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18/03/2024, 19:54 Ead.

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CÁLCULO APLICADO - VÁRIAS VARIÁVEIS


AS INTEGRAIS DUPLAS
Autor: Me. Talita Druziani Marchiori
Revisor: Raimundo Almeida

INICIAR

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introdução
Introdução
Olá, estudante. Nesta unidade vamos entender como calcular a integral dupla de funções de duas
variáveis. Existem muitas aplicabilidades das integrais duplas, como o cálculo de volumes e áreas de
superfícies, determinar massas e centroides etc.

Iniciamos a unidade com integrais duplas calculadas sobre regiões retangulares e, em seguida,
calcularemos essas integrais através das integrais iteradas. Após, vamos aprender a determinar
integrais duplas em regiões mais gerais. Por fim, trabalharemos com um novo sistema de
coordenadas bidimensional, as coordenadas polares.

Sugerimos que resolva todos os exemplos e exercícios propostos, esclarecendo suas dúvidas. Além
disso, realize exercícios extras. Sua dedicação será fundamental para o aprendizado!

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Integral Dupla em Regiões


Retangulares

Caro(a) estudante(a), já sabemos que podemos calcular as derivadas parciais de funções de duas
variáveis reais, considerando uma das variáveis como sendo constante e derivando em relação a
outra. Por exemplo, sendo f(x, y) = 4x y temos que f (x, y) = 12x y2.
3 2
x
2

Do mesmo modo, podemos calcular uma integral indefinida de uma função de duas variáveis. Se
desejarmos determinar a integral indefinida da função f(x, y) = 4x y em relação à variável x,
3 2

podemos calcular a integral indefinida considerando a variável y como constante, ou seja,

.
4
3 2 2 3 2 x 2
∫ 4x y dx = 4y ∫ x dx = 4y ( ) + C = y x4 + C
4

Sabemos que a integral definida


b
∫ f(x)dx
a

com f sendo uma função contínua e não negativa para a ≤ x ≤ b, é definida como a área
delimitada pela intersecção do eixo x, retas x = a e x = b e pelo gráfico de f .

Agora, vamos considerar uma função f positiva, definida em um retângulo R = [a, b] × [c, d].
Denotamos por S a região que está acima de R e abaixo do gráfico de f, z = f(x, y). Dividindo o
intervalo [a, b] em m intervalos da forma [x , x ] de mesmo comprimento Δ x = (b − a)/m e o
i−1 i

intervalo [c,d] em n intervalos da forma [y , y ] de mesmo comprimento Δ y = (d − c)/n,


i−1 i

temos que o volume de S é dado por


m n

∗ ∗
V = lim ∑ ∑ f(x , y ) ΔA
m,n→∞
i=1 j=1

onde (x ∗ ∗
,y ) é um ponto arbitrário de cada Rij = [xi−1 , xi ] × [yi − 1, yi ] e Δ A = Δ xΔ y.

Esse tipo de limite acontece também em outras situações, mesmo se f não for uma função positiva,
então definimos a integral dupla de f , onde f é uma função de duas variáveis x e y, sobre o

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retângulo R como
m n

∗ ∗
∫ ∫ f(x, y) ΔA = lim ∑ ∑ f(x , y ) ΔA
m,n→∞
R
i=1 j=1

se o limite existir. Então, se este limite existir, f é dita integrável.

Então, pelo que vimos, se f(x, y) ≥ 0, o volume V do sólido que está acima do retângulo e abaixo
da superfície z = f(x, y) é dado por

V = ∫ ∫ f(x, y) Δ A
R

ou seja, o cálculo de volumes é uma aplicação das integrais duplas. Por exemplo, o volume do sólido
S que está abaixo de x + z = 1 e acima de R = [−1, 1] × [−2, 2] é dado por
2 2

1 − x ΔA. Note que o gráfico de f(x, y) = z = 1 − x é maior ou igual a zero e é


2 2
V = ∫ ∫
R

representado pela Figura 3.1.

Figura 3.1 - Gráfico de f(x, y) = √(1 − x 2


)

Fonte: Elaborada pela autora.


Como estamos restringindo o eixo y nos pontos do intervalo [-2,2], temos que a integral dupla de
1 − x sobre R = [−1, 1] × [−2, 2] é a metade do volume do cilindro de altura 4 e raio da base 1.
2

Logo,
2
V = ∫ ∫ 1 − x ΔA = 2π.
R

Como a integral dupla está definida através do cálculo de um limite e, nem todas as integrais
conseguimos relacionar com fórmulas já conhecidas, como no caso anterior, sua resolução não é

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eficiente. Porém, temos propriedades que auxiliam no cálculo das integrais. Admitindo que
∫ ∫ f(x, y) Δ A e ∫ ∫ g(x, y) Δ A existam, é válido que:
R R

∫ ∫ f(x, y) + g(x, y) Δ A = ∫ ∫ f(x, y) Δ A + ∫ ∫ g(x, y) Δ A


R R R

∫ ∫
R
c f(x, y) Δ A = c ∫ ∫
R
f(x, y) Δ A , onde c é uma constante.

Sendo f(x, y) ≥ g(x, y) para todo (x, y) ∈ 2


R ,∫ ∫
R
f(x, y) Δ A ≥ ∫ ∫
R
g(x, y) Δ A .

Por exemplo, se ∫ ∫
R
f(x, y) Δ A = 3e ∫ ∫
R
g(x, y) Δ A = 2 , então

∫ ∫ f(x, y) + g(x, y) Δ A = 5
R

praticar
Vamos Praticar
Pelo que aprendemos, podemos calcular o volume de um sólido através das integrais duplas
f(x , y ) Δ A . Como os pontos x e y são pontos
m n ∗ ∗ ∗ ∗
∫ ∫ f(x, y) Δ A = lim ∑ ∑ n→∞
R i=1 j=1

arbitrários de cada R = [x , x ] × [yi − 1, yi] , podemos considerar os pontos médios de cada


ij i−1 i

R ij= [x , x ] × [yi − 1, yi]. Essa técnica é conhecida como regra do ponto médio para integrais duplas
i−1 i

e com ela temos que a integral dupla ∫ ∫ f(x, y) Δ A é aproximadamente igual a


R

Δ A, onde x e y são os pontos médios de cada R


m n )
∑ ∑ f( x , y j j = [x , x ] × [yi − 1, yi] ij i−1 i
i=1 j=1 i i

− −−

− −

. Utilizando essa técnica, para m = n = 2, a estimativa da integral ∫ ∫
R
(x − 3y )ΔA
2
onde
R = [0, 2] × [1, 2] é:

a) - 11, 875.
b) - 8,50.
c) - 5,125.
d) 0,368.
e) 2,07.

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Integrais Iteradas

Querido(a) aluno(a), o Teorema Fundamental do Cálculo nos fornece um método para calcular as
integrais de funções de uma variável real sem precisarmos recorrer à definição. Neste tópico,
veremos como determinar uma integral dupla sem necessitar utilizar a sua definição. Esse método
consiste em calcular uma integral dupla calculando duas integrais ordinárias.

Sendo uma função f de duas variáveis definida sobre o retângulo R = [a, b] × [c, d], estaremos
considerando x como constante quando trabalharmos com ∫ f(x, y)dy. O resultado dessa
d

integração é uma função que depende de x, que podemos denotar por A(x) = ∫ , daí
d
f(x, y) dy
c

podemos integrar A em relação a x, ou seja, .


b b d
∫ A(x) = ∫ [∫ f(x, y) dy]dx
a a c

Do mesmo modo, consideramos y como constante quando integramos ∫ f(x, y) dx. O resultado
b

dessa integração é uma função que depende de y, donde, podemos integrá-lo em relação a y, isto é,
f(x, y) dx]dy . Note ainda que podemos omitir o uso dos colchetes.
d b
∫ [∫
c a

Chamamos as integrais duplas e de integrais iteradas.


b d d b
∫ ∫ f(x, y) dydx ∫ ∫ f(x, y) dxdy
a c c a

Então, a integral iterada ∫ ∫ f(x, y) dydx significa que primeiro integramos em relação a y no
b d

a c

intervalo (c, d) e, depois, integramos em relação a x no intervalo (a, b). Já na integral iterada
f(x, y) dxdy, primeiro integramos em relação a x no intervalo (a, b), depois em relação a y
d b
∫ ∫
c a

no intervalo (c, d).

Por exemplo, para calcular ∫ ∫ x primeiro olhamos como constante e integramos em


3 2
2
ydydx x
0 1

relação a y no intervalo (1,2), isto é,


2

.
2 2
2 2 y
2 2 2 2 2 2 2 1 3 2
∫ x ydy = x ∫ ydy = x [ ] = x − x = x
1 1 2 1 2 2 2

Agora, integramos esse resultado em relação a x no intervalo (0,3), assim,


3 3 3
3 3 3 3 3 x 3 3 3 0 27
2 2
∫ x dx = ∫ x dx = [ ]0 3 = + =
0 2 2 0 2 3 2 3 2 3 2

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Você pode se perguntar, se calcular a integral iterada ∫ ∫ x ydxdy teremos o resultado? Em


2 3
2

1 0

geral, a resposta é sim! Então, vamos verificar: primeiro integrando em relação a x, consideramos y
como constante, donde
3 3 3
3 3 x 3 0 9
2 2 3
∫ x ydx = y ∫ x ydx = y[ ] = y + y = y
0 0 3 0 3 3 2

e, integrando o resultado em relação a y,


2
2 2
3 9 9 y 9 2 9 1 27
2
∫ ydy = [ ] = − =
0 2 2 2 1 2 2 2 2 2

Podemos determinar a integral dupla por esse método de forma direta, como:
4
1 3 1 3 1 y 1 1 2
3 3 3 x 1
∫ ∫ 4xy dydx = ∫ 4x[∫ y dy]dx = ∫ 4x[ ] dx = ∫ 81xdx = 81 ∫ xdx = 81[ ] = 40,
0 0 0 0 0 4 0 0 0 2 0

De maneira geral, se f for contínua no retângulo R = (x, y); a ≤ x ≤ b, c ≤ y ≤ d , então

.
b d d b
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ f(x, y)dydx = ∫ ∫ f(x, y)dxdy
R a c c a

Este resultado é conhecido como Teorema de Fubini.

Considere a função f(x, y) = x − 3y


2
. Podemos ver um esboço do gráfico de f na Figura 3.2
abaixo.

Figura 3.2 - Gráfico de f(x, y) = x − 3y 2

Fonte: Elaborada pela autora.


Se desejarmos calcular a integral dupla de f sobre R = (x, y); 0 ≤ x ≤ 2, 1 ≤ y ≤ 2 , pelo
Teorema de Fubini temos

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2
2 2 2 2 x
2 3 2 2
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ (x − 3y )dydx = ∫ [xy − y ] = ∫ (x − 7)dx = [ − 7x] = −12
R 0 1 0 1 0 2 0

Como a resposta dessa integral dupla foi um número negativo, podemos concluir que ela não se
trata de um volume. Isso acontece porque a função f não é positiva, como pudemos observar na
Figura 3.2.

Como vimos no primeiro tópico desta unidade, se f(x, y) ≥ 0 o volume do sólido formado pelos
pontos que estão abaixo do gráfico de f(x, y) e acima do plano xy pode ser calculado pela integral
dupla. Mas, se f(x, y) = 1 temos que sua integral dupla sobre a região R é igual à área do conjunto
R, ou seja

área de R = ∫ ∫
R
1dxdy = ∫ ∫
R
dxdy .

Por exemplo, para determinar a área da região retangular da Figura 3.3, basta calcularmos
6 4 6 4 6 6
∫ ∫ dxdy = ∫ x| dy = ∫ (4 − 2)dy = 2y| = 12 − 4 = 8
2 2 2 2 2 2

Ou seja, a área da região da Figura 3.3 é igual a 8.

Figura 3.3 - Cálculo de área


Fonte: Elaborada pela autora.

praticar
V P ti
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pVamos Praticar
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Com as integrais iteradas podemos realizar a integração de integrais duplas calculando duas integrais
unidimensionais utilizando o conhecimento do cálculo integral que possuímos. Assinale a alternativa
correta.

a) Sendo R 2
= (x, y) ∈ R ; 1 ≤ x ≤ 3, 1 ≤ y ≤ 2, ∫ ∫
R
(2x + 4y)dydx = −20 .
b) O volume do sólido determinado pelos pontos 0 ≤ z ≤ x
2
+ y
2
com 0 ≤ x ≤ 3 e0 ≤ y ≤ 2 é
32.
c) Temos que ∫ .
π 2
∫ ysen(xy)dxdy = −1
0 1

d) Utilizando o Teorema de Fubini, podemos concluir que ∫ .


2 1
∫ (x + 2)dxdy = 5
0 0

e) Sendo R 2
= (x, y) ∈ R ; 0 ≤ x ≤ 5, 0 ≤ y ≤ 1, ∫ ∫
R
y
xe dydx = 0 .

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Integrais Duplas Sobre Regiões


Gerais

Já aprendemos, aluno(a), nos tópicos anteriores, a calcular uma integral dupla sobre regiões
retangulares. Agora, considere uma função f de duas variáveis definida sobre uma região limitada
D, que não é retângulo. Para realizar a integração dupla sobre esta região D recorremos à região

retangular em que F está definida, onde a função F é igual à função f em D e F = 0 fora de D.

Isto é, se f estiver definida sobre uma região limitada D qualquer, definimos uma nova função F
para determinar a integral dupla de f . Essa função F possui como domínio um retângulo R, onde
D ⊂ R e é definida por: F (x, y) = f(x, y) se (x, y) ∈ D e F (x, y) = 0 se (x, y) ∈ (R − D).

Observe a ilustração a seguir.

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Figura 3.4 - Relação entre o domínio de f e o domínio de F


Fonte: Elaborada pela autora.
Definimos a integral dupla de f em D por

∫ ∫
D
f(x, y)dA = ∫ ∫
R
F (x, y)dA ,

desde que F seja integrável em R.

Vamos classificar as regiões D em dois tipos. Se uma região D for a região entre o gráfico de duas
funções contínua em x, diremos que D é do tipo I. Agora, se D for a região entre o gráfico de duas
funções contínua em y, diremos que D é do tipo II.

Para calcularmos as integrais duplas de funções de duas variáveis definidas sobre regiões do tipo I,
ou seja, regiões da forma D = (x, y), a ≤ x ≤ b, g (x) ≤ y ≤ g (x) com g e g contínuas em
1 2 1 2

[a,b], utilizamos a seguinte igualdade:

.
b g (x)
2
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ f(x, y)dydx
D a g (x)
1

E, de modo análogo, calculamos as integrais duplas de funções de duas variáveis definidas sobre
regiões do tipo II, isto é, regiões da forma D = {(x, y), c ≤ y ≤ d, h (x) ≤ x ≤ h (x)} com h
1 2 1

e h contínuas em [c, d], como:


2

.
d h2 (x)
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ f(x, y)dxdy
D c h1 (x)

Por exemplo, se a região D for limitada pelas parábolas y = 2x ey = 1 + x , temos que esta
2 2

região é do tipo I, uma vez que 2x = 1 + x ⇔ x = ±1. Logo, podemos escrever


2 2

D = (x, y), −1 ≤ x ≤ 1, 2x ≤ y ≤ 1 + x . Na Figura 3.5, temos a visualização gráfica desta


2 2

região.

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Figura 3.5 - Região do tipo I


Fonte: Elaborada pela autora.
Então, a integral dupla de f(x, y) = x + 2y sobre D é dada por:

\[\int \int_D f(x,y) dA = \int_{-1}^1 \int_{2x^2}^{1+x^2}(x+2y) dy dx=/]


1
2
2 y=1+x
∫ [xy + y ] 2
dx =
y=2x
−1

1
2 2 2 2 2 2
∫ [x(1 + x ) + (1 + x ) − x(2x ) − (2x ) ] =
−1

1
4 2 2
∫ (−3x − x + 2x + x + 1)dx =
−1

5 4 3 2
x x x x
1
[−3 − + 2 + + x]
−1
5 4 3 2

32
=
15

A região D limitada pela reta y = 2x e pela parábola y = x pode ser vista como uma região do 2

tipo II. Então, podemos escrever D = (x, y), 0 ≤ y ≤ 4, 1/2y ≤ x ≤ √x . Graficamente,

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Figura 3.6 - Região do tipo II


Fonte: Elaborada pela autora.
Calculando a integral dupla de f(x, y) = x 2
+ y
2
sobre D, considerando D como uma região do
tipo II, obtemos:
4
√y
2 2
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ (x + y )dxdy =
1
D 0 y
2

4 3
x 2
x=√y
∫ [ + y x] 1
dy =
0
3 x=
2
y

4 3 1 3
(√ y ) ( y) 1
2 2 2
∫ [ + y − − y ]dy =
√y
0
3 3 2

2
4 3 2 3 3
y y y
5/2
∫ ( + y − − )dy =
0
3 24 2

5/2 7/2 4
y 2y 13y
4
[ + − ] =
0
15 7 96

216

35
.

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reflita
Reflita
A regiãoD limitada pela reta y = 2x e pela parábola y = x citada anteriormente
2

também pode ser vista como uma região do tipo I. Observe a figura abaixo:

Figura 3.7 - Região vista como tipo I


Fonte: Elaborada pela autora.
Então, como região do tipo I temos que D = (x, y), 0 ≤ x ≤ 2, x ≤ y ≤ 2x . 2

Se calcularmos a integral dupla de f(x, y) = x + y sobre D, considerando D


2 2

como uma região do tipo I, iremos obter o mesmo resultado? Ou seja,


?
2 2x 216
2 2
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ (x + y )dxdy =
2
D 0 x 35

Fonte: Elaborado pela autora.

Como pudemos observar no Reflita, se uma região pode ser escrita dos tipos I e II, podemos calcular
sua integral da forma que acharmos mais apropriado. O cálculo terá a mesma resposta.

Assim como já comentamos para regiões retangulares, quando estamos trabalhando com regiões
gerais, a integral dupla de f(x, y) ≥ 0 sobre B = (x, y, z) ∈ R ; (x, y) ∈ B e 0 ≤ z ≤ f(x, y) é
3

o volume do sólido formado pelos pontos que estão abaixo do gráfico de f(x, y) e acima do plano
xy e, se f(x, y) = 1, a integral dupla de f sobre B é igual a área do conjunto B.

praticar
V P ti
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Vamos Praticar
O sólido limitado entre os planos x + 2y + z, x = 2y, x = 0, z = 0 é um tetraedro. Sabemos que
podemos determinar seu volume através do cálculo de integrais duplas. Então, é correto afirmar que este
tetraedro possui volume igual a:

a) 1/3.
b) 7/8
− −
c) √27
d) 15
e) e) -7.

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Integrais Duplas em Coordenadas


Polares

Algumas integrais duplas são complicadas de serem determinadas quando suas regiões são
descritas como coordenadas retangulares. Para esses casos, definiremos um novo sistema de
coordenadas no plano cartesiano: as coordenadas polares.

Imagine, caro(a) estudante, que queremos calcular a integral dupla ∫ ∫ f(x, y)dA, onde P
P éa
região esboçada na Figura 3.8. Seria difícil calcular esta integral se escrevêssemos a região D em

coordenadas retangulares, então escrevemos ela em coordenadas polares.

Figura 3.8 - Região P


Fonte: Elaborada pela autora.

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Um retângulo polar é da forma P = (r, θ); a ≤ r ≤ b, α ≤ θ ≤ βe, relacionamos as coordenadas


polares (r,θ) de um ponto com as coordenadas retangulares através das igualdades r = x + y , 2 2 2

x = rcosθ , y = rsenθ.

Assim, se f é contínua no retângulo polar P , onde 0 ≤ β − α ≤ 2π temos que

.
β b
∫ ∫ f(x, y)dA = ∫ ∫ f(rcosθ, rsenθ)rdrdθ
P α a

Por exemplo, se desejarmos calcular a integral dupla ∫ ∫ (3x + 4y )dA, onde P é a região do P
2

semiplano superior limitada por x + y = 1 e x + y = 4, podemos descrever a região P em


2 2 2 2

coordenadas retangulares como P = (x, y); y ≥ 0, 1 ≤ x + y ≤ 4 e, em coordenadas polares 2 2

como P = (r, θ); 1 ≤ r ≤ 4, 0 ≤ θ ≤ π.

Temos que, f(x, y) = 3x + 4y , assim f(rcosθ, rsenθ) = 3rcosθ + 4r2 2


(senθ)
2
e
π 2
2 2 2
∫ ∫ (3x + 4y )dA = ∫ ∫ (3rcosθ + 4r (senθ) )rdrdθ
P 0 1

π 2
2 3 2
= ∫ ∫ (3r cosθ + 4r (senθ) )drdθ
0 1

π
3 4 2 r=2
= ∫ [r cosθ + r (senθ) ] dθ
0 r=1

π
2
= ∫ [7cosθ + 15(senθ) ]dθ
0

π 15 15θ 15 15π
π
= ∫ [7cosθ + (1 − cos2θ)]dθ = [7senθ + − sen2θ] =
0 2 4 4 0 2

=
15π

2
.

saiba mais
Saiba mais
Duas aplicações clássicas do cálculo integral de duas
variáveis são o cálculo de áreas de superfícies e o cálculo de
volumes. Porém, existem diversas outras aplicabilidades
para as integrais duplas, como as aplicações físicas:
momento de massa, centro de massa e momento de inércia.
Esses conceitos estão interligados com a teoria de várias
disciplinas na área da engenharia. Para saber mais sobre
como determinamos essas grandezas com o auxílio das
integrais duplas, veja a seção 15.5 do livro Cálculo, Volume
2, de James Stewart.
Fonte: Elaborado pela autora.

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Desde o ensino fundamental trabalhamos com a fórmula πz quando desejamos calcular a área de 2

uma circunferência de raio z. Podemos verificar essa fórmula através das integrais duplas com o
auxílio das coordenadas polares.

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Dada uma circunferência de centro na origem e raio z, pelos que vimos no decorrer desta unidade
sua área é determinada através da integral dupla, isto é,

área da circunferência = ∫ ∫
P
dxdy ,

onde P = (x, y) ∈ R ; x
2 2
+ y Reescrevendo
2
≤ z
2
. P em coordenadas polares, obtemos
; 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ r ≤ z . Então:
2
P = (r, θ) ∈ R

área da circunferência = ∫
2π z
∫ rdrdθ = ∫ ∫ rdrdθ
P 0 0

.
2 2 2
2π r 2π z z
z 2π 2
= ∫ [ ] dθ = ∫ dθ = [ θ] = πz
0 2 0 0 2 2 0

praticar
Vamos Praticar
As coordenadas polares facilitam o cálculo de integrais duplas quando é complicado escrever a região na
qual a função está definida em coordenadas retangulares. Utilizando as coordenadas polares, encontramos
que o volume do sólido limitado pelo plano z = 0 e pelo paraboloide z = 1 − x − y é igual a: 2 2

a) 12π
b) π16

c) 8π

d) 2√3π
e) π1

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indicações
Material Complementar

LIVRO

Cálculo - Volume II
Editora: Cengage Learning
Autor: James Stewart
ISBN: 9788522106615
Comentário: Este livro aborda todos os tópicos que vimos nesta
unidade de forma ampla e detalhada contendo diversos exemplos
resolvidos, o que pode ajudar na compreensão da disciplina.

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FILME

O Céu de Outubro
Ano: 1999
Comentário: O filme é baseado na história real de um engenheiro da
NASA que na adolescência, com ajuda de um grupo de amigos,
desenvolveu um projeto que transformou a vida de todos do grupo.

TRAILER

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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, prezado(a) aluno(a), aprendemos como trabalhar com as integrais duplas de funções
de duas variáveis. Vimos, através das integrais iteradas, que não precisamos recorrer à definição
para calcular uma integral dupla, podemos realizar o cálculo de duas integrais unidimensional e
utilizar todo nosso conhecimento do cálculo integral ordinário. Após, trabalhamos com a integração
dupla sobre regiões retangulares e mais gerais e introduzimos um novo sistema de coordenadas
para o plano cartesiano, as coordenadas polares.

Esperamos que esta unidade tenha sido produtiva e que você tenha aproveitado ao máximo,
resolvendo exercícios e questionando suas dúvidas. Continue se dedicando, até uma próxima!

referências
Referências Bibliográficas
GUIDORIZZI, H. L. Um curso de Cálculo - volume 2. 5. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2010.

STEWART, J. Cálculo - volume 2. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

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