Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
1
Sumário
1 Somatórios 4
1.1 Inverso e integrais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Somatórios e números complexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 O truque do complementar para somatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.3.1 Teorema de Wolstenholme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.4 O método de derivação para somatórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.5 Método da função indeterminada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
∑n
(2k + 1) 1
1.5.1 2 2
=1− . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
(k) (k + 1) (n + 1)2
k=1
(k+b)
∑
s−1
1 1
1.5.2 (k+b)(
n−1
k+1+b
) = (b) − (s+b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
k=0 n n n n
1.5.3 Somas envolvendo ax . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.5.4 Somas envolvendo fatorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
∑n
x.x! 1 2n+1 (n + 1)! 1 1 2 n
1.5.5 2x =− + = + + ··· + 46
(2x + 1)! 4n + 4 (2n + 1)! 2 1.3 1.3.5 1.3. · · · .(2n + 1)
x=1 (n )
∑ k.k!
n
k
1.5.6 k
= n. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
k=1
n
1.6 Soma envolvendo repunit . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
1.6.1 Usando números de Stirling . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
1.7 Método da (diferença
) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
∑n n ∑n
2 k
−1
k
1.7.1 = . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
k=1
k k=1
k
1.8 Somatório e logaritmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
1.9 Somas de potências fatoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
1.10 Soma de inversos por representação integral e funções polygamma. . . 61
1.11 Somatórios por reversão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
2
SUMÁRIO 3
Somatórios
Z Exemplo 1. Calcule (n )
∑
n
k
k=0
k+p+1
onde p > −1 é um número real .
(n) n ( ) ∫1 ∫1 ∑ n ( ) ∫1
∑n ∑ n n k
k+p p
k
= x dx = x x dx = xp (1 + x)n dx
k+p+1
k=0 k=0
k 0 0 k 0 k=0
logo (n)
∑
n ∫1
k
= xp (1 + x)n dx.
k=0
k+p+1 0
$ Corolário 1. Se p = 0 temos
(n ) ∫1 ∫1
∑
n
0 n
k
= x (1 + x) dx = (1 + x)n dx
k=0
k+1 0 0
4
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 5
∑n ∑n
b Propriedade 1. Se
ak
k+1
= 0 então existe x ∈ [0, 1] tal que ak xk = 0.
k=0 k=0
ê Demonstração. ∫1 ∑
∑n
ak
n
= xk ak dx = 0
k + 1 0 k=0
k=0
∑
n
ak .0k+1
f(0) = =0
k=0
k+1
e
∑
n
ak .1k+1 ∑n
ak .
f(1) = = =0
k=0
k+1 k=0
k + 1
pelo teorema de Rolle, existe x0 ∈ (0, 1) tal que f ′ (x0 ) = 0. Vale
∑
n
ak (k + 1)xk ∑
n
′
f (x) = = ak xk
k=0
k+1 k=0
∑
n
logo existe x0 ∈ (0, 1) tal que ak xk0 = 0.
k=0
Podemos generalizar essa propriedade
∑n
b Propriedade 2. Se
ak (k!)(m)!
(k + 1 + m)!
= 0 então existe x ∈ [0, 1] tal que
k=0
∑
n
ak (1 − x)k xm = 0.
k=0
ê Demonstração.
∑ ∑ ∫1 ∑
ak Γ (k + 1)Γ (m + 1) ∑
n n n n
ak (k!)(m)!
= = ak β(k+1, m+1) = ak (1−x)k xm dx
k=0
(k + 1 + m)! k=0
Γ (k + m + 2)
k=0 0 k=0
(n) ( ) ∫1 ∫1 ∑ ( ) ∫1
∑
n
ak+1 ∑
n
n
n
k+1 k k n
k
= a x dx = a (ax) dx = a(1 + ax)n dx
k=0
k+1 k=0
k 0 0 k=0
k 0
dy
fazendo a substituição y = 1 + ax, =a
dx
(n ) ∫ 1+a 1+a
∑
n
ak+1 yn+1 (1 + a)n+1 − 1
k n
= (y) dy = =
k=0
k+1 1 n + 1 1 n+1
∑
p ]1 ∑
p ]1
k p k −k (1 + ax)n+1 (k,1) p−k k −(k+1) (−(k+1),1) n+k+1
= D x (−1) D = p x (−1) a (n) (1+ax)
k=0
a(n + 1) 0 k=0 0
onde usamos fórmula para repetição de soma por partes para obter
∫1 ∑
p ]1
p n k p k −k (1+ ax)n+1
x (1 + ax) dx = D x (−1) D ,
0 k=0
a(n + 1) 0
∏
k−1
(k,1)
p = (p − s),
s=0
(1 + a)n+1 (an + a − 1) + 1
= .
a2 (n + 1)(n + 2)
Se a = −1 temos (n)
∑
n
(−1)k 1
k
= .
k=0
k+2 (n + 1)(n + 2)
Onde usamos a expressão obtida no exemplo anterior.
$ Corolário 2. Se a = −1
( ) ]1
∑n
(−1)k nk ∑p
(k,1) p−k k −(k+1) (−(k+1),1) n+k+1
= p x (−1) (−1) (n) (1 − x)
k=0
k+p+1 k=0 0
que nada mais é que a função beta, sendo válida também para p real, então temos
( )
∑n
(−1)k nk Γ (p + 1)Γ (n + 1)
= β(p + 1, n + 1) =
k+p+1
k=0
Γ (n + p + 2)
se p natural ( )
∑n
(−1)k nk p!n!
= .
k + p + 1 (n + p + 1)!
k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 8
que é a definição da função beta, além disso usamos a relação com a função
gamma
Γ (p + 1)Γ (n + 1)
β(p + 1, n + 1) = ,
Γ (n + p + 2)
além disso para n natural vale que Γ (n + 1) = n! .
(n) (n)
∑
n
(−1)k 1 ∑ (−1)k k
n
k
= =
k=1
2k + 1 2 k + 21
k=1
agora usamos a relação com função gamma e beta que mostramos no exemplo
anterior,
1 1 Γ ( 21 )Γ (n + 1)
= β( , n + 1) = ,
2 2 Γ (n + 21 + 1)
1 √ 1
agora usamos as identidade Γ ( ) = π , Γ (n + 1) = n! e Γ (n + + 1) =
√ 2 2
(2n + 2)! π
usando essas expressões e simplificando temos que
(n + 1)!22n+2
(n) √
∑
n
(−1)k 1 πn!(n + 1)!22n .2.2 (n!)2 4n
k
= √ = .
2k + 1 2 π(2n + 1)!.2(n + 1) (2n + 1)!
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 9
Z Exemplo 7. Calcular (n )
∑
n
(−1)k k
.
k=0
k+2
( )
∑
n k n
(−1) k n! 1
= = .
k=0
k+2 (n + 2)! (n + 1)(n + 2)
Z Exemplo 8. Calcular (n )
∑
n
(−1)k k
.
k=0
k+3
(n)
∑
n
(−1)k 2!n! 2n! 2
k
= = = .
k=0
k+3 (n + 3)! (n + 3)(n + 2)(n + 1)(n)! (n + 3)(n + 2)(n + 1)
Z Exemplo 9. Calcular (n )
∑
n
(−1)k k
.
k=0
k+4
(n )
∑
n
(−1)k 3!n! 6
k
= = .
k=0
k+4 (n + 4)! (n + 4)(n + 3)(n + 2)(n + 1)
1 1
= =
k3 + 9k2 + 26k + 24 (k + 2)(k + 3)(k + 4)
1 1 1
= − +
2(k + 2) k + 3 2(k + 4)
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 10
1 1 2 3
− + =
2 (n + 1)(n + 2) (n + 1)(n + 2)(n + 3) (n + 1)(n + 2)(n + 3)(n + 4)
expressão que pode ser simplificada
1
= .
2(n + 3)(n + 4)
(n ) ( ) ∫1 ∫ ( )
∑
n
(−1)k β(k + 2, 3) ∑ (−1)k nk 0 xk+1 (1 − x)2
n
1 1 ∑n
k 2 k n
= = dx = (1−x) x (−x) dx =
Γ ( 3) 2 2 0 k
k=0 k=0 k=0
∫1 ∫1
1 1 1 1 Γ (2)Γ (n + 3) (n + 2)!
= (1−x)2 x(1−x)n dx = x(1−x)n+2 dx = β(2, n+3) = = =
2 0 2 0 2 2 Γ (n + 5) 2(n + 4)!
1
= .
2(n + 4)(n + 3)
ê Demonstração.
( ) ( )
∑
n
(−1)k nk ∑n
(−1)k nk (k + s)!
= =
k=0
(k + s + 1) · · · (k + s + t) k=0
(k + s + t)!
( ) ( )
1 ∑
n
(−1)k nk Γ (k + s + 1)Γ (t) 1 ∑
n
k n
= = (−1) β(k + s + 1, t) =
(t − 1)! k=0
Γ (k + s + t + 1) (t − 1)! k k=0
∫1 ∑
n ( ) ∫1
1 k n 1
= xs (1 − x)t−1 (−x) dx = xs (1 − x)n+t−1 dx =
(t − 1)! 0 k=0
k (t − 1)! 0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 11
1 1 Γ (s + 1)Γ (n + t) s! (n + t − 1)!
= β(s + 1, n + t) = = .
(t − 1)! (t − 1)! Γ (n + t + s + 1) (t − 1)! (n + t + s)!
Isto é
( )
∑ n
(−1)k nk s! 1
=
k=0
(k + s + 1) · · · (k + s + t) (t − 1)! (n + t) · · · (n + t + s)
∑
n−1
2kπ
cos = −1.
k=1
n
∑
n−1
2kπ
sen = 0.
k=1
n
∑n ( )
n
coskx.
k=0
k
Temos
∑n ( ) n ( ) n ( )
ix n ixk ∑ n
n
∑ n
(e + 1) = e = coskx + i senkx
k=0
k k=0
k k=0
k
e temos
ix ix
ix ix
− ix ix e 2 + e− 2 ix x ix
e + 1 = (e 2 +e 2 )(e ) = 2(
2 )(e 2 ) = 2cos( ).(e 2 )
2 2
logo
( )n ( )n ( )n
ix n x inx
n n x nx n x nx
(e + 1) = 2 cos( ) .(e ) = 2 cos( ) cos
2 + i2 cos( ) sen
2 2 2 2 2
∑n ( ) ( )n
n n x nx
coskx = 2 cos( ) cos
k 2 2
k=0
∑n ( ) ( )n
n n x nx
senkx = 2 cos( ) sen
k 2 2
k=0
Da identidade
∑n ( ) ( )n
n n x nx
coskx = 2 cos( ) cos
k 2 2
k=0
π
segue tomando x =
2
n−2 (
∑ ) ( √ )n−2
n−2 kπ n−2 2 (n − 2)π
cos =2 cos .
k 2 2 4
k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 13
Da identidade
∑n ( ) ( )n
n n x nx
senkx = 2 cos( ) sen
k 2 2
k=0
tem-se
n−1 (
∑ ) ( )n−1
n−1 n−1 x (n − 1)x
senkx = 2 cos( ) sen
k 2 2
k=0
π
tomando x = segue
2
n−1 (
∑ ) ( )n−1
n−1 kπ n−1 π (n − 1)π
sen =2 cos( ) sen
k 2 4 4
k=0
√
π 2
como =
4 2
n−1 (
∑ ) ( √ )n−1
n−1 kπ n−1 2 (n − 1)π
sen =2 sen .
k 2 2 4
k=0
∑n ( ) n ( ) n ( ) n−1 ( )
n kπ ∑ n kπ ∑ n−1 kπ ∑ n−1 (k + 1)π
kcos = kcos =n cos =n cos =
k 2 k 2 k−1 2 k 2
k=0 k=1 k=1 k=0
kπ π π kπ kπ
mas cos( + ) = −sen .sen = −sen
2 2 2 2 2
n−1 (
∑ ) ( √ )n−1
n−1 kπ n−1 2 (n − 1)π
= −n sen = −n2 sen .
k 2 2 4
k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 14
∑n ( ) n ( ) n ( )
n kπ ∑ n kπ ∑ n−2 kπ
k(k− 1)cos = k(k− 1)cos = n(n− 1) cos =
k 2 k 2 k − 2 2
k=0 k=2 k=2
n−2 (
∑ ) n−2 (
∑ )
n−2 (k + 2)π n−2 (k)π
= n(n − 1) cos = −n(n − 1) cos =
k 2 k 2
k=0 k=0
( √ )n−2
n−2 2 (n − 2)π
= −n(n − 1)2 cos .
2 4
∑n ( ) n ( )
n kπ ∑ n kπ
kcos + k(k − 1)cos =
k 2 k 2
k=0 k=0
( √ )n−1 ( √ )n−2
n−1 2 (n − 1)π n−2 2 (n − 2)π
= −n2 sen − n(n − 1)2 cos
2 4 2 4
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 15
n ( )
1∑ n 2 δ(0,(n−1)(n−2)) n!(−1)n
k (−1)k =
4 k 4
k=0
n ( ) ( √ )n−1 ( √ )n−2
1∑ n 2 kπ n−2 2 (n − 1)π n−3 2 (n − 2)π
k cos = −n2 sen −n(n−1)2 cos
2 k 2 2 4 2 4
k=0
n ( )
1∑ n 2 kπ
k (1 + (−1)k + 2cos ) =
4 k 2
k=0
( √ )n−1 ( √ )n−2
2 (n − 1 )π 2 (n − 2)π
= −n2n−2 sen − n(n − 1)2n−3 cos +
2 4 2 4
δ(0,(n−1)(n−2)) n!(−1)n
+ + (n + 1)(n)2n−4 .
4
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 16
∑
1
ik! = i1! = i = i + 4δ(1,1) + 2δ(1,2) + n − 5 = i + 4 + 1 − 5 = i
k=1
para n = 2 temos
∑
2
ik! = i1! + i2! = i − 1 = i + 4δ(2,1) + 2δ(2,2) + 2 − 5 = i + 2 + 2 − 5 = i − 1
k=1
para n = 3 temos
∑
n
ik! = i − 1 + i2.3 = i − 1 − 1 = i − 2 = i + 4δ(3,1) + 2δ(3,2) + 3 − 5 = i − 2
k=1
∑
n ∑
n
ik! = i − 2 + ik! =
k=1 k=4
∑
n
b Propriedade 4. Sejam o polinômio xk = p(x) o conjunto A das raı́zes
k=0
desse polinômio então
∑ 1 n
= .
1−k 2
k∈A
para cada raiz complexa existe uma conjugada que também é raiz, sendo no total n
n
raı́zes. Temos então um conjunto B com elementos das raı́zes e um conjunto B
2
das conjugadas e vale
n n n
∑ 1 ∑
2
1 ∑
2
1 ∑
2
2 − xk − xk
= + = =
1−k 1 − xk 1 − xk (1 − xk )(1 − xk )
k∈A k=1 k=1 k=1
n−1 1 n
Caso n+ 1 seja par, n é ı́mpar e −1 é raiz de p(x) sendo a soma no caso + = .
2 2 2
∑
b
f(k),
k=a
∑
b ∑
b
f(k) = f(a + b − k) = S,
k=a k=a
∑
b ∑
b ∑
b
f(a + b − k) + f(k) = (f(a + b − k) + f(k)) = 2S,
k=a k=a k=a
de onde segue
1∑
b
S= (f(a + b − k) + f(k)).
2
k=a
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 18
Z Exemplo 20. A soma que Gauss teria feito quando menino é a soma
∑
n
k=S
k=1
1∑ 1∑
n n
(n + 1)(n)
S= (k + n + 1 − k) = (n + 1) = .
2 2 2
k=1 k=1
∑
n ∑
n
ak + b + a(n + 1 − k) + b ∑
n
2b + a(n + 1) n(a(n + 1)2b) n(an + a + 2b)
ak+b = = = =
2 2 2 2
k=1 k=1 k=1
f(a + b − x) + f(x) = 1
cx ca+b−x
+ =1
cx + d ca+b−x + d
temos que ter ca+b = d2 logo c = d2/(a+b) , então dado d podemos achar c = d2/(a+b)
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 19
1∑ 1∑
b b
b+1−a
S= (f(a + b − k) + f(k)) = 1= .
2 2 2
k=a k=a
2007
.
2
pois
∑ (( )) (( )) (( ))
1∑
n n
n k n k n
f (−1) = f (−1) + f (−1)n−k
k 2 k n−k
k=0 k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 20
( ) ( )
n−k k n n
como n é ı́mpar vale (−1) = −(−1) daı́ e de = segue o resultado.
n−k k
com condição
f(x) + f(b + a − x) = 1
d d
+ b+a−x =1
cx +d c +d
chegamos então que cb+a = d2 , então a relação é o resultado são os mesmos que
chegamos para a outra expressão num exemplo anterior.
∑
35
1∑
35
cos(5k) = cos5k + cos(5(35 + 1 − k))
2
k=1 k=1
mas temos cos5k + cos(5(35 + 1 − k)) = cos5k + cos(5(36 − k)) = cos5k + cos(180 −
5k) = cos5k − cos5k = 0 logo
∑
35
cos5k = 0.
k=1
Temos
∑
n ( ) ∑
n ( )
∑
n ( ) (k + n − k) nk n nk
n k=0 k=0
k = = = n2n−1
k 2 2
k=0
∑ ( )2 ( )2 ( )2 n ( )2 ( )
1 ∑ n n∑ n
n n
n n n 2n
k = [ k + (n − k) ]= = .
k 2 k k 2 k 2 n
k=0 k=0 k=0
∑ ( )2 ( )2 ( )2
n2 ∑
n n−1
n3 n−1 n−1
k = (k + 1) + (n − k) =
k 2 k k
k=0 k=0
n−1 ( )2 ( )
n2 (n + 1) ∑ n − 1 n2 (n + 1) 2n − 2
= = .
2 k 2 n−1
k=0
Logo
∑
n ( )2 ( ) ( )( )( )
3 n n2 (n + 1) 2n − 2 n n + 1 2n − 2
k = = .
k 2 n − 1 1 2 n − 1
k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 22
∑
n−1
1∑
n−1
f(m) = f(m) + f(n − 1 − m)
2
m=0 m=0
m ( )
∑ ∑
n− 1−m ( )
n n
f(m) + f(n − 1 − m) = + =
k=0
k k=0
k
m (
∑ ) ∑
n− 1−m ( ) ∑n ( ) n−
∑ 1−m ( )
n n n n
= + = + =
k=0
m−k k=0
k k=n−m
n − k k=0
k
∑n ( ) n−
∑ 1−m ( ) ∑n ( )
n n n
= + = = 2n
k=n−m
k k=0
k k=0
k
assim temos
∑ m ( )
n−1 ∑
1∑ n
n−1
n
= 2 = n2n−1 .
k 2
m=0 k=0 m=0
sendo somado sobre o conjunto dos números naturais k, tais que mdc(k, n) = 1,
tal conjunto possui φ(n) elementos, onde φ é a função de Euler. Pelo lema
de Euclides mdc(a, b) = mdc(a, b − ta), tomamos a = k, b = n e t = 1 daı́
mdc(k, n) = mdc(k, n − k) = 1, e o conjunto dos elementos {k | mdc(n, n − k) = 1}
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 23
∑ ∑
k= n−k
mdc(k,n)=1 mdc(k,n)=1
então
∑ 1 ∑ ∑ ∑ n nφ(n)
k= ( (n − k) + (k)) = = .
2 2 2
mdc(k,n)=1 mdc(k,n)=1 mdc(k,n)=1 mdc(k,n)=1
∑
n ∑
n
Z Exemplo 33. Mostrar que para p ı́mpar S = p
k é múltiplo de k.
k=1 k=1
∑
n
n(n + 1) ∑n
Como sabemos k= , basta mostrar que 2 kp = 2S é múltiplo de
2
k=1 k=1
∑
n ∑n
n e de n + 1. Vale que kp = kp , usando o truque do complementar temos
k=1 k=0
∑
n ∑
n
2S = kp + (n + 1 − k)p ≡ kp − (kp ) ≡ 0 mod (n + 1)
k=1 k=1
∑
n ∑
n
2S = kp + (n − k)p ≡ kp − (kp ) ≡ 0 mod n
k=0 k=1
xn
sendo m ≥ n e f(k) = .
1 + xn
Temos que
xn xn + 1 − 1 1
f(x) = = = 1 − .
1 + xn 1 + xn 1 + xn
além disso
1 1 1 1 xn 1
f( ) = n 1
= n n =
x x 1 + xn x x +1 1 + xn
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 24
1
por isso f(x) + f( ) = 1, vamos com isso simplificar a soma .
x
∑
m ∑
n
1 ∑
n ∑
n
1 ∑
m
f(g(k)) + f( )= f(g(k)) + f( )+ f(g(k)) =
k=a k=a
g(k) k=a
g(k)
k=a k=n+1
∑
n
1 ∑
m ∑m
= [f(g(k)) + f( )] + f(g(k)) = (n + 1 − a) + f(g(k)).
k=a |
g(k)
{z } k=n+1 k=n+1
1
Então
∑
m ∑
n
1 ∑
m
f(k) + f( ) = (n + 1 − a) + f(k).
k=a k=a
k k=n+1
x2
onde f(x) = . Usamos o resultado anterior, que garante
1 + x2
∑
2000
k ∑ 2000
1999 ∑ k ∑ 2000
1999
2000
1999
f( )+ f( )= f( )+ f( ) + f( )=
2000 k 2000 k 2000
k=1 k=1 k=1 k=1
∑
1999
k 2000
= [f( ) + f( )] +f(1) = 1999 + 0, 5 = 1999, 5
k=1 | 2000 {z k }
1
1 1
pois f(1) = = = 0, 5.
1+1 2
2 −1 √
n∑ √
n+ k √
k=1
=1+ 2.
∑√ √
n2 −1
n− k
k=1
√ √ √
√ a+c a−c
a+ b= +
2 2
√ √ √
√ a+c a−c
a− b= −
2 2
√
onde c = a2 − b.
Usando as fórmulas temos
√ √ √ √
√ 2 √ √
n+ k= ( n + n2 − k + n − n2 − k)
2
√ √ √ √
√ 2 √ √
n− k= ( n + n2 − k − n − n2 − k)
2
essa última pode ser escrita como
√ √ √ √ √
√ √
2 n − k = ( n + n2 − k − n − n2 − k)
n∑
2 −1 √ √ √ √ n∑
2 −1 √ √
( n+ n2 − k − n − n2 − k) 2 ( n − n2 − k)
k=1
√ √ + 2 √ k=1 √
n∑
2 −1
√ √ n∑−1 √ √
( n+ n2 − k − n − n2 − k) ( n + n2 − k − n − n2 − k)
k=1 k=1
n∑
2 −1 √ √
2 ( n − n2 − k) √
k=1
= 2
∑ √
n2 −1 √ √ √
( n + n2 − k − n − n2 − k)
k=1
√ √ √ √ √
√ √
usando 2 n − k = ( n + n − k − n − n2 − k) segue que
2
n∑
2 −1 √ √
2 ( n − n2 − k)
k=1
√ √ =
n∑
2 −1
√ √
( n + n2 − k − n − n2 − k)
k=1
n∑
2 −1 √ √
2 ( n − n2 − k)
k=1
= 2 −1 √
√ n∑ √
2 n− k
k=1
∑
n ∑
n
f(1) + · · · + f(n) = f(k) = f(n + 1 − k) = f(n) + · · · + f(1)
k=1 k=1
, a soma não se alterar pela ordem com que somamos, temos que a soma no
numerador é
∑ √ ∑
2 −1 √
√ ∑
2 −1 √
√
√
n2 −1 n n
( n − k) = ( n − n2 − 1 + 1 − k) = ( n − n2 − k)
k=1 k=1 k=1
2 √
então numerador e denominador de anulam, a soma resultando em √ = 2,
2
como querı́amos demonstrar.
Vejamos agora a aplicação do método para somas sobre conjuntos.
∑ ∑ ∑ ∑
2 n
s(n) = j + ··· + j= j.
j∈A1 j∈A2n k=1 j∈Ak
∑ ∑ ∑ ∑ ∑
n
n(n + 1)
j+ j= j= j= j= ,
2
j∈Ak j∈Ack j∈Ak ∪Ack j∈In j=1
∑ ∑
s(n) = j + ··· + j,
j∈Ac1 j∈Ac2n
∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑ ∑
2 n 2 n 2 n
2s(n) = j+ j= [ j+ j] =
k=1 j∈Ak k=1 j∈Ack k=1 j∈Ak j∈Ack
∑
2 n
n(n + 1) n(n + 1) n
= = 2 .
2 2
k=1
Portanto
s(n) = (n)(n + 1)2n−2 .
∑
p−1
1 1∑1
p−1
1 1∑
p−1
p
= + =
k 2 k p−k 2 (k)(p − k)
k=1 k=1 k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 28
pA
onde usamos o truque do complementar tal soma pode ser escrita como
(p − 1)!
p−1
∑2
(p − 1)!
onde A = , logo p divide o numerador. Agora iremos provar que
k=1
k(p − k)
p2 divide o numerador, mostrando que p|A.
(p − 1)!
2. Para qualquer k ∈ {1, . . . , p − 1} vale que ≡ (k2 )−1 mod p pois
k(p − k)
(p − 1)!
= x ∈ Z ⇒ x(p − k)k = (p − 1)! ≡ −1 mod p
k(p − k)
pelo teorema de Wilson como p ≡ 0 mod p temos
∑
p−1
4. Vale que k2 ≡ 0 mod p, pois pela fórmula geral tem-se
k=1
∑
p−1
(p − 1)(p)(2(p − 1) + 11)
k2 =
6
k=1
∑
p−1
∑
p−1
k ≡
2
(k−1 )2 ≡ 0 mod p
k=1 k=1
6. Finalmente, usando os item anteriores vamos mostrar que p|A, mostrando que
2A ≡ 0 mod p.
p−1 p−1
∑
2 ∑
2
2A = (k−1 )2 + (k−1 )2 =
k=1 k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 29
p−1 p−1
∑
2 ∑
2
= (k−1 )2 + ((−k)−1 )2 =
k=1 k=1
alterando a ordem da soma no segundo somatório ( somando de trás para frente
)
p−1 p−1
∑
2 ∑
2
p − 1 −1 2
= (k−1 )2 + ((k − 1 − ) ) =
2
k=1 k=1
p−1
∑
2 ∑
p−1
−1 2
= (k ) + ((k − p)−1 )2 =
k=1 k=1+ p− 1
2
usando p ≡ 0 mod p
p−1
∑
2 ∑
p−1
∑
p−1
= −1 2
(k ) + −1 2
((k) ) = ((k)−1 )2 ≡ 0 mod p
k=1 k=1+ p− 1 k=1
2
Temos então
∑
p−1
1 p2 B
= .
k (p − 1)!
k=1
∑ ∑
kn+1 ak = (aD) kn ak .
k k
ê Demonstração.
∑ ∑ ∑
(aD) kn ak = kn kaak−1 = kn+1 ak .
k k k
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 30
aplicando aD temos
∑ kak (a − 1) − ak+1
kak =
(a − 1)2
$ Corolário 5. Temos
∑n ( )
n k
a = (1 + a)n
k=0
k
aplicando ap .Dp temos
∑n ( ) n ( )
n p p k ∑ n (p,1) k
a D a = k a = ap n(p,1) (1 + a)n−p .
k=0
k k=0
k
∑
n
(2k + 1) 1
1.5.1 2 2
=1− .
(k) (k + 1) (n + 1)2
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 31
1 1 1 k2 − (k + 1)2 2k + 1
−∆ = −( − ) = −( ) = ( )
k2 (k + 1)2 k2 k2 (k + 1)2 k2 (k + 1)2
∑
∞
(2k + 1) 1
2 2
= lim − + 1 = 1.
k=1
(k) (k + 1) (n + 1)2
Tomamos g(k) = (2k − 1)2 = 4k2 − 4k + 1 daı́ g(k + 1) = (2k + 1)2 e ∆g(k) = 8k,
então
1 8k
∆ 2
=−
(2k − 1) (2k − 1)2 (2k + 1)2
1 k
−∆ =
8(2k − 1)2 (2k − 1)2 (2k + 1)2
aplicando a soma temos
∑
n
k 1 1 1
= −∆ = −
(2k − 1)2 (2k + 1)2 8(2k − 1) 2 8 8(2n + 1)2
k=1
portanto a série
∑
∞
k 1
= .
k=1
(2k − 1)2 (2k + 1)2 8
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 32
(k+b)
∑
s−1
1 1
1.5.2 (k+b)(
n−1
k+1+b
) = ( b
) − (s+b
)
k=0 n n n n
logo (k+b)
1
∆ =− (k+b)(
n−1
)
(k + b)(n,1) (n!) n k+n1+b
ou escrevendo a primeira potência como coeficiente binomial
(k+b)
1
∆ (k+b) = − (k+b)(
n−1
)
n! n (n!) n k+n1+b
e a série (k+b)
∑
∞
1
(k+b)(
n−1
k+1+b
) = (b) .
k=0 n n n
∑ ( )k ( )k n+1 ( )n+1
3
n
(k + 8) 3 −4 −4 3 3
= = +
k=1
(k)(k + 1)(k + 2) 4 k(k + 1) 4 1 (n + 1)(n + 2) 4 2
e a série
∑
∞ ( )k
(k + 8) 3 3
= .
k=1
(k)(k + 1)(k + 2) 4 2
c 6
Da experiência do problema anterior testamos uma função ( )k e pode-
(k)(k + 1) 7
mos encontrar c = −7 logo
∑ ( )k ( )k
k + 14 6 −7 6
= .
(k)(k + 1)(k + 2) 7 (k)(k + 1) 7
∑ ( )k ( )k n ( )n ( )
6
n−1
k + 14 6 −7 −7 6 7 6
= = +
k=1
(k)(k + 1)(k + 2) 7 (k)(k + 1) 7 1 (n)(n + 1) 7 2 7
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 34
e a série
∑
∞ ( )k ( )n ( )
k + 14 6 −7 6 7 6
= lim( + )=3
k=1
(k)(k + 1)(k + 2) 7 (n)(n + 1) 7 2 7
∑
n−1
aplicando a soma tem-se
k=1
∑ ( )k ( )k n ( )n ( )
a − 1
n−1
k + 2a a−1 −a −a a−1 a a−1
= = (n)(n + 1) + .
k=1
(k)(k + 1)(k + 2) a (k)(k + 1) a 1 a 2 a
a−1 1
Se −1 ≤ ≤ 1 se ≤ a, então nesse caso a série converge
a 2
∑∞ ( )k
k + 2a a−1 a−1
= .
(k)(k + 1)(k + 2) a 2
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 35
ak f(k)
Vamos supor a existência de uma função tal que
g(k)
ak f(k) (k + 2)ak
∆ =
g(k) k(k + 1)
1
de onde podemos tirar c = −2 e a = logo
2
1 (k + 2)
−2∆ =
2k k k(k + 1)2k
que implica
∑ (k + 2) 1
k
= −2 k
k
k(k + 1)2 2 k
∑n
(k + 2) 1 1 1
k
= −2 n+1 +2 =1− n
k=1
k(k + 1)2 2 (n + 1) 2 2 (n + 1)
e a série
∑∞
(k + 2)
= 1.
k=1
k(k + 1)2k
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 36
f(x)2x
Consideramos uma função da forma
(x + 1)
( )
f(x)2x x+1 2f(x + 1) x f(x) 2x
∆ =2 −2 = f(x + 1)(x + 1) − f(x)(x + 2)
(x + 1) (x + 2) x+1 (x + 1)(x + 2)
n
∑
n−1
x2x 2x 2n 2 2n
= = − = − 1.
x=1
(x + 1)(x + 2) x + 1 1 n+1 2 n+1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 37
f(k)
Supondo uma função do tipo (−1)k−1 temos
g(k)
n+1
∑
n
(−1)k (2k + 1) (−1)k−1 (−1)n
= = −1
k=0
(k)(k + 1) (k) 1 (n + 1)
e a série
∑
∞
(−1)k (2k + 1)
= − 1.
k=0
(k)(k + 1)
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 38
(−1)k−1
Testamos uma primitiva da forma g(k) = e podemos deduzir g(k) =
ak + b
1 (−1)k−1
, aplicando a soma temos
4 2k − 1
∑ n+1
1 (−1)k−1
n
(−1)k k 1 (−1)n 1
2
= = − .
4k − 1 4 2k − 1 1 4 2n + 1 4
k=1
A série
∑∞
(−1)k k 1 (−1)n 1 1
2
= lim ( − )=−
4k − 1 4 2n + 1 4 4
k=1
(−1)n 1
pois lim = 0, ((−1)n ) é limitada e tende a zero.
2n + 1 2n + 1
∑
n
Z Exemplo 48. Calcular (−1)k k2 . Supondo uma soma da forma (−1)k−1 g(k),
k=0
temos que ter
1 1
de onde tiramos a = , b = − e c = 0 logo
2 2
∑ (−1)k−1 2 (−1)k−1
(−1)k k2 = (k − k) = (k)(k − 1)
2 2
∑
n
(n + 1)(n) ∑n
(−1)k k2 = (−1)n = (−1)n k.
2
k=0 k=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 39
Vamos supor
∆f(k).k! = k!(k2 + 3k + 1)
a = −1
−f(k + 1) − kf(k) = k2 + k + 1
k (−1)k (k2 + k + 1)
∆(−1)k+1 =
(k − 1)! k!
no caso do problema
∑
1994
(−1)k (k2 + k + 1) 1995
= −1
k=1
k! (1994)!
temos a série
∑
∞
(−1)k (k2 + k + 1)
= −1.
k=1
k!
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 41
k+1 k2 − 2
−∆ =
(k − 1)! k!
logo n+1
∑
n
k2 − 2 k + 1 n+2 3 n+2
=− =− + =3− .
k=2
k! (k − 1)! k=2 n! (1)! n!
A série
∑
∞
k2 − 2
= 3.
k=2
k!
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 42
Supondo que haja f(k) tal que ∆f(k).k! = (k2 + 1)k! temos
(k + 1)f(k + 1) − f(k) = k2 + 1
tome f(x) = c
2c − xc − 2c = x
logo c = −1
∑ x2x −2x
= .
(x + 2)! (x + 1)!
Aplicando limites [1, n] temos
n+1
∑
n
x2x −2x −2n+1 2 −2n+1
= = + = + 1..
x=1
(x + 2)! (x + 1)! 1 (n + 2)! (2)! (n + 2)!
∑
∞
x2x 2n+1
Para calcular a série , devemos saber o limite lim , sendo
(x + 2)! (n + 2)!
x=1
uma sequência de termos positivos, aplicamos o critério da razão. Temos
xn+1 2
=
xn n+3
2n+1
cujo limite é zero, então lim = 0 e a série converge
(n + 2)!
∑
∞
x2x
= 1.
x=1
(x + 2)!
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 44
e a série
∑
∞
xax a
= .
x=1
(x + a)! a!
e temos série
∑
∞
k2 + k − 1 1
= .
k=1
(k + 2)! 2
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 45
Temos
∑
93
k2 − 3k + 1 ∑
91
(k + 2)2 − 3(k + 2) + 1
= =
k=3
k! k=1
(k + 2)!
∑
91
k2 + k − 1 92 1
= =− +
k=1
(k + 2)! (93)! 2
1
somando
2
1 ∑ k2 + k − 1
91
92
+ =− + 1.
2 (k + 2)! (93)!
k=1
f(n + 1) an + b
=
f(n) an + c
∑
f(k)
k
, para isso vamos usar o método da função indeterminada, vamos considerar uma
f(n)g(n)
função do tipo tal que
h(n)
f(n)g(n)
∆ = f(n + 1)
h(n)
( )
f(n + 1) an + b g(n) h(n + 1)
= =
f(n) an + c h(n) g(n + 1) − h(n + 1)
agora tomar h(n) = u e g(n) = an + b resolve o problema, pois
( )
an + b an + b u
=
an + c u an + b + a − u
f(n)(an + b)
∆ = f(n + 1)
b+a−c
f(k − 1)(a(k − 1) + b)
∆ = f(k)
b+a−c
a expressão fechada para f(k) podemos obter através da teoria de produtórios
ak + b
Qf(k) =
ak + c
então
c0 Γ ( ab + k)
f(k) =
Γ ( ac + k)
c−a
onde c0 é uma constante, se quisermos f(0) = 1 temos f(−1) = logo
b−a
∑ n+1
f(k − 1)(a(k − 1) + b)
n
f(n)(a(n) + b) f(−1)(b − a)
f(k) = = −
k=0
b+a−c 0 b+a−c b+a−c
f(n)(a(n) + b) c−a
= −
b+a−c b+a−c
logo
∑
n
f(n)(a(n) + b) + a − c
f(k) = .
k=0
b+a−c
∑
n
x.x! 1 2n+1 (n + 1)! 1 1 2
1.5.5 2x
=− + = + + ··· +
(2x + 1)! 4n + 4 (2n + 1)! 2 1.3 1.3.5
x=1
n
1.3. · · · .(2n + 1)
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 47
∑ n+1
n
x.x! 1 2x
x! 1 2n+1 (n + 1)! 1
2x =− = − + .
(2x + 1)! 4x (2x − 1)! 1 4n + 4 (2n + 1)! 2
x=1
∑
∞
x.x! 1 2n+1 (n + 1)!
Agora para calcular a série 2x temos que saber o limite lim ,
( 2x + 1)! 4n + 4 (2n + 1)!
x=1
aplicamos novamente o teste da razão
xn+1 1 2n+1 2(n + 2)(n + 1)! (4n + 4)(2n + 1)! 2(n + 2)(4n + 4)
= n+ 1
=
xn 4n + 8 (2n + 1)!(2n + 2)(2n + 3) 2 (n + 1)! (4n + 8)(2n + 2)(2n + 3)
xn+1
logo lim = 0 implicando lim xn = 0, logo a série converge e vale
xn
∑
∞
x.x! 1
2x = .
x=1
(2x + 1)! 2
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 48
isto é , a soma
∑
n
k
.
∏1
k+
k=1 (2s − 1)
s=1
∏
n+1
(2n + 2)! (2n + 1)!(2n + 2) (2n + 1)!
(2k − 1) = = n = n
2n+1 (n + 1)! 2 (n)!(2n + 2) 2 (n)!
k=1
∑n
2k (k!)k
k=1
(2k + 1)!
(k!)2 4k (k!)2 4k
= (2k + 2 − 2k − 1) = .
(2k + 1)! (2k + 1)!
Aplicando a soma tem-se
n+1
∑
n
[k!]2 (k!)2 4k ([n + 1]!)2 4n+1
k
4 = = − 1.
k=0
(2k + 1)! (2k)! 0 (2n + 2)!
Logo
∑
n
[k!]2 ([n + 1]!)2 4n+1
4k = − 1.
k=0
(2k + 1)! (2n + 2)!
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 49
4k 4k
∆ (2k) = (2k)
k
(2k + 1) k
∑
n
4k 4n+1
(2k) = (2n+2) − 1.
k=0
(2k + 1) k n+1
∑
n
Z Exemplo 60. Mostrar que (−1)k (2k + 1)3
(2k + 1)4 + 4
=
(−1)n (n + 1)
(4n2 + 8n + 5)
.
k=0
Vamos mostrar que
k (2k + 1)3
Definindo g(k) = vamos mostrar que g(k) + g(k + 1) = .
(4k2 + 1) (2k + 1)4 + 4
Temos que (2k+ 1)3 = 8k3 + 12k2 + 6k+ 1 e (2k+ 1)4 + 4 = 16k4 + 32k3 + 24k2 + 8k+ 5
logo
(2k + 1)3 8k3 + 12k2 + 6k + 1
=
(2k + 1)4 + 4 16k4 + 32k3 + 24k2 + 8k + 5
k k+1
g(k) + g(k + 1) = +
(4k2 2
+ 1) (4k + 8k + 5)
basta mostrar então que (4k2 + 8k+ 5)k+(4k2 + 1)(k+ 1) = 8k3 + 12k2 + 6k+ 1 e (4k2 +
k
8k + 5)(4k2 + 1) = 16k4 + 32k3 + 24k2 + 8k + 5. Da identidade ∆(−1)k+1 2
=
(4k + 1)
(−1)k (2k + 1)3
aplicamos a soma em ambos lados
(2k + 1)4 + 4
∑
n
(−1)k (2k + 1)3 n+1
= (−1)n .
(2k + 1)4 +4 (4(n + 1)2 + 1)
k=0
( )
∑
n
k.k! n k
1.5.6 = n.
nk
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 50
1 −k
= ((p − k)f(k + 1) − pf(k)) = k
pk (p − k)! p (p − k)!
cancelando os termos em comum tem-se
(p − k)f(k + 1) − pf(k) = −k
1 −k
logo podemos tomar f(k) = 1 e daı́ ∆ = , aplicando a soma
pk−1 (p − k)! pk (p
− k)!
∑
n−1
k 1 1
= −
k=1
pk (p − k)! (p − 1)! pn−1 (p − n)!
tomando p = n
∑
n−1
k 1 ∑ k
n
1
k
+ n− 1
= k
=
k=1
n (n − k)! n k=1
n (n − k)! (n − 1)!
Temos um somatório
∑
n
ak
k=0
1∑ k
n
10n+1 − 10 n 10n+1 − 10 − 9n
10 − 1 = − = .
9 81 9 81
k=0
A soma será
(∑ )
1∑
n n
1 n(n + 1)
k10k − k = k
k10 −
9 9 2
k=0 k=0
∑
n
10n+1 (9n − 1) + 10
k10k =
81
k=0
assim
( )
1 10n+1 (9n − 1) + 10 n(n + 1)
− .
9 81 2
1p 1 + 2p 11 + 3p 111 + . . . np 1| .{z
. . }1 .
n vezes
1∑ p k
n
(k 10 − kp )
9
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 52
tomando a = 10
(n+1) ( )
∑
n ∑
s
(−1)t 10n+1+t − 1
(−10)t 10
s−t s−t
k(s,1) 10k = s!
k=1 t=0
(9)t+1
logo
1∑ p k
n
(k 10 − kp ) =
9
k=1
(∑
p {p })( ( ) ( 1 ) )
1 ∑
s n+1
(− 1) t n+1+t
10 − (−10)t 10 (n + 1)(s+1,1) (1)(s+1,1)
s−t s−t
= s! − +
9 ss=0 t=0
(9)t+1 s+1 s+1
(∑ p {p })( (n+1) ( 1 ) )
1 ∑s
(−1)t 10n+1+t − s−t (−10)t 10 (n + 1)(s+1,1) (1)(s+1,1)
s−t
= s! −s! +s!
9
s=0 s t=0
(9)t+1 (s + 1)s! (s + 1)s!
( p {p })( ∑ (n+1) ( 1 ) )
1 ∑
s t n+1+t
s−t
(− 1) 10 − s−t
(−10)t 10 (n + 1)(s+1,1) (1)(s+1,1)
= s! − + =
9
s=0 s t=0
(9)t+1 (s + 1)! (s + 1)!
( p {p })( ∑ (n+1) ( 1 ) ( ) ( ))
1 ∑
s
s−t
(−1)t 10n+1+t − s−t (−10)t 10 n+1 1
= s! − + =
9 s ( 9)t+1 s + 1 s + 1
s=0 t=0
1∑ p k
n
= (k 10 − kp ).
9
k=1
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 53
Temos que
∑
n ∑
n
(cn+1 − 1) an+1 − bn+1 b an+1 − bn+1
n−k k n
b a =b ck = bn = bn ( ) = .
k=0 k=0
c−1 bn+1 a−b a−b
tn+1 an + b
onde = e t0 = 1. Sejam
tn an + c
∑
n
f(n) = tk
k=0
e
(na + b)tn −ct1 + a + b − c
g(n) = +
a+b−c a+b−c
temos
∆f(n) = tn+1
(na + b)tn (na + b + a)tn+1 (na + b)tn
∆g(n) = ∆ = − =
a+b−c a+b−c a+b−c
(an + c)
usando que tn = tn+1 e substituindo temos
an + b
(na + b + a)tn+1 (na + c)tn+1 tn+1 (na + b + a − na − c)
= − = = tn+1
a+b−c a+b−c a+b−c
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 54
logo está provado que ∆f(n) = ∆g(n) agora basta mostrar que f(0) = g(0), pela
b
relação t1 = temos que mostrar que
c
(b) −ct1 + a + b − c
+ = t0 = 1
a+b−c a+b−c
b
mas temos substituindo t1 =
c
(b) −b + a + b − c
+ =1
a+b−c a+b−c
(n)
∑
n ∑
n
2k − 1
k
1.7.1 = .
k k
k=1 k=1
(n )
∑
n ∑
n
Z Exemplo 66. Mostrar que k
k
=
2k − 1
k
.
(n) k=1 k=1
∑
n
k
Seja f(n) = então
k=1
k
(n+1) (n+1)
∑
n+1 ∑
n
1
k k
f(n + 1) = = + =
k=1
k k=1
k n+1
∑
1
2k − 1 21 − 1
como f(1) = 1 = logo vale a igualdade entre as expressões.
=
k 1
k=1 (n)
∑
n
k−1
Usamos a fórmula fechada da soma .
k k=1
∑
n−1
1 ∑ n−1
1 1 ∑ n−1
n−1
= = − 1 = − .
ln ak − ln ak+1 k ln a − (k + 1) ln a ln a ln a
k=1 k=1 k=1
Logo
∑
n−1 ( )
1 1 1
= 1 − (n+p−1)
∏
p
p(p!)(ln a)p+1
k=1 ln ak+s p
s=0
e a série
∑
∞
1 1
= .
∏
p
p(p!)(ln a)p+1
k=1 ln ak+s
s=0
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 56
⌊log2 k⌋ = (n − 2)2n + n + 2.
k=1
∑
20
∑
2 n
⌊log2 k⌋ = (n − 2)2n + n + 2.
k=1
∑
n+1
2
⌊log2 k⌋ = (n − 1)2n+1 + n + 3.
k=1
Abrimos o somatório
∑ ∑ ∑
2n+1 2 n 2 n+1
∑−1
2n+ 1
n
= (n − 2)2 + n + 2 + ⌊log2 k⌋ + ⌊log2 2n+1 ⌋ =
k=2n +1
como log é crescente temos que log2 k com k variando de 2n + 1 até 2n+1 − 1 está no
intervalo [n, n + 1) pois log2 2n = n e log2 2n+1 = n + 1 e temos 2n+1 − 2n − 1 = 2n − 1
termos somados no intervalo do somatório, vale então ⌊log2 k⌋ = n substituindo
na soma segue
⌊loga k⌋.
k=1
Suponha
∑
a n
⌊loga k⌋ = f(n)
k=1
daı́
∑ ∑ a∑
an+1 a n n+1 −1
como log é crescente e loga an = n e loga an+1 = n + 1 segue que loga k com k de
an + 1 até an+1 − 1 pertence ao intervalo [n, n + 1) onde ⌊loga k⌋ = n e o somatório
possui an+1 − an − 1 = (a − 1)an − 1 termos, daı́ a soma fica
daı́ ( )
n
∑an a (a − 1)(n) − a + a
⌊loga k⌋ = f(n) = + n.
k=1
(a − 1)
∏
p−1
(p, a)
(ax + b) = (ax + b − sa)
s=0
1
(ax + b)(−p, a) =
∏
p
(ax + b + sa)
s=1
se p positivo .
e o valor da série
∑
∞
1
.
k=1
(2k + 1)(2k + 3)(2k + 5)(2k + 7)
Escrevemos
1 1
= 4 = (2k − 1)(−4,2)
(2k + 1)(2k + 3)(2k + 5)(2k + 7) ∏
(2k − 1 + 2s)
s=1
n n
−1 1 −1 1
= ( 3 ) = ( ) =
6 ∏ 1 6 (2k + 1)(2k + 3(2k + 5)) 1
(2k − 1 + 2s)
s=1
−1 1 1
= ( − )
6 (2n + 1)(2n + 3)(2n + 5)) (3)(5)(7))
logo a série
∑
∞
1 1
=
k=1
(2k + 1)(2k + 3)(2k + 5)(2k + 7) (3)(5)(7)6
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 59
1
= .
∏1
p−
a(p − 1) (ac + b + as)
s=1
$ Corolário 8. Se a = 2, b = −1 e c = 1 temos
∑
∞
1 1 2p (p)!
(2x − 1)(−p,2) = = =
x=1
∏1
p− ∏1
p− 2(p − 1)(2p)!
2(p − 1) (2 − 1 + 2s) 2(p − 1) (2s + 1)
s=1 s=1
logo
∑
∞
2p−1 (p)!
(−p,2)
(2x − 1) =
x=1
(p − 1)(2p)!
∑
∞
1 2p−1 (p)!
= .
∏
p
(p − 1)(2p)!
x=1 (2x − 1 + 2s)
s=1
1 1
= 3 = (2k − 3)(−3,2)
(2k − 1)(2k + 1)(2k + 3) ∏
(2k − 3 + 2s)
s=1
∑
k(2k − 3)(−3,2)
k
(2k − 3)(−2,2)
sendo g(k) = k, temos ∆g(k) = 1 e ∆f(k) = (2k − 3)(−3,2) então f(k) =
−4
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 60
(2k − 1)(−2,2)
logo f(k + 1) = a soma fica
−4
∑ (2k − 3)(−2,2) 1 ∑ (2k − 3)(−2,2) 1 (2k − 1)(−1,2)
k(2k−3)(−3,2) = k + (2k−1)(−2,2) = k + =
k
−4 4
k
−4 4 − 2
( ) ( )
−1 k 1 −1 k 1 −1 2k + 2k − 1
= + = + = =
4 (2k − 1)(2k + 1) 2(2k + 1) 4(2k + 1) (2k − 1) 2 8(2k + 1) (2k − 1)
−1 4k − 1 1 − 4k
= =
8 (2k − 1)(2k + 1) 8(2k − 1)(2k + 1)
logo
∑ k 1 − 4k
=
k
(2k − 1)(2k + 1)(2k + 3) 8(2k − 1)(2k + 1)
aplicando os limites
∑ n+1
n
k 1 − 4k 1 − 4n − 4 1−4
= = − =
(2k − 1)(2k + 1)(2k + 3)
8(2k − 1)(2k + 1) 1 8(2n + 1)(2n + 3) 8(3)
k=1
−4n − 3 1
= +
8(2n + 1)(2n + 3) 8
a série
∑
∞
k 1
= .
k=1
(2k − 1)(2k + 1)(2k + 3) 8
∑
∞
1
.
k=1
(2k + 1)(2k + 5)(2k + 3)(2k + 7)(2k + 9)(2k + 11)(2k + 13)(2k + 15)
∑
∞
1 ∑
∞
1 1
= (2k − 1)(−8,2) = =
∏
8 ∏
7 2.7.3.5.7.9.11.13.15
k=1 (2k − 1 + 2s) k=1 2.7 (2s + 1)
s=1 s=1
∑
∞
1 1
= .
k=1
(2k + 1)(2k + 3)(2k + 5)(2k + 7)(2k + 9)(2k + 11)(2k + 13)(2k + 15) 2.7.3.5.7.9.11.13.15
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 61
funções polygamma.
Vamos usar representação integral e função polygamma para representar alguns
somatórios
∑
n ∑n ∫1 ∫1 ∑
n ∫1
1 x k x k (yx )n+1 − yx
= (y ) dy = (y ) dy = dy.
k=1
1 + kx
k=1 0 0 k=1 0 (yx ) − 1
1 1 1 1 1 1 1 1
∆ψ(k + c) = , ∆ψ(k + ) = 1
, ∆ψ(k + ) = 1
=
k+c x k+ x x x xk+ x
kx + 1
∑ ( )
1∑
n n
1 1 1 1 1
= ∆ψ(k + ) = ψ(n + 1 + ) − ψ(1 + ) .
1 + kx x x x x x
k=1 k=1
∑
n ∑n ∑k ∑n ∑ n ∑n
(n + 1)(n) j(j − 1) (n + 1)(n)(n) (n + 1)(n)(n − 1)
2
k = k 1= k= − = − =
2 2 2 6
k=1 k=1 j=1 j=1 k=j j=1
(n)(n + 1)(2n + 1)
= .
6
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 62
temática
Nesta seção apresentamos um pouco da história do matemático e cientista alemão1
Carl Friedrich Gauss (1777 − 1855).
Gauss foi criança prodı́gio, seu pai era um trabalhado de Brunswick e teimoso nos
seus pontos de vista, tendo tentado que seu filho não recebesse instrução adequada,
porém a mãe de Gauss, ela própria sem instrução encorajou seus filho nos estudos e
orgulhou-se grandemente de seu sucesso até sua morte aos 97 anos.
Carl frequentou a escola local, onde o professor era tido como exigente. Um dia
para manter a classe ocupada, o professor mandou que os alunos somassem todos
os números naturais de 1 até 100, com instruções para colocar sua lousa sobre uma
mesa logo que completasse a tarefa.
Quase imediatamente Carl colocou sua lousa sobre a mesa dizendo, "Ai está";
o professor olhou para ele com um pouco caso enquanto os outros trabalhavam
diligentemente. Quando o mestre finalmente olhou os resultados, a lousa de Gauss
era a única a exibir a resposta correta, 5050, sem nenhum cálculo o menino de dez
anos evidentemente calculara de cabeça a soma da progressão aritmética
1 + · · · + 100
∑
n
n(n + 1)
talvez por meio da fórmula k= .
2
k=1
Aos quinze anos Gauss frequentou o colégio de Brunswick, graças a ajuda do
duque de Brunswick e em 1975, ainda com a ajuda do duque entrou em Gottingen.
Nesta época, ainda não havia se decidido se iria se seguiria a carreira de filólogo
ou matemático, embora já tivesse descoberto e justificado o método de mı́nimos
quadrados- uma década antes de Legendre publicar o processo. Em 30 de março
de 1796 ele se decidiu em favor da matemática, porque nesse dia, quando faltava
um mês para completar 19 anos, fez uma brilhante descoberta. Havia mais de 2000
anos que os homens sabiam construir com régua e compasso o triângulo equilátero
e o pentágono regular, assim como outros polı́gono regulares, cujo número de lados
seja múltiplo de 2, 4 ou 5, mas não se sabia construir outro polı́gono com número
1
Gauss nunca teria visitado outros paı́ses, passando toda sua vida na Alemanha
CAPÍTULO 1. SOMATÓRIOS 63
primo de lados, em tal dia em 1976 Gauss construiu segundo as regras euclidianas
o polı́gono regular de 17 lados. No mesmo dia começou um diário em que registrava
algumas de suas maiores descobertas, sendo o primeiro registro sobre o polı́gono
regular de 17 lados.