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Prefácio xi
3 Válvulas 17
3.1 Válvulas que controlam fluido/gás em quaisquer direção . . . . . . . . . . . 17
3.1.1 Válvulas de bloqueio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1.2 Válvulas de regulagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.1.3 Válvulas que controlam fluido/gás apenas em uma direção . . . . . . 18
3.1.4 Válvulas de controle a pressão de jusante (lado da entrada) e a
pressão de montante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2 Operação de válvulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.3 Aspecto construtivo de válvulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
vii
viii
4 Acessórios de tubulações 25
4.1 Conexões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.2 Juntas de expansão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.2.1 Caracterı́sticas construtivas de juntas . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
5 Projeto de tubulações 31
5.1 Fluxogramas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.2 Plantas de tubulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
5.3 Desenhos isométricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.4 Padronização de cor e simbologia do fluido em desenho técnico . . . . . . . 33
5.5 Número de Reynolds . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6 Bombas industriais 37
6.1 Classificação de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6.2 Máquinas hidráulicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.2.1 Máquinas motrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
6.2.2 Máquinas mistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
6.2.3 Máquinas geratrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.3 Bombas de deslocamento positivo (ou bombas volumétricas) . . . . . . . . . 40
6.3.1 Tipos de bombas volumétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
6.4 Bombas dinâmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.5 Instalação de bombas centrı́fugas [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
6.6 Operação de bombas centrı́fugas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6.7 Problemas durante a operação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
6.8 Cavitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.8.1 Consequências da cavitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
x
Prefácio
xi
Capı́tulo 1
1.1 Definições
Tubo ou cano: Conduto fechado rı́gido destinado ao transporte de fluido ou vapor. Em
geral, apresentam seção transversal de coroa circular e o fluido/vapor preenche toda
a seção transversal do conduto. Exceções: Sistemas de água e esgoto (Galerias
pluviais / abastecimento)
Pipe conduz fluido em geral e tubing conduz gases, vapores, condensados e esgoto.
1.2 Materiais
Cada especialidade da indústria (mecânica, naval, aeronáutica, mineração, processa-
mento quı́mico, alimentı́cia, farmacêutica, dentre outras) faz uso de uma gama de tipos
Tubos / Materiais / Processos e Fabricação / Uso tı́pico 3
de tubos.
Genericamente, segue uma classificação orientativa
• Ferro fundido: São usados para aplicações de água, água salgada, gás e es-
goto em especificações de acordo com ABNT (normas EB-43 e P-EB-137) para
pressões de até 3 MPa.
• Ferro forjado galvanizado: São usados em aplicações que exigem baixa re-
sistência mecânica e boa resistência a corrosão. É importante atentar para
a norma ASME B.31.3 para o transporte de hidrocarbonetos dentro de ins-
talações industriais.
Tubo não-metálico
• fundição (casting): faz uso de um molde e os materiais mais usados são o ferro
fundido, barro-vidrado e cimento. Destaca-se o processo de centrifugação na
confecção de tubos. O material no estado lı́quido é despejado em um molde,
que é submetido a centrifugação até a solidificação do material.
• forjamento
Tubos / Materiais / Processos e Fabricação / Uso tı́pico 7
• extrusão: materiais mais comuns utilizados empregando esta técnica: aço com
φ < 80mm, alumı́nio, cobre, latão, chumbo, plásticos. O processo consiste
em colocar tais materiais no estado pastoso em um recipiente de aço sob uma
prensa, de atuação vertical. Em seguida, tais tubos com a finalidade de reduzir
o diâmetro e promover o desempeno de tubos.
• laminação: é o processo de fabricação mais utilizado para tubos sem costura
em tubos de aço- carbono, aço-liga e aços inoxidáveis. Utiliza-se na fabricação
o processo Mannesmann, que consiste em impor a um lingote aplicar dois rolos
cônicos em que uma ponteira produz o tubo.
Tubos com costura : A fabricação é realizada por meio do processo de soldagem, para
materiais aço-carbono, aço-liga e ferro fundido. Destacam-se os processo de soldagem
por arco submerso e por resistência elétrica sem adição de material. Os tipos de solda
mais usados são:
8 Tubos / Materiais / Processos e Fabricação / Uso tı́pico
• topo (butt-weld)
• sobreposta
• longitudinal (mais usada)
Diversas são as formas de conectar tubos entre varas (emenda), tubo-válvula (tubo e
acessórios de tubulação em geral), bem com equipamentos de processo (serpentinas, radia-
dores, entradas e saı́das de ar, aquecedores, condensadores, turbinas, bombas, resfriadores,
vasos de pressão, queimadores, fornos, silos, misturadores, poços, dentre outros).
Didaticamente, TELLES [5] organizou a classificação dos principais métodos em:
• boa aparência
Este é o sistema mais usado para ligação de tubos com φ > 2 in de aços de quaisquer
denominação. A solda é feita de acordo com norma ASME B.16.25 ou outras normas, que
estabelecem o formato do chanfro. Seguem recomendações da norma ASME B.16.25
Meios de ligações de tubos 11
3
Para φ 6 16 in : Ponta lisa e esquadrejadas
3 3
Para 16 6φ6 4 in : Chanfro em V com angulo de 75o
3
Para φ > 4 in : Chanfro em J duplo
Em tubos de diâmetro acima de φ > 20 in, são colocados anéis com a finalidade de
melhorar a solda devido ao alinhamento dos tubos e fornece melhor abertura da fresta
para a execução da solda.
As varas de tubos são ligadas uma as outras por meio de luvas ou uniões, em que a
solda é feita com um único cordão externo de solda, a ser executada solda elétrica.
1
São usadas em tubulações de aço com φ > 2 in. É também empregada em tubos
não-ferrosos ou de plástico de até 4 in.
2.2.3 Brasagem
Deve-se atentar para os tipos de flange conforme norma ANSI B.16.5 que sistematiza
os tipos de flanges.
• Flange integral: Apresenta alta resistência mecânica e uso restrito a tubos de ferro
fundido ou plástico laminado.
• Flange sobreposto: Apresenta baixo custo de fabricação e uso restrito a serviços não-
severos, evitando-se corrosão e erosão. Possui limitações de pressão e temperatura
prevista nas normas ASME B.31.1 e ASME B.31.3
temperatura de 600 C.
Repare que em toda ligação rosqueada, a junta é o elemento de vedação, sendo esta sub-
metida aos esforços mecânicos de compressão (devido a ação dos parafusos) e cisalhamento
(devido a pressão do fluido circulante). Afim de assegurar adequada deformabilidade, as
juntas usuais em flanges são:
• aperto residual: deve ter pressão igual a 1, 5 a 2 vezes o valor da pressão interna do
fluido no tubo.
Portanto o aperto total é a soma dos apertos inicial e residual.
Meios de ligações de tubos 15
• ferro fundido para gás: Apresenta material vedante constituı́do de chumbo e estopa
alcatroada e anéis retentores de borracha ou de plástico
Válvulas
Por via de regra, válvulas são dispositivos que controlam e interrompem o fluxo de
fluido/gás em uma tubulação. Neste capı́tulo será feito o estudo deste acessório, que
é considerado mais importante em tubulações. Deve-se evitar um número excessivo de
válvulas pois as mesmas introduzem vazamentos, perda de carga em tubulações e apre-
sentam alto custo. Ainda, as válvulas devem ser fáceis de operar e acessar.
Apresentam diâmetro nominal com seção equivalente da tubulação e só devem funcio-
nar completamente abertas ou fechadas.
• gaveta
• macho
• de comporta
• globo
18 Válvulas
• agulha
• controle
• borboleta
• diafragma
• retenção
• retenção e fechamento
• de pé
• retenção e fechamento
• de segurança e de alı́vio
• de contrapressão
• manual
• motorizada
– hidráulica
– pneumática
Válvulas 19
– elétrica
• automatizada
Acessórios de tubulações
4.1 Conexões
Conexões são peças usadas para união entre tubos, permitindo a mudança de direção
na linha, a redução de bitola, derivação e fechamento de extremidades, facilitando a mon-
tagem/desmontagem de linha. São fabricadas em metal ou não-metal (PVC) e devem
mandativamente ser do mesmo tipo de material do tubo.
As conexões são classificadas segundo TELLES [5] conforme finalidade e tipos
Observação: Não existe distinção entre os termos curva e joelho. Curva se denomina
para raio grande e joelho para raio pequeno. As curvas em geral apresentam menor perda
de carga e maior custo quando comparadas com joelhos.
26 Acessórios de tubulações
• Tê de 900
• Tê de 450
• Tê de redução
• Y
• cruzetas
• cruzetas de redução
• selas
• anéis de reforços
• redução concêntrica
• redução excêntrica
• redução bucha
• luvas
• uniões
• flanges
• niples
• virolas
• tampão
• bujão
• flange cego
Acessórios de tubulações 27
São peças não-rı́gidas que se intercalam nas tubulações com a finalidade de absorver
total ou parcialmente as dilatações provenientes das variações de temperatura e impedir
propagação de vibrações.
Empregam-se juntas de expansão quando
As juntas de expansão são consideradas o elo mais fraco da tubulação sujeito a desgastes
e defeitos que podem acarretar em acidentes sérios. As juntas de expansão estão sujeitas
a diferentes graus de liberdade: axial, angular, lateral e torção.
28 Acessórios de tubulações
Aqui se dá destaque aos principais tipos de juntas quanto as caracterı́sticas construti-
vas.
As juntas de fole ou sanfona de movimento axial (juntas axiais) absorvem movimento
longitudinal em trecho de tubo reto, usadas em serviços severos que envolvem a operação de
fluidos inflamáveis, tóxicos, dentre outros. Não apresentam gaxetas e o risco de vazamento
se dá com a ruptura da fole, o que exige submissão constante do acessório a ensaios não-
destrutivos. As juntas de fole ou sanfona de movimento angular ou lateral permitem
conferir outros graus de liberdade a tubulação e drenagem de fluido retido nos gomos.
As juntas universais absorvem movimentos laterais, com aplicações em bomas, turbinas
ou equipamentos sensı́veis.
As juntas cardânicas possuem rotação angular, absorvem movimento em planos dis-
tintos e é uma junta de expansão articulada.
As juntas telescópio consistem no deslizamento de tubulações entre si, com uso em
tubulações de vapor ou condensado, voltadas para serviços leves com movimentação não
frequente a fim de evitar vazamentos.
Acessórios de tubulações 29
Projeto de tubulações
• fluxogramas
• plantas de tubulação
• desenhos isométricos
• desenhos de suportes
5.1 Fluxogramas
São desenhos esquemáticos, sem escala que mostram toda rede de tubulações e os
diversos acessórios, com a finalidade de mostrar o funcionamento de um sistema e não se
destinam a nenhum efeito de fabricação, construção e montagem.
São desenhos em escala contendo todas as tubulações de uma determinada área repre-
sentadas em projeção horizontal, olhando-se de cima para baixo.
32 Projeto de tubulações
São desenhos feitos em perspectiva isométrica sem escala. Devem conter todas as
válvulas, acessórios e a localiza ]ao de emendas dos tubos e acessórios.
Observação: Não se faz desenho isométrico para tubulações subterrâneas e para tu-
bulações fora da área de processamento.
Projeto de tubulações 33
• azul: ar comprimido
• branco: vapor
• cinza-claro: vácuo
• cinza-escuro: eletroduto
laminar Todos os filetes lı́quidos são paralelos entre si e as velocidades em cada ponto
são invariáveis em direção e grandeza
Vd
Re = (5.5.1)
ν
Projeto de tubulações 35
Bombas industriais
Define-se bombas como máquinas operatizes hidráulicas que conferem energia ao lı́quido
com a finalidade de transportá-lo de um ponto para outro obedecendo às condições do pro-
cesso.
EM = K + P + L (6.0.1)
em que EM é a energia mecânica do fluı́do, K é energia cinética, P é a energia potencial e
L é a energia dissipada pelas perdas acarretadas pelos acessórios (curvas, joelhos, válvulas,
dentre outros).
As aplicações consistem em
• abastecimento de água
38 Bombas industriais
• sistema de esgoto
• drenagem
• rede de incêndio
• servições hidráulicos
• sistemas de lubrificação
São máquinas que transformam energia hidráulica em trabalho mecânico. São exemplo
de máquinas motrizes, a roda d’água ou moinho d’água e as turbinas: pelton, francis e
kaplan.
Qs h
ηt = (6.2.3)
Qe H
40 Bombas industriais
São máquinas que transformam energia mecânica em energia hidráulica. Tais máquinas
são acionadas por motores elétricos, estacionários, dentre outros.
A subdivisão destas máquinas consiste em:
• Bombas dinâmicas
• Vedação mecânica que impede a recirculação do fluido por meio de uma válvula de
retenção na entrada e na saı́da do dispositivo
• provoca pressões elevadas para vazões baixas, na ordem de 6 kgf/cm2 até 700 kgf/cm2 .
• São dotadas de dois parafusos que tem movimentos sincronizados por meio de um
par de engrenagens sincronizadoras.
• Vazão uniforme
• São compactas
• Possuem alto custo de aquisição devido ao processo de fabricação que exige precisão
de folgas.
Bombas industriais 43
• Deslocamento fixo
• Uso para fluidos não emulsificantes, com alta viscosidade (Exemplos: lodo, óleos,
pomadas, melaços, massas alimentares)
• Esta membrana pode ser fabricada em borracha sintética, teflon, aço inox, dentre
outros
• Fechado: as pás são protegidas pela existência de uma tampa traseira e uma tampa
dianteira. Uso para fluidos limpos, pois tais rotores estão sujeitos a entupimentos
• Se a bomba for armazenada por mais de 60 dias, esta deve ser lavada com
querosene
• Óleo dos mancais deve ser substituı́do por óleo novo e superfı́cies lavadas com
água
6a etapa: Tubulações
Parada da bomba
5. Bomba esquenta
• Eixos empenados
• Rotor raspando na carcaça
• Eixo empenado
• Eixo preso, travado
• Rotor raspando na carcaça
• Mancais ou rolamentos defeituosos
• Falta de lubrificação dos rolamentos
• Motor em curto circuito ou queimando
6.8 Cavitação
Fenômeno associado a processos que envolvem a deterioração das superfı́cies do impe-
lidor e da carcaça.
Dano do material
• Obstrução nas linhas de sução / filtro entre o flange de sucção e o olho do impelidor
[3] MATTOS, E. E. de; FALCO, R. de. Bombas industriais. [S.l.]: Interciência, 1998.
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