Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PIRACICABA
Dezembro/2018
CRISTIAN MARCELO DO PRADO
PIRACICABA
Dezembro/2018
Dedico este trabalho a minha mãe,
Maria Aparecida Ribeiro, a meu
pai, Rodinei Francisco do Prado e
a meu irmão Giovani Leonardo do
Prado
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por me incentivarem e me apoiarem durante toda minha traje-
tória no curso.
Aos meus amigos, Gabriela Lais Rozati, Vagner Aparecido de Lima e Gui-
lherme de Moraes Lombello por terem contribuído com o meu crescimento acadêmi-
co durante todo o curso.
“Não se deve ir atrás de objetivos
fáceis, é preciso buscar o que só pode
ser alcançado por meio dos maiores es-
forços.”
Albert Einstein
RESUMO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 13
2.1.1.3 Radiação................................................................................................................................. 17
2. 11 Psicrometria............................................................................................................................... 27
3 METODOLOGIA.............................................................................................................................. 32
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 45
O primeiro refrigerador doméstico surgiu em 1913, mas sua aceitação foi mínima,
tendo em vista que o mesmo era constituído de um sistema de operação manual, exigindo
atenção constante, muito esforço e apresentando baixo rendimento (MARTINELLI JUNIOR,
2003).
Ainda para Martinelli Junior (2003) só em 1918 é que apareceu o primeiro refrigera-
dor automático, movido à eletricidade, e que foi fabricado pela Kelvinator Company, dos Es-
tados Unidos. A partir de 1920, a evolução foi tremenda, com uma produção sempre cres-
cente de refrigeradores mecânicos.
Com o aumento dos modelos de produção em larga escala visando suprir a necessi-
dade de alimentos de uma população crescente e a demanda pela entrega de produtos
frescos e que preservassem ao máximo suas características originais, grandes sistemas de
refrigeração, como as câmaras frigoríficas, começaram a ser desenvolvidas.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Menezes (2005) a carga térmica é a quantidade de calor que deve ser reti-
rada ou fornecida a um local ou sistema, na unidade de tempo, objetivando a manutenção
de determinadas condições térmicas.
Nas câmaras frigoríficas, os principais fatores que aumentam o ganho de calor são:
2.1.1.1 Condução
Ainda para Çengel e Ghajar (2011), em líquidos e gases, a condução deve-se ás co-
lisões e difusões das moléculas em seus movimentos aleatórios. Nos sólidos, ela acontece
por causa da combinação das vibrações das moléculas em rede, e a energia é transportada
por elétrons livres.
A equação da condução para uma parede plana, ilustrada na Figura 1, pode ser es-
crita da seguinte forma:
𝑑𝑇 ∆𝑇 𝑇 − 𝑇 (1)
𝑞 = −𝑘𝐴 = −𝑘𝐴 = 𝑘𝐴
𝑑𝑥 ∆𝑥 ∆𝑥
14
Onde: 𝑞 - Fluxo de calor por condução (W/m²); 𝑘 - Condutividade térmica
(W/(m.°C)); 𝑇 - Temperatura da superfície 1 (°C); 𝑇 - Temperatura da superfície 2 (°C); ∆𝑥-
Variação de espessura (m) ; ∆𝑇 - Variação de temperatura (°C) ;𝐴 - Área (m²); - Gradiente
de temperatura.
do da transferência de calor é da região que apresenta temperatura mais alta para a que
apresenta temperatura mais baixa (SONNTAG et al., 2003).
A Figura 1 mostra como ocorre a condução de calor através de uma parede plana de
espessura ∆𝑥 e área 𝐴.
15
2.1.1.2 Convecção
A transferência de calor por convecção pode ser classificada de acordo com a natu-
reza do escoamento do fluido. Referimo-nos à convecção forçada quando o escoamento é
causado por meio externos, tais como um ventilador, uma bomba, ou ventos atmosféricos.
Em contraste, no caso da convecção livre (ou natural) o escoamento do fluido é induzido por
forças de empuxo, que são originadas a partir de diferenças de densidades (massas espe-
cíficas) causadas por variações de temperatura no fluido (INCROPERA et al., 2008).
𝑞 = ℎ (𝑇 − 𝑇 ) (2)
A Figura 2 mostra como ocorre a transferência de calor de uma superfície quente pa-
ra o ar por convecção.
16
Figura 2: Transferência de uma superfície quente para o ar por convecção.
2.1.1.3 Radiação
A radiação é o mecanismo de troca de calor entre dois corpos – que guardam entre
si uma distância qualquer – através de sua capacidade de emitir e de absorver energia tér-
mica. Esse mecanismo de troca é consequência da natureza eletromagnética da energia,
que, ao ser absorvida, provoca efeitos térmicos, o que permite sua transmissão sem neces-
sidade de meio de propagação, ocorrendo mesmo no vácuo (FROTA; SCHIFFER, 2001).
17
𝑞 = ℎ (𝑇 − 𝑇 ) (3)
O mecanismo de transmissão térmica que ocorre nas paredes da câmara é dado pe-
la combinação dos fenômenos da condução, convecção e radiação.
Segundo Fiorelli (2009), no cálculo da carga térmica devido à transmissão pela en-
voltória (paredes, teto e piso) da câmara frigorífica, o fluxo de calor é dado por:
18
𝑄̇ = 𝑈𝐴[(𝑇 + ∆𝑇 )− 𝑇 ] (4)
A energia solar chega até nós sob a forma de ondas eletromagnéticas após experi-
mentar consideráveis interações com a atmosfera. A energia de radiação emitida ou refletida
pelos constituintes da atmosfera forma a radiação atmosférica (ÇENGEL; GHAJAR, 2011).
Ainda para Çengel e Ghajar (2011), superfícies comuns como grama, árvores, ro-
chas e concreto refletem cerca de 20% da radiação, enquanto absorvem o resto. Superfícies
cobertas de neve, contudo, refletem 70% da radiação incidente.
𝑇, − 𝑇, 𝐿 (5)
𝑅 , = =
𝑞 𝐾𝐴
Onde: Rt,cond - Resistência térmica para condução (°C/W); Ts,1 - Temperatura da su-
perfície 1 (°C); Ts,2 - Temperatura da superfície 2 (°C); qx - Quantidade de calor (W); L - es-
pessura (m); k - condutividade térmica (W/m. °C); A - Área superficial (m²).
𝑇 − 𝑇 1 (6)
𝑅 , = =
𝑞 ℎ𝐴
19
Onde: Rt,conv - Resistência térmica de convecção (°C/W); Ts - Temperatura da super-
fície (°C); 𝑇 - Temperatura do ambiente (°C); q - Fluxo de calor (W); h - Coeficiente de pelí-
cula ( W/m².°C); A - Área (m²).
𝑉 − 𝑉 (7)
𝐼=
𝑅
1 𝐿 1 (8)
𝑅 = + +
ℎ 𝐴 𝑘𝐴 ℎ 𝐴
1 (9)
𝑈=
𝑅 𝐴
Onde: U - Coeficiente global (W/m².C°); Rtot - Resistência total (°C/W); A - Área (m²).
Porém, ainda para Stoecker e Jones (1985) muitos materiais de construção são ven-
didos com espessuras normalizadas, de modo que é possível obter a resistência térmica di-
retamente em tabelas sem ter que calculá-las pela expressão.
Para uma parede plana, em que a área é igual em todas as superfícies, U pode ser
calculado pela seguinte equação:
20
1 1 (10)
𝑈= =
𝑅 , +𝑅 + 𝑅 , 𝑅
A resistência térmica de radiação não entra no coeficiente global, pois seu efeito é
incluído através do conceito de correção ∆𝑇 e o cálculo realizado segundo a equação
4.
21
2.5 Carga térmica gerada por pessoas
𝑄̇ = 272 − 6𝑡 (11)
Ainda para ASHRAE (2010) quando as pessoas entram ou saem da câmara, elas
trazem consigo uma quantidade de calor superficial a mais. Assim, para efeito de ajuste pa-
ra um sistema continuo, deve - se multiplicar o valor obtido por 1,25.
A conversão de energia elétrica em luz gera calor sensível. Esse calor é dissipado,
por radiação, para as superfícies circundantes, por condução, através dos materiais adja-
centes, e por convecção para o ar (FROTA; SCHIFFER, 2001).
𝑄̇ = 𝜌𝐴𝑡 (12)
22
Figura 5: Potência dissipada devido à iluminação em ambientes mais comuns.
Para Fiorelli (2009) uma das parcelas do ganho de calor devido aos produtos a se-
rem conservados é a quantidade de calor que deve ser retirada de uma determinada massa
de produto que entra na câmara a uma certa temperatura e deve ser resfriada/congelada até
a temperatura de armazenamento.
A equação abaixo o ganho de calor para produtos que não serão congelados.
𝑚 (4)
𝑄̇ = 𝑐 , (𝑇 − 𝑇 )
24.3600
23
Tabela 3: Propriedades térmicas de alguns alimentos.
24
2.8 Carga térmica gerada por equipamentos
O calor dissipado por motores para o ambiente é função de sua potência e de suas
características (FROTA; SCHIFFER, 2001).
636𝑁 (14)
𝑄̇ =
ᶯ
25
Assim, a carga térmica devido à infiltração pode ser calculada pela seguinte equa-
ção:
𝑄̇ = 𝑚̇ (ℎ − ℎ )(1 − 𝐸) (15)
1 𝑉𝑁 (16)
𝑚̇ = .
24.3600 𝑣
Ainda para Fiorelli (2009) a carga térmica de infiltração pode ser reduzida através da
utilização de dispositivos de proteção como cortinas de ar ou cortinas/portas de PVC, que
possuem um fator de efetividade de proteção E. Para cortinas de ar este fator E é da ordem
de 0,7, enquanto que para cortinas de PVC ele fica na faixa de 0,8 a 0,95, dependendo do
tráfego.
Uma vez calculadas as diversas cargas, a carga térmica total será dada pelo somató-
rio dessas cargas, multiplicando por um fator de segurança Fs que leve em conta impreci-
sões do cálculo e discrepâncias entre os critérios de projeto e o uso final da instalação.
Normalmente este fator é adotado como sendo de 10% (FIORELLI, 2009).
𝑄̇ = 𝑄̇ + 𝑄̇ + 𝑄̇ + 𝑄̇ + 𝑄̇ + 𝑄̇ (17)
26
Onde: 𝑄̇ - Carga térmica total (kW); 𝑄̇ - Carga térmica de transmissão (kW) ; 𝑄̇
- Carga térmica devido a circulação de pessoas (kW); Carga térmica de 𝑄̇ - iluminação
(kW); 𝑄̇ - Carga térmica de movimentação (kW); 𝑄̇ - Carga térmica do equipamento
2. 11 Psicrometria
● Umidade relativa: A úmida relativa ∅, é definida como sendo a razão entre a fra-
ção molar do vapor de água no ar úmido e a fração do vapor de água no ar saturado à
mesma temperatura a pressão total, ou ainda, segundo Stoecker e Jones (1985), pode ser
calculado pela seguinte equação:
27
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑝 𝑉/𝑅 𝑇 𝑝 /𝑅 (19)
𝑊= = =
𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜 𝑝 𝑉/𝑅 𝑇 (𝑝 − 𝑝 )/𝑅
𝑚 (1 + 𝜔) (20)
ℎ= = ℎ + 𝜔ℎ
𝑉
𝑅 𝑇 𝑅 𝑇 (21)
𝑣= =
𝑝 𝑝 − 𝑝
28
● Temperatura de bulbo seco (TBS): É a temperatura para a mistura ar-vapor, por
um termômetro comum. Esta temperatura é a mesma para ambos os elementos da mistura,
ou seja, do vapor e ar (PENA,2002).
Ainda para Chagas (2001), o isolamento térmico é formado por materiais de baixo
coeficiente de condutividade térmica (k). Os materiais isolantes são porosos, sendo que a
elevada resistência térmica se deve a baixa condutividade térmica do ar contido nos seus
vazios. A transferência de calor ocorre, principalmente, por condução. Nos espaços vazios
ocorre também convecção e irradiação, porém com valores desprezíveis.
Para Costa (1982), um bom isolante térmico deve apresentar as seguintes qualida-
des:
31
3 METODOLOGIA
- Movimentação diária;
32
4 ESTUDO DE CASO
Para o estudo de caso deste trabalho, será idealizado um galpão situado na cidade
de Piracicaba, fictício, modelado apenas para utilização neste projeto.
Este trabalho teve como principal objetivo o dimensionamento de uma câmara frigorí-
fica para o armazenamento de 25 toneladas de suco integral de laranja vendido comercial-
mente.
As dimensões foram escolhidas de modo a mostrar a carga térmica gerada por uma
quantidade de suco que é transportada por um caminhão frigorífico. Foi considerado tam-
bém que o suco esteja armazenado em garrafas de 900 ml de dimensões 23,5 x 8 x 8 cm
(Altura x Largura x Comprimento) distribuídos no total de 20 pallets, divididos em dois con-
juntos de 10 pallets. As garrafas foram divididas nestes pallets com fardos de 6 garrafas,
base de 35 fardos e empilhamento máximo de 6 fardos.
A construção foi idealizada de modo a respeitar o espaço mínimo de 2,7 metros nos
corredores para a movimentação de empilhadeiras conforme as normas logísticas.
A Figura 8 mostra que a parede 3 tem orientação oeste, a parede 4, norte e as pare-
des 1 e 2, leste e sul respectivamente. As paredes 1 e 2 estão voltadas para uma parte
sombreada, devido ao fato de estarem situadas dentro de um galpão maior. A escolha da
34
orientação geográfica da parede 1 foi feita com o objetivo de deixar a porta voltada para
dentro do galpão, diminuindo a intensidade solar da manhã e evitando o aumento da carga
térmica por infiltração caso seja necessário a intervenção na câmara por algum motivo.
A cidade mais próxima a Piracicaba é Campinas e seus dados são fornecidos pela
Figura 9.
35
Tabela 6: Temperatura de armazenamento do suco de laranja.
Para essa função foi considerada apenas uma pessoa exercendo a função de operar
a empilhadeira.
Para a jornada de trabalho foram consideradas 2 horas, sendo 1 hora para o arma-
zenamento dos produtos e outra para retirada e carregamento do caminhão.
4.4 Iluminação
- Potência dissipada: 2 W/ m²
O rendimento adotado foi de 88% com base na tabela 4 extraída da norma NBR
6401, 1980.
36
4.5 Movimentação de produtos
4.6 Infiltração
- hi:12 kJ/kg.
Todas as paredes, o teto e o piso da câmara são compostos por uma barreira de tijo-
los e outra de placa de espuma de poliuretano.
Além disso, a escolha da espuma de poliuretano se deu pelo fato de este produto
apresentar uma grande facilidade na sua manipulação, além de possuir um bom isolamento
térmico e ter baixo custo.
Segundo Fiorelli (2009), um fluxo de calor para paredes da ordem de 9,3 W/m² resul-
ta num valor de espessura do isolante térmico próximo do valor ótimo em termos de custos
de instalações e operacionais.
Parede Teto
Cor da superfície
Leste , °C Norte , °C Oeste , °C Plano, °C
Escura 5,0 3,0 5,0 11,0
Média 4,0 3,0 4,0 9,0
Clara 3,0 2,0 3,0 5,0
Com os valores dos coeficientes globais calculados pela equação 4, pôde-se calcular
a espessura do isolante térmico a partir da equação 10.
39
Tabela 8: Tabela de espessuras de isolamentos obtidas e readequadas.
A partir das espessuras dos isolantes, condizentes com o cálculo e com o que o
mercado fornece, pôde-se recalcular os valores dos coeficientes globais definitivos para ca-
da parede, teto e piso utilizando a equação 10. Os valores obtidos são mostrados na Tabela
9.
Parede U (W/m². K)
Parede Norte 0,286
Parede Sul 0,288
Parede Leste 0,288
Parede Oeste 0,257
Teto 0,250
Piso 0,289
Nesta etapa, foram calculadas as cargas térmicas na câmara. Os valores obtidos são
apresentados na Tabela 10.
40
Tabela 10: Valores de carga térmica.
Componente Q (kW)
Parede Norte 0,274
Parede Sul 0,482
Parede Leste 0,482
Parede Oeste 0,217
Teto 1,562
Piso 1,563
Pessoas 0,022
Iluminação 0,028
Produtos 26,46
Equipamentos 1,685
Infiltração 0,254
Total 33,029
Aplicando o fator de correção de 10% sobre o valor total, a fim de levar em conta im-
precisões do cálculo e discrepâncias entre os critérios de projeto e o uso final da instalação,
a carga térmica total passou a ser 36,330 kW.
4.10 Discussão
Em relação às cargas térmicas pode-se notar que o calor devido ao produto foi o que
apresentou o maior valor, com 80,11% do valor total da carga térmica. Os menores contribu-
intes para o a carga térmica foram às pessoas e a iluminação com aproximadamente 0,07 %
e 0,08% respectivamente.
A quantidade de carga térmica adicionada pelo suco está diretamente ligada a quan-
tidade armazenada, bem como a sua temperatura de chegada à câmara.
O ganho de calor gerado pelas pessoas e a iluminação foram baixas devido ao fato
de serem necessárias poucas pessoas para a execução das atividades de carga e descarga
do produto na câmara.
A Figura 11 ilustra o quanto cada fator de adição de calor influencia na carga térmica
total.
41
Figura 11: Quantidade de carga térmica gerada por cada componente de calor.
80,11%
Parede Norte
Parede Sul
Parede Leste
Parede Oeste
Teto
Piso
Pessoas
Iluminação
5,10%
Produtos
0,08% 0,77%
0,83% Equipamentos
0,07% 1,46% 1,46% Infiltração
4,73% 4,73% 0,66%
Os valores foram obtidos a partir da equação 15. Nesta fórmula a incógnita “E” indica
o fator de efetividade de proteção. Assim, para o cálculo do valor de infiltração de calor na
câmara sem nenhum tipo de restrição o valor de “E” foi zero e para a cortina de ar ou PVC
os valores utilizados foram 0,7 e 0,8 respectivamente.
42
Tabela 11: Tabela de comparação entre cortina de PVC e de ar na diminuição de carga
térmica.
Pelos dados verifica-se que neste caso, pode se ter uma diminuição da carga térmica
de infiltração de 70% quando se utiliza a cortina de ar e 80% na utilização de cortina de PVC
ante o seu não uso.
Empresas como a Springer oferecem vários modelos de cortinas de ar, cujos mode-
los variam de 0,9 m a 1,5 m de comprimento e preços na faixa de R$ 300 a R$ 600. Já para
as cortinas de PVC, o mercado não é tão grande, pois muitas delas são feitas sob medida e
conforme as necessidades do cliente.
Com isso, o equipamento da linha “KFDSP”, modelo 2501, oferecido pela empresa
“KIT Frigor” seria uma alternativa que atenderia aos requisitos do projeto apresentado, pois
possui uma capacidade de refrigeração de no máximo 33400 kcal/h (38,82 kW) e temperatu-
ra de armazenamento entre 5°C e -20°C.
43
Figura 12: Exemplo de um monobloco frigorífico.
44
5 CONCLUSÃO
Diante do apresentado neste trabalho, conclui-se que é importante ter um bom co-
nhecimento do ambiente climático em que a câmara será instalada, já que este aspecto in-
fluencia no ganho de calor por transmissão e uma boa análise geográfica do local auxilia no
direcionamento de portas ou paredes para espaços onde se tem mais sombra ou pouca in-
cidência solar.
Os cálculos apontaram para uma carga térmica total de 36,330 kW para uma
câmara com uma área de 168 m². Desse total, os componentes estruturais (paredes, teto e
piso) somados contribuíram com 13,87% da total de calor fornecido a câmara.
A carga térmica gerada pela soma do calor fornecido pelo fluxo de pessoas, ilumina-
ção, equipamentos e infiltração totalizaram 6,02 % do total da carga térmica. Apesar de
apresentarem a menor fatia do calor fornecido, são fatores que podem ser otimizados de-
pendendo de onde a câmara será instalada, o equipamento que será utilizado para a mani-
pulação dos produtos, a quantidade de pessoas e o tempo de iluminação a fim diminuir ain-
da mais a geração de calor.
Além disso, pôde-se concluir que é possível utilizar componentes que diminuem a
geração de carga térmica, como as cortinas de PVC ou de ar, aumentando a eficiência da
câmara de 70% a 80% respectivamente. Além do aumento de eficiência térmica da câmara,
as cortinas também contribuem para a evitar a entrada de insetos, fumaça, poeira e odores.
Por fim, conclui-se que neste tipo de projeto é necessário ter atenção na melhora e
otimização de todos os componentes de geração de calor, já que há várias maneiras de fa-
zer mudanças que se adaptem as necessidades para que essas melhoras pontuais acarre-
tem em uma câmara fria mais eficiente.
45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Ênnio Cruz da. Refrigeração. 3. ed. Porto Alegre: Edgard Blücher Ltda., 1982. 322
p.
ÇENGEL, Yunus A.; GHAJAR, Afshin J.. Transferência de Calor e Massa: Uma Aborda-
gem Prática. 4. ed. Porto Alegre: Mcgraw Hill, 2011. 905 p.
FROTA, Anésia Barros; SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico. 5. ed.
São Paulo: Studio Nobel, 2001. 243 p.
SILVA, Alessandro da. Câmaras Frigoríficas - Aplicação, Tipos, Cálculo Da Carga Tér-
mica e Boas Práticas de Utilização Visando a Racionalização Da Energia Elétri-
ca. Disponível em: <http://www.ambientegelado.com.br/v51/index.php/artigos-
tecnicos/camaras-frigorificas/291-camaras-frigorificas-aplicacao-tipos-calculo-da-carga-
termica-e-boas-praticas-de-utilizacao-visando-a-racionalizacao-da-energia-eletrica>. Acesso
em: 22 ago. 2018.
STOECKER, Wilbert. F.; JABARDO, José. M. Saiz. Refrigeração industrial. 2. ed. São
Paulo: Edgard Blücher Ltda., 2002. 371 p.
STOECKER, Wilbert F.; JONES, Jerold W.. Refrigeração e Ar Condicionado. São Paulo:
Mcgraw Hill do Brasil, 1985. 481 p. Tradução de: José M. Saiz Jabardo.
46