Primitivas SubSimples Porpartes

Integrais Indefinidas
Regra da Substituição
Integração por Partes
Primitivas
Uma função F é denominada uma primitiva de f num intervalo I se

F 0 (x) = f (x) para todo x ∈ I .
x3
Por exemplo, se f (x) = x 2 , então F (x) = é uma primitiva de f . Não
3
x3
é difı́cil ver que G (x) = + 100 também é uma primitiva de f . De fato,
3
x3
qualquer função da forma H(x) = + C , onde C é uma constante real,
3
é uma primitiva de f .
Professores Joana Cruz, Regis Soares e Sofia Melo Cálculo II - 2020/1 - Departamento de Matemática - UFJF
Não unicidade das primitivas
Teorema:
Se F é uma primitiva de f num intervalo I , então a primitiva mais geral
de f (x) em I é
F (x) + C ,
onde C é uma constante arbitrária.
Se F é uma primitiva de f em I , chamamos de F (x) + C de integral

indefinida da função f (x) e denotamos por
Z
f (x)dx = F (x) + C .
Z
Obs.: O sı́mbolo é o sı́mbolo de integral e f (x) é a função integrando.
Propriedades da Integral Indefinida
Z Z
1 kf (x)dx = k f (x)dx.
Z Z Z
2 [f (x) ± g (x)]dx = f (x)dx ± g (x)dx.
Tabela de Integrais Indefinidas
x n+1
Z Z
kdx = kx + C x n dx = + C, n 6= −1
Z Z n+1
1
dx = ln |x| + C e x dx = e x + C
Z x Z
sen xdx = − cos x + C cos xdx = sen x + C
Z Z
sec2 xdx = tg x + C cossec 2 xdx = −cotg x + C
Z Z
sec xtg xdx = sec x + C cossec xcotg xdx = −cossec x + C
Z Z
1 1
dx = arctg x + C √ dx = arcsen x + C
Z 1 + x2 1 − x2
1
√ dx = arcsec x + C
x x2 − 1
Mudança de variável
Sejam f uma função real definida no intervalo I , F uma primitiva de f

em I e g uma função derivável. Pela Regra da Cadeia,
0
(F (g (x))) = F 0 (g (x))g 0 (x),
e, assim, podemos escrever

Z
F 0 (g (x))g 0 (x)dx = F (g (x)) + C .
Fazendo a mudança de variável u = g (x) e escrevendo F 0 = f , temos

Z Z
0
f (g (x))g (x)dx = F (g (x)) + C = F (u) + C = f (u)du.
A regra da substituição
Teorema:
Se u = g (x) for uma função derivável cuja imagem é um intervalo I e f
for contı́nua em I , então
Z Z
f (g (x))g 0 (x)dx = f (u)du.
Exemplos
Z
1. Calcule x 3 cos(x 4 + 2)dx.
1
Seja u = x 4 + 2. Então du = 4x 3 dx, ou du = x 3 dx.
4
Assim,
Z Z
1 1 1
x 3 cos(x 4 + 2)dx = cos udu = sen u + C = sen (x 4 + 2) + C .
4 4 4
Exemplos
√
Z
2. Calcule 2x + 1dx.
1
Seja u = 2x + 1. Então du = 2dx ou du = dx.
2
Assim,
√
Z Z
1 1 3/2 1
2x + 1dx = u 1/2 du = u + C = (2x + 1)3/2 + C .
2 3 3
Exemplos
Z
x
3. Calcule √ dx.
1 − 4x 2
1
Seja u = 1 − 4x 2 . Então du = −8xdx ou − du = xdx.
8
Assim,
Z Z
x 1 1 1
√ dx = − u −1/2 du = − u 1/2 + C = − (1 − 4x 2 )1/2 + C .
1 − 4x 2 8 4 4
Exemplos
Z
4. Calcule e 5x dx.
1
Seja u = 5x. Então du = 5dx ou du = dx.
5
Assim Z Z
1 1 1
e 5x dx = e u du = e u + C = e 5x + C .
5 5 5
Exemplos
Z p
5. Calcule x5 1 + x 2 dx.
Z p
Reescrevemos a integral (x 2 )2 1 + x 2 xdx. Seja u = 1 + x 2 . Então
1
du = 2xdx, ou du = xdx. Além disso, obtemos também x 2 = u − 1 e
2
fazemos todas essas substituições na integral:
Z Z Z
5
p 1 2 1/2 1
x 2
1 + x dx = (u − 1) u du = (u 2 − 2u + 1)u 1/2 du
2 2
Z
1 1 2 7/2 4 5/2 2 3/2
= u 5/2 − 2u 3/2 + u 1/2 du = u − u + u +C
2 2 7 5 3
1 2 1
= (1 + x 2 )7/2 − (1 + x 2 )5/2 + (1 + x 2 )3/2 + C .
7 5 3
Exemplos
Z
6. Calcule tg xdx.
Primeiramente, reescrevemos a tangente em termos de seno e cosseno:

Z Z
sen x
tg xdx = dx.
cos x
Seja u = cos x. Então du = −sen xdx ou −du = sen xdx. Assim
Z Z
1
tg xdx = − du = − ln |u| + C = − ln | cos x| + C = ln | sec x| + C .
u
Integração por partes
A Regra do Produto afirma que se f e g forem funções deriváveis, então

0
(f (x)g (x)) = f (x)g 0 (x) + g (x)f 0 (x).
Na notação de integrais indefinidas, temos
Z Z
0
f (x)g (x)dx = f (x)g (x) − g (x)f 0 (x)dx.
Esta é a chamada fórmula para integração por partes.
Integração por partes
Talvez seja mais fácil lembrar com a seguinte notação: Sejam u = f (x) e
v = g (x). Então as diferenciais são du = f 0 (x)dx e dv = g 0 (x)dx.
Assim, pela Regra da Substituição, a fórmula para integração por partes
torna-se
Z Z
udv = uv − vdu.
Exemplos
Z
1. Calcule xsen xdx.
Sejam u = x e dv = sen xdx.

Então du = dx e v = − cos x.
Assim, pela fórmula da integração por partes,
Z Z
xsen xdx = −x cos x − − cos xdx = −x cos x + sen x + C .
Exemplos
Obs.: Nosso objetivo ao utilizar a integração por partes é obter uma

integral mais simples que a inicial. Assim, no exemplo anterior, se
tivéssemos escolhido u = sen x e dv = xdx, terı́amos du = cos xdx e
x2
v= e, assim,
2
x2
Z Z 2
x
xsen xdx = sen x − cos xdx.
2 2
Apesar de não ter nada errado com essa conta, x 2 cos xdx é uma
R
integral mais difı́cil que aquela que começamos. Em geral, ao decidirmos

uma escolha para u e dv , geralmente tentamos escolher u = f (x) como
uma função que se torna mais simples quando derivada (ou pelo menos
não mais complicada), contanto que dv = g 0 (x)dx possa ser facilmente
integrada para fornecer v .
Exemplos
Z
2. Calcule ln xdx.
Sejam u = ln x e dv = dx.
1
Então du = dx e v = x.
x
Assim, pela fórmula de integração por partes,
Z Z
1
ln xdx = x ln x − x dx = x ln x − x + C .
x
Exemplos
Z
3. Calcule t 2 e t dt.
Sejam u = t 2 e dv = e t dt.
Então du = 2tdt e v = e t .
Z Z Z
t 2 e t dt = t 2 e t − 2te t dt = t 2 e t − 2 te t dt.
A integral que obtemos te t dt é mais simples que a inicial, mas ainda

R
não é óbvia. Portanto usamos a integração por partes mais uma vez.
Sejam u = t e dv = e t dt.
Então du = dt e v = e t .
Assim,
Z Z Z
t 2 e t dt = t 2 e t −2 te t dt = t 2 e t −2(te t − e t dt) = t 2 e t −2te t +2e t +C .
Exemplos
Z
4. Calcule e x sen xdx.
Sejam u = e x e dv = sen xdx.

Então du = e x dx e v = − cos x.
Assim pela fórmula de integração por partes,
Z Z
e sen xdx = −e cos x + e x cos xdx.
x x
A integral que obtivemos, e x cos xdx, não é mais simples que a inicial,
R
mas também não é mais complicada. Continuamos o processo de

integração por partes, como no exemplo anterior.
Exemplos
Sejam u = e x e dv = cos xdx.
Então du = e x dx e v = sen x.
Assim pela fórmula de integração por partes,
Z Z
e x sen xdx = −e x cos x + e x sen x − e x sen xdx.
Consideramos essa última igualdade uma equação para a integral

desconhecida e vamos resolver essa equação:
Z Z
e sen xdx = −e cos x + e sen x − e x sen xdx
x x x
Z Z
e x sen xdx + e x sen xdx = −e x cos x + e x sen x
Z
2 e x sen xdx = −e x cos x + e x sen x.
Exemplos
Dividindo toda a equação por 2 e adicionando a constante de integração,

obtemos
Z
1
e x sen xdx = (−e x cos x + e x sen x) + C .
2
Exemplos
Z
5. Calcule arctg xdx.
Sejam u = arctg x e dv = dx.

1
Então du = dx e v = x.
1 + x2
Z Z
x
arctg xdx = xarctg x − dx.
1 + x2
Exemplos
x R
A última integral que obtemos, dx, é mais simples que a inicial e
1 + x2
pode ser resolvida utilizando a regra de substituição, tomando
1
u = 1 + x 2 . Assim du = 2xdx, ou du = xdx. Logo
2
Z Z
x
arctg xdx = x arctg x − dx
1 + x2
Z
1 1
= x arctg x − du
2 u
1
= x arctg x − ln |1 + x 2 | + C .
2

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Uma função F é denominada uma primitiva de f num intervalo I se

Não unicidade das primitivas

Se F é uma primitiva de f em I , chamamos de F (x) + C de integral

Propriedades da Integral Indefinida

Tabela de Integrais Indefinidas

Sejam f uma função real definida no intervalo I , F uma primitiva de f

e, assim, podemos escrever

Fazendo a mudança de variável u = g (x) e escrevendo F 0 = f , temos

Primeiramente, reescrevemos a tangente em termos de seno e cosseno:

Integração por partes

A Regra do Produto afirma que se f e g forem funções deriváveis, então

Esta é a chamada fórmula para integração por partes.

Integração por partes

Sejam u = x e dv = sen xdx.

Obs.: Nosso objetivo ao utilizar a integração por partes é obter uma

integral mais difı́cil que aquela que começamos. Em geral, ao decidirmos

A integral que obtemos te t dt é mais simples que a inicial, mas ainda

Sejam u = e x e dv = sen xdx.

mas também não é mais complicada. Continuamos o processo de

Consideramos essa última igualdade uma equação para a integral

Dividindo toda a equação por 2 e adicionando a constante de integração,

Sejam u = arctg x e dv = dx.

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