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CAPÍTULO 6
MECÂNICA DOS FLUIDOS
6.1 Definição
Os fluidos compreendem os líquidos e os gases.
Os líquidos escoam sob a ação da gravidade até ocuparem as regiões mais baixas possíveis
dos vasos que os contêm.
Os gases se expandem até ocuparem todo o volume do vaso, qualquer que seja a forma.
Num gás, a separação média de duas moléculas é grande diante do tamanho da molécula.
Num líquido ou num sólido as moléculas estão muito próximas uma das outras e exercem
forças de interação comparáveis às forças de ligação dos átomos nas moléculas.
6.2 Densidade
É a razão entre a massa e o volume de uma amostra
m
ρ= 6.1
V
ρágua =
1g
×
kg
×
(100cm )3
= 103 kg / m 3 6.2
3 3 3
cm 10 g m
As densidades das substâncias, entre elas a da água, variam com a temperatura. A equação
(2) dá o valor máximo da densidade da água, que ocorre a 4°C.
Exemplo 6-1: Um balão de vidro, de 200 ml, está cheio com água, a 4°C. Aquecido a 80°C
perde 6 g de água. Qual a densidade da água a 80°C? (Desprezar a expansão do balão.)
m´ 194 g
ρ´= = 3
= 0,97 g / cm3
V 200 cm
F
P= 6.4
A
Unidade SI de pressão é o newton por metro quadrado (N/m2), denominada pascal (Pa):
1Pa = 1N / m 2 6.5
A pressão exercida por um fluido sobre um corpo tende a comprimir o corpo. A razão entre
a variação de pressão (∆P) e a diminuição relativa de volume (-∆V/V) é o módulo de
compressibilidade
∆P
B=−
(
∆V
V
) 6.7
Figura 6.1: Coluna de água com a altura h e área de seção reta A. A pressão P no
fundo tem que ser maior do que a pressão P0 no nível de cima, a fim de o peso da
água ser equilibrado.
Para suportar o peso da coluna, a pressão na base da coluna tem que ser maior do que no
topo. No equilíbrio
PA − P0 A = mg
(P − P0 )A/ = ρ A/ h g
P = P0 + ρ g h (ρ é constante) 6.8
Exemplo 6-2: Uma represa retangular , com 30 cm de largura, suporta uma massa de água com a
altura de 25 m (figura abaixo). Calcular a força horizontal total que age sobre a represa.
Solução:
• Integrar entre h = 0 e h = H:
H
h=H H
h2 1
F = ∫ dF = ∫ ρghL dh = ρgL = ρgLH 2
h =0 0 2 2
0
F = 9,20 x 107 N
Se a pressão num líquido for modificada pela ação de um pistão que pressiona a sua
superfície livre, o aumento de pressão é o mesmo em todos os pontos da massa do líquido. Este
efeito é enunciado no princípio de Pascal:
G
Figura 6.2: Prensa hidráulica. Uma pequena força F1 no pistão
menor provoca uma variação de pressão F1/A, que é transmitida,
pelo líquido, para o pistão maior. Como as pressões num e noutro
pistão são iguais, as forças estão relacionadas por F2/A2 =F1/A1.
Como a área do pistão grande é muito maior do que a do pequeno,
a força no pistão grande F2 = (A2/A1)F1 é muito maior do que F1.
Exemplo 6-3: O pistão de uma prensa hidráulica tem um raio de 20 cm. Que força deve ser
aplicada ao pistão pequeno, de 2 cm de raio, para que no maior se possa sustentar ou elevar um
carro de 1500 kg?
Solução: A pressão P vezes a área A2 do pistão maior é igual ao peso mg do carro. A força F1 que
deve ser exercida sobre o pistão menor é igual a essa pressão vezes a área A1.
• A força F1 é o produto da pressão P pela área A1: F1 = PA1
• O produto da pressão P pela área A2 é igual ao peso do carro:
mg
PA2 = F2 = mg ⇒ P =
A2
• Com o valor encontrado de P calcula-se F1:
mg πr 2
F1 = PA1 = A1 = mg 12 =147 N
A2 πr2
A figura 6.3 mostra a água contida num vaso com partes de diferentes formas. À primeira vista
poderia parecer que a pressão da água no vaso de maior seção seria maior e que a água seria forçada
a maiores alturas nos vasos de seções menores. A inexistência deste efeito é o paradoxo
hidrostático.
Figura 6.3: O paradoxo hidrostático. O nível da água não depende da forma do vaso. No vaso maior, o peso da água é
suportado em grande parte pelas paredes oblíquas laterais.
Figura 6.4: Manômetro de tubo aberto para a medição da pressão P. A diferença P – Pat é igual a ρgh.
O topo do tubo em U está aberto para a atmosfera à pressão Pat. A outra extremidade do tubo
está sujeita à pressão P, que se quer determinar. A diferença P − Pat é a pressão manométrica, Pman,
igual a ρgh, sendo ρ a densidade do líquido no tubo.
Dessa forma,
P – Pat = ρ g h 6.10
1 atm = 760 mmHg = 760 Torr = 29,9 inHg = 1,01 x 105 Pa 6.11
Nos mapas meteorológicos usam-se como unidades o bar e o milibar, definidos por
Num gás a pressão não varia linearmente com a altura, já que a densidade não é constante e
também varia coma pressão. À medida que se sobe na atmosfera terrestre, a pressão numa coluna
vertical de ar diminui, da mesma maneira que a pressão diminui quando se sobe do fundo para a
superfície de uma coluna de água. A variação da pressão com altura é o caso típico de diminuição
exponencial, conforme ilustra a figura 6.5.
É que a água exerce sobre o corpo uma força para cima que equilibra parcialmente a força
da gravidade (exemplo: rolha imersa na água), de modo que há uma aceleração para cima.
A força de um fluido sobre um corpo nele imerso é o empuxo. Este empuxo é igual ao peso
do fluido deslocado pelo corpo.
O princípio de Arquimedes nos diz que: “Um corpo total ou parcialmente imerso num fluido
sofre um empuxo que é igual ao peso do fluido deslocado.”
E=w 6.13
A densidade relativa de um corpo também foi determinada por Arquimedes como sendo:
peso do corpo no ar w0
ρ rel = = 6.14
peso de igual volume de água w água
Mas como, pelo princípio de Arquimedes, o peso do volume de água é o empuxo sobre o
corpo submerso, então ele equivale também à perda de peso que o corpo sofre ao ser pesado
mergulhado na água. Logo,
peso do corpo no ar w0
ρ rel = = 6.15
perda de peso do corpo imerso na água w perd
Exemplo 6-4: A densidade relativa do ouro é de 19,3. Se uma coroa fosse feita de ouro puro e
pesasse 8 N no ar, qual seria o seu peso quando mergulhada na água?
w0 8N
ρ rel = ⇒ w per = = 0,415 N
w perd 19,3
wsub = 8 N – 0,415 N = 7, 59 N
O peso que se mede de um corpo submerso num fluido, wsub, também pode ser escrito como
a diferença entre o peso do corpo e o empuxo E:
ρ
wsub = w – E = ρ g V − ρf g V = ρ g V 1 − f 6.16
ρ
Exemplo 6-5: Uma balsa de área A, espessura h e massa 600 kg, flutua na água com 7 cm imersos.
Quando uma pessoa fica de pé sobre ela, a parte imersa é de 8,4 cm. Qual a massa da pessoa?
Solução: Sendo A a área da balsa, o peso de água deslocado pela balsa é ρáguaAd1g, e este peso
passa a ρáguaAd2g quando a pessoa está embarcada. Nestas expressões, ρágua é a densidade da água,
d1 = 7 cm e d2 = 8,4 cm. Se igualarmos, em cada situação, o peso do fluido deslocado ao peso do
corpo flutuante, podemos eliminar A e ρágua e calcular a massa m da pessoa em termos da massa da
balsa, M = 600 kg.
d
m = 2 − 1 M = 120 kg
d1
Exemplo 6-6: A densidade da cortiça é 200 kg/m3. Calcular a fração de uma rolha de cortiça imersa
quando a rolha flutua na água.
Solução: Sejam V o volume da rolha e V´o volume imerso quando a rolha está flutuando. O peso
da rolha é ρcVg e o empuxo da água é ρáguaV´g.
ρcVg = ρáguaV´g
• Resolvendo em V´/V:
V´ ρ 200 kg / m3 1
= c = =
V ρágua 1000 kg / m3 5
Apenas um quinto da rolha fica mergulhado na água. O resultado não depende da forma da
rolha.
Se nas expressões anteriores a densidade da água ρágua for substituída pela densidade de um
fluido qualquer, ρf, podemos determinar a fração imersa de um corpo que flutua em qualquer fluido.
Pelo exemplo 6.6 a fração do corpo flutuante que fica imersa é igual à razão entre a densidade do
corpo e a densidade do fluido.
V´ ρc
= 6.17
V ρf
Consideremos um fluido escoando num tubo de seção reta variável (figura 6.7).
Figura 6.7: Fluido incompressível escoando num tubo de seção reta variável. Os volumes sombreados são iguais.
O volume de fluido entra no tubo pela esquerda, através da seção A1, durante o intervalo de
tempo ∆t. Se a velocidade do fluido neste ponto for v1, o volume do fluido que entra no tubo é
Como estamos admitindo que o fluido é incompressível, o volume de fluido que entra deve
ser igual ao volume que sai no ponto de área de seção reta A2. Dessa forma,
∆V = A 2 ∆h = A 2 v 2 ∆t 6.19
Igualando (6.18) e (6.19)
A1 v1 = A2 v2 6.20
Dessa forma o produto Av permanece constante e é chamada de vazão volumar Iv. As
dimensões de Iv são as de volume dividido pelo tempo.
Iv = A v = constante 6.21
Exemplo 6.7: O sangue escoa numa artéria de raio 0,3 cm à velocidade de 10 cm/s e entra numa
região onde o raio foi reduzido em virtude do espessamento das paredes arteriais (arteriosclerose),
para 0,2 cm. Qual a velocidade do sangue nesta área mais estreita?
A1 π(0,3 cm )2
v2 = v1 = (10 cm / s ) = 22,5 cm
π(0,2 cm )
A2 2
Seja um fluido em movimento num tubo cuja elevação e a área da seção reta sejam
variáveis, como mostra a figura 6.8.
Figura 6.8: Fluido escoando num tubo de seção reta variável e de elevação variável. O trabalho total das forças F1 = P1
A1 e F2 = P2 A2 provoca a elevação da massa de fluido assinalada da altura y1 até a altura y2 e a variação da velocidade
de v1 até v2.
Vamos aplicar o teorema da conservação da energia ao fluido que está, inicialmente, entre os
pontos 1 e 2 da figura 6.8a. Depois de um intervalo de tempo ∆t, o fluido se desloca no tubo e passa
a ocupar a região entre os pontos 1´e 2´ (figura 6.8b).
∆K =
1
2 2 2
(
(∆m )v 22 − 1 (∆m )v12 = 1 ρ ∆V v 22 − v12 )
Há uma força sobre a parte esquerda do fluido dada por F1 = P1A1. O trabalho realizado por
esta força é
W1 = F1 ∆x1 = P1 A1 ∆x1 = P1 ∆V
Há uma força sobre a parte direita do fluido dada por F2 = P2A2. O trabalho realizado por
esta força é
W2 = − F2 ∆x2 = − P2 A2 ∆x2 = − P2 ∆V
W = W1 + W2 = (P1 – P2) ∆V
W = ∆K + ∆U
Logo,
(P1 – P2) ∆V =
1
2
( )
ρ ∆V v 22 − v12 + ρ g ∆V (y2 – y1)
1 2 1
P1 + ρgy1 + ρv1 = P2 + ρgy 2 + ρv 22
2 2
1
P + ρgy + ρv 2 = constante 6.21
2
Casos particulares:
a) Fluido em repouso: v1 = v2 = 0
P1 – P2 = ρ g ( y2 – y1) = ρ g h
1
P+ ρ v2 = constante
2
Exemplo 6.8: Um grande tanque de água tem pequeno orifício à distância h da superfície livre do
líquido. Calcular a velocidade do escoamento da água através do orifício.
Solução: Apliquemos a equação de Bernoulli aos pontos a e b assinalados na figura acima. Como o
diâmetro do orifício é muito menor do que o diâmetro do tanque, podemos desprezar a velocidade
da água na superfície livre (ponto a).
1
Pa + ρgy a + 0 = Pb + ρgy b + ρgv 2b
2
• A pressões nos pontos a e b coincidem, e ambas são iguais à pressão atmosférica, Pat, pois os
dois pontos estão abertos para a atmosfera:
Pa = Pb = Pat
ou
1
Pat + ρgy a + 0 = Pat + ρgy b + ρgv 2b
2
• Resolvendo a equação na velocidade vb do escoamento da água no orifício temos
v 2b = 2g(y a − y b ) = 2gh
ou
v b = 2gh
Na figura 6.9, a água escoa através de um tubo horizontal com uma seção estrangulada. A
altura das duas seções é a mesma, e teremos y1 = y2.
Figura 6.9: Estreitamento num tubo percorrido por uma corrente de fluido. A pressão é mais baixa na seção
estrangulada do tubo, onde o fluido tem velocidade maior.
Solução: As pressões P1 e P2 nas regiões normal e estrangulada do tubo estão relacionadas com as
velocidades v1 e v2 pela equação de Bernoulli. A diferença entre estas pressões é dada pela altura h,
pois P1 – P2 = ρgh. A velocidade v2 se exprime, em termos de v1 e das áreas A1 e A2, pela equação
da continuidade.
• Equação de Bernoulli, com elevação constante, nas regiões normal e estrangulada do tubo.
1 1
P1 + ρ f v12 = P2 + ρf v 22
2 2
• Equação da continuidade nas duas regiões e expressão de v2 em termos de v1 e das áreas A1 e
A2.
A
v 2 = 1 v1 = rv1
A2
• Com a expressão de v2 na equação da etapa 1 tem-se a equação de P1 – P2.
1
(
P1 − P2 = ρf r 2 − 1 v12
2
)
• A expressão de P1 – P2 em termos da diferença de altura h dos níveis do líquido manométrico
nos ramos do tubo em U.
P1 − P2 = ρ L gh
2ρ L gh
v1 =
(
ρf r 2 − 1 )
6ª LISTA DE EXERCÍCIOS
1.
Um balão de vidro, de 60 mL, está cheio de mercúrio a 0°C. Quando a temperatura sobe para
80°C, transbordam do balão 1,47 g de mercúrio. Admitindo-se que o volume do balão seja
invariável, calcular a densidade do mercúrio a 80°C, sendo a sua densidade a 0°C igual a
13,645 kg/m3. R: 13.621 kg/m3
2. Calcular a massa de uma esfera maciça de ferro que tenha o diâmetro de 3,0 cm. R: 0,111 kg
3. Uma mulher, de 50 kg, equilibra-se sobre os saltos altos de um par de sapatos. Se a ponta do
salto for circular, com raio de 0,5 cm, que pressão a mulher exercerá sobre o solo? R: 6,24 x
106 Pa
4. A que profundidade, num lago, a pressão absoluta é igual a três vezes a pressão atmosférica?
R: 20,6 m
5. Calcular (a) a pressão absoluta e (b) a pressão monométrica no fundo de uma piscina com a
profundidade de 5,0 m. R: (a) 1,5 atm; (b) 0,5 atm
6. Qual a variação relativa da densidade da água do mar entre a superfície (onde a pressão é igual
a 1 atm) e uma profundidade de 4,96 km (onde a pressão é 500 atm)? R: 2,47%
8. Um elevador hidráulico é usado para elevar um automóvel de 1500 kg. O raio do eixo do
elevador é de 8 cm e o do pistão de 1 cm. Que força deve ser aplicada ao pistão para elevar o
automóvel? R: 230 N
9. Que pressão é necessária para reduzir o volume de 1 kg de água de 1,00 L para 0,99 L? R: 200
atm
11. Muitas pessoas pensam, ingenuamente, que se um tubo flexível estiver com a
boca flutuando acima do nível da água será possível respirar através dele
enquanto estiverem mergulhadas (figura ao lado). Esquecem-se, porém, da
pressão da água que se opõe à expansão do tórax e dos pulmões. Imagine que
você seja capaz de respirar deitado no chão com um peso de 400 N sobre a
caixa torácica. A que profundidade, na água, você conseguiria respirar,
admitindo que a área frontal da caixa torácica seja de 0,09 m2? R: 45 cm
13. O volume de um cone circular reto, de altura h e raio da base r é V = πr2h/3. Um vaso cônico,
com a altura de 25 cm e raio da base de 15 cm, apoiado na sua base, está cheio de água. (a)
Calcular o volume e o peso da água no cone. (b) Determinar a força exercida pela água sobre a
base do cone. Explicar como esta força pode ser maior do que o peso da água. R: (a) V = 5,89 x
10-3 m3; w = 57,8 N; (b) F = 173 N
14. Uma amostra de cobre (densidade relativa de 9,0) está pendurada num
dinamômetro e mergulhada na água (figura ao lado). Sendo de 500 g a massa da
amostra, qual a leitura do dinamômetro? R: 4,36 N
15. Mostrar que somente 11% do volume total de um iceberg se encontram acima do nível da água.
(Observe que a água do mar tem a densidade 1,03 x 103 kg/m3, e o gelo tem a densidade de 0,92
x 103 kg/m3.) R: 10,67% acima
16. Um cubo de madeira, com 20 cm de aresta, e com densidade de 0,65 x 103 kg/m3, flutua na
água. (a) Qual a distância entre o cume do cubo e a linha-d´água? (b) Que peso de chumbo,
colocado na face superior do cubo, manteria essa face no nível da água? R: a) 7,00 cm; b) 2,80
kg
17. Uma esfera de plástico flutua na água, tendo 0,50 do seu volume imerso. Essa mesma esfera
flutua num óleo com 0,40 do seu volume imerso. Determinar as densidades do óleo e da esfera.
R: ρóleo = 1,250 kg/m3; ρesfera = 500 kg/m3
18. Uma prancha de espuma de estireno tem espessura de 10 cm e densidade de 300 kg/m3. Qual
será a área da prancha, sabendo-se que ela flutua faceada com a superfície da água, quando
sobre ela estiver um nadador de 75 kg? R: 1,07 m2
19. Uma amostra sólida, de material desconhecido, pesa 5 N no ar e 4,55 N quando mergulhada na
água. (a) Qual a densidade do material? (b) De que material é, possivelmente, a amostra? R: (a)
11,1 x 103 kg /m3; (b) chumbo
20. Um corpo flutua na água com 80% do seu volume imerso. O mesmo corpo, colocado em outro
líquido, flutua com 75 % do seu volume imerso. Determinar a densidade do corpo e a densidade
relativa do líquido. R: ρ = 800 kg/m3; ρrel = 1,11
21. Caixas de livros, cada qual com 20 kg, são colocadas sobre uma balsa de 3 m de lado e 11 cm
de espessura, que flutua em águas calmas. A madeira da balsa tem a densidade relativa de 0,6.
Quantas caixas podem ser colocadas sobre a balsa sem haver perigo de os livros se molharem?
R: 19
23. Uma corrente de água flui a 0,65 m/s através de uma mangueira com 3 cm de diâmetro e um
bocal de 0,3 cm. (a) Qual a velocidade da água no bocal? (b) Uma bomba está impelindo a água
na entrada da mangueira e está na mesma altura que o bocal. A pressão na saída do bocal é
atmosférica.Qual a pressão da bomba na entrada da água na mangueira?
R: (a) 65 m/s; (b) 21,8 atm
24. Num tubo horizontal passa uma corrente de água a 3 m/s, sob a pressão de 200 kPa. O diâmetro
do tubo, a partir de um certo ponto, fica reduzido a metade do inicial. (a) Qual a velocidade da
corrente de água na seção reduzida do tubo? (b) Qual a pressão nesta seção reduzida? (c) Qual a
razão entre as vazões da água nas duas secções?
R: (a) 12 m/s; (b) 132,5 kPa; (c) As vazões são iguais.
25. Bombeia-se água permanentemente para fora de um porão inundado a uma velocidade de 5,0
m/s através de uma mangueira uniforme com raio de 1,0 cm. A mangueira passa para fora
através de uma janela 3,0 m acima do nível da água. Qual a potência da bomba? R: 66 W
26. Uma mangueira de jardim com um diâmetro interno de 1,9 cm está ligada a um irrigador de
gramado (parado) que consiste simplesmente em uma carcaça com 24 furos, cada um com 0,13
cm de diâmetro. Se a água na mangueira possuir uma velocidade de 0,91 m/s, a que velocidade
ela sairá dos furos do irrigador? R: 8,1 m/s
27. A água está escoando com uma velocidade de 5,0 m/s através de uma tubulação com uma área
de seção transversal de 4,0 cm2. A água desce gradativamente 10 m enquanto a tubulação
aumenta de área para 8,0 cm2. (a) Qual a velocidade do nível mais baixo? (b) Se a pressão no
nível mais elevado for de 1,5 x 105 Pa, qual será a pressão no nível mais baixo? R: (a) 2,5 m/s;
(b) 2,6 x 105 Pa
28. Uma tubulação de água com o diâmetro interno de 2,5 cm transporta água para o porão de uma
casa a uma velocidade de 0,90 m/s e a uma pressão de 170 kPa. Se o diâmetro da tubulação for
reduzido gradualmente para 1,2 cm e a tubulação subir até o segundo andar, 7,6 m acima do
ponto de entrada, (a) qual a velocidade e (b) qual a pressão da água no segundo andar? R: (a)
3,9 m/s; (b) 88 kPa
29. Na figura abaixo, água escoa através de uma tubulação horizontal e depois sai para a atmosfera
com uma velocidade de 15 m/s. Os diâmetros das seções esquerda e direita da tubulação são de
5,0 cm e 3,0 cm, respectivamente. (a) Que volume de água escoa para a atmosfera durante um
período de 10 min? Na seção do lado esquerdo da tubulação, (b) qual a velocidade v2 e (c) qual
a pressão manométrica? R: (a) 6,4 m3 ; (b) 5,4 m/s ; (c) 9,8 x 104 Pa
30. A água doce atrás da barragem de um reservatório possui uma profundidade de 15 m. Uma
tubulação horizontal com 4,0 cm de diâmetro atravessa a parede da represa 6,0 m abaixo da
superfície da água, como indicado na figura. Um plugue impede a abertura da tubulação. (a)
Determine a intensidade da força de atrito entre o plugue e a parede da tubulação. (b) O plugue
é removido. Que volume de água escoa para fora da tubulação em 3,0 h? R: (a) 74 N; (b) 150
m3
31. Um grande tanque de água tem um sangradouro à distância h da superfície livre. O sangradouro
é provido de pequeno tubo horizontal. Estimar a distância x que o jato de água alcança. R:
2 h (H − h )
32. Um medidor Venturi está montado num tubo que conduz água, conforme mostra a figura ao
lado. O diâmetro do tubo é de 9,5 cm e o do estrangulamento é de 5,6 cm. O líquido
manométrico é o mercúrio. Determinar a vazão da água se a diferença entre os níveis do
mercúrio nos dois ramos do manômetro for de 2,40 cm. R: 1,85 m/s
33. A tubulação esquematizada na figura conduz água que sai para a atmosfera em C. O diâmetro
da tubulação é de 2,0 cm em A, 1,0 cm em B e 0,8 cm em C. A pressão manométrica da água
em A é de 1,22 atm e a vazão 0,8 L/s. Os dois tubos estão abertos para a atmosfera. Estimar a
altura do nível da superfície livre da água em cada um dos tubos verticais. R: hA = 12,6 m; hB =
5,3 m
34. A figura abaixo é o esquema de um aspirador, dispositivo simples para se conseguir um vácuo
parcial num vaso ligado e um tubo vertical em B. Se o aspirador for acoplado a uma mangueira
de jardim, pode ser aproveitado para aspergir água de sabão ou solução de fertilizante sobre as
plantas. Seja de 2,0 cm o diâmetro na seção de entrada A, e de 1,0 cm o diâmetro na seção da
saída C, aberta para a atmosfera. A vazão da água é de 0,5 L/s e a pressão manométrica em A é
de 0,187 atm. Qual o diâmetro da seção estrangulada em B para que a pressão no vaso seja de
0,1 atm? R: 6,5 mm