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Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias

Hidrográficas do Nordeste Setentrional


- Trecho VII – Ramal do Agreste -
MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

5. PROGRAMA DE TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO DE TÉCNICOS


DAS OBRAS EM QUESTÕES AMBIENTAIS

5.1. APRESENTAÇÃO

O Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos das Obras em Questões


Ambientaisdo Ramal do Agreste é parte do conjunto dos Programas Ambientais
concebidos no âmbito do EIA/RIMA do Ramal do Agreste (FUNCATE, CRA e
ENGECORPS, 2007), com vistas à Licença de Instalação - LI.

Sua implementação se dará a partir da contratação das empresas que


desenvolverão as atividades de construção e montagem do empreendimento em
questão, logo após a mobilização de seus trabalhadores, nos primeiros meses de
vigência do contrato celebrado entre as partes.

O Programa visa, a partir de atividades voltadas para sensibilização e


conscientização, contribuir para a segurança e a saúde dos trabalhadores, além
da preservação ambiental local, com a consequente minimização dos impactos
ambientais e sociais decorrentes da implantação do Ramal.

5.2. INTRODUÇÃO

Para implantação do Ramal do Agreste, está prevista a instalação de próximo aos


dois reservatórios: Reservatório Ipojuca e Reservatório Negros. Este último será
subdividido em dois.

O dimensionamento da mão de obra ocupada no empreendimento foi elaborado


a partir dos cronogramas de execução das obras do Ramal do Agreste. Conforme
informação do EIA, no pico das obras o total da mão de obra ocupada deverá
chegar a cerca de 4.200 (quatro mil e duzentos) empregados, incluindo mão de
obra técnica (correspondente a 85% do total) e administrativa (15% do total).

A implantação do Ramal do Agreste está programada para um período de


construção ótimo de 36 (trinta e seis) meses em uma única etapa. No entanto, o
cronograma detalhado de execução será apresentado no projeto executivo.

5.3. JUSTIFICATIVAS

O Programa de Treinamento e Capacitação dos Técnicos da Obra faz parte dos


princípios estabelecidos na Gestão e Supervisão Ambiental. É uma ferramenta
fundamental no processo de sensibilização e conscientização dos trabalhadores
com relação à correta execução de procedimentos que propiciem a preservação
ambiental; aos cuidados com a sua segurança e saúde; e a uma maior atenção e
respeito às populações locais afetadas diretamente pelas obras, incluindo seus
hábitos, costumes e patrimônio cultural.

Este Programa se justifica pela necessidade de redução e controle dos impactos


socioambientais das obras, considerando as características ambientais da região
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do Semiárido, as especificidades das obras e o perfil dos trabalhadores, bem


como as condições e aspectos sociais característicos da região.

5.4. OBJETIVOS

Esse Programa tem como objetivo geral capacitar técnicos e trabalhadores das
obras, a partir de ações educativas durante o período de implantação do Projeto
do Ramal do Agreste, para que possam agir de forma ambientalmente correta e
socialmente responsável. Sua correta execução visa contribuir para melhorar a
qualidade de vida dos trabalhadores e das populações locais afetadas
diretamente pelas obras, assim como a preservação do meio ambiente da região
de implantação do empreendimento.

Seus objetivos específicos são:

 O processo de conscientização e sensibilização ambiental dos técnicos e


trabalhadores visando à adoção de procedimentos ambientalmente
adequados às obras;

 A difusão de informações essenciais para os cuidados com a saúde e


segurança dos trabalhadores;

 Divulgação das diretrizes do Código de Conduta, destacando aquelas


voltadas para os cuidados e respeito com as populações afetadas
diretamente pelas obras;

 Identificação de demandas e esclarecimento de eventuais dúvidas nos


momentos dos treinamentos.

5.5. METAS

São metas estratégicas:

 O treinamento de 100% dos trabalhadores contratados no que se refere


ao processo de conscientização e sensibilização ambiental, bem como
sobre as questões que envolvem os cuidados com a saúde, segurança e as
populações afetadas diretamente pelas obras (Código de Conduta).

Adicionalmente, as metas a serem alcançadas, associadas aos objetivos


específicos, são:

 O atendimento de 100% das dúvidas apresentadas pelos trabalhadores;

 O estabelecimento de metas sucessivas pela equipe de gerenciamento da


obra, de redução do número de acidentes com afastamento;

 O estabelecimento de metas sucessivas pela equipe de gerenciamento da


obra, de redução de reclamações da comunidade com relação aos
incômodos provocados pela obra até alcançar o índice “zero”.
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5.6. INDICADORES AMBIENTAIS

Para o estabelecimento de indicadores ambientais para esse Programa,


procurou-se identificar aqueles que fossem representativos e demonstrassem
sensibilidade a possíveis mudanças, objetivando determinar, sobretudo, as
condições locais (trabalhadores x ecossistemas x populações afetadas) e a
eficiência do Programa, principalmente durante a implantação do
empreendimento. Os principais indicadores a serem monitorados ao longo do
processo de avaliação dos resultados almejados são:

 Número de trabalhadores e técnicos treinados;

 Número de trabalhadores afastados por acidentes ou doenças relacionadas


ao trabalho;

 Número de reclamações, das populações locais, em relação aos


transtornos advindos do desenvolvimento das obras;

 Número de não conformidades ambientais e de segurança.

5.7. PÚBLICO ALVO

O Programa deverá ser executado abrangendo todo o contingente de


trabalhadores envolvidos com a construção e montagem do empreendimento.
Entende-se que os benefícios desse Programa não serão sentidos apenas pelos
elementos que participarão de maneira direta na sua implantação, mas também
pelas populações afetadas diretamente pelas obras.

Assim sendo, sua aplicação deverá estar focada no atendimento às demandas


dos trabalhadores e sua relação com as populações locais, em especial nos
aspectos relacionados à saúde, segurança e ao bem-estar da população local e
proteção e preservação do meio ambiente da região de implantação do
empreendimento.

5.8. METODOLOGIA

Este Programa de Treinamento e Capacitação deverá abranger, além dos temas


de saúde, meio ambiente e segurança em geral, fundamentais para o
treinamento de todos os técnicos e trabalhadores envolvidos com as obras,
informações específicas sobre a região de implantação do Ramal do Agreste. Para
tanto, nele foram incorporados os temas identificados no Plano Ambiental de
Construção, de forma a garantir que os trabalhadores contribuam efetivamente
para a minimização dos impactos previstos no EIA.

5.9. ATIVIDADES PREVISTAS

As atividades do Programa de Treinamento foram embasadas nos temas


apresentados a seguir, com seus fundamentos orientadores e estratégias
associadas.
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5.9.1. NORMAS DE CONDUTA

Têm como fundamentos instruir e orientar os trabalhadores incorporados ao


Projeto do Ramal do Agreste na sua relação com a comunidade da área de
influência direta, visando, tanto preservar sua própria saúde e integridade física
e mental como destas últimas e, assim, evitar a ocorrência de eventos que
resultem em desentendimentos, atrasos ou prejuízos para o cronograma das
obras ou para o conjunto das partes interessadas no empreendimento.Alguns
aspectos serão considerados no treinamento, conforme descrição apresentada a
seguir, notadamente quanto aos limites estabelecidos com relação ao trato com
os companheiros de trabalho e as populações diretamente afetadas.

 Estabelecimento da forma correta e cordial de comportamento para com


as comunidades próximas e afetadas pelas obras do empreendimento;

 Tratamento cordial como os companheiros de trabalho, evitando brigas,


desentendimentos e/ou atitudes anormais que possam alterar o cotidiano
das populações citadas anteriormente;

 Proibição do relacionamento com as comunidades indígenas;

 Normas de uso de estradas de acesso que tenham sido previamente


autorizadas.

As orientações quanto aos devidos esclarecimentos para os técnicos e


trabalhadores envolvidos com as obras deverão ser dadas em palestra sobre o
Código de Conduta no momento de sua admissão, voltada à importância dos
aspectos destacados anteriormente e a responsabilidade de cada funcionário em
relação à aplicação do Código. Além disso, deverão ser desenvolvidas
ferramentas de comunicação a serem utilizadas nas palestras, para que melhor
se alcance o entendimento do funcionário, tais como:

 Apresentação ilustrativa (em vídeo ou PowerPoint), com linguagem


objetiva e clara com os temas específicos;

 Cartazes, placas e folders reforçando as orientações recebidas na palestra,


distribuídas pelos alojamentos e áreas de circulação frequente nos
canteiros de obras (restaurantes, escritórios, etc.);

 Reuniões prévias dos técnicos e trabalhadores com a equipe de


comunicação social para apresentação do diagnóstico socioambiental de
cada trecho a ser trabalhado, em que serão indicados os pontos sensíveis
para as obras no que se refere aos impactos com as populações, a flora e
a fauna.

 Jogos interativos, exercícios e dinâmicas de integração de grupo que


permitam troca de experiências e informações entre os próprios
funcionários sobre aspectos de auto-estima e participação.

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Todas as atividades deverão ser registradas por meio de listas de presença e


participação e fotos, além do preenchimento de termo de compromisso.

Após a palestra, a compreensão dos empregados deverá ser avaliada através de


testes simples.

A palestra deverá ser avaliada pelos empregados em termos da sua


compreensão e retenção de conceitos imediatamente após a sua realização e se
necessário, uma atividade equivalente deverá ser reaplicada, ainda que com a
adoção de outras técnicas. Esta atividade deverá ser realizada sempre que novos
trabalhadores forem incorporados ao projeto.

5.9.2. SEGURANÇA E SAÚDE

O treinamento em segurança e saúde tem como objetivo conscientizar o


trabalhador sobre a responsabilidade para a utilização adequada de
equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de proteção coletiva
(EPCs), além do reconhecimento de riscos de acidentes e inerentes à saúde,
decorrentes das atividades relativas às obras e da necessidade de cuidados com
a higiene corporal, noções de primeiros socorros, informações gerais sobre
cuidados com a saúde, incluindo a prevenção de DST/AIDS e reconhecimento de
agentes causadores de doenças, tais como verminoses e diarreias, entre outras.
Deverão ser também considerados os procedimentos sobre ações emergenciais
no campo, direção defensiva, respeito à sinalização empregada nos canteiros de
obras e nas vias de acesso.

Deverão ser esclarecidos alguns limites com relação às questões de segurança


específicas, tais como:

 Proibição para porte de qualquer tipo de arma (branca ou de fogo);

 Proibição da venda, manutenção e consumo de bebidas alcoólicas;

 Uso adequado, e guarda em lugares seguros, das ferramentas de


trabalho que possam ser utilizadas como armas;

 Proibição de transportar particulares no veículo de trabalho, em qualquer


caminho ou acesso de obra;

 Proibição de uso de veículos particulares na área de obra (canteiro e


canais)

 Proibição do uso de drogas em qualquer lugar da obra (frentes de


trabalho, alojamentos, canteiros etc.);

 Direção defensiva, com prevenção de acidentes de trânsito, destacando


o tráfego de veículos em velocidades seguras para pessoas,
equipamentos e animais;

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 Primeiro combate ao fogo, para efetivo de frente de obra;

 Informações sobre uso adequado de Equipamentos de Proteção


Individual - EPIs e dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs)
existentes no canteiro de obra;

 Cuidados com vazamentos de produtos químicos;

 Noções de controle de resíduos sólidos e líquidos;

 Prevenção de riscos ocupacionais de natureza física, química e biológica;

 Primeiros socorros, para efetivo por frente de obra, com um mínimo de


duas pessoas;

 Prevenção de acidentes com animais peçonhentos;

 Prevenção de doenças infecciosas e parasitárias (AIDS, DST, etc.);

 Prevenção de doenças bucais;

 Prevenção e controle de doenças crônicas;

 Prevenção do alcoolismo e drogas que causam dependência.

As ferramentas a serem desenvolvidas para fins de treinamento serão palestras,


cartilhas e treinamentos práticos. As atividades pertinentes ao treinamento de
saúde e segurança são:

 Apresentação ilustrativa (em vídeo ou PowerPoint), com linguagem


objetiva e clara com os diversos temas relacionados;

 Realização de treinamentos pertinentes;

 Elaboração e divulgação de Cartilhas do Trabalhador.

Todas as atividades deverão ser registradas por meio de listas de presença e


participação. Após a palestra, a compreensão dos empregados deverá ser
avaliada através de testes simples.

As atividades deverão ser avaliadas pelos empregados em termos da sua


compreensão e retenção de conceitos imediatamente após a realização e, se
necessário, uma atividade equivalente deverá ser periodicamente reaplicada,
ainda que com a adoção de outras técnicas.

5.9.3. MEIO AMBIENTE

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O treinamento em meio ambiente tem como objetivo sensibilizar e conscientizar


o trabalhador, a partir da realização de palestras sobre temas ambientais
constantes do EIA do Ramal do Agreste, notadamente nos resultados dos
estudos ambientais e no Plano Ambiental de Construção. Além disso, será dado
destaque aos ecossistemas e localidades presentes na área de influencia direta
do empreendimento, tendo em vista a importância da preservação desses
ambientes e dos modos de vida das populações locais.

Os procedimentos constantes no Plano Ambiental para Construção serão


abordados destacando-se os diversos ambientes que serão encontrados no
decorrer das obras. Os trabalhadores serão orientados para a correta execução
das atividades técnicas (supressão de vegetação, limpeza de terrenos,
escavações, detonações, concretagens etc.), bem como:

 Quanto aos procedimentos a serem adotados nos casos de encontro de


peças arqueológicas;

 Do gerenciamento de resíduos e coleta seletiva de lixo;

 Cuidados relativos à utilização de máquinas e equipamentos próximos a


cursos d’água e açudes;

 Cuidados durante as escavações em áreas contíguas a núcleos urbanos,


onde podem ser encontradas tubulações de água e esgotamento
sanitário nem sempre legalizadas, deixando local para o trânsito de
pedestres e veículos da comunidade;

 Sinalização e proteção adequadas no aspecto segurança.

 Alguns aspectos deverão ser difundidos, todos relacionados aos cuidados


com o meio ambiente, tais como:

 Tratamento adequado de resíduos, notadamente recipientes e restos de


refeições, e a forma correta da utilização de sanitários;

 Adoção de sistema de consumo consciente de água (combate ao


desperdício), coleta seletiva e descarte controlado de resíduos
domésticos;

 Proibição de uso de qualquer fonte de fogo passível de provocar


incêndio;

 Alerta para qualquer situação que possa desencadear danos ao meio


ambiente (incêndios, derrames de óleo e/ou combustíveis; contaminação
de cursos d’água), notificando sempre os responsáveis;

 Procedimentos corretos para abastecer e lubrificar veículos e demais


equipamentos das obras em áreas específicas, sempre adequadamente
distante dos corpos d’água;
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 Cuidados com recursos culturais, sítios arqueológicos e paleontológicos


que forem encontrados;

 Cuidados com animais silvestres encontrados feridos ou saudáveis, e


imediata notificação aos responsáveis;

 Esclarecimentos quanto aos limites estabelecidos com relação às


questões ambientais específicas, notadamente a fauna e flora;

 Proibição da caça, comercialização, captura ou molestamento de


qualquer animal silvestre ou doméstico;

 Proibição da atividade de pesca;

 Proibição da extração transporte e comercialização de espécies vegetais


nativas

Será adotada a prática de uma parada diária de 10 (dez) minutos, no início do


turno de trabalho, para que seja discutido um único tema escolhido pelo chefe da
segurança da obra, relacionado à saúde, segurança e/ou meio ambiente, para
ser destacado e reforçado perante a equipe tendo em vista o registro dos
acidentes, reclamações ou a etapa em que se encontra o projeto (por exemplo,
desmate desmonte, uso de EPI, relacionamento com a comunidade, prevenção
de acidentes de trabalho ou trânsito etc.).

Adicionalmente, todas as áreas de trabalho e alojamento (alojamentos,


escritórios, refeitórios, sanitários e estradas de acesso e frentes de obra)
deverão ser sinalizadas de acordo com o uso e sua relação com a saúde e a
segurança dos trabalhadores e comunidade, orientando os empregados
cotidianamente quanto às práticas e procedimentos adotados na obra.

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5.9.4. TREINAMENTO DE VISITANTES E TERCEIROS

A entrada e a permanência de visitantes ou trabalhadores terceirizados nas


instalações ou frentes de trabalho devem ser previstas como fatos corriqueiros
em obras de grande porte, como é o caso do Ramal do Agreste, e este grupo de
trabalhadores necessita, tal como o conjunto de contratados fixos, receber
treinamento especial para circular pelo local, ainda que não com o mesmo grau
de profundidade.

Para este grupo, portanto, será adotada uma atividade específica, voltada à
garantia da sua integridade física e imperturbabilidade das obras, bem como à
preservação do meio ambiente. A atividade será desenvolvida através de vídeo
ou apresentação com aplicação de questionário sucinto de avaliação da
compreensão dos conceitos apresentados, após a qual o visitante receberá os
EPIs necessários à sua circulação na área da obra a que se dirige. O vídeo ou
apresentação versará sobre:

 Proibição para porte de qualquer tipo de arma (branca ou de fogo);

 Informações sobre uso adequado de Equipamentos de Proteção


Individual (EPI) e dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
existentes no canteiro de obra;

 Prevenção de riscos ocupacionais de natureza física, química e biológica;

 Sinalização e proteção adequadas nos aspectos segurança e meio


ambiente;

 Outros, a critério da gerência de risco da obra.

5.10. INTER-RELAÇÃO COM OUTROS PROGRAMAS

Este Programa é uma importante ferramenta do Plano de Gestão e Supervisão


Ambiental do Ramal do Agreste, relacionando-se com o Programa de
Comunicação Social, tendo em vista a possibilidade do uso de seus materiais
informativos e didáticos, notadamente aqueles que têm relação direta com as
questões abordadas no Código de Conduta, e com o Programa de Educação
Ambiental, quando apresenta, para os trabalhadores do empreendimento,
questões educativas sobre o meio ambiente, segurança e saúde.

Já, as questões de conservação e preservação ambiental no dia-a-dia da obra


estão relacionadas diretamente à execução do Plano Ambiental de Construção
(PAC), considerando que neste, a abordagem dos aspectos ambientais será feita
de forma direta e os cuidados e ações ambientais previstos para cada aspecto de
construção e montagem serão incorporados aos procedimentos técnicos das
obras.

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5.11. ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E/OU OUTROS


REQUISITOS

Foi considerada a necessidade de pelo menos três salas de treinamento em cada


canteiro de obras, tendo em vista o grande número de contratações simultâneas
até o 28º mês dos trabalhos, conforme consta do cronograma que integra o EIA.

5.12. CRONOGRAMA FÍSICO DE IMPLANTAÇÃO

O Programa deverá ser executado durante todo o período de atividades de obra.


Em termos de treinamento mínimo e sua frequência, é apresentada uma
proposta a seguir, a qual deverá ser detalhada e executada pelas empreiteiras a
serem contratadas para construção e montagem do Projeto do Ramal do Agreste,
considerando as suas políticas e práticas.

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Quadro 5.12-1 Atividades de treinamento, carga horária e frequência.

CARGA
ATIVIDADE FREQUÊNCIA TEMAS
HORÁRIA

Treinamento Inicial para


Antes do início das obras Todos os temas (itens
Gerentes, Encarregados
120 hs (reaplicado caso 5.9.1, 5.9.2 e 5.9.3 -
e Pessoal de Segurança,
substitua o responsável) formacional)
Saúde e Meio Ambiente

Todos os temas (itens


Palestra inicial para
4 hs Logo após a contratação 5.9.1, 5.9.2 e 5.9.3-
demais trabalhadores
informacional)

Palestra de Código de
2 hs Logo após a contratação Item 5.9.1 (informacional)
Conduta

Palestra Segurança 2 hs Logo após a contratação Item 5.9.2 (informacional)

Palestra socioambiental De 2 a 4 hs Logo após a contratação Item 5.9.3 (informacional)

Interação dos
trabalhadores através de
Dinâmicas de interação De 4 a 8 hs Mensal jogos, campeonatos,
churrascos, aniversário do
mês etc. (item 5.9.1)

Palestras diárias sobre


10 min. (total Todos os temas (itens
segurança, saúde e
ao final de 3 Semanais 5.9.1, 5.9.2 e 5.9.3-
meio ambiente nas
anos: 120hs) informacional)
obras

Antes do início das obras


(reaplicado se houver
Treinamento sobre
Mínimo de 4hs substituição do Tema específico
primeiros socorros
responsável e a cada seis
meses)

Treinamento primeiro Antes do início das obras


Mínimo de 4hs Tema específico
combate a incêndio e a cada 6 meses

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CARGA
ATIVIDADE FREQUÊNCIA TEMAS
HORÁRIA

Treinamento inicial do
Antes do início das obras
PAC para técnicos das 16 hs Temas Ambientais do PAC
e próximo do seu final
frentes

A empresa responsável pelas obras de construção e montagem deverá seguir as


orientações contidas neste Programa, notadamente as do item 5.8, Metodologia,
e apresentar, para aprovação do empreendedor, o planejamento das palestras e
treinamentos.

O Cronograma de execução do presente Programa deverá ser desenvolvido


conforme a seguir:

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Quadro 5.12-2 Cronograma do Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos das Obras em Questões Ambientais

ANO 1 ANO 2 ANO 3


ITEM/ATIVIDADE
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
Palestra Inicial para
Demais Trabalhadores
Palestra de
Código de Conduta
Dinâmicas de Interação
Palestras
Socioambientais
Palestras Semanais
sobre Segurança,
Saúde e Meio ambiente
nas obras
Treinamento sobre
primeiros socorros
Treinamento Primeiro
combate o incêndio

Treinamento Inicial do
Plano Ambiental de
Construção para
Técnicos
da Frente de Obra

*Ao longo das obras, contínuas turmas de trabalhadores serão admitidas e deverão ser treinadas.

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