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Fonte: O autor

A figura seguinte demonstra a convenção de consideração da profundidade h com a variação


de pressão ∆𝑃

Fonte: O autor
Variação da pressão ∆𝑃 em função da profundidade (h). Fonte: O autor.

PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Você já deve ter se sentido mais leve ao entrar em uma piscina, ou ao mergulhar na água de
um rio ou de alguma praia. Não se trata de uma simples impressão, isso ocorre graças à força
de resistência aplicada pelo líquido a qualquer corpo que esteja totalmente ou parcialmente
submerso. Essa força se chama empuxo, sendo representada pela letra E.
Fonte: Shutterstock

Essa força é descrita graças ao Princípio de Arquimedes.

Na íntegra, esse princípio diz que para todo corpo submerso ou parcialmente submerso existe
uma força de direção vertical, cujo sentido é de baixo para cima, igual ao peso do volume do
líquido deslocado pelo corpo.

Matematicamente, a força empuxo é dada como:


→ →
𝐸 = 𝑑 ∙ 𝑔 ∙ 𝑉                          (13)

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Na qual:

d é a densidade do líquido

g é a aceleração da gravidade local e

V é o volume do líquido deslocado

O volume V do líquido deslocado é exatamente igual ao volume submerso do corpo sólido.


 EXEMPLO 8

Considere que uma esfera de metal de 5cm de raio está completamente submersa e em
repouso em um tanque com água salgada de 1,03g/cm³ de densidade. Considerando a
aceleração gravitacional como 9,8m/s², qual o módulo, a direção e o sentido da força de
empuxo atuante nesta esfera?

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Empuxo, no vídeo a seguir.

Módulo da força de empuxo

 EXEMPLO 9
Considere uma esfera de 4kg de massa, que está afundando em um ambiente aquático cuja
densidade é de 1001kg/m³.

Considerando a aceleração gravitacional como 10m/s², e o volume do corpo como 0,5x10-3m³,


a aceleração com a qual esse corpo afunda é igual a:

Solução:

Primeiro, temos que analisar o corpo afundando.

Para baixo, temos a aceleração gravitacional; para cima, temos a força de empuxo, porém a
resultante das forças não é nula.

Agora, existe um movimento acelerado para baixo:

𝑃 - 𝐸 = 𝑚𝑎

𝑚𝑔 - 𝑑𝑔𝑉 = 𝑚𝑎

- 𝑑𝑔𝑉
𝑎 = 𝑚𝑔 𝑚

𝑎 = 𝑔 - 𝑑𝑔𝑉
𝑚

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Substituindo os valores do enunciado:


-3
𝑎 = 10 - 1001.10.0,5𝑥10
4
= 10 - 1,25 = 8,75𝑚 / 𝑠²

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Ou seja, o corpo afunda neste líquido com uma aceleração de 8,75m/s².

TEORIA NA PRÁTICA
Para estudo de densidade de líquidos imiscíveis, normalmente, utilizam-se vasos
comunicantes.

Os vasos comunicantes são recipientes de líquidos em formato de U, que permitem que


os líquidos fiquem em contato.

Para encontrar a densidade de um líquido desejado, utiliza-se um líquido cuja densidade é


conhecida, e então aplica-se a Lei de Stevin.
Vejamos a situação do vaso comunicante que aparece na figura. A altura das duas colunas dos
líquidos são proporcionais às suas densidades:

Fonte: O autor
Vasos comunicantes com dois líquidos de densidades distintas. Fonte: O autor.

𝑃1 = 𝑃2

𝑃0 + 𝑑1 𝑔𝐻1 = 𝑃0 + 𝑑2 𝑔𝐻2

𝑑1 𝐻1 = 𝑑2 𝐻2

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Vamos considerar que o líquido azul, de densidade d2, é a água do mar, com densidade de

1,03g/cm³, e que a altura H2 é de 10cm, e a altura H1 do líquido amarelo de densidade

desconhecida é de 13cm.

Diante disso, vamos determinar a densidade do líquido 1:

𝑔
𝑑1 13𝑐𝑚 = 1,03𝑐𝑚³10𝑐𝑚
𝑔 10𝑐𝑚 𝑔
𝑑1 = 1,03𝑐𝑚³ ∙ 13𝑐𝑚 = 0,79𝑐𝑚³

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Utilizando a Lei de Stevin, conseguimos determinar a densidade do líquido desconhecido,


fazendo uma simples relação entre funções afins.

MÃO NA MASSA
1. UM CUBO ESTÁ TOTALMENTE SUBMERSO EM UM LÍQUIDO CUJA
DENSIDADE É DE 0,8G/CM³, A UMA PROFUNDIDADE DE 4CM DA
SUPERFÍCIE DO LÍQUIDO EM QUE A PRESSÃO CORRESPONDE A 105PA.
SE A ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL É DE 10M/S², A PRESSÃO
EXERCIDA SOBRE O CUBO DE GELO É DE:

A) 105 𝑃𝑎

5
B) 2𝑥10 𝑃𝑎

C) 3𝑥105 𝑃𝑎

5
D) 4𝑥10 𝑃𝑎

2. QUAL DEVE SER A PROFUNDIDADE QUE UM CORPO DEVE ATINGIR


NA ÁGUA CUJA DENSIDADE É DE 1000KG/M³, PARA QUE ATUE SOBRE
ELE UMA PRESSÃO DE 2ATM? (CONSIDERE G = 10M/S²).

A) 10m

B) 15m

C) 20m

D) 25m

3.A FIGURA ABAIXO APRESENTA O ESQUEMA FÍSICO DE UM MACACO


HIDRÁULICO.

FONTE: O AUTOR
APLICA-SE, NO PISTÃO 1, UMA FORÇA VERTICAL DE CIMA PARA BAIXO
DE 50N. O RAIO DA SUPERFÍCIE DO PISTÃO 1 É IGUAL A 2CM. O RAIO
DO PISTÃO 2 É IGUAL A 150CM.
CONSIDERANDO A ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE IGUAL A 10M/S², A
FORÇA QUE O PISTÃO 2 É CAPAZ DE EXERCER PARA LEVANTAR UM
OBJETO QUALQUER É IGUAL A:

A) 182.052N

B) 254.683N

C) 281.250N

D) 300.000N

4. EM UM VASO EM FORMATO DE U EXISTEM TRÊS LÍQUIDOS


IMISCÍVEIS, A, B E C, CUJAS DENSIDADES SÃO DA, DB E DC:

FONTE: O AUTOR
SE HA = 3CM, HC = 6CM, DA = 1200KG/M³ E DC = 1000KG/M³, PODEMOS
AFIRMAR QUE A PRESSÃO DE COMPRESSÃO NO LÍQUIDO B É IGUAL A
(CONSIDERE G = 10M/S² E A PRESSÃO NA SUPERFÍCIE DOS LÍQUIDOS A
E C COMO 1ATM):

A) 200.960 Pa

B) 192.010 Pa

C) 180.571 Pa

D) 178.999 Pa

5. EM UM TUBO EM U HÁ SOMENTE UM LÍQUIDO EM REPOUSO. ESSE


TUBO É ENTÃO ACELERADO NA HORIZONTAL, DA ESQUERDA PARA A
DIREITA, COM UMA ACELERAÇÃO DE MÓDULO A.
COM O AUXÍLIO DA LEI DE STEVIN E DA TEORIA SOBRE PRESSÃO,
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE EXPRESSA CORRETAMENTE O
MÓDULO DA ACELERAÇÃO DO SISTEMA, EM FUNÇÃO DA DIFERENÇA
DE ALTURA ENTRE AS COLUNAS DO LÍQUIDO ∆𝐻

FONTE: O AUTOR

A) 𝑎 = 𝑔

B) 𝑎 = 𝑔∆𝐻
𝐿

𝐿
C)  𝑎 = 𝑔∆𝐻

𝐿
D)  𝑎 = ∆𝐻

6. PARA DETERMINAR A PRESSÃO ATMOSFÉRICA DE CERTO LOCAL,


COM GRAVIDADE IGUAL A G, FORAM UTILIZADOS DOIS BARÔMETROS
(INSTRUMENTOS MEDIDORES DE PRESSÃO), UM CONTENDO
MERCÚRIO E O OUTRO CONTENDO ÁGUA.
ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A DIFERENÇA DE ALTURA
ENTRE AS COLUNAS DE ÁGUA E DE MERCÚRIO.

𝑃 𝑃
A) ℎ𝐴 - ℎ𝐵 = - 𝑑 𝐴𝑔 - 𝑑 𝐵𝑔
𝐴 𝐵

𝑃 𝑃
B) ℎ𝐴 - ℎ𝐵 = 𝑑𝐴𝐴𝑔 + 𝑑𝐵𝐵𝑔
𝑃 𝑃
C)  ℎ𝐴 - ℎ𝐵 = - 𝑑 𝐴𝑔 + 𝑑 𝐵𝑔
𝐴 𝐵

D)  ℎ𝐴 - ℎ𝐵 = 𝑑𝑃𝐴𝑔 - 𝑑𝑃𝐵𝑔


𝐴 𝐵

GABARITO
1. Um cubo está totalmente submerso em um líquido cuja densidade é de 0,8g/cm³, a
uma profundidade de 4cm da superfície do líquido em que a pressão corresponde a

105Pa. Se a aceleração gravitacional é de 10m/s², a pressão exercida sobre o cubo de


gelo é de:

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

2. Qual deve ser a profundidade que um corpo deve atingir na água cuja densidade é de
1000kg/m³, para que atue sobre ele uma pressão de 2atm? (Considere g = 10m/s²).

Utilizando a Lei de Stevin:

 𝑃 = 𝑃0 + 𝑑𝑔ℎ

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Como a pressão na superfície é de 1atm = 105 Pa, temos que 2atm = 2x105Pa, assim:

 2𝑥105 = 1𝑥105 + 1000 ∙ 10 ∙ ℎ


5 5
ℎ = 2𝑥10 - 1𝑥10
1000 ∙ 10 = 10𝑚

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3.A figura abaixo apresenta o esquema físico de um macaco hidráulico.

Fonte: O autor
Aplica-se, no pistão 1, uma força vertical de cima para baixo de 50N. O raio da superfície
do pistão 1 é igual a 2cm. O raio do pistão 2 é igual a 150cm.
Considerando a aceleração da gravidade igual a 10m/s², a força que o pistão 2 é capaz
de exercer para levantar um objeto qualquer é igual a:

𝐹1 𝐹2
𝑆1 = 𝑆2

50 𝐹
𝜋(0,02)²
= 𝜋(1,50)²
2
∴𝐹2 = 281.250𝑁

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4. Em um vaso em formato de U existem três líquidos imiscíveis, A, B e C, cujas


densidades são dA, dB e dC:

Fonte: O autor
Se ha = 3cm, hc = 6cm, dA = 1200kg/m³ e dc = 1000kg/m³, podemos afirmar que a pressão

de compressão no líquido B é igual a (considere g = 10m/s² e a pressão na superfície


dos líquidos A e C como 1atm):

Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Pressão, no vídeo a seguir.

5. Em um tubo em U há somente um líquido em repouso. Esse tubo é então acelerado na


horizontal, da esquerda para a direita, com uma aceleração de módulo a.
Com o auxílio da Lei de Stevin e da teoria sobre pressão, assinale a alternativa que
expressa corretamente o módulo da aceleração do sistema, em função da diferença de
altura entre as colunas do líquido ∆𝐻
Fonte: O autor

Como a Lei de Stevin trata de pressão, então dizemos que há uma pressão adicional atuando
no sistema devido à aceleração. Esta pressão é: P=F/A∙ Então, no sistema temos:

𝑃𝑜 + 𝐴𝐹 = 𝑃𝑜 + 𝑑𝑔∆𝐻

𝐹
𝐴
= 𝑑𝑔∆𝐻

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Da segunda Lei de Newton, 𝐹  =  𝑚𝑎, logo:

𝑚.𝑎
𝐴
= 𝑑𝑔∆𝐻

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Sabemos que a massa é dada pela relação: 𝑚 = 𝑑𝑉

𝑑   .   𝑉.   𝑎
𝐴 = 𝑑   .   𝑔   . ∆𝐻

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O volume deslocado (o que sobe do lado esquerdo do tubo) é aquele que ocupa a parte do
tubo de comprimento L, pois a aceleração é horizontal, assim:

𝑑.𝐴.𝐿.𝑎
𝐴
= 𝑑𝑔∆𝐻

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Simplificando:

𝐿 . 𝑎 = 𝑔∆𝐻

𝑎 = 𝑔∆𝐻
𝐿

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6. Para determinar a pressão atmosférica de certo local, com gravidade igual a g, foram
utilizados dois barômetros (instrumentos medidores de pressão), um contendo mercúrio
e o outro contendo água.
Assinale a alternativa que apresenta a diferença de altura entre as colunas de água e de
mercúrio.

A pressão de um fluido é dada por 𝑃 = 𝜌𝑔ℎ

Para o barômetro de água:

𝑃𝐴 = 𝑑𝑔ℎ𝐴

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Para o barômetro de mercúrio:

𝑃𝐵 = 𝑑𝐵 𝑔ℎ𝐵

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A diferença de altura entre as colunas será:


𝑃 𝑃
ℎ𝐴 - ℎ𝐵 = 𝑑𝐴𝐴𝑔 - 𝑑𝐵𝐵𝑔

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GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UM GÁS ESTÁ CONFINADO EM UM RECIPIENTE QUE POSSUI UM


ÊMBOLO MÓVEL (PISTÃO). QUANDO NO GÁS DO ÊMBOLO É APLICADA
UMA FORÇA DE 700N, ASSINALE A PRESSÃO SOFRIDA POR ESTE GÁS,
SE O ÊMBOLO CILÍNDRICO POSSUI RAIO DE 12CM.

A) 15,47kPa

B) 13,55kPa

C) 12,88kPa

D) 12,01kPa
2. UM PREGO, PARA PERFURAR UMA DETERMINADA SUPERFÍCIE, DEVE
EXERCER UMA PRESSÃO DE 850KPA. SABENDO QUE O BATER DE UM
MARTELO EXERCE UMA FORÇA DE 150N, ASSINALE A OPÇÃO QUE
APRESENTA A ÁREA DA PONTA DO PREGO:

A)  2,4𝑥10-4 𝑚²
-4
B)  2,2𝑥10 𝑚²

C)  1,8𝑥10-4 𝑚2

D)  1,6𝑥10-4 𝑚2

GABARITO

1. Um gás está confinado em um recipiente que possui um êmbolo móvel (pistão).


Quando no gás do êmbolo é aplicada uma força de 700N, assinale a pressão sofrida por
este gás, se o êmbolo cilíndrico possui raio de 12cm.

A alternativa "A " está correta.

P = SF

F =
P = πr² 700 = 15,47kPa
π . (0,12)²

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2. Um prego, para perfurar uma determinada superfície, deve exercer uma pressão de
850kPa. Sabendo que o bater de um martelo exerce uma força de 150N, assinale a opção
que apresenta a área da ponta do prego:

A alternativa "C " está correta.

𝑃 = 𝐹𝑆

150 -4
𝑆 = 𝑃𝐹 =   3 = 1,8𝑥10 𝑚²
850𝑥10

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MÓDULO 3

 Aplicar a equação da continuidade na dinâmica dos fluidos

INTRODUÇÃO
Você já parou para se perguntar por que quando queremos fazer uma mangueira jogar a água
mais longe tapamos parte da saída com o dedo?

Fazemos isso instintivamente e sabemos que funciona, porém, o que explica esse fenômeno?
A resposta é a equação da continuidade.

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
O que ocorre quando tapamos parte da saída da água na mangueira?

Fonte: Shutterstock

Nós diminuímos a área da seção transversal dela.



Isso aumenta a pressão interna na mangueira e, consequentemente, aumenta a velocidade de
saída da água.


Como a velocidade da saída é maior, as moléculas de água são arremessadas para mais
longe.

Com isso, conseguimos concluir que, quanto menor for a área de saída da água (sem bloqueá-
la por completo), maior será a velocidade de saída da água e, por sua vez, maior será o
alcance.

A esse fenômeno físico, damos o nome de continuidade, e matematicamente expressamos


esse fenômeno pela equação da continuidade:

DEMONSTRAÇÃO

A equação da continuidade relaciona a velocidade de escoamento de um fluido com a área


disponível para o escoamento.

Para compreender a matemática por trás desse fenômeno, vamos observar a figura:

Fonte: O autor
Figura para demonstração da equação da continuidade.
Nela podemos verificar que existem duas áreas de seção retas distintas, A1 e A2, em que A1 >

A2.

Considere que em um intervalo de tempo (Δt), certo volume (ΔV) do fluido passa por A1.

Sendo esse fluido incompressível, podemos assumir que o mesmo volume (ΔV) sairá por A2,

ou seja, o volume na área 1 (V1) é igual ao volume da área 2 (V2).

Durante o intervalo de tempo Δt, o espaço percorrido pelo fluido Δs é expresso pela equação
da velocidade Δs  =  v   .   Δt, sendo v a velocidade de escoamento.

Assim, podemos escrever:

𝑉1   =  𝑉2

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Os volumes V1 e V2 podem ser descritos em função das áreas e do deslocamento do fluido,

tomando a área da seção reta da mangueira como a área da base e o deslocamento ∆𝑆 do


fluido como a altura (𝑉 = 𝐴 ∙ ∆𝑆)   , assim, para os volumes V1 e V2:

𝐴1 .  𝛥𝑠  =  𝐴2 .  𝛥𝑠

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Como vimos, da cinemática podemos escrever que 𝛥𝑠  =  𝑣 ∙ 𝛥𝑡, assim:

𝐴1 . 𝑣1 . 𝛥𝑡  =  𝐴2 .  𝑣2 . 𝛥𝑡

𝐴1   . 𝑣1   =  𝐴2 .  𝑣2             (14)

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Esta é a equação (14) da continuidade e que relaciona a velocidade dos fluidos com a área de
seção reta pela qual o volume do fluido atravessa.

Vamos verificar a sua utilidade:

 EXEMPLO 10

Em uma mangueira de área de seção reta A, escoa certo volume V de água por segundo. Uma
pessoa manipulando a mangueira tapa metade da área da saída com o dedo. Diante disso,
qual é a nova velocidade da água ao abandonar a mangueira?
Veja a solução desta questão, que aborda o assunto Princípio da continuidade, no vídeo
a seguir.

Velocidade de saída de um jato d´água de uma mangueira

TEORIA NA PRÁTICA
Digamos que em uma mangueira de diâmetro de 2” (duas polegadas) atravessam 250mL de
água por segundo.

Com essa área de seção reta e com a mangueira posicionada a uma angulação com a
horizontal de 45°, a água possui um alcance horizontal de 4m (quatro metros).
Vamos então determinar o alcance do jato d’água para o caso da área da seção transversal da
saída da mangueira ser reduzida, pela metade, por um terço e por um quarto da área da seção
transversal inicial.

Fonte: Shutterstock

Sabemos da cinemática que, em x, a trajetória é retilínea e uniforme, ou seja, é um M.R.U.


(Movimento Retilíneo Uniforme).

Assim, podemos escrever que o alcance em x é dado pela equação do M.R.U.:

𝑥𝑡 = 𝑥 0 + 𝑣0𝑥 𝑡

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Na qual:

x(t) é a posição final

x0 é a posição inicial

v0x é a velocidade inicial na horizontal

t é o tempo

O alcance (A) é determinado como sendo a variação da posição final do jato d’água, com a
posição inicial:

𝐴 = 𝑥𝑡 - 𝑥 0
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Dessa maneira, podemos escrever que:

𝐴 = 𝑣0𝑥 𝑡

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Porém, precisamos descobrir o que é esse 𝑣0𝑥 .

Para isso, vamos olhar a figura e observar o triângulo retângulo formado entre os vetores v0,

v0x e v0y

Como v0x é o cateto adjacente ao triângulo retângulo, podemos escrever que:

𝑣0𝑥 = 𝑣0 cos⁡45° = 𝑣0 √2
2

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Assim, o alcance pode ser descrito como:

𝐴 = 𝑣0 √22𝑡

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O alcance inicial é de 4 metros, e isso ocorre em 1 segundo, que é o tempo de vazão da


mangueira:

4 = 𝑣0 √22 ∙ 1

𝑣0 = 4√2𝑚 / 𝑠

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Agora que conhecemos a velocidade inicial v0, vamos modelar uma equação de continuidade

que nos permita possuir a velocidade do jato d’água, com a redução da área da seção reta:

𝐴0 𝑣0 = 𝐴𝑣
𝐴0 𝑣0
𝑣= 𝐴

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A área da seção reta da mangueira é um círculo: 𝜋𝑟². Assim:


2
𝜋𝑟0 𝑣0
𝑣= 𝜋𝑟²

𝑟0 2
𝑣= 𝑟 𝑣0

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Note que a velocidade final ficou em função da razão entre o raio inicial e final da saída de
água ao quadrado.

Neste caso, como os raios operam matematicamente em uma razão, é necessário fazer a
conversão de polegadas para metros, todavia temos que nos preocupar com o raio inicial r0,
pois nos é dado o valor do diâmetro que é de 2”, assim, o raio é igual a 1”. Logo, continuando
com nossa modelagem matemática, temos:
2
𝑣 = 1𝑟 𝑣0

𝑣 = 𝑟²1 𝑣0

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Montemos uma tabela para demonstrar os resultados das velocidades em m/s, das três
situações pedidas no enunciado: (lembre-se de que r0 = 1” e que 𝑣0 = 4√2𝑚 / 𝑠)

Raio (“) Velocidade (m/s)

1
2𝑟 0 𝑣1 = 16√2

1
𝑟
3 0
𝑣2 = 36√2

1𝑟 𝑣3 = 64√2
4 0

 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal

Vamos agora adaptar a equação do alcance deduzida acima(𝐴 = 𝑣0 √22𝑡), para utilizar as
velocidades determinadas na tabela anterior, assim:

𝐴 = 𝑣√22𝑡

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Utilizando t = 1s, e as velocidades da tabela prévia, vamos montar uma nova tabela, com os
novos alcances:

Velocidade (m/s) Alcance (m)

𝑣1 = 16√2 𝐴1 = 16

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