Você está na página 1de 54

MÓDULO 3

ATUAÇÃO DO TUTOR: PLANEJAMENTO E PRÁTICA

Apresentação do módulo

Caro(a) Cursista, seja bem-vindo(a) ao Módulo 3 de Tutoria!


Neste Módulo, vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a Atuação do tutor:
planejamento e prática, considerando a realidade da escola e os passos para a rea-
lização dos encontros entre tutor e tutorado, tais como planejar a Tutoria, entender
as possibilidades de ações no âmbito acadêmico e profissional para que você possa
apoiar ao máximo o potencial de seu tutorado traçando com êxito seu Projeto de Vida.

Objetivos de aprendizagem do Módulo

Entender como planejar a Tutoria.

Compreender as possibilidades de atuação no âmbito acadêmico e profissional.

Compreender como orientar o estudante a refletir sobre seus objetivos.

1
Diário de bordo

Você já deve ter notado que o Diário de bordo é um instrumento importante para os
estudos, seja em um curso on-line, seja em uma aula presencial.
Reiteramos a importância do hábito de registrar os pontos relevantes das informações
recebidas, tanto textuais e imagéticas quanto sonoras, como os estímulos que ativam
nossa percepção e alimentam a criatividade. Pensamentos, reflexões e ideias podem
facilmente nos escapar da memória com a mesma velocidade com que são concebidos;
por esse motivo, o registro ajuda a atribuirmos um valor às novas informações, permitin-
do acessá-las sempre que precisarmos.
Então, já sabe o que fazer, não é? Separe seu Diário de bordo, faça suas anotações e não
economize na criatividade.

Bons estudos!

2
Unidade   1

Como planejar a tutoria

Para que a metodologia da Tutoria seja exitosa, é importante que as ações sejam pla-
nejadas, permitindo, assim, ajustes e correção de rumos sempre que necessário. Va-
mos agora analisar alguns aspectos indispensáveis que o tutor deve considerar ao
planejar a Tutoria.

Planejando a Tutoria

Planejar requer tempo e atenção, portanto, a primeira ação do tutor é conhecer o per-
fil de cada um de seus tutorados, seus Projetos de Vida, o desempenho nos diversos
componentes curriculares, sua participação nos Clubes Juvenis e seu compromisso
com a vida escolar.
Para conhecer o Projeto de Vida de seus tutorados, o tutor deve procurar o Vice-dire-
tor, pois é ele quem acompanha esse componente. Para acompanhar o desempenho
dos estudantes, o tutor poderá verificar o rendimento escolar na plataforma Secreta-
ria Escolar Digital (SED) e trocar informações com os demais professores, durante as
ATPCG, horas de estudo e reuniões de alinhamento.
Quanto à participação em Clubes Juvenis e o compromisso com a vida escolar, o tutor
poderá perguntar diretamente a seu tutorado ou conversar com os colegas professores.

3
Dica

A vida na escola é bem corrida, não é mesmo? Contratempos sempre podem aconte-
cer. Pensando nisso, elaboramos um modelo de ficha de perfil a ser preenchida pelos
tutorados logo nos primeiros encontros de Tutoria e revisitada sempre que necessário,
fornecendo as informações anteriormente mencionadas.

O modelo de Ficha de Identificação do Tutorado poderá ser adaptado para atender à


realidade de sua unidade escolar.

4
Agora, confira os outros itens que devem compor o planejamento do tutor.

Agenda

Registre em sua agenda o(s) dia(s) da semana e horário(s) da Tutoria e informe seus tuto-
rados, solicitando que registrem essa informação também em suas agendas individuais. É
recomendável que a Tutoria ocorra durante o horário do almoço dos estudantes.
Local

A Tutoria pode acontecer nos diversos ambientes da escola. Para evitar que o tutor fique
constantemente se deslocando por toda a escola em busca de seus tutorados, recomenda-
mos que combine com os tutorados um ponto de encontro no pátio ou em outro ambiente
de sua escolha, desde que seja acessível a todos; pode-se também organizar uma mesa com
cadeiras.
Atendimento aos responsáveis

A reunião de pais e mestres é uma excelente oportunidade para apresentar os tutores aos
responsáveis e estes conhecerem o trabalho desenvolvido na Tutoria, assim como a agenda
dos professores. Dessa forma, tutores e responsáveis poderão atuar de forma colaborativa,
oportunizando o sucesso escolar do estudante.
Registro de evidências

Assim que os tutores tiverem a relação dos nomes de seus tutorados, deve-se organizar uma
lista de presença e um portfólio contendo as atividades e ações desenvolvidas com cada um
dos tutorados.
Se você tem habilidade com os dispositivos e recursos digitais, o registro do atendimento de
Tutoria pode ser on-line, utilizando um drive de salvamento virtual, como o Google Drive ou
OneDrive.
Organização dos atendimentos

Procure planejar as ações da Tutoria de forma sistemática, assim ficará mais fácil se organi-
zar e direcionar os atendimentos de forma assertiva e personalizada.

Atenção

As informações contidas no portfólio de Tutoria são pessoais e sigilosas: cada tutor tem
a sua pasta de registro e apenas o Vice-diretor está autorizado a acessar as pastas, sem-
pre que necessário, sejam elas físicas ou virtuais.

5
Unidade 1.1

Planejamento de Tutoria

No primeiro Módulo, vimos que a operacionalização da Tutoria em escolas com 2 tur-


nos de 7 horas é diferente das escolas com um único turno de 9 horas. Uma dessas
diferenças é um momento específico chamado Planejamento de Tutoria, cujo horário
oportuniza o agrupamento dos estudantes com seus respectivos tutores e que está
estruturado em duas dimensões: a coletiva e a individual.
Vamos ver o que o Caderno de Tutoria traz sobre isso:
“O momento semanal de Planejamento de Tutoria estrutura-se em duas
dimensões:
1. Coletiva – O(a) tutor(a) trabalha com os(as) tutorados(as) coletivamente
para ajudá-los(as) na organização e participação ativa na vida escolar, no
acompanhamento e avaliação das ações de tutoria. Assim, é importante que
ele(a) reúna todos(as) os(as) seus(as) tutorados(as) em um mesmo espaço.
2. Individual – Ao mesmo tempo em que os(as) tutorados(as) estão desen-
volvendo atividades de forma coletiva, o(a) tutor(a) pode realizar atendimen-
to aos(às) tutorados(as) que desejam se expressar individualmente.”
(SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Ensino Integral. Caderno
do professor: Tutoria. 2021. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/
ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-dia
gramado.pdf. p. 18. Acesso em: 7 out. 2021.)

6
Parece complicado, não é? Mas vamos ajudar você a entender como funciona o Pla-
nejamento de Tutoria.
Primeiramente, o Planejamento de Tutoria não é uma aula, ou seja, é um momen-
to para os estudantes planejarem suas ações, verificarem seus desenvolvimentos,
proporem ajustes e corrigirem rumos. Por esse motivo, deve-se, preferencialmente,
manter o foco no âmbito acadêmico e no Projeto de Vida dos estudantes, reservando
abordagens pontuais e pessoais para a Tutoria individual.

Mas, se não é uma aula, como devo trabalhar o Planejamento de Tutoria? Devo realizar
dinâmicas de grupo? Como eu faço para trabalhar com tutorados de diferentes anos/
séries ao mesmo tempo?
Ainda não ficou claro? A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre o Planejamen-
to de Tutoria na animação do estudante Pedro, pois um dos primeiros desafios é fazer
os estudantes compreenderem o propósito desse horário. Assista à animação e prepa-
re seu Diário de bordo para anotar suas percepções sobre o Planejamento da Tutoria:
https://youtu.be/1LyYvB4jaWk.

Dica

Gostou da explicação do Pedro? Se você quiser, essa animação poderá ser reproduzida
para os estudantes. Mas, caso prefira, poderá utilizar outras mídias ou adaptações que
atendam melhor à realidade dos estudantes de sua escola. Então, anote suas ideias so-
bre o Planejamento de Tutoria em seu Diário de bordo, procure ser assertivo em sua
proposta e não se esqueça de compartilhar sua experiência com seus colegas e com o
Núcleo Pedagógico da Diretoria de Ensino de sua região, afinal, uma boa prática sempre
deve ser compartilhada.

7
1. Vamos verificar o que vimos até agora sobre o Planejamento de Tutoria. Leia as afir-
mações a seguir e assinale V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) Nas escolas de dois turnos de 7 horas, é reservado um momento de Tutoria cole-
tiva, chamado Planejamento de Tutoria.

( ) Ao mesmo tempo em que os tutorados estão desenvolvendo atividades de for-


ma coletiva, o tutor pode realizar atendimento àqueles que desejam se expressar
individualmente.

( ) O tutor deve preparar uma aula para trabalhar com seus tutorados no momento
do Planejamento de Tutoria.

( ) O Planejamento de Tutoria tem em sua centralidade a reflexão sobre o desenvol-


vimento das dimensões acadêmica, pessoal, profissional e do Projeto de Vida dos
estudantes, bem como o registro do Plano do Tutorado.

( ) Nas escolas PEI de turno único de 9 horas, os tutores não precisam planejar os
encontros de Tutoria.

8
Unidade 1.2

Estratégias e práticas para o Planejamento da Tutoria

Nos espaços e tempos reservados para o Planejamento de Tutoria, é importante que


o tutor esteja bastante atento a algumas particularidades da metodologia:

Dimensão coletiva

O tutor trabalhará para orientar seus tutorados no domínio do currículo e no protagonismo


juvenil em sua vida escolar, realizando o acompanhamento e a avaliação das ações de Tutoria.
Simultaneidade

Enquanto os tutorados se dedicam a conversas, trocas de informações e elaboração do seu pla-


no individual, o tutor poderá atender os tutorados que desejem se expressar individualmente.
Dimensão individual

Os momentos coletivos não excluem a necessidade de realizar as Tutorias individuais, que


também devem ocorrer em outros espaços/tempos, no mínimo duas vezes ao mês, de acor-
do com as necessidades dos tutorados.
Abrangência

• Entender e articular a heterogeneidade de aspectos que irão conviver nesses espaços/


tempos, tais como: as “muitas juventudes”, seus paradoxos, identidades e os naturais con-
flitos intergeracionais; a velocidade das mudanças no mundo atual sempre em constante
movimento e seus reflexos nos âmbitos acadêmico e do trabalho.

• Manter a permanente crença nas potencialidades do tutorado, respeitando os tempos


internos – biológico, psíquico, cognitivo e emocional – e próprios de cada um.

9
O Planejamento de Tutoria permite que, nas Tutorias coletivas, os estudantes troquem
experiências positivas ou negativas e, juntos, encontrem possibilidades para viabilizar
a construção e o desenvolvimento de seus Projetos de Vida. No entanto, há entraves
que podem dificultar o êxito dessa prática e os tutores precisam estar preparados para
vencê-los, dando o devido direcionamento acadêmico e profissional aos estudantes.
Veja a seguir o caso do professor Wilson, que atua nos Anos Finais do Ensino Funda-
mental em uma escola do PEI de dois turnos de 7 horas.

Cenário 1 – Professor Wilson

Em uma reunião de Planejamento de Tutoria em que os estudantes de 6o a 9o anos,


tutorados do Professor Wilson, se encontram para o acompanhamento semanal,
uma dupla de 8o ano se recusa a engajar-se com estudantes do 6o ano. Alega que fa-
zem muitas perguntas, dão risadas exageradamente, fazem observações inadequa-
das, fazendo com que se perca o tempo das atividades. Diante do entrave, o professor
Wilson decidiu se informar sobre estratégias que pudessem auxiliá-lo.

Vamos conhecer algumas práticas que ele pesquisou e que podem ajudar você, Cur-
sista, nos momentos de Planejamento de Tutoria.

Prática 1 – Ciclo de conversas contínuas

Uma prática que poderá auxiliar no engajamento dos tutorados durante o Planeja-
mento da Tutoria é o Ciclo de Conversas Contínuas. Essa prática consiste em fazer
todos os estudantes conversarem uns com os outros em pares sobre um tema prees-
tabelecido pelo tutor, de forma sistêmica.
Para isso, o tutor deve preparar o ambiente com cadeiras dispostas frente a frente
com uma única mesa entre elas. Cada estudante receberá uma planilha de acompa-
nhamento de conversas elaborada pelo tutor, contendo o direcionamento, o nome do
colega com o qual conversou, a data e um espaço para registrar a síntese da conversa.
Veja a seguir um exemplo de planilha.

10
A descrição do Direcionamento deve conter as informações sobre o tema ou assunto
da conversa e as orientações e maiores detalhes para a execução da dinâmica, ex-
pressos de forma clara e objetiva. É também neste campo que se deve indicar quanto
tempo cada conversa deve durar, pois conversas muito longas podem fazer os estu-
dantes perderem o foco. Por isso, recomendamos iniciar a prática com ciclos curtos de
tempo, e, conforme a proposta e a experiência da turma de tutorados com a prática,
aumentá-los gradualmente, por exemplo: 3 min., 5 min., 7 min., 10 min.
Vamos ao exemplo de um possível direcionamento:

Direcionamento: Neste Ciclo de Conversas, o objetivo é você conhecer melhor seus co-
legas de Tutoria e um pouco sobre seus hábitos de leitura e preferências esportivas. Ao
sinal de seu tutor, você deve se sentar diante de um de seus colegas, perguntar seu
nome, se tem o hábito de ler livros ou textos, se pratica algum esporte e qual é. Você terá
90 segundos para perguntar e também responder a estas questões para seu colega, re-
gistrando as respostas em um dos campos a seguir. Após esse tempo, ao sinal do tutor,
você deve encontrar outro colega e fazer o mesmo procedimento até que tenha conver-
sado com todos os seus colegas.

Atenção

Essa prática exige atenção do tutor para que os estudantes não percam o foco durante
a dinâmica. Ao final, os tutorados poderão se acomodar em círculo e expor suas impres-
sões e as coisas que mais chamaram a atenção.

11
Prática 2 – Hiper-rubrica

O tempo utilizado na Tutoria é um ponto de atenção, pois propostas muito longas


podem se tornar maçantes e enfadonhas, afastando os estudantes do propósito
idealizado. Uma das práticas que pode ser utilizada tanto no Planejamento de Tutoria
quanto nos encontros de Tutoria é a rubrica de avaliação e autoavaliação, que permite
ao estudante visualizar a etapa em que ele se encontra no processo de aprendizagem.

Rubrica de avaliação e autoavaliação: São esquemas explícitos para classif icar ou


categorizar comportamentos ou níveis de desenvolvimento ao longo de um proces-
so, permitindo que o avaliado tenha uma clara noção sobre seu desempenho e/ou
desenvolvimento em um processo.
Saiba mais sobre rubricas acessando o link: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/
4099893/mod_resource/content/1/Rubricas_introduc%CC%A7a%CC%83o.pdf.

Na Tutoria, o foco da rubrica é fazer o tutorado perceber o que ele deve fazer para
melhorar. Neste contexto, apresentamos a Hiper-rubrica, que é um aperfeiçoamento
dessa prática, possível de ser aplicada e resolvida em poucos minutos dado seu for-
mato sucinto e objetivo.

Hiper-rubrica: GONZALEZ, J. Introducting the Hyper Rubric: A tool that takes learning to
the next level. Cult of Pedagogy. 22 ago. 2021. Disponível em: https://www.cultofpedagogy.
com/hyperrubric/. Acesso em: 6 out. 2021.

A proposta da Hiper-rubrica aqui apresentada foi idealizada a partir da análise de


estudos realizados pelos professores estadunidenses Jeff Frieden e Tyler Rablin,
que, em suas práticas, exploram ajustes e reiterações de rubricas a fim de torná-las
mais eficazes.
Diferentemente das rubricas de avaliação e autoavaliação, a Hiper-rubrica apresen-
ta apenas uma única linha, ou seja, o estudante estará concentrado em um único
critério. Outra diferença é que a Hiper-rubrica traz os elementos de que o estudante
necessita para aprimorar-se em determinado aspecto, seja uma habilidade, um com-
portamento ou outra questão que necessita de ajustes. Esse modelo também contém
hyperlinks para que o tutorado possa acessar sites, vídeos, listas on-line e até mesmo
plataformas gamificadas, que o auxiliem a nortear sua ação, servindo também como
incentivo.
Na Hiper-rubrica, o tutorado poderá escolher qual das ações acha adequada ou se sen-
te mais confortável para começar a executar e só depois avançar para um próximo nível.

12
Vejamos um exemplo:

HIPER-RUBRICA - TUTORIA
Vamos lá!
Refletir sobre o meu Projeto de Vida e buscar enxergar pontos e características que podem
me ajudar a melhorar o meu ser.
Sugestão de material: https://www.youtube.com/watch?v=yO2L8DOQQ7Q.
Sempre em frente!

Fazer a leitura e interpretação de ao menos um texto curto por dia e realizar uma atividade
física por dia.
Sugestões de materiais:
• https://escolaeducacao.com.br/textos-pequenos-para-leitura-e-interpretacao/;

• https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-exercitar-mais/6-habitos-que-provam-
voce-pode-fazer-atividade-fisica-no-dia-a-dia.
Para o alto!

Preparar uma lista com os conteúdos em que estou com dificuldades e organizar uma roti-
na de estudos em curtos intervalos de tempo, colocar no meu Plano do Tutorado e começar
a praticá-lo.
Sugestão de material: https://brasilescola.uol.com.br/dicas-de-estudo/tecnica-pomodoro-
que-e-e-como-funciona.htm.
Avante!

Realizar uma rotina de verificação e ajustes das minhas ações propostas para atingir minhas
metas e desenvolver meu Projeto de Vida.
Sugestão de material: Projeto de Vida e Plano do Tutorado: https://efape.educacao.sp.gov.
br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf,
Caderno de Tutoria. p. 19.

Atenção

• A Hiper-rubrica é um instrumento personalizado e deve ser elaborada conforme as


necessidades dos tutorados.

• Sempre utilizar expressões de incentivo para nomear os níveis da Hiper-rubrica.

• Ao apresentar a Hiper-rubrica, o tutor deve explicar como os tutorados devem utilizá-


-la e reforçar o compromisso em cumprir as propostas.

• O tutor deve registrar as escolhas dos tutorados e realizar o acompanhamento individual.

13
2. Anteriormente, conhecemos o caso do professor Wilson e seus tutorados do 6o e do
8o ano. A seguir, vamos analisar as situações e selecionar a decisão que você tomaria
como tutor.
Situação 1
Visando ao entrosamento entre os tutorados de 6o e 8o ano, o tutor Wilson utilizou a
prática de Ciclo de Conversas Contínuas, reservando os 20 minutos finais do Planeja-
mento de Tutoria para fazer uma roda de conversa e oportunizar aos estudantes que
trocassem suas impressões. Um dos tutorados de 6o ano resolve fazer uma brinca-
deira sobre o colega gostar de jogar futebol, mas não ter habilidade.
Qual deve ser a conduta de Wilson?

a) O tutor pergunta como poderiam contribuir para o desenvolvimento de qual-


quer habilidade de seus colegas, incluindo as habilidades esportivas. Orienta os
estudantes sobre como receber críticas e sobre evitarem comentários que ofen-
dam ou deixem o colega envergonhado, recomendando que optem sempre por
comentários construtivos que ajudem as pessoas a se desenvolverem.

b) O tutor afirma que o objetivo da roda de conversa não é expor ou criticar os cole-
gas, pois eles ainda podem melhorar suas habilidades esportivas.

Situação 2
Em um dos encontros de Planejamento de Tutoria, o tutor Wilson resolve utilizar a
Hiper-rubrica com seus tutorados. Explica a proposta a todos e como devem exe-
cutá-la. Um dos tutorados informa que ainda tem muitas dúvidas quanto ao seu
Projeto de Vida, mas acessou o link sugerido para sua opção e agora não sabe como
prosseguir com a proposta. Qual deve ser a conduta de Wilson?
a) O tutor informa ao tutorado que ter dúvidas é normal, porém ele deve pensar
melhor sobre o que ele quer para a própria vida, se esforçar e começar a assumir
o compromisso relacionado à sua escolha na Hiper-rubrica.

b) O tutor diz a seu tutorado que o próximo passo é começar a preencher o Plano do
Tutorado, colocando suas dúvidas no papel, pois nas aulas seguintes trabalharão
as reflexões e as respostas para essas dúvidas.

14
Unidade 1.3

O Plano do Tutorado e a lógica do PDCA

Ao ler os documentos orientadores sobre Tutoria e Planejamento de Tutoria, você já


deve ter percebido que eles se encaixam na lógica do PDCA.
O PDCA é um método de monitoramento de resultados que tem por base quatro pas-
sos preestabelecidos: Planejar (P), Executar/Fazer (D), Checar (C) e Agir (A). A aplicação
dele pretende intervir, quando necessário, e otimizar os processos educativos, visando
à correção dos rumos e à potencialização dos resultados pretendidos. Desenvolver
essa maneira de estruturação do raciocínio pode render muitos bons frutos na cons-
trução do Projeto de Vida dos estudantes, uma vez que é uma maneira eficiente de
desenvolver habilidades de autoavaliação e senso crítico.
No Caderno do Professor – Tutoria (p. 19 a 22 – https://efape.educacao.sp.gov.br/ensino
integral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf) e no
Documento Orientador sobre Planejamento de Tutoria (p. 1 a 5 – Anexo 1), há orienta-
ções e formulários que podem nortear o trabalho do tutor, no sentido de encaminhar
o raciocínio de seus tutorados para procederem de maneira calculada, projetando seu
futuro de acordo com prioridades, traçando caminhos para alcançá-las, agindo, avalian-
do e corrigindo rumos sempre que necessário, seguindo assim, as diretrizes do PDCA.
Veja a seguir um passo a passo de como desenvolver ações que envolvam o PDCA
no Planejamento de Tutoria desde o primeiro encontro e de como encaminhar o
exercício desse método junto aos estudantes por meio do preenchimento do Plano
de Tutorado.

15
Fonte: SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Ensino Integral: Planejamento de tutoria, [s/d]. p. 5.

Dica

No link https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/04/Plano-
do-Tutorado.pdf você pode fazer o download do Plano do Tutorado. Você poderá adaptá-lo
às suas necessidades e incluí-lo nos registros individuais de cada um dos seus tutorados.

16
Seguindo a lógica do PDCA durante os momentos de Planejamento de Tutoria, os es-
tudantes conseguem estabelecer, de maneira prática, as relações entre o que plane-
jam fazer e aquilo que realmente fazem, percebendo sua eficácia para alcançarem
as metas que eles mesmos determinaram como prioritárias. Neste processo, além de
alcançarem maior chance de êxito em seus anseios, também desenvolvem habilida-
des essenciais em todos os âmbitos de sua vida, tais como: organização; capacidade
de fazer escolhas; responsabilidade pelas próprias atitudes e aceitação das conse-
quências a elas relacionadas; protagonismo para elaborar e colocar em prática seu
Projeto de Vida.
No diagrama abaixo, podemos ver que a rotina do Planejamento de Tutoria se torna
descomplicada quando tutor e tutorados se engajam e seguem um mesmo caminho
para facilitar a ação e otimizar o tempo/espaço reservado a esses encontros.

17
3. Leia as situações descritas a seguir, analise-as e selecione as letras (P, D, C ou A) para
estabelecer uma sequência lógica adequada ao ciclo PDCA aplicado ao Planejamen-
to de Tutoria.
( ) Em um dos momentos de Planejamento de Tutoria, o tutor promove uma dinâ-
mica de grupo chamada de “Batata Quente”, na qual uma bola passa de mão em
mão aos estudantes, que deverão estar dispostos em círculo. Enquanto o Tutor
repete seguidamente “Batata Quente”, a bola circula entre os estudantes. Em um
dado instante, ele diz “Queimou”, e quem estiver com a bola nas mãos deverá
dizer um ponto frágil de seu Plano do Tutorado e de que forma pretende rever
suas ações para sanar essa fragilidade. Ao final da dinâmica, o Tutor entrega no-
vamente os Planos aos Tutorados, para que os estudantes avaliem se realmente
estão no caminho certo e anotem suas novas propostas caso seja necessário.

( ) O tutor lê os Planos dos seus tutorados, percebe que dois deles não estão con-
seguindo pôr em prática as ações que planejaram e, no momento do Plane-
jamento de Tutoria, os chama individualmente para um bate-papo reflexivo,
levando-os a se perguntarem se os caminhos por eles definidos são os únicos a
seguir e se há possibilidades de mudar as estratégias para ampliar as chances
de êxito de suas propostas.

( ) O tutor abre o espaço/tempo do Planejamento de Tutoria para que os seus tu-


torados se reúnam, estabeleçam e registrem os passos (o quê, quando e como
fazer) para alcançarem os propósitos definidos em seu Plano do Tutorado.

( ) Durante o momento de Planejamento de Tutoria, o tutor orienta os tutorados a:


pensarem nos setores de sua vida, entenderem quais questões precisam resolver
para desenvolverem planos que lhes possibilitem realização pessoal e profissio-
nal, compondo um Projeto de Vida que possa trazer satisfação, felicidade e um
futuro profissional promissor; aproveitarem esse espaço/tempo para trocarem
ideias e impressões, realizando debates e discussões em grupos.

18
Unidade  2

Como desenvolver atividades de reflexão para aspectos acadêmicos


e profissionais

Convidamos você, Cursista, a pensarmos juntos como reflexões podem ser impor-
tantes, principalmente quando o objetivo é orientar os estudantes durante a Tutoria.
Nesse contexto, para as atividades de reflexão, é importante retomar a orientação
acadêmica e profissional. A intenção é perceber como essas dimensões estão interli-
gadas e buscar estratégias para fortalecê-las e colaborar com o desenvolvimento dos
estudantes. Acompanhe o infográfico a seguir.

19
Quando observamos o esquema, vemos que no âmbito acadêmico o estudante precisa
ser incentivado a interagir, dessa forma ele terá condições para entender o que “falta”
para compreender e superar suas dificuldades em qualquer área. Ao interagir e reco-
nhecer seu papel, saberá como, quando e o que estudar, passando a identificar suas
habilidades e preferências. No plano profissional, o estudante precisa conhecer-se para
que esse autoconhecimento o auxilie a fazer suas escolhas.

Tome nota

O que significa refletir?


REFLETIR é um processo que se refere a examinar com cuidado conceitos, informações
e acontecimentos, gerando atitudes e comportamentos influenciados diretamente pe-
las próprias conclusões.
O questionamento como condição da reflexão é essencial para provocar o raciocínio e
levar às conclusões significativas.
Como as reflexões podem colaborar? Como levar os estudantes à reflexão?
Na Tutoria, as conversas reflexivas são estratégias preciosas que levam o tutorado a re-
fletir, agir e corrigir rumos. Nessa perspectiva, o estudante cria autonomia para buscar a
resolução de seus problemas e se engajar cada vez mais com seu Projeto de Vida.

20
Na prática

Promovendo a reflexão na Tutoria Coletiva

A tutora Silene tem 15 tutorados do Ensino Médio e resolveu fazer uma atividade para
fortalecer a determinação, a automotivação e o comprometimento, usando a reflexão
como ponto principal da sua atividade.
Veja o que ela preparou para um encontro coletivo de Tutoria: https://youtu.be/
buasEWN9stE.
Ao utilizar essa atividade de reflexão, o objetivo da professora é destacar pontos sobre:
determinação, automotivação, comprometimento e o fazer acontecer. Intencional-
mente, ela não fala sobre os estudos necessários para realização de sonhos, objetivos
ou Projeto de Vida. Muito menos comenta sobre as profissões que possam ter imagi-
nado e o que seria preciso para concretizar o desejo. Porém, ela sugere uma lição de
casa após as reflexões provocadas pela atividade e retomará a reflexão realizada pelos
estudantes em outro encontro coletivo ou individual, quando poderá fazer a conexão
com seus Projetos de Vida.
A lição de casa possibilita que os tutorados permaneçam pensando sobre o que viven-
ciaram no encontro de tutoria e se envolvam no processo da reflexão, por meio dos
questionamentos sugeridos:

Como você pensa em manter o foco e não desistir?

Determinação e automotivação
O processo de reflexão consiste em pensar no desejo com cuidado, levantando questiona-
mentos pessoais e fazendo escolhas possíveis para atingir o objetivo.
O que é preciso para fazer acontecer?

Fazer acontecer
Aqui, o processo de reflexão se baseia em pensar no desejo e no que é preciso fazer para que
ele seja realizado, entendendo as atitudes e comportamentos que serão necessários, por
meio de suas próprias conclusões.
O que você pode dizer a respeito do seu comprometimento com seu desejo?

Comprometimento
Nessa questão, a reflexão passa a ter maior significado, pois prevê que o estudante inicie um
planejamento para a realização do que foi pensado, a partir de suas conclusões.

21
Porém, ela desafia os estudantes ao dizerem o que querem. Na obra Jogos, dinâmi-
cas & vivências grupais, Albigenor e Rose Militão destacam que, para a maioria das
pessoas, pensar “EU QUERO” tem um significado mais positivo do que pensar em “EU
QUERIA”. O pensamento norteado por EU QUERO direciona a situações realizadas, já
expressões como EU QUERIA envolvem dúvidas na realização.

Jogos, dinâmicas & vivências grupais: MILITÃO, Albigenor; MILITÃO, Rose. Jogos, dinâmi-
cas & vivências grupais: como desenvolver sua melhor técnica em atividades grupais.
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000.

4. Na atividade, a professora Silene iniciou um trabalho para apoiar o desenvolvimento do


Projeto de Vida de seus tutorados. Reflita e selecione as propostas que ela fez com as
orientações da Tutoria, pensando quais aspectos de apoio profissional elas favorecem.
I. Fazer escolhas conforme personalidade, aptidões e interesses.
II. Desenvolver autoconhecimento.
III. Identificar habilidades pessoais.
( ) Reflexão sobre fazer acontecer.

( ) Reflexão sobre comprometimento com seu desejo.

( ) Reflexão sobre manter o foco e não desistir.

Cursista, você deve estar se perguntando como ficam, então, os aspectos acadêmicos.
A reflexão, principalmente quando gera atitudes, também colabora com eles. A se-
guir, sugerimos uma estratégia que pode ser utilizada na Tutoria em qualquer ano,
série ou segmento. Confira a descrição do passo a passo.

Passo 1 – Preparação

Elabore cartões com situações referentes às dificuldades de aprendizagem que você


observa entre seus tutorados e cartões com propostas de soluções.
A seguir, veja alguns exemplos dos textos que podem estar nos cartões. A dificuldade
aparece entre aspas e, abaixo dela, está uma proposta de solução. Você pode fazer
adaptações, de acordo com a realidade dos seus tutorados.

22
Estudante 1

“Não consigo estudar porque gosto muito de ver TV e assistir a séries no YouTube.”
É possível aprender com vídeos que tratam de assuntos referentes a todas as áreas de
conhecimento.
Estudante 2

“Tenho muita dificuldade de me concentrar, mas amo estudar Matemática.”


Escolher um tema para estudar e fazer leituras e atividades curtas ajuda a aproveitar momen-
tos de concentração.
Estudante 3

“Meu desempenho não é dos melhores, mas não tenho faltas e não gosto de estudar.”
Estudar é importante, inclusive para amenizar dificuldades. Estar na escola todos os dias não
irá ajudar se não houver atenção e dedicação.

Estudante 4

“Gosto de estudar, mas me dedico às minhas áreas de preferência.”


Procure curiosidades sobre os temas das áreas que você considera “chatas”, pois isso fará
você olhar de forma diferente para estes temas.
Estudante 5

“Eu sou estudioso, no entanto não estou melhorando minhas notas.”


Reveja que temas seleciona, de que forma você estuda, quanto tempo destina ao estudo e
se costuma tirar suas dúvidas.
Estudante 6

“Sempre faço atividades com um colega, mas não alcanço minhas metas de estudo.”
Quando fazemos atividades com outras pessoas, devemos estar muito atentos e verificar se
estamos acompanhando e aprendendo algo.
Estudante 7

“A minha agenda é bem organizada, meu estudo está sempre em dia, mas fico só estudando.”
Se você tem uma agenda bem organizada, o próximo passo é incluir em sua rotina ativida-
des de lazer.
Estudante 8

“Eu sou estudioso e estudo melhor quando estou com colegas.”


Quando estudamos junto com outras pessoas também aprendemos. É uma ótima prática
de estudo, basta você pensar nisso!
Estudante 9

“Atingi minhas metas, mas não consigo melhorar.”


Quando você alcança os objetivos, é importante mantê-los e traçar novos planos e metas,
sem perder o foco no que já conquistou.

23
Passo 2 – Reflexão

Proponha aos tutorados que associem os problemas às soluções dos cartões e que
reflitam sobre as atitudes que poderiam ajudá-los na superação das dificuldades.

Passo 3 – Potencialização

Nesta etapa, o tutor poderá levar os tutorados a pensarem em suas escolhas, para po-
tencializar e analisar as escolhas que eles fizeram. Para tanto, sugerimos os seguintes
questionamentos:

Para que o estudante reflita sobre suas escolhas: Você teve dificuldade em encontrar
sugestões de atitudes para alguma situação?

Para que o estudante reflita sobre outras situações que impedem alguém de estudar:
Como você se sentiu ao pensar em uma sugestão para a situação do Estudante 1?

Para que o estudante reflita sobre outras opções e até outras situações da vida escolar:
Quando estava escolhendo as sugestões, pensou em outra coisa que poderia ajudar?
O quê?

Para que o estudante reflita que ele poderia estar em qualquer uma dessas situações:
Você acha que algum desses estudantes se parece com você?

Diário de bordo

No Anexo 2, você pode ver, em formato de cartões, a associação entre dificuldades e


soluções mostradas na página 23.
Agora, faça uma reflexão sobre os cartões e as associações propostas e experimente
outras questões para auxiliar o tutorado. Será que você faria de outra maneira? Pense
também em outras situações para os cartões. E não se esqueça: anote tudo em seu
Diário de bordo.

24
Unidade 2.1

Sugestões de como encaminhar a reflexão junto aos estudantes

Há uma pergunta que nos provoca quando pensamos em como propiciar reflexões
que levem os estudantes a tomarem decisões assertivas.
O tutor se sente o tempo todo desafiado a fazer seus tutorados refletirem, tirarem
conclusões e agirem. Não há uma receita pronta: há caminhos adaptáveis e bom sen-
so ao realizar a Tutoria.
Uma maneira de conduzir o tutorado à reflexão é manter o hábito de fazer devolutivas
ou feedbacks todas as vezes que fizer alguma proposta de reflexão. As devolutivas
permitem que o tutorado repense suas reflexões, suas escolhas e suas atitudes. A par-
tir daí, o ato de refletir poderá ser feito com maior naturalidade.
As devolutivas ou feedbacks podem ser feitos a partir de alguns pontos de atenção
que, além de nortearem a ação, favorecem o engajamento e a comunicação assertiva
e ampliam a oportunidade de aprendizagem.
Mas, afinal, como fazer um feedback?

25
Acompanhe o passo a passo que trouxemos:

Estruturar o feedback vai favorecer o engajamento do estudante. Ressaltamos a im-


portância do diálogo e de ações voltadas para apoiar e orientar o tutorado.

Tome nota

O feedback pode gerar diferentes reações: surpresa, choque, raiva, negação, aceitação e
ânimo. Por isso, seu tom de voz, sua postura e expressões também devem ser considera-
das no momento da conversa, tanto quanto os sinais que o tutorado apresenta.
Fique atento às palavras que você diz e às emoções do outro. Receber uma devolutiva nem
sempre é fácil, e o tutor precisa respeitar o tempo do tutorado e como ele recebe a devolu-
tiva. Inicie sempre pelos pontos positivos e só então aborde os pontos a serem melhorados.

26
Unidade  3

Como fazer a Tutoria considerando o acompanhamento e incentivo


nos aspectos acadêmicos e profissionais

Propomos, neste Módulo, apresentar o planejamento da Tutoria, ressaltando pontos


importantes como a reflexão e os feedbacks, e, agora, destacaremos algumas das fun-
ções do tutor direcionadas ao apoio do estudante nas dimensões acadêmica e profis-
sional. Assim o tutor poderá apoiar seu tutorado por meio de temas e conteúdos de
todas as áreas, auxiliando-o a superar dificuldades em relação à adoção e à consolida-
ção de hábitos de estudos, considerando as particularidades de cada caso.
Na função de acompanhamento da aprendizagem, o tutor volta o foco de sua aten-
ção para a formação do aprender a aprender e do aprender a fazer, isto é, conduz e
incentiva o estudante na busca dos conhecimentos, visando ao desenvolvimento de
habilidades e competências e à formação integral de cada tutorado.
Podemos destacar dois pontos importantes no apoio e acompanhamento acadêmico
e profissional do estudante:

Aconselhamento: essa função visa à formação do saber ser, que abrange a formação
de valores, hábitos, atitudes, em especial aqueles que levam à autoafirmação e à valo-
rização do estudante.

Apoio pedagógico-acadêmico: voltado para a formação do aprender (conhecimen-


tos) e do saber fazer (habilidades e competências), acompanhando o boletim do tuto-
rado e dando-lhe suporte, junto aos demais professores.

27
O tutor revê, junto ao tutorado, estratégias de orientação de aprendizagem, levando
em consideração a realidade de cada um, seu rendimento escolar e suas particulari-
dades. Cabe ao tutor esclarecer ao seu tutorado que o conhecimento será construído
conjuntamente, pois, ao relacionar as informações, desenvolve-se o saber fazer, o pla-
nejamento e a direção dos próprios estudos, a autonomia para a pesquisa, a procura
por inovações e o uso da criatividade.
Partindo dessas premissas, é função do tutor auxiliar seu tutorado, indicando-lhe
fontes de pesquisa, propondo atividades criativas e inovadoras, levando-o a pensar
e refletir, e trazendo situações para a resolução de problemas, a análise de casos, a
interpretação de posições diversas, a formulação de hipóteses, a elaboração de argu-
mentos e justificativas, e o estabelecimento de relações conceituais e de tomada de
decisões, construída de forma autônoma pelo tutorado.
É importante que o tutor conte com os colegas dos componentes específicos, fazen-
do uma parceria para desenvolver esse trabalho com os estudantes, a fim de que os
estudantes alcancem melhor rendimento escolar e possam trilhar seu Projeto de Vida.

28
Unidade 3.1

Conexão entre estudante e tutor como um apoio para a construção


do conhecimento

Para que a Tutoria contemple seus objetivos em relação aos aspectos acadêmicos e
profissionais, a conexão entre tutor e tutorado tem de acontecer de forma empática,
com respeito mútuo, para se estabelecer um grau de confiança.
Como isso seria na prática?

Vale lembrar

Nos encontros coletivos, o tutor trabalha com os tutorados em grupo para ajudá-los na
organização e participação ativa na vida escolar, no acompanhamento e na avaliação
das ações de Tutoria.

Cenário 1 – Encontro Coletivo

Ao final de cada bimestre, a professora Ivania entrega o boletim escolar para cada es-
tudante, a fim de acompanhar e apoiar seus tutorados.
A professora, em seu encontro coletivo da Tutoria, teve como finalidade levantar refle-
xões a partir das fichas de Orientação de Estudos. Dessa forma, ela faz um alinhamen-
to entre o componente de OE e a Tutoria para dar apoio ao estudo, demonstrando
atenção ao desenvolvimento de seus tutorados.

29
Veja quais procedimentos a tutora Ivania adotou no apoio acadêmico dos estudan-
tes: https://youtu.be/dhtCDP7MAjc. O percurso que ela construiu poderá ajudá-la nas
suas próximas ações de Tutoria.

Dica

Veja nos anexos os modelos mencionados no vídeo:


• Anexo 3: Mapa de desempenho.

• Anexo 4: Atividade reflexiva pós-bimestre.

5. Quando falamos de Tutoria, é importante enfatizar que a Pedagogia da Presença está


ligada a cada conceito, cada objetivo, cada ação desenvolvida nessa metodologia.
Associe quais ações da Pedagogia da Presença estão diretamente ligadas às práticas
da tutora Ivania da narrativa anterior.
I. Deu oportunidade para que os tutorados escrevessem sobre como se saíram no
bimestre, sem expor suas fragilidades.
II. Combinou uma conversa individual.
III. Estava atenta aos problemas de seus tutorados antes mesmo de entregar os
boletins.
IV. Orientou os tutorados como fazer reflexões a respeito de seu desempenho, re-
vendo as metas.
V. Propôs atividade para incentivar os tutorados com elogios e sugestões.
VI. Finalizou o encontro elogiando as atitudes dos tutorados na atividade que
realizaram.
( ) Exercer influência positiva e construtiva.

( ) Estar presente, e não apenas estar perto.

( ) Ter abertura para ouvir e cuidado para falar, trocar ideias e experiências.

( ) Considerar o ponto de vista do tutorado e praticar a empatia.

( ) Estar presente com compromisso e disponibilidade para apoiar.

( ) Estimular o tutorado a refletir e aguardar que chegue a sua própria conclusão.

30
Cenário 2 – Encontro Individual

Vamos ver agora como foi o encontro da professora Ivania com o estudante Tadeu,
que solicitou à tutora que fosse o primeiro no atendimento individual. Ele é do 7o ano
do Ensino Fundamental, apresentou muita dificuldade em História e tem se sentido
bastante desconfortável por não definir seu Projeto de Vida, pois gostaria de fazer
algo que envolvesse o componente.
Veja as estações para acompanhar as estratégias da tutora e verifique de que forma ela
conduziu o encontro individual para auxiliar Tadeu no componente curricular História.

Estação 1 – A Escuta Ativa: https://youtu.be/YNtVclcomDQ.

Estação 2 – Perguntas e Atividade Reflexiva: https://youtu.be/fGqdg_D9kfw.

Estação 3 – Feedback e encaminhamentos: https://youtu.be/c8k_3WQ--H8.

6. Agora que verificou de que forma a tutora Ivania conduziu o encontro individual para
auxiliar o tutorado Tadeu, observe que Ivania não orienta sobre as queixas, durante o
feedback e os encaminhamentos. Em vez disso, ela busca orientar Tadeu a procurar
o melhor encaminhamento para atingir sua meta em História.
Pensando em como Ivania encaminhou seu diálogo com Tadeu, escolha a alternati-
va que complementa a devolutiva da tutora.
6.1 Ivania: – Quando você diz que não entende o que o professor explica, você...
a) está equivocado e deve estudar mais.

b) precisa compreender que ele usa outras estratégias e precisa fazer perguntas
durante a aula.

c) deve pedir ajuda em casa e assistir à videoaula na internet.

d) deve fazer aulas particulares e perguntar mais aos amigos.

6.2 Tadeu: – Eu posso mudar minhas notas? Posso, né!...


Ivania: – Pode...
a) fazer mais perguntas ao professor, durante as aulas, para esclarecer as suas dúvidas.

b) responder a questionários sobre o conteúdo.

c) ir todos os dias à sala de leitura pesquisar.

d) usar o laboratório de informática para estudar sozinho.

31
Unidade 3.2

Traçar caminhos para superar desafios e desenvolver o Projeto de Vida

O Projeto de Vida possibilita ao estudante que ele aprenda a se conhecer melhor,


reconheça suas habilidades, seus potenciais, interesses e sonhos e, assim, consiga de-
finir estratégias para alcançar seus objetivos profissionais e acadêmicos. Por isso, o
papel do tutor é tão importante para direcionar o estudante a se conhecer, saber onde
quer chegar e usar seu potencial para superar os obstáculos de vida.
As atividades de Tutoria e o trabalho de desenvolvimento do Projeto de Vida dos es-
tudantes são intimamente relacionados, porque envolvem as questões relativas às
dimensões acadêmica, profissional e pessoal: a acadêmica, por se referir ao desempe-
nho escolar; a profissional, quando desperta a preocupação sobre o que vai acontecer
depois da escola; e a pessoal, que se volta às questões contextuais e situacionais da
vida do estudante.
Falar em Projeto de Vida nem sempre é fácil para o estudante. Por isso, os desafios do
tutor são muito peculiares e delicados, sobretudo quando precisa deixar de lado al-
guma atividade prevista e programada e partir para uma abordagem que permita ao
estudante propor questões sobre as quais ele queira falar. Nessa perspectiva, a Escuta
Ativa docente e a prática da Pedagogia da Presença abrem espaço às questões do dia
a dia, ao exercício da convivência solidária e à leitura e interpretação de um mundo
em constante transformação.

32
Importante

O tutor deve conversar com os professores de todas as áreas, incluindo o de Orientação


de Estudos, para estabelecer uma parceria e compartilhar as dificuldades dos seus tuto-
rados, assim obterá apoio para que seus tutorados alcancem um rendimento acadêmico
satisfatório e também fortaleçam seus Projetos de Vida.

Mas como podemos colocar tudo isso em prática?


Acompanhe, a seguir, a história de Pietro, Rita e Bentinho.

Cenário: Pietro, Rita e Bentinho – Parte 1

Pietro é professor tutor em uma escola PEI há mais de 2 anos e, neste ano, orienta
7 tutorados. Embora goste do seu trabalho como tutor e esteja sempre rodeado de
estudantes brincando e conversando com ele, Pietro anda angustiado e pouco sorri-
dente, fato que foi notado pela Vice-diretora, Rita.

Rita: Oi, Pietro, como vai? A vida está tão corrida que a gente nem consegue conver-
sar. Estou te achando meio preocupado... Está acontecendo alguma coisa?
Pietro: Ah, Rita, estou me sentindo um incompetente! Acho que não tenho consegui-
do ajudar essa meninada a deslanchar! Meus tutorados não estão indo bem nos estu-
dos, parecem eternas crianças que não querem crescer e nem pensar sobre o futuro,
embora estejam no Ensino Médio!

33
Pietro: Esses dias, perguntei pro Bentinho: “E aí, está estudando? Já decidiu qual cur-
so pretende fazer?” E sabe o que ele me respondeu? “Ah, professor, não vou fazer cur-
so nenhum. Só preciso terminar o Ensino Médio e conseguir um emprego registrado...
Esse negócio de faculdade aí é só pros meninos filhinhos de papai... Meu pai, coitado,
mal sabe ler!”

Rita: Poxa, Pietro, é de cortar o coração! E saber que, como o Bentinho, há tantos outros
meninos... Vamos pensar no PV desse menino! Vamos encarar esse desafio juntos? Há
coisas a fazer! Vou te dar uma sugestão que certa vez utilizei com um estudante que
apresentava o mesmo desafio e... Deu resultado! Quer conhecer a atividade?
Pietro: Sim, Rita, por favor, me apresente!

A sugestão de Rita

Rita apresenta a Pietro uma atividade na qual há alguns questionamentos que levam
à reflexão do estudante, com vistas a fazê-lo pensar no seu Projeto de Vida.

34
Refletindo sobre autoconhecimento

Como você se vê?

O que te faz feliz?

O que você gosta de fazer?

Como você age para conseguir o que deseja?

Depois de apresentar o esboço da atividade sugerida, Rita explica os passos da ativi-


dade e o fundamento de cada pergunta que pode ser feita ao estudante:

“Como você se vê?”

A pergunta tem o objetivo de levar o estudante a refletir sobre si mesmo, ou seja, ter
autoconsciência para construir um sentido coerente de si, até para compreender a
perspectiva dos outros e identificar quando ela é diferente da sua.
Além disso, o falar de si implica voltar o olhar e a atenção para suas subjetividades e
exercitar a compreensão de si e o reconhecimento de suas qualidades e fragilidades
de maneira consciente e respeitosa.

Reflexão

No histórico de Bentinho, a intervenção do tutor é fundamental quando incentiva o ga-


roto a ultrapassar a visão que carrega de si, pois, ao citar o pai como uma figura limitada,
é como se o garoto projetasse sua própria vida.

“O que te faz feliz?”

Pode ser que o estudante nunca tenha se deparado com esse questionamento, pois
pensar em fatos ou valores que dão felicidade implica reconhecer emoções e senti-
mentos, bem como a influência que as pessoas ao redor exercem sobre isso.

Reflexão

No caso de Bentinho, parece claro que ele não faz contato com seu aspecto subjetivo,
por isso, é importante que o tutor tenha clareza das competências socioemocionais, no
caso, a organização, o foco, a persistência, a responsabilidade e a determinação, relacio-
nadas à autogestão, que podem ser desenvolvidas pelo tutor junto ao seu tutorado.

35
“O que você gosta de fazer?”

A pergunta envolve as temáticas Identidade e Valores e conduz o estudante a re-


fletir sobre suas motivações, para além do pensamento instrumental, ou seja, do
aspecto cognitivo.
Para trabalhar com o estudante, entretanto, o tutor precisa fazê-lo entender que “fa-
zer aquilo que me deixa feliz” também implica planejamento de tarefas e previsão de
consequências individuais e coletivas, ou seja, responsabilidade.

Reflexão

No caso de Bentinho, esse questionamento pode dar suporte à reflexão sobre seu Projeto
de Vida: gostar de fazer alguma coisa é uma forma de se sentir feliz com o que se está
fazendo. Assim, resgatar com o estudante os seus gostos, preferências, situações ou mes-
mo sonhos que lhe trazem um sentido de alegria e felicidade é uma estratégia para mos-
trar que caminhos existem e podem ser traçados e percorridos para realizar seus sonhos.

“Como você age para conseguir o que deseja?”

Esse questionamento é fundamental para que o tutor identifique caminhos que via-
bilizem a realização dos objetivos do estudante, enfatizando a importância da deter-
minação e da persistência para a realização do Projeto de Vida.
Ainda que a pergunta tenha um tom pragmático e objetivo, ela conduz à maneira
subjetiva de praticar ações, pois traçar metas e caminhos exige atitudes e sentimento
de confiança e coragem para vencer desafios. Além disso, para traçar metas de vida, é
imprescindível estar otimista e apto a avaliar-se constantemente.

36
Cenário: Pietro, Rita e Bentinho – Parte 2

Rita: E aí, professor Pietro? O que achou da dinâmica?


Pietro: Parece bem interessante, pois toca em questões profundas e pessoais, que
podem levar o Bentinho a refletir sobre o que o impede de projetar seu futuro. Só que-
ro estar preparado para as respostas que ele apresentar para conduzi-lo da melhor
maneira possível. Mas já te adianto, Rita, que depois dessas suas explicações, eu me
sinto mais confiante e, inclusive, importante na vida desse menino. Essas perguntas
da dinâmica funcionaram como uma via de mão dupla, pois pude entender, também,
porque eu me sentia inseguro para trabalhar com os tutorados.

O desafio de Pietro

Cursista, por meio da dinâmica apresentada pela Vice-diretora Rita ao professor tutor
Pietro, podemos entender o quanto a Tutoria envolve as dimensões subjetivas, não
apenas do tutorado, mas também do tutor!
Fica claro, na história apresentada, o quanto Pietro estava inseguro quanto à sua
competência docente por imaginar que não conseguia auxiliar seus tutorados a pen-
sarem em suas vidas futuras, especialmente quando narrou o caso de Bentinho. A
preocupação de Pietro demonstra o quanto a atuação docente é significativa para
ele, uma vez que vislumbra, em sua prática, a intenção de atingir os objetivos interdi-
mensionais da aprendizagem.
É possível também perceber que o professor Pietro se preocupa com as questões in-
terdimensionais de ensino-aprendizagem, porque percebe, no caso Bentinho, que o
trabalho de desenvolvimento do Projeto de Vida do estudante – como o de qualquer
pessoa – só pode ser realizado se houver integração entre as diferentes dimensões
constitutivas do ser humano, nos processos formativos vivenciados por ele na escola
e em outros espaços da vida social. Por isso, traçar caminhos que ajudem o estudante
a superar os desafios e desenvolver o Projeto de Vida envolve, também, ajudá-lo a se

37
autoconhecer, para que se olhe sob diferentes nuances e possa harmonizar seu pen-
samento, raciocínio, sentimentos, afetividade e sonhos.
Na última parte deste cenário, veremos como Pietro desenvolveu com Bentinho a ati-
vidade de Tutoria individual “Refletindo sobre autoconhecimento”.

Cenário: Pietro, Rita e Bentinho – Parte 3

Assista ao vídeo: https://youtu.be/ZkqDO_fOa8c.


Diante das respostas de Bentinho, o tutor Pietro faz algumas intervenções, a fim de
orientar o estudante. Leia atentamente e reflita sobre o feedback do tutor:

Bentinho, você falou que “nem se vê, que nem se olha no espelho direito...” Então, eu
tenho um presente pra te dar!
Aqui está: um espelho! Olha pra ele e veja a pessoa mais importante da sua vida refle-
tida nele: VOCÊ!
Você é tão importante pra você que nem se dá conta disso! O que você vê no espelho?
Se quiser responder só pra você, tudo bem! Você pode escrever quando chegar em casa
ou na hora que se sentir mais confortável. Então, uma tarefa para essa semana: descreva
tudo o que vê quando se olha para esse espelho e, depois, deixe o espelho de lado, feche
os olhos e sinta que o espelho se volta pra dentro, dentro do seu ser... Daí, sinta o que
esse espelho reflete lá dentro... O que ele mostra pra você!
Você falou que o que te faz feliz é quando tem futebol na escola ou no centro esportivo,
ainda mais quando seu time ganha! E jogar bola é o que você gosta de fazer!
Você já pensou como é que os jogadores de futebol fazem para planejar boas jogadas e
vencer o jogo? E, quando estão perdendo, pensam em mudar as estratégias das jogadas?
E você, Bentinho, gosta de jogar futebol, tem um gosto por um esporte dinâmico e que
exige muito foco e disciplina! E pensa que jogar futebol é fácil?
Você sabe que não! Você pensa nos dribles, nas passadas de bola, planeja o tempo para
fazer as jogadas e tudo para fazer gol! Tá vendo como você sabe planejar? Jogar futebol
é como participar do jogo da vida! Você, no momento do jogo, está planejando sua vida!
E agora, pensando em sua vida profissional futura, como você pode traçar planos para
atingir seus objetivos? Que profissão você pretende seguir e que vai te fazer feliz?
Eu sei que são muitas perguntas, mas você já mostrou que é bom nas jogadas e que está
muito a fim de fazer gols!
Vamos lá, então, virar esse jogo da sua vida e planejar para fazer gol?

38
Diário de bordo

Após analisar a prática do professor, pense nas abordagens utilizadas por ele.
Qual delas é a que mais condiz com as práticas de uma Escuta Ativa?
Qual delas é a que mais condiz com as práticas da Pedagogia da Presença voltadas para
a educação interdimensional?

39
Unidade  4

Retrospectiva

Agora, veja tudo que aprendeu ou aprimorou, acompanhando a nossa linha do tem-
po do curso de Tutoria. Aproveite para retomar seu Diário de bordo e rever tudo o que
você anotou durante o curso.

Módulo 1 – Conhecendo a Tutoria: Você compreendeu: de que forma a Tutoria se en-


caixa no Modelo pedagógico do PEI; como a Tutoria é organizada na escola; os papéis
dos atores responsáveis pela Tutoria e como correlacionar a Pedagogia da Presença às
ações de Tutoria, no âmbito do PEI.

Módulo 2 – Atuação do tutor: importância e contextos: Você se inteirou do papel do


tutor e compreendeu as possibilidades de atuação no âmbito das relações pessoais.

Módulo 3 – Atuação do tutor: planejamento e prática: Você aperfeiçoou seus co-


nhecimentos sobre como planejar a Tutoria, compreendendo as possibilidades de
atuação no âmbito acadêmico e profissional e orientando o estudante a refletir
sobre seus objetivos.

Encerramos por aqui. Esperamos que este curso tenha colaborado com seu aprimo-
ramento profissional e incentivado novas práticas.

40
Encerramento

Cursista, depois de ter trilhado os caminhos de conhecimento sobre a metodologia


da Tutoria, nossa expectativa é que você tenha desenvolvido um olhar aprofundado
sobre os conceitos aqui apresentados e transforme todos esses conhecimentos para
enriquecer a sua prática docente.
Bom trabalho!

41
Gabaritos

1. A sequência correta é: V, V, F, V, F.
Comentário:
A Tutoria precisa de planejamento, independentemente de ser uma unidade escolar com
dois turnos de 7 horas ou de turno único de 9 horas. Além disso, o foco do Planejamento de
Tutoria é engajar os tutorados com propostas de melhor aproveitamento da vida acadêmica
e superação de desafios para a construção do Projeto de Vida.

2. Situação 1 – Alternativa correta: a.


Comentário:
Em práticas em grupo, como as rodas de conversa, é comum que os participantes exponham
suas opiniões pessoais, contudo o mediador deve fazer intervenções que viabilizem o apoio
colaborativo. A alternativa b não é adequada porque afirmar diante de todos os colegas que
o estudante ainda não tem sua habilidade bem desenvolvida pode desestimular o tutorado e
até mesmo fazer com que ele evite se expressar.

2. Situação 2 – Alternativa correta: b.


Comentário:
Apresentar a intencionalidade da ação e os próximos passos a seguir trará segurança ao tu-
torado para elaborar o Plano do Tutorado e dedicar-se à execução dele. A alternativa a não é
adequada porque a intenção da Hiper-rubrica não é tornar-se um instrumento de cobrança,
mas apontar caminhos e incentivar o tutorado na construção de seu projeto de vida.

3. A sequência correta é: A, C, D, P.

4. A sequência correta é: III, I, II.


Comentário:
As reflexões sobre fazer acontecer possibilitam ao tutorado pensar sobre as habilidades neces-
sárias para que ele se desenvolva profissionalmente. As reflexões sobre o comprometimento
com o que deseja levam o tutorado a esforçar-se para realizar as escolhas feitas. As reflexões
sobre manter o foco e não desistir auxiliam no desenvolvimento do autoconhecimento, per-
mitindo que o tutorado supere os desafios para cumprir seus objetivos.

5. A sequência correta é: V, III, II, VI, I, IV.

6.1. Alternativa correta: b.

6.2. Alternativa correta: a.

Formulários, tabela, infográfico e diagramas das páginas 4, 11, 16, 17, 20 e 26 elaborados
para o curso. Demais imagens: Getty Images.

42
Anexo 1

PLANEJAMENTO DE TUTORIA

Introdução
O compromisso do Programa Ensino Integral é atuar na formação integral dos jovens e
adolescentes e, para isso, traz um conjunto de metodologias e práticas diferenciadas. A Tutoria é
uma dessas práticas, que visa o acompanhamento, o apoio e a orientação dos alunos durante seu
percurso escolar, por meio de encontros sistemáticos entre tutor e tutorado. Com a implantação do
Programa Ensino Integral em escolas de dois turnos, ou seja, escolas que tenham em cada
turno carga horária de sete horas, é necessário reservar um tempo específico para o Planejamento
de Tutoria.

Justificativa
As escolas do Programa Ensino Integral com carga horária de sete horas contam com um
intervalo mais curto para o almoço. Logo, o intervalo reservado para a Tutoria tem menos tempo
nestas unidades. Diante da necessidade de estruturar a Tutoria de maneira que atenda às
necessidades dos alunos e, ao mesmo tempo, oriente os educadores a organizarem essa prática,
estabeleceu-se um tempo específico para a mesma, o Planejamento de Tutoria.

Objetivo
O Planejamento de Tutoria configura-se em um espaço/tempo destinado à organização
de Tutoria nas Escolas do Programa Ensino Integral de dois turnos, de modo que possa:
• Impactar a aprendizagem dos alunos, incentivando o desenvolvimento de seus Projetos de Vida.
• Aprimorar o processo de ensino-aprendizagem.
• Fortalecer a sistematização de dados colhidos na Tutoria para produção de indicadores.

Processo
Tutoria e Projeto de Vida
A Tutoria é uma interação pedagógica em que tutores acompanham e se comunicam com
seus estudantes de forma sistemática e individual, dando suporte para o seu desenvolvimento e
avaliando a eficiência de suas orientações com vistas ao fortalecimento do Projeto de Vida, sob
três dimensões de orientação: a pessoal, a acadêmica e a profissional.
● A orientação pessoal tem como foco o autoconhecimento, a ampliação do senso
crítico, o desenvolvimento da autonomia e a tomada de decisões de forma reflexiva do
estudante.
1

43
● A orientação acadêmica apoia o aluno por meio de temas e conteúdos disciplinares, auxilia-
o nas interações em sala de aula e a superar dificuldades em relação à adoção e à
consolidação de hábitos de estudos, além de dar suporte para a organização da sua vida
escolar.
● A orientação profissional, por sua vez, apoia o aluno, estimulando-o a identificar suas
habilidades pessoais para que faça a escolha acadêmica e profissional de acordo com sua
personalidade, suas aptidões e seus interesses.
Escuta Ativa e Pedagogia da Presença
Para estabelecer uma relação de confiança com o aluno, o tutor deve demonstrar
disponibilidade e compromisso para apoiá-lo em seu processo de desenvolvimento. Durante os
momentos de interação entre aluno e tutor, é importante que o tutorado seja estimulado a refletir
sobre o assunto em questão até chegar a uma conclusão sobre o que está sendo discutido. Para
isso, é necessário que o tutor tenha uma escuta ativa e respeitosa: estabeleça, na conversa, uma
relação de empatia com o tutorado, mostrando interesse e consideração pelo seu ponto de vista. É
fundamental destacar a importância da dimensão ética que deve orientar a relação entre tutor e
tutorado.
Como desenvolver uma escuta ativa?
1. Procure ser acolhedor, buscando compreender os pensamentos e sentimentos do aluno.
2. Esteja disponível para ouvir seu tutorado, sem interrompê-lo ou criticá-lo. Ele deve perceber que
você se interessa pelo que ele fala.
3. Mesmo que você discorde das opiniões e/ou atitudes do tutorado, respeite o que ele pensa. Cabe
ao tutor ter uma postura ética e acolhedora que incentive no tutorado uma curiosidade crítica e uma
prática reflexiva sobre suas próprias opiniões a partir de outra perspectiva.

Operacionalização
1-) Tutoria

Pode ser realizada em diversos momentos em que haja disponibilidade do tutor e do


tutorado. Isso significa que a Tutoria pode ser ajustada de acordo com os horários possíveis e com
as demandas existentes. A Tutoria pode ocorrer durante o intervalo ou durante o almoço.
2-) Planejamento de Tutoria

O Planejamento de Tutoria, como prática a ser adotada nas Escolas do Programa Ensino
Integral de dois turnos, não está previsto na Matriz Curricular, devendo adequar-se em 1 horário
semanal disponível em cada turno de sete horas.

Considera-se a importância deste horário de Planejamento de Tutoria ser simultâneo


para todos os alunos, oportunizando o agrupamento destes com seus respectivos tutores para as
atividades de planejamento e acompanhamento das tutorias individuais. Sugere-se que este horário
seja sequencial ao horário dos Clubes Juvenis, sempre ao final do turno manhã/tarde ou no
início do turno tarde/noite.

Neste momento, todos os docentes atuando como tutores, devem se organizar junto
aos seus tutorados para estabelecerem as ações de Planejamento de Tutoria.
2

44
Os espaços escolares para essa prática extrapolam as salas de aulas, podendo acontecer
na sala de leitura, pátio, laboratório de Informática, quadra e outros espaços.

Estratégias para o Planejamento de Tutoria


O momento semanal de Planejamento de Tutoria estrutura-se em duas dimensões:
1-) Coletiva - O tutor trabalha com os tutorados coletivamente para ajudá-los na organização e
participação ativa na vida escolar, no acompanhamento e avaliação das ações de tutoria. Assim, é
importante que o tutor reúna todos os seus tutorados em um mesmo espaço.
2-) Individual – Ao mesmo tempo em que os tutorados estão desenvolvendo atividades de forma
coletiva, o tutor pode realizar atendimento para tutorados que desejam se expressar
individualmente.
Cabe esclarecer, que os momentos individuais de Tutoria, também devem ocorrer em outros
espaços/tempos de acordo com as necessidades dos tutorados, dentro das disponibilidades de
tempo da escola (horário de almoço dos alunos, intervalos entre aulas). Recomenda-se que a
tutoria individual ocorra no mínimo duas vezes ao mês para cada tutorado.

A Lógica do PDCA para o Planejamento de Tutoria


O Modelo de Gestão do Programa Ensino Integral, visando a melhoria contínua de todas as
práticas pedagógicas que se desenvolvem na escola, propõe a aplicação do PDCA.
O que é o ciclo PDCA?

● Planejar (Plan) é definir o que, quem e como agir para atingir os propósitos definidos,
estabelecendo, também, com que indicadores a ação será monitorada.

45
● Executar - Fazer (Do) é colocar em prática o que foi anteriormente planejado. Quando a
fase do planejamento é feita com o cuidado necessário, a etapa do fazer se torna uma ação
efetiva, pois será muito mais simples implementar o planejado e corrigir situações
excepcionais em função de contratempos que ocorram pontualmente.
● Checar (Check) é monitorar os resultados das ações desenvolvidas. Essa fase possibilita
verificar se as estratégias adotadas (ou seja, o “trajeto percorrido” para a implementação
daquela ação) estavam adequadas para o alcance do resultado esperado, o que permite a
correção das rotas de maneira a conduzir, necessariamente, ao alcance do resultado
esperado.
● Agir/Ajustar (Act) significa proceder aos ajustes identificados a partir da avaliação dos
resultados parciais ou finais apurados, para a melhoria contínua e para que se obtenha o
maior êxito possível ao final daquela ação, atingindo-se, assim, os objetivos.

Como adotar o PDCA no Planejamento de Tutoria


A lógica do PDCA deve permear todas as práticas do Programa Ensino Integral, para tanto
sugere-se a adoção de um Plano do Tutorado, possibilitando aos estudantes um método que
organize suas ações a partir das reflexões, orientações e encaminhamentos feitos nos momentos
de tutoria. Veja, a seguir, o modelo desta ferramenta, que deve ser preenchida e revisitada pelos
tutorados semanalmente:

46
Plano do Tutorado

Âmbito Pessoal Âmbito Acadêmico Âmbito do Meu Projeto


de Vida
Identificaçã
o da minha
situação-
problema

Planejar O que fazer? O que fazer? O que fazer?


(Plan)

Como fazer? Como fazer? Como fazer?

Quando fazer? Quando fazer? Quando fazer?

Fazer (Do) Minhas ações e atitudes: Minhas ações e atitudes: Minhas ações e atitudes:

Checar ( ) Excelente ( ) Excelente ( ) Excelente


(Check)  () Satisfatório  () Satisfatório  () Satisfatório
 () Em andamento  () Em andamento  () Em andamento
 () Estacionado  () Estacionado  () Estacionado

Como prosseguir? Como prosseguir? Como prosseguir?

Agir (Act) O que preciso resolver? O que preciso resolver? O que preciso resolver?

Como? Como? Como?

Quando? Quando? Quando?

47
Dinâmica para o Planejamento de Tutoria
O primeiro encontro entre tutores e tutorados, realizado no Planejamento de Tutoria, deve
estabelecer combinados sobre o objetivo da Tutoria, o papel do tutor e a relação esperada entre os
colegas.
Para debater essas questões sugere-se a divisão da lousa em 3 partes e a formação de uma
roda de conversa, onde os estudantes possam colocar suas contribuições e discutir com os
colegas. Os estudantes devem registrar na lousa uma síntese dos combinados para as 3 questões
propostas. Esta atividade proporciona, além da elaboração do produto em si (lista de combinados),
um momento para o tutorado aprender a falar e a ouvir, respeitar, valorizar-se como indivíduo e
como parte do grupo.
O tutor deve mediar essa conversa e, ao final, pactuar os combinados com os tutorados, de
acordo com aquilo que foi registrado pelos estudantes. Estes combinados objetivam proporcionar
um momento rico em aprendizagem para os estudantes, em que todos se sintam acolhidos e
confortáveis para refletir, discutir e planejar ações alinhadas ao seu Projeto de Vida.
Nas semanas seguintes, o tempo de 45 min, destinado ao Planejamento de Tutoria, deve
ser organizado da seguinte maneira:

Nos primeiros 15 minutos: os estudantes deverão, individualmente, refletir sobre as


esferas Pessoal, Acadêmica e Projeto de Vida, a partir da(s) última(s) conversa(s) que tiveram com
seu tutor, e registrar a situação-problema que pretendem resolver, bem como seu plano para tal.
Caso o estudante já tenha realizado esse planejamento na semana anterior, deverá registrar quais
atitudes ele tomou a partir do seu planejamento e como avalia a efetividades das mesmas. Caso
ele já tenha realizado essa checagem na semana anterior, ele poderá planejar os passos seguintes.
Este ciclo se mantém até que esta situação-problema seja resolvida e novos desafios sejam
identificados pelos estudantes, que deverão registrá-los em sua ficha. Este momento permite que
o estudante estabeleça relações entre aquilo que pensa e aquilo que faz, desenvolva organização,
faça escolhas, assuma a responsabilidade das suas atitudes e encare a consequência das suas
ações, exercendo seu protagonismo.

Nos 15 minutos seguintes: os estudantes deverão formar duplas para trocarem entre si
suas reflexões. A partir do preenchimento do seu Plano de Tutorado, eles poderão compartilhar
com sua dupla os caminhos que desenharam no seu plano para lidar com determinada questão ou
discutir como suas ações conduziram ao status em que se encontram hoje cada uma das situações-
problema mapeadas. O propósito dessa interação é o aprimoramento das relações interpessoais,
o exercício da tolerância, do respeito ao outro e a si mesmo, permitindo a criação de laços positivos,
por meio da colaboração, para a superação dos problemas.

Nos 15 minutos finais: os estudantes deverão retornar ao Plano do Tutorado e,


considerando as contribuições dos colegas, registrar as alterações que julgarem pertinentes.

O Planejamento de Tutoria, além de estimular a aplicação do ciclo de melhoria contínua


(PDCA) para superação de desafios que os estudantes identificam em suas vidas, contribui para o
desenvolvimento integral dos estudantes, uma vez que incentiva: ações de ajuda mútua,
compartilhamento de ideias e sentimentos, promoção de interações na busca de soluções de
situações problemas, prática da escuta ativa e respeito aos diversos pontos de vista do grupo,

48
desenvolvimento do sentimento de pertencimento ao grupo e a corresponsabilidade nas ações
coletivas.
Ele também funcionará como uma rotina para o estudante refletir sobre as trocas que tem
com seu tutor.

49
Anexo 2

Módulo 3 – Atuação do tutor: planejamento e prática


Unidade 2 - Como desenvolver atividades de reflexão para aspectos acadêmicos e profissionais
Confira a possibilidade de associação das dificuldades e soluções que fizemos anteriormente:

Estudante
Estudante01
01 Estudante
Estudante02
02 Estudante
Estudante03
03 Estudar
Estudaréé
ÉÉpossível
possível Escolher
Escolherumumtema
tema importante,
importante,inclusive
inclusive
aprender
aprendercom
com para
paraestudar
estudar
“Tenho “Meu
“Meudesempenho para
paraamenizar
amenizar
“Não
“Nãoconsigo
consigoestudar
estudar vídeos
vídeosque
quetratam
tratam “Tenhomuita
muita fazendo
fazendo leiturasee
leituras desempenho
dificuldades.
de dificuldade
dificuldadededeme
não
nãoéédos
dosmelhores,
melhores, dificuldades.Estar
Estar
porque
porquegosto
gostomuito
muito deassuntos
assuntos me atividades
atividadescurtas
curtas na
referentes concentrar,
concentrar,mas
mas
masnão
nãotenho
tenhofaltas
faltas naescola
escolatodos
todososos
de
dever
verTV
TVeeassistir
assistir referentesààtodas
todas mas ajuda
ajudaaaaproveitar
aproveitar dias
as amo
amoestudar
eenão
nãogosto
gostode
de diasnão
nãoirá
iráajudar
ajudarse
se
séries
sériesno
noYoutube”.
Youtube”. asáreas
áreasde
de estudar momentos
momentosde de não
conhecimento. matemática”.
matemática”. concentração. estudar”.
estudar”. nãohouver
houveratenção
atenção
conhecimento. concentração. eededicação.
dedicação.

Estudante
Estudante04
04 Estudante
Estudante05
05 Estudante
Estudante06
06
Procure
Procure Reveja
Revejacomo
comovocê
você Quando
Quandofazemos
fazemos
curiosidades
curiosidadessobre
sobre estuda:
estuda:que
quetemas
temas atividades
atividadescomcom
os
os temasdas
temas dasáreas
áreas seleciona,
seleciona,de
deque
que “Sempre
“Semprefaço
faço outras
outraspessoas
pessoas
“Gosto
“Gostode
deestudar,
estudar, “Eu
“Eusou
souestudioso,
estudioso,no
no
que
quevocêvocêconsidera
considera forma
formavocê
vocêestuda,
estuda, atividades
atividadescom
comum um devemos
devemosprestar
prestar
mas
masme
mededico
dedicoàsàs entanto
entantonão
nãoestou
estou
“chatas”,
“chatas”,pois,
pois,isso
isso quanto
quantotempo
tempo colega,
colega,mas
masnão
não bem
bematenção
atençãoee
minhas
minhasáreas
áreasde
de melhorando
melhorandominhas
minhas
fará
farávocê
vocêolhar
olhardede destina
destinaao aoestudo
estudoee alcanço
alcançominhas
minhasmetas
metas verificar
verificarse
seestamos
estamos
preferência”.
preferência”. notas”.
notas”.
forma
formadiferente
diferente se
secostuma
costumatirar
tirar de
deestudo”.
estudo”. acompanhando
acompanhandoee
para
paraestes
estestemas.
temas. suas dúvidas.
suas dúvidas. aprendendo
aprendendoalgo.algo.

Estudante
Estudante07
07 Estudante
Estudante08
08 Estudante
Estudante09
09 Quando
Quandovocê
você
Se
Sevocê
vocêtem
temumauma alcança
alcançaos osobjetivos
objetivos
agenda
agendabembem Quando
Quandoestudamos
estudamos
“A ééimportante
importante
“Aminha
minhaagenda
agendaéé organizada,
organizada,oo “Eu junto
juntotambém
também
bem “Eusou
souestudioso
estudioso mantê-los
mantê-loseetraçar
traçar
bemorganizada,
organizada,meumeu próximo
próximopasso
passoéé eeestudo aprendemos.
aprendemos.ÉÉuma uma “Atingi
“Atingiminhas
minhas
estudo estudomelhor
melhor novos
novosplanos
planospara
para
estudoestá
estásempre
sempre colocar
colocaratividades
atividades quando ótima
ótimaprática
práticadede metas,
metas,mas
masnão
não
em quandoestou
estou alcançar
alcançaroutras
outras
em dia. Mas ficosó
dia. Mas fico só que
que se referemao
se referem ao com estudo,
estudo,basta
bastavocê
você consigo melhorar”.
consigo melhorar”.
estudando”. lazer comcolegas”.
colegas”. metas
metas sem perderoo
sem perder
estudando”. lazerpara
parafazer
fazer pensar
pensarisso.
isso. foco
parte focododoque
quejájáfoi
foi
parteda dasua
suarotina.
rotina. alcançado.
alcançado.

50
Anexo 3

51
Anexo 4

52
Referências bibliográficas

GUIA de tutoria de área. Itaú Social, [s/d]. Disponível em: https://www.itausocial.org.br/


wp-content/uploads/2018/05/46-guia-tutoria-area-09082017_1510329060.pdf. Acesso
em: 7 out. 2021.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista, 2019. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2019/09/curri
culo-paulista-26-07.pdf. Acesso em: 7 out. 2021.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Ensino Integral. Caderno do profes-
sor: Procedimento passo a passo, 2021. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.
br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_PR_GE_PPP_VOL-UN_2021_Dia
gramado.pdf. Acesso em: 7 out. 2021.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Ensino Integral: Planejamento de
tutoria, [s/d].

53
EXPEDIENTE CURSO 2ª Edição/2022
A Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação
“Paulo Renato Costa Souza” (EFAPE)
Coordenadora: Bruna Waitman Santinho
Departamento de Programas de Formação e Educação Continuada (DEPEC)
Diretora: Luanda Gomes dos Santos Julião
Centro de Formação Professores (CEFOP)
Diretora: Silvia Regina PeresDiretora: Rodrigo José Guergolet
Centro de Formação e Desenvolvimento Profissional de Gestores da Educação Básica -
(CEFOG)
Diretora: Daniela Colombo Faquim
Departamento de Recursos Didáticos e Tecnológicos de Educação a Distância (DETED)
Diretora: Fernanda Henrique de Oliveira
Centro de Criação e Produção (CCRIP)
Diretora: Ana Maria David Berbel
Centro de Infraestrutura e Tecnologia Aplicada (CITEC)
Diretora Rosangela de Lima Francisco
Centro de Avaliação e Certificação (CEAC)
Diretora: Cintia Bonavina de Novaes

Modelagem, Produção Editorial e Produção Web: Fundação Carlos Alberto Vanzolini –


FCAV
Presidente da Diretoria Executiva: João Amato Neto
Gestão de Tecnologias em Educação
Diretor: Guilherme Ary Plonski
Coordenadores Executivos: Beatriz Scavazza e Luis Marcio Barbosa
Gestão de Projetos
Coordenadora: Renata Simões
Design Instrucional
Coordenadoras: Natália Matheus e Tais Bressane
Produção Editorial (e-books)
Coordenadora: Denise Blanes
Diagramação: Design Gráfico Jairo Souza

54

Você também pode gostar