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Ingrid Andrade N6873E4 EA5P07

Matheus Costa Santos F2773A9 EA6P07

Nicolas Ferreira do Nascimento F317CI6 EA6P07

Pedro Henrique Oliveira Cândido N609028 EA6P07

Robert Orellana Camacho F241AB8 EA6P07

Rodrigo Ferreira da Silva N595825 EA6P07

MECÂNICA DOS FLUIDOS APLICADA: Experimento Perda de Carga Singular 1

SÃO PAULO
2022
Ingrid Andrade N6873E4 EA5P07

Matheus Costa Santos F2773A9 EA6P07

Nicolas Ferreira do Nascimento F317CI6 EA6P07

Pedro Henrique Oliveira Cândido N609028 EA6P07

Robert Orellana Camacho F241AB8 EA6P07

Rodrigo Ferreira da Silva N595825 EA6P07

MECÂNICA DOS FLUIDOS APLICADA: Experimento Perda de Carga Singular 1

Trabalho apresentado à Universidade


Paulista – UNIP, referente ao curso de
Engenharia de Controle e Automação
como um dos requisitos para avaliação
na disciplina MFA Mecânica dos
Fluidos Aplicada.
Professor: Ângelo Ianuzzi

SÃO PAULO
2022
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Conduto com válvulas utilizada no experimento ............................................ 11


LISTA DE FOTOS

Foto 1: Manômetro ......................................................................................................... 14


Foto 2: Wattímetro.......................................................................................................... 14
Foto 3: Rotâmetro ........................................................................................................... 15
Foto 4: Bombas ............................................................................................................... 15
Foto 5: Válvula Globo .................................................................................................... 15
Foto 6: Válvula Esfera .................................................................................................... 16
Foto 7: Válvula Gaveta ................................................................................................... 16
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Perda Singular x Vazão ................................................................................. 20

Gráfico 2: Coeficiente de Perda Singular x Número de Reynolds ................................. 20

Gráfico 3: Comprimento Equivalente x Número de Reynolds....................................... 20


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Descrição dos modelos de Válvula................................................................ 13


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7

2. OBJETIVO.................................................................................................................. 8

3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 9

3.1 Introdução Teórica .......................................................................................... 9

3.2 Válvulas de Controle .................................................................................... 12

3.3 Material e Método......................................................................................... 14

3.4 Resultado e Análise ...................................................................................... 18

4. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 22

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 23


7

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho objetiva detalhar e explicar a importância da perda de carga singular para
um projeto mecânico. Para tal, foram utilizadas obras literárias cientificas disponíveis na
biblioteca da instituição e realizado um experimento envolvendo um conduto com válvulas de
características diferentes.

A história do desenvolvimento da indústria muito se dá pela presença dos transportes


de recursos e materiais. Esse fator é imprescindível para a elaboração de projetos, visto o
impacto na logística e na economia, poupando custos e garantindo eficiência e segurança. Nesse
sentido, dentro da área da engenharia, sobretudo da mecânica dos fluidos, destaca-se a aplicação
para transporte de fluidos.

Desde os primórdios da humanidade, tal qual na Antiguidade, o transporte da água era


fundamental para a consolidação de uma agricultura eficaz. Assim, foram desenvolvidos canais
que ligavam a fonte até o seu destino. Essa tubulação para fluidos foi evoluindo com o decorrer
do tempo até atingir a estrutura conhecida atualmente como duto, tendo uso para refrigeração,
aquecimento, entre outros. Dutos podem ser definidos como qualquer cano, tubo, ou conduto
que esteja preenchido com um fluido em escoamento, ou seja, qualquer estrutura sólida capaz
de transporte um fluido (BISTAFA, 2017). Além disso, eles ainda são classificados como
forçados, quando há preenchimento completo do duto, ou livres, quando não há o
preenchimento completo do conduto tendo, portanto, uma superfície livre de contato
(BRUNETTI, 2008).

Ademais, pode-se associar aos dutos alguns componentes que modificam a direção do
escoamento do fluido ou causam obstruções parciais, como válvulas, cotovelos, medidores e
diafragmas. Cada um apresenta uma característica diferente que é evidenciada, principalmente,
pelo coeficiente de perda singular (K), que age como uma força de atrito em contato com as
moléculas do fluido, causando uma perda, denominada de perda singular.
8

2. OBJETIVO

Esta obra tem como objetivo determinar o coeficiente de perda de carga singular (Ks)
para vários tipos de singularidades e compará-los com valores tabelados, estudar o
comportamento da perda de carga singular (hs) em função da vazão (Q) e do coeficiente de
perda de carga singular (Ks) em função do número de Reynolds (Re). Além disso, tem como
finalidade definir o comprimento equivalente (Leq) das singularidades e analisar o
comportamento de Leq em função do número de Reynolds (Re).

Para atingir tais propósitos, foi efetuado um estudo bibliográfico referente ao


escoamento em um conduto interno e um experimento prático sobre perdas singulares para
válvulas com características diferentes.
9

3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Introdução Teórica

Além da perda gerada pela atrito das moléculas de um fluido em movimento no interior
de um conduto, há também perdas ocasionadas por obstruções e perturbações bruscas durante
o escoamento. Esses fatores são chamados de Perda de Carga Singular (hs), ou Perda de Carga
Localizada, e podem ocorrer tanto pelo próprio movimento do fluido quanto por interferência
de um componente, como válvulas, registros, diafragmas, alargamentos, entre outros. O
fenômeno ocorre por consequência da viscosidade, que faz com que o fluido perca energia
mecânica (ELGER, 2019). A fórmula para calculá-la é feita por meio da análise dimensional e
é vertente da Equação de Darcy-Weisbach para perda distribuída e pode ser analisada na
Equação 1 (BRUNETTI, 2008)

𝑉2
ℎ𝑠 = 𝑘𝑠 (1)
2𝑔

Sendo:

ℎ𝑠 − Perda de Carga Singular, ou Localizada (m);

𝑘𝑠 − Coeficiente de Perda de Carga Singular (adimensional);

𝑉 − Velocidade do fluido (m/s);

𝑔 − Aceleração da Gravidade (m/s2).

O coeficiente ks depende do número de Reynolds1 (Equação 2) e por coeficientes de


formas. Este valor geralmente é tabelado industrialmente e especificado pelos catálogos
hidráulicos dos próprios fornecedores.

1
Valor que determina o comportamento do fluido: laminar, transição ou turbulento. “Pode ser visto como a
relação entre as forças inerciais e as forças viscosas que agem sobre um elemento de fluido.” (ÇENGEL;
CIMBALA, 2015, p. 350).
10

𝜌. 𝑉. 𝐷𝐻 𝑉. 𝐷𝐻
𝑅𝑒 = = (2)
𝜇 𝜈

Sendo:

𝑅𝑒 − Número de Reynolds (adimensional);

𝜌 − Massa especifica (Kg/m3);

𝑉 − Velocidade do fluido (m/s);

𝐷𝐻 − Diâmetro Hidráulico do conduto (m);

𝜇 − Viscosidade dinâmica (N.s/m)

𝜈 − Aceleração da Gravidade (m2/s).

Uma outra forma de analisar a perda de carga singular é utilizar um método


denominado de Comprimento Equivalente que consiste em igualar a perda localizada a
distribuída. Segundo Brunetti (2008), admite-se um comprimento fictício de mesmo diâmetro
ao comprimento real do sistema de dutos de modo a somá-lo, assumindo que o mesmo tenha,
agora, uma extensão maior. Nesse caso, a perda singular do componente (hs) seria equivalente
a perda distribuída (hf) para este novo segmento, isto é, hs = hf.

Utilizando a Equação de Darcy-Weisbach para perda singular e distribuída, é possível


equacionar o método do comprimento equivalente (Equação 3). Para o coeficiente de perda
distribuída (f), usa-se o diagrama de Moody-Rouse.

𝑉2
ℎ𝑠 = 𝑘𝑠 [𝑃𝐸𝑅𝐷𝐴 𝑆𝐼𝑁𝐺𝑈𝐿𝐴𝑅]
2𝑔

𝐿 𝑉2
ℎ𝑓 = 𝑓 [𝑃𝐸𝑅𝐷𝐴 𝐷𝐼𝑆𝑇𝑅𝐼𝐵𝑈Í𝐷𝐴]
𝐷 2𝑔

ℎ𝑓 = ℎ𝑠

𝐿 𝑉2 𝑉2
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷 2𝑔 2𝑔
11

𝐿𝑒𝑞 𝑉 2 𝑉2
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷 2𝑔 2𝑔

𝐿𝑒𝑞
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷

𝑘𝑠 . 𝐷
𝐿𝑒𝑞 = [𝑚]
𝑓 (3)

Além disso, é possível associar para um duto logo as perdas singulares (Figura 1) por
meio da dedução da Equação de Energia de Bernoulli (Equação 4), a qual será utilizada como
base para o experimento prático, assim como a equação de Darcy-Weisbach e do comprimento
equivalente. Contudo, vale ressaltar que para este objeto de estudo o conduto apresenta perdas
localizadas ocasionadas por 4 válvulas diferentes, não há máquinas no sistema e o fluido é
incompressível e turbulento (α = 1).

Figura 1: Conduto com válvulas utilizada no experimento

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

𝐻𝐴 + 𝐻𝑀 = 𝐻𝐵 + 𝐻𝑃(𝐴,𝐵)

𝐻𝐴 = 𝐻𝐵 + 𝐻𝑃(1,2)

𝑃𝐴 𝑉𝐴2 𝑃𝐵 𝑉𝐵2
𝑍𝐴 + +𝛼 = 𝑍𝐵 + +𝛼 + 𝐻𝑃(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔

𝑃𝐴 𝑉𝐴2 𝑃𝐵 𝑉𝐵2
0+ + =0+ + + ∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔

𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 𝑉𝐵2 − 𝑉𝐴2
= + ∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔

𝑃1 − 𝑃2 𝑉22 − 𝑉12
∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵) = −
𝛾 2𝑔
12

∆𝑃
∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵) = [𝑚]
𝛾 (4)

Outra equação de suma importância será a da vazão volumétrica, descrita pela Equação
5 abaixo:

𝑄
𝑉𝑚é𝑑 = [𝑚/𝑠]
𝐴 (5)

3.2 Válvulas de Controle

Singularidades são fundamentais para sistemas hidráulicos, uma vez que os mesmos
permitem coleta de dados e redirecionamento do escoamento. Como exemplo prático, pode-se
citar as válvulas, que “são usadas para controlar as vazões, alterando a perda de carga até que a
vazão desejada seja atingida.” (FERREIRA; LIMA; VIVALDINI; CAVALHERI, S.I, p. 114).
As válvulas possuem seu próprio coeficiente de perda singular, chamado coeficiente de vazão
da válvula (KV), e varia conforme a vazão do escoamento. Vale ressaltar que este valor aumenta
conforme a válvula é fechada e, por consequência, diminuída quando aberta, tendo a menor
queda de pressão quando está totalmente aberta. Imprescindíveis para qualquer sistema, elas
serão o principal objeto de estudo para o experimento contido nesta obra.

O sistema de estudo contém 3 modelos de válvulas: gaveta, esfera e globo. O Quadro


1 demonstra a aplicação, algumas vantagens e desvantagens e recomendações de uso.
13

Quadro 1: Descrição dos modelos de Válvula

Modelo Gaveta (faca) Esfera (plug) Globo

Desenhos mais
comuns

Aplicação Aberta/fechada Aberta/fechada Controle

Leve e compacta; alta Boa vedação; alta vazão;


Pode ser usada com
vazão; larga faixa de baixo ruído; controle
Vantagens fluidos com sólidos em
operação; fechamento suave; troca rápida dos
suspensão
estanque componentes internos

Perda de carga grande;


Vedação precária;
acessório baixo-ruído
Desvantagens Vedação precária Bloqueio de escoamento;
reduz a capacidade de
sujeita a cavitação;
vazão

Não recomendado para


Não recomendada para Recomendado para
fluidos altamente
controle e controle de vazão e
Recomendações corrosivos e adequado para
abertura/fechamentos aplicações que requerem
fluidos com materiais
frequentes vedação estanque
insolúveis em suspensão

Fonte: Bistafa, 2017 [com alterações]


14

3.3 Material e Método

O fluido utilizado foi a água e assumiu-se regime permanente durante o escoamento.


Além disso, o duto utilizado tem geometria equivalente a Figura 1, é reto e com seção constante.
Os materiais utilizados para este experimento foram:

a) 01 manômetro digital com 02 engates rápidos (Foto 1);

b) 01 wattímetro (Foto 2);

c) 02 duas bombas (Foto 3);

d) 01 rotâmetro (Foto 4);

e) 01 conduto com 3 modelos de válvulas diferentes, sendo elas do tipo globo


(Foto 5), esfera (Foto 6) e gaveta (Foto 7).

Foto 1: Manômetro

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Foto 2: Wattímetro

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022


15

Foto 3: Rotâmetro

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Foto 4: Bombas

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Foto 5: Válvula Globo

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022


16

Foto 6: Válvula Esfera

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Foto 7: Válvula Gaveta

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022


17

Em virtude do objetivo experimental, utilizou-se o manômetro digital para determinar


o valor da diferença de pressão entre o fluxo na tubulação. Além disso, a vazão do sistema foi
medida através do método flutuador (rotâmetro).

O procedimento tomado para realização do experimento desenhou-se a partir dos


seguintes passos:

a) Verificação do manômetro e remoção das bolhas de ar;

b) Ligação do Wattímetro, que estava conectado as bombas 1 e 2;

c) Coleta de 6 vazões, através da graduação indicada pelo efeito flutuador sobre


o rotâmetro, para cada tubo analisado;

d) Conversão da unidade de medida da vazão para o Sistema Internacional;

e) Coleta, respectiva e equivalente aos do itens c), da diferença de pressão (∆P)


indicada pelo manômetro digital em Pascal (Pa);

f) Por meio dos dados experimentais, realização do cálculo da velocidade de


escoamento pela Equação 5, da perda singular (hs) pela Equação 4 e do número
de Reynolds (Re) para cada amostra pela Equação 2;

g) Determinação coeficiente de perda de carga singular (ks) pela Equação 1;

h) Definição do fator de atrito (f) através do Diagrama de Moody-Rousse;

i) Criação do diagrama da curva de perda de carga singular em função da vazão


(hs x Q);

j) Criação do diagrama da curva do coeficiente de perda de carga singular em


função do número de Reynolds (Ks x Re).
18

3.4 Resultado e Análise

Para fins experimentais, adotou-se o valor da gravidade como 10 m/s2, viscosidade


cinemática da água (𝝊á𝒈𝒖𝒂) como 10-6 m2/s e o peso especifico como 104 N/m3. O diâmetro
hidráulico (Dh) do sistema foi mensurado como 0,0254 m.

Abaixo estão dispostas as Tabela 1, 2 e 3, que contém os dados obtidos pelo rotâmetro
e os resultados para cada singularidade por meio da aplicação das equações teóricas abordadas
no capítulo anterior. O fator de atrito (f) para determinar o coeficiente ks foi definido como
0,04.

Tabela 1: Dados Válvula Globo

Q (m3/s) V (m/s) ∆P (Pa) hs (m) Re ks Leq (m)

0,0014 2,74 52 000 5,20 69 622 13,84 8,79

0,0015 3,02 51 000 5,13 76 584 11,29 7,17

0,0016 3,15 50 700 5,07 80 065 10,21 6,48

0,0017 3,29 49 800 4,98 83 546 9,21 5,85

0,0024 4,66 45 600 4,56 118 357 4,20 2,67

0,0026 5,21 43 000 4,30 132 281 3,17 2,01

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022


19

Tabela 2: Dados Válvula Esfera

Q (m3/s) V (m/s) ∆P (Pa) hs (m) Re ks Leq (m)

0,0014 2,74 4 800 0,48 69 622 1,28 0,81

0,0016 3,15 4 700 0,47 80 065 0,95 0,60

0,0017 3,29 4 800 0,48 83 546 0,89 0,56

0,0018 3,56 4 700 0,47 90 508 0,74 0,47

0,0019 3,84 4 600 0,46 97 470 0,62 0,40

0,0025 4,93 4 200 0,42 125 319 0,35 0,22

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Tabela 3: Dados Válvula Gaveta

Q (m3/s) V (m/s) ∆P (Pa) hs (m) Re ks Leq (m)

0,0015 3,02 5 200 0,52 76 584 1,14 0,73

0,0017 3,29 5 100 0,51 83 546 0,94 0,60

0,0018 3,56 5 000 0,50 90 508 0,79 0,50

0,0019 3,84 4 900 0,49 97 470 0,67 0,42

0,0021 4,11 4 800 0,48 104 432 0,57 0,36

0,0025 4,93 4 500 0,45 125 319 0,37 0,23

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Com os valores tabelados criou-se o diagrama da curva de perda de carga singular em


função da vazão (Gráfico 1), da curva do coeficiente de carga singular em função do número
de Reynolds (Gráfico 2) e da curva do comprimento equivalente em função do número de
Reynolds (Gráfico 3).
20

Gráfico 1: Perda Singular x Vazão


6

4
hs (m)

3 Válvula Globo
Válvula Esfera
2
Válvula Gaveta
1

0
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030
Q (m3/s)
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Gráfico 2: Coeficiente de Perda Singular x Número de Reynolds


16,00
14,00
12,00
10,00
8,00 Válvula Globo
Ks

6,00 Válvula Esfera

4,00 Válvula Gaveta

2,00
0,00
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000
Re

Fonte: Elaborado pelo autor, 2022

Gráfico 3: Comprimento Equivalente x Número de Reynolds


10,00
9,00
8,00
7,00
6,00
Leq

5,00 Válvula Globo


4,00 Válvula Esfera
3,00
2,00 Válvula Gaveta
1,00
0,00
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000
Re
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022
21

Analisando os dados, percebe-se que a perda singular varia proporcionalmente com a


diferença de pressão, confirmando que ocorre uma queda de pressão gerada pelas perdas. Sobre
os componentes, a válvula globo apresentou maiores perdas em relação as outras. Para a esfera
e a gaveta, as perdas foram praticamente constantes. Comparando o Gráfico 2 com o 3, percebe-
se a relação entre o coeficiente de perda e o método por comprimento equivalente, gerando
curvas semelhantes.
22

4. CONCLUSÃO

Como conclusão, é reconhecido que todo sistema está submetido a perdas, assim como
o transporte em tubulações. Nesse sentido, destaca-se importância das perdas singulares para
escoamento em condutos fechados, uma vez que transparece características relevantes para
projetos dado que esse fator impacta diretamente nos custos de produção e na seleção de
materiais. Assim, conhecer e saber determinar o coeficiente de perda singular, número de
Reynolds e, até mesmo, o método comprimento equivalente, é imprescindível para a
consolidação de um duto bem estruturado.

Em relação ao experimento, conclui-se a relação proporcional que há entre a


viscosidade gerada pelo componente e a perda. De forma empírica e estatística, é possível
verificar e validar esse fenômeno, sendo evidenciado pelos cálculos e equações teóricas. Dessa
forma, é preciso, para um engenheiro moderno, saber quantificar e balancear as perdas das
singularidades, sobretudo as válvulas, do sistema com o intuito de garantir o melhor proveito
energético possível.
23

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BISTAFA, Sylvio R. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Editora Blucher, 2017. E-
book. 9788521210337. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521210337/. Acesso em: 06 set. 2022.

BRUNETTI, Franco. Escoamento permanente de fluido incompressível em condutos


forçados. Mecânica dos Fluidos. 2. ed. rev. Brasil: PEARSON, PRENTICE HALL, [2008].
cap. 7, p. 163-205. Disponível em:
https://4semestrecivil.files.wordpress.com/2015/03/mecc3a2nica-dos-fluc3addos-2c2b0-
edic3a7c3a3o-franco-brunetti.pdf. Acesso em: 06. set. 2022.

ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Grupo
A, 2015. E-book. 9788580554915. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554915/. Acesso em: 06 set. 2022.

ELGER, Donald F. Mecânica dos Fluidos para Engenharia, 11ª edição. São Paulo:
Grupo GEN, 2019. E-book. 9788521636168. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636168/. Acesso em: 06 set. 2022.

POTTER, Merle C.; WIGGERT, David C.; RAMADAN, Bassem H. Mecânica dos
Fluídos – Tradução da 4ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil,
2014. E-book. 9788522116690. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116690/. Acesso em: 06 set. 2022.

FERREIRA, Pedro; LIMA, Iara; VIVALDINI, Túlio; CAVALHERI, Thaís.


Mecânica dos Fluidos: Laboratório. São Paulo. ISBN: 978-85-917144-2-1, 2ª Edição, [S.I].

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