Você está na página 1de 207

Derivadas

Derivadas

As derivadas surgiram a partir da


necessidade de resolver:

O problema de encontrar a reta


tangente.

O problema de encontrar a
velocidade instantânea de um
objeto.
O Problema de encontrar a

Velocidade Instantânea
Velocidade
Instantânea
Suponha que um objeto se mova de
acordo com a equação f=f(t), no
qual f(t) é o deslocamento do objeto
a partir da origem no instante t.

t0 t1
t0 t1

f(t0) : posição no instante t0


f(t1) : posição no instante t1
A função f que descreve o
mo vim ento é chamada fu nção
posição do objeto.

Fazendo,

t0 = a
t1 = a+h
Dizemos que a velocidade média,
Suponha que a velocidade média
é calculada em intervalos cada
vez menores [a,a+h].
A velocidade instantânea no
p o nto a é o l i m i te d a
velocidade média quando h
tende para zero, definido por,
Exemplo
2
Considere f(t)= 4.9t , sendo f(t) a equação de movimento
de um bola abandonada do posto de observação de uma
torre. Encontre a velocidade da bola após 5 segundos.
Logo velocidade da
bola após 5 segundos
é de 49m/s.
O Problema da reta
Tangente
Problema da
Tangente
O problema da tangente consiste

em determinar uma equação que

descreva a tangente em um ponto M

do gráfico de uma função .


1. Q u a n d o o po nto Q
desloca-se sobre a curva
aproximando-se de M, a
reta se cante, também
mu da de posição ao
girar em torno de M.

2. Se a reta secante (s) tende


p ar a a posição l i m i te (t) ,
Podemos dizer que
consideramos que esta reta a reta secante s
limite é a tangente à curva (c) tende para a
no ponto M, sendo este ponto reta tangente t ao
d e n o m i n ad o de p o nto de
M ponto.
tangência ou ponto de contato.
Observe o gráfico
Quando fazemos,

A reta secante genérica


tende à posição limite
d e re t a t a ng e nt e a o
gráfico no ponto:

E o quociente,

Tende ao coeficiente angular da reta em sua posição


limite.
Se existe e é finito o limite,

Diz-se m que é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico de

no ponto de abscissa , isto é, é o ponto de tangência.

Chamando  o ângulo que a reta tangente forma com o eixo horizontal,

medindo no sentido anti-horário, temos:


Exemplo
Considere f(x) = x2. Determine o coeficiente
angular da reta tangente ao gráfico de f no
ponto M de abscissa 2.

Pretendemos saber qual é a inclinação da reta quando

x0 = 2. Aplicando a definição vem que,


Desenvolvendo vem que,
2 - FUNÇÕES
DIFERENCIÁVEIS
(1.1)Definição

Seja,

Designa-se a razão incremental da função


f no ponto a por:
(1.2)Definição

Seja,

A função f tem derivada em a, f’(a), se a


razão incremental da função f tem limite
em R quando x tende para a:
A função f é diferenciáveis em a se
f’(a) for um número real.

Se considerarmos x=a+h:
1- Se a função f é diferenciáveis em a,
f’(a) é coeficiente angular no ponto
(a,f(a)).

2- Se a função f é diferenciáveis em
um intervalo [a,b] se o é para todo o
c em (a,b) e de forma análoga para

[a,∞) ou (a,∞)

(-∞,b] ou (-∞,b)

(-∞,∞)
3- A derivada f’(a) é a taxa de
variação de y=f(x) em relação a x
quando x->a
(1.3)Definição

Seja,

Para qualquer x dentro do domínio da


função tem-se que a derivada de f em
ordem a x é dada por:
Exemplo
Se f(x) = x-1
Se f(x) = x3 encontre uma fórmula
para f’(x).
1.4Definição

Define-se a derivada a esquerda/direita


respectivamente por,

A função f é diferenciável em a se e somente se as

derivadas laterais existem e são iguais.


Exemplo
Mostre que f(x)=|x| não é diferenciável
em x=0.

Temos que,

Temos que calcular,


Como,

A função não é diferenciável no ponto.


(1.5) Teorema

Seja,

Se a função f é diferenciável em
a então f é contínua em a.
Exemplo
Dado que f(x)=|x| analise a continuidade
x=0.

Vimos que f(x)=|x| não é


diferenciável no ponto x=0 porque,

Mas aplicando a definição (1.29) de limites,


f(x)=|x| é
Contínua no ponto x=0.
Atenção!!!!
O Teorema afirma que se a função é
diferenciável em um ponto então é
contínua neste ponto e NÃO o
CONTRÁRIO!
Regras de
Derivação
Regra de
Derivação da Função
Constante
Definição
Dada uma função f(x)=c
p ar a to d o x e m s e u
domínio e c um número
real . Então,

f’(x)=0
- 1 -

Considere:
f(x) = 3

Observe que 3 é uma constante,

f’(x) = 0
- 2 -

Considere:
f(x) = π

Temos que π é uma constante, logo

f’(x) = 0
Corolário

Se f ’(x) = 0 em todos os pontos


de um intervalo I, então f (x) =
C para qualquer x em I, onde C
é uma constante.
Regra de
Derivação da Função
Polinomial
Definição
Dada uma função
f(x)=mx+c
p ar a to d o x e m s e u
domínio e c um número
real . Então,

f’(x)=m
Regra de
Derivação da Função
Potência
Definição
Dada uma função
f(x) = cxn
p ar a to d o x e m s e u
domínio e c um número
real . Então,
f’(x)=cn.xn-1
- 1 -

Considere:
3
f(x) = x

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

3-1
f’(x) = 3 . x
= 3x 2
- 2 -

Considere:
5
f(x) = x

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

f’(x)= 5 . x5-1
= 5 x4
- 3 -

Considere:
-3
f(x) = x

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

f’(x)= -3 .x-3-1
= -3 x-4
- 4 -

Considere: _2
3
f(x) = x
Derivando essa função e aplicando a
regra, temos:
_
2
-1
2 . x3
_
f’(x)=
3
_
-1
2 3
_
= x
3
- 5 -

Considere:
3
f(x) = 4.x

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

3-1
f’(x) = 4.3. x
= 12x 2
- 6 -

Considere:
5
f(x) = -5.x

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

f’(x)= -5.5.x5-1
= -25x4
Regra de
Derivação da
Soma de Funções
Teorema
S ej a m f e g funções
deriváveis,

[f(x)+g(x)]’= f’(x) + g’(x)

[f(x)-g(x)]’= f’(x) - g’(x)


Teorema
S ej a f u m a f u n ç ã o
derivável e c um número
real, então,
[cf(x)]’= cf’(x)
Regra de
Derivação da Função
Exponencial
Definição
Dada uma função
f(x) = ex
p ar a to d o x em seu
domínio. Então,

ax
f’(x)=x’ e = e
. ax
Generalizando
f(x) = eax
p ar a to d o x e m seu
domínio. Então,

x
f’(x)=(ax)’ e = ae
. x
S e u (x) é um a f u n ç ã o
derivável em ordem a x,
f(x) = eu(x)
então,

f’(x)=u’(x) e
. u(x)
Exemplo - 1 -

Considere:
2x
y(x) = e

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

2x
y’(x) = (2x)' (e )
= 2 . e2x
- 2 -

Considere:
x2
y(x) = e

Derivando essa função e aplicando a


regra, temos:

2 x2
y’(x)= (x )' (e )
= 2x. e x2
Definição
Considere,

y(x) = ax

Onde a se refere a um número qualquer,


a uma base qualquer.

x
y’(x) = x’a . ln(a)
x
= a . ln(a)
Vamos a alguns exemplos!
Exemplo - 1 -

Considere:
x
f(x) = 3

Derivando essa função temos:


x
f’(x) = 3 . ln(3)

Simplesmente aplicamos a regra

x
y’(x) = a . ln(a)
- 2 -

Considere:
x
f(x) = π

Onde π é um número.

E nós estamos aplicando e regra.

Logo,
x
f’(x) = π . ln(π)
Regra de
Derivação da Função
Logarítmica
Definição
Dada uma função,

p ar a to d o x em seu
domínio. Então,
S e u (x) é um a f u n ç ã o
derivável em ordem a x,
Definição
Considere,
y(x) = ln(x)
Onde a se refere a um número qualquer,
a uma base qualquer,

x'
f’(x) = —- = 1
x —-
x

Vamos a alguns exemplos.


Exemplo: - 1 -

Considere:
f(x) = ln(3x)

Derivando essa função temos:


(3x)’3 1
f’(x) = —- = —- = —-
x
3x 3x
Simplesmente aplicamos a regra
- 2 -

Considere:
f(x) = log(3x)

Derivando essa função temos:


(3x)’
____
f’(x) = 3xln10
3
= ——-—
3xln10
1
= _____
xln10
- 3 -

Considere:
x
f(x) = ln(π )

E aplicando e regra. Logo,


x
f’(x) = ____
(π )’
x
π
x
= π . ln(π)
________ = lnπ
x
π
Regra de
Derivação do
Produto de Funções
Teorema
Sejam f(x) e g(x) funções
deriváveis,

[f(x).g(x)]’= f’(x).g(x) + f(x).g’(x)


Exemplo
Derive f(x)=exlnx.

Tem-se,
Regra de
Derivação do
Quociente de Funções
Teorema
S ej a m f e g funções
deriváveis,

é uma função derivável em que


g não se anula, então,
Exemplo
Tem-se,
Regra da
Cadeia
Regra da Cadeira
A regra da cadeia é uma técnica de
derivação que nos permite calcular a
derivada de uma composição de funções.

Consiste em de co mp o r a função

composta em funções elementares, em que

se conhece e f’(x) e g’(x).


Definição
Se g for diferenciável em x e f for
diferenciável em g(x) então a função
composta F=f(g(x)), será diferenciáveis em
x e F’ será dada pelo produto,

Na notação de Leibniz, se y=f(u) e u=g(x)


forem funções diferenciaveis, então,
- 1 -
Exemplo
Encontre a derivada de f(g(x)) = (x4+3x)6

Primero vamos decompor f(g(x))


utilizando a notação de Leibniz

Então aplicando o a Regra da Cadeia


- 2 -
Encontre a derivada de f(g(x)) = (x4+3x)6

Então aplicando o a Regra da Cadeia

Logo,
- 3 -
3
f(x) = (x - 3) 2

Note que aqui nós temos uma função


composta

Neste caso vamos derivar da seguinte


maneira,

3
f’(x) = (x - 3) . (x - 3)’
2 2

2 3-1
= 3. (x - 3) . 2x
2 2
= 6x .(x - 3)
-2
- 4 -
f(x) = (2x + 1) 3

Esse caso é semelhante ao exemplo 1,


porém temos um expoente negativo.

Logo, fica assim:

-2
f’(x) = (2x + 1) . (2x + 1)’
3 3

-2 - 1
= - 2.(2x + 1)3
.6x 2

-3
= -12x .(2x + 1)
2 3
3
- 5 -
f(x) = V (5x + 3)
2

Obser ve que nesse caso temos que


transfor mar esse rad ical em uma
potência com expoente fracionado.

2
3
f(x) = (5x + 3)

Ainda não estamos derivando, apenas


transformando esse radical em uma
potência com expoente fracionado.
- 6 -
2
3
f(x) = (5x + 3)

2
3
f(x) = (5x + 3) . (5x + 3)’

2 -1
3
f’(x) = 2 .(5x + 3) .5
3 1
- 3
= 10 .(5x + 3)
3
Regra de
Derivação das Funções
Trigonométricas
Definição
Dada uma função,
f(x) = sen(x)

p ar a to d o x e m s e u
domínio. Então,
f’(x) = x’cos(x) = cos(x)
De modo geral,
f(x) = sen(ax)

p ar a to d o x em seu
domínio. Então,
f’(x) = (ax)’cos(ax) = acos(ax)
Definição
Dada uma função,
f(x) = cos(x)

p ar a to d o x e m s e u
domínio. Então,
f’(x) = -x’sen(x) = -sen(x)
De modo geral,
f(x) = sen(ax)

p ar a to d o x em seu
domínio. Então,
f’(x) = -(ax)’cos(ax) = -acos(ax)
Definição
Dada uma função,
f(x) = tg(x)

p ar a to d o x em seu
domínio. Então,
f’(x) = sec2(x)
De modo geral,
f(x) = sen(ax)

p ar a to d o x em seu
domínio. Então,
f’(x) = -(ax)’cos(ax) = -acos(ax)
Exemplo -1-

3
f(x) = 3sen(x) + 7cos(x) + x

Nesse caso temos uma função


trigonométrica

3
f’(x) = 3.(senx)’ +7.(cosx)’ + (x )’
2
= 3.cos(x) + 7.(-senx) + 3x
2
= 3cosx - 7senx + 3x
2
-2-
f(x) = sen x
Nesse caso vamos reescrever essa função
da seguinte forma

2
f(x) = (senx)

Note que essa função além de ser uma


função trigonométrica ela também é
uma função composta.

f(g(x)) = f’(g(x)) . g’(x)


-3-
f(g(x)) = f’(g(x)) . g’(x)
Fica da seguinte forma

2-1
f’(x) = 2(sen(x)) . cos(x)
Observe que:

sen(x) = g(x)
cos(x) = g’(x)

Logo
f’(x) = 2sen(x) . cos(x)
-4-
f(x) = cos(3x + 1)

Nesse caso temos também uma função


trigonométrica e 3x + 1 faz com que
ela se torne uma função composta.

f(g(x)) = f’(g(x)) . g’(x)

f(x) = cos(g(x))

g(x) = 3x + 1
-5-

f(g(x)) = f’(g(x)) . g’(x)

Nesse caso fica assim

(cosx)’ = -sen(x)

f’(x) = -sen(3x+1) . (3x + 1)’


= - sen(3x+1) . 3
= -3sen(3x+1)
Regra da
Derivação Implícita
Em geral, não é necessário
resolver uma equação de  y  em
t e r m o s d e  x , a f i m d e
d iferenciar a s fu nçõe s
definidas pela equação.
Para ilustrar, consideremos a
equação,

Uma maneira de achar é


é reescrever esta equação como,

da qual tem-se que,


Contudo, há uma outra maneira de
obter esta derivada.
Contudo, há uma outra maneira de
obter esta derivada.

Podemos diferenciar ambos os lados


de,
 xy = 1
antes de resolver y em termos de x.
Tratando  y  como (não-especificado
t e m p o r ar i am e nt e) um a f u n ç ã o
diferenciável de x.

Com esta abordagem, obtemos,


Desenvolvendo,

Se agora substituirmos

Este método para obter derivadas é


chamado de diferenciação implícita.
- 1 -
Exemplo
Use a diferenciação implícita para achar dy/dx se

5y2 + seny =x2

Temos que,
- 2 -
Temos que,

Resolvendo em ordem a dy/dx vem que que,


Regra de
L’Hospital
A Regra de L’Hospital é
aplicada em for mas
indeterminadas.
Dizemos que o limite

Tem a forma indeterminada,

Se o quociente de funções reais


está definido em um conjunto
I-{a}, f(x) e g(x) diferenciáveis
para e
Dizemos que o limite

Tem a forma indeterminada,

Se o quociente de funções reais


está definido em um conjunto
I-{a}, f(x) e g(x) diferenciáveis
para e
Teorema
(Regra de L’Hospital)

Se,
ou

Então,

Caso exista.
Este teorema também é válido
quando x tende para,

.
A regra de L’Hospital também é
válida para indeterminações do
tipo:
Em qualquer um dos
casos, at r av é s de
m a n i p u l a ç õ e s
algébricas é possível
transfo r má-lo s em
indeter minações do
tipo
Exemplo - 1 -
1) Calcule

Temos que,

O cálculo direto dá-nos uma


indeterminação do tipo,
- 2 -
Aplicando a Regra de L’Hospital,

Logo,
- 3 -
2) Calcule

Temos que,

O cálculo direto dá-nos uma


indeterminação do tipo,
- 4 -
Aplicando a Regra de L’Hospital,

Novamente uma indeterminação e por


isso aplica-se a Regra novamente,
- 5 -
Novamente uma indeterminação e por
isso aplica-se a Regra novamente,

Logo,
Aplicações da
Derivação
Uma função é um modelo matemático
que descreve processo e é amplamente
utilizado para o controle destes
processos.

Com a aplicação das derivadas é


possível estudar o comportamento das
funções.
Máximos e Mínimos

Como classificar os
Máximos
e Mínimos?
Classificam-se em:
Máximos
e Mínimos
Absolutos

Máximos
e Mínimos
Locais
Observe o gráfico
Máximos
e Mínimos
Absolutos
Definição
Seja f uma função definida em um
intervalo I, então f(c) é:

1 - O máximo absoluto de f em I se e
somente se f (x) ≤ f (c) para qualquer que
seja x em I.

2 - O mínimo absoluto de f em I se e
somente se f (x) ≥ f (c) para qualquer que
seja x em I.
Mas em uma função pode
ocorrer:
- A f u n ç ã o p o d e to m ar um
máximo ou mínimo várias vezes.

- A função pode ter máximo e


não ter mínimo e vice-versa.

- Algumas funções podem não ter


máximo nem mínimo.
Exemplo
Extremos
Função Domínio D Absolutos em D
Máximos
e Mínimos
Locais
Definição

Seja f uma função definida em um


intervalo I., Então f(c) é:
1 - O máximo local de f em I se e somente
se f (x) ≤ f (c) quando x estiver nas
proximidades de c.

2 - O mínimo local de f em I se e somente


se f (x) ≥ f (c) quando x estiver nas
proximidades de c.
Exemplo
Verifique se existe mínimo local e máximo local na
função f (x) = x3.
Função Crescente e
Decrescente
Teorema
Suponha que f seja contínua em [a, b]
e derivável em (a, b).

1) Se f ’ > 0 em todos os pontos de (a, b), então f é


crescente em [a, b].

2) Se f ’ < 0 em todos os pontos de (a, b), então f é


decrescente em [a, b].
Exemplo
1) Determine os intervalos em que
f (x) = x3+x2-5x-5 é crescente.
Extremos
Locais
O Teorema de Valor Extremo
para Funções Contínuas

Se f é contínua para todos os


pontos do intervalo fechado I, então
f assume tanto um valor máximo M
como um valor mínimo m em I.
O Teorema de Valor Extremo
para Funções Contínuas

Ou seja, existe números x1 e x2 em I tais que f (x1) = m e f (x2) = M


e m ≤ f(x) ≤ M
para qualquer outro valor de x em I. (Figura abaixo)
Nota:
Os extremos também se chamam mínimo
absoluto e máximo absoluto de f em
um intervalo.
.
Exemplo
Verifique se existe mínimo e máximo local na função f
(x) = x3-12x-5 em [-4,5].

Como f(x) é contínua em R pelo


Teorema dos valores extremos existe
um ponto de máximo e mínimo e, em
particular em [-4,5].
Ponto Crítico
Teorema
Um ponto c do domínio
de uma função f onde,

f’ = 0 ou f’ não existe

é um ponto crítico de f.
.
Exemplo
Encontre os pontos críticos da função f (x) = x2-2x+3 em
[-4,5] aplicando o teorema do valor médio.
Teste da
Primeira Derivada
Teste da primeira
Derivada
1. Se f ’ é negativa à esquerda de c e positiva à direita de c, então f
possui um mínimo local em c.

2. Se f ’ é positiva à esquerda de c e negativa à direita de c, então f


possui um máximo local em c.

3. Se f ’ possui o mesmo sinal em ambos os lados de c, então c não é


um extremo local de f.
Método
do intervalo fechado
Método do Intervalo
Fechado
São técnicas para encontrar os
valores máximos e mínimos
absolutos de uma função f em
um intervalo fechado [a,b].
Passo 1: Calcule f em todos os
pontos críticos e extremidades.

Passo 2: Tome o maior e o menor


dentre os valores obtidos.
O maior entre os passos 1 e 2 é
o máximo absoluto ao passo
que o menor é o mínimo
absoluto.
Exemplo
1) Determine os valores máximo e mínimo
absolutos de f (x) = 10x(2 - ln x) no intervalo
[1, e2].
O gráfico sugere que f tem seu valor máximo absoluto próximo
de x = 3 a e que, quando x = e2, seu valor mínimo absoluto é 0.
Calculamos a função nos pontos críticos e nas extremidades e, dentre os valores obtidos,
tomamos o maior e o menor.

!1"
f '( x) = 10(2 − ln x) − 10 x $ % = 10(1 − ln x).
& x'

Calculando f’(x)=0 vem que,


O único ponto crítico no domínio [1, e2] é o ponto x = e. Os valores de f nesse único
ponto crítico e nas extremidades são

- Valor no ponto crítico:

f (e) = 10e(2 - ln e)
= 20e - 10eln e
= 20e - 10e
= 10e
- Valores na extremidade:

f (1) = 10 .1.(2 - ln 1) f (e2) = 10 .e2.(2 - ln e2)


= 20 - 10ln 1 = 20e2 - 10e2ln e2
= 20 - 10.0 = 20e2 - 10e2.2.lne
= 20 = 20e2- 20e2
=0
O único ponto crítico no domínio [1, e2] é o ponto x = e. Os valores de f nesse único
ponto crítico e nas extremidades são

- Valor no ponto crítico:

f (e) = 10e
- Valores na extremidade:

f (1) = 20 f (e2) =0

A partir dessa lista podemos ver que o máximo absoluto


dessa função 10e = 27,2. Que ocorre no ponto crítico
interior x = e. O mínimo absoluto é 0 e ocorre na
extremidade direita, quando x = e2.
Teorema de Rolle
Suponha que f(x) seja contínua em
to dos os pontos de [a, b] e
derivável em todos os pontos de
(a, b). Se,
f(a) = f(b)

Então há pelo menos um número


c em (a, b) onde,
f’(c) = 0
O Teorema de Rolle diz que uma
curva derivável tem ao menos uma
tangente horizontal entre dois pontos
quaisquer onde a curva cruza o eixo
x. Essa curva tem três.
Exemplo
Verifique se existe mínimo e máximo local na função f
(x) = x2-2x+3 em [-4,5].
Teorema do Valor
Médio
Suponha que f seja contínua em um
intervalo fechado [a,b] e derivável no
intervalo aberto (a,b). Então há pelo
menos um ponto c em (a,b) em que,

f (b) − f (a)
= f '(c)
b−a
Geometricamente, o Teorema do Valor
Médio diz que, em algum lugar entre
A e B, a curva apresenta pelo menos
uma tangente paralela à corda AB.
Exemplo
Encontre f’(c) da função f (x) = x2-2x+3 em [-4,5]
aplicando o teorema do valor médio.
Teorema de
FERMAT
OLHAR >>>>>> Se uma função f possui
valores máximo ou mínimo locais em um
ponto c interior de seu domínio e se f’
existe em c, então,
.

f’(c) = 0
.

Demonstração
.
Corolário

Se f’(c) existe e f’(c)≠0, então f(c) não é


extremo local da função f.
.
Concavidade
Teste da Concavidade
O gráfico de uma função derivável
y = f (x) é,
1) côncavo para cima em um intervalo aberto I,
se f’’(x) > 0 em I.

2) côncavo para baixo em um intervalo aberto I,


se f’’(x) < 0 em I.
Exemplo
1) Analise a curva y = x2 .

A curva y = é côncava para cima em


x2

qualquer intervalo, pois sua segunda derivada


f’’(x)= 2 é sempre positiva.
O gráfico de f (x) = x3 é côncavo para baixo e côncavo
para cima:
Ponto de Inflexão
Definição

Um ponto onde o gráfico de


uma função possui uma reta
tangente e onde há mudança
de concavidade é um ponto
de inflexão.
Teorema
Teste da segunda derivada para
extremos locais

1. Se f ’ (c) = 0 e f ’’(c) < 0, então f possui um


máximo local quando x = c.

2. Se f ’(c) = 0 e f ’’(c) > 0, então f possui um


mínimo local quando x = c.
Exemplo
1) Determine os extremos de f (x) = x3 - 12x - 5

Temos que,

Testando os pontos críticos x = ± 2 (não há extremidades), temos que

f’’(-2) = -2.6 = -12 f possui um máximo local quando x = -2

f’’(2) = 2.6 = 12 f possui um mínimo local quando x = 2


Optimização

É uma maneira ótima de


resolver algo
É uma maneira ótima de
resolver algo.
Qual é a forma de uma lata
que minimiza uma
manufatura?

Qual é a aceleração máxima


de um ônibus espacial?
Estratégias para Resolver Problemas de
Máximo e Mínimo

Passo 1. Compreendendo o Problema


Leia o problema atentamente. Identifique as informações necessárias para resolvê-lo.
O que é desconhecido?
O que é dado? O que é pedido?

Passo 2. Desenvolva um Modelo Matemático para o Problema


Desenhe figuras e indique as partes que são importantes para o problema.
Introduza uma variável para representar a quantidade a ser maximizada ou minimizada.
Utilizando essa variável, escreva uma função cujo valor extremo forneça a informação
pedida.

Passo 3. Determine o Domínio da Função


Determine quais valores da variável têm sentido no problema. Se possível, esboce o
gráfico da função.
Estratégias para Resolver Problemas de
Máximo e Mínimo

Passo 4. Identifique os Pontos Críticos e as Extremidades


Determine onde a derivada é zero ou não existe. Utilize aquilo que você sabe sobre
a forma do gráfico de uma função e sobre a física do problema. Use a primeira e a
segunda derivada para identificar e classificar pontos críticos (onde f ’ = 0 ou não existe).

Passo 5. Resolva o Modelo Matemático


Se não estiver seguro sobre o resultado, utilize outro método para embasar ou confirmar
sua solução.

Passo 6. Interprete a solução


Traduza seu resultado matemático de volta para a linguagem original do problema e
decida se o resultado tem sentido ou não.
Exemplo
1) Um retângulo deve ser inscrito em uma semicircunferência
de raio 2. Qual é a maior área que o retângulo pode ter e quais
são suas dimensões?
Primitivas
1.1 Definição
Uma função F(x) é chamada uma
primitiva f(x) da função em um
intervalo I se para todo x em I,
temos,

F’(x) = f(x)
Exemplo:
Considere f(x) = 2x, então as funções:

são primitivas de f, porque:


F’(x) = 2x

G’(x) = 2x

H’(x) = 2x
1.2 Teorema

Seja F(x) uma primitiva f(x) em


um intervalo I. Considere C uma
constante qualquer, então,
F(x) +C

Também é uma primitiva de f em I.


Exemplo:
Considere uma primitiva de f é definida por:

Primitiva de f Primitiva de f

Tanto F(x) como G(x) são primitivas de f.


Proposição
Se f’(x) se anula em todos
os pontos em um intervalo
I, então f é constante em
I.
Exemplo:

Considere,
Primitiva
f(x) = 3 f’(x) = 0

g(x) = 300 g’(x) = 0


Proposição
Se F(x) e G(x) são funções
primitivas da função f(x) em um
intervalo I, então existe uma
constante c tal que,

F(x) - G(x) = c

Para todo x em I.
Exemplo:
Considere duas primitivas de f definidas
por:

Sendo c um número real. Consi dere o utra


primitiva,
Algumas Primitivas
Imediatas
Funções
Trigonométricas
Inversas
Seno e Arcsseno
Cos e Arcsseno
Tan e Arctan
Cot e Arccot
Sec e Arcsec
Algumas Primitivas
Imediatas
Funções Hiperbólicas
Seno hiperbólico
Cosseno Hiperbólico
Tangente Hiperbólico
Secante Hiperbólica
Cossecante Hiperbólica
Bibliografia
ANTON, H. Cálculo. 8 ed. Porto Alegre:
Editora Artmed, 2011. v.1

MORETTIN, P. A. Cálculo: funções de


uma e várias variáveis. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.

STEWART, J. Cálculo. 7 ed. São Paulo:


Cengage Learning, 2012. v.1

Você também pode gostar