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Análise Matemática II

Bioquı́mica/Quı́mica/Biotecnologia

Ana Conceição

2011/2012
aconcei@ualg.pt

Programa:

1. Cálculo Integral
Integral impróprio de 1a espécie
Integral impróprio de 2a espécie
Integral impróprio misto
2. Séries
2.1. Séries numéricas
2.2. Séries de funções
Bibliografia:
1. Cálculo Diferencial e Integral, Vols I e II - N.
Piskounov - Lopes da Silva, 1978

2. Fichas de exercı́cios da UC - Ana Conceição


(2011/2012)

3. Problemas e Exercı́cios de Análise Matemática


- B Demidóvich - Mir, 1977

4. Slides das aulas teóricas - Ana Conceição


(2011/2012)
1. Cálculo Integral

F Integral impróprio de 1a espécie

Seja f (x) uma função contı́nua em [a, +∞[.


A função
Z t
Φ(t) = f (x) dx, t ≥ a
a

é uma função contı́nua.


− − − − − − −

∃ lim Φ(t)?
t→+∞
Definição: Quando
lim Φ(t)
t→+∞

existe e é finito, chama-se integral impróprio de 1a


espécie, ou com limites infinitos, e denota-se por
Z +∞
f (x) dx.
a

− − − − − − −
Z +∞ Z +∞
1 2
Exemplos: dx , e−x dx
1 1 + x2 1
Por definição,
Z +∞ Z t
f (x) dx = lim f (x) dx,
a t→+∞ a

se o limite existe e é finito. Diz-se que o integral


impróprio converge.

− − − − − − −
Z t
Se f (x) dx não tem limite finito quando
a
t → +∞, diz-se que o ”integral impróprio”diverge.
Seja f (x) uma função contı́nua em ] − ∞, b].
A função
Z b
Φ(t) = f (x) dx, t ≤ b
t

é uma função contı́nua.


− − − − − − −

∃ lim Φ(t)?
t→−∞
Definição: Quando
lim Φ(t)
t→−∞

existe e é finito, chama-se integral impróprio de 1a


espécie, ou com limites infinitos, e denota-se por
Z b
f (x) dx.
−∞

− − − − − − −
Z 1 Z −1
1 2
Exemplos: 2
dx , e−x dx
−∞ 1 + x −∞
Por definição,
Z b Z b
f (x) dx = lim f (x) dx,
−∞ t→−∞ t

se o limite existe e é finito. Diz-se que o integral


impróprio converge.

− − − − − − −
Z b
Se f (x) dx não tem limite finito quando
t
t → −∞, diz-se que o ”integral impróprio”diverge.
Seja f (x) uma função contı́nua em R.

Z +∞ Z c Z +∞
=
f (x) dx|{z} f (x) dx + f (x) dx, ∀c ∈ R
−∞ ? −∞ c

Esta última igualdade significa que se cada um


dos integrais à direita converge, então o integral à
esquerda converge.

Basta que um dos integrais à direita


R +∞ da igualdade
não seja convergente para que −∞
f (x) dx seja
divergente.
 Sentido geométrico do integral
Z +∞
f (x) dx, f (x) ≥ 0,
a

quando converge:

Z b
B Se f (x) dx representa a área da região
a
limitada pela curva y = f (x), o eixo OX e as retas
Z +∞
x = a e x = b, é natural definir f (x) dx
a
como a área da região compreendida entre a curva
y = f (x), a reta x = a e o eixo OX.
Integral de Dirichlet de 1a espécie

Z +∞
1
dx, α∈R
1 xα

,→ α≤1 diverge
 
1
,→ α>1 converge =
α−1
− − − − − − −

Z +∞ Z b
1 1
dx, a > 0 dx, b < 0 α∈R
xα α
a −∞ x
Teorema de comparação (1a espécie)

Sejam f e g funções integráveis em [a, x], tais


que 0 ≤ f (x) ≤ g(x), ∀ x ≥ a.
Z +∞ Z +∞
i) Se g(x) dx converge, então f (x) dx
a Z a
+∞ Z +∞
converge e f (x) dx ≤ g(x) dx.
a a
Z +∞ Z +∞
ii) Se f (x) dx diverge, então g(x) dx
a a
diverge.
− − − − − − −
Z b Z +∞
Teoremas análogos para h(x) dx e h(x) dx.
−∞ −∞
Critério de comparação (1a espécie)

Sejam f e g funções positivas e integráveis em


[a, x], ∀ x ≥ a. Seja
f (x)
k = lim .
x→+∞ g(x)

i) Se k 6= 0, ∞, então
Z +∞ Z +∞
f (x) dx e g(x) dx
a a
têm a mesma natureza.
Z +∞
ii) Se k=0 e g(x) dx converge, então
a
Z +∞
f (x) dx converge.
a
Z +∞
iii) Se k = +∞ e g(x) dx diverge, então
a
Z +∞
f (x) dx diverge.
a

− − − − − − −
Z b Z +∞
Critérios análogos para h(x) dx e h(x) dx.
−∞ −∞
Z +∞
a
Teorema (1 espécie): Se o integral |f (x)| dx
a
Z +∞
converge, então converge o integral f (x) dx.
a

− − − − − − −
Z +∞
Diz-se que f (x) dx é absolutamente conver-
a
gente.
Z +∞ Z +∞
Se f (x) dx converge e |f (x)| dx diverge,
a a
Z +∞
então f (x) dx converge condicionalmente.
a

− − − − − − −
Z b
Teoremas e conceitos análogos para h(x)dx
Z +∞ −∞

e para h(x)dx.
−∞
F Integral impróprio de 2a espécie

Seja f (x) uma função contı́nua em [a, b[, tendo


uma descontinuidade no ponto x = b, b > a.
A função
Z b−ε
Φ(ε) = f (x) dx, 0 < ε < b − a
a

é uma função contı́nua.


− − − − − − −

∃ lim Φ(ε)?
ε→0+
Definição: Quando
lim Φ(ε)
ε→0+

existe e é finito, chama-se integral impróprio de 2a


espécie, ou integral de uma função descontı́nua, e
denota-se por Z b
f (x) dx.
a

− − − − − − −
Z 1 Z 0
dx 1
Exemplos: √ , 2
dx
0 1−x −1 x
Por definição,
Z b Z b−ε
f (x) dx = lim f (x) dx,
a ε→0+ a

se o limite existe e é finito. Diz-se que o integral


impróprio converge.

− − − − − − −
Z b−ε
Se f (x) dx não tem limite finito quando
a
+
ε → 0 , diz-se que o ”integral impróprio”diverge.
Seja f (x) uma função contı́nua em ]a, b], tendo
uma descontinuidade no ponto x = a, a < b.
A função
Z b
Φ(ε) = f (x) dx, 0 < ε < b − a
a+ε

é uma função contı́nua.


− − − − − − −

∃ lim Φ(ε)?
ε→0+
Definição: Quando
lim Φ(ε)
ε→0+

existe e é finito, chama-se integral impróprio de 2a


espécie, ou integral de uma função descontı́nua, e
denota-se por Z b
f (x) dx.
a

− − − − − − −
Z 2 Z 1
dx 1
Exemplos: √ , dx
1 x−1 0 x2
Por definição,
Z b Z b
f (x) dx = lim f (x) dx,
a ε→0+ a+ε

se o limite existe e é finito. Diz-se que o integral


impróprio converge.

− − − − − − −
Z b
Se f (x) dx não tem limite finito quando
a+ε
+
ε → 0 , diz-se que o ”integral impróprio”diverge.
Seja f (x) uma função contı́nua em [a, b], exceto
num ponto c ∈]a, b[.

Z b Z c Z b
f (x) dx|{z}
= f (x) dx + f (x) dx, ∀c ∈]a, b[
a ? a c

Esta última igualdade significa que se cada um


dos integrais à direita converge, então o integral à
esquerda converge.

Basta que um dos integrais à direita


R b da igualda-
de não seja convergente para que a f (x) dx seja
divergente.
 Sentido geométrico do integral impróprio de 2a
espécie Z b
f (x) dx, f (x) ≥ 0,
a
quando converge:

Z b
B f (x) dx representa a área da região com-
a
preendida entre a curva y = f (x), as retas x = a
e x = b e o eixo OX.
Integral de Dirichlet de 2a espécie

b
Z c
dx
Z
dx
, α>0 , α>0
c (x − c) α
a (c − x)α

,→ α≥1 diverge

,→ α < 1 converge

(b − c)1−α (c − a)1−α
 
= =
1−α 1−α
Teorema de comparação (2a espécie)
Sejam f e g funções descontı́nuas em x = c e
contı́nuas em [a, c[, tais que 0 ≤ f (x) ≤ g(x), ∀ x ∈
[a, c[.
Z c Z c
i) Se g(x) dx converge, então f (x) dx
aZ a
c Z c
converge e f (x) dx ≤ g(x) dx.
Z ac a
Z c
ii) Se f (x) dx diverge, então g(x) dx
a a
diverge.
− − − − − − −
Z b Z b
Teoremas análogos para h(x) dx e h(x) dx.
c a
Critério de comparação (2a espécie)

Sejam f e g funções positivas, contı́nuas em [a, c[


e descontı́nuas em x = c. Seja
f (x)
k = lim .
x→c g(x)

i) Se k 6= 0, ∞, então
Z c Z c
f (x) dx e g(x) dx
a a

têm a mesma natureza.


Z c
ii) Se k = 0 e g(x) dx converge, então
a
Z c
f (x) dx converge.
a
Z c
iii) Se k = +∞ e g(x) dx diverge, então
a
Z c
f (x) dx diverge.
a

− − − − − − −
Z b Z b
Critérios análogos para h(x) dx e h(x) dx.
c a
Z c
a
Teorema (2 espécie): Se o integral |f (x)| dx
Z ca
converge, então converge o integral f (x) dx.
a

− − − − − − −
Z c
Diz-se que f (x) dx é absolutamente conver-
a
gente.
Z c Z c
Se f (x) dx converge e |f (x)| dx diverge,
Za c
a

então f (x) dx converge condicionalmente.


a

− − − − − − −
Z b
Teoremas e conceitos análogos para h(x)dx e
Z b c

para h(x)dx.
a
F Integral impróprio misto

Seja f (x) uma função contı́nua em ]a, +∞[, ten-


do uma descontinuidade no ponto x = a, a ∈ R.
Z +∞
O integral impróprio f (x) dx, de 1a e de 2a
a
espécie, denomina-se integral impróprio misto.

Neste caso o integral é interpretado (caso seja


convergente) como
Z +∞ Z t
f (x) dx = lim f (x) dx.
a t→+∞ a+ε
ε→0+
Z +∞ Z d Z +∞
f (x) dx|{z}
= f (x) dx + f (x) dx, ∀d > a
a ? a d

Esta última igualdade significa que se cada um


dos integrais à direita converge, então o integral à
esquerda converge.

Basta que um dos integrais à direita


R +∞ da igualdade
não seja convergente para que a
f (x) dx seja
divergente.
Seja f (x) uma função contı́nua em ] − ∞, b[,
tendo uma descontinuidade no ponto x = b, b ∈ R.
Z b
O integral impróprio f (x) dx, de 1a e de 2a
−∞
espécie, denomina-se integral impróprio misto.

Neste caso o integral é interpretado (caso seja


convergente) como
Z b Z b−ε
f (x) dx = lim f (x) dx.
−∞ t→−∞ t
ε→0+
Z b Z d Z b
f (x) dx|{z}
= f (x) dx + f (x) dx, ∀d < b
−∞ ? −∞ d

Esta última igualdade significa que se cada um


dos integrais à direita converge, então o integral à
esquerda converge.

Basta que um dos integrais à direita


R b da igualdade
não seja convergente para que −∞
f (x) dx seja
divergente.
Seja f (x) uma função contı́nua em R, tendo
uma descontinuidade no ponto x = c, c ∈ R.
Z +∞
O integral impróprio f (x) dx, de 1a e de 2a
−∞
espécie, denomina-se integral impróprio misto.

Neste caso o integral é interpretado (caso seja


convergente) como
Z +∞ Z c Z +∞
f (x) dx = f (x) dx + f (x) dx.
−∞ −∞ c
F Integrais Eulerianos

 Funç~
ao gama

Lema: O integral impróprio


Z +∞
ta−1e−t dt
0
converge para qualquer a > 0.

− − − − − − −
Nota:
Z +∞ ? Z 1 Z +∞
ta−1e−t dt = a−1 −t
t e dt + ta−1e−t dt
z}|{
0 0 1
Seja

Z +∞
Γ(a) = ta−1e−t dt, a > 0.
0

Definição: A função Γ(a), de variável a, chama-


se função gama.

− − − − − − −
Nota:
Z +∞
Γ(1) = e−t dt = · · · = 1.
0
Teorema:

Γ(x + 1) = x Γ(x) ,→ fórmula de recorrência

− − − − − − −
Corolário:

Γ(n + 1) = n!, n = 0, 1, 2, 3, . . .
Fórmula de Euler

π √
 
1
Γ(α)Γ(1 − α) = , 0 < α < 1 ,→ Γ = π
sen(α π) 2

− − − − − − −

  √
1 (2n − 1)!! π
Γ n+ =
2 2n
 Funç~
ao beta

Lema: O integral impróprio


Z 1
tx−1(1 − t)y−1 dt
0
converge para quaisquer x > 0 e y > 0.

− − − − − − −

Nota: Se x ≥ 1 e y ≥ 1, a função
tx−1(1 − t)y−1
é contı́nua em [0, 1] e, portanto, o integral é de-
finido.
Seja

Z 1
B(x, y) = tx−1(1 − t)y−1 dt, x, y > 0.
0

Definição: A função B(x, y), de variáveis x e


y, chama-se função beta.

− − − − − − −

B(x, y) = B(y, x) ,→ propriedade de simetria


Relação da função beta com a função gama

 
Γ(x)Γ(y) 1 1
B(x, y) = ,→ B , =π
Γ(x + y) 2 2

− − − − − − −

Z 1
dt π
α 1−α
= , 0<α<1
0 t (1 − t) sen(α π)
2. Séries

2.1. Séries numéricas

Seja {an}∞
n=0 uma sucessão numérica.

Definição: A expressão

X
an = a0 + a1 + a2 + · · ·
n=0

chama-se série numérica, sendo an o seu termo


geral e a0, a1, a2, · · · os termos da série.
− − − − − − −
Sn = a0 +a1 +· · ·+an ,→ sucessão das somas parciais
Por definição,

X
an = lim Sn,
n→∞
n=0

se o limite existe e é finito. Diz-se que a série


numérica converge, sendo
S = lim Sn
n→∞

a soma da série.

− − − − − − −
Se lim Sn não é finito, diz-se que a série numérica
n→∞
diverge.
Proposição: Acrescentar, ou retirar, um no fi-
nito de termos a uma série numérica não altera a
natureza da mesma.

− − − − − − −

X ∞
X
Teorema: Se S A = an , S B = bn e c é
n=0 n=0
uma constante arbitrária, então

X
i) c an = c S A
n=0


X
ii) (an + bn) = S A + S B
n=0
Série geométrica


X
c qn c, q ∈ R, c 6= 0
n=0

− − − − − − −

X c
,→ |q| < 1 , então c q n converge e S =
1−q
n=0


X
,→ |q| ≥ 1 , então c q n diverge
n=0
Série de Mengoli

X
Definição: an chama-se série de Mengoli se
n=1

an = bn − bn+k , , lim bn = 0 e k ∈ N.
n→∞

− − − − − − −


X
Teorema: A série de Mengoli an é conver-
n=1
{z· · · + b}k .
gente e a sua soma é b|1 + b2 +
k termos
Condição necessária de convergência de uma série

X
Se an converge, então lim an = 0.
n→∞
n=0

− − − − − − −

Critério integral de convergência de uma série


X∞
Seja an, an ≥ 0, com {an}∞ n=0 decrescente
n=1
e f (x) uma função contı́nua em [1, +∞[ tal que
f (1) = a1, f (2) = a2, · · · , f (n) = an, · · · . Então,
Z +∞ X∞
f (x) dx e an convergem ou divergem si-
1 n=1
multaneamente.
Série de Dirichlet


X 1
α
, α∈R
n=1
n

,→ α>1 converge

,→ α≤1 diverge

− − − − − − −

X 1
Nota: série harmónica
n=1
n
Teorema de comparação

X ∞
X
Sejam an e bn duas séries tais que
n=1 n=1

0 ≤ an ≤ bn, ∀n ∈ N.
+∞
X ∞
X
i) Se bn converge, então an converge
n=1 n=1

X X∞
e an ≤ bn.
n=1 n=1

+∞
X ∞
X
ii) Se an diverge, então bn diverge.
n=1 n=1
Critério de comparação

X ∞
X
Sejam an e bn séries de termos não
n=1 n=1
negativos.
Seja
an
k = lim .
n→∞ bn

i) Se k 6= 0, ∞, então

X ∞
X
an e bn
n=1 n=1

têm a mesma natureza.



X ∞
X
ii) Se k = 0 e bn converge, então an
n=1 n=1
converge.


X ∞
X
iii) Se k = ∞ e bn diverge, então an
n=1 n=1
diverge.
Critério de D’Alembert

X
Seja an, an ≥ 0, e
n=1
an+1
k = lim .
n→∞ an

i) Se k < 1, a série converge.

ii) Se k ≥ 1+, série diverge.

− − − − − − −
Nota: k = 1+ quando k = 1 e a partir de certa
an+1
ordem se tem ≥ 1.
an
Critério de Cauchy

X
Seja an, an ≥ 0, e
n=1

n
k = lim an .
n→∞

i) Se k < 1, a série converge.

ii) Se k ≥ 1+, série diverge.

− − − − − − −
Nota: k = 1+ quando k = 1 e a partir de certa

ordem se tem n an ≥ 1.
Definição: A série do tipo

X ∞
X
n−1
(−1) an ou (−1)n an, an > 0,
n=1 n=1

chama-se série alternada.


− − − − − − −

Teorema de Leibniz: Uma série alternada com


{an}∞
n=1 estritamente decrescente e lim an = 0,
n→∞
converge.

X ∞
X
Definição: A série do tipo an tal que |an|
n=1 n=1
é convergente diz-se absolutamente convergente.
− − − − − − −

X ∞
X
Definição: Se an converge e |an| diverge,
n=1 n=1

X
an diz-se condicionalmente convergente.
n=1

− − − − − − −

X ∞
X
Teorema: Se |an| converge, então an con-
n=1 n=1
verge.
2.2. Séries de funções

Definição: Chama-se série de funções à série da


forma
X∞
fn(x) = f0(x) + f1(x) + f2(x) + · · · ,
n=0

onde f0(x), f1(x), · · · , fn(x), · · · são funções de x.

− − − − − − −
Definição: Chama-se domı́nio de convergência
de uma série de funções ao conjunto dos valores de
x para os quais a série converge.
Definição: Chama-se série de potências à série
da forma

X
an(x − x0)n = a0 + a1(x − x0) + a2(x − x0)2 + · · · ,
n=0

onde a0, a1, · · · , an, · · · são os coeficientes da


série.

− − − − − − −

Nota: Para x = x0 a série de potências é sem-


pre convergente.
Seja R ≥ 0 tal que
 para x : |x − x0| < R a série de potências
converge absolutamente
 para x : |x − x0| > R a série de potências
diverge.

Definição: R chama-se raio de convergência da


série de potências e I =]x0 − R, x0 + R[ chama-se
intervalo de convergência da série.

− − − − − − −
Nota: A convergência da série nos pontos x0 −R
e x0 + R deve ser objeto de um estudo especial.
Nota: Existem séries de potências com R = 0
e séries de potências com R = ∞.

− − − − − − −

an 1
R = lim = p
n→∞ an+1 lim n |an|
n→∞
Série de Taylor (MacLaurin para x0 = 0)


X f (n)(x0)(x − x0)n
f (x) =
n=0
n!

− − − − − − −
Nota: Cada série de potências é uma série
de Taylor para a sua soma (no seu intervalo de
convergência):

∞ ∞
X
n
X f (n)(x0)(x − x0)n
f (x) = an(x − x0) =
n=0 n=0
n!

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