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ELABORAÇÃO: Magalhães

CURSO/DISCIPLINA: - Tec. Mecânica

CÓDIGO: MATRIZ UNIDADE: Conformação mecânica - DATA:    /    /   

TURMA:       ALUNO:       Nº:      

Conformação Mecânica

Forjamento
É o processo de conformação mecânica em que o material é deformado por martelamento ou prensagem,
é empregado para a fabricação de produtos acabados ou semi-acabados de alta resistência mecânica,
destinados a sofrer grandes esforços e solicitações em sua utilização.

Embora, hoje em dia, o forjamento seja feito por meio de equipamentos, o princípio do processo continua o
mesmo: aplicação individual e intermitente de pressão, quer dizer, o velho martelamento, ou então, a
prensagem.

O forjamento por martelamento é feito aplicando-se golpes rápidos e sucessivos no metal. Desse modo,
a pressão máxima acontece quando o martelo toca o metal, decrescendo rapidamente de intensidade à
medida que a energia do golpe é absorvida na deformação do material. O resultado é que o martelamento
produz deformação principalmente nas camadas superficiais da peça, o que dá uma deformação irregular
nas fibras do material. Pontas de eixo, virabrequins, discos de turbinas são exemplos de produtos forjados
fabricados por martelamento.

No forjamento por martelamento são usados martelos de forja que aplicam golpes rápidos e sucessivos ao
metal por meio de uma massa de 200 a 3.000 kg que cai livremente ou é impulsionada de uma certa altura
que varia entre 1 e 3,5 m.

Na prensagem, o metal fica sujeito à ação da força de compressão em baixa velocidade e a pressão
atinge seu valor máximo pouco antes de ser retirada, de modo que as camadas mais profundas da
estrutura do material são atingidas no processo de conformação. A deformação resultante é, então, mais
FR 1.17 – 03 V 01
Doc. Referência: DITEC 008
C:\Sistema Gestão da Qualidade\ISO 9001\Informações sobre Qualidade/formulários vigentes/FR 1.17-03 V.01.doc

SENAI Escola SENAI “Nami Rua Dom Antônio Cândido de Alvarenga, 353 - Centro
Serviço Nacional Jafet” 08780-070 – Mogi das Cruzes - SP
de Aprendizagem CFP 1.17 Telefone: 4799-3439
Industrial e-mail: senaimogidascruzes@sp.senai.br
regular do que a produzida pela ação dinâmica do martelamento. Palhetas de turbinas e forjados de liga
leve são produtos fabricados por prensagem.

O forjamento por prensagem é realizado por prensas mecânicas ou hidráulicas. As prensas mecânicas, de
curso limitado, são acionadas por eixos excêntricos e podem aplicar cargas entre 100 e 8.000 toneladas.
As prensas hidráulicas podem ter um grande curso e são acionadas por pistões hidráulicos. Sua
capacidade de aplicação de carga fica entre 300 e 50.000 toneladas. Elas são bem mais caras que as
prensas mecânicas.

As operações de forjamento são realizadas a quente, em temperaturas superiores às de recristalização do


metal. É importante que a peça seja aquecida uniformemente e em temperatura adequada. Esse
aquecimento é feito em fornos de tamanhos e formatos variados, relacionados ao tipo de metal usado e de
peças a serem produzidas e vão desde os fornos de câmara simples até os fornos com controle específico
de atmosfera e temperatura. Alguns metais não-ferrosos podem ser forjados a frio.

Matriz aberta ou fechada?

Toda a operação de forjamento precisa de uma matriz. É ela que ajuda a fornecer o formato final da peça
forjada. E ajuda também a classificar os processos de forjamento, que podem ser:
 forjamento em matrizes abertas, ou forjamento livre;
 forjamento em matrizes fechadas.

As matrizes de forjamento são submetidas a altas tensões de compressão, altas solicitações térmicas e,
ainda, a choques mecânicos. Devido a essas condições de trabalho, é necessário que essas matrizes
apresentem alta dureza, elevada tenacidade, resistência à fadiga, alta resistência mecânica a quente e
alta resistência ao desgaste. Por isso, elas são feitas, em sua maioria, de blocos de aços-liga forjados e
tratadas termicamente. Quando as solicitações são ainda maiores, as matrizes são fabricadas com metal
duro.

No forjamento livre, as matrizes têm geometria ou formatos bastante simples. Esse tipo de forjamento é
usado quando o número de peças que se deseja produzir é pequeno e seu tamanho é grande. É o caso de
eixos de navios, turbinas, virabrequins e anéis de grande porte.

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A operação de forjamento livre é realizada em várias etapas. Como exemplo, a ilustração mostra o
estiramento de uma parte de uma barra. Observe a peça inicial (a) e o resultado final (e). A operação é
iniciada com uma matriz de pequena largura. O estiramento acontece por meio de golpes sucessivos e
avanços da barra (b, c, d, e). A barra é girada 90º e o processo repetido (f). Para obter o acabamento
mostrado em g, as matrizes são trocadas por outras de maior largura.

No forjamento em matrizes fechadas, o metal adquire o formato da cavidade esculpida na matriz e, por
causa disso, há forte restrição ao escoamento do material para as laterais. Essa matriz é construída em
duas metades: a metade de baixo fica presa à bigorna e nela é colocado o metal aquecido. A outra metade
está presa ao martelo (ou à parte superior da prensa) que cai sobre a metade inferior, fazendo o material
escoar e preencher a cavidade da matriz.

Uma peça forjada acabada geralmente não é conformada em um só golpe, porque tanto a direção quanto
a extensão na qual o metal pode escoar são pequenas. Por isso, para a confecção de uma única peça são
necessárias várias matrizes com cavidades correspondentes aos formatos intermediários que o produto
vai adquirindo durante o processo de fabricação.
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A matriz apresenta uma cavidade extra em sua periferia e que tem o objetivo de conter o excesso de
material necessário para garantir o total preenchimento da matriz durante o forjamento. Esse excesso de
material chama-se rebarba e deve ser retirado da peça em uma operação posterior de corte.

A rebarba é um dos
problemas do forjamento
por matriz fechada. Para
minimizá-lo, as matrizes
apresentam calhas para
evitar que a rebarba seja
muito grande.

Para peças não muito complexas, são aplicadas as seguintes etapas no forjamento em matriz fechada:
1. Corte do blank, ou seja, do pedaço de metal em barra no tamanho necessário.
2. Aquecimento - realizado em fornos.
3. Forjamento intermediário, realizado somente quando é difícil a conformação em uma única etapa.
4. Forjamento final - feito em matriz, já com as dimensões finais da peça.
5. Tratamento térmico - para a remoção das tensões, homogeneização da estrutura, melhoria da
usinabilidade e das propriedades mecânicas.

Defeitos dos produtos forjados


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Os produtos forjados também apresentam defeitos típicos. Eles são:
 Falta de redução - caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso
altera o formato da peça e acontece quando são usados golpes rápidos e leves do martelo.
 Trincas superficiais - causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em temperatura baixa, ou
por alguma fragilidade a quente.
 Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de impurezas nos metais ou porque as rebarbas são
pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas e podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação.
 Trincas internas - originam-se no interior da peça, como conseqüência de tensões originadas por
grandes deformações.
 Gotas frias - são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem.
Elas são causadas por fluxos anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas,
colocação inadequada do material na matriz.
 Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que se formam durante o aquecimento.
Essas incrustações normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.
 Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada pelo
aquecimento do metal.
 Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando películas de óxidos.
Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão.

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