Você está na página 1de 12

Cosmologia.


Rodrigo Carlos Silva de Lima

rodrigo.uff.math@gmail.com

2
Sumário

3
4 SUMÁRIO
Capı́tulo 1

Básico sobre Estrelas

1.1 Magnitude Estelar


Quanto maior a magnitude de uma estrela menor o seu brilho aparente, o sistema
de magnitude foi criado por Hipparcos em 150a.C. A estrela mais fraca visı́vel a olho
nu tem magnitude 6

1.2 Remanescentes estelares

m Definição 1 (Buracos negros). São remanescentes estelares capazes de "en-


golir"todos os corpos celestes que passam suficientemente próximos a eles, nem
mesmo a luz escapanda de sua força de atração . Os buracos negros são um
dos possı́veis estágios finais de uma estrela. Um destes estranhos e ameaçadores
objetos celestes está presente na região central de nossa Galáxia, sendo chamado
de Buraco negro super massivo .

m Definição 2 (Nebulosas planetárias). Nebulosas planetárias são emissões


nebulosas, consistindo de gás brilhante ionizado ejetado durante o fim da vida de
estrelas com massa em geral entre 0, 8 e 8 massas solares. Os gases da superfı́cie

5
6 CAPÍTULO 1. BÁSICO SOBRE ESTRELAS

da estrela são ejetados deixando um objeto central que mais tarde se transformará
numa estrela anã branca.

m Definição 3 (Supernova). Quando uma estrela atinge uma idade madura


(para os padrões astronômicos), se ela possui massa em geral maior que 8 massas
solares, ela pode terminar seus dias de vida em uma violenta explosão, fenômeno
que recebe o nome de supernova. A explosão de uma supernova ou destrói com-
pletamente a estrela ou deixa uma estrela residual chamada estrela de neutrons.

m Definição 4 (Estrela de nêutrons). Estrelas de nêutrons são possiveis rema-


nescentes estelares deixados por algumas estrelas de grande massa (≥ 8 massas
solares ) e que não são buracos negros. As estrelas de neutrons são muito densas
.

m Definição 5 (Pulsares). Estrela de nêutrons em rotação, são chamadas de


pulsares.

m Definição 6 (Aglomerados globulares). Aglomerados globulares são grupos


muito densos de estrelas, podendo ter milhões delas. Suas formas são geralmente
esféricas e tais aglomerados são formados, também em geral, por estrelas velhas.
Há aglomerados globulares na via láctea situados fora do plano da Galáxia,
em uma região chamada halo galáctico.

1.3 Aglomerados de estrelas

m Definição 7 (Aglomerados abertos ou galácticos). Em todo o plano da


nossa Galáxia vamos encontrar reuniões de até 1 000 estrelas jovens, formadas
1.4. NEBULOSAS 7

praticamente ao mesmo tempo, e que se aglomeram sem mostrar uma forma bem
definida, a tal tipo de aglomeração de estrelas, formadas praticamente ao mesmo
tempo em nossa galáxia ou em outras chamamos

1.4 Nebulosas

m Definição 8 (Nebulosas de emissão). Nebulosas de emissão são nuvens de


gás hidrogênio e poeira que emitem radiação luminosa devido às estrelas que
estão no seu interior.
Muitas delas apresentando uma caracterı́stica cor vermelha, como a nebulosa
de emissão Omega em nossa galáxia.

m Definição 9 (Nebulosas de reflexão). Nebulosas de reflexão são nuvens de


gás e poeira que refletem a luz das estrelas que estão na sua vizinhança. Existem
muitas destas nebulosas no plano da nossa Galáxia entre elas a nebulosa de
reflexão Corona Australis .

m Definição 10 (Nebulosas Escuras). Nebulosas escuras são regiões com


alta concentração de poeira interestelar sendo formada por nuvens com grande
concentração de poeira e moléculas , elas podem dar origem a estrelas, sendo
consideradas berçários estelares.
Um exemplo de nebulosa escura é a famosa nebulosa Cabeça do Cavalo, em
nossa galáxia.

Einstein ring
F F F F

F
8 CAPÍTULO 1. BÁSICO SOBRE ESTRELAS

m Definição 11 (Nuvens escuras de poeira). As nuvens escuras de poeira são


formadas principalmente por gás interestelar embora no seu interior exista uma
quantidade anormal de poeira interestelar.

m Definição 12 (Diagrama HR). Em 1911 o astrônomo dinamarquês Ejnar


Hertzsprung fez um gráfico relacionando a luminosidade de algumas estrelas ob-
servadas com as temperaturas que elas apresentavam. Neste gráfico ficou claro
que as estrelas não se distribuiam uniformemente mas se agrupavam em regiões
bem definidas.
Independentemente de Hertzsprung, o astrônomo norte-americano Henry Nor-
ris Russelll fez, em 1914, o mesmo tipo de trabalho com um outro grupo de estrelas,
obtendo o mesmo resultado.
A este tipo de gráfico relacionando a luminosidade de uma estrela com a sua
temperatura damos o nome de diagrama Hertzsprung-Russell ou, abreviadamente,
diagrama H-R.

m Definição 13 (Herbig-Haro).

Os objetos Herbig-Haro são jatos de matéria brilhantes que se movem na nossa


direção e que foram emitidos por protoestrelas jovens enterradas em glóbulos de
matéria não luminosa.

m Definição 14 (Sequência principal).

Quando as reações nucleares envolvendo o hidrogênio ocorrem de modo contı́nuo e


são a principal fonte de energia de uma estrela dizemos que ela pertence à sequência
principal e, consequentemente, ela é uma estrela da sequência principal.
Tanto na cadeia p-p como no ciclo CN sempre temos a produção de 4He como
elemento final das reações.
1.4. NEBULOSAS 9

É a diferença de massa e de composição quı́mica que irá determinar quais os


processos de queima nuclear que ocorrerão no interior da estrela. Se a estrela é com-
posta principalmente por hidrogênio, irá ocorrer no seu interior o ciclo de queima
nuclear do hidrogênio. O resultado final deste ciclo será a transformação do hi-
drogênio em hélio. Ao processo de queima nuclear que ocorre nestas estrelas damos
o nome de cadeia próton-próton ou, simplesmente cadeia p-p.
Se a composição quı́mica de uma estrela contém elementos pesados, o processo
nuclear que irá dominar a produção de energia no seu interior é, primeiramente, a
reação nuclear do hidrogênio com o carbono, seguida pela produção de nitrogênio
e oxigênio e 4He. Este processo nuclear recebe o nome de ciclo CN, abreviação de
ciclo carbono-nitrogênio.
a temperatura na região central da estrela atinge valores da ordem de 1, 2.107 K.
A fı́sica nuclear nos mostra que, nesta temperatura, reações nucleares envolvendo o
hidrogênio já podem ocorrer.
Note também que os dois processos nucleares, cadeia p-p e ciclo CN podem ocor-
rer simultaneamente nas estrelas e, dependendo de sua massa, um deles se torna
dominante.
O Sol é uma estrela normal, amarelada, de tipo espectral G2. Atualmente o Sol
está localizado na seqüência principal do diagrama H-R.
As manchas solares são regiões "mais frias"que se formam na fotosfera solar.
Nestas regiões a temperatura pode diminuir bastante, chegando a apenas 3800 K.
As manchas solares se revelam na superfı́cie do Sol como regiões escuras, como
se fossem "buracos"na sua superfı́cie. No entanto, elas só têm esta aparência escura
por causa do contraste que fica estabelecido, por causa da diferença de temperatura,
entre elas e sua vizinhança bem mais quente.
As manchas solares podem ser de vários tamanhos. Algumas são muito pequenas
e quase imperceptı́veis enquanto que outras podem ser muito grandes. Já foram
detectadas manchas solares com diâmetro de 50000 quilômetros.
Além disso, estudos sobre o campo magnético do Sol revelaram que as manchas
solares são regiões de intenso campo magnético. Em algumas delas registrou-se
intensidades de campo magnético cerca de 1000 vezes maiores do que aquela nor-
malmente detectada no Sol.
A rotação do Sol
10 CAPÍTULO 1. BÁSICO SOBRE ESTRELAS

O Sol não é um corpo rı́gido como a Terra. Por ter uma estrutura que, na sua
maior parte, é gasosa, o Sol não gira de maneira uniforme. A superfı́cie do Sol na
região do equador roda uma vez a cada 25,4 dias. No entanto, próximo aos pólos, a
rotação diária de sua superfı́cie leva cerca de 36 dias. A este tipo de rotação damos
o nome de rotação diferencial. No entanto, a região central do Sol gira como um
corpo sólido.
Filamentos
Os filamentos são massas de gás, suspensas na cromosfera do Sol pelos campos
magnéticos, e que são vistas como faixas escuras riscando o disco solar.
Os filamentos são áreas mais frias, e portanto escuras, de material que fica sus-
penso acima da superfı́cie pelos "loops"magnéticos.
Indo do centro para a superfı́cie, podemos dividir a estrutura do Sol em núcleo,
zona radiativa, zona convectiva, fotosfera, cromosfera e coroa.
Se uma estrela central de uma nebulosa planetária tem massa menor do que 1,4
massas solares ela evolui, tornando-se cada vez mais degenerada e finalmente se
estabiliza como uma estrela anã branca.
Quando uma estrela muito evoluida forma um núcleo de ferro ela não consegue
mais produzir energia na região central por meio de novos processos nucleares.
Se a estrela central de uma nebulosa planetária tem massa maior do que 1,4
massas solares ela evolui, tornando-se cada vez mais degenerada, e finalmente se
estabiliza como uma estrela de nêutrons.
As Magnetars
Existe um tipo especial de estrelas de nêutrons que estão em rotação e possuem
um campo magnético extremamente intenso. Estas estrelas de nêutrons super mag-
netizadas são chamadas de magnetars.

1.5 Estrelas mais próximas da Terra


A estrela mais próxima da Terra( excetuando o Sol ) é a Próxima Centauri. Que
faz parte de um sistema estelar triplo composto pelas estrelas Alpha Centauri A,
Alpha Centauri B e Alpha Centauri C , essa última também chamada de Próxima
Centauri .
Na tabela a seguir as possı́veis 26 estrelas mais próximas da Terra e aproximações
1.5. ESTRELAS MAIS PRÓXIMAS DA TERRA 11

de distância até ela .

Objeto celeste Distância


Sol 8, 3 minutos-luz
Próxima Centauri 4, 2 anos-luz
Alpha Centauri A 4, 34 anos-luz
Alpha Centauri B 4, 34 anos-luz
Barnard 6, 0 anos-luz
Wolf 359 7, 7 anos-luz
BD +362147 8, 2 anos-luz
Luyten 726 − 8A 8, 4 anos-luz
Luyten 726 − 8B 8, 4 anos-luz
Sirius A 8, 6 anos-luz
Sirius B 8, 6 anos-luz
Ross 154 9, 4 anos-luz
Ross 248 10, 4 anos-luz
Epsilon Eridani 10, 8 anos-luz
Ross 128 10, 9 anos-luz
61 Cyg A 11, 1 anos-luz
61 Cyg B 11, 1 anos-luz
Epsilon Ind 11, 2 anos-luz
BD +4344 A 11, 2 anos-luz
BD +4344 B 11, 2 anos-luz
Luyten 789 − 6 11, 2 anos-luz
Procyon A 11, 4 anos-luz
Procyon B 11, 4 anos-luz
BD +591915 A 11, 6 anos-luz
BD +591915 B 11, 6 anos-luz
CoD −3615693 11, 7 anos-luz
12 CAPÍTULO 1. BÁSICO SOBRE ESTRELAS

Objeto celeste Distância


Aglomerado estelar das Pleiades 375 anos-luz
Nebulosa do Orion 1500 anos-luz
Nebulosa do Anel 5000 anos-luz
Nebulosa do Caranguejo 6000 anos-luz
Distância da Terra ao centro da nossa Galáxia 26000 anos-luz
Galáxia SagDEG (Sagittarius Dwarf Elliptical Galaxy) 80000 anos-luz
Galáxia Grande Nuvem de Magalhães 150000 anos-luz
Galáxia Andrômeda 2 milhões de anos-luz
Galáxia Whirpool (M 51) 15 milhões de anos-luz
Aglomerado de galáxias Virgo 50 milhões de anos-luz
Aglomerado de galáxias Hércules 650 milhões de anos-luz
Quasar 3C273 2 Bilhões de anos-luz
Universo observável 10 a 20 bilhões de anos-luz

Você também pode gostar