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Aula 6:

Condutos Forçados

Profª Mª Paola Gorkos


Condutos forçados x condutos livres

Condutos forçados

• Funcionam com seção cheia


• Pressão maior do que Patm
• Precisam ser dimensionados
para resistir a essas pressões;
• Comprimento do conduto seja
superior a 100 vezes o seu
diâmetro.

Aula 5: Escoamento em tubulações Hidráulica II Profª Paola Gorkos


Fórmula de Hazen-Williams

Número de observações para


1,85 dedução de fórmula:
𝑄 𝐿
𝐻𝑓 = 10,643 .
𝐶 𝐷4,87
• Prony: 51 experiências
1,85
𝐽 = 10,643
𝑄
. 𝐷−4,87
• Weisbach: 63
𝐶 • Darcy: 200
• Flamant: 552
• Hazen e Williams: alguns
A fórmula de Hazen-Williams tem sido a mais usada milhares de dados.
e é a que dispõe de mais observações ao longo do tempo, com
os valores de C organizados em tabelas, correlacionados ao
material e tempo de uso das tubulações.

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O método empírico e a multiplicidade de fórmulas

Fórmulas empíricas x Método científico

• Normalmente só se aplicam ao • Proveniente da mecânica


líquido em que foram ensaiadas, e a fundamental.
temperaturas semelhantes, uma vez • Dispensariam a utilização de tabelas.
que não incluem termos relativos às
propriedades físicas do líquido • Facilitariam modelagens
(fluido). computacionais.
• São utilizados coeficientes para
ponderar essas questões.

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Linha de carga

• A linha de carga referente a uma tubulação é o lugar geométrico dos


pontos representativos das três cargas: a de velocidade, a de pressão
e a de posição.
• A linha piezométrica corresponde às alturas a que o líquido subiria
em “piezômetros” instalados ao longo da tubulação; é a linha das
pressões.
• As duas linhas estão separadas pelo valor correspondente ao termo
v2/(2 × g), isto é, a energia cinética ou carga de velocidade. Se o
diâmetro da tubulação for constante, a velocidade do líquido será
constante e as duas linhas paralelas.
Projetos e dimensionamentos: incógnitas
• No projeto de uma tubulação, a questão principal é
determinar a quantidade de energia necessária para 𝑄 = 𝐴.𝑣
“empurrar” a quantidade de água desejada entre um ponto
e outro dessa tubulação. 1,85
𝑄
𝐽 = 10,643 . 𝐷 −4,87
𝐶

Solução imediata

Adutoras: Q (estatística) e J (topografia)

Redes de abastecimento de água:


sistemas complexos!
Linhas de carga e linha piezométrica

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Na prática: Situação ideal

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Ventosa

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Situação II: conduto livre

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Situação III: trecho com pressão negativa

• Surgimento de bolsas de ar
• Ventosas não funcionariam
• Redução da vazão (consequência das bolsas
de ar)
• Necessita escorva para funcionar, toda a vez
em que formar bolsas de ar.
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Situação IV: movimento não uniforme e redução da carga

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Situação V: sifão verdadeiro

Funciona em condições instáveis, exigindo escorva sempre que


entrar ar na tubulação e para a “partida” do sistema.

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Situação V e VI: sifão verdadeiro

• Funciona em condições instáveis, exigindo escorva sempre que entrar ar na tubulação e para a “partida”
do sistema.
• Pode acontecer de situações práticas em que é necessário cruzar o plano de carga absoluto, necessitando
de dispositivo de escorva mecânica.

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Situação VII:

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Desnível
Procura-se aproveitar toda a diferença de nível existente entre
dois pontos para o transporte da água.
O objetivo é, sempre, obter economia.
No caso de adução por gravidade eleva-se a perda de carga ao
máximo admissível, resultando o menor diâmetro possível para
a tubulação, logo o mais econômico.

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Desnível
Em hidroelétricas: não perder carga!

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Comprimento das tubulações

Geralmente as tubulações têm inclinações pequenas, o que permite aos


engenheiros determinar o seu comprimento, medindo-o em planta
(projeção horizontal).

Na aquisição dos tubos, sempre se adiciona


uma certa porcentagem, de 2 a 6%, para
fazer face a essas diferenças, às quebras,
substituições futuras etc.

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Manutenção dos tubos

• Seu funcionamento deve ser satisfatório durante o período


previsto para a sua utilização.
• Normalmente esperam-se vidas úteis da ordem de 50 anos.
• As tubulações devem ser dimensionadas com coeficientes
para tubos em uso, tendo em vista a duração prevista para
eles.
• Medidas de operação e manutenção: limpeza interna
periódica, eventuais correções químicas etc.,
• Manter as perdas de carga dentro de valores adequados e
econômicos.

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Calor produzido

• “Perda de carga”
• Energia não se perde, energia se transforma
• É fácil mostrar que a elevação de temperatura em um fluido, em
consequência da perda de carga, é desprezível.
• Suponhamos que, em uma tubulação longa, a perda de carga total atinja
70 m.
• A elevação de temperatura correspondente seria:
70/427 = 0,16° C

427 = equivalente mecânico do calor. (Para a água, a elevação de 1 °C requer aproximadamente uma caloria nas CNTP – condições
normais de temperatura e pressão).

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Velocidade mínima

Para evitar deposições nas tubulações,


• Indesejável somente quando há possibilidade de deposição de
a velocidade mínima geralmente é
matéria em suspensão, e isso só ocorre em se tratando de água
fixada entre 0,25 e 0,40 m/s,
bruta com areias, siltes e outros materiais sedimentáveis em
dependendo da qualidade da água.
suspensão.
Para as águas que contêm certos
• Em se tratando de água tratada, não há porque evitar velocidades
materiais em suspensão, a velocidade
baixas, exceto o tempo de residência médio da água na rede, que
não deve ser inferior a 0,50 m/s (no
pode afetar a qualidade da água a distribuir.
caso de esgotos, por exemplo)

A NBR 12218: Projeto de rede de distribuição de água para


abastecimento público “sugere” 0,60 m/s como
velocidade mínima para os sistemas de distribuição de água
potável*

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Velocidade máxima

A velocidade máxima da água nas tubulações geralmente depende dos


seguintes fatores:
1. condições econômicas;
2. condições relacionadas ao bom funcionamento dos sistemas, tais
como ruídos (assovios), vibrações;
3. possibilidade de ocorrência de efeitos dinâmicos nocivos
(sobrepressões prejudiciais, vibrações, excesso de tempo para
fechamento de válvulas etc.).
4. limitação da perda de carga;
5. desgaste das tubulações e peças acessórias (erosão);
6. controle da corrosão.

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Velocidade máxima – limites recomendados

1) Redes de abastecimento de água:


Para a determinação da velocidade máxima nas redes de distribuição, é usual a seguinte expressão:
vmáx = 0,60 + 1,50 × D

Com velocidades relativamente baixas são minimizadas as perdas singulares.

2) Tubulações prediais:
A velocidade da água nas tubulações prediais não deve ultrapassar os seguintes limites:

𝑣 ≤ 14 𝐷𝑁 ≤ 3 𝑚/𝑠
(sendo o DN em metros)

3) Linhas de recalque.
A velocidade é estabelecida tendo em vista condições econômicas. Geralmente, é superior a 0,80 m/s e,
raramente, ultrapassa 2,40 m/s.

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Velocidade máxima – limites recomendados

1) Redes de abastecimento de água:


Para a determinação da velocidade máxima nas redes de distribuição, é usual a seguinte expressão:
vmáx = 0,60 + 1,50 × D

Com velocidades relativamente baixas são minimizadas as perdas singulares.

2) Tubulações prediais:
A velocidade da água nas tubulações prediais não deve ultrapassar os seguintes limites:

𝑣 ≤ 14 𝐷𝑁 ≤ 3 𝑚/𝑠
(sendo o DN em metros)

3) Linhas de recalque.
A velocidade é estabelecida tendo em vista condições econômicas. Geralmente, é superior a 0,80 m/s e,
raramente, ultrapassa 2,40 m/s.

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Materiais de fabricação

Grupos: Conteúdos para abordar:

1. Tubos de ferro fundido dúctil • Diâmetros


2. Tubos de PVC • Classes de pressão
3. Tubos de aço-carbono • Principais aplicações
4. Tubos de polietileno • Vantagens
5. Tubos de polipropileno • Desvantagens
6. Tubos de concreto • Processo de instalação
• Tipos de juntas

Para apresentar na próxima aula


5 a 10 min

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