Sumário:Teoremas.

1- Todo o sistema de vectores proporcionais são linearmente dependentes.

Ex:𝐴 = {(4, 2), (2, 1) ∈ 𝑅 2 } é L.D.

2- O sistema de vectores canónicos 𝐶 = {(𝑒1 , 𝑒2 , 𝑒3 , … , 𝑒𝑘 ) ∈ 𝑅 𝑘 } é

linearmente independente.
3- Se 𝐴 é um sistema unitário não nulo de um espaço vectorial 𝐸, então 𝐴 é
linearmente independente.
4- Todo o sistema de vectores ampliado de um sistema linearmente
dependente é linearmente dependente.
5- Todo o sistema de vectores que contenha o vector nulo é linearmente
dependente.
6- Todo o sistema de vectores linearmente dependente, que contenha pelo
menos um vector não nulo inclui um sistema linearmente independente.
7- Se um sistema de vectores 𝐴 = {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑘 } de um espaço vectorial 𝐸
é L.I e o vector 𝑥 de 𝐸 não se pode expressar como combinação linear
dos vectores de 𝐴, então o sistema 𝐴 = {𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑘 } de 𝐸 é L.I.
8- Todo o sistema de vectores com mais de 𝑛 vectores de 𝑅 𝑛 é L.D.
9- Num espaço vectorial 𝐸 todo o sistema ortogonal de vectores que não
contenha um vector nulo é L.I.
Número máximo L.I

Para determinar se um sistema de vectores em 𝑅 𝑛 é L.I ou L.D, basta calcular

o rango da matriz M e compará-lo com o número de incógnitas do sistema de
equações. Todavia, ao calcularmos o rango da matriz M, como sabemos
estamos a calcular o número máximo de colunas L.I de M.

Ex: Achar o número máximo L.I dos sistemas:

a) 𝐴 = {(1, −1, 3, 1), (0, −1, 1, 0), (1, 0, 1, −1) ∈ 𝑅 4 }

Resolução:

𝜆1 𝑥 + 𝜆2 𝑦 + 𝜆3 𝑧 = 0

𝜆1 (1, −1, 3, 1) + 𝜆2 (0, −1, 1, 0) + 𝜆3 (1, 0, 1, −1) = (0, 0, 0, 0)

(𝜆1 , −𝜆1 , 3𝜆1 , 𝜆1 ) + (0, −𝜆2 , 𝜆2 , 0) + (𝜆3 , 0, 𝜆3 , −𝜆3 ) = (0, 0, 0, 0)

(𝜆1 + 𝜆3 , −𝜆1 − 𝜆2 , 3𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 , 𝜆1 − 𝜆3 ) = (0, 0, 0, 0)

𝜆1 + 𝜆3 = 0

−𝜆1 − 𝜆2 =0

3𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆3 = 0

𝜆1 − 𝜆3 = 0
Calculando o rango da matriz do sistema de equações teremos 𝑟(𝐴) = 3.

Logo, o número máximo L.I é 3.

b) 𝑊 = {(−2, −2, 0, 0), (1, 1, 2, 2), (0, 0, 1, 1), (1, 1, 3, 3) ∈ 𝑅 4 }

Resolução:

𝜆1 𝑎 + 𝜆2 𝑏 + 𝜆3 𝑐 + 𝜆4 𝑑 = 0

𝜆1 (−2, −2, 0, 0) + 𝜆2 (1, 1, 2, 2) + 𝜆3 (0, 0, 1, 1) + 𝜆4 (1, 1, 3, 3) = (0, 0, 0, 0)

(−2𝜆1 , −2𝜆1 , 0, 0) + (𝜆2 , 𝜆2 , 2𝜆2 , 2𝜆2 ) + (0, 0, 𝜆3 , 𝜆3 ) + (𝜆4 , 𝜆4 , 3𝜆4 , 3𝜆4 ) = (0, 0, 0, 0)

(−2𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆4 , −2𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆4 , 2𝜆2 + 𝜆3 + 3𝜆4 , 2𝜆2 + 𝜆3 + 3𝜆4 ) = (0, 0, 0, 0)

−2𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆4 = 0

−2𝜆1 + 𝜆2 + 𝜆4 = 0

2𝜆2 + 𝜆3 + 3𝜆4 = 0

2𝜆2 + 𝜆3 + 3𝜆4 = 0

Calculando o rango da matriz do sistema de equações teremos 𝑟(𝑊) = 2.

Logo, o número máximo L.I é 2.

Vectores geradores de um espaço vectorial

Definição:

Um sistema 𝐴 = {𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 , … , 𝑎𝑘 } do espaço vectorial de 𝐸 é um sistema de

vectores geradores de 𝐸, se qualquer 𝑥 de 𝐸 se pode expressar como
combinação linear dos vectores do sistema 𝐴. Quer dizer, 𝐴 gera 𝐸 se ∀𝑥 ∈
𝐸, ∃ 𝜆1 , 𝜆2 , 𝜆3 , … , 𝜆𝑘 tais que:

𝑥 = 𝜆1 𝑎1 + 𝜆2 𝑎2 + 𝜆3 𝑎3 + ⋯ + 𝜆𝑘 𝑎𝑘

Um espaço vectorial 𝐸 se denomina espaço vectorial de dimensão finita se

existe 𝐸, pelo menos um sistema finito de vectores geradores de 𝐸.

Exemplo:

a) Num espaço vectorial 𝐸 em 𝑅 𝑛 o sistema de vectores canónicos 𝐶 =

{(𝑒1 , 𝑒2 , 𝑒3 , … , 𝑒𝑘 ) ∈ 𝑅 𝑘 }.
Resolução:
𝑥 = 𝜆1 𝑎1 + 𝜆2 𝑎2 + 𝜆3 𝑎3 + ⋯ + 𝜆𝑘 𝑎𝑘

Como todo o sistema de vectores canónicos é combinação linear, logo 𝐶 é

gerador.

b) Determine se o sistema de vectores 𝐴 = {(1, 2, 0), (−3, 1, 0) ∈ 𝑅 3 é um

sistema gerador.
𝜆1 𝑎1 + 𝜆2 𝑎2 = 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3

𝜆1 (1, 2, 0) + 𝜆2 (−3, 1, 0) = 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3

(𝜆1 , 2𝜆1 , 0) + (−3𝜆2 , 𝜆2 , 0) = 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3

(𝜆1 − 3𝜆2 , 2𝜆1 + 𝜆2 , 0𝜆1 + 𝜆2 ) = 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3

𝜆1 − 3𝜆2 = 𝑥1

2𝜆1 + 𝜆2 = 𝑥2

0𝜆1 + 𝜆2 = 𝑥3

Resolvendo o sistema de equações veremos que é incompatível (ver capítulo

ll), logo 𝐴 não é gerador.

c) Determine se o sistema de vectores 𝐴 = {(1, 2, ), (3, −1, ), ∈ 𝑅 2 é um

sistema gerador.
Resolução:

𝜆1 𝑎1 + 𝜆2 𝑎2 = 𝑥1 , 𝑥2

𝜆1 (1, 2) + 𝜆2 (3, −1) = 𝑥1 , 𝑥2

(𝜆1 , 2𝜆1 ) + (3𝜆2 , −𝜆2 ) = 𝑥1 , 𝑥2

(𝜆1 + 3𝜆2 , 2𝜆1 − 𝜆2 ) = 𝑥1 , 𝑥2

𝜆1 + 3𝜆2 = 𝑥1

2𝜆1 − 𝜆2 = 𝑥2

O sistema de equações é compatível, logo 𝐴 é gerador independentemente dos

valores de 𝑥1 e 𝑥2 .

Teorema:

Nenhum sistema de vectores de 𝑅 𝑛 , com menos de 𝑛 vectores pode gerar 𝑅 𝑛 .