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algum 𝑙 em {1, 2, ⋯ , 𝑛}, dizemos que (□) é um sistema linear não homogêneo
de ordem 𝑚 por 𝑛.
Se 𝑚 = 𝑛, dizemos que (□) é um sistema linear quadrado de ordem 𝑛.
4.1.3 Exemplo: Suponha que ao comprar 2 livros para seus filhos, Wirla teve
que desembolsar R$ 86,00. O livro de Álgebra custou dez reais a mais que o
livro de Literatura. Como podemos saber que valores foram gastos com cada
livro?
Uma maneira é a seguinte: seja 𝑥 o valor do livro de Álgebra e 𝑦 o
valor do livro de Literatura. Então, podemos formar o seguinte sistema linear
quadrado não homogêneo:
𝑥 + 𝑦 = 86
(□):
𝑥 − 𝑦 = 10
Isolando a variável 𝑥 na segunda equação, temos que 𝑥 = 10 + 𝑦.
Substituindo esse valor na primeira equação, obtemos (10 + 𝑦) + 𝑦 = 86 ⟺
2𝑦 + 10 = 86 ⟺ 2𝑦 = 76 ⟺ 𝑦 = = 38. Daí, temos 𝑥 = 48.
Portanto, o livro de Álgebra custou R$48,00 e o de literatura R$38,00.
4.1.5 Exemplo: Voltemos ao exemplo em 4.1.3. O sistema linear (□) pode ser
identificado por meio de uma equação matricial da seguinte forma
𝑥 86
(□) ≡ 𝐴𝑋 = 𝐵 ⟺ 1 1 𝑦 = .
1 −1 10
Agora, como det(𝐴) = −2 ≠ 0, por 3.2.5, sabemos que 𝐴 é inversível.
−1 −1
Por 3.2.4, temos 𝐴 = cof(𝐴) =− = .
( ) −1 1 −
P á g i n a | 104
86 48
𝑋= = e 𝑆 (□) = {(48,38)}.
− 10 38
𝑎 𝑎 ⋯ 𝑎 𝑥 𝛽
𝑎 𝑎 ⋯ 𝑎 𝑥 𝛽
(□) ≡ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ = ⋯
𝑎 𝑎 ⋯ 𝑎 𝑥 𝛽
1 0 0 3
Claro que, se 0 1 0 −1 é a matriz associada de um sistema
0 0 1 2
𝑥 =3
linear (𝛾), entendemos que ele tem a forma (𝛾): 𝑦 = −1 e, claro,
𝑧 =2
seu conjunto solução é 𝑆( ) = {(3, −1, 2)}.
Nosso próximo parágrafo mostra como, a partir da matriz associada a
um sistema linear, obter uma matriz “mais simples”, no sentido de que, se ela
for associada a um sistema linear, a solução desse sistema fica evidenciada.
Se os sistemas associados a essas matrizes são equivalentes, então
teremos estabelecido mais um método de resolução de um sistema linear.
4.2.1 Definição: Dizemos que uma matriz 𝐴 ∈ 𝑀 (𝐾) tem a forma escada
(ou escalonada) se, e somente se, são satisfeitas as seguintes condições:
i) o primeiro elemento não nulo de cada linha, caso exista, é igual a 1;
ii) na coluna em que ocorre o primeiro elemento não nulo de uma linha, os
elementos acima dele são iguais a zero.
iii) se 𝑎 e𝑎 são, respectivamente, os primeiros elementos não nulos
das linhas 𝑖 e 𝑖 ; com 𝑖 < 𝑖 ; então temos 𝑗 < 𝑗 ;
iv) se 𝐴 possui linhas nulas, elas ocorrem abaixo das linhas não nulas.
1 0 0
4.2.2 Exemplo: São exemplos de matrizes na forma escada: 𝐼 = 0 1 0 ,
0 0 1
1 0 0
1 −1 0
𝑊= 0 1 0 e𝐷 = .
0 0 1
0 0 1
1 1 1 2
A matriz 𝐸 = −1 1 1 1 não tem a forma escalonada.
2 −1 −1 −
Mas, podemos, a partir de 𝐸, obter uma matriz na forma escada, procedendo
da seguinte maneira:
Passo 1: (𝑙 ⟶ 𝑙 + 1𝑙 ) substituímos os elementos da linha 2 pelas somas
correspondente dos elementos da linha 2 e os produtos dos elementos linha
1 1 1 2
1 por 1. Obtemos 𝐸 = 0 2 2 3 .
2 −1 −1 −
Passo 2: (𝑙 ⟶ 𝑙 + (−2)𝑙 ) substituímos os elementos da linha 3 pelas
somas correspondente dos elementos da linha 3 e os produtos dos elementos
1 1 1 2
da linha 1 por −2 . Obtemos 𝐸 = 0 2 2 3 .
0 −3 −3 −
4.2.3 Definição: Seja 𝐴 uma matriz de ordem 1 < 𝑚 por 1 < 𝑛 sobre um corpo
𝐾. Definimos como operações elementares sobre as linhas de 𝐴:
𝜺𝟏 : permutar duas quaisquer linhas de 𝐴;
𝜺𝟐 : multiplicar uma qualquer linha de 𝐴 por 0 ≠ 𝑘 ∈ 𝐾
𝜺𝟑 : substituir os elementos de uma linha 𝑖 pelas somas correspondente dos
elementos da linha 𝑖 e os produtos dos elementos da linha 𝑖 por um escalar
𝑙 ≠ 0; sendo 𝑖 ≠ 𝑖 .
4.2.4 Observação (Gauss - Jordan): Seja 𝐴 uma matriz quadrada de ordem 1 <
𝑛. Se det(𝐴) ≠ 0, o bloco [𝐴 ⋮ 𝐼 ] é equivalente por linha ao bloco
[𝐼 ⋮ 𝐴 ] e isso determina 𝐴 , a inversa da matriz 𝐴.
Demonstração: Basta notar que aplicar operações elementares 𝜀 , 𝜀 ou 𝜀 à
uma matriz 𝐴, equivale a aplicar as mesmas operações à matriz 𝐼 e depois
multiplicar essa matriz identidade modificada pela matriz 𝐴.
concluímos que 𝐴 = .
−
Você pode identificar cada passo dado nesse escalonamento? No
último substituímos os elementos da linha 1 pelas somas correspondente dos
elementos da linha 1 e os produtos dos elementos da linha 2 por − .
Exercícios:
01. Reduza à forma escada as seguintes matrizes:
2 1 1
2 1 1 2 0 0 1
17 6 1 2 3
A 7 0 1 3 , B e C
3 1 0 5 9 2 0 1 2x5
5 2
3 6 3x4
4 1 0 4x3
02. Verifique quais das matrizes abaixo são inversíveis. Caso seja possível,
determine suas inversas de pelo menos 02(duas) maneiras.
2 2 1 0
0 3 1 1 1 0 1
1 3 1 0 0 ;
a) A ; b) B c) C
1 4 2x2 3 0 1 5
1 2 1 3x3
1 1 0 0 4x4
P á g i n a | 109
4.3.2 Exemplo: Mais uma vez vamos considerar o sistema linear (∆) do
exemplo 4.1.7. O determinante da matriz dos coeficientes desse sistema é
1 1 1
igual a 𝐷 = det −1 1 1 = 0. Com isso não podemos calcular os
2 −1 −1
valores de 𝑥 = = ,𝑦 = = e𝑧 = = .
linear não seja quadrado. Mais ainda, caso o sistema seja compatível, seu
conjunto solução fica completamente determinado.