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APRESENTAÇÃO

Sobre o curso

Olá, caro(a) cursista! Seja muito bem-vindo(a) ao curso Professor Coordenador de


Área (PCA) do Programa Ensino Integral!
Como você já sabe, nas escolas da rede estadual, temos a figura do Professor Coorde-
nador (PC). Já nas escolas que fazem parte do Programa Ensino Integral (PEI), há o
Professor Coordenador Geral (PCG) e os Professores Coordenadores de Área (PCA).
Você já se perguntou o que faz um PCA nas escolas que integram o PEI? Quais são
as suas atribuições? Como a atuação do PCA pode contribuir para a formação conti-
nuada dos docentes da escola nas diversas áreas do conhecimento? Que demandas
e dificuldades esse profissional enfrenta? Quais são as soluções formuladas por ele
para melhorar o ensino e a aprendizagem?
O PCA exerce um papel fundamental na formação docente, principalmente, por tra-
balhar com a sua respectiva Área de Conhecimento, propondo um trabalho mais
aprofundado com as habilidades dos componentes curriculares de sua área e possibi-
litando abordagens inter/multidisciplinares.

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Área de conhecimento: Conforme consta no Currículo Paulista, é importante trabalhar
com as áreas do conhecimento. Portanto as escolas de tempo parcial também traba-
lham com essas áreas, por meio da figura do Professor de Assistência ao Currículo (PAC),
que apoia professores e PC.
Desse modo, esperamos que os elementos do PEI possam inspirar a reflexão sobre as
práticas pedagógicas dos profissionais que atuam tanto nas escolas que já fazem parte
do programa quanto nas demais escolas da rede.
Sobre o Professor de Assistência ao Currículo (PAC) ver:
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Resolução Seduc n. 4, de 11 de janeiro de
2021. Institui o Projeto de Assistência ao Currículo (PAC) e dá providências correlatas. Dis-
ponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%C3%83O%
20SEDUC%20N%C2%BA%204.HTM. Acesso em: 29 jun. 2021.

No link a seguir, você pode ouvir Roberta Fernandes dos Santos, da equipe PEI/COPED,
apresentando o curso de Professor Coordenador de Área: https://youtu.be/OpXaADZkPYY.
Você já pensou como o PCA consegue ser, ao mesmo tempo, Professor e Professor
Coordenador dentro de sua área de conhecimento? Ser PCA no Programa Ensino In-
tegral (PEI) é enfrentar um grande desafio! Por essa razão, neste curso, temos os se-
guintes objetivos de aprendizagem:

analisar o papel e as atribuições do Professor Coordenador de Área;

explorar como as áreas são trabalhadas em cada nível de ensino no PEI;

articular a coordenação de área com a docência;

compreender o papel da formação e seu desdobramento nas ações da coordenação


de área;

compreender o PCA como facilitador da inter/multidisciplinaridade no trabalho em


conjunto entre as áreas.

Esses objetivos serão desenvolvidos a partir da reflexão sobre os documentos orienta-


dores elaborados pela Coordenadoria Pedagógica (COPED), bem como por meio de
atividades de análise e reflexão, vídeos e podcasts com PCA que atuam em unidades
escolares do PEI, replicando suas experiências e práticas exitosas com a rede de pro-
fissionais da educação da SEDUC-SP. Também serão apresentados estudos de casos,
saiba mais e dicas de leitura para aprofundamento dos conceitos-chave.

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No módulo 1, será abordada a fundamentação legal relativa ao trabalho do PCA e sua
função. Nos módulos seguintes, serão contempladas as especificidades e demandas
do PCA dentro de cada área de conhecimento, conforme você pode conferir abaixo:

Módulo 1: Professor Coordenador de Área (PCA): Fundamentos e atribuições.

Módulo 2: PCA de Linguagens.

Módulo 3: PCA de Ciências da Natureza e Matemática.

Módulo 4: PCA de Ciências Humanas.

Atenção

Cursista, você sabe o que é um diário de bordo? Diário de bordo é uma forma de sinteti-
zar suas ideias sobre as informações tratadas, aqui, neste curso. Nesse diário, anotamos
informações e dados que chamaram a sua atenção, dicas e soluções que você e/ou sua
equipe acharam adequadas e significativas para serem replicadas, conforme a realidade
de sua Unidade Escolar. Um caderno, um bloco de anotações, uma agenda ou, ainda,
um diário de bordo on-line pode servir como seu diário de bordo.
Nunca deixe de anotar as ideias que forem surgindo durante o percurso, pois elas são
relevantes para o seu aprendizado.

Cursista, ao longo do curso você poderá vivenciar o trabalho do PCA por meio do estu-
do de situações-problema e do compartilhamento de boas práticas, aprofundando
seus conhecimentos a respeito das atribuições do Professor Coordenador de Área, fo-
cando também o trabalho formativo que esse profissional exerce junto aos docentes
de sua área do conhecimento e tendo como principal objetivo a melhoria do ensino e
da aprendizagem.
A SEDUC-SP/EFAPE ressalta que as personagens assim como os casos relatados, cujo
propósito é proporcionar a reflexão e apoiar os profissionais na tomada de decisão, são
fictícios.
Você está preparado para essa jornada? Então, vamos começar!

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Atendimento

Importante

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo Atendimento: https://


atendimento.educacao.sp.gov.br/ (Acesso em: 15 jun. 2022).
As dúvidas serão encaminhadas por meio do Portal de Atendimento, que é o canal de
comunicação da Secretaria de Estado da Educação.
Nesse canal, é possível visualizar perguntas e respostas mais frequentes, consultar tuto-
riais, abrir ocorrências para esclarecer problemas, solicitar dados e outros.

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M
 ÓDULO 1
PROFESSOR COORDENADOR DE ÁREA (PCA): FUNDAMENTOS
E ATRIBUIÇÕES

Abertura do Módulo 1

Caro(a) cursista, sua jornada está iniciando! O nosso público-alvo vai desde os vetera-
nos do Programa Ensino Integral até os profissionais que estão ingressando agora no
PEI e também os que ainda não integram equipes de unidades escolares do PEI, mas
têm interesse e curiosidade nas atribuições do Professor Coordenador de Área (PCA).
Temos como objetivos deste primeiro módulo:

Conhecer o histórico e o processo de escolha do PCA.

Examinar as atribuições do PCA nas ações do PEI.

Compreender o PCA como facilitador da inter/multidisciplinaridade no trabalho em


conjunto entre os componentes curriculares das áreas de conhecimento.

Como você pode ver, o curso requer engajamento e envolvimento nas demandas de
trabalho do PCA. Esperamos que essa jornada traga crescimento profissional, aper-
feiçoando seus conhecimentos e fazendo com que você se sinta parte integrante de
todo o processo que envolve a melhoria do ensino e da aprendizagem.

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Unidade   1

PCA: Quem sou eu?

Caro(a) cursista, você já se perguntou o que faz um Professor Coordenador? E um Pro-


fessor Coordenador de Área?
Vamos refletir um pouco mais sobre essa função nas escolas públicas estaduais. Para
isso, temos de fazer um pequeno flashback, ou seja, uma pequena viagem no tempo...
Está preparado(a)?
Assista ao vídeo sobre Sala dos Professores: https://youtu.be/PbZndrGC4Ik.
Caro(a) cursista, você está pronto(a) para compreender a função de PCA? Veja na linha
do tempo a seguir:

2012
Tudo começa com a Lei Complementar n. 1.164, de 4 de janeiro de 2012, alterada pela Lei
Complementar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012. Em seu artigo 4o aparecem, pela primeira
vez, as atribuições do PCA, vinculando o seu trabalho com o modelo de gestão do PEI.
A primeira resolução a abordar essa função foi a Resolução SE n. 22, de 14 de fevereiro de
2012, pontuando as áreas de conhecimento: Linguagens, Ciências da Natureza e Matemáti-
ca e Ciências Humanas. Ainda nessa resolução aparecem as atribuições do PCA (art. 1o e 3o).

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2014
Na Resolução SE n. 67, de 16 de dezembro de 2014, o PEI volta a abordar a função do PCA,
agora voltado não somente para o Ensino Médio, mas também para os Anos Finais do En-
sino Fundamental. Essa resolução segue a mesma organização da anterior em relação aos
PCA por área de conhecimento (art. 2o).
2015
Na Resolução SE n. 19, de 2 de abril de 2015, em seu artigo 1o, aparece a função de Professor
Coordenador da Área de Linguagens e, em seu artigo 3o, encontram-se as suas atribuições.

2020
Após esse flashback, avançando em nossa linha do tempo e em nossa viagem pela jornada
de ser um PCA, surgiram outras regulamentações/orientações, procurando adequar melhor
o exercício e o desempenho da função. Atualmente, a Resolução que aborda a função de
Professor Coordenador de Área é a Resolução SE n. 10, de 22 de janeiro de 2020.

Lei Complementar n. 1.164: SÃO PAULO (Estado). Lei Complementar n. 1.164, de 4 de


janeiro de 2012 (atualizada até a Lei Complementar n. 1.191, de 28 de dezembro de
2012). Institui o Regime de dedicação plena e integral (RDPI) e a Gratificação de de-
dicação plena e integral (GDPI) aos integrantes do Quadro do Magistério em exercício
nas escolas estaduais de Ensino Médio de Período Integral, e dá providências correlatas.
Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2012/lei.
complementar-1164-04.01.2012.html. Acesso em: 29 jun. 2021.
Lei Complementar n. 1.191: SÃO PAULO (Estado). Lei Complementar n. 1.191, de 28 de
dezembro de 2012. Dispõe sobre o Programa Ensino Integral em escolas públicas esta-
duais e altera a Lei Complementar n. 1.164, de 2012, que instituiu o Regime de dedicação
plena e integral (RDPI) e a Gratificação de dedicação plena e integral (GDPI) aos inte-
grantes do Quadro do Magistério em exercício nas escolas estaduais de Ensino Médio
de Período Integral, e dá providências correlatas. Disponível em: https://www.al.sp.gov.
br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2012/lei.complementar-1191-28.12.2012.html.
Acesso em: 29 jun. 2021.
Resolução SE n. 22, de 14 de fevereiro de 2012: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educa-
ção. Resolução SE n. 22, de 14 de fevereiro de 2012. Dispõe sobre as atribuições de Pro-
fessor Coordenador nas Escolas Estaduais de Ensino Médio de Período Integral. Disponível
em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/22_12.HTM?Time=07/06/2021%2015:15:38.
Acesso em: 29 jun. 2021.
Resolução SE n. 67, de 16 de dezembro de 2014: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educa-
ção. Resolução SE n. 67, de 16 de dezembro de 2014. Dispõe sobre a gestão de pessoas,

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integrantes do Quadro do Magistério, nas unidades escolares. Disponível em: https://www.
imprensaof icial.com.br/DO/GatewayPDF.aspx?pagina=64&caderno=Executivo%20I&
data=17/12/2014&link=/2014/executivo%20secao%20i/dezembro/17/pag_0064_6N95JO1D
27VLDe65I727HOMNBV7.pdf&paginaordenacao=100064. Acesso em: 29 jun. 2021.
Resolução SE n. 19, de 2 de abril de 2015: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação.
Resolução SE n. 19, de 2 de abril de 2015. Dispõe sobre postos de trabalho de Profes-
sor Coordenador nas escolas do Programa Ensino Integral nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/19_15.HTM?
Time=07/06/2021%2015:19:49. Acesso em: 29 jun. 2021.
Resolução SE n. 10, de 22 de janeiro de 2020: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educa-
ção. Resolução SE n. 10, de 22 de janeiro de 2020. Dispõe sobre a gestão de pessoas
dos integrantes do Quadro do Magistério nas escolas estaduais do Programa Ensino In-
tegral (PEI), que ofertam os Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio e dá
providências correlatas. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/
RESOLU%C3%87%C3%83O%20SE%2010%20.HTM?Time=07/06/2021%2015:23:15. Acesso
em: 29 jun. 2021.

Além da função de PCA, é atribuída ao docente que assume esse papel uma carga
horária de aulas de seu componente curricular.
É, caro(a) cursista, você deve estar se perguntando, como assim? Ser PCA e professor
ao mesmo tempo?
Levando em conta o disposto na Resolução SE n. 10, de 22 de janeiro de 2020, para
quem exerce a função de PCA, são atribuídas 32 aulas, sendo 16 dessas aulas para o
exercício da docência e as demais para exercer a coordenação de área (art. 9o, inciso
II – a e b). Das 16 aulas para o exercício da docência, duas são eletivas e as demais per-
tencem ao componente curricular do PCA.
E como um professor pode se tornar um Professor Coordenador de Área?
Vamos ver na prática:

Na prática

Durante o planejamento, o Diretor Carlos reúne os docentes e explica a função de


PCA e a necessidade de os professores, dentre seus pares, escolherem os PCA de cada
área do conhecimento, uma vez que a escola aderiu ao PEI neste ano. Os professores
perguntam como será realizada essa escolha. O diretor orienta que os docentes de
cada área podem escolher, por votação, o PCA dentre os colegas que se candidata-
rem à função.
Nesse momento, os professores de Língua Portuguesa Fábio e Daniela se candidatam
à vaga de PCA de Linguagens e os docentes da área elegem o Professor Fábio.

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Durante a reunião, nenhum outro professor se candidata às outras vagas de PCA; por
isso, o grupo de docentes, de comum acordo, sugere o Professor Adriano para a vaga
de PCA de Ciências da Natureza e Matemática por ele ter um bom relacionamento
com todos os docentes e por, também, ter um bom conhecimento na área de Tecno-
logia. Já na área de Ciências Humanas, os docentes indicam a Professora Luana, que
aceita de bom grado.

Caro(a) cursista, até aqui, você tomou conhecimento de como surgiu o Professor
Coordenador de Área nas escolas do PEI e de que a sua atribuição está vinculada a
sua atuação como docente. Também pôde observar como os docentes podem es-
colher os PCA de Área de Conhecimento.
Agora, vamos discutir o papel do PCA e a sua importância dentro das escolas do PEI.
Para isso, a seguir, você vai se aprofundar em algumas atribuições específicas do PCA,
por meio da análise de situações, de podcasts e de atividades complementares.

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Unidade  2

Atribuições

Caro(a) cursista, as atribuições que serão apresentadas a seguir constam na Lei Com-
plementar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012.

Lei Complementar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012: SÃO PAULO (Estado). Lei Comple-
mentar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012. Dispõe sobre o Programa Ensino Integral em
escolas públicas estaduais e altera a Lei Complementar n. 1.164, de 2012, que instituiu o Re-
gime de dedicação plena e integral (RDPI) e a Gratificação de dedicação plena e integral
(GDPI) aos integrantes do Quadro do Magistério em exercício nas escolas estaduais de En-
sino Médio de Período Integral, e dá providências correlatas. Disponível em: https://www.
al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei.complementar/2012/lei.complementar-1191-28.12.2012.
html. Acesso em: 29 jun. 2021.

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Orientar os professores nas atividades de trabalho pedagógico coletivas
e individuais, em sua respectiva área de conhecimento

Cursista, uma das atribuições do PCA é orientar seus pares. Mas como ocorre essa
orientação?
A preparação para a orientação docente começa nas Aulas de Trabalho Pedagógico
Coletivo Geral (ATPCG), sob a orientação do Professor Coordenador Geral (PCG). É nes-
sas formações que o PCA se forma como docente e busca subsídios para planejar a
formação dos professores da sua área de conhecimento, realizada nas Aulas de Traba-
lho Pedagógico Coletivo de Área (ATPCA).
Vamos ver isso na prática?

Na prática

Durante a reunião de ATPCG, a PCG Juliana discute com os docentes os resultados


das avaliações internas do primeiro bimestre. Com base nesses dados, os professores
planejam como melhorar a aprendizagem dos estudantes, pensando em estratégias
que possam desenvolver as habilidades em defasagem.
A professora de Matemática, Bárbara, aponta para uma das questões das avaliações
internas, baseada nas AAP do 7o ano, em que os estudantes mais tiveram dificuldade

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e que envolvia a habilidade: Resolver problema envolvendo noções de porcentagem:
“As perdas dos bancos com fraudes eletrônicas aumentaram 25% em 2018
em relação ao ano de 2017, segundo dados do Relatório de Estabilidade Fi-
nanceira (REF) do Banco Central. Se em 2017 o prejuízo foi de 940 milhões,
em 2018 o prejuízo total das instituições foi de quanto? Mostre como você
chegou a essa resposta.” (Dados fictícios. Adaptado de: SÃO PAULO (Esta-
do). Secretaria da Educação. Avaliação da Aprendizagem em Processo: Co-
mentários e recomendações pedagógicas. 7o ano EF – prova de matemática;
2o semestre de 2013. 5a edição.)
Bárbara afirma que os estudantes sentiram dificuldade em entender a noção de por-
centagem, explicando que o trabalho com porcentagem envolve o conhecimento de
números decimais e de fração, objetos de conhecimento com os quais os estudantes
têm dificuldade desde o 5o ano.
O PCA Adriano, da área de Ciências da Natureza e Matemática, concorda com o argu-
mento da professora Bárbara. Por causa de sua atuação como PCA, Adriano acompa-
nha os relatórios de análise das AAP de anos anteriores do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio e os dados, de fato, corroboram a explicação da professora Bárbara.
Bárbara ainda observa que os estudantes também não conseguiram desenvolver a
sua resposta por escrito, deixando em aberto o raciocínio ou não o concluindo, talvez
por terem dificuldade em efetuar as operações de multiplicação e de divisão com nú-
meros da classe dos milhões ou em se expressar por escrito.
A professora de Língua Portuguesa, Daniela, também chamou a atenção para a ex-
pressão “fraudes eletrônicas”: “Será que os estudantes têm conhecimento do signifi-
cado dessa expressão?”
O professor Hélio, de História, questionou: “Quando se começou a usar essa expres-
são? A partir de quando começaram a surgir as transações eletrônicas? Qual é o papel
do Banco Central em relação aos bancos?”.
Após a ATPCG, os PCA de cada área de conhecimento, Fábio, de Linguagens, Adriano,
de Ciências da Natureza e Matemática, e Luana, de Ciências Humanas, planejaram as
ATPCA direcionadas à elaboração de atividades em suas áreas, a fim de que os estu-
dantes pudessem desenvolver as habilidades em defasagem com base nos resulta-
dos da AAP e das avaliações internas do 1o bimestre.
Fábio, em sua ATPCA, sugeriu que os professores desenvolvessem uma sequência de
atividades com foco na argumentação, em que os estudantes pudessem defender
pontos de vista diferentes.
Adriano, em sua ATPCA, solicitou aos docentes que elaborassem uma sequência de
atividades que contemplasse números decimais e frações.
Luana, por sua vez, pediu aos professores que pensassem em pedir aos estudantes
que realizassem uma pesquisa sobre como as pessoas guardam o seu dinheiro e são
vítimas de golpes eletrônicos.

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Cursista, diante do que foi exposto, vamos responder à atividade a seguir?

1. Caro(a) cursista, você está vendo como o trabalho do PCA é fundamental? E como
o trabalho coletivo é sempre uma construção voltada à melhoria da aprendizagem
dos estudantes? Você verificou como a ATPCG está interligada com a ATPCA?
É importante salientar que, nas ATPCG e ATPCA, os coordenadores procuram envol-
ver todos os professores, aproveitando conhecimentos e experiências que cada um
tem em seus respectivos componentes curriculares.
Se você fosse um PCA de área de conhecimento, como orientaria em ATPCA seus
professores a trabalharem com atividades que pudessem desenvolver as habilidades
defasadas, apresentadas em ATPCG?
Assinale quais das alternativas a seguir correspondem à sua orientação na ATPCA:
a) Apresentar uma questão na qual os estudantes sentiram dificuldade, solicitando
aos professores que a analisem de acordo com o seu componente curricular.

b) Sugerir aos professores que pesquisem, cada um em seu componente curricular,


metodologias que potencializem o desenvolvimento das habilidades defasadas.

c) Sugerir aos professores que elaborem atividades de natureza inter/multidiscipli-


nar, em conjunto, a partir das habilidades defasadas.

Cursista, você está ampliando o seu conhecimento sobre a função do PCA!

Dica

Nem sempre a mesma estratégia pedagógica é adequada ou trará o mesmo resultado


em todas as áreas do conhecimento. Uma estratégia de sucesso para as aulas de Mate-
mática pode não ser tão efetiva para a aprendizagem nas aulas de História, por exemplo.
O artigo Didáticas específicas são a chave do ensino – Didáticas específicas de cada
disciplina tornam mais claro o que e como ensinar traz estratégias didáticas para di-
versas disciplinas de diferentes áreas do conhecimento. Disponível em: https://novaes
cola.org.br/conteudo/1457/didaticas-especificas-sao-a-chave-do-ensino. Acesso em: 30
maio 2021.
Lembre-se de que, para acessar o artigo, o site solicita que você faça um cadastro.

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Saiba mais

Note que para o exercício da função é importante que o PCA tenha, além de uma boa
formação em sua área de conhecimento, uma robusta formação em conhecimentos ge-
rais; precisa ser um profissional que reflita constantemente sobre sua prática. Para saber
mais, você pode consultar o artigo: MASSUCATO, Muriele; MAYRINK, Eduarda Diniz. Uma
proposta de rotina para o coordenador pedagógico. Gestão Escolar, 17 abr. 2014. Dis-
ponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1407/uma-proposta-de-rotina-para-o
-coordenador-pedagogico. Acesso em: 30 maio 2021.
Sugerimos também o artigo: LUNARDELLI, Aline F.; TANAMACHI, Lara E.; LOPES JUNIOR,
Jair. Concepções de desenvolvimento e de aprendizagem no trabalho do professor. Psi-
cologia em estudo, v. 11, n. 3, p. 473-482. Maringá, set. /dez. 2006. Disponível em: https://
www.scielo.br/j/pe/a/VgZHrP8ZBtPSywncYYkD7mF/abstract/?lang=pt. Acesso em: 30
maio 2021.

Coordenar e orientar os professores na elaboração dos Planos Bimestrais e


dos Guias de Aprendizagem, em sua respectiva área
de conhecimento

Embora a Lei Complementar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012, traga nas atribuições


“Planos Bimestrais”, hoje, trabalhamos com “Plano de Ensino”.

Caro(a) cursista, você sabia que, logo no início do ano, os gestores e a comunidade
escolar se reúnem para a elaboração do Plano de Ação da escola, definindo as ações
que serão desenvolvidas durante o ano, visando o alcance das metas estabelecidas?
Pois é! Em seguida, com base no Plano de Ação da escola, cada gestor e cada pro-
fessor elaboram o seu Programa de Ação, no qual são detalhadas: suas atribuições e
competências alinhadas às Premissas do Modelo de Gestão do PEI; as prioridades a

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serem trabalhadas, mencionando as causas; o resultado esperado; e as ações a serem
desenvolvidas. Esse é o melhor momento para que todos os atores envolvidos no pro-
cesso educacional repensem suas práticas, pensando em quais objetivos pretendem
atingir em relação à aprendizagem dos estudantes.
A partir disso, os professores reúnem-se, cada um em sua área de conhecimento e
sob a orientação do PCA, para elaborar seus respectivos Planos de Ensino, os quais,
por sua vez, servem como base para a elaboração dos Guias de Aprendizagem. Nesse
sentido, o PCA é responsável por coordenar e orientar a produção dos Planos de En-
sino baseados no Currículo Paulista, bem como seus desdobramentos nos Guias de
Aprendizagem. Além disso, ele recorre ao Plano de Ação da escola, ao Programa de
Ação dos professores de sua área de conhecimento e aos Guias de Aprendizagem, em
elaboração, para organizar suas ATPCA e formar os docentes de sua respectiva área.

Plano de Ação é um documento de construção coletiva, de caráter democrático e par-


ticipativo, ou seja, elaborado por toda a comunidade escolar, e conduzido pelo Diretor
de escola, com o apoio do Supervisor de Ensino. Sua finalidade consiste em registrar
prioridades, metas, indicadores de aferição de resultados, prazos e estratégias para que
as escolas alcancem os resultados esperados. Disponível em: https://efape.educacao.sp.
gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/Plano-de-Acao-PEI.pdf. Acesso em:
26 jun. 2021.
Programa de Ação é um instrumento individual, de uso diário que auxilia os profissio-
nais da escola a refletir, registrar e operacionalizar os meios e processos que darão corpo
às metas traçadas no Plano de Ação. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/
ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/Programa-de-Acao-PEI.pdf. Acesso em: 29
jun. 2021.
Premissas: Protagonismo; Formação Continuada; Corresponsabilidade; Excelência em
Gestão e Replicabilidade. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointe
gral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_MP_VOL-UN_2021-Diagramado.pdf. Acesso
em: 29 jun. 2021.
Plano de Ensino não parte de um modelo, pois cada escola tem autonomia para fazer
o seu, de acordo com a sua necessidade. Também é importante destacar que, embora
a Lei Complementar n. 1.191, de 28 de dezembro de 2012, traga nas atribuições “Planos
Bimestrais”, hoje, trabalhamos com “Plano de Ensino”.
Guia de Aprendizagem é um documento elaborado bimestralmente pelos professores e
que organiza os objetos de conhecimento, as competências, as habilidades e as ativida-
des a serem desenvolvidas em cada um dos componentes curriculares; é um desdobra-
mento do Plano de Ensino dos professores, mas não o substitui. Disponível em: https://
efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/Guia-de-Aprendi
zagem_n02.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

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Vamos conhecer na prática essa atribuição?

Na prática

O Diretor Carlos, a Vice-Diretora Maria e a PCG Juliana, gestores de uma escola PEI, or-
ganizaram e conduziram reuniões, durante o planejamento, para a elaboração do Plano
de Ação. No decorrer das reuniões, foram levantados alguns pontos de atenção, como:
habilidades não alcançadas que ficaram evidentes a partir dos resultados das avalia-
ções, indisciplina e baixa frequência de alguns estudantes e a falta de funcionários.
Com base nesses apontamentos, os PCA Fábio, de Linguagens, Adriano, de Ciências
da Natureza e Matemática, e Luana, de Ciências Humanas, fizeram o alinhamento
para planejarem e organizarem as suas ATPCA.
Nas ATPCA, os três PCA deram orientações aos docentes de sua área para que prepa-
rassem os seus Planos de Ensino. Fábio lembrou que eles, como docentes, além de
PCA, também deveriam fazer os seus próprios planos.
Nessas ATPCA, os PCA destacaram, do Plano de Ação da escola, as fragilidades que
seriam de responsabilidade ou corresponsabilidade docente para se aprofundarem e
incentivarem os professores a endereçá-las na elaboração de seus Planos de Ensino,
com o objetivo de recuperar as dificuldades de aprendizagem dos estudantes.
Os PCA lembraram que o Guia de Aprendizagem, por ser um desdobramento do Pla-
no de Ensino, deve conter, além dos Princípios e Premissas do PEI, a justificativa sobre
o percurso de aprendizagem do bimestre, os objetivos, os objetos de conhecimento
do componente curricular, as competências socioemocionais, as habilidades a serem
desenvolvidas, os temas transversais, bem como as referências bibliográficas que se-
rão trabalhadas no bimestre.
Após o alinhamento, cada PCA discutiu com os professores de sua área, sugerin-
do que todos elaborassem seus Guias de Aprendizagem (https://efape.educacao.
sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/Guia-de-Aprendizagem_n02.
pdf), os quais seriam afixados dentro da sala de aula e em outro painel para que
toda a comunidade escolar tivesse acesso e os estudantes pudessem acompanhar
o seu aprendizado durante o ano letivo.

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Princípios: Os Quatro Pilares da Educação para o Século XXI; Pedagogia da Presença;
Educação Interdimensional; Protagonismo Juvenil.
Premissas: Protagonismo; Formação Continuada; Corresponsabilidade; Excelência em
Gestão e Replicabilidade.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em ação. Caderno do gestor:
Modelo pedagógico e de gestão do Programa Ensino Integral. 2021. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_
MP_VOL-UN_2021-Diagramado.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

Cursista, veja como o trabalho do PCA está articulado com todo o trabalho da unidade
escolar e como a elaboração dos instrumentos de gestão norteia todo esse trabalho!
Vamos ver um pouco mais na atividade a seguir.

2. Caro(a) cursista, você já teve contato com um Guia de Aprendizagem? Como você
pôde perceber, os Guias de Aprendizagem são instrumentos importantes para com-
preender o que ensinar, por parte dos professores, e o que aprender, por parte dos
estudantes, tornando-os protagonistas de sua aprendizagem.
Nesta atividade, você terá contato com alguns itens que compõem um Guia de
Aprendizagem. Faça uma associação dos itens abaixo, relacionando o campo do
Guia de Aprendizagem a sua respectiva descrição.

1 – Objetos de conhecimento
2 – Situação de aprendizagem e habilidades
3 – Competências socioemocionais
4 – Temas transversais
5 – Atividades didático-cooperativas
6 – Princípios e Premissas
( ) Preencher com os conteúdos das situações de aprendizagem referentes ao bimestre.

( ) Descrever apenas o tema transversal que será trabalhado nas situações de apren-
dizagens no bimestre. Ex.: Meio Ambiente, Saúde, Ciência e Tecnologia etc.

( ) Escrever apenas as competências socioemocionais que serão trabalhadas nas si-


tuações de aprendizagens no bimestre. Ex.: Autogestão, resiliência emocional,
abertura ao novo, entre outras.

( ) Preencher com o nome das situações de aprendizagem e as habilidades para


desenvolver com os estudantes ao longo do bimestre.

( ) Descrever apenas as atividades que serão trabalhadas no bimestre. Ex.: Seminá-


rios, participação em fóruns e debates etc.

( ) Descrever apenas o que será trabalhado nas situações de aprendizagem. Ex.: Prota-
gonismo, formação continuada, corresponsabilidade, quatro pilares da Educação etc.

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Dica

Cursista, note que os Guias de Aprendizagem informam para os estudantes sobre “o


quê” e “como”, ou seja, quais habilidades, objetos de conhecimento e temas serão traba-
lhados e de que forma, preparando-os para o exercício de seu protagonismo em face dos
desafios que estão sendo apresentados. Esse processo ocorre pois os Guias:
• orientam o processo de ensino e aprendizagem de cada componente curricular;

• trazem as atividades que serão desenvolvidas;

• apontam se as atividades ocorrerão em grupos ou por meio de estudos individuais;

• fornecem fontes e referências de pesquisa;

• sugerem atividades complementares.

Vamos conhecer o depoimento de Aline Scapin Muniz, PCA de Ciências da Natureza


e Matemática da Escola Estadual Nestor de Camargo, da DER Itapevi: https://youtu.be/
a8Ax1MlgeFE.

Organizar as atividades de natureza interdisciplinar e multidisciplinar, em


sua respectiva área de conhecimento, de acordo com o Plano de Ação

Cursista, de acordo com o Currículo Paulista, a Educação Integral é a base para a forma-
ção dos estudantes em suas dimensões intelectual, física, socioemocional e cultural.
O foco do Currículo Paulista está na autonomia e na mobilização de competências,
desde construir pontos de vista em face do grande número de informações que os
estudantes recebem até buscar soluções criativas e fazer escolhas coerentes com os
seus Projetos de Vida.

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Nesse sentido, é importante que a escola ofereça condições e ferramentas para aces-
sar diferentes conhecimentos e fontes de informação e interagir criticamente com
eles. Os estudantes devem ter espaço assegurado para debater, argumentar e realizar
escolhas, projetando o seu futuro. Isso só ocorrerá se a abordagem for na perspectiva
de resolução de problemas da atualidade e da realidade em que os estudantes estão
inseridos, possibilitando o desenvolvimento do protagonismo juvenil.
A escola tem o compromisso de estimular a reflexão e a análise crítica dos estudantes
em relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. É, tam-
bém, imprescindível que a escola incorpore as mais novas linguagens e seus modos
de funcionamento, possibilitando o contato com diversas formas de comunicação e
suas manipulações, desenvolvendo uma participação mais consciente na cultura digi-
tal. Entretanto, esse processo exige a articulação de competências cognitivas e socio-
emocionais, para que os estudantes possam ser protagonistas do seu conhecimento.
Assim, o trabalho do PCA, no sentido de organizar as atividades de natureza interdisci-
plinar e multidisciplinar em sua respectiva área de conhecimento, de acordo com o Pla-
no de Ação, é fundamental para o desenvolvimento das competências dos estudantes.
Portanto, o PCA deve orientar os seus pares, para que desenvolvam atividades que:

permitam aos estudantes tomarem decisões;

estimulem os estudantes a se comprometerem com a pesquisa de informações e ideias;

envolvam os estudantes com diferentes interesses e níveis de conhecimento;

incentivem a aplicação de processos intelectuais a novas situações;

permitam a acolhida dos interesses dos estudantes para que se comprometam pes-
soalmente, entre outras coisas.

Tome nota

O PCA deve estimular o trabalho inter/multidisciplinar junto aos seus pares, com o obje-
tivo de fomentar nos estudantes a motivação para aprender algo a partir de questões e
problemas desafiadores e que tenham significado para eles.
Além disso, o trabalho inter/multidisciplinar propicia que os estudantes realizem conexões
entre as áreas do conhecimento e seus respectivos componentes curriculares, bem como
demonstrem criatividade, ampliem a atenção a problemas do entorno e outros, desper-
tando a atenção e levando a uma maior compreensão dos objetos de conhecimento.
O PCA, nas ATPCA, orienta os seus pares no desenvolvimento desse trabalho, estimulan-
do, nos estudantes, o espírito de investigação e a capacidade de produzir argumentos
convincentes, para compreender e atuar no mundo.

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Caro(a) cursista, vamos nos aprofundar mais sobre essa atribuição na prática?

Na prática

Durante as ATPCA, os PCA Fábio, Adriano e Luana discutem com os docentes de suas
respectivas áreas sobre como elaborar atividades que trabalhem a inter/multidiscipli-
naridade, visando superar as fragilidades apontadas no Plano de Ação da escola. Os
PCA perceberam que alguns de seus pares tinham dúvidas sobre como trabalhar a
inter/multidisciplinaridade.
Os PCA utilizaram o exemplo do Método PDCA para explicar como a inter/multidis-
ciplinaridade poderia ser trabalhada em um esforço conjunto entre as áreas, come-
çando com o ato de Planejar. Para que uma atividade seja desenvolvida, é preciso
um diálogo entre as áreas para levantar objetos do conhecimento que possam ser
abordados entre os componentes. Depois de planejar, elaboram-se as atividades, co-
locando em prática o que foi produzido, mantendo um diálogo contínuo entre as
áreas. Em seguida, verifica-se se todos os objetivos estão sendo contemplados ou se
precisam de mudança de rumos.
Adriano citou as Eletivas como um exemplo para trabalhar com a inter/multidiscipli-
naridade. Ele mostrou que os docentes das Eletivas, com base nos sonhos dos estu-
dantes, elaboram sua temática que deve estar alinhada aos seus anseios e Projeto de
Vida. Ainda mencionou uma Eletiva em que Matemática e Língua Portuguesa eram
trabalhadas nesse componente curricular. A partir desse exemplo, os docentes de to-
das as áreas de conhecimento, orientados pelos PCA, começaram a planejar ativida-
des, verificando como seria possível articular os componentes curriculares de forma
a garantir a construção de um tipo de saber, por parte dos estudantes, que, para sua
efetivação, necessita de conhecimentos de dois ou mais componentes curriculares,
caracterizando a inter/multidisciplinaridade.

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Método PDCA é o modelo de gestão estruturado a partir do método PDCA (Plan, Do,
Check, Act – Planejar, Fazer, Checar, Agir).
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em ação. Caderno do gestor:
Modelo pedagógico e de gestão do Programa Ensino Integral. 2021. p. 8. Disponível
em: https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_
GE_MP_VOL-UN_2021-Diagramado.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

Que tal, agora, partir para a atividade?

3. Cursista, você verificou que, para organizar as atividades de natureza inter/multidisci-


plinar, é preciso articular com as outras áreas do conhecimento. Como PCA, o que você
faria para que essa articulação acontecesse? Indique a(s) alternativa(s) adequada(s).
a) Agendaria um alinhamento com o PCG e os PCA para tratar dos projetos a serem
desenvolvidos.

b) Sugeriria uma ATPCG para a integração entre as áreas de conhecimento.

c) Organizaria as atividades de natureza inter/multidisciplinar da sua área de


conhecimento.

d) Pediria a todos os docentes de todas as áreas de conhecimento que organizas-


sem atividades de natureza inter/multidisciplinar.

Dica

Para saber mais sobre interdisciplinaridade, leia o artigo:


PADIAL, Karina; SCACHETTI, Ana Ligia; FRANCO, Carla de. Interdisciplinaridade: Como a
coordenação pedagógica atua na articulação de projetos que envolvem mais de uma
área. Gestão Escolar, n. 44, fev. 2016. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo
/8081/interdisciplinaridade. Acesso em: 29 jun. 2021.

21
Substituir, preferencialmente na própria área de conhecimento, sempre que
necessário, os professores da Escola em suas ausências e nos impedimentos
legais de curta duração

Cursista, você já conheceu algumas atribuições do PCA. Agora, nos aprofundaremos


na atribuição em que ele pode substituir um colega docente.
Vamos ver como isso ocorre?
De acordo com a Resolução SE n. 10/2020, em seu artigo 13, inciso III, a substituição dos
integrantes do Quadro do Magistério seguirá a seguinte ordem:

docentes com menor carga horária de aulas atribuídas;

docentes da mesma área de conhecimento;

docentes de outra área de conhecimento;

Professor Coordenador de Área da mesma área de conhecimento;

Professor Coordenador de Área com menor carga horária de aulas atribuídas.

Resolução SE n. 10/2020: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Resolução SE


n. 10, de 22 de janeiro de 2020. Dispõe sobre a gestão de pessoas dos integrantes do
Quadro do Magistério nas escolas estaduais do Programa Ensino Integral (PEI), que ofer-
tam os Anos Finais do Ensino Fundamental e/ou Ensino Médio e dá providências cor-
relatas. Disponível em: http://siau.edunet.sp.gov.br/ItemLise/arquivos/RESOLU%C3%87%
C3%83O%20SE%2010%20.HTM. Acesso em: 5 jul. 2021.

22
Entretanto, caberá ao Diretor de Escola definir previamente, junto à equipe gestora,
as atividades de docência que serão exercidas pelos PCA com base nas prioridades
do Plano de Ação da escola, considerando a necessidade de eventual substituição de
professores ausentes.
Em caso de ausência superior a 15 (quinze) dias, exceto licença-adoção ou gestante
(art. 12 da Resolução SE n. 10/2020), o docente designado Professor Coordenador da
mesma área de conhecimento poderá atuar exclusivamente como docente na subs-
tituição, em quadro provisório de atribuição das aulas, até o término do afastamento
do professor substituído, sem prejuízo da própria designação como PCA.
Durante as ATPCA, os PCA elaboram com os seus pares um portfólio com atividades
interdisciplinares, tendo uma temática em comum e utilizando metodologias ativas,
como quiz, jogos lúdicos, entre outras, para serem usadas no caso de substituições
docentes num trabalho em conjunto no qual todos colaboram para essas produções.
Pronto para ver isso na prática?

Na prática

A professora do componente curricular de Língua Portuguesa, Daniela, fraturou o


dedo mínimo do pé, por isso entrou em licença-saúde por 30 dias. O Diretor Carlos, ao
receber a notícia, chamou o PCA da área de Linguagens, Fábio, para esclarecer como
se daria a substituição nesse período de 30 dias, já que a professora em questão tinha
32 aulas atribuídas. Como a licença-saúde era superior a quinze dias, o Diretor escla-
receu que caberia a Fábio substituir parte dessas aulas, uma vez que o PCA já possui
16 aulas atribuídas. As demais aulas seriam distribuídas entre os docentes da mesma
área de conhecimento.
O PCA Fábio manifesta preocupação junto ao Diretor sobre o receio de ser prejudica-
do em sua coordenação. Carlos o tranquiliza, dizendo que não será prejudicado, pois a
substituição das aulas em questão faz parte de suas atribuições.
Fábio lembra que os professores já elaboraram um banco de atividades relacionadas
aos componentes curriculares de sua área. Enfatiza que, com base em um tema em
comum, cada um direcionou atividades dentro de seu componente curricular. Exem-

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plificou com uma atividade que envolveu não só o componente curricular Educação
Física, mas também os outros, na qual se optou por trabalhar com um texto sobre saú-
de física, abordando a questão do consumo exagerado de açúcar presente nos produ-
tos ultraprocessados como bolachas recheadas, refrigerantes, batatas fritas etc. Em
Língua Portuguesa foi abordada a questão do gênero informativo sobre consumo de
alimentos ultraprocessados; em Arte explorou-se o anúncio publicitário desses tipos
de alimentos e seu forte apelo ao consumo; em Língua Estrangeira Moderna, o apelo
às marcas de alimentos estrangeiras que fazem parte de nosso cotidiano.
Fábio ainda destacou que o trabalho colaborativo dos professores estimula, também,
a interdisciplinaridade, facilitando o desenvolvimento das habilidades em defasagem
e fortalecendo a formação continuada dos docentes.
Ao final da reunião, Fábio agradeceu ao diretor e disse sentir-se preparado para subs-
tituir a Professora Daniela.
Bem, cursista, agora, a atividade é com você!

4. O PCA de Linguagens substituirá o professor de Educação Física. De acordo com


a Lei Federal n. 9.696/1998, art. 1o, e com a Lei Estadual n. 11.361/2003, as atividades
físicas só podem ocorrer com o professor formado em Educação Física e que possui
o registro do Conselho Regional de Educação Física (CREF). Como em ATPCA já foi
discutido sobre possíveis substituições docentes, os professores elaboraram um rol
de atividades para essas ocasiões.
Você, como PCA de Linguagens que tem de substituir o Professor de Educação Fí-
sica, escolheria que tipo de atividade para desenvolver com os estudantes? Assinale
quais atividades das alternativas a seguir você escolheria para trabalhar:
a) Atividades com temas interdisciplinares como saúde e bem-estar.

b) Quiz com os estudantes na sala de aula sobre saúde mental.

c) Atividades físicas com os estudantes na quadra.

Lei Federal n. 9.696/1998: BRASIL. Lei n. 9.696, de 1o de setembro de 1998. Dispõe sobre a
regulamentação da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal
e Conselhos Regionais de Educação Física. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L9696.htm. Acesso em: 29 jun. 2021.
Lei Estadual n. 11.361/2003: SÃO PAULO (Estado). Lei n. 11.361, de 17 de março de 2003.
Dispõe sobre a obrigatoriedade da disciplina de Educação Física. Disponível em: https://
www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2003/lei-11361-17.03.2003.html. Acesso em: 29
jun. 2021.

24
Participar da produção didático-pedagógica, em conjunto com os
professores da Escola

Cursista, você sabe o que é uma produção didático-pedagógica e como ela é produzida?
Todo educador precisa estar atento para que os estudantes tenham as mesmas
oportunidades de se desenvolverem e atuarem nos múltiplos contextos que a es-
cola oferece. Por isso, é importante a participação dos docentes em produções
didático-pedagógicas.

A produção didático-pedagógica

Abrange desde a organização e a seleção de material didático até a elaboração de


atividades pertinentes ao seu objeto de estudo/problema, de acordo com o compo-
nente curricular.

Deve traduzir os preceitos teóricos em atividades, por meio de uma abordagem práti-
ca, ou seja, a ação permeada pela reflexão teórica. Tal elaboração é também uma pro-
posição com intenção cooperativa entre o professor e seus pares, entre o professor e os
gestores ou entre o professor e os estudantes, pois visa a contribuição mútua.

Assume sua particularidade ao diferenciar-se, por exemplo, do livro didático, uma


vez que o autor é também o sujeito que fará uso da produção no momento da sua
implementação na escola. É, portanto, o resultado de todo um planejamento pauta-
do em uma concepção de ensino-aprendizagem, com objetos de conhecimento e
encaminhamentos teórico-metodológicos específicos dos componentes curricula-
res dos docentes.

Dentro das escolas do PEI, os professores dos componentes curriculares da Forma-


ção Geral Básica e da Parte Diversificada/Itinerários Formativos, apoiados pelos PCG
e PCA, definem e validam ações/atividades de cunho didático-pedagógico para aten-
der às prioridades, aos objetivos e às metas do Plano de Ação da escola, nos seus com-
ponentes curriculares e nas salas de aula.

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Nesse contexto, o PCA monitora suas ações e as ações dos professores da sua área
quanto às suas realizações e verifica se as metas são atingidas, com as boas práticas
sendo compartilhadas nos componentes curriculares.
O PCA sabe que a produção não é, nem pode ser, uma simples tarefa aleatória do pro-
fessor para cumprimento de uma exigência do Programa. Para que se consiga realizar
essa produção a contento, é necessário contemplar alguns itens, como:

foco nas fragilidades apontadas no Plano de Ação para a melhoria do ensino e


da aprendizagem;

articulação com o Plano de Ação da escola;

relação com os componentes curriculares da área de conhecimento, quando


possível, não esquecendo da adequação da linguagem, da forma e do conteúdo
ao público a que se destina;

elaboração de atividades/produção didático-pedagógica incorporadas às práti-


cas pedagógicas e contextos da escola a partir do uso de metodologias ativas;

explicitação dos tipos de avaliação;

indicação de referências bibliográficas, entre outras coisas.

Para um bom desenvolvimento dessas atividades é preciso fazer uso das metodolo-
gias ativas de aprendizagem, como a sala de aula invertida. Nos próximos módulos,
exploraremos as metodologias ativas.

Metodologia ativa se caracteriza pela inter-relação entre educação, cultura, sociedade,


política e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados
na atividade do aluno com a intenção de propiciar a aprendizagem.
BACICH, Lilian, MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovado-
ra: uma abordagem teórico-prática [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 17.

Sala de aula invertida: MIRANDA, Joanna. O que é Sala de Aula Invertida? Futura, 27 mar.
2018. Disponível em: https://www.futura.org.br/trilhas/o-que-e-sala-de-aula-invertida/.
Acesso em: 29 jun. 2021.

26
Importante

O PCA deve estimular o professor, na elaboração dessas atividades, a fazer uso das me-
todologias ativas, pois são ferramentas excelentes para desenvolver sua autonomia, cri-
ticidade e criatividade no sentido de construir materiais diferenciados e específicos para
determinada situação pedagógica. Por esse motivo, a participação do PCA, tanto na ela-
boração quanto no desenvolvimento dessas atividades a partir das metodologias ativas,
é essencial para que se obtenha o sucesso esperado, isto é, a melhoria da aprendizagem
dos estudantes. Com o uso das metodologias ativas, os professores deixam de trabalhar
exclusivamente com a aula expositiva, tendo um leque de opções para que as aulas se-
jam interessantes e motivadoras.

Coordenar esse trabalho não é fácil, não! Vamos ver como é na prática?

Na prática

Durante o Planejamento e após a construção do Plano de Ação da escola, a PCG


Juliana reúne os docentes para planejarem atividades didático-pedagógicas que es-
tejam alinhadas às necessidades apontadas no referido plano, com vistas a garantir
a articulação delas com os diversos componentes curriculares.
Os PCA Fábio, Adriano e Luana participam dessa produção, procurando não só ela-
borar as atividades para os componentes curriculares que lecionam, mas também se
apropriar de subsídios para as suas ATPCA.
Fábio, Adriano e Luana procuram desenvolver suas ações em conformidade com os
fundamentos do Currículo Paulista e do PEI, que colocam o estudante como prota-
gonista da sua aprendizagem. Eles procuram fazer com que o material elaborado
esteja vinculado aos diferentes componentes curriculares e aos Princípios e Premis-
sas do Programa.

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Para isso, eles reúnem os materiais didático-pedagógicos disponíveis na unidade es-
colar para o planejamento das atividades, além de se debruçarem sobre as metodo-
logias ativas a serem empregadas nas produções elaboradas. Fábio, Adriano e Luana
perceberam que a aprendizagem baseada em problemas foi uma das metodologias
que apareceu em quase todas as atividades planejadas pelos professores.
Além disso, eles entendem que o trabalho em conjunto proporciona a todos os do-
centes subsídios teóricos e práticos, oportuniza a melhoria do processo educativo,
bem como possibilita aos estudantes ampliarem seus conhecimentos e desenvolve-
rem habilidades.
Ao final das discussões, os docentes registram, em documento relativo à produção
didático-pedagógica, o que foi acordado entre os pares, e os PCA analisam o que
foi produzido, em ATPCA compartilham com os pares e, se for necessário, realizam
os acertos.
Os PCA Fábio, Adriano e Luana lembram que a produção das atividades didático-pe-
dagógicas, que se iniciou no planejamento, deve ocorrer durante todo o ano letivo, em
todos os momentos das ATPCA. Eles enfatizam a importância do uso do PDCA como
metodologia de gestão, envolvendo todos os professores, pois cria condições efetivas
para o debate e a construção do saber pedagógico.

Cursista, você pôde conhecer um pouco sobre o papel do PCA como coordenador e
como professor na produção didático-pedagógica, juntamente com os seus pares da
escola.
Pronto para a atividade?

5. Das afirmações a seguir, assinale (V), se for verdadeiro, e (F), se for falso. Os itens que
caracterizam uma boa atividade didático-pedagógica devem conter:
( ) apenas uma forma de avaliação.

( ) atividades usando metodologias ativas.

( ) somente atividades interdisciplinares.

( ) atividades usando linguagem adequada ao seu público-alvo.

( ) estratégias para melhorar as habilidades fragilizadas apontadas no Plano de


Ação da Escola.

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Dica

Ao longo do planejamento, da elaboração e do desenvolvimento de toda e qualquer pro-


dução didático-pedagógica, é importante ouvir o feedback dos estudantes sobre o que
vem sendo feito. Não convém seguir um planejamento didático-pedagógico que não
está trazendo os resultados esperados.

Saiba mais

Para saber mais sobre o planejamento didático-pedagógico, consulte:


VALE, Leandra Mendes do. Planejamento Didático Pedagógico: A arte de ensinar. Dis-
ponível em: https://cdn2.hubspot.net/hubfs/6570673/e-book-Planejamento_Didtico_Pe
dagogico.pdf. Acesso em: 29 jun. 2021.

Avaliar e sistematizar a produção didático-pedagógica no âmbito da Escola,


em sua respectiva área de conhecimento

Cursista, você deve estar se perguntando se esta atribuição é a mesma da anterior.


Observe que, enquanto na atribuição anterior tratamos da participação do PCA,
como docente, na produção didático-pedagógica, nesta ele desempenhará o papel
de coordenador que vai avaliar e sistematizar a produção didático-pedagógica, em
sua respectiva área de conhecimento.
Existem várias formas e recursos que o PCA pode utilizar para avaliar e sistematizar a
produção docente; por exemplo: durante as ATPCA, por meio de portfólio produzido
pelos professores, atendimentos individuais em sua Hora de Estudo, observação de
aula, entre outros. Entretanto, o nosso foco será a observação de aula.

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A observação de aula, quando aplicada de maneira a acompanhar e formar o docente em
sua trajetória profissional, contribui na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

Ao iniciar o ano letivo, o PCA organiza, com sua equipe de área, as observações de sala
de aula e, para facilitar, utiliza o método PDCA – que oportuniza aos docentes planejar,
desenvolver, monitorar e avaliar os resultados alcançados –, com o objetivo de corrigir
os rumos e tomar novas decisões, tornando as ações pedagógicas mais efetivas e pos-
sibilitando o cumprimento das metas estabelecidas.
Assim, após a elaboração da produção didático-pedagógica e utilizando o PDCA, o
PCA avalia, junto com os docentes, o que foi elaborado e, quando necessário, reela-
bora as atividades, para que se possam alcançar os resultados esperados. O PCA tam-
bém fornece orientação para as atividades que envolvam um ou mais componentes
curriculares da área de conhecimento.
Se, no decorrer do bimestre, o PCA perceber que determinada atividade não se de-
senvolve a contento, ele faz as intervenções junto aos professores envolvidos, para que
verifiquem onde está a dificuldade e, se for o caso, redimensionem a atividade envol-
vendo ou não outros componentes curriculares.

O PDCA é um método valioso para que o PCA faça a avaliação e a sistematização da pro-
dução didático-pedagógica de seus docentes.

Como o PCA realiza a observação de aula na prática?

Na prática

Na ATPCA, o PCA de Linguagens, Fábio, combina com os docentes de sua respectiva


área de conhecimento que fará observação de aula, com o objetivo de contribuir para
a melhoria da atividade docente e, por conseguinte, do ensino e da aprendizagem.

30
Fábio afirma que outro objetivo da observação é fornecer subsídios para que ele possa
preparar as formações das ATPCA. O PCA reforça, ainda, que a observação de aula é
realizada com o intuito de apoiar o trabalho dos professores para seu aprimoramento
e não “fiscalizar” o que ocorre na sala de aula.
O PCA Fábio esclarece que a observação de aula é uma forma de auxiliar o desenvol-
vimento do trabalho do professor. Enfatiza, ainda, que a observação de aula promove
a reflexão sobre a prática docente, com vistas à melhoria da ação educativa.
Fábio lembra a todos que ele, como professor, também é observado em aula pelo PCG
e que essas observações são combinadas previamente, esclarecendo o que será obser-
vado e quando, de acordo com o “Protocolo de Acompanhamento de Aula” (Anexo 1).
Após a observação, é dado o feedback individual, podendo ser ou não compartilhado
com o seu grupo, mas tudo feito com a anuência do docente.
A Professora de Arte, Carina, fala que o PCA Fábio já havia feito a observação de suas
aulas no ano anterior. Ela diz que recebeu feedbacks pontuais e formativos e sentiu
o reconhecimento pelo seu trabalho, valorizando sua metodologia, suas atividades e
desempenho. Também teve a oportunidade de esclarecer em quais aspectos didáti-
co-pedagógicos ela poderia aprimorar o trabalho. Ela afirma, “Portanto, Fábio, se você
quiser, pode observar a minha aula!”.
Depois da fala da Carina, Fábio socializa o documento “Protocolo de Acompanhamen-
to de Aula”, no qual serão escolhidos os itens a serem priorizados na observação, uma
vez que o referido documento está organizado em 4 itens:

Aspectos organizacionais;

Aspectos pedagógicos;

Relação professor/aluno;

Avaliação das aprendizagens.

Ele combina com os professores que, neste momento, enfatizará o item 2 do “Protoco-
lo de Acompanhamento de Aula” – Aspectos Pedagógicos.
Dos aspectos pedagógicos, Fábio observará se o conteúdo abordado do currículo vai
ao encontro das vivências dos estudantes. Outro ponto a ser observado será quanto
aos processos e estratégias de ensino-aprendizagem, isto é, se há proposta de ativida-
des de apoio a estudantes de diferentes níveis, diversificando estratégias para atender
às necessidades de todos. Ainda reitera que a observação de aula não se esgota nesse
momento e nesse item, mas que se prolonga durante todo o ano letivo.

31
Em seguida, o PCA Fábio aborda como será o feedback, esclarecendo que o foco está
sempre no que foi observado durante o desenvolvimento da aula, pois o que interessa
é o fazer pedagógico do professor e a aprendizagem dos estudantes.
Para encerrar, Fábio retoma a discussão sobre a observação de aula, destacando que
ela também permite avaliar as produções/atividades elaboradas pelos docentes, com
base no que está posto no Plano de Ação da escola. Isso possibilita a mudança de ru-
mos, se necessário, e contribui para a reconstrução constante dos saberes docentes,
partindo da perspectiva crítico-reflexiva da prática pedagógica e buscando o seu de-
senvolvimento profissional.
Agora é com você, cursista!

6. Cursista, você teve a oportunidade de conhecer uma importante atribuição do PCA:


a avaliação e a sistematização das produções didático-pedagógicas dos docentes.
Também conheceu um instrumento essencial para realizar o acompanhamento e a
avaliação do trabalho docente, a observação de aula.
Das situações a seguir, assinale as que se relacionam com uma boa observação de
aula:
a) O PCA informa quais professores terão suas aulas observadas na semana.

b) O PCA observa a aula de um docente e, na ATPCA, utiliza como exemplo os itens


que devem ser melhorados.

c) O PCA combina com os docentes em ATPCA quem, quando e o que será obser-
vado a partir de um protocolo que é de conhecimento de todos.

d) O PCA recebe o docente observado e faz o feedback destacando os pontos positi-


vos da condução da aula e os pontos de atenção por meio de um diálogo formativo.

Dica

Além de possibilitar conversar com o docente sobre as boas práticas e outros aspectos
que precisam ser melhorados, as informações colhidas na observação de aula são maté-
ria-prima para a formação continuada dos docentes nas ATPCA.

32
Saiba mais

Leia os artigos:
HEIDRICH, Gustavo. Como fazer observação de sala de aula. Nova Escola Gestão, 1o jul.
2010. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/620/como-fazer-observacao
-de-sala-de-aula. Acesso em: 29 jun. 2021.
CECÍLIO, Camila. Coordenação pedagógica: a importância da observação de sala de aula
e do acompanhamento no ensino remoto. Nova Escola, 26 abr. 2021. Disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/20294/coordenacao-pedagogica-a-importancia-da
-observacao-de-sala-de-aula-e-do-acompanhamento-no-ensino-remoto. Acesso em: 29
jun. 2021.

Caro(a) cursista, até aqui você conheceu as atribuições do PCA. Agora, você poderá
acompanhar a articulação do PCG com o PCA.

33
Unidade  3

Articulação do PCA com o PCG – Um trabalho em conjunto que


contribui para o desenvolvimento e a consolidação do PEI

As escolas do PEI contam, em seu Quadro do Magistério, com as funções do PCG e do


PCA. A articulação entre eles é fundamental para que se alcancem as metas traçadas
no Plano de Ação da escola.
Vamos vivenciar um pouco dessa articulação entre PCG e PCA durante uma ATPCG
na prática.

Na prática

A PCG Juliana sabe que uma de suas responsabilidades é orientar e acompanhar o


trabalho de cada um de seus PCA: Fábio, de Linguagens, Adriano, de Ciências da Na-
tureza e Matemática, e Luana, de Ciências Humanas. Sua preocupação é garantir o

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alinhamento das estratégias e das ações descritas no Plano de Ação da escola, consi-
derando os resultados da Avaliação Diagnóstica de Entrada (ADE), das Avaliações de
Aprendizagem em Processo (AAP) e das Avaliações elaboradas na própria escola, para
alcançar a melhoria da aprendizagem dos estudantes.
Tomando por base os resultados das avaliações institucionais, Juliana alinha com os
PCA e com os professores as ações que poderão elaborar para trabalhar com as difi-
culdades apresentadas pelos estudantes. Nessa discussão, Juliana questiona os PCA e
os professores sobre quais serão as habilidades e os objetos de conhecimentos desen-
volvidos, lembrando que eles devem estar alinhados aos Princípios e às Premissas do
PEI para atender às prioridades, aos objetivos e às metas traçados no Plano de Ação
da escola.
Para isso, Juliana usa como exemplo o gráfico “Relatório de Análise por Questão”, des-
tacando a questão 7 da ADE de Língua Portuguesa da 1a série do Ensino Médio, na
qual os estudantes apresentaram dificuldade, não conseguindo reconhecer efeitos
de ironia ou humor em um texto. Solicita então ao PCA de Linguagens, Fábio, que
comente com o grupo o porquê de os estudantes terem encontrado dificuldade em
responder à questão.

Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. SED: Foco Aprendizagem, Resultados bimestrais,
Relatório de Análise de Questões, 2020.

Habilidade: LP116 – Reconhecer efeitos de ironia e/ou humor em um texto.


“Anedota sem graça
Era uma vez um lobo vegetariano
que não gostava de carne.
Quando encontrou um homem que caçava animais,
ficou impressionado
e achou um absurdo um ser vivo matar outro ser vivo.

O efeito de ironia no poema deve-se...”

(Adaptado pela equipe de autores a partir do poema “Anedota Búlgara”, de Carlos


Drummond de Andrade.)

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Alternativas
A: ao fato de se contar uma anedota em forma de poema.
B: ao personagem achar natural um homem caçar outro ser vivo.
C: à forma de se iniciar o poema com “Era uma vez”, como em contos de fada.
D: ao espanto do lobo vegetariano, ao saber que o homem, que é um ser vivo, é capaz de
caçar outro ser vivo.
E: à ocorrência bastante incomum de um lobo que é vegetariano.
Porcentagem de estudantes que assinalaram cada alternativa
A: 7,98%
B: 6,75%
C: 20,25%
D: 48,47% (alternativa correta)
E: 16,56%

Na ATPCG, Fábio explica que o objeto de aprendizagem em questão é a figura de lin-


guagem ironia e o efeito de sentido que ela provoca nos textos. A questão pedia aos
estudantes que, no poema “Anedota sem graça”, percebessem a ironia presente nos
três últimos versos: “Quando encontrou um homem […] ser vivo matar outro ser vivo.”.
Ainda destacou que a alternativa D, a correta, foi a mais assinalada pelos estudantes,
entretanto a alternativa C foi a segunda mais assinalada.
Duas hipóteses foram levantadas pelos professores de Língua Portuguesa para o fato
de os estudantes terem assinalado a alternativa C:

Como o poema iniciava com a expressão “Era uma vez”, típica do início dos “con-
tos de fadas”, os estudantes acreditaram que seria uma ironia, pois, normalmen-
te, um poema não começa dessa forma.

Os estudantes têm dificuldade em reconhecer o uso da ironia no texto, uma vez


que trabalha com o “duplo sentido”, isto é, as palavras têm outro significado que
não está claro à primeira vista.

A professora de Língua Portuguesa, Daniela, chamou atenção que nessa questão os


estudantes deveriam perceber que a ironia está no fato de que o lobo é vegetariano,
um ser vivo, e fica surpreso que um homem, ser vivo também, possa caçar outro ser
vivo, fato que os estudantes não conseguiram compreender. Enfatizou que os estu-
dantes não conseguiram entender que o início do poema também é uma ironia, pois
não se trata de um conto de fadas no qual o lobo mau “devora as pessoas”, e sim uma
forma de o eu lírico ironizar quem, de fato, é mau. Isso pode ser constatado pelo tí-
tulo “Anedota sem graça” e pelo fato de o lobo ser vegetariano, portanto não ser de

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sua natureza comer carne, e o homem ser carnívoro por natureza, gostando de caçar
qualquer ser vivo.
A PCA Luana, de Ciências Humanas, destacou que a ironia, presente no título, remete
ao fato de que, em tese, toda piada/anedota leva ao riso, mas no caso isso não aconte-
ce, pois há a referência ao fato de que o homem como um ser vivo e pensante é capaz
de matar outro ser vivo.
O PCA Adriano expôs que os estudantes, às vezes, não entendem o que está sendo
pedido nos enunciados.
O professor de Física, Gabriel, lembrou que, ao trabalhar Dinâmica com uma turma da
1a série, utilizando o recurso de linguagem “tirinhas”, percebeu que poderia ter apro-
veitado o ensejo para o desenvolvimento da habilidade em foco. Ele apresentou a
seguinte tirinha ao grupo.

Gabriel explicou que, ao lerem a tirinha, muitos estudantes tiveram dificuldade em


perceber a ironia ali contextualizada. Continuou falando que, quando estudamos a
queda dos corpos na Terra, em Dinâmica, no Ensino Médio, desprezamos os efeitos da
resistência do ar; isso simplifica o estudo e as equações. Entretanto, é uma estratégia
para a construção do conhecimento, pois partimos dos casos simplificados e, à me-
dida que avançamos na escolaridade, vamos aperfeiçoando os modelos explicativos
para a compreensão da Natureza.
A PCG Juliana aborda a importância da articulação entre todos os docentes das áreas
de conhecimento, uma vez que o conhecimento não é compartimentado e só há
aprendizagem quando ele vem articulado com os demais, isto é, quando faz senti-
do para o estudante, quando ele consegue relacionar os objetos de conhecimento
que está estudando. Ainda chama a atenção para os indicadores que são importantes

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para acompanhar o trabalho de cada componente curricular, de cada área de conhe-
cimento e da escola como um todo, monitorando a implementação do Currículo Pau-
lista e a aprendizagem de cada estudante e turma, de acordo com o registrado no Pla-
no de Ação da escola. Após todo esse debate e da constatação de que todas as áreas
do conhecimento podem contribuir para o desenvolvimento daquela habilidade, a
PCG Juliana encerra a reunião.
Depois dessa ATPCG...

A PCG Juliana solicita a cada PCA que elabore estratégias e ações, junto aos professo-
res de sua área, para a recuperação das habilidades fragilizadas, detectadas nas Avalia-
ções Institucionais, apontadas no Plano de Ação da escola e que serão compartilhadas
nas áreas e com ela, por meio dos Programas de Ação dos professores e dos PCA.

Após a elaboração dos Programas de Ação, os PCA Fábio, Adriano e Luana, apoiados
pela PCG Juliana, discutem com os professores os objetivos, a estrutura e o passo a
passo para a construção dos Guias de Aprendizagem. Os PCA definem, também, as
orientações pedagógicas e curriculares de cada área de conhecimento, que devem ser
passadas aos professores na elaboração dos Guias de Aprendizagem.

Os Guias de Aprendizagem são entregues pelos professores aos PCA de cada área de
conhecimento, sendo uma produção bimestral. Os PCA alinham e validam os Guias de
Aprendizagem com a PCG, à luz do Plano de Ação da escola.

Depois da elaboração dos Programas de Ação e dos Guias de Aprendizagem, a PCG


Juliana solicita a todos os docentes, inclusive aos PCA, que elaborem as suas agendas.
Para a elaboração das agendas, os PCA validam, entre si, a lista de atividades da escola
e dos componentes curriculares de cada área. Essa articulação ocorre, também, com
a PCG que, posteriormente, socializará com a Equipe Gestora, alinhando as agendas
individuais com a Agenda da Escola.

Juliana enfatiza que todas essas ações estão articuladas com todos os envolvidos no
PEI e que as ATPCG são espaços que visam a formação docente, individual e coletiva,
garantindo, assim, esse trabalho em equipe. Os PCA, por sua vez, afirmam que esse
trabalho tem continuidade durante as ATPCA, pois o trabalho articulado e em equipe
é condição fundamental para o sucesso do Programa.

Importante

Cursista, você percebeu que tudo está interligado e articulado? Pois assim é o trabalho
nas escolas do PEI. O exemplo acima mostrou o que acontece nas ATPCG, mas essa arti-
culação faz parte do trabalho como um todo na escola. Portanto, ocorre a todo momen-
to e em todos os contextos.

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Resumindo:
A articulação do PCA com o PCG ocorre no momento da:

elaboração do Plano de Ação;

elaboração dos Programas de Ação;

elaboração dos Guias de Aprendizagem;

elaboração das Agendas;

participação nas ATPCG;

elaboração das ATPCA, entre outros.

Diário de bordo

Registre em seu diário de bordo suas impressões sobre a articulação do trabalho do PCA
com o PCG e a importância desse trabalho para o bom desenvolvimento da aprendiza-
gem dos estudantes.

Cursista, você teve contato com uma possibilidade de articulação entre o PCA e o
PCG. Você viu que as duas funções, cada uma com suas atribuições, estão articula-
das e fornecem subsídios para as ATPCG e ATPCA, desde a elaboração do Plano de
Ação, passando pela elaboração dos Programas de Ação, dos Guias de Aprendiza-
gem e das Agendas.

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Vamos conhecer o depoimento de Andrea do Amaral Carvalho Bezerra Schiavetto,
PCA de Ciências da Natureza e Matemática da Escola Estadual Bairro Francisco Casti-
lho, da DER Ribeirão Preto: https://youtu.be/gq6dWfYRWWE.

Dica

Recomendamos a leitura do capítulo 5 “Trabalhar em equipe”, de Philippe Perrenoud,


do livro 10 Novas Competências para Ensinar. Nesse capítulo, o autor aborda como
elaborar um projeto em equipe, conduzir reuniões, enfrentar e analisar em conjunto
situações complexas e administrar crises ou conflitos interpessoais.
PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artes Mé-
dicas, 2000. cap. 5.

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Encerramento do módulo

Caro(a) cursista, você encerrou a primeira etapa de sua jornada para conhecer o tra-
balho do PCA. Você conheceu algumas atribuições desse profissional e de sua articu-
lação com o PCG. Mas sua jornada está apenas começando, pois vamos conhecer, no
próximo módulo, o trabalho do PCA na área de conhecimento Linguagens.
Cursista, você está preparado(a)? Quer saber como o PCA de Linguagens desenvolve
o seu trabalho? Então, vamos lá!

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Gabaritos

1. Alternativas corretas: a; b; c.
Comentário:
Todas as alternativas correspondem a orientações que o PCA pode realizar em uma ATPCA.
Esse assunto é abordado no item “Orientar os professores nas atividades de trabalho pedagó-
gico coletivas e individuais, em sua respectiva área de conhecimento”.

2. A sequência correta é: 1; 4; 3; 2; 5; 6.
Comentário:
Esse assunto é abordado no item “Coordenar e orientar os professores na elaboração dos Pla-
nos Bimestrais e dos Guias de Aprendizagem, em sua respectiva área de conhecimento” e no
Guia de Aprendizagem.

3. Alternativas corretas: a; b; c.
Comentário:
O PCA organiza as atividades de natureza inter/multidisciplinar dos docentes de sua área de
conhecimento. Esse assunto é abordado no item “Organizar as atividades de natureza inter-
disciplinar e multidisciplinar, em sua respectiva área de conhecimento, de acordo com o Pla-
no de Ação”.

4. Alternativas corretas: a; b.
Comentário:
A alternativa c está em desacordo com a Lei Federal n. 9.696/1998 e a Lei Estadual n. 11.361/2003,
que regulamentam a profissão de Educação Física, observando que as atividades físicas só po-
dem ser trabalhadas com o profissional devidamente formado, tendo obtido o registro no CREF.

5. A sequência correta é: F, V, F, V, V.
Comentário:
Para garantir um bom registro de toda e qualquer produção de atividade didático-pedagógi-
ca, é necessário que ela contenha: metodologias ativas, linguagem adequada ao público-alvo
e estratégias para melhorar as habilidades fragilizadas. Não se trabalha, nas atividades, com
um só tipo de avaliação, e as atividades podem ser interdisciplinares ou de um componente
curricular.
Esse assunto é abordado no item “Participar da produção didático-pedagógica, em conjunto
com os professores da Escola”.

6. Alternativas corretas: c; d.
Comentário:
A situação descrita na alternativa a não é assertiva, uma vez que o PCA apenas informa os pro-
fessores que serão observados. Para garantir uma boa observação, é necessário combinar com
os docentes quem será observado e não partir de uma imposição. A situação descrita na alter-
nativa b também não é a mais assertiva, porque não garante a privacidade do professor, que
pode ficar constrangido pela forma como a observação está sendo exposta para todos. A devo-
lutiva deve ser feita individualmente e apenas socializada com os pares se o professor desejar.

Tirinha (p. 37) elaborada para o curso. Gráfico “Relatório de Análise por Questão”
(p. 35): SEDUC-SP. Demais imagens: Getty Images.

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Anexo 1

PROTOCOLO DE ACOMPANHAMENTO DE AULA (Professor Coordenador)

DIRETORIA DE ENSINO ESCOLA

Professor(a)

Componentes Curriculares Ano/Série/Turma Data da Observação

Observador(a) Cargo/Função

Objetivos da aula:

OBS.: Antes de utilizar o protocolo de acompanhamento, recomenda-se a leitura do Documento Orientador –


Protocolo de Observação de sala de aula.

1. Aspectos Escala
Indicadores Observação/Evidências
organizacionais 1 2 3 4
A aula tem início nos primeiros cinco
minutos e os atrasos, caso ocorram, são
administrados.
A aula é realizada mediante ritmo
estimulante e adequado ao nível de
dificuldade proposto.
O Professor evita a ocorrência de
interrupções em sala de aula, não
desperdiçando o tempo de ensino e de
aprendizagem.
1.1 Otimização
O Professor usa tom de voz adequado e
do Tempo
atenta-se a todos os estudantes.
O Professor permite ausências dos
estudantes (ir ao banheiro ou tomar água)
de forma coerente.
O ritmo de instrução é ajustado para
atender aos estudantes que aprendem com
maior ou menor facilidade.
Os estudantes que não terminam as
atividades durante a aula recebem
orientação especial, para que se
mantenham no ritmo da turma.
O ambiente mantém-se organizado.
A disposição dos estudantes está adequada
à aula de forma que todos participem.
O Professor usa critérios coerentes de
agrupamento dos estudantes.
1.2 Otimização
do Espaço O Professor circula pela sala de aula.
Os Professores utilizam espaços escolares além da sala de aula:
Biblioteca/Sala de Leitura

Quadra

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Laboratório de Ciências

Sala do Acessa Escola

Sala de Multimídias
2. Aspectos
Indicadores 1 2 3 4 Observação/Evidências
pedagógicos
Verificar se o Professor:
Usa o Caderno do Professor para o
planejamento das aulas.
Aplica as Situações de Aprendizagem
propostas no Caderno do Professor.
Utiliza o Caderno do Estudante como
orientação para lição de casa.
Utiliza o Caderno do Estudante como
2.1 Utilização
registro em sala de aula.
do Currículo
O Professor utiliza outros materiais para o planejamento das aulas para desenvolvimento do
Currículo:
Livro didático
Outros recursos pessoais (revistas, jornais,
livros etc.)
Recursos digitais: lousa digital, datashow,
internet

Verificar se o Professor:
Demonstra conhecimento do material e
domínio do conteúdo e habilidades
propostas.
Informa aos estudantes sobre os objetivos
da aula, habilidades a serem trabalhadas e
as atividades a serem realizadas.
Considera os conhecimentos prévios dos
estudantes no desenvolvimento dos
conteúdos.
Promove contextualização entre o conteúdo
e as vivências do estudante.
2.2 Processos e
Apresenta explicações claras sobre as
estratégias de
atividades e situações de aprendizagem.
ensino e
Acompanha o desenvolvimento das
aprendizagem
atividades de forma interativa.
Propõe a aplicação das habilidades
desenvolvidas na sala de aula em outros
contextos.
Adequa a linguagem à informação ou
explicação quando não compreendida pelos
estudantes.
Oferece atividades para reforço da
aprendizagem.
Propicia atividades diversificadas que
garantam que a recuperação contínua
aconteça de forma satisfatória.

44
Estimula e dá clareza ao estudante da
importância de se fazer atividades em casa
para a sua aprendizagem.
Propõe atividades de apoio aos estudantes
com diferentes níveis de aprendizagem,
diversificando estratégias para atender as
necessidades destes estudantes.
Apresenta devolutivas construtivas aos
estudantes.
Faz síntese dos assuntos ao final da aula.
Trabalha em conjunto com os Professores
da mesma turma na proposição e realização
de ações docentes que respondam às
necessidades dos estudantes.
Registra o progresso do estudante em ficha
individual durante o processo de
recuperação.

3. Relação
Professor/ Indicadores 1 2 3 4 Observação/ Evidências
estudante
Verificar se o Professor:
Reforça e valoriza as intervenções dos
estudantes.
Realiza mediação de conflitos de forma
positiva.
Percebe atitudes de respeito mútuo entre
professor e estudantes.
Percebe atitudes de respeito mútuo entre
os estudantes.
Propicia oportunidades de trabalho
cooperativo entre os estudantes.
Passa aos estudantes orientações,
promovendo concentração e autonomia.
Favorece a participação do estudante
com atividades da oralidade.
Propicia momentos específicos para que os
estudantes possam verificar e analisar suas
soluções individuais e as dos colegas em
determinadas situações-problema.
Propõe atividades extraclasse para estímulo
da leitura e da escrita.
Estimula a participação e o envolvimento
de todos os estudantes na aprendizagem.
Demonstra ter alta expectativa quanto à
aprendizagem de todos os estudantes.
Percebe que os estudantes questionam
ideias e pontos de vista de forma
construtiva à aprendizagem.
Os estudantes demonstram entusiasmo
pelo conteúdo trabalhado.

45
4. Avaliação da
Indicadores 1 2 3 4 Observação
aprendizagem
Obs.: este item deve ser preenchido com base nos registros do Professor (Plano de Ensino, Diário de Classe etc.) e demais
informações fornecidas por ele.
O Professor faz uma avaliação diagnóstica
no início de cada etapa de ensino, para
adequar o seu Plano de Ensino às
características de sua turma.
O Professor usa a avaliação proposta no
Caderno do Professor.
O Professor tem registro próprio do
progresso de cada estudante.
O Professor monitora o desenvolvimento
das habilidades previstas para cada
bimestre.
Os instrumentos avaliativos estão de acordo
com as habilidades e competências
previstas para o ano/série.
Legenda:
1 - Não atende ao indicador.
2 - Atende parcialmente ao indicador.
3 - Atende ao indicador.
4 - Atende plenamente ao indicador.
No campo Observação, relate as evidências de atendimento ao indicador.
Feedback
Realizado entre o Professor Coordenador e o Professor após reunião da Equipe de Gestão
Aspecto observado:
1 Organizacionais
2 Pedagógicos
3 Relação Encaminhamentos/Tratativas
Professor/estudante
4 Avaliação da aprendizagem
Indicadores observados
Apontamentos/Evidências

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