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ESTUDO DE DESEMPENHO DE CONDICIONAMENTO ACÚSTICO EDILÍCIO

Conteúdo: (a) Introdução


Este relatório reúne elementos que orientou a análise e a proposição de materiais e sistemas construtivos para
o condicionamento acústico do Teatro (palco e plateia) para acústica modal, geométrica e reverberante. Na
Figura 1 constam exemplos de desenhos técnicos consultados para aquisição das informações requeridas.

Figura 1 – Planta parcial (desenho inferior) e seções longitudinal (desenho superior) e transversal (desenho lateral) do Teatro
Em termos de acústica reverberante, o tempo de reverberação o recinto do Teatro foi avaliado para a situação
sem tratamento acústico (TRSA) e com tratamento acústico em duas situações: original como materiais e sistemas
construtivos especificados no projeto arquitetônico (TRCA_ORG) na plateia; e complementar, a partir do
refinamento acústico (TRCA_CMP) abrangendo o palco, para ajuste do tempo de reverberação calculado ao
recomendado (TRO) pela NBR 12.179 (Abnt, 1992). Para acústica geométrica foram feitos traçados de raios
acústicos para identificação de áreas potencialmente refletoras e absorvedoras de modo a orientar a distribuição
de materiais e sistemas construtivos refletores (especular, semi-difusa e difusa) e absorvedoeres. Uma análise da
visibilidade também foi elaborada, tendo em vista que boas linhas de visão, também são trajetórias favorecidas
para audição. No caso da acústica modal foi feita avaliação de modos acústicos e densidade modal procurando
identificar frequências que viessem a necessitar controle especial na cavidade do teatro para uma geometria
simplificada do mesmo. Por fim foram calculados alguns parâmetros de acústica de salas de concerto comparados
a valores recomendados, tais como calidez (BR), intimidade (ITDG), audibilidade (Gmid), espaciosidade (Glow)
e envolvimento (IDA).
(b) Caracterização geométrica
A seguir estão as dimensões, áreas e volume dos recintos do palco (Tabela 1) e da plateia (Tabela 2).]

TABELA 1 – Dimensões, áreas e volume do palco do Teatro


C L PD SP ST SVLD SVLE SVBC ST V
[m] [m] [m] [m2] [m2] [m2] [m2] [m2] [m2] [m3]
17,97 20,42 19,40 384,29 551,60 304,70 311,20 358,00 2455,09 8719,5
Siglas: C, comprimento; L, largura; PD, pé-direito; SP, área do piso; ST, área do teto; SVLD, área do vedo vertical direito; SVLE, área do vedo vertical esquerdo;
SVBC, área do vedo que contém a boca de cena; ST, área superficial total; V, volume.

TABELA 2 – Dimensões, áreas e volume da plateia do Teatro


C L PD SP ST SVLD SVLE SVBC ST V
[m] [m] [m] [m2] [m2] [m2] [m2] [m2] [m2] [m3]
31,21 18,70 11,38 557,70 406,98 280,07 282,87 60,08 1832,81 5440,65
Siglas: C, comprimento; L, largura; PD, pé-direito; SP, área do piso; ST, área do teto; SVLD, área do vedo vertical direito; SVLE, área do vedo vertical esquerdo;
SVBC, área do vedo que contém a boca de cena; ST, área superficial total; V, volume.

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Na Figura 2 consta a volumetria do Teatro elaborada para os estudos de condicionamento acústico.

Figura 2 – Volumetria do Teatro

(b) Acústica Reverberante

Na Tabela 3 constam dados espectrais e globais de coeficientes de absorção e tempo de reverberação do


Teatro na situação sem adequação acústica (TRSA).

TABELA 3 – Dados e desempenho de reverberância no Teatro sem condicionamento acústico.


Superfícies Internas A, [m2] 125 250 500 1k 2k 4k Global
Porta 6,30 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede Fundo 539,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede Lateral Direita 304,70 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Palco Parede Lateral Esquerda 311,20 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede BC 358,00 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Teto 551,60 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Piso 384,29 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Porta 13,11 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Janela 3,10 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede Fundo Total 83,10 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede Lateral Direita 280,07 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Plateia Parede Lateral Esquerda 282,87 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Parede BC 60,08 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Teto 406,98 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Piso Total 557,70 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
Espelho Total 145,80 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
TRSA : [seg.] 9,28 9,45 9,43 9,43 5,80 3,63 8,16
TRO : 2,97 2,39 1,65 1,65 1,65 1,65 1,84
Variação : [%] 212 295 471 472 251 120 344
Observação: a variação entre os tempos de reverberação está muito além do valor em torno de 10% recomendado pela NBR – 12.179.
Sigla: BC, boca de cena

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Na Tabela 4 constam ados espectrais e globais de coeficientes de absorção e tempo de reverberação do Teatro na
situação com adequação acústica (TRCA_ORG).
TABELA 4 – Dados e desempenho de reverberância no Teatro com condicionamento acústico original.
Superfícies Internas A, [m2] 125 250 500 1k 2k 4k Global
Porta: chapa metálica 6,30 0,18 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,10
Parede F: cimentício 539,00 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Palco Parede LD: alvenaria pintada 304,70 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Parede LE: alvenaria pintada 311,20 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede BC 358,00 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Teto 551,60 0,29 0,10 0,05 0,04 0,07 0,09 0,07
Piso 384,29 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Porta: chapa metálica 13,11 0,18 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,10
Janela 3,10 0,35 0,25 0,18 0,12 0,07 0,04 0,16
Parede F: carpete 83,10 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
Parede LD: madeira 280,07 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Plateia Parede LE: madeira 282,87 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede BC : madeira 60,08 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Teto_1: Gypsum liso 305,24 0,29 0,10 0,05 0,04 0,07 0,09 0,07
Teto_2: Gypsum perfurado 101,75 0,62 0,97 0,75 0,84 0,62 0,73 0,80
Piso Total: carpete 557,70 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
Espelho Total: carpete 145,80 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
TRCA_ORG : [seg] 3,33 4,29 3,98 3,55 2,56 1,78 3,51
TRO : 2,97 2,39 1,65 1,65 1,65 1,65 1,84
Variação : [%] -12 -79 -141 -115 -55 -8 -91
Observação: a variação entre os tempos de reverberação está bastante fora do valor de 10% recomendado na NBR-12.179, exceto em 125Hz

Na Tabela 5 constam dados espectrais e globais de coeficientes de absorção e tempo de reverberação do


Teatro na situação com adequação acústica complementar (TRCA_CMP).
TABELA 5 – Dados e desempenho de reverberância no Teatro com condicionamento complementar.
Superfícies Internas A, [m2] 125 250 500 1k 2k 4k Global
Porta: chapa metálica 6,30 0,18 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,10
Parede F: placa cimentícia 539,00 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede LD1: cimentícia 152,35 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede LD2: Glass Fabric 152,35 0,26 0,99 0,94 0,70 0,32 0,19 0,74
Palco Parede LE1: placa cimentícia 124,48 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede LE1: Glass Fabric 186,72 0,26 0,99 0,94 0,70 0,32 0,19 0,74
Parede BC: alvenaria pintada 358,00 0,01 0,01 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
Teto1: Sonex Baflle Rondo 150 441,28 0,15 0,19 0,61 0,78 0,87 0,84 0,61
Teto2: Gypsum liso 110,32 0,29 0,10 0,05 0,04 0,07 0,09 0,07
Piso: madeira 384,29 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Porta: chapa metálica 13,11 0,18 0,12 0,10 0,09 0,08 0,07 0,10
Janela 3,10 0,35 0,25 0,18 0,12 0,07 0,04 0,16
Parede Fundo: Carpete 83,10 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
Parede LD: madeira 280,07 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Plateia Parede LE: madeira 282,87 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Parede BC : madeira 60,08 0,04 0,04 0,07 0,06 0,06 0,07 0,06
Teto1: Gypsum liso 305,24 0,29 0,10 0,05 0,04 0,07 0,09 0,07
Teto2: Gypsum perfurado 101,75 0,62 0,97 0,75 0,84 0,62 0,73 0,80
Piso Total: carpete 557,70 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
Espelho Total: carpete 145,80 0,05 0,05 0,10 0,20 0,30 0,40 0,16
TRCA_CMP : 3,24 2,43 1,76 1,76 1,63 1,33 2,08
TRO : [seg]
2,97 2,39 1,65 1,65 1,65 1,65 1,84
Variação : [%] -9 -2 -7 -7 1 19 -13
Observação: a variação entre os tempos de reverberação praticamente atende o valor de 10% recomendado na NBR - 12.179.

Nos gráficos a seguir constam as representações do desempenho de reverberação para as três situações
consideradas: TRSA (Gráfico 1), TRCA_ORG (Gráfico 2) e TRCA_CMP (Gráfico 3).

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Gráfico1 – Comparação entre TRSA e TRO

Gráfico 2 – Comparação entre TRCA_ORG e TRO

Gráfico 3 – Comparação entre TRCA_CMP e TRO

(c) Acústica Modal

Na Tabela 6 consta a estimativa da densidade modal com os valores representados no Gráfico 4. Os critérios
de monoticidade da curva e proximidade modal especificados em Ballou (1991) foram atendidos. As
proporções entre as dimensões que definem a cavidade da plateia se aproximam das sugeridas por Sepmeyer
conforme informações na Tabela 7, com variações aos valores recomendados de 2,7 % e 17,7% para pé-direito
e largura (PD:L) e pé-direito e comprimento (PD:C) respectivamente.
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TABELA 6 – Estudo dos modos acústico e densidade modal
Frequência Frequência Frequência Densidade
central, [Hz] inferior, [Hz] superior,[Hz] Modal [unid.]
31,5 28,1 35,4 21
40 35,6 44,9 40
50 44,5 56,1 72
63 56,1 70,7 137
80 71,3 89,8 267
100 89,1 112,2 502
125 111,4 140,3 951
160 142,5 179,6 1941
200 178,2 224,5 3719
250 222,7 280,6 7150
315 280,6 353,6 14116 Gráfico 4 – Monoticidade da curva de densidade modal
TABELA 7 – Proporções recomendadas e obtidas
PD:PD PD:L PD:C
Sepmeyer 1,00 1,60 2,33
Teatro 1,00 1,64 2,74
Variação percentual, [%] - 2,7 17,7

(d) Acústica Geométrica

Além das proporções, o não-paralelismo entre superficies internas do Teatro auxilia no desempenho modal
do mesmo. O formatos das superficies internas nos remete à abordagem da acústica geométrica. Através do
traçado de raios acústicos foi possível sugerir alterações na inclinação dos painéis previstos nas superficies
laterais (Figura 3) assim como no forro e na ponte de luz mais afastada da boca de cena (Figura 4). Tais
alterações melhoram a eficiência na distribuição da energia acústica proveniente da primeira reflexão, aquela
que deve ser priorizada.

Pela Figura 3, o trecho vertical da superfície lateral


promoverá primeira reflexão lateral satisfatoriamente.
Já as inclinações dos paineis laterais deveriam ser
acrescidas, passando de 5o para 15o, dispostos o mais
próximo possível das paredas laterais para evitar
câmaras de ar muito volumosas que aumentam
desproporcionalmente a absorção dos sons mais
graves. Com essa mudança de inclinação, os painéis
responderão melhor à primeira reflexão, minimizando
Figura 3 – Raios acústicos em seção transversal do Teatro reflexões a partir de 2a ordem.

Figura 3 – Raios acústicos em seção longitudinal do Teatro

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No destaque “1a” é sugerido um painel refletor parabolóide hiperbólico sob a ponte de luz mais próxima à
boca de cena. No “1b” é sugerido outro painél refletor com curvature. Ambos painéis tornarão a primeira reflexão
mais direcionada à audiencia. No caso dessa ponte de luz mais afastada da boca de cena, o posicionamento dela
foi alterado, tornando-a mais elevada, nivelada com a passarela lateral que lhe dá acesso sem o lance de escada
originalmente proposto que rebaixava esta segunda ponte. No destaque “2” é sugerido novo posicionamento do
forro entre as pontes de luz. E “3” é sugerido a inserção de um painel refletor abaixo forro original proposto, com
inclinação similar ao novo forro entre as pontes de luz. No destaque “4” é sugerido um forro inclinado sob o
balcão. Nos destaques “5a” e”5b” são sugeridas novas inclinações para os peitoris dos balcões da ordem de 7,5o
em direção à plateia a partir da normal aos seus respectivos pisos. Por fim na Tabela 7 constam parâmetros
complementares de acústica de salas de concerto estimados para o Teatro, os quais estão comparados aos valores
recomendados de calidez (BR), intimidade (ITDG), audibilidade (Gmid), espaciosidade (Glow) e envolvimento
(IDA). Apenas o parâmetro IDA apresentou situação crítica, precisando ser melhorado por difusores acústicos.

TABELA 7 – Proporções recomendadas e obtidas


Calidez (BR) Intimidade (ITDG) Audibilidade (Gmid) Espaciosidade (Glow) Envolvimento (IDA)
Valores Valores Valores Valores Valores
Calculado Adequado Calculado Adequado Calculado Adequado Calculado Adequado Calculado Adequado
1,6 1,1 - 1,5 20,1 20 mseg. 6,1 4,0 - 5,5 7,9 > Gmid 0,23 0,8 - 1,0

Para as estimativas de ITDG, Gmid e Glow, informações de distância fonte – receptor e traçado específico
de acústica geométrica foram requeridos, os quais constam na Figura 4.

Figura 3 – Estudos para estimativa de ITDG, Gmid e Glow.

(e) Conclusão

Este estudo complementa aquele inicialmente apresentado sobre privacidade acústica que, conjuntamente,
compõem a abordagem plena do tratamento acústico do Teatro. Partindo da caracterização dimensional e
geométrica do Teatro, foi possível aprofundar aspectos relativos à acústica reverberante, modal e geométrica,
incluindo parâmetros acústicos complementares e pertinentes. Desse estudo foi possível sugerir ajustes e
complementos na especificação, disposição e dimensionamento de materiais e sistemas construtivos de modo a
prover o Teatro dos recursos arquitetônicos essenciais ao seu adequado desempenho acústico, valorizando o
trabalho e a vivência de seus usuários, sejam eles artistas, gestores, funcionários, técnicos e público envolvido.

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(f) Bibliografia:
d.1 Abnt (1992). NBR 12.179 Tratamento acústico em recintos fechados. Rio de Janeiro.
d.2 Ballou, G. M. (1991, 2002) Handbook for sound engineers: the new áudio cyclopedia. Indaiana: SAMS.
d.3 Beranek, L. L. (1988). Noise and Vibration Control. Washington, INCE.
d.4 ______.(1996) How they sound concert and opera hall. New York, Acoustical Society of America
d.5 Bistafa, S. (2006). Acústica aplicada ao controle de ruído. São Paulo: Edgard Blücher.
d.6 Carvalho, B. A . (1967) Acústica aplicada à arquitetura. Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos S.A. , 1967, 100 p.
d.6 Gerges, S. N.Y. (1992, 2000) Ruído: fundamentos e Controle. Florianópolis.
d.7 Catálogos Knauf, Isover, Owa Sonex.

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