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Cálculo Diferencial e Integral I

Derivada de Função Implı́cita

Luiz C. M. de Aquino

aquino.luizclaudio@gmail.com
http://sites.google.com/site/lcmaquino
http://www.youtube.com/LCMAquino
Derivada de Função Implı́cita
Introdução

Na última aula nós aprendemos a Regra Cadeia, que nos permite


derivar funções compostas.

Sejam f e g funções diferenciáveis, sendo que a imagem de g está


contida no domı́nio de f . A função h dada por h(x) = f (g (x)) é
diferenciável e sua derivada é dada por

h0 (x) = f 0 (g (x))g 0 (x).

Na notação de Leibniz, se y = f (u) e u = g (x), então temos que

dy dy du
= .
dx du dx
Derivada de Função Implı́cita
Introdução

Considere que a variável y depende da variável x. Ou seja, que y é


uma função de x.
Derivada de Função Implı́cita
Introdução

Considere que a variável y depende da variável x. Ou seja, que y é


uma função de x.
Dizemos que uma função é explı́cita quando a variável y está
escrita diretamente em termos da variável x. Por exemplo, a
função a seguir é explı́cita:

y = x 2 − 1, com x ∈ R.
Derivada de Função Implı́cita
Introdução

Considere que a variável y depende da variável x. Ou seja, que y é


uma função de x.
Dizemos que uma função é explı́cita quando a variável y está
escrita diretamente em termos da variável x. Por exemplo, a
função a seguir é explı́cita:

y = x 2 − 1, com x ∈ R.

Por outro lado, dizemos que uma função é implı́cita quando a


variável y não está escrita diretamente em termos da variável x.
Por exemplo, a função a seguir é implı́cita:

x 2 + y 2 = 1, com x ∈ [−1; 1].


Derivada de Função Implı́cita
Introdução
Em alguns casos, é possı́vel reescrever uma função implı́cita como
uma função explı́cita (ou até mesmo a união de várias delas). Por
exemplo, note que
p
x 2 + y 2 = 1 ⇒ y = ± 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].
Derivada de Função Implı́cita
Introdução
Em alguns casos, é possı́vel reescrever uma função implı́cita como
uma função explı́cita (ou até mesmo a união de várias delas). Por
exemplo, note que
p
x 2 + y 2 = 1 ⇒ y = ± 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].

Note que podemos enxergar a função implı́cita representada por


x2 + y2 =
√ 1 como sendo a√união de duas funções explı́citas dadas
por y = 1 − x 2 e y = − 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].
Derivada de Função Implı́cita
Introdução
Em alguns casos, é possı́vel reescrever uma função implı́cita como
uma função explı́cita (ou até mesmo a união de várias delas). Por
exemplo, note que
p
x 2 + y 2 = 1 ⇒ y = ± 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].

Note que podemos enxergar a função implı́cita representada por


x2 + y2 =
√ 1 como sendo a√união de duas funções explı́citas dadas
por y = 1 − x 2 e y = − 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].
Por outro lado, existem casos nos quais é difı́cil reescrever (ou
talvez seja impossı́vel) a função implı́cita como uma função
explı́cita. Por exemplo, considere a função implı́cita

y + x cos y = 1.
Derivada de Função Implı́cita
Introdução
Em alguns casos, é possı́vel reescrever uma função implı́cita como
uma função explı́cita (ou até mesmo a união de várias delas). Por
exemplo, note que
p
x 2 + y 2 = 1 ⇒ y = ± 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].

Note que podemos enxergar a função implı́cita representada por


x2 + y2 =
√ 1 como sendo a√união de duas funções explı́citas dadas
por y = 1 − x 2 e y = − 1 − x 2 , com x ∈ [−1; 1].
Por outro lado, existem casos nos quais é difı́cil reescrever (ou
talvez seja impossı́vel) a função implı́cita como uma função
explı́cita. Por exemplo, considere a função implı́cita

y + x cos y = 1.

Vale a pena destacar que as funções explı́citas facilmente podem


ser reescritas como funções implı́citas.
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Para calcular a derivada de uma função implı́cita é necessário


usarmos a Regra da Cadeia.
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Para calcular a derivada de uma função implı́cita é necessário


usarmos a Regra da Cadeia. Vejamos um exemplo. Considere que
a variável y depende da variável x através da função implı́cita

x 2 + y 2 = 1, com x ∈ [−1; 1].

Calcule a derivada de y .
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Para calcular a derivada de uma função implı́cita é necessário


usarmos a Regra da Cadeia. Vejamos um exemplo. Considere que
a variável y depende da variável x através da função implı́cita

x 2 + y 2 = 1, com x ∈ [−1; 1].

Calcule a derivada de y .
Sabemos que para representar que y é uma função de x podemos
escrever y = f (x). Vamos então reescrever a equação anterior
como
x 2 + [f (x)]2 = 1, com x ∈ [−1; 1].
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Derivando ambos os membros da equação, temos:


0
x + [f (x)]2 = (1)0
 2
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Derivando ambos os membros da equação, temos:


0
x + [f (x)]2 = (1)0
 2

2x + 2f (x)f 0 (x) = 0
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Derivando ambos os membros da equação, temos:


0
x + [f (x)]2 = (1)0
 2

2x + 2f (x)f 0 (x) = 0

x
f 0 (x) = −
f (x)
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Derivando ambos os membros da equação, temos:


0
x + [f (x)]2 = (1)0
 2

2x + 2f (x)f 0 (x) = 0

x
f 0 (x) = −
f (x)

Usando as notações y 0 = f 0 (x) e y = f (x), podemos dizer que


x
x2 + y2 = 1 ⇒ y0 = − .
y
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Poderı́amos também ter derivado ambos os membros da equação


original sem substituir y por f (x):
0
x2 + y2 = (1)0
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Poderı́amos também ter derivado ambos os membros da equação


original sem substituir y por f (x):
0
x2 + y2 = (1)0

2x + 2yy 0 = 0
Derivada de Função Implı́cita
Método de resolução

Poderı́amos também ter derivado ambos os membros da equação


original sem substituir y por f (x):
0
x2 + y2 = (1)0

2x + 2yy 0 = 0

x
y0 = −
y
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Exemplo 1: Determine a equação da reta tangente ao gráfico da


x2 y2  √ 
função + = 1 no ponto 1, 26 .
4 2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Exemplo 1: Determine a equação da reta tangente ao gráfico da


x2 y2  √ 
função + = 1 no ponto 1, 26 .
4 2
Usando a mesma estratégia anterior, poderı́amos usar a notação
y = f (x) e em seguida derivar ambos os membros da equação.
Entretanto, vamos treinar o cálculo da derivada diretamente sem
fazer essa substituição.
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
x
y0 = −
2y
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
x
y0 = −
2y
 √ 
6
Calculando a derivada no ponto 1, 2 :

1
y0 = − √
6
2 2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
x
y0 = −
2y
 √ 
6
Calculando a derivada no ponto 1, 2 :

1 1
y0 = − √ = −√
6 6
2 2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
x
y0 = −
2y
 √ 
6
Calculando a derivada no ponto 1, 2 :

0 1 1 1· 6
y =− √ = −√ = −√ √
2 6 6 6· 6
2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Derivando ambos os membros da equação obtemos:


0
x2 y2

+ = (1)0
4 2

x
+ yy 0 = 0
2
x
y0 = −
2y
 √ 
6
Calculando a derivada no ponto 1, 2 :
√ √
0 1 1 1· 6 6
y =− √ = −√ = −√ √ = −
2 6 6 6· 6 6
2
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Sabemos que a reta tangente ao gráfico de y = f (x) no ponto


(c, f (c)) é dada por

y − f (c) = f 0 (c)(x − c).


Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Sabemos que a reta tangente ao gráfico de y = f (x) no ponto


(c, f (c)) é dada por

y − f (c) = f 0 (c)(x − c).



 √  6
6 0
No exercı́cio sabemos que (c, f (c)) = 1, 2 e f (1) = − .
6
Desse modo, temos que
√ √ √ √
6 6 6 2 6
y− =− (x − 1) ⇒ y = − x+ .
2 6 6 3
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Exemplo 2: Considerando a mesma função do exercı́cio anterior,


determine as retas tangentes que são horizontais e as que são
verticais ao gráfico da função.
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

Exemplo 2: Considerando a mesma função do exercı́cio anterior,


determine as retas tangentes que são horizontais e as que são
verticais ao gráfico da função.
x2 y2
Nós calculamos anteriormente que a derivada de + = 1 é
4 2
x
igual a y 0 = − .
2y
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes horizontais acontecerão quando y 0 = 0.


Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes horizontais acontecerão quando y 0 = 0.


x
Sendo assim, teremos − = 0 de onde obtemos que x = 0.
2y
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes horizontais acontecerão quando y 0 = 0.


x
Sendo assim, teremos − = 0 de onde obtemos que x = 0.
2y
Portanto, substituindo x = 0 na função, obtemos
√ que as retas

tangentes horizontais passam pelos pontos (0, 2) e (0, − 2).
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes horizontais acontecerão quando y 0 = 0.


x
Sendo assim, teremos − = 0 de onde obtemos que x = 0.
2y
Portanto, substituindo x = 0 na função, obtemos
√ que as retas

tangentes horizontais passam pelos pontos (0, 2) e (0, − 2).
√ √
A equação da reta dessas tangentes será y = 2 e y = − 2.
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes verticais acontecerão quando o denominador em


dy
y0 = for zero.
dx
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes verticais acontecerão quando o denominador em


dy
y0 = for zero.
dx
x
Sendo assim, como y 0 = − , temos que deve ocorrer 2y = 0, de
2y
onde obtemos y = 0.
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes verticais acontecerão quando o denominador em


dy
y0 = for zero.
dx
x
Sendo assim, como y 0 = − , temos que deve ocorrer 2y = 0, de
2y
onde obtemos y = 0.
Portanto, substituindo y = 0 na função, obtemos que as retas
tangentes verticais passam pelos pontos (2, 0) e (−2, 0).
Derivada de Função Implı́cita
Exercı́cio

As tangentes verticais acontecerão quando o denominador em


dy
y0 = for zero.
dx
x
Sendo assim, como y 0 = − , temos que deve ocorrer 2y = 0, de
2y
onde obtemos y = 0.
Portanto, substituindo y = 0 na função, obtemos que as retas
tangentes verticais passam pelos pontos (2, 0) e (−2, 0).
A equação da reta dessas tangentes será x = 2 e x = −2.

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