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DIFUSÃO EM REGIME TRANSIENTE 1ª PARTE

I. Difusão em RT com resistência externa desprezível

I.1. Difusão em uma placa plana infinita

I.2. Difusão em uma esfera.

I.3 Difusão em um cilindro infinito

A difusão será transiente, quando a diferença da concentração variar no tempo, e


consequentemente, o fluxo também variará no tempo.

Esse fenômeno pode ocorrer em vários processos industriais, tais como, secagem, adsorção,
hidratação, umidificação, extração, salga/dessalga, etc.

Nesses processos, geralmente a difusão ocorre dentro de um sólido (ou líquido parado ou
movendo-se em regime laminar), com o fluxo entrando ou saindo dele, para ou de um fluido.

Portanto, existirão, sempre, duas resistência à transferência de massa: a interna (dentro do


corpo onde ocorre a difusão), e a externa (no fluido, onde ocorre convecção ou mesmo,
difusão).

Figura A, B e C são onde ocorrem resistências


externas não desprezíveis, pq em Cainf aparece
uma curva quando se aproxima da superfície do
corpo, essa curva quer dizer que existe um
gradiente, portanto está havendo uma difusão

Figura D: Resistencia externa desprezível, não


existe gradiente de CA2inf. É a mesma coisa
que CA2 que está na superfície > apresenta
uma situação de equilíbrio, CA2 = CA2inf

Em ambos os casos, a equação da difusão é:


Dap = difusividade aparente,
𝜕𝐶𝐴
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 ∇2 𝐶𝐴 (1) sistemas mais complexos

Cuja solução dependerá de BiM:


𝑍 km 𝑍/𝐷𝑎𝑝
𝐵𝑖𝑀 = 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝 = 𝐾𝑝/𝑘𝑚 (2) Bim: biot > resistência interna
(z/Dap) / resistência externa (Kp/Km)
Ocorrerão 2 situações:
Z=dimensão característica da
- Quando BiM →  (BiM > 50) amostra (metade da espessura, raio
da esfera/cilindro)
Considera-se que a Rext é desprezível: (𝑍/𝐷𝑎𝑝 >> 𝐾𝑝/𝑘𝑚) Kp=coef. De partição

- Quando BiM → 0 Km=coef. De transferência de massa

Considera-se que a Rext não é desprezível: (𝑍/𝐷𝑎𝑝 << 𝐾𝑝/𝑘𝑚)


I. Difusão em RT com resistência externa desprezível

Esta situação ocorrerá quando houver forte convecção (Re elevado) na fase fluida, ou seja,
fora do meio onde está ocorrendo a difusão.

Portanto, inexiste gradiente de concentração no fluido, que terá concentração no infinito. E,


devido a forte convecção, a superfície do sólido entrará em equilíbrio imediatamente.

Caso D, não tem gradiente na parte


externa, no fluido > uma reta ligando
o fluido a parte externa do solido

Estamos interessados, agora, em obter uma equação que permita o cálculo da evolução da
concentração dentro do sólido [𝐶 A = f(t)].
2a = Z > espessura da placa

Numa placa plana o fluxo será sempre em


I.1. Difusão em uma placa plana infinita uma direção, na direção Z > +Z ou -Z, como
existe simetria fazemos na metade da placa
Placa plana infinita: L >> 2a, e W >> 2a. que significa tudo
Nesse caso, a equação da difusão: CI: Ca cte
𝜕𝐶𝐴 𝜕2 𝐶𝐴 CC1: Z=O no meio da placa > condição de
= 𝐷𝑎𝑝 ( ) (3)
𝜕𝑡 𝜕𝑧 2 similaridade/simetria
E, as condições de contorno: CC2: z=Z na superfície da placa >
concentração já está no equilíbrio com a
CI: t = 0 → CA = CA0 fase fluida, ao iniciar o processo já se criou
um gradiente dentro até chegar na beira da
CC1: t > 0, em z = 0 → CA/z = 0 superfície > gradiente que vai ser a força
motriz da solução
CC2: t > 0, em z = Z → CA = CA* = Kp CA

Visando a obtenção de uma solução “mais universal”, vamos adimensionalisar a Equação da


difusão (Eq. 3), usando o adimensional :
𝐶𝐴 − 𝐶𝐴∗
θ= 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
(4)
A única variável na eq é Ca, as
outras duas são constantes
Logo: 𝐶𝐴 = θ(𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) + 𝐶𝐴∗
𝜕𝐶𝐴 𝜕𝜃 𝜕2 𝐶𝐴 𝜕2 𝜃
E, 𝜕𝑡
= (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) 𝜕𝑡 𝜕𝑧 2
= (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) 𝜕𝑧2

𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
Substituindo na Eq. 3, temos: (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) = 𝐷𝑎𝑝 (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ )(𝜕𝑧2 )
𝜕𝑡

E, portanto, a equação da difusão adimensional fica:


𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝜕𝑧2 ) (5)
E, as condições de contorno? CC1: Ca0 – Ca* não podem ser 0
𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ > se for 0 não ocorre difusão, é a
CI: t = 0 → CA = CA0 → θ = 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
=1 força motriz da difusão interna
0
𝜕𝐶 ∗ ) 𝜕𝜃 𝜕𝜃
CC1: em z = 0 → 𝐴 = (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴 = 0 → =0
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑧

𝐶𝐴∗ − 𝐶𝐴∗
CC2: em z = Z → CA = CA* → θ = 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
= 0

Em Resumo:
𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝜕𝑧2 ) (5)

CI: t = 0 → θ = 1 0<Θ<1

𝜕𝜃 1 na CI e 0 na superfície
CC1: em z = 0 → 𝜕𝑧 = 0

CC2: em z = Z → θ = 0

A solução da Eq. 5 [ = f(z,t) e 𝑞 = f(t)] será pela técnica de Separação de Variáveis:

𝜃(𝑧, 𝑡) = 𝜓(z) 𝛽(𝑡) (6)

Portanto, teremos:
𝑑𝜃 𝑑𝛽 𝑑2 𝜃 𝑑2 𝜓
=𝜓 (7) = 𝛽 (8)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑧 2 𝑑𝑧 2

E, substituindo as Eqs 7 e 8 na Eq. 5, teremos:


𝑑𝛽 𝑑2 𝜓
𝜓 𝑑𝑡 = 𝐷𝑎𝑝 𝛽 𝑑𝑧 2
(9)

Que, separando as variáveis, fica:


1 𝑑𝛽 1 𝑑2 𝜓
𝐷𝑎𝑝 𝛽 𝑑𝑡
=𝜓 𝑑𝑧 2
(10a)

Portanto, temos:
𝑑𝛽 𝑑2 𝜓
𝑑𝑡
+ 𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝛽 = 0 (11) 𝑑𝑧 2
+ 𝜆2 𝜓 = 0 (12)

Solução da Eq. 11:


𝑑𝛽
∫ = −𝜆2 𝐷𝑎𝑝 ∫ 𝑑𝑡 (13)
𝛽

É: 𝐿𝑛𝛽 = −𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡 + C0 (14)

E, portanto:

𝛽 = 𝐶1Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (15) C1 é exponencial de C0

E, a solução da Eq. 12:


𝑑2 𝜓
𝑑𝑧 2
+ 𝜆2 𝜓 = 0

Será: 𝜓 = C2Sen(z) + C3Cos(z) (16) C2 e C3 são ctes de integração


Portanto, a solução  = f(z,t) será:

𝜃 = [A Cos(lz) + B Sen(lz)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (17) Onde: A = C1 x C3 e B = C1 x C2

Aplicando a CC1:

constante
𝑑𝜃
𝑑𝑧
= [-A𝜆Sen(𝜆z) + B𝜆Cos(𝜆z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (18)

E, consequentemente:
0 1
𝑑𝜃
|
𝑑𝑧 𝑧=0
= [-A𝜆Sen(𝜆0) + B𝜆Cos(𝜆0)] = 0 (19)

Portanto, a Eq. 19 só será “verdade”, se B = 0. λ não pode ser 0

E, a Eq. 17 ficará:

𝜃 = [A Cos(𝜆z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (20) equação solução não derivada

Agora, aplicamos a CC2: 0

𝜃|𝑧=𝑍 = [A Cos(𝜆Z)] Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = 0 (21)

Portanto, considerando que A  0:

Cos(𝜆Z) = 0 (22)

E, isso será verdade em 𝜆 = /2Z; 3/2Z; 5/2Z. ...

Logo, encontramos Lambda:


𝜋
𝜆𝑛 = (2𝑛 + 1) (23)
2𝑍

Portanto, a Eq. 20 ficará:


2𝑛+1 (2𝑛+1)2
𝜃 = 𝑆 A𝑛 Cos( 𝜋 z) Exp (− 𝜋 2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (24)
2𝑍 4𝑍2

Mas, ainda falta encontrar An... com a CI...


1
2𝑛+1
𝜃|𝑡=0 = 𝑆 A𝑛 Cos( 2𝑍
𝜋 z)Exp (0) = 1 (25)
2𝑛+1
Portanto: 𝑆 A𝑛 Cos( 2𝑍
𝜋 z) = 1 (26)

Os An são os Coeficientes da Série Cosseno de Fourier, determinados com a equação:


2 𝑍 2𝑛+1 4 (−1)𝑛
A𝑛 = ∫ Cos( 2𝑍 𝜋
𝑍 0
z)𝑑𝑧 (27) Ou A𝑛 = 𝜋
[ 2𝑛+1 ] (28)

Logo, substituindo a Eq. 28 na Eq. 24, teremos a solução da Equação da difusão em uma placa
plana infinita [ = f(z,t)]:
4 (−1)𝑛 2𝑛+1 (2𝑛+1)2
𝜃 = 𝜋 ∑¥𝑛=0[ 2𝑛+1 ] Cos( 2𝑍
𝜋 z)Exp (− 4𝑍2
𝜋 2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (29)
Essa equação pode se apresentar de maneira muito mais simples, se usarmos os seguintes
termos:
FOm = N° de Fourier > tempo adimensional ou
 = z/Z dimensão adimensional
relação entre o tempo experimental (t) e o
Dap t tempo característico da difusão (Dap/Z2)
n = (2n+1)/2 e, FoM = 𝑍2
(Nº de Fourier)

(−1)𝑛
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=0 Cos(g𝑛 h)Exp (−g𝑛 2 FoM ) (30) eq.so. da eq da difusão para o espaço e tempo
g𝑛

Agora, vamos para a equação que representa a evolução da concentração média no tempo.

Recordando o conceito de média de uma função:


1 𝑍
𝜃 = 𝑍 ∫0 𝐶𝐴(𝑧, 𝑡)𝑑𝑧 (31)

E, aplicando a Eq. 29 nessa integral, chega-se à equação 𝑞 = f(t):


8 1 (2𝑛+1)2
𝜃 = 𝜋2 ∑¥𝑛=0 (2𝑛+1)2
Exp (− 4𝑍2
𝜋 2 𝐷𝑎𝑝𝑡) (32)

ou
1
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=0 𝛾𝑛2
Exp (−g𝑛 2 FoM ) (33) n°2 > ordem em função da geometria

Recordando:
𝐶𝐴 − 𝐶𝐴∗
𝜃= 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
e n = (2n+1)/2

Aplicando a Eq. 33:


2 2 2 2
𝜃 = 𝛾2 Exp(−g0 2 FoM ) + 𝛾2 Exp(−g1 2 FoM ) + 𝛾2 Exp(−g2 2 FoM ) + 𝛾2 Exp(−g3 2 FoM ) +
0 1 2 3
2 2
𝛾42
Exp(−g4 2 FoM ) + 𝛾2 Exp(−g5 2 FoM ) + 𝜀 (erro)
5

Com 0= /2; 1= 3/2; 2= 5/2; 3= 7/2; 4= 9/2; 5= 11/2...

Critério de trucagem:

Quando FoM  0,2 → truca-se em n=0. Trunca em n=0 > usa só a eq. De n=0.
2 Dap t
𝜃 = 𝛾2 Exp(−g0 2 FoM ) Com 0= /2 FoM = FOm > 0,2: tempo relativamente alto
0 𝑍2 ou dimensão pequena

I.2. Difusão em uma esfera.

Quando o meio onde estiver ocorrendo a difusão for uma esfera, ou possa ser aproximado a
uma esfera, deve-se utilizar a solução da equação da difusão em coordenadas esféricas:
𝜕𝐶𝐴 2 𝜕𝐶𝐴 𝜕2 𝐶𝐴
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝑟 𝜕𝑟
+ 𝜕𝑟 2
) (34)

Com:

CI: t = 0 → CA = CA0

CC1: t > 0, em r = 0 → lim 𝐶𝐴 = 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜


𝑟→0
CC2: t > 0, em r = R → CA = CA*

Apresentando em adimensional: R no denominador corta pq não


𝜕𝜃 2 𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
contribui com a igualdade
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝑟 𝜕𝑟
+ 𝜕𝑟2 ) (34)

Com:

CI: t = 0 → 𝜃 = 1

CC1: t > 0, em r = 0 → lim 𝜃 = 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜


𝑟→0

CC2: t > 0, em r = R → 𝜃 = 0

De maneira análoga...

𝜃(𝑟, 𝑡) = 𝜓(r) 𝛽(𝑡) (35)

Portanto, teremos:
𝑑𝜃 𝑑𝛽
=𝜓
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑𝜃 𝑑𝜓
= 𝛽
𝑑𝑟 𝑑𝑟

𝑑2 𝜃 𝑑2 𝜓
𝑑𝑟 2
= 𝛽 𝑑𝑟 2

E, portanto:
𝑑𝛽 2 𝑑𝜓 𝑑2 𝜓
𝜓 = 𝐷𝑎𝑝 ( 𝛽 +𝛽 ) (36)
𝑑𝑡 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 2

E, então:
1 𝑑𝛽 1 2 𝑑𝜓 𝑑2 𝜓
𝐷𝑎𝑝𝛽 𝑑𝑡
= 𝜓 (𝑟 𝑑𝑟 + 𝑑𝑟2 ) = −𝜆2 (37)

Sendo que a solução da primeira integral, já conhecemos (Eq. 15):

𝛽 = 𝐶1Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡)

E, a segunda equação é:
𝑑2 𝜓 2 𝑑𝜓
𝑑𝑟 2
+ 𝑟 𝑑𝑟 + 𝜆2 𝜓 = 0 (38) não tem solução conhecida

Para resolver a Eq. 38, é preciso criar uma nova variável ():

=r (39)

Então, é necessário derivar a função , para substituição na Eq. 38:


𝑑𝜓 𝜀 1 𝑑𝜖
𝑑𝑟
= − 𝑟2 + 𝑟 𝑑𝑟 (40)

E,
𝑑2 𝜓 𝜀 2 𝑑𝜖 1 𝑑2 𝜀
=2 − + (41)
𝑑𝑟 2 𝑟3 𝑟2 𝑑𝑟 𝑟 𝑑𝑟 2

E, substituindo as Eqs. 39, 40 e 41 na Eq. 38:


2𝜀 2 𝑑𝜖 1 𝑑2 𝜀 2𝜀 2 𝑑𝜖 𝜖
− + − + + 𝜆2 = 0 (42)
𝑟3 𝑟2 𝑑𝑟 𝑟 𝑑𝑟 2 𝑟3 𝑟2 𝑑𝑟 𝑟

Ficando assim:
𝑑2 𝜀
𝑑𝑟 2
+ 𝜆2 𝜖 = 0 (43)

Que é idêntica à Eq. 12, para Placa Plana. Logo, sua solução é conhecida:

𝜖 = C2Sen(r) + C3Cos(r) (44)

Como  = /r (da Eq. 39), a Eq. 44 fica:


C2 C3
𝜓= 𝑟
Sen(r) + 𝑟
Cos(r) (45)

E, a Eq. 35 fica, então:


A B
𝜃 = [𝑟 Cos(𝜆r)+ 𝑟 Sen(𝜆r)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (46)

Agora, temos que aplicar as CCs e CI...

Os passos seguintes são similares aos da Placa Plana, com exceção da aplicação da CC1:
1 0 constante finita

A B
lim 𝜃 = [ Cos(0)+ Sen(0)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡)=finito (47)
𝑟→0 𝑟 𝑟

Portanto, temos a seguinte situação:

 indeterminado
A 0
lim 𝜃 = [0 + 0] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = finito (48)
𝑟→0

Portanto, A = 0, por que o limite não pode tender para o infinito...

Mas, a Eq. 47 simplificada ainda tem que atender a CC1:


B
lim 𝜃 = [0 Sen(𝜆0)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = finito (47)
𝑟→0

Ou seja, o termo em Seno tem que ser finito. Aplicando a Regra de L’Hôpital (deriva em cima e
embaixo independentemente) no termo entre []:

lim 𝜃 = [B 𝜆 Cos(𝜆0)] = finito Ou seja, a CC1 está satisfeita.


𝑟→0

E Equação então, continua como:


B
𝜃 = [𝑟 Sen(𝜆r)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (48)

Aplicando-se a CC2, se determina:


𝑛𝜋
𝜆𝑛 = 𝑅
(49)

E, com a CI, determina-se:


2𝑅
𝐵𝑛 = 𝑛𝜋
(−1)𝑛+1 (50)
Eq.51 e 52 permite calcular a
Substituindo as Eqs 49 e 50 na Eq. 48, temos:
concentração Ca, que está dentro
2𝑅 (−1)𝑛+1 𝑛𝜋𝑟 (𝑛𝜋)2 de 𝜃 em função do espaço (r) e do
𝜃= ∑¥𝑛=1[ ] Sen( )Exp (− 𝑅2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (51) tempo que está em fourrier
𝜋 𝑛𝑟 𝑅

Que pode ficar:


(−1)𝑛+1
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=1[ ] Sen(𝜂𝛾𝑛 )Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (52) Neste caso, 𝛾n = n e  = r/R
𝛾𝑛

As respectivas equações da concentração média:


6 1 (𝑛𝜋)2
𝜃= ∑¥𝑛=1 ( )2 Exp (− 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (53)
𝜋2 𝑛 𝑅2

Que pode ficar:


Começa em n=1 pq tem n
1
𝜃 = 6 ∑¥𝑛=1 Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (54) no denominador
𝛾𝑛2

I.3 Difusão em um cilindro infinito

O cilindro infinito é aquele cuja altura é muito maior que seu raio→ Z >> r (figura).

A respectiva equação da difusão é:


𝜕𝐶𝐴 1 𝜕𝐶𝐴 𝜕2 𝐶𝐴
= 𝐷𝑎𝑝 ( + ) (55)
𝜕𝑡 𝑟 𝜕𝑟 𝜕𝑟 2
Duas tampas mto pequenas em
Com:
comparação a altura, por isso
CI: t = 0 →𝐶𝐴 = 𝐶𝐴0 desconsidera a difusão por la, vai ser
apenas em sentido radial
CC1: t > 0, em r = 0 → lim 𝐶𝐴 = 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜
𝑟→0

CC2: t > 0, em r = R → 𝐶𝐴 = 𝐶𝐴 *

Adimensionalisada:
𝜕𝜃 1 𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝑟 𝜕𝑟
+ 𝜕𝑟2 ) (56)

Com:

CI: t = 0 → 𝜃 = 1

CC1: t > 0, em r = 0 → lim 𝜃 = 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜


𝑟→0

CC2: t > 0, em r = R → 𝜃 = 0

De maneira análoga a esfera: 𝜃(𝑟, 𝑡) = 𝜓(r) 𝛽(𝑡)

Portanto, teremos:
𝑑𝜃 𝑑𝛽 𝑑𝜃 𝑑𝜓 𝑑2𝜃 𝑑2 𝜓
𝑑𝑡
= 𝜓 𝑑𝑡 𝑑𝑟
= 𝛽 𝑑𝑟 𝑑𝑟 2
= 𝛽 𝑑𝑟 2

E, portanto:
𝑑𝛽 1 𝑑𝜓 𝑑2 𝜓
𝜓 = 𝐷𝑎𝑝 ( 𝛽 +𝛽 ) (57)
𝑑𝑡 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 2

E, então:
1 𝑑𝛽 1 1 𝑑𝜓 𝑑2 𝜓
= ( + ) = −𝜆2 (58)
𝐷𝑎𝑝𝛽 𝑑𝑡 𝜓 𝑟 𝑑𝑟 𝑑𝑟 2

A solução da primeira integral é conhecida (Eq. 15):

𝛽 = 𝐶1Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡)

E, a segunda equação é:
𝑑2 𝜓 1 𝑑𝜓
+ + 𝜆2 𝜓 = 0 (59)
𝑑𝑟 2 𝑟 𝑑𝑟

A Eq. 59 é conhecida como Eq. de Bessel de Ordem Zero, cuja solução é a seguinte:

 = C2 J0( r) + C3 Y0 (r) (60)

Onde:

J0 é a função de Bessel de Primeira Classe de Ordem Zero;

Y0 é a função de Bessel de Segunda Classe de Ordem Zero.

Y0 quando o X tende pro


0, que é o argumento,
ela tende para - infinito

Temos, então:

 = [A J0( r) + B Y0 (r)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (61)

Segundo a CC1, Eq. 61 tem que ser finita em r→0. Entretanto, nota-se que a função Y0 tende
para – quando r→0. Logo, B = 0.

Assim, ficamos com:

 = [A J0( r)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (62) Que, portanto, atende a CC1.

Aplicando-se a CC2:
0
(r=R) = [A J0( R)] Exp(−𝜆 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = 0 (63)
2

Isso será verdade quando J0( R) = 0, pois A  0, ou seja, quando n R = n for raiz da função de
Bessel J0.
Observem que n = n/R

Aplicando a CCI, obtém-se a última incógnita (A):


2 1
A𝑛 = 𝛾 [(J (𝛾 )]
𝑛 1 n

Onde J1 é a função de Bessel de Primeira Classe e Primeira Ordem.

Então, substituindo B=0, n e An na Eq. 61, obtemos:


𝑛 𝛾 𝑟
2 J0( 𝑅 ) 𝐷𝑎𝑝 𝑡
𝜃 = ∑¥𝑛=1[ ] Exp (−𝛾𝑛 ) (64)
𝛾𝑛 J1(𝛾𝑛 ) 𝑅2

Que pode se apresentar assim:


1 J0(𝜂 𝛾𝑛 )
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=1[𝛾 ] J1(𝛾𝑛 )
Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (65)
𝑛

Neste caso, 𝛾n = raízes funções de Bessel e  = r/R

As respectivas equações da concentração média:


1 𝐷𝑎𝑝 𝑡
𝜃 = 4 ∑¥𝑛=1 𝛾𝑛2
Exp (−𝛾𝑛2 𝑅2
) (53) 𝛾𝑛 = raiz da função de bessel

Que pode ficar:


1
𝜃 = 4 ∑¥𝑛=1 𝛾𝑛2
Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (54)

Quadro 5.1 do Livro texto Quadro 5.2 do Livro texto


DIFUSÃO EM REGIME TRANSIENTE 2ª PARTE
▪ II. Difusão em RT com resistência externa
▪ II.1. Difusão em uma placa plana infinita
▪ II.2. Difusão em uma esfera.
▪ II.3 Difusão em um cilindro infinito
▪ III. Difusão em um meio semi-infinito
▪ IV. Exercícios sobre meio semi-infinito

II. Difusão em RT com resistência externa


A equação da difusão continua sendo:
𝜕𝐶𝐴
= 𝐷𝑎𝑝 ∇2 𝐶𝐴 (1)
𝜕𝑡

Cuja solução dependerá de BiM:


𝑍 km 𝑍/𝐷𝑎𝑝
𝐵𝑖𝑀 = 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝 = 𝐾𝑝/𝑘𝑚 (2)

Mas, nessa situação: Quando BiM → 0 (BiM  50)


Considera-se que a Rext não é desprezível (𝑍/𝐷𝑎𝑝 << 𝐾𝑝/𝑘𝑚)
Quando a resistência à transferência de massa externa (no fluido, onde ocorre
convecção ou mesmo, difusão) não é desprezível (casos a, b, c):

O fluxo sempre ocorre da maior


concentração pra menor > nas figuras
é da esquerda para a direita

E, nesta situação, a CC2 será:


Será usada condição de fluxo > Ca*=concentração
𝑑𝐶𝐴 𝑘𝑚
Em z = Z → | =𝐷 (𝐶𝐴∗ − 𝐶𝐴𝑍 ) no equilíbrio, Caz=concentração na superfície do
𝑑𝑧 𝑧=𝑍 𝑎𝑝 𝐾𝑝 lado de dentro

II.1. Difusão em uma placa plana infinita


Placa plana infinita: L >> 2a, e W >> 2a.
Nesse caso, a equação da difusão:
𝜕𝐶𝐴 𝜕2𝐶
= 𝐷𝑎𝑝 ( 𝜕𝑧 2𝐴) (3)
𝜕𝑡

E, as condições de contorno:
CI: t = 0 → CA = CA0

CC1: t > 0, em z = 0 → CA/z = 0


𝑑𝐶𝐴 𝑘𝑚
CC2: t > 0, em z = Z → | =𝐷 (𝐶𝐴∗ − 𝐶𝐴𝑍 )
𝑑𝑧 𝑧=𝑍 𝑎𝑝 𝐾𝑝

A Eq. 3 adimensionalisada é a mesma apresentada na VA anterior.

Apenas relembrando o adimensional :


𝐶𝐴 − 𝐶𝐴∗
θ= 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
(4)

Logo: 𝐶𝐴 = θ(𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) + 𝐶𝐴∗ (5)


𝜕𝐶𝐴 𝜕𝜃
E, 𝜕𝑧
= (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) 𝜕𝑧 (6)

Substituindo a Eq. 6 na CC2, temos:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
(𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) = (𝐶𝐴∗ − 𝐶𝐴𝑍 ) (7)
𝜕𝑧 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Mas, da Eq. 4, percebe-se que:


𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴∗
θ𝑍 = 𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗
(8) 𝜃𝑍 é quando Ca for Caz

Logo: 𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴∗ = θ𝑍 (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) (9)

E, substituindo a Eq. 9 na Eq. 7, temos:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
(𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ ) = −𝐷 θ𝑍 (𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴∗ )(10)
𝜕𝑡 𝑎𝑝 𝐾𝑝

Portanto, a CC2 adimensionalisada, fica:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
𝜕𝑧
= −𝐷 θ𝑍 (11)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Em Resumo:
𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝜕𝑧2 ) (12)

CI: t = 0 → θ = 1
𝜕𝜃
CC1: em z = 0 → 𝜕𝑧 = 0
𝜕𝜃 𝑘𝑚
CC2: em z = Z → 𝜕𝑧 = − 𝐷 θ𝑍
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Resolvendo de maneira análoga ao que foi visto na aula anterior, ou seja, usando a técnica de
Separação de Variáveis:

𝜃(𝑧, 𝑡) = 𝜓(z) 𝛽(𝑡) (13)


Já conhecemos a solução da Eq. 12, e sabemos que B=0 por conta da CC1. Portanto, a Equação
que continua é:

𝜃 = [A Cos(𝜆z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (14)

Aplicando então, a CC2, temos que derivar a Eq. 14:


𝜕𝜃
|
𝜕𝑧 𝑧=𝑍
= [-A𝜆Sen(𝜆Z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (15)

Que será igualada com a Eq. 11:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
=− θ
𝜕𝑧 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝 𝑍

Mas, e como calcular θ𝑍 ?

Usamos a própria Eq. 14, fazendo z = Z:

𝜃𝑍 = [A Cos(𝜆Z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (16)

Agora, substituindo a Eq. 16 na Eq. 11:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
=− [A Cos(𝜆Z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (17)
𝜕𝑧 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

E, igualando as equações 17 e 15:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
|
𝜕𝑧 𝑧=𝑍
= −[A𝜆Sen(𝜆Z)] Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = − 𝐷 [A Cos(𝜆Z)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Portanto, temos:
𝑘𝑚
𝜆Sen(𝜆Z) = 𝐷 Cos(𝜆Z) (18)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Que rearranjada, fica:


Sen(𝜆Z) 𝑘𝑚
tg (𝜆Z) = Cos(𝜆Z) = 𝜆𝐷 (19)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Multiplicando a Eq. 19 por Z/Z:

BiM
1 𝑍 𝑘𝑚
tg (𝜆Z) = 𝜆𝑍 𝐷 (20)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Fazendo 𝜆Z = 𝛾, a Eq. 20 se apresenta assim:


1
tg (𝛾) = 𝛾 𝐵𝑖𝑀 (21)

A Eq. 21 é uma equação transcendental cujas raízes são conhecidas e tabeladas (Tab. 5.3)
Portanto, a solução da equação diferencial fica:
𝛾𝑛 𝐷𝑎𝑝 𝑡
𝜃 = 𝑆 A𝑛 Cos( 𝑍
𝑧)Exp (−𝛾𝑛2 𝑍2
) (22)

Onde 𝛾n são as raízes da Eq. 21, apresentadas na Tab. 5.3.

E, An é dada pela equação seguinte:


2 𝐵𝑖𝑀
𝐴𝑛 = 2 +Bi )Cos(𝛾 ) (23)
(𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 M 𝑛

Substituindo a Eq. 23 na Eq. 22, teremos a solução da Equação da difusão em uma placa plana
infinita [ = f(z,t)], adimensionalisada:
𝐵𝑖𝑀 Cos(g𝑛 h)
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=1 2
2 +𝐵𝑖 ) Cos(𝛾 ) Exp (−g𝑛 FoM ) (24)
(𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 𝑀 𝑛

E em termos de concentração média:


2
1 𝐵𝑖𝑀
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=1 2 2 2 Exp (−g2𝑛 FoM ) (25)
𝛾𝑛 (𝛾𝑛 + 𝐵𝑖𝑀 +𝐵𝑖𝑀 )

II.2. Difusão em uma esfera.

Similarmente ao caso da placa plana, retomaremos a equação solução, com uma das
constantes já identificadas como zero (A=0):
B
𝜃 = [ Sen(𝜆r)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (26)
𝑟

Sabendo que a CC2 é:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
|
𝜕𝑧 𝑟=𝑅
= −𝐷 θ𝑅 (27)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Nesse caso, temos que criar uma variável:

(r,t) = r (r,t) (28)

Logo, a Eq. 26 fica:


x = [B Sen(𝜆r)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (29)

Que, aplicada na superfície (r=R):

x𝑅 = [B Sen(𝜆R)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (30)

Agora, retomando a CC2 e multiplicando-a por R:


𝜕𝜃 𝑘𝑚 𝑘𝑚
R 𝜕𝑟 | = −𝐷 𝑅 θ𝑅 = − 𝐷 x𝑅 (31)
𝑟=𝑅 𝑎𝑝 𝐾𝑝 𝑎𝑝 𝐾𝑝

𝜕𝜃 𝜕x x𝑅
Mas, R 𝜕𝑟 | = 𝜕𝑟| − 𝑅
(32)
𝑟=𝑅 𝑟=𝑅

Que, substituindo na Eq. 31, fica:


𝜕x x𝑅 𝑘𝑚
| − =− x𝑅 (33)
𝜕𝑟 𝑟=𝑅 𝑅 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Que pode ser rearranjada:


𝜕x x𝑅 𝑘𝑚
|
𝜕𝑟 𝑟=𝑅
− 𝑅
+𝐷 x𝑅 = 0 (34)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

E,
𝜕x 𝑘𝑚 1
|
𝜕𝑟 𝑟=𝑅
+ [𝐷 − 𝑅]x𝑅 = 0 (35)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Agora, fazendo a derivada da Eq. 29, temos:


𝜕x
| = [B𝜆Cos(𝜆R)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (36)
𝜕𝑟 𝑟=𝑅

Agora, temos que trabalhar a Eq. 35:


𝜕x 𝑘𝑚 1
| +[ − ]x𝑅 = 0
𝜕𝑟 𝑟=𝑅 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝 𝑅

Temos a Eq. 36: E, a Eq. 30:


𝜕x
| = [B𝜆Cos(𝜆R)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) x𝑅 = [B Sen(𝜆R)]Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡)
𝜕𝑟 𝑟=𝑅

Portanto, substituindo as Eqs. 36 e 30 na Eq. 35:


𝑘𝑚 1
[B𝜆Cos(𝜆R)] Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) + [ − 𝑅] [B Sen(𝜆R)] Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = 0 (37)
𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Que rearranjando, fica:


𝑘𝑚 1
[𝜆Cos(𝜆R)] + [ − 𝑅] [ Sen(𝜆R)] = 0 (38)
𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

𝑘𝑚 1
E, 𝜆 + [𝐷 − 𝑅] 𝑡𝑔(𝜆R) = 0 (39)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Multiplicando a Eq. 39 por R:

BiM
𝑅 𝑘𝑚
R𝜆 + [𝐷 − 1] 𝑡𝑔(𝜆R) = 0 (40)
𝑎𝑝 𝐾𝑝
Que fica, finalmente:

γ ctg(γ ) + 𝐵𝑖𝑀 − 1 = 0 (41)

Onde γ = R.

As raízes dessa Equação são dadas na Tabela 5.4

E, aplicando a CI, obtém-se Bn:


2𝑅 𝐵𝑖𝑀
𝐵𝑛 = (42)
[𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 (BiM -1)]Sen(𝛾𝑛 )

Para = f(r,t):
2 𝐵𝑖𝑀 Sen(𝛾𝑛 𝜂)
𝜃 = 𝜂 ∑¥𝑛=1 Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (43)
[𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 (BiM -1)] Sen(𝛾𝑛 )

Que pode ficar [𝜃 = f(t)]:


2
𝐵𝑖𝑀
𝜃 = 6 ∑¥𝑛=1 2 2 Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (44)
𝛾𝑛 [𝛾𝑛 + 𝐵𝑖𝑀 (BiM -1)]

II.3 Difusão em um cilindro infinito

A equação da difusão adimensionalisada é:


𝜕𝜃 1 𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
𝜕𝑡
= 𝐷𝑎𝑝 (𝑟 𝜕𝑟
+ 𝜕𝑟2 ) (45)

Com:

CI: t = 0 → 𝜃 = 1

CC1: t > 0, em r = 0 → lim 𝜃 = 𝑓𝑖𝑛𝑖𝑡𝑜


𝑟→0

𝜕𝜃 𝑘𝑚
CC2: t > 0, em r = R → | =− θ𝑅
𝜕𝑧 𝑟=𝑅 𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

A equação solução já simplificada com B=0 é:

 = [A J0( r)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (46)

A equação solução já simplificada com B=0 é:


q = [A J0( r)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (46)

Que, conforme a CC2, fica:

R = [A J0( R)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (47)

Portanto, a CC2, fica:


𝜕𝜃 𝑘𝑚
|
𝜕𝑧 𝑟=𝑅
= −𝐷 [A J0(l R)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (48)
𝑎𝑝 𝐾𝑝

Agora, aplicando-se a CC2 na Eq. 46:


𝜕𝜃
|
𝜕𝑟 𝑟=𝑅
= − A l J1( R) Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (49)

Que, igualada com a Eq. 47, fica:


𝑘𝑚
− [A J0(l R)] Exp (−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) = − 𝐴l J1( R) Exp(−𝜆2 𝐷𝑎𝑝 𝑡) (49a)
𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Simplificando e rearranjando a Eq. 49a, fica:


𝑘𝑚
J0(l R)= lJ1( R) (50)
𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Ou BiM 
𝑅 𝑘𝑚
J0(l R)= R lJ1(l R) (51)
𝐷𝑎𝑝 𝐾𝑝

Ou ainda:

𝛾J1(𝛾) − 𝐵𝑖𝑀 J0(𝛾)=0 (52)

Cujas raízes estão na Tabela 5.5

A constante An é identificada como:


𝐵𝑖𝑀
𝐴𝑛 = 2 2 ] J0(𝛾 ) (53)
[𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 𝑛

Que, substituindo na equação solução (Eq. 46), fica:

 = f(r,t):
𝐵𝑖𝑀 J0(𝜂 𝛾𝑛 )
𝜃 = 2 ∑¥𝑛=1 2
2 ] J0(𝛾 ) Exp (−𝛾𝑛 𝐹𝑜𝑀) (54)
[𝛾𝑛2 + 𝐵𝑖𝑀 𝑛
E, 𝜃 = f(t):
2
1 𝐵𝑖𝑀
𝜃 = 4 ∑¥𝑛=1 2 2 2]
𝛾𝑛 [𝛾𝑛 + 𝐵𝑖𝑀
Exp (−𝛾𝑛2 𝐹𝑜𝑀) (55)

Quadro 5.3 do Livro texto Quadro 5.4 do Livro texto

III. Difusão em um meio semi-infinito

Considere que a difusão está ocorrendo em um meio no qual não conseguimos identificar uma
de suas superfícies, e que haverá uma região não afetada pela difusão que está ocorrendo
nela.

Portanto, a CC2 será aplicada no infinito, e a CC1 será agora, aplicada em z=Z.

A equação da difusão é a mesma (Eq. 3):


𝜕𝐶𝐴 𝜕2 𝐶𝐴
= 𝐷𝑎𝑝 ( )
𝜕𝑡 𝜕𝑧 2

CI: t = 0 → 𝐶𝐴 = 𝐶𝐴0

CC1: em z = Z → 𝐶𝐴 = 𝐶𝐴𝑍

CC2: em z → → 𝐶𝐴 = 𝐶𝐴0

Agora, esse sistema de equações será adimensionalisada com :

𝐶𝐴 − 𝐶𝐴0
θ= (55)
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0

Ficando:

𝜕𝜃 𝜕2𝜃
= 𝐷𝑎𝑝 ( 2 )
𝜕𝑡 𝜕𝑧
Com as condições de contornos:

𝜕𝜃 𝜕2𝜃
= 𝐷𝐴𝐵 ( 2 )
𝜕𝑡 𝜕𝑧

𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴0
CI: t = 0 → θ = =0
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0
CC1: em z = Z → θ = =1
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0

𝐶𝐴0 − 𝐶𝐴0
CC2: em z → →θ = =0
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0

A solução desse sistema de equação pode ser obtida por vários métodos, chegando-se à
equação solução:

𝐶𝐴 − 𝐶𝐴0 𝑧
𝜃= =1 − 𝑒𝑟𝑓 ( ) (56)
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0 √4𝐷𝐴𝐵 𝑡

Onde, erf(x) é a Função Erro, que é tabelada (Tabela 5.2)

IV. Exercícios sobre meio semi-infinito

1) Exemplo 5.5. Uma bacia rasa com água destilada é colocada em um ambiente contendo O2 a
20ºC e 1 atm, durante 1h. Sabendo que nessas condições, a solubilidade do O2 na água é 8,4
mg/l, calcule a concentração mássica de O2 a 0,07, 0,14 e 0,28 cm a partir da interface
gás/líquido. Dado: DAB = 2,41x10-5 cm2/s.

Como a água estava inicialmente sem oxigênio (destilada).

Trata-se de um meio semi-infinito.

Portanto, a solução será dada pela equação 56, com


concentração mássica:

𝜌𝐴 − 𝜌𝐴0 𝑧
=1 − 𝑒𝑟𝑓 ( ) (57)
𝜌𝐴𝑍 − 𝜌𝐴0 √4𝐷𝐴𝐵 𝑡

Com: 𝜌𝐴0 = 0 mg/l e 𝜌𝐴𝑍 = 8,4 mg/l

Aplicando os dados disponíveis na Eq. 57:


𝜌𝐴 −0 𝑧
= 1 − 𝑒𝑟𝑓 ( )
8,4 −0 √4 𝑥 2,41𝑥10−5 𝑥 3600

Ou seja
𝑧
𝜌𝐴 = 8,4 − 8,4 𝑥 𝑒𝑟𝑓 ( )
0,5891

2) Uma placa plana bastante espessa tem uma concentração uniforme do soluto A de CA0 = 1 x
10-2 mol A/m3.

-2 3
C = 1 x 10 mol A/m
A0

De repente, umas das faces dessa placa é exposta a um fluído contendo C A2 = 0,1 mol
A/m3.

Calcule a CA na superfície e a 1 cm da superfície da placa, depois de 3 x 10 4 s, sabendo


que Dap = 4 x 10-9 m2/s.
Considerando que não existe resistência externa e que Kp = 2.

CAZ = Kp x CA = 2 x 0,1 = 0,2 mol/m3.


E, como se trata de meio semi-infinito:
𝐶𝐴 − 𝐶𝐴0 𝑧
=1 − 𝑒𝑟𝑓 ( )
𝐶𝐴𝑍 − 𝐶𝐴0 √4𝐷𝐴𝐵 𝑡

Com: 𝐶𝐴𝑍 = 0,2 mol/m3 e 𝐶𝐴0 = 1x10-2 mol/m3


Então, temos:
𝐶𝐴 −0,01 𝑧
=1 − 𝑒𝑟𝑓 ( )
0,2 −0,01 𝑚2
√4 𝑥4 x 10-9 𝑥 30000 𝑠
𝑠

𝐶𝐴 −0,01 𝑧
=1 − 𝑒𝑟𝑓 (0,02191 )
0,19

0,01 𝑚
𝐶𝐴 = 0,19 − 0,19𝑒𝑟𝑓 (0,02191 𝑚 ) + 0,01

𝐶𝐴 = 0,19 − 0,19𝑒𝑟𝑓 (0,46) + 0,01


𝑚𝑜𝑙
𝐶𝐴 = 0,11
𝑚3
CAMADA LIMITE - INTRODUÇÃO À CONVECÇÃO MÁSSICA
Tópicos

I. Introdução

II. Camada Limite

III. Modelo da coluna molhada

IV. Análise do Escoamento

V. Alguns detalhes sobre a camada limite

I. Introdução

A difusão pode ocorrer em sólidos e em fluídos.

A convecção ocorre apenas em fluidos:

- em movimento: convecção forçada

- parado: convecção natural.

Diferença:

- Convecção mássica é um fenômeno de transferência de massa.

- Contribuição convectiva é o efeito do movimento do meio no transporte do soluto:

𝑛𝐴,𝑧 = 𝜌𝐴 ⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑣𝑧 (1)

O modelo da convecção é, simplesmente:

𝑛⃗𝐴,𝑧 = 𝑘𝑚 (𝜌𝐴𝑠 − 𝜌𝐴∞ ) (2) Massico

ou

⃗ 𝐴,𝑧 = 𝑘𝑚 (𝐶𝐴𝑠 − 𝐶𝐴∞ ) (3) molar


𝑁

Onde:

- índice As indica concentração na superfície.

- índice A indica concentração distante da superfície.

- e, km = coeficiente de transferência de massa.

O coeficiente de transferência de massa é uma propriedade cinemática, que depende do


movimento e das características do fluido, e do meio onde o fluído está escoando, bem como
da interação molecular soluto/meio.

Então:

km = f(B, B, Z, VB, DAB)


II. Camada Limite

Considerem que um fluido está escoando sobre uma placa plana (Figura abaixo). Ao encontrar
a placa (à esquerda), se estabelece um perfil de escoamento laminar, onde:

Dentro da camada limite o


fluxo ocorre em regime
laminar, portanto o fluxo de
transferência de massa através
dela ocorre por difusão

Essa situação equivale ao Terceiro caso de simplificações da Equação da Continuidade: Regime


permanente, temperatura e pressão constantes no meio onde ocorre a TM, com velocidade
constante, e sem reação química.
𝜕𝜌𝐴
⃗ . (𝜌𝐴 𝑣
+ ∇ ⃗ . (𝐷𝐴𝐵 ∇
⃗⃗⃗⃗∗ ) = ∇ ⃗ 𝜌𝐴 ) + 𝑅𝐴′′′ (4)
𝜕𝑡

Portanto, como a velocidade é constante: Contribuição convectiva


>transferência de massa devido
Contribuição convectiva >
ao arraste pelo fluxo e não por
⃗ . 𝜌𝐴 = 𝐷𝐴𝐵 𝛻 2 𝜌𝐴 (5)
𝑣 ∗∇ um gradiente de concentração

contribuição difusiva

III. Modelo da coluna molhada

Vamos considerar o caso da Coluna Molhada, também conhecida como difusão em filme
líquido descendente.

Azul: gasoso

Vermelho: liquido
Vamos, agora, ver o modelo de coluna molhada (Figura abaixo) para separar um soluto de uma
corrente gasosa. Para isso, essa mistura é posta em contato com uma película de líquido que
escoa em regime laminar sobre uma placa vertical.

Neste caso, sabe-se: Superfície de transferência é


a do liquido – gás
1/2
1 𝑥 2 X: distancia da parede ate a
𝑉 = 𝑉𝑚𝑎𝑥 [1 − 2 (𝑥 ) ] (6)
1 superfície do liq/gás

onde: X1: distancia total

2 V: viscosidade cinemática
𝑔𝑥 2
𝑉𝑚𝑎𝑥 = ( 2𝜈1 ) (7)

Para o cálculo do fluxo mássico na interface gás/líquido, fazemos as seguintes hipóteses:

a) Regime permanente;

b) Fluxo mássico bidimensional; direção x e y

c) Sem reação química;

d) O gás (A+C) e o líquido (A+B) são misturas binárias contendo A;

e) O soluto (A) tem baixa solubilidade no líquido, portanto, ele penetra na fase líquida a
uma pequena distância da interface:  << x1;

f) Em virtude disso, a velocidade em  é Vmax.

A Equação da continuidade em RP é

𝛻⃗. 𝑛⃗𝐴 = 0 (8)

E, como temos fluxo bidimensional:


𝜕𝑛𝐴,𝑥 𝜕𝑛𝐴,𝑦
𝜕𝑥
+ 𝜕𝑦
=0 (9)

Podemos calcular os fluxos com a Eq. de Fick Generalizada...

Na direção x:
𝜕𝜌𝐴
𝑛𝐴,𝑥 = − 𝐷𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝜕𝑥
+ 𝑤𝐴 (𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴,𝑥 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑛𝐵,𝑥 ) (10) Wa pois é termo massico

E, na direção y:
𝜕𝜌𝐴
𝑛𝐴,𝑦 = − 𝐷𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝜕𝑦
+ 𝑤𝐴 (𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴,𝑦 + 𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵,𝑦 ) (11)
Fluxo na direção y:

Considerando que não existe gradiente de concentração de A na direção y:

0
Y é descendente e consideramos
𝜕𝜌
𝑛𝐴,𝑦 = −
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝐷𝐴𝐵 𝜕𝑦𝐴 + 𝑤𝐴 (𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴,𝑦 + 𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵,𝑦 )
que o regime é permanente,
então o perfil de concentração
do desenho independe da
posição em y, portanto não
existe variação de concentração
Logo, em y > constante > 0

𝑛𝐴,𝑦 = 𝑤𝐴 (𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴,𝑦 + 𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐵,𝑦 ) = 𝜌𝐴 𝑉𝑦 (12)

Mas, considerando-se a última hipótese: O soluto tem baixa solubilidade no líquido, portanto,
ele penetra na fase líquida a uma pequena distância da interface:  << x1;

Em virtude disso, a velocidade em  é Vmax.

Mas, considerando-se a última hipótese:

𝑛𝐴,𝑦 = 𝜌𝐴 𝑉𝑚𝑎𝑥
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (13) pq é a porção do liquido que tem concentração 𝜌𝐴

Fluxo na direção x:

Como não existe movimento do fluido na direção x (ele apenas desce na coluna, na direção y):

0
𝜕𝜌𝐴
𝑛𝐴,𝑥 = − 𝐷𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ + 𝑤𝐴 (𝑛
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴,𝑥 + ⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑛𝐵,𝑥 ) Direção que entra ou sai da
𝜕𝑥 camada de liquido, como não
existe movimento de fluido
Ou seja,
nessa direção, o termo da direita
𝜕𝜌𝐴 que tem a velocidade vx é 0, pq
𝑛𝐴,𝑥 = − 𝐷𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (14) vx=0
𝜕𝑥

Da Eq. 9, temos:
𝜕𝑛𝐴,𝑦 𝜕𝑛𝐴,𝑥
𝜕𝑦
=− 𝜕𝑥
(15)

Logo, substituindo as Eqs. 13 e 14 na Eq 15, teremos:


𝜕 𝜕 𝜕𝜌
(𝜌𝐴 𝑉𝑚𝑎𝑥 ) = (𝐷𝐴𝐵 𝐴 ) (16)
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥

Como a concentração e a difusividade são constantes,


𝜕𝜌𝐴 𝜕2 𝜌𝐴
𝑉𝑚𝑎𝑥 𝜕𝑥
= 𝐷𝐴𝐵 𝜕𝑥 2
(17)

Que é similar à Eq. da Continuidade na 3ª Simplificação

Para a solução da Eq. 17, fazemos uma mudança de variável:

t* = y/Vmax (18)

Portanto: Vmax dt* = dy (19)


Logo,
𝜕𝜌𝐴 𝜕2 𝜌𝐴
𝜕𝑡 ∗
= 𝐷𝐴𝐵 𝜕𝑥 2
(20)

A Eq. 20 tem as seguintes condições de contorno:


𝜕𝜌𝐴 𝜕2 𝜌𝐴
= 𝐷𝐴𝐵
𝜕𝑡 ∗ 𝜕𝑥 2

CI: t* = 0 (y = 0) → 𝜌𝐴 =𝜌𝐴0

CC1: Em x = 0 (na interface líquida) → 𝜌𝐴 = 𝜌𝐴𝑠

CC2: Longe da interface, x →  → 𝜌𝐴 = 𝜌𝐴0

Adimensionalisando a Eq. 20, com:


𝜌𝐴 − 𝜌𝐴0
θ= (21)
𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0

Temos,
𝜕𝜃 𝜕2 𝜃
= 𝐷𝐴𝐵 (22)
𝜕𝑡 ∗ 𝜕𝑥 2

CI: t* = 0 (𝜌𝐴 =𝜌𝐴0 ) → θ = 0 Difusão em meio semi infinito,


com resistencia
CC1: Em x = 0 (𝜌𝐴 = 𝜌𝐴𝑠 ) → θ = 1

CC2: Em x →  (𝜌𝐴 = 𝜌𝐴0 ) → θ = 0

Então, a solução da Eq. 22 é:


𝑥
𝜃 = 1 − 𝑒𝑟𝑓 ( ) (23) erf: função erro
√4𝐷𝐴𝐵 𝑡 ∗

Mas, com a Eq. 18, fica:


𝜌𝐴 − 𝜌𝐴0 𝑥
𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0
= 1 − 𝑒𝑟𝑓 ( ) (24)
√4𝐷𝐴𝐵 𝑦/𝑉𝑚𝑎𝑥

Agora, analisando o fluxo mássico na interface gás-líquido, para qualquer posição em y,


teremos:
𝜕𝜌𝐴
𝑛𝐴,𝑥 |𝑥=0 = − 𝐷𝐴𝐵
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ |
𝜕𝑥 𝑥=0
(25)

E, calculando o termo em derivada pela Eq. 24:


𝑥2 𝑦
𝜕𝜌𝐴 𝑒𝑥𝑝(− )
4𝐷𝐴𝐵 𝑉𝑚𝑎𝑥
𝜕𝑥
= −(𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0 ) (26)
√𝜋𝐷𝐴𝐵 𝑦/𝑉𝑚𝑎𝑥

Ou exp(0)
𝜕𝜌𝐴 1
|
𝜕𝑥 𝑥=0
= −(𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0 ) (27)
√𝜋𝐷𝐴𝐵 𝑦/𝑉𝑚𝑎𝑥
Então, substituindo a Eq. 27 na Eq. 25, temos:
𝐷𝐴𝐵
𝑛𝐴,𝑥 |𝑥=0 = (𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (28)
√𝜋𝐷𝐴𝐵 𝑦/𝑉𝑚𝑎𝑥

Rearranjando:
2/2
𝐷𝐴𝐵
𝑛𝐴,𝑥 |𝑥=0 = (𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0 )
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (29)
(𝜋𝐷𝐴𝐵 𝑦/𝑉𝑚𝑎𝑥 )1/2

Logo,

𝑉𝑚𝑎𝑥 𝐷𝐴𝐵
𝑛𝐴,𝑥 |𝑥=0 = √
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ (𝜌𝐴𝑆 − 𝜌𝐴0 ) (30)
𝜋𝑦

Comparando a Eq. 30 com a 2 [𝑛⃗𝐴,𝑧 = 𝑘𝑚 (𝜌𝐴𝑠 − 𝜌𝐴∞ )], e reconhecendo 𝜌𝐴∞ = 𝜌𝐴0 ,
verificamos que: Portanto a resistência, a
transferência de massa
𝑉𝑚𝑎𝑥 𝐷𝐴𝐵 mesmo na convecção é a
𝑘𝑚𝑦 = √ (31)
𝜋𝑦 difusão na camada limite

Confirmando que o coeficiente de transferência de massa (𝑘𝑚 ) é influenciado pelo


escoamento (Vmax e y) e pela interação soluto/líquido (DAB).

IV. Análise do Escoamento

Vamos considerar que um fluido newtoniano escoe lentamente sobre uma placa plana
horizontal. O escoamento pode ser representado com essa figura:

O efeito de uma lamina sobre


a outra é conhecido como
ação cisalhante ou ação de
forças viscosas

A transferência se QM (quantidade de movimento) ocorre por choques moleculares, sem


modificar esse perfil de V.

ESCOAMENTO LAMINAR

A transferência de QM→ forças viscosas

Aumentando a velocidade da corrente livre do fluido, o perfil de velocidade será alterado,


conforme mostrado na figura:
A Lâmina mais distante se move com mais facilidade, mas a transferência de QM ainda ocorre
em nível molecular, e o Regime continua Laminar, ou seja, o escoamento está abaixo do
escoamento crítico.

Aumentando a velocidade, ficando com Rex entre 5x105 e 3x106, chega-se no regime de
transição entre o Laminar e o Turbulento:

Observamos mistura das camadas distantes.

E, aumentando ainda mais a velocidade, ou seja, para Rex > 3x106, teremos então, o Regime
Turbulento:

Nesta situação, observamos a mistura completa das camadas do fluido.

V. Alguns detalhes sobre a camada limite

Ao entrar em contato com uma das extremidades de uma placa plana horizontal, a lâmina de
fluído em contato com a superfície tem velocidade nula (V=0): princípio de não deslizamento:

CAMADA LIMITE

As lâminas vizinhas são desaceleradas pela ação das forças viscosas.

Y =  → V = 0,99V
A modelagem da CL é semelhante ao feito anteriormente, a saber:

a) Escoamento bidimensional;

b) Placa plana horizontal parada;

c) Regime permanente;

d) Fluido incompressível;

e) Propriedades físicas constantes;

f) Não há forças de campo.

A Eq. 32 (7.84) é a Equação de Blasius, conhecida como a equação da camada limite:

f”’ + ½ f f” = 0 (32)

Reparem que se trata de equação diferencial ordinária, não linear, de terceira ordem, com
CCs:

=0→f=0

 = 0 → f’ = 0

 =  → f’ = 1

𝑉∞ 1/2 𝑦 1/2
Onde: ℎ = 𝑦( ) = 𝑅𝑒𝑥 (32, 7.71)
𝑣𝑥 𝑥

Na sequência, aparecem no livro:

- Cálculo da tensão de cisalhamento na parede.

- Cálculo do coeficiente de atrito, onde aparece o conceito de Coeficiente de atrito local:


0,664
𝐶𝑓𝑥 = (33, 7.97)
√𝑅𝑒𝑥

E o coeficiente de atrito médio:


1,33
𝐶𝑓𝑥 = (34, 7.99)
√𝑅𝑒
TRANSFERÊNCIA DE MASSA POR CONVECÇÃO FORÇADA
Tópicos

I. Introdução

II. Números Adimensionais

III. Camada limite mássica, convecção e modelos

IV. Equações com números adimensionais

IV.1 Para escoamentos sem deslocamento da camada limite

IV.2 Para escoamentos ao redor de corpos bojudos

IV.3 Para escoamentos em leitos fixo e fluidizado

V. Exercícios para fazer em casa

I. Introdução

Como já deve ser do conhecimento de todos, o modelo da convecção é muito simplesmente:

𝑛⃗𝐴,𝑧 = 𝑘𝑚 (𝜌𝐴𝑠 − 𝜌𝐴∞ )

ou

⃗ 𝐴,𝑧 = 𝑘𝑚 (𝐶𝐴𝑠 − 𝐶𝐴∞ )


𝑁

Onde:
km = coeficiente de transferência de massa, cuja unidade é L/T (cm/s, m/h, ...).

No cap. 7, o autor apresenta outros conceitos de km, para quando se usar x, w ou p.

Também, como já discutido, o coeficiente de transferência de massa é uma propriedade de


transporte, que depende de vários parâmetros:

km = f(, , V, L, DAB, T, P, CA)

Uma equação tendo muitas variáveis independentes seria complicada.

Solução: uso de Números Adimensionais.

Conceitos de Difusividades moleculares:

FTIII - DAB: difusividade mássica

FTII - : difusividade térmica (k/Cp)

FTI - : difusividade de quantidade de movimento (/)

Todas em cm2/s ou m2/h...


II. Números Adimensionais

Vistos em FT I:
𝜌𝑉𝐿 𝑉𝐿 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎
𝑅𝑒 = 𝜇
= 𝜈
𝑅𝑒 = 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑣𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑎𝑠

Onde: Re: número de Reynolds (-)

𝜌: densidade do fluído (g/cm3)

V: velocidade do fluido (cm/s)

L: dimensão característica do meio (cm)

𝜇: viscosidade dinâmica do fluído (Pa.s)


𝜇
𝜈: viscosidade cinemática (𝜌) do fluído (cm2/s)

2 𝛥𝑃 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
𝐸𝑢 = 𝐸𝑢 =
𝜌 𝑉2 𝑓𝑜𝑟ç𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎

Onde: Eu: número de Euler (-)

P: pressão no fluido (Pa)

𝜌: densidade do fluído (g/cm3)

V: velocidade do fluido (cm/s)

Vistos em FT II:
ℎ𝐿 𝐿/𝑘 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢çã𝑜
𝑁𝑢 = 𝑘
= 1/ℎ 𝑁𝑢 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜

Onde: Nu: número de Nusselt (-)

h: coeficiente de transferência de calor (W/K)

L: dimensão característica do meio (cm)

k: condutividade térmica [W/(cm.K)].


𝜇 𝐶𝑝 𝜈 1/𝛼 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑃𝑟 = = = 𝑃𝑟 =
𝑘 𝛼 1/𝜈 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Onde: Pr: número de Prandtl (-)

Cp: calor específico do fluido (J/g.K)

: difusividade térmica do fluído (cm2/s)

Agora, em FT III:
𝑘𝑚 𝐿 𝐿/𝐷𝐴𝐵 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎
𝑆ℎ = 𝐷𝐴𝐵
= 1/𝑘𝑚
𝑆ℎ = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎
(Mesmo meio)

Onde: Sh: número de Sherwood (-)

km = coeficiente de transferência de massa (cm/s)

L: dimensão característica do meio (cm)


Equivalente a: resist. int: solido
ℎ𝐿 𝐿/𝑘 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢çã𝑜 𝑘𝑚 𝐿 𝐿/𝐷
𝑁𝑢 = 𝑘
= 1/ℎ = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜
 𝐵𝑖𝑀 = 𝐾𝑝𝐷𝐴𝐵
𝐴𝐵
= 𝐾𝑝/𝑘𝑚

Resist. Ext: fluido


𝜇 𝜈 1/𝐷𝐴𝐵
𝑆𝑐 = 𝜌 𝐷𝐴𝐵
= 𝐷𝐴𝐵 = 1/𝜈

𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎


𝑆𝑐 =
𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
Onde: Sc: número de Schmidt (-)

Equivalente a
𝜇 𝐶𝑝 𝜈 1/𝛼 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎
𝑃𝑟 = 𝑘
=𝛼 = 1/𝜈
= 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑜𝑣𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑘 𝛼 1/𝐷𝐴𝐵
𝐿𝑒 = = =
𝜌𝐶𝑝 𝐷𝐴𝐵 𝐷𝐴𝐵 1/𝛼

𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎


𝐿𝑒 =
𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 à 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠ã𝑜 𝑡é𝑟𝑚𝑖𝑐𝑎
Onde: Le: número de Lewis (-)

Importante em processos que envolvem transferências simultânea de calor e massa.


𝑉𝐿 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑃𝑒𝑀 = 𝑃𝑒𝑀 =
𝐷𝐴𝐵 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑖𝑓𝑢𝑠𝑖𝑣𝑎

Onde: PeM: número de Peclet de massa (-)

Interessante: PeM = Re x Sc
𝜌𝑉𝐿 𝜇
PeM = 𝜇
𝑥𝜌𝐷
𝐴𝐵

−1 𝑉∞ −1 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎
E, 𝑆𝑡𝑀 = 𝑘𝑚
𝑆𝑡𝑀 = 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜

−1
Onde: 𝑆𝑡𝑀 : número de Stanton de massa (-)

Também apresentado assim:


𝑘𝑚
𝑆𝑡𝑀 =
𝑉∞
Sintetizando em termos de TM:

Temos 2 Números Adimensionais com km: Sh e StM.

2 Números que são propriedades do sistema (meio): Sc e Le.

E, Re, que tem parâmetros de processo (V, L).

Exemplo 8.1. Determinar o Sc do ar a 40ºC e 75% de umidade relativa. Nesse caso, o ar é uma
mistura binária de vapor de água (A) + ar seco (B) .

(vou fazer a passos rápidos – vejam os detalhes no Livro Texto).


Precisamos de dados:

- DAB = 0,288 cm2/s, calculada com a Eq. 8.20.

- Precisamos, ainda de =/, mas como se trata de uma mistura binária:

-  = A + B = 1,10018x10-3 g/cm3 (calculado com Eqs 9-15)

-  = mistura = 1,831673x10-4 g/cm.s (calculada com as Eqs. 17-21)

Calculando:

 = 1,831673x10-4 (g/cm.s)/ 1,10018x10-3 (g/cm3) Quando tem um cálculo de


engenharia não precisa se
 = 0,1665 cm2/s preocupar com a questão de
considerar o ar úmido como
E, Sc = 0,1665/0,288 Sc = 0,5831 ( 0,5781 p/ ar seco) um sistema binário, pode
considerar como ar seco que
Observação: é muito mais fácil de calcular

Para gases Sc  1

Para Líquidos Sc >>> 1

III. Camada limite mássica, convecção e modelos

Ler livro

IV. Equações com números adimensionais

Analogia de Chilton-Colburn: descreve a simultaneidade entre a transferência de quantidade


de movimento e de massa no regime turbulento.

As equações dessa analogia, são as seguintes:


𝐶𝑓
𝑆𝑡𝑀 𝑆𝑐 2/3 = 2
= 𝑗𝑀 (1) cf: coeficiente de fricção

Onde:

𝑆𝑡𝑀 𝑆𝑐 2/3 = 𝑗𝑀 é chamado de Fator de Chilton-Colburn

Lembrem-se: km está em StM

Isso permite, inclusive, usar correlações da TC, por que:


𝐶𝑓
= 𝑗𝑀 = 𝑗𝐶 (2)
2

Ou seja
𝐶𝑓 𝑆ℎ 𝑁𝑢
2
= 𝑅𝑒 𝑆𝑐 1/3
= 𝑅𝑒 𝑃𝑟1/3 (3)
Exemplo 8.7. Determine o coeficiente de transferência de massa por intermédio da Analogia
de Chilton-Colburn, considerando que ar seco (B) a 25ºC e 1 atm, escoa a 60 m/s no interior de
um tudo de 5 cm de diâmetro feito de naftaleno (A).

Dados:  = 0,16x10-4 m2/s, DAB = 0,0611x10-4 m2/s, yAp= 1,08x10-4

Sabemos calcular o Cf para tubos lisos:


𝐶𝑓 0,023
= válido para 3x104 < Re < 1x106
2 𝑅𝑒 0,2

Vamos calcular Re:


𝑚
𝑉𝑑 60 𝑥 0,05 𝑚
𝑠
𝑅𝑒 = 𝜈
= 0,16𝑥10−4 𝑚2/𝑠
= 1,875x105 Regime turbulento

Agora, o cálculo de jM:


𝐶𝑓 0,023 0,023 −3
𝑗𝑀 = = 0,2
= 0,2 = 2,03𝑥10
2 𝑅𝑒 5
(1,875x10 )
E agora, aplicando a Analogia de C-C:

𝑆𝑡𝑀 𝑆𝑐 2/3 = 𝑗𝑀 𝑆𝑡𝑀 = 2,03𝑥10−3 𝑆𝑐 −2/3


Então, da definição de StM, determinamos km:
𝑘𝑚
𝑆𝑡𝑀 = 𝑉∞
𝑘𝑚 = 𝑉∞ 𝑆𝑡𝑀

Temos:

𝑘𝑚 = 𝑉∞ (2,03𝑥10−3 ) 𝑆𝑐 −2/3
𝑚 0,16𝑥10−4 𝑚2/𝑠
𝑘𝑚 = 60 ( 𝑠 ) (2,03𝑥10−3 ) (0,0611𝑥10−4 𝑚2/𝑠))−2/3 𝑘𝑚 = 0,064 m/s

IV.1 Para escoamentos sem deslocamento da camada limite


1) Escoamento de uma solução sobre uma placa-plana

a) Regime laminar:

Re  3x105 e 0,5 < Sc < 2500 Sc pode ser de gases ou liquidos


0,6641
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,5
(4)

b) Regime turbulento:

3x105 < Re < 3x108 e 0,6 < Sc < 2500


0,0365
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,2
(5)

Em ambos os casos, usem em Re: L: comprimento da placa e V: velocidade da corrente livre.
Na difusão era meia placa
2) Escoamento de uma solução em um duto circular (tubo)

a) Regime laminar:

Re  2,1x103
8
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 (6)

b) Regime turbulento:

- LIQUIDOS: 2,1x103 < Re < 1x106 e 1000 < Sc < 2260


0,023
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,17 (7)

- GASES: 2,1x103 < Re < 3,5x104 e 0,6 < Sc < 2,5


0,023
𝑦𝐵𝐿𝑀 𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,17 𝑆𝑐 0,107 (8)

Em ambos os casos, usem em Re: d: diâmetro do tubo.

Para o cálculo da média logarítmica da fração molar do solvente (B), use as frações molares na
interface (Yab) com a parede do tubo e no seio da corrente gasosa (Yb infinito).

2.1) Escoamento de uma solução no interior de dutos não circulares: nesse caso, utiliza-se as
mesmas correlações para dutos circulares, mas utilizando-se o diâmetro equivalente (DH):
𝐴 á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙
𝐷𝐻 = 4(𝑃) = 𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
(9)

Exemplo 8.9. Vamos refazer o Exemplo 8.7 [Determinar o km considerando que ar seco (B) a
25ºC e 1 atm, escoa a 60 m/s no interior de um tudo de 5 cm de diâmetro feito de naftaleno
(A)], considerando uma tubulação lisa e retangular, de lados iguais a 2 e 3 cm.

Dados:  = 0,16x10-4 m2/s, DAB = 0,0611x10-4 m2/s, yAp= 1,08x10-4

Vamos então calcular o DH:


2𝑎𝑏 2 𝑥 2𝑐𝑚 𝑥 3 𝑐𝑚
𝐷𝐻 = = = 2,4 𝑐𝑚
(𝑎 + 𝑏) (2 + 3)𝑐𝑚

Agora, o cálculo de Re:


𝐷𝐻 𝑉 0,024𝑚 𝑥 60𝑚/𝑠
𝑅𝑒 = 𝜈
= 0,16𝑥10−4 𝑚2/𝑠
= 9𝑥104 TURBULENTO
Então, devemos usar a equação 7:
0,023 0,023
𝑗𝑀 = 0,17
= = 3,308𝑥10−3
𝑅𝑒 (9𝑥104 )0,17

E agora, aplicando a Analogia de C-C:

𝑆𝑡𝑀 𝑆𝑐 2/3 = 3,308𝑥10−3 𝑆𝑡𝑀 = 3,308𝑥10−3 𝑆𝑐 −2/3

Logo: 𝑘𝑚 = 𝑉∞ (3,308𝑥10−3 ) 𝑆𝑐 −2/3 (10)

𝑚 0,16𝑥10−4 𝑚2/𝑠 −2/3


𝑘𝑚 = 60 ( ) (3,308𝑥10−3 ) ( )
𝑠 0,0611𝑥10−4 𝑚2/𝑠)
𝑘𝑚 = 0,104 m/s (>0,064 m/s)

IV.2 Para escoamentos ao redor de corpos bojudos (esfera, cilindros...)


1) Esfera única – tem-se uma equação genérica:

𝑆ℎ = 2 + 𝑐𝑅𝑒 1/2 𝑆𝑐1/3 (11)

Usem em Sh e Re: dp: diâmetro da esfera e em Re: V: velocidade da corrente livre da
solução.

No livro vemos ainda as seguintes equações, para: 200 < Re < 4x104
0,43
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,44 (12)

E, como
𝑆ℎ
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 𝑆𝑐 1/3 (13)

Podemos recalcular Sh como:

𝑆ℎ = 0,43𝑅𝑒 0,56 𝑆𝑐 1/3 (14) Para regime turbulento

Podemos encontrar na literatura, outras correlações, como por exemplo para: 100 < Re < 700

𝑆ℎ = 2 + 0,68𝑅𝑒1/2 𝑆𝑐1/3 para 𝑆𝑐  2,54 (ar)

Ou
1 1
𝑆ℎ = 2 + 0,79𝑅𝑒 2 𝑆𝑐 3 para 1210 £ ≤ 𝑆𝑐 £ 2770 (líquido)
2) Cilindro isolado

a) GASES, escoando perpendicularmente ao cilindro,

para 400 < Re < 2,5x104 e 0,6 < Sc < 2,6


0,281
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,5
𝑆𝑐 0,107 (15)

b) LIQUIDOS,

para 400 < Re < 2,5x104 e Sc > 3000


0,281
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,4
(16)

Usem em Re: dp: diâmetro do cilindro e: V: velocidade da corrente livre da solução.

Exemplo 8.10. Foi proposto um experimento que consiste de uma tubulação no interior da
qual escoa água a 25ºC e 1m/s, por 1h. No centro do tubo tem um corpo-de-prova feito de
ácido benzoico.

Dados: densidade e solubilidade do ác. benzoico na água valem 1,316 g/cm3 e 3x10-3 g/cm3,
respectivamente.

Sc = 740 e DAB = 1,21x10-5 cm2/s.

a) Determine o raio final do corpo-de-prova, assumindo uma esfera de raio inicial igual a 0,5
cm. (a TM ocorre da esfera para o liquido)

Primeiro, temos que ter a equação que relaciona a taxa de transferência de massa variando
com o raio:
𝑑𝑉
𝑊𝐴 = − 𝜌 𝑑𝑡 (17)

A taxa pode ser calculada conhecendo-se o fluxo:

𝑊𝐴 = 𝐴𝑠 𝑛𝐴 = 𝐴𝑠 𝑘𝑚 (𝜌𝐴𝑠 − 𝜌𝐴∞ ) (18)

Onde: As é a área superficial do corpo de prova.

Considerando que a água entra no tubo sem o ácido e que a solubilidade é baixa (𝜌𝐴∞ = 0):

𝑊𝐴 = 𝐴𝑠 𝑘𝑚 𝜌𝐴𝑠 (19)

Então, igualando as Eqs 19 e 17, obtemos:


𝑑𝑉
𝐴𝑠 𝑘𝑚 𝜌𝐴𝑠 = − 𝜌 (20)
𝑑𝑡

Substituindo os valores da densidade e solubilidade do ácido benzoico (como concentração na


superfície), obtemos:
𝑑𝑉 3𝑥10−3
𝑑𝑡
=− 1,316
𝐴𝑠 𝑘𝑚 = −2,28𝑥10−3 𝐴𝑠 𝑘𝑚 (21)

Por outro lado, sabendo que 𝑘𝑚 = 𝑉∞ 𝑆𝑡𝑀 e 𝑗𝑀 = 𝑆𝑡𝑀 𝑆𝑐 2/3

Podemos escrever:

𝑘𝑚 = 𝑉∞ 𝑗𝑀 𝑆𝑐 −2/3 (22)
E, substituindo a Eq. 22 na Eq. 21, obtemos:
𝑑𝑉
𝑑𝑡
= −2,28𝑥10−3 𝑥 100(𝑐𝑚/𝑠)𝑥 (740)−2/3 𝐴𝑠 𝑗𝑀 (23)

Então, ficamos com:


𝑑𝑉
= −2,79𝑥10−3 𝐴𝑠 𝑗𝑀 (24)
𝑑𝑡

Mas, observem que JM depende de Re, que depende do diâmetro da esfera. Portanto, sabendo
que Sc= 𝜈/DAB, faremos o seguinte:
𝑉𝑑 𝑉𝑑
𝑅𝑒 = =
𝜈 Sc DAB
E, substituindo os valores de Sc e DAB
100 (𝑐𝑚/𝑠) 𝑑
𝑅𝑒 = 740 x 1,21x10−5 cm2/s
= 1,12x104 d (25)

Agora, vamos calcular JM com a Eq. 12:

0,43 0,43 7,11𝑥10−3


𝑗𝑀 = = =
𝑅𝑒 0,44 (1,12x104 d)0,44 d0,44
E, substituindo na equação 24, temos:
𝑑𝑉 7,11𝑥10−3 𝐴𝑠
𝑑𝑡
= −2,79𝑥10−3 d0,44
𝐴𝑠= −1,98𝑥10−5 d0,44 (26)

Trocando d por R e trabalhado o termo em V:


𝑑 4 𝑑𝑅 𝐴𝑠
( 𝜋𝑅 3 )
𝑑𝑡 3
= 4𝜋𝑅 2 𝑑𝑡 = −1,46𝑥10−5 R0,44 (27)

Então, integrando a Eq. 27, temos


𝑅𝑓 3600
∫0,5 R0,44 𝑑𝑅 = −1,46𝑥10−5 ∫0 𝑑𝑡

Que fica:

Rf1,44 − 0,51,44 = −2,1𝑥10−5 𝑥 3600


1/1,44
𝑅𝑓 = (0,51,44 − 2,1𝑥10−5 𝑥 3600)

Rf = 0,426 cm Não perdeu mta massa devida a baixa solubilidade

Continuando com o Exemplo 8.1:

b) Determine o raio final do corpo-de-prova, assumindo um cilindro de raio inicial igual a 0,5
cm, disposto perpendicularmente ao fluxo de água.

Considerando que os passos iniciais são os mesmos, retomamos na equação 25:

𝑅𝑒 = 1,12x104 d

A equação de jM, será (Eq. 16):


0,281 0,281 6,75𝑥10−3
𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,4
= (1,12x104 d)0,4 = d0,4
(28)
E, substituindo na equação 24, com valores atuais:
𝑑𝑉 𝐴𝑠
𝑑𝑡
= −1,88𝑥10−5 d0,4 (29)

Trocando d por R e trabalhado o termo em V:


𝑑 𝑑𝑅 𝐴𝑠
(𝜋𝐿𝑅2) = 2𝜋𝐿𝑅 = −1,42𝑥10−5 (30)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 R0,4

Que fica:
𝑑𝑅 1
𝑑𝑡
= −1,42𝑥10−5 R0,4 (31)
𝑅𝑓 3600
∫0,5 R0,4 𝑑𝑅 = −1,42𝑥10−5 ∫0 𝑑𝑡

Rf1,4 − 0,51,4 = −1,99𝑥10−5 𝑥 3600


Ou seja,

𝑅𝑓 = [0,51,4 − 1,99𝑥10−5 𝑥 3600]1/1,4

Rf = 0,430 cm ( 0,426 cm)

IV.3 Para escoamentos em leitos fixo e fluidizado


São colunas contendo uma carga de partículas, através da qual, passa um fluido, percolando as
partículas (entre as partículas). Quando as partículas ficam imóveis, tem-se o Leito fixo, e
quando as partículas se movem, tem-se o Leito fluidizado.

Quanto arrasta as partículas é chamado de transporte pneumático.

1) Leito fixo, para Re > 80

𝑆ℎ = 2 + 1,8𝑅𝑒1/2 𝑆𝑐1/3 (31)


Uma equação similar para partículas esféricas, para 3 < Re <104:

𝑆ℎ = 2 + 1,1𝑅𝑒 0,6 𝑆𝑐1/3 (32)

Usem em Re: dp: diâmetro médio das partículas e V0: velocidade superficial, ou seja, baseada
na área transversal do leito vazio.

2) Leito fluidizado, para 20 < Re < 3000


0,863
𝜀𝑗𝑀 = 0,01 + 𝑅𝑒 0,58 −0,483 (33)

Ou, para 0,01 < Re < 1,5x104


0,765 0,365
𝜀𝑗𝑀 = 𝑅𝑒 0,82 + 𝑅𝑒 0,386
(34)

Quando as partículas não forem esféricas, se pode usar o conceito da esfericidade (): usar  x
dp, ao invés de apenas dp, em Re.
Exemplo 8.11. O leito apresentado na figura abaixo, está carregado com esferas de naftaleno
de 2,9 cm de diâmetro e densidade = 1,145 g/cm3, através do qual percola ar a 25ºC e 1 atm.
Dados: Sc = 2,45 e DAB = 0,0611 cm2/s.

a)Calcule Sh, com o ar fluindo a 14,91 cm/s na base da coluna e que a porosidade do leito vale
0,49 (valor experimental → Sh= 12,95).

Começamos calculando o Re, considerando o dp:


𝑉 𝑑𝑝 𝑉 𝑑𝑝
𝑅𝑒 = 𝜈
= 𝑆𝑐 𝐷
𝐴𝐵

Logo,
14,91𝑐𝑚
𝑥 2,9𝑐𝑚
𝑠
𝑅𝑒 = 2,45 𝑥 0,0611 𝑐𝑚2/𝑠
= 28,88

Usando a Equação 31:

𝑆ℎ = 2 + 1,8𝑅𝑒1/2 𝑆𝑐1/3
1
𝑆ℎ = 2 + 1,8(28,88)2 (2,45)1/3
Sh = 15,04

E, usando a equação 32:

𝑆ℎ = 2 + 1,1𝑅𝑒 0,6 𝑆𝑐1/3

𝑆ℎ = 2 + 1,1(28,88)0,6 (2,45)1/3
Sh = 13,16 → 12,95 Exp.

b) Calcule Sh, para quando a velocidade do ar for o dobro do anterior. Nesse caso, a
porosidade será 0,69.
29,82𝑐𝑚
𝑥 2,9𝑐𝑚
𝑠
𝑅𝑒 = = 57,76
2,45 𝑥 0,0611 𝑐𝑚2/𝑠

Usando a Eq. 33 (substituindo jM):


𝑆ℎ 0,863
𝜀𝑗𝑀 = 𝜀 = {0,01 + }
𝑅𝑒 𝑆𝑐1/3 𝑅𝑒 0,58− 0,483
E, portanto:
𝑅𝑒 𝑆𝑐 1/3 0,863
𝑆ℎ = {0,01 + 0,58 } (35)
𝜀 𝑅𝑒 −0,483

Substituindo os respectivos valores na Eq. 35:

57,76 (2,45)1/3 0,863


𝑆ℎ = {0,01 + }
0,69 (57,76)0,58 − 0,483
Sh = 10,84
E, usando a equação 34:

𝑅𝑒 𝑆𝑐1/3 0,765 0,365


𝑆ℎ = [ 0,82 + ]
𝜀 𝑅𝑒 𝑅𝑒 0,386
Logo,

57,76 (2,45)1/3 0,765 0,365


𝑆ℎ = [ 0,82
+ ]
𝜀 (57,76) (57,76)0,386

Sh = 11,71

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