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RAE - Módulo 2
Plano da Unidade 3
1 Conteúdo 1 da Unidade 1
1.1 Concavidade e Pontos de Inflexão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Análise do comportamento de funções: Gráficos . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Conteúdo 2 da Unidade 7
2.1 Primitivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.2 Método da Substituição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.3 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3 Conteúdo 3 da Unidade 13
3.1 Integral Definida ou Integral de Riemann . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Cálculo de Áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3 Exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
ii
Capítulo
Conteúdo 1 da Unidade
Deste modo, a reta tangente em (p, f (p)) é o gráfico da função T dada por
Definição 1.1. Dizemos que f tem a concavidade para cima no intervalo aberto I se
Definição 1.2. Dizemos que f tem a concavidade para baixo no intervalo aberto I se
1
2 CAPÍTULO 1. CONTEÚDO 1 DA UNIDADE
Definição 1.3. Sejam f uma função contínua em p. Dizemos que p é ponto de inflexão
de f se existirem números reais a e b, com p ∈]a, b[, tal que f tenha concavidades de nomes
contrários em ]a, p[ e em ]p, b[.
Teorema 1.4. Teste da segunda derivada para concavidade: Seja f uma função
duas vezes derivável em um intervalo I;
(a) se f 00 > 0 em I, o gráfico de f ao longo do intervalo I é côncavo para cima;
(b) se f 00 < 0 em I, o gráfico de f ao longo do intervalo I é côncavo para baixo;
(c) se f 00 (p) = 0 ou f 00 (p) não existe, então p é um ponto de inflexão.
6x = 0 ⇐⇒ x = 0.
Ainda, f 00 (x) > 0 se x > 0 e f 00 (x) < 0 se x < 0. Portanto, p = 0 é um ponto de inflexão
e
1.2. ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DE FUNÇÕES: GRÁFICOS 3
Teorema 1.6. Teste da segunda derivada para extremos locais: Suponha que f 00
seja contínua em um intervalo aberto que contenha x = c;
(a) se f 0 (c) = 0 e f 00 (c) < 0, então f tem um máximo local em x = c.
(b) se f 0 (c) = 0 e f 00 (c) > 0, então f tem um mínimo local em x = c.
(c) se f 0 (c) = 0 e f 00 (c) = 0, então o teste falha. A função pode ter um máximo local ou
um mínimo local ou nenhum dos dois.
(e) determine os intervalos onde a função é côncava para baixo e/ou côncava para cima;
f (x) = x3 − x2 − x + 1
Então,
(d) Extremos de f (x) = x3 −x2 −x+1: Temos que f 0 (x) = 3x2 −2x−1, então f 0 (x) = 0
1
se x = 1 e x = − (pontos críticos de f ). Como f 00 (x) = 6x − 2, então
3
– f 00 (1) = 6 · 1 − 2 = 6 − 2 = 4 > 0, então 1 é ponto de mínimo local.
1
– f 00 (− 13 ) = 6 · (− 13 ) − 2 = −2 − 2 = −4 < 0, então − é ponto de máximo local.
3
(e) Concavidade: Temos que f 00 (x) = 6x − 2, então f 00 (x) = 0 se
2 1
6x − 2 = 0 ⇐⇒ 6x = 2 ⇐⇒ x= = .
6 3
1 1
Então x = é um ponto de inflexão de f . Ainda, f 00 (x) < 0 se x < e f 00 (x) > 0
3 3
1
se x > . Portanto,
3
– f tem concavidade voltada para cima em ] 13 , +∞[.
– f tem concavidade voltada para baixo em ] − ∞, 13 [.
1.3 Exercícios
1. Estude a função dada com relação à concavidade e pontos de inflexão.
a) f (x) = x3 − 3x2 − 9x
b) f (x) = 2x3 − x2 − 4x + 1
c) f (x) = xe−2x
1
d) f (x) = x2 +
x
a) f (x) = x3 − 3x2 − 9x
b) f (x) = 2x3 − x2 − 4x + 1
c) f (x) = xe−2x
1
d) f (x) = x2 +
x
Capítulo
Conteúdo 2 da Unidade
2.1 Primitivas
Uma função F é chamada de primitiva ou antiderivada de uma função f se
F 0 (x) = f (x),
7
8 CAPÍTULO 2. CONTEÚDO 2 DA UNIDADE
R
1. 1dx = x + k
R x3
2. x2 dx = +k
3
R xn+1
3. xn dx = + k, n 6= −1
n+1
1
R
4. x
dx = ln x + k
R
5. ex dx = ex + k
R
6. sin(x)dx = − cos x + k
R
7. cos(x) = senx + k
R
8. sec2 (x)dx = tgx + k
1.
x3+1 x4
Z
x3 dx = +k = +k
3+1 4
2.
x−2+1 x−1
Z Z
1 1
dx = x−2 dx = +k = + k = −x−1 + k = − + k
x2 −2 + 1 −1 x
3. Z √ 2 5
x 3 +1 3√
Z
3 2 x3 3 5 3
x2 dx = x dx = 2
3 + k = 5 + k = x3 + k = x5 + k
3
+ 1 3
5 5
x(2+1)
Z
4x2 + 5senxdx = 4 − 5 cos x + k
(2 + 1)
4
= x3 − 5 cos x + k
3
Observação 2.6. A integral do produto não é o produto das integrais, assim como a
integral do quociente também não é o quociente das integrais.
2.2. MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO 9
Nosso primeiro impulso seria tentar desenvolver (2x + 1)100 para depois integrarmos como
soma, o que no mínimo seria um trabalho bastante tedioso, além do tempo que perdería-
mos neste processo.
Para resolver problemas desse tipo, existe um método chamado integração por substi-
tuição (ou mudança de variável), que simplifica em muito o cálculo de integrais. O método
consiste em mudar a variável de integração de modo que a integral possa ser calculada
por meio das fórmulas básicas para integrais indefinidas.
R
No caso do cálculo da integral (2x + 1)100 dx, os passos a serem seguidos são os
seguintes:
Passo 1: Introduzimos uma outra letra, por exemplo a letra u, para representar alguma
expressão escolhida com o objetivo de simplificar o integrando. Esta expressão geralmente
é uma parte do integrando cuja derivada, ou o produto dela por uma constante, também
aparece no integrando, multiplicando dx. No nosso caso, fazemos
u = 2x + 1
1 u101 u101
Z Z
100 1
(2x + 1) dx = u100 · du = · +k = +k
2 2 101 202
10 CAPÍTULO 2. CONTEÚDO 2 DA UNIDADE
Observação 2.7. Nem sempre é fácil decidir qual a melhor substituição necessária para
transformar uma integral indefinida em uma forma que possa ser facilmente integrável.
Às vezes é preciso tentar várias possibilidades diferentes, para encontrar uma substituição
adequada.
R
Exemplo 2.8. Calcule a integral (3x2 − 1)3 xdx
1
du = 6xdx =⇒ xdx = du
6
1 u4 u4
Z Z
2 3 1
(3x − 1) xdx = u3 · du = · +k = +k
6 6 4 24
u4 (3x2 − 1)4
Z
(3x2 − 1)3 xdx = +k = +k
24 24
x
R
Exemplo 2.9. Calcule a integral x2 +1
dx
Solução: Neste caso, o problema é que o denominador é uma soma e, assim, não
podemos desmembrar o integrando em uma soma de funções integráveis. Desta forma,
fazemos uma substituição para que a soma fique no numerador.
2.2. MÉTODO DA SUBSTITUIÇÃO 11
u−1
Z Z Z Z
x u 1 1
dx = du = − du = 1 − du = u − ln |u| + k
x+1 u u u u
Observamos que − ln | cos x| = ln | cos x|−1 = ln | cos1 x| = ln | sec x|. Então, também
podemos escrever a integral como
Z
tg x dx = − ln | cos x| + k = ln | sec x| + k.
ln x
R
Exemplo 2.13. Calcule a integral x
dx
1
Solução: Fazendo u = ln x, obtemos du = dx. Substituindo na integral, obtemos:
x
u2 (ln x)2
Z Z
ln x
dx = udu = +k = + k.
x 2 2
12 CAPÍTULO 2. CONTEÚDO 2 DA UNIDADE
2.3 Exercícios
1. Calcule as integrais abaixo.
R
(a) x8 dx
R
(b) 6 dx.
R
(c) 2 − x dx
R
(d) x − x2 dx
R √
(e) 4+ x + x3 dx
1
R
(f) x2
dx
1
R
(g) x
+ 5 sin x dx
R
(h) cos x − 2ex dx
Conteúdo 3 da Unidade
Para isso, vamos fazer uma partição do intervalo [a, b] em n subintervalos, escolhendo
n − 1 pontos entre a e b.
13
14 CAPÍTULO 3. CONTEÚDO 3 DA UNIDADE
Observe que quanto maior for o valor de n, mais próximo da região R estará a soma
das áreas dos retângulos
3.1. INTEGRAL DEFINIDA OU INTEGRAL DE RIEMANN 15
Definição 3.1. (Soma de Riemann) Dada uma função f limitada num intervalo [a, b], e
uma partição P = {a = x0 < x1 < x2 < · · · < xn−1 < xn = b} desse intervalo, uma Soma
de Riemann é n
X
f (tk )∆xk ,
k=1
Definição 3.2. (Integral Definida ou Integral de Riemann) Seja f uma função definida
em [a, b], e L um número real. Dizemos que nk=1 f (tk )∆xk , tende a L, quando k∆k tende
P
a 0, e escrevemos
Xn
lim f (tk )∆xk = L
k∆k→0
k=1
se, para todo ε > 0 dado existir δ > 0, que só depende de ε, e não da particular escolha
dos tk , tal que
Xn
f (tk )∆xk − L < ε
k=1
Entretanto não parece um trabalho muito simples ficar subdividindo intervalos, calcu-
lando a f em muitos pontos, multiplicando e somando todos os termos. Para nos auxiliar
nesta tarefa vamos enunciar o Teorema Fundamental do Cálculo.
Rb
Notação: a
f (x)dx = F (x)|ba = F (b) − F (a), sendo F (x) uma primitiva de f (x).
Exemplo 3.5. Seja f a função dada por f (x) = x2 . Determine a área da região abaixo
do gráfico de f e limitada pelas retas x = 0 e x = 1.
1
x3 1 13 03
Z
1
Área R = x2 dx = |0 = − = u. a.
0 3 3 3 3
1
Solução: Devemos determinar a integral definida de f (x) = x2
no intervalo [1, 2]
2
2 2 2
x−2+1 x−1
Z
1 1 1 1 1 1
Área R = 2
dx = = = − = − − (− ) = − + 1 = u. a.
1 x −2 + 1 1
−1 1 x 1 2 1 2 2
18 CAPÍTULO 3. CONTEÚDO 3 DA UNIDADE
As situações que apresentamos a seguir sugerem como estender o conceito de área para
uma classe mais ampla de subconjuntos do plano.
Rc Rd Rb
Observe que Área R = a f (x) dx − c f (x) dx + d f (x) dx = soma das áreas dos
conjuntos acima do eixo 0x menos soma das áreas dos conjuntos abaixo do eixo 0x.
3.2. CÁLCULO DE ÁREAS 19
Exemplo 3.7. a) Calcule a área da região limitada pelo gráfico de f (x) = x3 , pelo eixo
x e pelas retas x = −1 e x = 1.
R1
b) Calcule −1 x3 dx
Solução: a) Devemos determinar o cálculo das seguintes integrais
0 1
0 1
x4 x4
Z Z
3 3 1 1 1 1 1
Área R = − x dx + x dx = − + = −(0 − ) + ( − 0) = + =
−1 0 4 −1 4 0 4 4 4 4 2
R1 1
3 x4 1 1
b) −1
x dx = 4
= 4
− 4
= 0 = Área A2 − Área A1
−1
Solução:
√
Exemplo 3.9. Calcule a área do conjunto de todos os pontos (x, y) tais que x2 ≤ y ≤ x.
20 CAPÍTULO 3. CONTEÚDO 3 DA UNIDADE
3.3 Exercícios
1. Calcule as integrais abaixo.
R −1
(a) 1
x8 dx
R3
(b) 1
6 dx.
R3
(c) 2
2 − x dx
R2 1
(d) 1 x2
dx
R2 1
(e) 1 x
dx
R π/2
(f) 0
cos x dx
Rπ
(g) 0
5 sin x dx
2. Seja f a função dada por f (x) = x4 . Determine a área da região abaixo do gráfico
de f e limitada pelas retas x = 1 e x = 2.
[2] Bizelli, M. H. S. S.; Barrozo, S. Cálculo para um curso de química. São Paulo :
Cultura Acadêmica : Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação,
2009. 406 p.
[6] Stewart, J. Cálculo. 6. ed. Vol. 1. , Cengage Learning Brasil, 2017. 9788522126859.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br//books/9788522126859/.
Acesso em: 12 jul 2020
22