo de produção 54

Figura 33 – Quantidade de substâncias em grama que entram em cada corrente por quilograma de
água.

Autoria Própria, 2022.

Foi adotado como corrente de alimentação um fluxo de 15450 quilogramas por hora
de água mais substâncias. Com base nisso, é apresentado na Figura 34 os fluxos de cada
corrente em quilograma por hora, bem como a composição de cada corrente em quilograma.

Figura 34 – Vazão mássica e composição de cada corrente em quilograma por hora

Autoria Própria, 2022.


55

6 BALANÇO ENERGÉTICO

O balanço energético do processo de osmose reversa se resume ao dimensiona-


mento da bomba de alta pressão que compõem o sistema de dessalinização.
A fim de se dimensionar o sistema de bombeamento do sistema de dessalinização,
fez-se o diagrama desse sistema representado pela Figura 35 a seguir.

Figura 35 – Diagrama do Sistema de Bombeamento

Fonte: Autoria Própria, 2022

A equação de energia está representada na Equação 6.

H1 +HB=H3 +H1:3 (06)

Sendo que H é a energia e perda de carga para cada respectivo ponto na figura
anterior.
Pela Equação 7

HB=-(Z1+P1/y+V1²/2.g)+(Z3+P3/y+V3²/2.g) (07)

E substituindo os valores que temos,


Hn=Z3-P1/y+P3/y=2,0-(2,5.104= 10³)+(2.105= 10³)=177cm
Capítulo 6. Balanço Energético 56

HB=V3²/2.g+H1:3=8.Q²/(π².D4 .g)+(8.f.LT.Q/(π².D4 .g)

O comprimento do tubo é de 2 metros e o diâmetro interno é Di=25,4mm.


E sabendo pela Equação 8 que,

LT=Lr+Leqt (08)

Sendo LT o comprimento total de tubos, Lr o comprimento real e Leqt o comprimento


equivalente.
Pela Tabela 5conseguimos ter os dados pro cálculo da perda de carga

Tabela 5 – Comprimentos e medidos das tubulações e conexões

Tipo Ønom(m) Leq(m)


N

Comprimento real do tubo 2 6,0


1

Saída normal do tanque Tanque para 2m 1,0


2

reduzir o espaço
entre as linhas.

Em algum lugar precisa-se escrever que será apresentado o balanco energético para os três módulos.
Capítulo 6. Balanço Energético 57

Tipo Ønom(m) Leq(m)


N

Cotovelo de 90° 2 1,9(x2)


3

Válvula sem guia 2 17,7(x2)


4

Comprimento real 46,5

Autoria Própria, 2022

Adotando o coeficiente f = 0,027 e Substituindo na Equação 9 a seguir.

HB=Hn+Hd (09)

Temos,
HB=177+8.Q²/(π².0,02544 .9,8)+8.0,027.46,5.Q²/(π².0,02545 .9,8)=177+10,02.106.Q²
A Equação X3 abaixo é a nossa equação da CCI

HB=177+10,02.106.3600².Q²=177+0,773.Q² (09)

Adotando a vazão Q como sendo 15000L=15 m³, obtemos então uma altura mano-
métrica de 351 m. Observando o gráfico de vazão por altura manométrica de uma bomba
modelo BMS 17-22 HS-B-C-P-A exibida Figura 36, obtemos um rendimento de 71% e
potência de 20,17 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 58

Figura 36 – Curva característica da bomba BMS 17-22 HS-B-C-P-A

Fonte: Grundfos, 2022

Para o dessalinizador com capacidade de 10m³/h, pela Equação X3, obtemos uma
altura manométrica de 254,3 m. Observando o gráfico de vazão por manométrica potência
de uma bomba modelo BM 17-17N exibida na Figura 37, obtemos um rendimento de 60,8%
e potência de 12,05 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 59

Figura 37 – Curva característica da bomba BM 17-17N

Fonte: Grundfos, 2022

Por fim, para o dessalinizador com capacidade de 5m³/h, pela Equação X3, obtemos
uma altura manométrica de 196,3 m. Observando o gráfico de vazão por manométrica
potência de uma bomba modelo BM 5A-39 exibida na Figura 38, obtemos um rendimento
de 61,2% e potência de 6,05 kW.
Capítulo 6. Balanço Energético 60

Figura 38 – Curva característica da bomba BM 5A-39

Fonte: Grundfos, 2022

Feito o balanço energético, é possível então calcular os gastos energéticos de cada


bomba que irá em cada dessalinizador, que irá compor o custo de operação.

Cadê o balanço elétrico da indústria?????


61

7 PFD E ENVELOPE DIMENSIONAL

A fim de se deixar mais claro e evidente os processos envolvidos dentro da produção


dos dessalinizadores da M.G.D.Salin, foi construído o Diagrama de Fluxo de Processo
(PFD) para a produção dos módulos de membrana e para a montagem do dessalinizador,
representado nas Figuras 39 e 40respectivamente.

Figura 39 – PFD para a produção dos módulos de membrana

Fonte: Autoria Própria, 2022


a Fonte está muito
pequena,
AUMENTAR em toda
a figura
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 62

Figura 40 – PFD para a montagem do dessalinizador

Fonte: Autoria Própria, 2022

a FONTE está muito


pequena,
AUMENTAR

7.1 Envelope Dimensional e Especificação dos Equipamentos

A fim de se fazer o envelope dimensional e as especificações dos equipamentos,


foram separados em tópicos cada detalhe dos equipamentos que fazem parte do processo
produtivo dos dessalinizadores.

reescrever nao
7.1.1 Módulos de membrana usando " a fim de se
fazer"
• Máquina de corte

No início do processo de produção dos módulos de membrana, é necessário realizar


o corte dos rolos filme de membrana, dos espaçadores de nylon e dos espaçadores
de polipropileno. Para isso, a M.G.D.Salin utilizará uma máquina de corte ilustrada na
Figura 41, destinada ao dimensionamento correto dessas matérias-primas. Suas principais
especificações estão descritas na Tabela 6.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 63

Figura 41 – Máquina de corte

Fonte: Alibaba, 2022

Tabela 6 – Especificações da máquina de corte.

Dimensões (cm) Capacidade de corte (m/h) Potência (KW)


Modelo
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 64

Dimensões (cm) Capacidade de corte (m/h) Potência (KW)


Modelo

HID-
205 x 175 x 141 10000 1,1
QP

Fonte: Autoria própria, 2022

• Máquina de enrolamento/colagem

Depois que as matérias-primas forem devidamente cortadas, elas serão enviadas


até a máquina de colagem e enrolamento, ilustrada na Figura 42 , onde são formadas as
folhas, que por sua vez serão enroladas em torno de um tubo perfurado de PVC de 1”. As
especificações do equipamento estão dispostas na Tabela 7.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 65

Figura 42 – Máquina de colagem

Fonte: Alibaba, 2022

Tabela 7 – Especificações da máquina de colagem e enrolamento.

Modelo Dimensões (cm) Capacidade de produção (unidades/h) Potência (KW)


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 66

Modelo Dimensões (cm) Capacidade de produção (unidades/h) Potência (KW)

SEC-8040GL 130 x 150 x 50 8 8

Autoria Própria, 2022

• Máquina de aparagem

Após as folhas serem enroladas em torno do tubo perfurado de PVC, este conjunto
será enviado a máquina de aparagem, ilustrada na Figura 43, onde serão removidas
as imperfeições, além de deixar o conjunto no tamanho ideal para sua finalização. As
especificações da máquina de aparagem são dadas pela Tabela 8.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 67

Figura 43 – Máquina de aparagem

Fonte: Alibaba, 2022

Tabela 8 – Especificações da máquina de aparagem.

Modelo Dimensões (cm) Capacidade de produção (unidades/h) Potência (KW)

T-3013 124 x 840 x 840 500 1

Autoria Própria, 2022


espaço

Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 68

• Finalizador

Por fim, o conjunto de folhas e tubo perfurado de PVC será enviado até a máquina
finalizadora, ilustrada na Figura44 , onde serão introduzidos os DAT’s em suas extremidades
e será realizado o acabamento final, por meio envoltura de fibra de vidro e resina de poliéster
na superfície do conjunto.

Figura 44 – Finalizador

Fonte: Alibaba, 2022

7.1.2 Estrutura Metálica

• Serra policorte

Para que se possa iniciar a montagem do dessalinizador, é necessário primeira-


mente realizar o corte dos perfis de aço utilizados em sua estrutura metálica. Para isso,
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 69

a M.G.D.Salin utilizará uma serra policorte, ilustrada na Figura 45, com especificações
descritas na Tabela 9.
Figura 45 – Serra policorte

Fonte: Autoria Própria, 2022

Tabela 9 – Especificações da serra policorte.

Modelo Dimensões (cm) Potência (KW)

SOMAR-1001211 32 x 55 x 64 2

Autoria Própria, 2022


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 70

• Máquina de solda MIG sem gás

Depois que os perfis metálicos forem cortados, eles serão enviados até o local de
montagem onde será realizado a soldagem dos mesmos nas posições estipuladas. A Tabela
10 contém as especificações da máquina de solda MIG sem gás empregada nesta etapa,
ilustrada na Figura .46

retirar ponto Figura 46 – Máquina de solda MIG

Fonte: Autoria Própria, 2022


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 71

Tabela 10 – Especificações da máquina de solda MIG sem gás.

Modelo Dimensões (cm) Potência (KW)

FORTGPRO-FG4550 59,5 x 34,0 x 41,0 3,24

Autoria Própria, 2022

7.1.3 Sistema de dessalinização

• Filtro de areia

No início da tubulação de alimentação do dessalinizador, será utilizado um filtro de


areia, ilustrado na Figura 47, a fim de conter impurezas mais grosseiras. As especificações
do filtro de areia utilizado estão dispostas na Tabela 11.

Figura 47 – Filtro de areia

nao vai precisar de


uma segunda bomba
para água passar
pelo filtro??

Fonte: Autoria Própria, 2022


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 72

Tabela 11 – Especificações do filtro de areia.

Modelo Dimensões (cm) Capacidade de filtragem (m³/h)

PD-SF-1400 280 x 140 15

Autoria Própria, 2022

• Filtro cartucho

Logo após o filtro de areia, serão instalados filtros cartuchos, ilustrados na Figura 48
na tubulação de alimentação do dessalinizador para que se possa reduzir as impurezas
mais finas e remover a maior quantidade possível de cloro presente na água. A Tabela 12
descreve as especificações dos filtros cartucho utilizados nos dessalinizadores.

Figura 48 – Filtros cartucho

Fonte: Autoria Própria, 2022


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 73

Tabela 12 – Especificações dos filtros cartucho.

Material Dimensões (cm) Capacidade de filtragem (m³/h)

152,4 x 15,2 1
Polipropileno

Autoria Própria, 2022

• Vasos de pressão

Para a acomodação dos módulos de membrana utilizados no sistema de dessalini-


zação por osmose reversa, é necessário que estes estejam contidos em vasos de pressão
para que o processo ocorra. Assim, a M.G.D.Salin utilizará vasos de pressão, ilustrado na
Figura 49 com capacidade de até 6 módulos de membrana por vaso, com características
descritas pela Tabela 13.

Figura 49 – Vaso de pressão

Fonte: Alibaba, 2022


Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 74
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 75

Tabela 13 – Especificações dos vasos de pressão.

Comprimento Diâmetro interno Pressão de Capacidade de


Modelo
(cm) (cm) operação (psi) membranas

651,7 20,2 150 6


YB8040E150A

Autoria Própria, 2022

7.2 Matérias-prima

Por fim, com o objetivo de esclarecer todas as matérias-primas utilizadas nos pro-
cessos de produção e montagem dos dessalinizadores M.G.D.Salin, foram separadas em
tópicos para melhor visualização de suas características.

• Rolo de filme fino de membrana de poliamida

Preço: R$15,07 por metro


Tamanho: 130x52x35 cm
Fluxo de permeado: 60m³/h
Taxa de rejeição: 99,5%
Pressão suportada: 1,55 MPa
Ph: 7-8
Temperatura: 25°C
O rolo de filme fino pode ser observado na Figura 50 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 76

Figura 50 – Rolo de fime fino de membrana de poliamida

Fonte: Alibaba, 2022

• Cola de Poliuretano

Preço: R$16,09 por tambor (200Kg)


Viscosidade (19°C): 3200 cP
Medida tambor: 660x960mm
A cola de poliuretano pode ser observada na Figura 51a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 77

Figura 51 – Cola de poliuretano

Fonte: Alibaba, 2022

• Resina de Poliéster

Preço: R$10,46 por quilo


Quantidade: 1 barril (220kg)
Viscosidade(25°C):600-650 mPa.s
A resina de poliéster pode ser observada na Figura 52 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 78

Figura 52 – Resina de poliéster

Fonte: Alibaba, 2022

• Perfil estrutural em aço

Preço: R$ 627,93/6m
Dimensões: 101,6 x 67,6 mm
Espessura: 4,9 mm
A estrutura metálica em aço pode ser observada na Figura 53 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 79

Figura 53 – Perfil estrutural em aço

Fonte: ArcelorMittal, 2022

• Arame de solda

Preço: R$ 89,99/Kg
Espessura: 0,8 mm
O rolo de arame de solda pode ser observado na Figura 54 a seguir.
Capítulo 7. PFD e Envelope Dimensional 80

Figura 54 – Rolo de arame de solda

Fonte: Loja do Mecânico, 2022


81

8 PLANTA BAIXA

A planta baixa da empresa MGDsalin é composta por galpão de montagem, depósito


para recepção de matéria prima, galpão para armazenamento dos dessalinizadores prontos,
escritório e guarita. Não serão oferecidas refeições na empresa, porém haverá um ambiente
para que os colaboradores possam se alimentar e descansar, um refeitório com mesas,
cadeiras e cozinha para uso geral.
Todas as imagens com a medida de cada construção estão localizadas no Apêndice
B.
as dimensões

são disponibilizadas
82

9 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA

Será feito uma análise de viabilidade a partir dos custos e rendimento da empresa,
sendo possível avaliar a viabilidade dos processos para que haja um lucro mínimo desejado.
Sendo assim, serão apresentados as descrições dos custos fixos, custos variáveis,
custo para construção da empresa juntamente com o terreno e fluxo de caixa.

9.1 Investimento fixo de construção

A fim de determinar os valores referentes às construções civis, analisou-se o custo


com base no tipo de construção e em suas dimensões. Os custos foram determinados com
base no valor em dólares americanos em outubro de 2022 e se encontram na Tabela 14.

Tabela 14 – Custos e dimensão de cada tipo de construção.

Construção Dimensão (m²) Custo (US$/m²) Custo total (US$)

Terreno 10400 - 51.625,24

Galpão 600 317,75 190.652,01

Depósito 1 225 317,75 71.494,50

Depósito 2 240 317,75 76.260,80

reduizir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 83

Construção Dimensão (m²) Custo (US$/m²) Custo total (US$)

Guarita 8,8 317,75 2.796,23

Escritório 108 317,75 34.317,36

Refeitório 196 317,75 62.279,66

Estacionamento Caminhões 112 20,08 2.248,57

Estacionamento Funcionários 143 20,08 2.870,94

Total 94.559,33

Autoria Própria, 2022

Em relação aos equipamentos e máquinas, foram comparados os valores entre


várias empresas que fabricam o mesmo produto, a fim de obter um valor médio do produto
a ser adquirido. A Tabela 15exibe a quantidade e os respectivos valores de cada produto.

Tabela 15 – Valores dos custos de cada equipamento.

Equipamento Quantidade Preço total (US$)


diminuir o espaço
entre as linhas

Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 84

Equipamento Quantidade Preço total (US$)

Máquina de corte 1 98.400,22

Máquina de enrolamento e colagem 1 144.588,08

Máquina de aparagem 1 49.574,03

Máquina finalizadora 1 140.894,60

Serra policorte 3 516,20

Máquina de solda 3 544,88

Esteira para escoamento 3 561,14

Total 435.079,14

é a primeira vez que


aparece a esteira,
porque nao está na
especificação dos
equipamentos?
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 85

Equipamento Quantidade Preço total (US$)

Autoria Própria, 2022

Além dos custos de construção e dos equipamentos, foram estimados os custos dos
itens auxiliares ao exercício das atividades produtivas da M.G.D.Salin. As quantidades e
preços de cada item dessa categoria estão dispostas na Tabela 16.

Tabela 16 – Preços dos itens auxiliares

Item Quantidade Preço (US$)

Mesa de escritório 8 701,90

Cadeira 16 1032,44

Sofá 2 259,83

Papel 50 175,91

Armários 10 516,00

diminuir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 86

Item Quantidade Preço (US$)

Projetor 2 668,83

Roteador industrial 3 344,17

Telefone 2 48,15

Câmera de segurança 2 548,95

Sistema de incêndio 1 9560,23

Ar condicionado 4 1188,34

Banheiro completo 7 794,51

Mesa refeitório 9 527,39

Cadeira refeitório 36 1238,32


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 87

Item Quantidade Preço (US$)

Fogão 2 285,43

Pia Refeitório 2 554,11

impressora 3 1069,02

Computador 6 2294,46

Lâmpadas 30 43,02

Lâmpadas do galpão 43 5317,28

Instalação elétrica - 7903,25

Total 35071,53

Autoria Própria, 2022

Por meio da soma dos valores totais das Tabelas 14, 15 e 16, determinou-se que o
valor do investimento inicial para implantação da M.G.D.Salin é de US$ 964.695,97.

9.2 Custos Fixos

Custos fixos são aqueles que variam minimamente e são pouco afetados pelo
aumento ou diminuição da produção, produtos ou prestação de serviços da empresa, ao
longo do tempo. Os custos fixos da M.G.D.Salin advém dos salários dos funcionários e da
depreciação dos equipamentos.
Informar qual é a
categoria de vcs?
nao achei a folha de
pagamento em A1
Simples Nacional?
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 88
empresas do Lucro
Presumido ?
9.2.1 Folha de pagamento

A M.G.D.Salin contará com 29 colaboradores, operando de segunda a sexta-feira em


um único turno em horário comercial, das 8:00 até as 18:00, com direito até duas horas para
almoço. A relação de seus respectivos valores de salário bruto, adicional de insalubridade
e periculosidade, décimo terceiro salário, férias, vale alimentação, vale transporte, INSS,
FGTS e IRPF estão descritos de forma detalhada no Apêndice A1. Os salários, benefícios
e impostos descritos no Apêndice A1 foram determinados baseando-se na média salarial
nacional de cada função.
A Tabela 17 descreve de modo simplificado os custos mensais e anuais pertinentes
à folha de pagamento dos colaboradores.

Tabela 17 – Custos pertinentes aos colaboradores.

Setor Custo mensal (U$) Custo anual (U$)


Lucro Presumido em relação aos gastos com funcionários. São eles:

Férias: 11,11%;
FGTS: 8%;
1/3 de férias; Executivo 23.126,84 279.089,39
INSS: 20%;
RAT (de 2%) x FAP (2%) = 4%;
Alíquotas de impostos de terceiros (Incra, SENAI, SESI e SEBRAE): 3,3%.
Exemplo de empresas optantes do Lucro Presumido
Utilizando um exemplo semelhante,
Técnico uma empresa que possui o regime tributário como Lucro Presumido
1.914,15 e
23.030,10
paga um salário mínimo (R$ 1.212 – valor base 2022) para um colaborador, possui os seguintes gastos:

11,11% de férias = R$ 101,00 mensal;


8% de FGTS = R$ 96,96;
1/3 de férias = R$ 33,67 mensal;
Produção 11.095,87 133.513,29
20% de INSS = R$ 242,40;
RAT (de 2%) x FAP (2%): R$ 1.212,00 x 0.04 = R$ 48,48 mensal;
3,3% da alíquotas de impostos de terceiros (Incra, SENAI, SESI e SEBRAE) = R$ 60,60
Total: R$ 583,11
Total 36.136,86 435.632,78

reduzir o espaço
entre as linhas
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 89

Setor Custo mensal (U$) Custo anual (U$)

Fonte: Adaptado de TentosCap (2022).

9.2.2 Depreciação

Depreciação é o desgaste advindo do uso e passar do tempo de equipamentos,


construções e móveis, perdendo parte de seu valor gradativamente.
Através da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, define-se “poderá ser compu-
tada como custo ou encargo, em cada exercício, a importância correspondente à diminuição
do valor dos bens do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescên-
cia normal” (BRASIL, 1964).
Sendo assim, é possível atribuir um valor de depreciação para cada equipamento da
empresa, que se encontra na Tabela 18.

Tabela 18 – Depreciação por cada bem adquirido pela empresa

Tipo Depreciação

Edificações 4%

Instalações 10%

Móveis e utensílios 10%


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 90

Tipo Depreciação

Máquinas e Equipamentos 10%

Ferramentas 15%

Equipamentos de informática 20%

Equipamentos de comunicação 20%

Autoria Própria, 2022

9.3 Custos variáveis

Custos variáveis são aqueles que estão diretamente ligados à variação da produção,
aquisição de matéria prima e consumo de energia elétrica.
Através do preço da energia elétrica CPFL 2022 em kW/h de Sorocaba, obtidos
através do site NG Solar, é possível calcular o gasto total com iluminação e equipamentos.
Multiplicando a potência dos equipamentos pelo tempo de operação, obteve-se o custo
mensal e anual da empresa relacionados ao consumo de energia elétrica, apresentados na
Tabela19 .

Tabela 19 – Consumo elétrico mensal e anual da empresa.

Item Potência (KW) Custo mensal (US$) Custo anual (US$)


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 91

Item Potência (KW) Custo mensal (US$) Custo anual (US$)

Máquina de corte 1,1 33,69 404,25

Máquina de enrolamento e colagem 8 245,00 2940,00

Máquina de aparagem 1 30,63 367,50

Máquina finalizadora 5 153,13 1837,50

Serra policorte 2 61,25 735,00

Máquina de solda 3,24 99,23 1190,70

Esteira para escoamento 3 91,88 1102,50

Iluminação geral 0,147 13,51 162,07


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 92

Item Potência (KW) Custo mensal (US$) Custo anual (US$)

Iluminação galpão 6,45 197,53 2370,38

Ar condicionado

Total 925,82 11109,89

Autoria Própria, 2022

9.4 Lucro, receita, despesas e preço de venda

O primeiro passo para determinar-se os tributos a serem pagos à União por parte
da M.G.D.Salin começa pela determinação do tipo societário da empresa. Neste caso, o
tipo societário escolhido foi o de Sociedade Limitada, onde há um número limitado de
sócios responsáveis pelo capital da empresa. Como se trata de uma indústria com 29
colaboradores, a empresa é classificada como Empresa de Pequeno Porte (EPP) (Sebrae,
2013). Por fim, escolhe-se o regime de tributação referente ao Lucro Presumido, uma vez
que a receita bruta anual não ultrapassa R$ 78 milhões (Sebrae, 2015).
Feito essas considerações, os impostos a serem pagos pela M.G.D.Salin serão: Im-
posto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL), Programa de Integração Social (PIS/PASEP), Contribuição para o Financiamento
da Seguridade Social (COFINS) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) (Banco do Empreendedor, 2021). Além desses tributos, será necessário pagar o
Adicional sobre IRPJ uma vez que o valor do IRPJ ultrapassa R$ 20.000,00.
Serão isentos de pagamento o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), uma vez
que o terreno da empresa será concedido pela Prefeitura de Sorocaba, e o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI), devido ao dessalinizadores produzidos pela M.G.D.Salin
serem descritos na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI)
como “Aparelhos de osmose inversa” (NCM 84.21.29.20).
A Tabela 20descreve os tributos a serem pagos pela empresa, bem como suas
alíquotas e bases de cálculo.
Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 93

Tabela 20 – Tributos pagos pela M.G.D.Salin.

Tributo Base de Cálculo Alíquota

IRPJ Lucro 15%

CSLL Lucro 9%

PIS/PASEP Receita 0,65%

COFINS Receita 3%

ICMS Receita 18%

AIR IRPJ 10%


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 94

Tributo Base de Cálculo Alíquota

Autoria Própria, 2022

A produção dos dessalinizadores comercializados pela M.G.D.Salin depende de


vários componentes e maquinários advindos do exterior, onde a empresa deverá pagar
os seguintes impostos sobre tal atividade: Imposto de Importação (II), Imposto sobre
Produto Industrializado (IPI), Programa de Integração Social na Importação (PIS/PASEP-
Importação) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social na Importação
(COFINS-Importação). A Tabela 21 descreve as alíquotas dos impostos inerentes a importa-
ção de cada uma das matérias primas e dos equipamentos necessários para a produção
dos dessalinizadores.

Tabela 21 – Alíquota dos impostos pagos.

Item II IPI PIS COFINS Total

Maquinários 11,20% 0,00% 2,10% 10,65% 23,95%

Filme de membrana 12,80% 9,75% 2,10% 9,65% 34,30%

Espaçador de nylon 26,00% 0,00% 2,10% 10,65% 38,75%


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 95

Item II IPI PIS COFINS Total

Espaçador de polipropileno 26,00% 0,00% 2,10% 10,65% 38,75%

Tubo perfurado 16,00% 0,00% 2,10% 9,65% 27,75%

Vasos de pressão 8,00% 9,75% 2,10% 9,65% 29,50%

Cola de poliuretano 11,20% 3,25% 2,10% 9,65% 26,20%

Resina de poliéster 11,20% 3,25% 2,10% 9,65% 26,20%

End-caps 11,20% 3,25% 2,10% 9,65% 26,20%

DAT’s 14,40% 9,75% 2,10% 9,65% 35,90%

Filtro de areia 11,20% 0,00% 2,10% 10,65% 23,95%

Filtro cartucho 11,20% 0,00% 2,10% 10,65% 23,95%


Capítulo 9. Análise de viabilidade econômica 96

Item II IPI PIS COFINS Total

Fibra de vidro 9,60% 6,50% 2,10% 9,65% 27,85%

Autoria Própria, 2022


97

10 QUALIDADE E MEIO AMBIENTE

Visando atender sempre a melhor qualidade possível nos dessalinizadores da


M.G.D.Salin, buscaremos nos adequar às principais normas de controle de qualidade
e de respeito ao meio ambiente em todos os processos envolvidos dentro da indústria.
Quanto à qualidade, o pilar que sustentará a M.G.D.Salin será a ISO 9001, a qual
atribui uma série de normas, regras e técnicas que devem ser seguidas a fim de se
estabelecer um modelo de gestão da qualidade dentro da indústria.
O controle de qualidade é essencial para os vasos de pressão recebidos e nos mó-
dulos de membranas fabricados. Para os vasos, serão feitos testes de pressão e resistência
antes de serem montados nos dessalinizadores. Já os módulos de membrana passaram
por testes de permeabilidade e resistência à pressão osmótica.
Visando também um melhor feedback dos clientes para atendê-los melhor, serão emi-
tidas NPSs (Net Promoter Score) à eles após a venda dos dessalinizadores da M.G.D.Salin.
Já quanto ao meio ambiente, o pilar principal será a ISO 14001, cujo objetivo é ter um
plano ambiental correto para a indústria, permitindo obter um sistema de gestão ambiental
que auxiliará a M.G.D.Salin a agir conforme práticas sustentáveis aos seus clientes.
Todos os rejeitos originados na indústria serão repassados para uma sessão de
tratamento de resíduos, tratados no próximo tópico. Bem como os dessalinizadores usados
provindos da logística reversa, também serão tratados e reaproveitados com intuito de
minimizar possíveis danos ambientais provindos de seu descarte.
98

11 TRATAMENTO DE RESÍDUOS

Um dos pilares mais importantes da empresa é o tratamento de efluentes, que tem


um papel fundamental no controle de poluição do meio ambiente, visando atribuir uma
destinação correta a todos os resíduos gerados.
Os principais resíduos gerados na indústria de dessalinizadores são salmoura,
fibra de vidro advinda da produção dos vasos de pressão, peças metálicas advindas do
dessalinizador por completo, e outros resíduos como rebarbas de aparagem e acabamento.

11.1 Salmoura

A salmoura obtida no final do processo de dessalinização possui vários métodos


de descarte, todos baseado na devolução do sal para natureza, como, injeção profunda,
aplicação na terra, lagos de evaporação, descarga nos esgotos, descarga na superfície do
mar e descarga submersa no mar.
Todos os métodos citados possuem uma característica peculiar e são indicados em
casos específicos para não causarem contaminação nem distúrbios ecológicos no local de
descarte.

• Injeção profunda: A salmoura é injetada profundamente na terra em uma superfície


de formação de rochas porosas

• Aplicação na terra: Utilizada para irrigação de plantas e gramíneas que toleram o sal,
com a Erva-sal (Atriplex nummularia)

• Lagos de evaporação: A salmoura é deixada em barragens de evaporação para que


os sais acumulem no fundo do lago.

• Descarga no esgoto: Um método “terceirizado” de descarte, o resíduo da dessali-


nização é descarregado diretamente no sistema de esgoto, para que seja tratado
juntamente com os resíduos da população.

• Descarga na superfície do mar: O método mais utilizado no descarte de grandes


quantidades de salmoura, o resíduo rico de cloreto de sódio, é bombeado para o
mar através de salmouroduto.

• Descarga submersa: Conhecida como descarga Off Shore, a salmoura é levada até
o fundo do oceano através de difusores.

Há, também, o reaproveitamento dessa água de rejeito para criação de peixes, como
a Tilápia, conforme ilustra a Figura 55
Capítulo 11. Tratamento de resíduos 99

Figura 55 – Criação de Tilápias utilizando água de rejeito de dessalinização

Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA)

Há diversas formas de se lidar com a salmoura advinda da dessalinização, porém,


deve-se atentar aos cuidados na hora de realizar cada tipo de descarte, para que não haja
graves consequências ambientais.
A Tabela 22 descreve uma comparação entre vantagens e desvantagens de cada
método de descarte citado.
Capítulo 11. Tratamento de resíduos 100

Tabela 22 – Comparação entre métodos de gestão da salmoura.

Método de gestão da salmoura Vantagens Desvantagens

• Aplicado em qualquer • Pode ter efeito negativo


escala de estação de sobre o ecossistema
Descarga em água superficial dessalinização aquático
• Bom custo-benefício em • Procedimentos de
elevados fluxos de licença difíceis e
salmoura complexos

• Baixo custo de • Limitado a baixos fluxos


construção e de salmoura
Descarga no sistema de esgoto manutenção
• Possíveis efeitos
• Fácil implementação adversos nas operações
• Baixo consumo de WWTP(Waste Water
energia Treatment Plant)

• Aplicável para estações • Apenas possível se


de dessalinização nas existir um aquífero
zonas salino confinado
Injeção profunda
• Custos moderados • Possível poluição de
águas subterrâneas
• Baixo consumo de caso não seja gerido
energia corretamente

• Fácil construção e • Limitado a baixos fluxos


Lagos de evaporação operação de salmoura
• Aplicável para o interior • Elevada pegada
ou zona costeira ecológica e custo

• Elevada pegada
• Fácil implementação e
ecológica e custos
Aplicação na terra manutenção
• Limitado às menores
• Utilização na costa e no
estações de
interior
dessalinização

Tratamento da salmoura (ZLD), Lenntech, adaptado


Capítulo 11. Tratamento de resíduos 101

11.2 Fibra de vidro

O resíduo de fibra de vidro é composto por 60% de poliéster e 40% de fibra de


vidro, os quais são prejudiciais ao meio ambiente, demorando mais de 4000 anos para sua
decomposição.
Seu processo de reciclagem consiste em diversas operações:

• Fragmentação: o resíduo é triturado a fim de homogeneizar o tamanho das partículas

• Desfiagem: Transformação do material em filamentos curtos de fibra de vidro, pó da


resina e pequenos pedaços do material em processamento

• Separação: Separação dos filamentos, pó e sobras de material não desfilado

• Mistura Química: Adição de resinas fenólicas não polimerizadas e pó de calcita aos


filamentos separados para adquirir as características desejadas do produto final.

• Homogeneização dos componentes: Os três componentes básicos da mistura são


misturados através de processos mecânicos.

• Determinação de uso: Nessa etapa, os compostos são divididos de acordo com sua
utilização final, aplicado-o diretamente em moldes, prensagem e até em polimeriza-
ção.

• Pré-polimerização: etapa opcional, utilizada para obter chapas mais maleáveis de


diferentes tamanhos e formas.

• Prensagem: Prensagem do material obtido, com ou sem pré-polimerização, so-


bre moldes com temperatura e pressão controlados, a fim de obter um material
completamente polimerizado.(Daniel Rolando Rolandi, 1999) .
102

12 CONCLUSÕES

O avanço da tecnologia dos dessalinizadores mostrou-se essencial no combate à


escassez de água no mundo, uma vez que a dessalinização é considerada um meio viável
para minimizar esse problema.
Há pesquisas para o desenvolvimento de membranas mais eficientes na filtragem
e que utilizam menos energia no processo de dessalinização, viabilizando ainda mais
a utilização dessa tecnologia para suprir a necessidade das pessoas que passam por
dificuldades para obter água potável
Os dessalinizadores podem ser instalados em lugares nos quais não há rede de
distribuição de água, necessitando apenas captar água de um poço, retirando a necessi-
dade de pessoas caminharem vários quilômetros para obter água potável, o que é muito
recorrente no semiárido nordestino.
O problema da destinação da água de resíduo pode ser contornado utilizando-a para
criação de peixes, microalgas, e cultivo de erva-sal, gerando fontes de renda alternativa nos
lugares que são assolados pela escassez.
E por fim, através de uma melhor gestão dos recursos hídricos disponíveis e investi-
mento em fontes de energia limpa, como energia solar e energia eólica, é possível garantir
uma diminuição do custo de produção de água dessalinizada, uma vez que, reduzindo
o preço da produção, todos processo que fizerem uso dessa água, ficarão proporcional-
mente mais baratos, garantindo maior aquisição de alimentos e afins pelo povo brasileiro e
consequentemente, melhorando sua qualidade de vida.
103

13 TRABALHOS FUTUROS

Como trabalhos futuros, pretende-se fabricar outros tipos de membranas que ainda
estão em fase de estudo laboratorial, como as membranas de óxido de grafeno.
Pretende-se também criar o próprio sistema CIP para os dessalinizadores e outros
filtros mais eficientes para aumentar o rendimento do processo de dessalinização.
Por fim, pretende-se também desenvolver dentro da própria indústria um setor de
fabricação dos próprios vasos de pressão, a fim de se conseguir criar outras configurações
de dessalinizadores.
104

REFERÊNCIAS

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2022.
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pode-crescer-70-ate-2040/ . Acesso em : 7 mai. 2022.
Lüder, Amanda. Quase 40% da água potável no Brasil é desperdiçada, aponta levan-
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Processo para reciclagem de material composto com fibra de vidro. | Escavador.
Disponível em: <https://www.escavador.com/patentes/525059/processo-para-reciclagem-d
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ArcelorMittal Tubarão inaugura a maior planta de dessalinização de água do mar do
país - Notícias - Sala de imprensa. Disponível em: <https://brasil.arcelormittal.com/sala-impr
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Referências 105

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Osmose Reversa - Sistema para purificação de água. Disponível em: <https://hidros
ystemdobrasil.com.br/osmose-reversa/> Acesso em: 20 Apr. 2022.
ZHANG, Xiaolei et al .Estimation of water footprint in seawater desalination with
reverse osmosis process. ScienceDirect. Acesso em: 25 Apr. 2022
ASADOLLAHI, Mahdieh; BASTANI, Dariush; MUSAVI, Seyyed Abbas. Enhance-
ment of surface properties and performance of reverse osmosis membranes after surface
modification: A review. ScienceDirect. Acesso em: 25 Apr. 2022
JONES, Edward et al. The state of desalination and brine production: A global outlook.
ScienceDirect. Acesso em: 25 Apr. 2022.
Programa Água Doce — Português (Brasil). Disponível em: <https://www.gov.br/md
r/pt-br/assuntos/seguranca-hidrica/programa-agua-doce> Acesso em: 19 Apr. 2022
Dessalinização da água do mar | Veolia Water Technologies Disponível em: <https://
www.veoliawatertechnologies.com/latam/pt/dessalinizacao-da-agua-do-mar> Acesso em:
07 Apr. 2022
OLIVEIRA, Douglas. A DESSALINIZAÇÃO NO CONTEXTO DA GESTÃO DE ÁGUAS
EM ISRAEL: COMPARAÇÃO COM O CASO BRASILEIRO, Niterói, 2019. Acesso em: 7 Apr.
2022
KUCERA, Jane. Reverse Osmosis: Design, Processes and Applications for Engineers.
2ª edição. Salem: Wiley, 2015.

Programa água doce. Governo Federal. Disponivel em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/


assuntos/seguranca-hidrica/programa-agua-doce/programa-agua-doce-1 . Acesso em: 17
Apr. 2022
Apêndices
107

APÊNDICE A

A fim de se garantir uma melhor visualização dos dessalinizadores da M.G.D.Salin,


fez-se a criação de um modelo 3D, contendo todos os equipamentos e estruturas utilizadas
em sua montagem.
Nas Figuras 56, 57 e 58, pode-se observar o equipamento em 3D em diferentes
perspectivas.

Figura 56 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista superior

Fonte: Autoria Própria, 2022

Figura 57 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista frontal

Fonte: Autoria Própria, 2022


Apêndice A 108

Figura 58 – Dessalinizador no modelo 3D pela vista posterior

Fonte: Autoria Própria, 2022


são apresentados
109

APÊNDICE B

Na Figura 59 encontra-se a planta baixa geral dentro do terreno adquirido pela


M.G.D.Salin, e em seguida será mostrado cada parte dela separadamente.

Figura 59 – Planta baixa da M.G.D.Salin

https://www.ufrgs.br/destec/wp-content/uploads/2020/07/7-FOLHA-DE-DESENHO-T%C3
%89CNICO-E-LINHAS-Ge%C3%ADsa.pdf

apresentar o norte e
leste,
tentar nao usar fundo Na Figura 60 estão representados os depósitos e o galpão, locais onde serão
preto. realizadas as atividades da empresa
todo desenho técnico precisa ter legenda, favor adicionar
veja modelos na internet ou das aulas de expressão
gráfica.
cadê a escala??

cadê a area de http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EngMec_NOTURNO/TM


passeio público 328/Apostilas/P2%20-%20Normas.pdf
(calçada) onde é ou
sao as ruas?
Apêndice B 110

Figura 60 – Planta baixa dos depósitos e do galpão

Fonte: Autoria Própria, 2022

A Figura 61 representa a área de alimentação dos colaboradores .


indicar o nome de
cada sala/cômodo

Apêndice B 111

Figura 61 – Planta baixa da área de alimentação

Fonte: Autoria Própria, 2022

A Figura 62 Representa o estacionamento de veículos comuns, carros e motos.

representa
Apêndice B 112

Figura 62 – Planta baixa do estacionamento de veículos comuns

Fonte: Autoria Própria, 2022


Apêndice B 113

A Figura 63Representa o estacionamento de veículos maiores, como caminhões, e


vans.
apresentea Figura 63 – Planta baixa do estacionamento de veículos maiores

Fonte: Autoria Própria, 2022

A Figura 64Representa o escritório, utilizado para ações burocráticas da empresa.


Apêndice B 114

Figura 64 – Planta baixa do escritório da indústria

indicar o nome de
cada sala/espaço

Fonte: Autoria Própria, 2022

Figura 65representa a guarita, local utilizado para controlar a entrada e saída de


pessoas e veículos.

apresenta
Apêndice B 115

Figura 65 – Planta baixa da guarita

Fonte: Autoria Própria, 2022

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