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SÃO PAULO
2022
Ingrid Andrade N6873E4 EA5P07
SÃO PAULO
2022
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
2. OBJETIVO.................................................................................................................. 8
3. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 9
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 22
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho objetiva detalhar e explicar a importância da perda de carga singular para
um projeto mecânico. Para tal, foram utilizadas obras literárias cientificas disponíveis na
biblioteca da instituição e realizado um experimento envolvendo um conduto com válvulas de
características diferentes.
Ademais, pode-se associar aos dutos alguns componentes que modificam a direção do
escoamento do fluido ou causam obstruções parciais, como válvulas, cotovelos, medidores e
diafragmas. Cada um apresenta uma característica diferente que é evidenciada, principalmente,
pelo coeficiente de perda singular (K), que age como uma força de atrito em contato com as
moléculas do fluido, causando uma perda, denominada de perda singular.
8
2. OBJETIVO
Esta obra tem como objetivo determinar o coeficiente de perda de carga singular (Ks)
para vários tipos de singularidades e compará-los com valores tabelados, estudar o
comportamento da perda de carga singular (hs) em função da vazão (Q) e do coeficiente de
perda de carga singular (Ks) em função do número de Reynolds (Re). Além disso, tem como
finalidade definir o comprimento equivalente (Leq) das singularidades e analisar o
comportamento de Leq em função do número de Reynolds (Re).
3. DESENVOLVIMENTO
Além da perda gerada pela atrito das moléculas de um fluido em movimento no interior
de um conduto, há também perdas ocasionadas por obstruções e perturbações bruscas durante
o escoamento. Esses fatores são chamados de Perda de Carga Singular (hs), ou Perda de Carga
Localizada, e podem ocorrer tanto pelo próprio movimento do fluido quanto por interferência
de um componente, como válvulas, registros, diafragmas, alargamentos, entre outros. O
fenômeno ocorre por consequência da viscosidade, que faz com que o fluido perca energia
mecânica (ELGER, 2019). A fórmula para calculá-la é feita por meio da análise dimensional e
é vertente da Equação de Darcy-Weisbach para perda distribuída e pode ser analisada na
Equação 1 (BRUNETTI, 2008)
𝑉2
ℎ𝑠 = 𝑘𝑠 (1)
2𝑔
Sendo:
1
Valor que determina o comportamento do fluido: laminar, transição ou turbulento. “Pode ser visto como a
relação entre as forças inerciais e as forças viscosas que agem sobre um elemento de fluido.” (ÇENGEL;
CIMBALA, 2015, p. 350).
10
𝜌. 𝑉. 𝐷𝐻 𝑉. 𝐷𝐻
𝑅𝑒 = = (2)
𝜇 𝜈
Sendo:
𝑉2
ℎ𝑠 = 𝑘𝑠 [𝑃𝐸𝑅𝐷𝐴 𝑆𝐼𝑁𝐺𝑈𝐿𝐴𝑅]
2𝑔
𝐿 𝑉2
ℎ𝑓 = 𝑓 [𝑃𝐸𝑅𝐷𝐴 𝐷𝐼𝑆𝑇𝑅𝐼𝐵𝑈Í𝐷𝐴]
𝐷 2𝑔
ℎ𝑓 = ℎ𝑠
𝐿 𝑉2 𝑉2
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷 2𝑔 2𝑔
11
𝐿𝑒𝑞 𝑉 2 𝑉2
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷 2𝑔 2𝑔
𝐿𝑒𝑞
𝑓 = 𝑘𝑠
𝐷
𝑘𝑠 . 𝐷
𝐿𝑒𝑞 = [𝑚]
𝑓 (3)
Além disso, é possível associar para um duto logo as perdas singulares (Figura 1) por
meio da dedução da Equação de Energia de Bernoulli (Equação 4), a qual será utilizada como
base para o experimento prático, assim como a equação de Darcy-Weisbach e do comprimento
equivalente. Contudo, vale ressaltar que para este objeto de estudo o conduto apresenta perdas
localizadas ocasionadas por 4 válvulas diferentes, não há máquinas no sistema e o fluido é
incompressível e turbulento (α = 1).
𝐻𝐴 + 𝐻𝑀 = 𝐻𝐵 + 𝐻𝑃(𝐴,𝐵)
𝐻𝐴 = 𝐻𝐵 + 𝐻𝑃(1,2)
𝑃𝐴 𝑉𝐴2 𝑃𝐵 𝑉𝐵2
𝑍𝐴 + +𝛼 = 𝑍𝐵 + +𝛼 + 𝐻𝑃(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
𝑃𝐴 𝑉𝐴2 𝑃𝐵 𝑉𝐵2
0+ + =0+ + + ∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔 𝛾 2𝑔
𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 𝑉𝐵2 − 𝑉𝐴2
= + ∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵)
𝛾 2𝑔
𝑃1 − 𝑃2 𝑉22 − 𝑉12
∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵) = −
𝛾 2𝑔
12
∆𝑃
∑ ℎ𝑓(𝐴,𝐵) = [𝑚]
𝛾 (4)
Outra equação de suma importância será a da vazão volumétrica, descrita pela Equação
5 abaixo:
𝑄
𝑉𝑚é𝑑 = [𝑚/𝑠]
𝐴 (5)
Singularidades são fundamentais para sistemas hidráulicos, uma vez que os mesmos
permitem coleta de dados e redirecionamento do escoamento. Como exemplo prático, pode-se
citar as válvulas, que “são usadas para controlar as vazões, alterando a perda de carga até que a
vazão desejada seja atingida.” (FERREIRA; LIMA; VIVALDINI; CAVALHERI, S.I, p. 114).
As válvulas possuem seu próprio coeficiente de perda singular, chamado coeficiente de vazão
da válvula (KV), e varia conforme a vazão do escoamento. Vale ressaltar que este valor aumenta
conforme a válvula é fechada e, por consequência, diminuída quando aberta, tendo a menor
queda de pressão quando está totalmente aberta. Imprescindíveis para qualquer sistema, elas
serão o principal objeto de estudo para o experimento contido nesta obra.
Desenhos mais
comuns
Foto 1: Manômetro
Foto 2: Wattímetro
Foto 3: Rotâmetro
Foto 4: Bombas
Abaixo estão dispostas as Tabela 1, 2 e 3, que contém os dados obtidos pelo rotâmetro
e os resultados para cada singularidade por meio da aplicação das equações teóricas abordadas
no capítulo anterior. O fator de atrito (f) para determinar o coeficiente ks foi definido como
0,04.
4
hs (m)
3 Válvula Globo
Válvula Esfera
2
Válvula Gaveta
1
0
0,0000 0,0005 0,0010 0,0015 0,0020 0,0025 0,0030
Q (m3/s)
Fonte: Elaborado pelo autor, 2022
2,00
0,00
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000
Re
4. CONCLUSÃO
Como conclusão, é reconhecido que todo sistema está submetido a perdas, assim como
o transporte em tubulações. Nesse sentido, destaca-se importância das perdas singulares para
escoamento em condutos fechados, uma vez que transparece características relevantes para
projetos dado que esse fator impacta diretamente nos custos de produção e na seleção de
materiais. Assim, conhecer e saber determinar o coeficiente de perda singular, número de
Reynolds e, até mesmo, o método comprimento equivalente, é imprescindível para a
consolidação de um duto bem estruturado.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BISTAFA, Sylvio R. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Editora Blucher, 2017. E-
book. 9788521210337. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521210337/. Acesso em: 06 set. 2022.
ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos fluidos. São Paulo: Grupo
A, 2015. E-book. 9788580554915. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554915/. Acesso em: 06 set. 2022.
ELGER, Donald F. Mecânica dos Fluidos para Engenharia, 11ª edição. São Paulo:
Grupo GEN, 2019. E-book. 9788521636168. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521636168/. Acesso em: 06 set. 2022.
POTTER, Merle C.; WIGGERT, David C.; RAMADAN, Bassem H. Mecânica dos
Fluídos – Tradução da 4ª edição norte-americana. São Paulo: Cengage Learning Brasil,
2014. E-book. 9788522116690. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116690/. Acesso em: 06 set. 2022.